Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP,  quarta-feira, 01 de janeiro de 2014

Compiladas por Ismael Gobbo

Agradecemos àqueles que gentilmente repassam este email

Parcerias

 

 

http://ismaelgobbo.blogspot.com.br/

www.abrade.com.br         http://www.redeamigoespirita.com.br/

 

 

 

Nota 1

Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

 

 

Nota 2

Este email é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas. (Ismael Gobbo)

 

 

Atenção

Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui: http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/JANEIRO/01-01-2014.htm

 

 

Abaixo os links dos  últimos emails de Noticias enviados

 

Se você não recebeu algum deles é só clicar na data correspondente:

 

31-12-2013  http://www.noticiasespiritas.com.br/2013/DEZEMBRO/31-12-2013.htm

28-12-2013   http://www.noticiasespiritas.com.br/2013/DEZEMBRO/28-12-2013.htm

25-12-2013   http://www.noticiasespiritas.com.br/2013/DEZEMBRO/25-12-2013.htm  

24-12-2013   http://www.noticiasespiritas.com.br/2013/DEZEMBRO/24-12-2013.htm  

21-12-2013   http://www.noticiasespiritas.com.br/2013/DEZEMBRO/21-12-2013.htm  

 

 

 

Nota: Todas as notícias deste e de emails anteriores estão postadas no blog: http://ismaelgobbo.blogspot.com . O trabalho é totalmente gratuito e desenvolvido com o concurso de colaboradores voluntários. 

 

 

Ano Novo- Sinfonias de Reflexão

                                     

Ismael Gobbo

 

Amigos,  que palmilhamos,

Pelo ano que se encerra,

como as empresas da Terra,

tracemos balanço final.

Cerremos  por um minuto,

as portas da faina intensa,

nesta oficina imensa,

em busca do repensar.

Cotejando  ativo e passivo,

dos dias que percorremos,

ao longo de  ano inteiro,

é preciso  refletir.

Encerremos agora as contas,

dos fatos que sucederam,

em casa, na rua, noutros meios,

sem nada querer omitir.

Pensemos no amor, no trabalho,

na fé que socorre a vida,

na paciência querida,

na fraternidade cristã.

São talentos preciosos,

das dádivas  que Deus nos lega,

para aplicarmos na Terra,

em forma de grande luz.

Reflitamos na dor que assola,

nos desencantos do mundo,

que nos sulcaram profundo,

a intimidade do ser.

Parecem dardos ferinos,

que nos arrostam à falência,

é Deus na bondade imensa,

amoroso a nos sacudir.

Pensa nos que campeiam,

na dor e na soledade,

sem lar, sem pão e agasalho,

errantes a caminhar.

Sinta que os fatos chocantes,

ainda que doloridos,

são arrimos queridos,

nos incitando a avançar.

Apóia-te na fé que eleva,

sem lamentos ou queixumes,

e alcançaras  neste mundo,

a sua meta final.

Peça a Deus, Pai Amigo,

a Jesus,  Seu Cordeiro,

que te acompanhe o ano inteiro,

Prestes a começar.

 

 

Obrigado 2013!

Salve  2014!

Aos queridos amigos os votos de muitas felicidades.

 

 

Corrida de São Silvestre com o pelotão de quenianos vencedores, na Avenida Rio Branco. São Paulo, Brasil. 31/12/ 2013.

Foto Ismael Gobbo

A queniana Nancy Kipron , no. 5, vencedora da São Silvestre 2013.  Av. Rio Branco, São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo

 

 

O sim e o não

Almir Del Prette (São Carlos/SEOB)

 

            O consentimento e a negação são práticas antigas nas interações entre os indivíduos humanos. O primeiro se relaciona ao anuir, concordar, aceitar, permitir; o segundo reflete o seu oposto, ou seja, negar, rejeitar, indeferir, desaprovar. Muito antes da linguagem falada, a concordância e a negação já faziam parte dos contatos humanos. Nessa fase da evolução as pessoas se comunicavam por gestos, grunhidos e expressões faciais, refletindo que concordavam ou não com algo que lhe fora transmitido. A aquisição da linguagem falada constituiu um avanço significativo para a humanidade.

Os contextos interativos que requerem definição de consentimento ou de negação podem ser caracterizados, quanto ao número de pessoas envolvidas na interação, em: (a) díádicos, quando duas pessoas interagem e uma delas é solicitada a concordar ou discordar sobre a ideia, proposta ou relato feito pela outra; (b) intragrupais, quando três ou mais pessoas interagem e uma delas deve opinar aceitando ou discordando de uma proposta, ideia ou relato feito ou defendido pelas demais; (c) intergrupais quando dois ou mais conjuntos de pessoas interagem e alguém, em nome de seu grupo, deve concordar ou discordar sobre uma ideia, proposta ou relato feita por representante de outro grupo. As situações diádicas podem ser exemplificadas nas relações pai-filho, marido-mulher, professor-aluno, dois amigos etc. onde um membro da díade responde ao outro concordando, consentindo ou refutando. A situação intragrupo envolve tomar posição entre uma ou mais alternativas, por exemplo, compartilhar ou não de uma proposta, aceita pelos demais em um grupo. A situação intergrupal é a mais complexa e, na maioria das vezes, sucede a situação intergrupo, ou seja, primeiramente uma proposta é discutida dentro do grupo, para posteriormente ser apreciada por outros grupos. Um exemplo típico é a do ambiente de trabalho, onde um grupo reivindica, de outros, mudança que lhe seja favorável. Em síntese, em todas essas situações, o sim (concordar) e o não (discordar) estão presentes.

Algumas pessoas conseguem utilizar a técnica do camaleão, ou seja, assumir a cor predominante, maquiando-se de tal forma que os demais dificilmente sabem qual realmente é a sua posição. Outras, até gostariam de, em muitas situações, utilizar o não, contudo, por várias razões não conseguem. As razões mais comuns são: ansiedade, modelo familiar inadequado, punição na infância ao manifestar opinião, medo adquirido...

Em algumas situações de interação pode ser mais difícil recusar, negar, ou discordar do que em outras. Por exemplo, não rir da piada machista contada pelo chefe, se opor a uma posição aceita por todas as pessoas de um grupo, expressar uma ideia pouco ou nada simpática a uma pessoa com quem se pensava travar amizade. O leitor espírita, como se sairia ao ser convidado a dizer, em um grupo de materialistas, a crença que professa? Essas situações podem ser geradoras de ansiedade e, se ainda não as vivemos, mais cedo ou mais tarde iremos experimentá-las. Uma boa maneira de nos prepararmos para isso é nos esforçarmos em dizer o que pensamos de maneira compatível com cada situação. Isto quer dizer, por exemplo, não exagerar fazendo um longo discurso sobre a doutrina espírita, quando simplesmente nos perguntaram sobre nossa crença. Foi sobre essas características singulares do comportamento humano (concordar ou discordar) que Jesus chamou a atenção dizendo, “Seja o vosso falar sim, sim; não, não” (Mt, 5:37.). Muito a propósito, Emmanuel/F.C. Xavier, em Pão Nosso (p. 175/FEB), analisando a sugestão de Jesus, fez belíssimos apontamentos, mostrando, que muitas vezes, o não pode ser mais construtivo.       

 

Parque do Ibirapuera em São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo

 

 

Lembra-te de Deus

 

Pelo Espírito Meimei. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Vozes do Grande Além. Lição nº 50. Página 209.

 

Reunião da noite de 31 de maio de 1956. Encerrando-nos as lides da noite, comunicou-se Meimei, a abnegada irmã de nosso grupo, que nos ofertou, como de outras vezes, a sua palavra generosa e consoladora.

 

Lembra-te de Deus para que não olvides a tua alma no labirinto das sombras.

O Criador vive e palpita na Criação que o reflete.

Quando estiveres ferido pelas farpas do sofrimento, lembra-te de Deus que, em muitas ocasiões, socorre a terra seca, por intermédio de nuvens tempestuosas.

Quando te sentires revoltado ante as misérias do mundo, lembra-te de Deus, cuja majestade permanece incorruptível, no próprio fruto podre, através da semente pura em que a planta se renovará exuberante e vitoriosa.

Lembra-te de Deus e aprende a não julgar com os olhos físicos, que apenas assinalam na Terra ligeiras nuances da verdade.

Tudo nos infinitos domínios do Infinito Universo é transformação incessante para a gloria do bem.

Em razão disso, o mal é sempre efêmero nevoeiro na exaltação da eterna paz, e toda sombra, por mais dilatada no espaço e no tempo, não passa de expressão transitória no jogo das aparências.

Não reproves, assim, o solo estéril pela carência que patenteia e nem condenes a víscera cadavérica pelo bafio que exala, porque, amanhã, a Bondade de Deus pode reunir um e outro, com eles edificando um berçário de lírios.

Não te antecipes à Justiça do Pai Celeste quando fores incomodado, porque o Pai Celeste sabe distribuir o pão e a corrigenda com os filhos que lhe constituem o patrimônio de excelso amor.

Ainda mesmo diante do inferno que nós criamos na consciência com os nossos erros deliberados, ei-lo, bondoso, a expressar-se com o seu Divino Devotamento, transformando-o em lixívia que nos sane as mazelas da alma.

Trabalha, ajudando sempre, na certeza de que Deus sustenta a vida, para que a vida se aprimore.

Assim sendo, no principio de cada dia ou no começo de cada tarefa nova, faze da oração a nota inicial de teu passo primeiro, para que não te falte a inspiração do Céu em toda a medida justa.

Quando fatigado, seja Deus teu descanso.

Quando aflito, seja Deus teu consolo.

Quando supostamente derrotado, seja Deus teu arrimo.

Quando em desalento, seja Deus tua fé

Ergue, diariamente, um templo vivo de amor a Deus em teu espírito e rende-lhe preito incessante, através do serviço ao próximo, nas lutas de cada hora.

Em todos os lances de nossa peregrinação para os cimos, lembremo-nos de Deus para que não estejamos esquecidos de nós.

 

(Texto recebido em email do divulgador Antonio  Sávio, Belo Horizonte, MG)

 

Jardim recentemente inaugurado  em parede vertical de edifício.

Ao lado do Minhocão no Largo Padre Péricles. São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo

 

 

Registro. Itália - Gratidão aos oradores brasileiros

 

 

Queridos amigos, no limiar de um novo ano, a nossa eterna gratidão aos oradores brasileiros que estiveram conosco em 2013.

Um trabalho de equipe, para um publico misto, italianos e brasileiros.

O grupo Sentieri dello Spirito mantém atividades em italiano, portanto os oradores brasileiros sao traduzidos.

Esta modalidade permite que brasileiros e italianos fraternizem semanalmente sobre a Doutrina dos Espíritos. Alguns italianos aprenderam um pouco de português, e todos os brasileiros aprenderam o italiano, necessário para uma melhor integração e convivência no pais que os hospeda.

 

O grupo, que conta com uma freqüência de cerca 60/65 participantes na palestra publica às segundas-feiras conta com 10 oradores internos, dos quais 6 sao brasileiros com domínio na língua italiana.

 

2013 foi um ano rico de atividades no campo da divulgação Espirita, de norte a sul da pais, contribuindo a formação e solidificação de novos núcleos de estudos.

Visitas e encontros foram realizados ao fim de fortificar e dar nova linfa ao movimento. 

Para tal devemos ressaltar a inestimável contribuição do orador e medium Divaldo Pereira Franco que a muitos anos vem semeando em terras italianas.

Seus encontros sao aguardados com alegria pelos espiritas italianos que se reúnem provenientes de varias cidades italianas para ouvi-lo. Em 2013 foram 480 pessoas.

 

Recordamos que o primeiro centro espirita italiano reconhecido internacionalmente foi o Vita Nuova, fundado por Antonio Rosaspina em 1977, desencarnado em 1994. Foi ele a introduzir Divaldo e os primeiros oradores espiritas brasileiros na Italia.

 

Em 2013 o Grupo Sentieri dello Spirito comemorou 16 anos de colaboração ininterrupta com o orador bahiano. A primeira palestra foi em 06 de outubro de 1997, no Teatro Cesare  Beccaria. Uma segunda-feira chuvosa, e que mesmo assim reuniu um publico de 250 pessoas.

 

Desde entao, cerca de 40 palestrantes visitaram o grupo e grupos amigos. 

Em 2013 foram 17.

A todos a nossa imensa gratidão, com os melhores votos de um novo ano de trabalho no bem, na divulgação espirita e contribuição de um mundo melhor.

 

sds@sentieridellospirito.it

 

 

(Recebido em email de Regina Zanella)

 

 

 

 

Reflexão para o Ano Novo

 

Richard Simonetti

richardsimonetti@uol.com.br

                       

                        Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará! Andai prudentemente, não como néscios, mas como sábios, usando bem cada oportunidade, porquanto os dias são maus. Não sejais insensatos, mas entendei qual é a vontade do Senhor.

Estas vigorosas afirmativas são do Apóstolo Paulo (Efésios 5:14-17), que despertou para a fé no glorioso encontro com Jesus, às portas de Damasco, tornando-se o grande bandeirante do Evangelho.

Ele foi o cristão mais acordado de seu tempo. Tinha plena consciência do que o Evangelho representa. Via nos ensinamentos de Jesus não um simples desdobramento dos princípios judeus, de valor temporal e restrito, mas uma revelação divina que se destinava a todos os povos e todos os tempos.

Sua exortação merece reflexão.

Segundo a Doutrina Espírita, há um objetivo básico para a existência humana. Estamos aqui, fundamentalmente, para evoluir. Cumpre-nos desenvolver as potencialidades criadoras e as virtudes embrionárias que caracterizam nossa filiação divina.

Quem não está consciente disso dorme o sono da indiferença, embalado nos devaneios sugeridos por vícios, paixões, interesses e ambições que caracterizam o homem comum, mesmo quando se julgue desperto e muito esperto.

Uma boa iniciativa para o final do ano seria perguntarmos a nós mesmos, lembrando o apóstolo: – Estou acordado? Tenho consciência do que faço na Terra e do que me compete realizar?

            Isso é fundamental. Caso contrário vamos incorrer nos mesmos enganos, cometer os mesmos erros; entrar pelos mesmos desvios, sem perceber por onde andamos e o que nos compete fazer.

Não quero, porém, cansar sua beleza, amigo leitor, com lucubrações sobre a necessidade de aproveitar o tempo, já que seu momento presente certamente está tomado pela celebração esperançosa do ano que chega.

Deixo para sua apreciação apenas uma oração de sábia madre superiora.

Suas ponderações nos servem a todos, jovens que iniciam a jornada humana, idosos que oportunamente seremos convocados para o Além. Representam uma obra prima de bom humor e perfeita compreensão do que lhe competia fazer para vivenciar o Evangelho

           

            Senhor, Vós sabeis melhor do que eu que estou envelhecendo e um dia ficarei velha.

            Não permitais que eu me torne tagarela e, principalmente, que adquira o hábito fatal de pensar que devo dizer alguma coisa sobre todos os assuntos, em todas as ocasiões.

            Livrai-me de querer, a todo momento, resolver os problemas de toda gente.

            Conservai minha mente livre da enumeração de intermináveis pormenores: dai-me asas para ir diretamente ao assunto.

            Imploro a delicadeza suficiente para ouvir as narrativas dos males alheios. Ajudai-me a suportá-los com paciência.

            Mas selai meus lábios quanto a meus próprios achaques e dores. Eles estão aumentando, Senhor, com o peso dos anos.

            Ensinai-me a maravilhosa lição de que às vezes pode ser que eu esteja errada.

            Conservai-me razoavelmente meiga; não quero ser uma santa – algumas são tão difíceis de suportar! – mas uma velha amargurada, Senhor, é uma das obras-primas do diabo.

            Fazei-me ponderada, mas não carrancuda.

            Prestativa, mas não mandona.

            Com todas as minhas vastas reservas de sabedoria, será uma pena não usar todas.

            Mas Vós sabeis, Senhor, que no fim quero ter alguns amigos.

 

 

São Pedro e São Paulo. Óleo sobre tela de El Greco

Museu  Nacional de Arte da Catalunha. Barcelona, Espanha. Foto Ismael Gobbo

 

 

 

2º. Congresso Espírita Paraense

Belém, PA

 

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(Informação recebida em email de dispara pa [disparapa@gmail.com])

 

 

Boletim no. 50 do CEI- Conselho Espírita Internacional

 

Caros amigos,

O Boletim No. 50 do Conselho Espírita Internacional, ( em Portugues) traz noticias internacionais sobre o Movimento Espírita dos 5 continentes. ( em breve nos demais idiomas)

Já se encontra disponível para download no site:  http://cei.spirite.org/wp-content/uploads/downloads/2013/12/Bol_-CEI_geral_50-dez-2013-com-Mensagens-Natal.pdf

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(Recebido em email de Elsa Rossi, Londres, Reino Unido)

 

 

 

Ano Novo

 

 

 

 

 

 

Quando É Ano Novohttps://lh6.googleusercontent.com/-_R2tTjgE_Lo/T-7unES33WI/AAAAAAAABd8/kw39u_EkReQ/s396/30141528P96Lz9K1.gif

 

 

O tempo

Ano, convenção humana.

Tempo – definir procuro -,

É morada do presente,

Do passado e do futuro.

 

Mingua lento o calendário,

Qual flor se despetalando...

E pouca gente percebe

Que o Tempo é vida passando!

 

A roca do Tempo fia

Sem ver qualidade ou cor.

Escolhe tu, Fiandeiro,

os fios de luz do amor.

 

 

Ano Novo

Mensagem de alegria

De esperança e de fé

Ao coração humano.

Esquece a dor, esquece o mal,

esquece, amigo

agora que feliz bimbalha o sino...

É novo ano!

 

Pensar que sempre é tempo!

Tempo de começar...

Tempo de recomeçar...

E nunca é tempo de acabar,

Pois fim não há!

 

O ódio Se esquecer.

A luta? Vence-se.

A dor? Também tem fim.

 

É só o amor, que em Cristo nos irmana,

é luz eterna em nossa vida humana,

e não se esquece,

e não se vence,

e não tem fim!

 

Assim, caro leitor

Por certo, o Ano Novo,

sempre que se inicia,

trará para todo o povo

uma benção, cada dia.

 

Porque a bondade divina,

que a tudo prevê e provê,

de antemão já nos destina

o bem para mim, pra você.

 

Se somos da evolução

os sinceros aprendizes,

novo ano será razão

de nos sentirmos felizes,

 

pois nos trará paz e lutas

trará dor, trará sorriso,

e, ao lado das labutas,

o descanso que é preciso.

 

Saudemos sem ilusões,

mas com toda confiança,

do Ano Novo as doações

que nos renovam a esperança.

 

Para Ler e Reler – Therezinha Oliveira

 

(Recebido em email de Ana Maria Checchinato [anjocoli2@gmail.com])

 

 

 

Artigo

 

 

O LIVRO DOS MÉDIUNS

 

A Ciência Espírita na “voz” de J. Herculano Pires

 

WGarcia

Recife, PE

Eis aqui um documento importante para o estudioso do Espiritismo, datado de 24 de agosto de 1974. J. Herculano Pires – cujo centenário de nascimento está sendo comemorado desde 25 de setembro de 2013 – em palestra para espíritas faz uma abordagem dos principais livros escritos por Allan Kardec com o objetivo de destacar a importância do seu estudo e das correlações dos diversos temas que os livros abordam.

Vazada numa linguagem coloquial, familiar, onde a intenção do diálogo se sobressai como verdadeiro convite à conversa ao pé do ouvido, Herculano mostra sua particular preocupação em olhar para a codificação em seu conjunto como forma de poder integrar-se nela e descer às suas reais profundezas.

Todo o texto resulta de um trabalho longo e paciente de decupação de fitas magnéticas onde a palestra foi gravada, mantendo a coloquialidade da conversa, fator esse que permite acompanhar o professor em sua “aula” e com sua forma peculiar de se relacionar com a plateia de modo próximo, espontâneo, em que busca trazer para perto de si aqueles que se encontram na condição de alunos.

O texto está sendo apresentado abaixo na forma como foi decupado. Fiz pequenos ajustes, apenas, como a introdução de subtítulos e a correção de alguns senões gramaticais, naturais em situações como a que o professor se encontra. A introdução de subtítulos visa tornar o texto um pouco mais explícito e facilitar a identificação dos assuntos abordados.

Vale ressaltar que Herculano estuda os livros com os olhos voltados à particularidade de cada um e ao conjunto do qual faz parte, ocasião em que realiza o enquadramento deles como obra relacionada à filosofia, à ciência ou à religião. É assim que deixa clara a sua natureza mas, também, as razões pelas quais entende o Espiritismo como doutrina fundamentalmente preocupada com o Espírito e voltada ao seu conhecimento.

O tom familiar da palestra não impede que Herculano apresente uma riqueza de informações impressionante, decorrente de sua constante atualização em relação ao conhecimento que se produzia à sua época mas, também – e disso devemos estar certos – resultante daquela bagagem que é inerente a todos os seres humanos multiexistenciais e que, nele, Herculano, surgia como que à flor da pele sempre que seu espírito se punha a comparar o novo com o velho, as tendências com a realidade, a parte e o todo.

A seguir, você tem a oportunidade de conhecer o pensamento de Herculano Pires sobre O Livro dos Médiuns, quando o enquadra na área da Ciência. Para ler o texto completo vá ao blog: http://www.expedienteonline.com.br/?p=641

O LIVRO DA CIÊNCIA ESPÍRITA

Sendo assim O Livro dos Espíritos numa visão de conjunto da doutrina, ele precisava ser desenvolvido em outros livros. Então logo a seguir a O Livro dos Espíritos vem O Livro dos Médiuns. O Livro dos Médiuns é praticamente o livro da ciência espírita, o livro da ciência. Por que? Porque ali Kardec trata cientificamente da investigação dos fenômenos, da metodologia a seguir para a pesquisa espírita, e ao mesmo tempo oferece as teorias explicativas dos fatos, dos fatos mediúnicos de todas as formas, tanto os da simples comunicação quanto os da materialização, o da aparição, da materialização, da movimentação de objetos e assim por diante. Então O Livro dos Médiuns é a parte científica do Espiritismo colocado também no sentido de fundamento dessa parte. Quando se lê bem O Livro dos Médiuns chega-se a uma conclusão muito interessante que Kardec já deixou n’O Livro dos Espíritos, mas que só lá é que vai se completar. O que é a Ciência Espírita? Muita gente pergunta, o que é a Ciência Espírita? Muita gente pensa que a ciência espírita seja uma espécie de parapsicologia, uma espécie de metapsíquica. Não é nada disso. A Ciência Espírita, diz Kardec, é a ciência do espírito. Porque existem as ciências da matéria, são várias, numerosas as ciências da matéria. Mas não existe uma ciência do espírito. No tempo de Kardec, principalmente, quando a Psicologia devia ser a ciência do espírito ela já estava se desviando do campo propriamente anímico, do campo da alma que ela devia estudar, para entrar no campo experimental, tratando da psicologia no sentido de simples relação do indivíduo com o meio. Tratando do comportamento humano, que é o que faz até hoje. Então a própria psicologia já saía do campo do espírito, em que ela havia nascido, porque nós falamos que psicologia quer dizer estudo da alma, pesquisa da alma, né. Saía desse campo para entrar no campo também da investigação material, das relações do homem, do sujeito, do indivíduo com o meio em que ele vive, com o seu comportamento social, essas coisas todas que no final não correspondem a uma pesquisa do espírito, o espírito ficou esquecido. E realmente a psicologia experimental reduziu a psicologia apenas aos fenômenos materiais do homem. O problema da sensação, das emoções, das reações do homem aos estímulos que vem de fora para ele, né. Tudo isto reduziu a este campo. Então sendo a psicologia também uma ciência que se voltou para a matéria o espírito ficou abandonado. O espírito ficou na mão das religiões.

Então só havia como autoridade para falar sobre o espírito, haviam os grandes sacerdotes, os representantes das grandes religiões que eram os incumbidos disto, só eles podiam falar disto, tratar disto, porque os outros não entendiam nada e nem queriam entender. Os cientistas achavam que este problema de alma, de espírito, de sobrevivência após a morte era um problema que devia competir apenas às religiões, eles não queriam saber disto. Então Kardec diz, não mas o problema não é este não. A existência do espírito e a sua sobrevivência estão integrados na própria natureza. Se as ciências tem por finalidade estudar a natureza e revelar-nos a verdade sobre os processos naturais, se ela busca conhecer a realidade ela tem que cuidar do espírito também. Mas como não havia ciência pra cuidar disso, ele disse o Espiritismo funda a ciência do espírito. E fundou mesmo. A ciência do espírito. Então, esta ciência do espírito parte da manifestação do espírito, só tem que partir disto, nós não podemos estudar o espírito no plano puramente abstrato. Não podemos nos afastar da realidade em que nós vivemos para mergulhar no infinito e estudar o espírito lá. Então, a ciência do espírito tem de se apoiar nas manifestações do espírito. Estas manifestações do espírito são dadas, como sabemos, através de toda a fenomenologia mediúnica, através das manifestações mediúnicas. Então nós temos esse campo como o campo de pesquisa da ciência espírita. Mas diz Kardec, o objeto da ciência espírita é o espírito, não é portanto os fenômenos em si, é o espírito.

Para termos uma ideia do que seja a ciência espírita podemos ver, não só n’O Livro dos Médiuns como também no livro O Céu e o Inferno de Allan Kardec, na última parte do livro, as pesquisas feitas por ele com relação ao estado, a situação dos espíritos depois da morte. Quer dizer, ele então investigava os espíritos através da mediunidade, mas tendo como objetivo principal saber o que era o espírito, como o espírito sobrevivia ao corpo, como ele permanecia e vivia no mundo espiritual, o que ele faz no mundo espiritual, qual é o seu destino, tudo enfim que se relaciona com o espírito. Quer dizer, os fenômenos são apenas a porta de entrada da ciência espírita, apenas o elemento que facilita a pesquisa.

Eu estou dizendo isto porque é bom a gente conhecer bem este assunto para não fazer confusões. Por exemplo, muita gente diz assim. A parapsicologia está suplantando o Espiritismo. Não é verdade, a parapsicologia até agora só confirmou o espiritismo. O Padre Quevedo por exemplo diz. A parapsicologia matou o espiritismo, não existe mais nada. Mentira do padre, ele não devia mentir mas mente. Mentira porque ele sabe que não é assim. Ele sabe, ele tem estudado o assunto e ele sabe que não é. Quer dizer, a parapsicologia só tem confirmado o espiritismo. Até hoje, nenhuma pesquisa da parapsicologia, da parapsicologia moderna, nenhuma pesquisa dela derrubou um único princípio espírita, nenhum. Não é extraordinário isto? Desde 1930 quando começou a pesquisa parapsicológica nos Estados Unidos, até hoje não houve nada na parapsicologia que derrubasse um só princípio do espiritismo. Pelo contrário, todos os princípios foram confirmados.

Os que querem combater o espiritismo alegam então: não, mas tal cientista diz que pode explicar isto da seguinte e seguinte maneira. Bom, o cientista disse baseado numa teoria, numa hipótese que ele formulou. Mas o que nos interessa não são as hipóteses, são os resultados da pesquisa. E essas hipóteses que são citadas contra o espiritismo forma todas derrubadas pela pesquisa, a pesquisa não as comprovou. Então são hipóteses que não tinham valor, hipóteses apenas como instrumento de trabalho, apresentadas como uma orientação para pesquisa para ver se conseguia confirmar naquele campo, naquele ponto. Por exemplo, um indivíduo diz assim: não é espírito que se manifesta, é o próprio espírito do indivíduo, do médium que está falando. Então esta é uma hipótese, é uma hipótese que foi colocada, vamos estudar, vamos pesquisar. A pesquisa feita provou o contrário. Quer dizer, se provou o contrário a hipótese caiu, não existe mais. Eles então alegam baseando-se nessas hipóteses que não existem, foram derrubadas pela pesquisa. Mas a pesquisa até agora só fez confirmar.

Então a ciência do espírito não se preocupa especialmente com os fenômenos. Ela se preocupa principalmente com a verificação da situação dos espíritos, da sua condição de vida, da maneira porque eles se encarnam e desencarnam, tudo isto é problema da ciência espírita. Atualmente como nós sabemos as próprias ciências físicas estão entrando neste terreno. Mas por que estão entrando? Porque são obrigadas a entrar. Ao investigar a matéria por exemplo, os cientistas chegaram a que conclusão? Que a matéria era densa, compacta, impenetrável, que a matéria por isso mesmo tinha a sua consistência própria e que ela não podia se relacionar com nada daquilo que se atribuía a ideias abstratas, a pensamentos abstratos. Pois bem, a investigação da física levou a descoberta de que a matéria nada mais é do que, segundo a expressão de Einstein, uma condensação de energias. Energias que se condensam e produzem algo que parece para nós opaco, concreto e ao mesmo tempo impenetrável. No entanto é apenas uma condensação de energia. Quer dizer, se nós víssemos através de um aparelho especial, eletrônico, a constituição de uma tábua por exemplo, ou de uma pedra, nós veríamos que há dentro dela grandes espaços vazios que nós não percebemos. Na constituição da matéria ela não é opaca, não é compacta como aparece para nós, a aparência é uma coisa a realidade interna é outra. A teoria atômica veio mostrar que existe mais espaços vazios dentro da matéria do que espaços concretos. Quer dizer, os átomos constituindo verdadeiras constelações com grandes espaços vazios entre as partículas atômicas e o núcleo né, os átomos estão mostrando o vazio que existe dentro da matéria que para nós parece absolutamente densa. Então nesta investigação da ciência, a ciência teve de penetrar num campo diferente, teve de ir além da matéria, porque ela por assim dizer desfez a matéria ou a matéria se desfez na mão dos cientistas, né. E a conclusão foi a descoberta da antimatéria, quer dizer, além da matéria apareceu uma outra coisa que é a antimatéria. E esta antimatéria para nós que estamos sempre falando no outro mundo que eles negam, essa outra matéria se apresentou para eles como sendo o outro mundo. Sim, o outro mundo. Porque todos os elementos químicos que existem aqui no nosso mundo, existem na antimatéria, só que constituídos de uma constituição diferente da nossa, diferente apenas na posição e na situação dos átomos e das partículas atômicas. Por exemplo, os físicos soviéticos conseguiram obter em laboratório a elaboração de um anti-átomo de hélio, anti-átomo de hélio. Existe o átomo de hélio no nosso mundo, no mundo da matéria. Um anti-átomo de hélio no mundo da antimatéria. Este anti-átomo tem todas as partículas que tem o átomo de hélio, só que a posição, as cargas das partículas são inteiramente diferentes, são ao inverso das partículas da matéria. Quer dizer, então a antimatéria parece então como o avesso da matéria, segundo algumas expressões. Aparece como o avesso da matéria, mas ao mesmo tempo indispensável à existência da matéria.

Então existem dois mundo interpenetrados, é essa a teoria espírita, dois mundos interpenetrados, é o mundo espiritual e o mundo material. Mas a antimatéria não é o espírito. Então o que seria a antimatéria?  Para nós a antimatéria é o fluído universal, é o fluído universal de que se constitui o mundo espiritual mais próximo da terra, aquele que nós sabemos habitados por espíritos ainda revestidos de perispírito pesado, de corpo espiritual pesado, muitas vezes tão densos que quase se aproximam da materialidade. Então a pesquisa da própria ciência material acabou confirmando também um princípio espírita que a parapsicologia não podia confirmar porque não era do campo de pesquisas dela, foi confirmado pela Física. Atualmente como sabemos o avanço das pesquisas nesse terreno chegou a descoberta do perispírito, do corpo espiritual do homem né, que os cientistas soviéticos chamaram de corpo bioplástico ou bioplasmático. Então esse corpo também está confirmado pelas ciências, e pelas ciências físicas. Temos mais uma confirmação que seria muito difícil se obter na parapsicologia, mas que se obteve na Física e na Biologia, porque biólogos e físicos estão empenhados no estudo disso.

O problema da morte por exemplo, também as comprovações científicas no campo dessa pesquisa dos físicos e biólogos é absoluta, quer dizer, eles verificam no momento em que o moribundo está morrendo eles conseguem verificar através das chamadas câmaras Kirliam de fotografia da antimatéria, eles conseguem ver e fotografar a saída dos elementos vitais do corpo humano constituindo depois um corpo que é o corpo que eles chamam de bioplasmático que é o perispírito. Este corpo se retira completamente do corpo material e só quando ele se retira o corpo vira cadáver, antes disso ele não vira. Quer dizer, então nós vemos que as comprovações foram decisivas neste terreno.

Mas a ciência espírita ela trata como já dissemos não desses aspectos que pertencem a área de ciências né, a área de ciências que dividem os dois campos. Aqui nós temos por exemplo as ciências da matéria, aqui nós temos as ciências do espírito e aqui no meio nós temos a área das ciências intermediárias, que são metapsíquica, a área psicologia, ciência psíquica inglesa, e assim por diante, as várias ciências que estudam os fenômenos mediúnicos. Se temos aqui a matéria e aqui o espírito, temos aqui a mediunidade. Quer dizer, esta área das ciências que é ocupada pela Parapsicologia hoje, e pela Metapsíquica que ainda também subsiste, continua a se desenvolver. Então, esta área das ciências é a área que trata da mediunidade e não do espírito, mas esta área que é do Espiritismo é a Ciência do Espírito. Olha, então nós já vemos que a doutrina tem aspectos que a gente precisa compreender, prestando bem atenção no estudo porque se não nós podemos fazer confusões, né. Por exemplo, lá na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas um companheiro de Kardec propôs a ele certa vez. Vamos trabalhos de materialização aqui. Kardec disse acho que não, mas vou consultar o espírito guia. Consultou o espírito guia do trabalho e o espírito disse não. Materializações, efeitos físicos, essa coisa toda é para os cientistas, eles vão verificar isto, você trata do espírito, da pesquisa do espírito.

Então as pesquisas de Kardec a gente pode ver, principalmente no final do livro O Céu e o Inferno, e ver de maneira completa na Revista Espírita, a Revista Espírita em seus doze volumes da Revista Espírita, ali a gente vai encontrando as várias investigações feitas por Kardec, tudo publicado integralmente ali, com as manifestações dos espíritos, as respostas dadas a Kardec sobre as suas perguntas, mostrando como o espírito se sente no mundo espiritual, como inclusive o espirito de pessoas vivas, que foi uma pesquisa muito importante de Kardec, espírito de pessoas vivas durante o sono, quando estão dormindo se retiram e passam a viver no espaço. Então como esse espírito se sente no espaço, o espírito da pessoa viva, quais são as sensações que ele tem, tudo isto foi pesquisado intensivamente por Kardec, durante doze anos de pesquisas. Então aí nós temos a Ciência Espírita realmente e O Livro dos Médiuns é o livro fundamental dessa ciência.

 

 

(Texto recebido em email de Wilson Garcia)

 

 

Allan Kardec. Codificador do Espiritismo

 

 

 

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