Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Compiladas por Ismael Gobbo

Agradecemos àqueles que gentilmente repassam este email

Parcerias

 

 

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Nota 1

Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

 

 

Nota 2

Este email é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.  O trabalho é gratuito e conta com ajuda de colaboradores voluntários (Ismael Gobbo)

 

 

Atenção

Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui: http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/SETEMBRO/11-09-2014.htm 

 

 

 

NOTA SOBRE O ENVIO DESTE BOLETIM

 

A partir do dia 8/8/2014, e como teste, estamos enviando o NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA através de email marketing sem colar o boletim no corpo do email. Apenas estamos informando o link que, clicado, abre todas as informações e fotos. Esse sistema torna o arquivo mais leve sem sobrecarregar as caixas de entrada de emails. Pedimos nos dar retorno se o está recebendo com regularidade. Enviamos o boletim de noticias de segunda a sábado. Se tiver problemas no recebimento veja todos os boletins nos links acima informados. Grato. Ismael Gobbo.

 

OS ULTIMOS 5 EMAILS ENVIADOS:

 

DATA                                        ACESSE CLICANDO NO LINK:

 

10-09-2014     http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/SETEMBRO/10-09-2014.htm 

09-09-2014     http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/SETEMBRO/09-09-2014.htm 

08-09-2014     http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/SETEMBRO/08-09-2014.htm 

06-09-2014     http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/SETEMBRO/06-09-2014.htm 

05-09-2014     http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/SETEMBRO/05-09-2014.htm 

   

 

 

Artigo:

Todos serão salvos, pois Deus até se preocupa mais com os maus

 

José Reis Chaves

Belo Horizonte, MG

 

 

   O projeto divino é infinito, ou seja, sem fim.  E somente sabemos, a respeito dele que tudo que Deus cria é baseado no amor e na verdade, e que todo ele dará certo.

   Pelo nosso nível de conhecimento atual, o homem é o ser mais importante criado por Deus. Alguém diria que seria o anjo. Mas o que é o anjo? Na crença judaico-cristã tradicional, ele é outra categoria de espíritos superiores enviados do mundo espiritual para nós. Mas, de um modo geral, nas outras culturas espiritualistas e, principalmente na Bíblia e no espiritismo, o anjo é um espírito superior enviado, sim, mas humano. E ele é superior porque evoluiu, não existindo, pois, outra categoria especial de espíritos não humanos bons e maus. E até se diz anjo bom e anjo mau (ainda atrasado). Assim, o anjo bom Gabriel veio trazer para Maria de Nazaré a mensagem de que ela seria a Mãe do Messias. E Gabriel, um espírito humano, significa em hebraico espírito iluminado.

  Mas vamos ao assunto principal desta matéria. “Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará ele nos montes as noventa e nove, indo procurar a que se extraviou? E, se porventura a encontra, em verdade vos digo que maior prazer sentirá por causa dela, do que pelas noventa e nove, que não se extraviaram.” (Mateus 18: 12 e 13). E, em Lucas (15: 4), nessa parábola, Jesus diz que o pastor busca a ovelha perdia “até a encontrar”. Isso quer dizer que Deus e Jesus não desistem jamais de conseguir, um dia, a salvação de todos os espíritos. E, nos céus, entre Deus, Jesus, Nossa Senhora e os espíritos Já angélicos e os que ainda não chegaram a ser anjos, mas todos já salvos, há mais alegria, quando uma alma se converte, do que aquela alegria comum já existente entre eles.

  Outro exemplo está na parábola do Filho Pródigo (Lucas 15: 11 a 32). Pródigo quer dizer esbanjador. Ele conseguiu receber adiantadamente de seu pai a sua herança. E, depois de gastá-la toda em farras, ele caiu em sérias dificuldades para a sua sobrevivência, tendo passado fome e até desejado comer ração dos porcos de que cuidava. Mas de repente, “ele entrou em si” e resolveu voltar para seu pai. Nessa parábola, o pai, bondoso e tolerante com seu filho, recebe-o com todo o carinho, com um banquete e uma grande festa, a ponto de causar ciúme e revolta no filho mais velho. Com essa parábola, Jesus quis demonstrar-nos que o pai bondoso do filho pródigo agiu como age Deus com relação aos seus maus filhos.  Aliás, Deus não faz acepção de pessoas. (Atos 10: 34). “E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu.” (João 6: 39). “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8: 31). “Os sãos não precisam de médicos, e, sim, os doentes; não vim chamar os justos, e, sim, os pecadores.” (Marcos 2: 17).

    É por isso que a reencarnação é também uma realidade. Sim, pois sem as novas chances de salvação proporcionadas por ela, a misericórdia infinita de Deus seria uma farsa! Mas como vimos, pela Bíblia, um dia, todos chegarão à salvação!

 

 

 

 

A  retorno do filho pródigo

Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%A1bola_do_Filho_Pr%C3%B3digo#mediaviewer/File:Pompeo_Batoni_003.jpg

 

 

Homenagem a Nestor João Masotti por Cidinha Bergman:

Famílias irmãs, Masotti e Bergman

 

No ano de 1966 eu residia com minha mãe em São Paulo, capital, no bairro da Liberdade, na Rua Vergueiro, ao lado da fábrica de chocolate Sönksen. Próximo de nossa casa morava minha tia Margarida, irmã mais nova de meu pai, com sua família. Seu esposo, o querido tio Mario, que gostava de me ouvir cantar, deu-me de presente de aniversário, no mês de maio, quando completei 19 anos, um pequeno violão. Descobri que bem ao lado de nossa casa morava um professor de violão, o “seu” José Galbiatti, de quem tornei-me aluna e depois muito amiga, dele, de sua esposa Dna. Erna e de seus filhos, noras e netos. Ele era de família italiana, amante da boa música, ela de descendência alemã.

Ali na sala de visitas do “seu” José passei momentos de muita emoção, conhecendo e cantando junto com grandes artistas profissionais e amadores, da boa música popular brasileira. Conheci o violonista e compositor Zairo Marinoso, que também morava ali vizinho e por coincidência era natural da cidade natal de minha mãe, cujos tios haviam sido companheiros de serestas de meus tios e de minha própria mãe, em Bebedouro-SP, muitos anos antes. Tornamo-nos ali uma grande família, que se reencontrara na Rua Vergueiro, unidos por sublimes laços de puro afeto.

Numa noite conheci ali em casa do “seu” José Galbiatti um senhor de Araraquara de nome Mario Vieira, se não me falha a memória. Ele também tocava violão e conversando com ele fiquei sabendo que também era espírita, como eu, e que conhecia meu tio Sizenando Velloso, irmão mais novo de minha mãe, e sua família, residentes em Araraquara. O Tio Nando, como era chamado, já havia nos convencido, à minha mãe e a mim, de nos mudarmos para perto dele em Araraquara, e estávamos à caminho de realizar esta mudança. “Seu” Mario nos incentivou para tal, deu-nos seu endereço e convidou-me para cantar num programa na Rádio Cultura de Araraquara, em que ele participava como violonista de uma orquestrinha, dirigida pelo músico araraquarense Angelo Bonetti. O programa se chamava: “A hora da Saudade”.

Numa manhã fria, no começo de 1967, levamos nossa pequena mudança para Araraquara, hospedando-nos, de início, em casa do tio Nando.

Apresentada pelo “seu” Mario ao grupinho de amigos que formava a orquestrinha do programa “A hora da Saudade”, tornei-me logo grande amiga do pianista do grupo, Luis Raimundo Parreira, que também era espírita e que convidou-me, desde o primeiro dia, a ir participar das atividades do centro espírita que ele frequentava: “Sociedade Beneficente Obreiros do Bem”, localizado à Rua Itália.

Passei a fazer parte da Mocidade Espírita Allan Kardec e do recém-formado Coral Espírita Fabiano Lozzano, fundado pela saudosa Tia Luiza Cardoso, que à época formou corais com os jovens das mocidades espíritas em muitas cidades do interior paulista.

Participando das atividades da SBOB fiz logo grandes amigos que atuavam no movimento espírita de Araraquara, como Edson Rodrigues Martins, Nilza Aparecida Vicente, Damiano e Eluida Masotti, Wallace Leal Valentim Rodrigues, Jonia Garcia Gomes, João Munhoz e sua noiva Terezinha, João Mantoanelli e muitos outros queridos companheiros.

Aos sábados a noite, depois de cantar no programa da Rádio Cultura, íamos Luis Parreira e eu, diretamente para a reunião de estudos da Mocidade Espírita Allan Kardec, na SBOB. Ele, o Parreirinha, como carinhosamente o chamávamos, apesar de já estar chegando aos 60 anos de idade biológica, jovem de alma, fazia parte da juventude espírita e era o pianista do coral da Mocidade, onde era amado por todos. Alma nobre, doce e humilde, trabalhava profissionalmente numa farmácia, onde atendia vendendo medicamentos, e cuidava da mãe e da irmã, respectivamente paralitica uma e deficiente a outra, com um carinho de filho e irmão amoroso. Aos sábados e domingos sempre estávamos juntos nas atividades do centro espírita. Ele pianista, que não tinha um piano em casa, sonhava com músicas de beleza divina e levantava a noite para tirá-las num “acordeon”, anotando em partituras e depois indo visitar amigos que tivessem um piano, para acabar de compor as lindas músicas que compunha. Para algumas delas fiz letras, que cantava depois no programa da Rádio Cultura, e outras, Hino a Cairbar Schutel e Hino a Eurípedes Barsanulfo, que ensinamos aos corais das Mocidades Espíritas de Araraquara e ao coral espírita da cidade de São José do Rio Preto. O “padrinho-empresário-guia encarnado” do Coral Fabiano Lozzano era o saudoso “seu” Damiano Masotti, que também era músico e dava todo seu apoio ao recém-formado coral espírita das Mocidades Espíritas de Araraquara. Ele também não perdia as apresentações do programa “A Hora da Saudade” e gostava muito de me ouvir cantar, passando a ser para mim um grande e paternal amigo, assim como sua esposa, Dna. Linda, como era chamada. Eles hospedavam constantemente em sua residência espíritas vindos de todas as partes do Brasil.

Numa noite de sábado, no mês de junho de 1967, após eu ter cantado no programa da Rádio Cultura, eu e Jonia Garcia Gomes, que se tornou minha inseparável amiga, estávamos na secretaria da SBOB, conversando. Nosso colega de mocidade João Mantoanelli estava mais à frente, na sala, e eu de costas para a porta, com Jonia à minha frente. De repente chegou alguém à porta e ouvi uma voz grave dizendo: -Boa noite! Aquela voz especial penetrou-me os ouvidos e os sentidos mais profundos da alma. Comecei a tremer e Jonia segurou-me as mãos, notando que eu empalidecera, perguntou se eu passava mal. Nem sei o que respondi, pois aquela voz parecia hipnotizar-me. Quem é ele? Perguntei. Ele já estava conversando com o João Mantoanelli. E Jonia disse-me: -Ah, sim, é o Nestor Masotti. Venha, vou te apresentar a ele. Com as pernas trêmulas fui segurando a mão de Jonia, que me apresentou ao Nestor. Ele disse: Já conhecia a sua voz, pois acabo de chegar de casa, onde meus pais não perdem o programa: A Hora da Saudade. Você canta muito bem e tem linda voz. Agradeci. Falamos mais algumas coisas, que não me lembro o conteúdo, e logo fomos para a reunião de estudos da MEAK. Nestor participou intensamente nos debates do tema de estudos da noite, com aquela grande facilidade, capacidade e bom senso que sempre teve para explanar os diversos temas. Não pude me concentrar nos debates, porquanto durante todo o tempo ouvia aquela voz, tentando, em vão, identificar nos escaninhos de meu espírito, de onde a conhecia, quando a tinha ouvido por última vez, em que lugar e época do passado já havia convivido com o dono dela.

Ele morava na cidade de Fernandópolis, onde trabalhava como chefe do Posto Fiscal. Vinha periodicamente a Araraquara, onde residiam seus pais e sua irmã Norma. Num próximo domingo esteve presente nos ensaios do coral, juntamente com seu pai, “seu” Damiano. Em conversa mencionei que precisava ir a S. Paulo para resolver um assunto urgente, que ficara pendente, e ele, me disse que também deveria seguir naquela semana a capital, com seu cunhado Valentim Lorenzetti, para atividades espíritas da USE, e convidou-me para ir com eles em seu carro, um ‘karmanguia’ branco. Aceitei, comovida.

No dia marcado seguimos pela manhã, chegando à casa do Valentim e da Neiva, sua irmã, para o almoço. Ficamos em S. Paulo uns 2 dias, fizemos o que tínhamos a fazer e voltamos juntos para Araraquara, quando tivemos oportunidade de conversar bastante, falando eu sobre a impressão fortíssima que tivera ao ouvir sua voz por primeira vez; ele também se impressionara com minha voz ao me ouvir cantar no programa da Rádio Cultura... e ao regressar para Fernandópolis pediu meu endereço postal. Passaram-se mais de uma semana, quando um dia recebi uma carta dele, confessando ter se afeiçoado a mim e estar sentindo muito a minha falta, e que, se o mesmo tivesse ocorrido comigo, seria indício de lembranças de uma simpatia, certamente nascida em existência anterior. Disse que tivera um sonho, que ele chegava numa casa, em um lugar cheio de neve, e numa sala com lareira crepitante eu estava ao piano tocando música clássica. Não sabia qual o grau de nosso parentesco, então, mas certamente já nos conhecíamos de antes desta existência. Fiquei muito feliz e respondi logo sua carta. Depois desta primeira, chegaram outras, até que um dia ele veio novamente de Fernandópolis, e iniciamos um namoro respeitoso e bonito, de almas irmãs. O sentimento que ele me inspirava era de irmão mais velho ou de pai, e não somente porque fosse dez anos mais velho do que eu em idade cronológica.

No ano seguinte Joaquim Alves, conhecido no Movimento Espírita por Jô, muito amigo de Nestor e de sua família, veio de São Paulo para trabalhar na Casa Editora O Clarim, em Matão, e Jô, juntamente com outros companheiros programava uma majestosa comemoração do centenário de nascimento de Cairbar de Souza Schutel, no mês de setembro de 1968, o fundador de O Clarim e do Centro Espírita Amantes da Pobreza, conforme denominado por Cairbar e seus companheiros no início do século XX.

Luis Parreira compôs então o Hino a Cairbar Schutel, que me ensinou num domingo pela manhã. Fui para casa almoçar e voltaria a tarde para o ensaio do coral da Mocidade. Ao entrar para um banho de chuveiro, com a água caindo sobre a cabeça veio-me a letra do hino todinha, que mostrei ao Parreirinha e depois a todos os companheiros, no ensaio do coral. Todos gostaram muito do nosso hino, inclusive a Tia Luiza, que programou entrelaçar os corais de Araraquara e São José do Rio Preto, para cantarmos juntos na festa que Joaquim Alves estava preparando. Durante meses o Jô, com a colaboração de Wallace Leal, supervisionou a encenação que contava em versos, declamações e músicas, a vida do Bandeirante do Espiritismo, Cairbar Schutel. Toda a vida de Cairbar foi sendo encenada, e ao chegar na parte relativa às bodas de prata dele com sua esposa, Dona Maria Elvira, o Nestor entrou cantando o antigo sucesso do cantor Carlos Galhardo: Bodas de Prata. (Beijando teus lindos cabelos, que a neve do tempo marcou, eu tenho nos olhos molhados, a imagem que nada mudou, estavas vestida de noiva, sorrindo e querendo chorar, feliz, assim, olhando para mim, que nunca deixei de te amar. Vinte cinco anos vamos festejar de união, e a felicidade continua em meu coração, vai crescendo sempre mais o meu amor, por ti, e eu também fiquei mais velho e quase não senti, vinte e cinco anos de veneração e prazer, pois até nos momentos de dor, o teu coração me faz compreender que a vida é bem pequena para tanto amor.)

A festa do centenário de Schutel foi realizada no palco do salão da Sociedade Beneficente Obreiros do Bem, em Araraquara, totalmente lotado. Foi uma festa esplendorosa e inesquecível, com a presença de todos os espíritas admiradores do grande apóstolo, considerado o Pai da pobreza de Matão, o Bandeirante do Espiritismo, no Brasil e mesmo no exterior. Estiveram presentes espíritas como Hugo Gonçalves, J. Herculano Pires, Leonardo Severino, Terezinha de Oliveira, Cidinha Garbatti, Rafael Medina, e centenas de outros.

Nosso namoro prosseguiu daquela forma, por mais de um ano, através de cartas de Fernandópolis para Araraquara e vice-versa, e encontros periódicos de duas a duas semanas, quando o Nestor vinha a Araraquara visitar os familiares, até que, em uma dessas visitas ele me disse que estivera conversando com um médium de sua inteira confiança, que lhe dissera que a ele estavam reservadas importantes e sérias tarefas no campo da divulgação espírita; que eu também viera a esta encarnação com tarefas definidas, porém, em local muito distante das regiões onde ele deveria atuar. Que não havia programação de nos casarmos, embora existisse, entre nós e nossos familiares, uma grande amizade.

Fiquei abalada com essas revelações, cheguei até a adoecer, mas amparada por minha mãe e pela própria genitora dele, que foi para mim uma segunda mãe, assim como pelo carinho de sua irmã Norma, que também sempre foi minha grande amiga, e dos leais amigos Luis Parreira, Edson R. Martins, Wallace Leal Rodrigues, Jonia G. Gomes, Nilza A. Vicente e sua família, logo me reequilibrei emocionalmente. Neste período, em oração, indaguei ao meu mentor espiritual, (sempre tive facilidade em ouvir intuitivamente os Espíritos) a razão daquele afastamento e ouvi a seguinte resposta: -Não se preocupe! Vão se passar muitos anos, mais de 25 ou 30, e vai haver um casamento entre vocês. Contestei a voz espiritual dizendo que, não entendia. Como um casamento, depois de velhos? Não estaria disposta a tal. Mas, o amigo espiritual nada respondeu. Depois pensei que deveria ser uma linguagem simbólica, significando um casamento ou união dentro das atividades espíritas.

 Minha mãe, que tinha mediunidade de vidência e sonhos reveladores, previu que deveríamos voltar à minha cidade natal, São José dos Campos, e isso ocorreu mesmo em junho de 1969. Ela vinha desde 5 ou 6 anos antes sonhando que eu me casaria com um rapaz muito loiro, alto, de olhos azuis e barbas vermelhas, e sempre me dizia que não era o Nestor. Deveria ser um jovem estrangeiro.

Chegando em São José dos Campos, depois de alguns meses comecei a trabalhar na fábrica da Ericsson do Brasil, que existia na cidade. Lá conheci um engenheiro de nome Karl Vallentin Petterson e sua esposa, Ebon Aurora Petterson, que me convidaram para ir com eles para a Suécia, para estudar por 2 ou 3 anos. Mas, o Sr. Petterson, que desde antes de nossa longa viagem de mais de 20 dias num transatlântico francês, tornou-se o meu pai sueco, dizia sempre que sabia que eu não voltaria logo ao Brasil, pois me casaria na Suécia com um jovem de minha idade, parente de sua esposa. Eu ria e não acreditava, embora tivesse tido tantas revelações à respeito, trazidas pela mediunidade de mais de 3 médiuns, desde quando ainda era uma criança, e que eu simplesmente esquecera. Inclusive nas vésperas mesmo de viajar para a Suécia um velho amigo nosso, portador de várias mediunidades, olhando as linhas das minhas mãos, dissera tudo quanto me iria acontecer nos próximos anos, minha ida para a Suécia, meu casamento com o jovem sueco, o nascimento dos nossos filhos, nossa mudança para o Brasil, a volta à Suécia depois de alguns anos, as inumeráveis viagens que eu faria com o marido, as tarefas espíritas, etc.... Mas, eu não sei porque, apagara da memória essas revelações, só vindo a me lembrar delas durante nossa viagem de núpcias, porque nos casamos na Suécia em dezembro de 1971 e viajamos para o Brasil, via Estados Unidos, permanecendo 3 dias em Nova York.

Minha viagem com o casal Petterson para a Suécia foi um verdadeiro conto de fadas. Saimos do porto de Santos na manhã do dia 04 de maio de 1970, chegando no Rio de Janeiro, dia 05, onde minha irmã Salette residia com seu esposo e filhos. Eles estavam em São José dos Campos, onde eu morava com minha mãe, ao nos despedirmos. Quando saí, a caminho de Santos, eles seguiram de carro para o Rio de Janeiro, levando com eles minha mãe. No dia seguinte, de madrugada, aportamos no Rio. Fomos, meus pais suecos e eu, de taxi, para a casa de minha irmã e cunhado. Passamos o dia todo com minha família, minha mãe chorava muito. A Sra. Petterson fez umas comprinhas no comércio local e de tarde seguimos para o porto, onde nosso navio (Le Pasteur) estava atracado. Partimos do Rio de Janeiro para a Europa no dia 05 de maio de 1970, ao entardecer. Foi uma emoção indescritível ver a linda paisagem carioca ir ficando cada vez mais longe no horizonte. Fixei o olhar no Cristo Redentor, que ia desaparecendo ao longe e roguei a Jesus proteção para a vida nova que me esperava e que eu não sabia como seria, mas confiava em Deus, e enfrentaria o que me estivesse programado para esta encarnação. Como o Pai é todo bondade e misericórdia, não me desamparou em nenhum momento. Embarcaram no Rio alguns jovens holandeses, uma belga e uma alemã, que foram meus irmãos nesta longa travessia rumo ao velho mundo. Especialmente um jovem holandês tornou-se um amigo inseparável, que muito me ajudou durante esta viagem, e por muitos anos nos correspondemos, até sua desencarnação em 1986.

O navio fez muitas paradas durante o trajeto até o porto de Hamburgo, na Alemanha, que era o nosso destino, meu e dos Petterson. De lá prosseguimos de trem até Estocolmo, na Suécia. Parou nas Ilhas Canárias, em Lisboa-Portugal, em Vigo-Espanha, em Le Havre-França, em Southampton-Inglaterra, e finalmente em Hamburgo-Alemanha.

Todos os jovens holandeses e a moça belga desceram em Le Havre, França, onde o navio ficou atracado por 3 dias. Só permaneceu a bordo a jovem alemã, que seguiria até o final do trajeto; era a única pessoa, que falava português, com quem eu ainda podia conversar. O navio, antes em atmosfera de festa, tornou-se sombrio e triste, fazia frio. Aportou a noite, em Hamburgo, e tivemos de pernoitar mais uma noite ali, para desembarcar no dia seguinte, pela manhã. Ao recolher-me à cabine para ir dormir, o medo tomou conta de mim. Até aquele momento eu estivera como que anestesiada e, com a presença dos jovens holandeses, falando português, dançando, brincando, eu não sentira ainda a angústia de me ver completamente sozinha, num ambiente estranho.

Deitei-me e elevei o pensamento a Jesus, rogando amparo e proteção. Lembrei-me que era domingo e que naquele exato momento, em Araraquara, os pais do Nestor, sua irmã Norma e quem sabe outros familiares, estariam reunidos para o Culto do Evangelho no Lar, do qual muitas vezes participei. Fui lendo o Evangelho Segundo o Espiritismo, que minha mãe me dera para levar comigo, e orando, até que adormeci, e passei a ouvir a voz inconfundível do amigo Damiano Masotti dizendo:- “Senhor Jesus, amparai nossa amiga Cidinha, onde quer que ela se encontre neste momento. Que ela receba nossas preces e vibrações em seu favor”. Acordei em seguida, e chorei comovida, agradecendo a Deus tanta assistência e o carinho dos amigos distantes, só fisicamente, pois espiritualmente, sempre estivemos juntos. 

Logo, ao chegar na Suécia, recebi uma carta do Nestor, na qual ele me dizia que tinha recebido a notícia de minha ida para a Europa, através de seus pais, e queria colocar-se, ele e os seus, à minha disposição, caso eu tivesse qualquer problema, se precisasse voltar ao Brasil e não dispusesse de recursos, que poderia, sem constrangimento, recorrer a ele ou a seus familiares.

Ao chegarmos na Suécia o tempo estava ensolarado, como o Sr. Petterson garantira que estaria. Na estação central de Estocolmo Olof nos esperava, com toda sua família, para nos transportar à casa dos Petterson. Era como se eu estivesse voltando ao meu próprio lar e aos meus familiares. A primavera ia alta, com a Natureza esplendendo em flores, cores e perfumes, pássaros, árvores de um verde ainda claro, de muito frescor. Tudo, aos meus sentidos, parecia novo e ao mesmo tempo reconhecia tudo, como se estivesse voltando no tempo. Foi um período mágico na minha vida. Recebida pelos familiares do Olof como pessoa íntima, em dois meses apenas aprendi a falar o idioma sueco e já comecei a trabalhar e a viver normalmente.

Passado um ano Olof e eu já estávamos noivos e seis meses depois, ambos com 24 anos de idade, em 11 de dezembro de 1971, nos casamos na romântica e pequena cidade - Sigtuna, nas proximidades de Estocolmo.

Naquele curto espaço de tempo (18 meses) conseguíramos guardar dinheiro, ganho com nosso próprio trabalho, para nossa viagem de núpcias. Trabalhei 6 meses com uma família, cuidando de 3 meninos, depois 2 meses, no verão, com outra família com 2 crianças, enquanto esperava para fazer um curso de auxiliar de enfermagem, que me rendeu emprego num hospital, ganhando muito bem. Olof já era profissional e sempre trabalhou na mesma empresa.

Estivemos 3 dias em Nova York e em seguida viemos ao Brasil, por 42 dias. Primeiro estivemos com minha irmã no Rio de Janeiro, depois com minha mãe e irmãos em S. José dos Campos, visitamos Campos do Jordão com um amigo sueco-norueguês, e, chegando em São Paulo, a caminho de Araraquara, Olof teve uma repentina febre muito alta e ficamos alguns dias hospedados em casa da Neiva e do Valentim, irmã e cunhado do Nestor. A Neiva foi muito carinhosa, ajudando-me a cuidar do problema de saúde do Olof. Não pudemos ir até Araraquara e voltamos para S.J.C. e depois Rio de Janeiro, de onde regressamos à Suécia. 

Depois, muitas lutas advieram. Por não ter podido chegar até Araraquara não pude mais rever meu grande e querido amigo Edson Rodrigues Martins, que desencarnou em 1972. Ele, o Parreirinha, o Wallace Leal Rodrigues e a família Masotti foram de uma enorme dedicação comigo durante os primeiros anos que vivi na Suécia, sempre me incentivando, escrevendo, me enviando livros, jornais, mensagens... Se consegui vencer os enormes obstáculos dos primeiros anos lá, foi muito graças ao apoio que recebi desses amigos de Araraquara, sem nenhuma dúvida.

Uma noite sonhei que me encontrava com o Nestor, que me convidava a subir com ele a um monte, muito verde, e ao tomar-me pela mão, notei que ele tinha uma aliança na mão direita. Perguntei-lhe: -Então você ficou noivo? –Sim, respondeu ele. Por isso vim falar com você, antes que fique sabendo através de outros. Conheci uma companheira nossa, também espírita, por quem senti grande afinidade, e vamos nos casar. Queria comunicar isso a você, pessoalmente.

Poucos dias depois recebi uma carta da Tia Luiza Cardoso, que entre outras notícias, contava que o Nestor havia ficado noivo da Maria Euny, uma jovem do movimento espírita de São João da Boa Vista. Depois, recebi uma carta do próprio Nestor, confirmando a notícia, que já me havia dado no sonho, e dizendo, que agora não ficaria mais bem ele continuar me escrevendo, mas, que a própria Maria Euny passaria a se corresponder comigo, o que ela realmente o fez, e nos convidou para visitá-los quando viesse ao Brasil.

Eles estavam recém-casados quando os visitamos no primeiro apartamento que residiram em São Paulo-Moema. E Maria Euny e eu continuamos a nos escrever, pois àquela época as pessoas gostavam muito de escrever cartas, e a gente se dava o tempo para isso, embora se trabalhasse tanto quanto agora.  Em 1973 engravidei e logo sofri um aborto espontâneo. Era a primeira tentativa da nossa Sonia de se reencarnar, que não deu certo. No ano seguinte, quando engravidei novamente, logo recebi carta da Maria Euny participando a gravidez dela; e o Mario nasceu 19 dias antes da Sonia, ele em 05 de fevereiro e ela em 24 de fevereiro de 1975.

Foi quando me lembrei do que meu Espírito guia havia me falado em Araraquara, que depois de mais de 25 anos haveria um casamento entre nós... Então, fiquei pensando que o Mario se casaria com a Sonia, que nasceram no mesmo ano e mês.

O Nestor visitando Chico Xavier pelo ano de 1971 ou 72, falou ao Chico que uma sua amiga tinha se mudado para a Suécia, e se casado com um sueco, estando a realizar o Culto do Evangelho no Lar e estudos dos livros espíritas básicos, solicitando dele (de Emmanuel) alguma orientação para seu trabalho inicial num país escandinavo. Chico orientou-nos, então, a que começasse lá, como o próprio Kardec começou, pelo O Livro dos Espíritos, devido ao espírito mais racional daqueles povos. O Evangelho deveria vir logo em seguida. Foi, pois, com a orientação de Chico Xavier, dos Espíritos Emmanuel e Cairbar Schutel, através do incentivo do Nestor Masotti, que fundei, já na década de 1970, o primeiro grupo espírita nórdico da atualidade, e na continuidade dos trabalhos, sempre com o apôio do Nestor, trabalhamos durante mais de 30 anos na divulgação e implantação da Doutrina Espírita na Suécia e países vizinhos. Nosso trabalho está registrado no documentário que escrevemos, intitulado: GEEAK-Suécia e seus 10 anos com Divaldo Pereira Franco. O próprio nome do nosso grupo espírita foi dado por sugestão do Nestor.

Nasceram o Mario Henrique, filho do Nestor e da Maria Euny, e a nossa Sonia Lisa, em 1975. Depois a Miriam Lucia, deles, e o nosso Frans Olof, depois a Mariane Lis, deles, e a nossa Sibeli Louise, que nasceu em São Paulo, no período em que vivemos no Brasil por 11 anos, na década de 1980. Nesses 11 anos convivemos frequentemente com a família do Nestor e da Maria Euny. Quando visitávamos a casa deles, no bairro Paraiso, em São Paulo, os nossos filhos, 6 crianças levadas, brincavam freneticamente, enquanto nós adultos conversávamos. Chegando a hora de irmos embora nossos menorzinhos, Sibeli e Frans se escondiam debaixo da cama do Nestor e da Maria Euny, por que não queriam ir embora, e de lá só saiam quando o Nestor alteava a voz, o que raramente fazia. A Sibeli, muito gritadeira em criança, ouviu o tio Nestor dizer a ela: - Sibeli, nesta casa não se grita! Sibeli nasceu atriz dramática, dizia o Nestor.

Ao voltarmos para a Suécia em agosto de 1989, para cumprir com uma sagrada tarefa junto ao meu sogro, que ficara viúvo, cego e senil, pensávamos que ele logo desencarnaria e que estaríamos de volta ao Brasil em poucos anos. Mas, nossas principais tarefas na Suécia estavam só se iniciando. Precisamos enfrentar lá árduas lutas, durante mais quase 25 anos.

Nosso convívio com o Nestor e com sua família continuou, sempre mais intenso, e finalmente em 2006 concretizou-se o casamento que meu Espírito guia havia me avisado em 1968, que se realizaria, quando Mario Henrique se casou com nossa Sibeli Louise, num dia magnífico, de festa inesquecível, em Brasília.

As histórias das famílias Masotti e Bergman se entrelaçam, desde muito antes desta nossa encarnação, e é uma história muito bonita. Um dia, na Espiritualidade, ainda escreverei um livro, relatando-a com os detalhes que hoje desconhecemos, para deleite de nossas netinhas Laura Lisa e Luisa Lis, que também o são do Nestor e da Maria Euny.

Nossas sinceras homenagens e nosso preito de eterna gratidão a este Espírito irmão, nobre e leal, de verdadeiro homem de bem, que se chamou nesta existência: Nestor João Masotti.

Cidinha Bergman (Matão, SP)

(Texto e fotos recebidos em emails de Cidinha Begman e de David Liesenberg)

Cidinha na Record em 1966

Cidinha, à frente, com jovens espíritas em Araraquara, SP, em 1968

Cidinha, Mário, Miriam, Sibeli... em casa de praia em  Itanhaém, SP, no ano de 1989

 

 

Homenagem de David  Liesenberg:

Nestor João Masotti – o arauto do bem!

 

Nestor João Masotti – o arauto do bem!

Nestor João Masotti. Se fosse somente um confrade da lide espírita, talvez conseguisse sintetizar este texto em poucas palavras. Porém, por se tratar de alguém que exerceu vários papéis em minha vida - amigo, irmão, pai, patrão, líder - considero válido relatar alguns episódios que, particularmente, expressam o valor deste homem.

Aquela voz grave, porém suave, preenchia os ambientes com um magnetismo especial; fosse uma prece, ou numa reunião, enfim, era uma voz que emanava amor e respeito. A minha impressão é de que era a voz de um pai falando, o pai que muita gente gostaria de ter, e que muita gente acabou adotando de coração. 

Sim, Nestor era verdadeiro e paternal com todos. Com os amigos, com os familiares, com os colaboradores. 

Com autoridade moral e simplicidade, ele sempre acolhia seus interlocutores. Bom ouvinte, excelente conselheiro, não dispensava um bom sermão quando necessário.

Quem conviveu com Nestor Masotti pode dizer, sem dúvidas, que era um homem valoroso e bom. É o homem de bem, como explica Allan Kardec na questão 918 de O Livro dos Espíritos.

Faço questão de relatar o meu testemunho sobre o trabalho que Nestor Masotti realizou junto ao Movimento Espírita Internacional, que vai além do seu papel como presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB).

A nossa experiência no Movimento Espírita Sueco teve o apoio incondicional de Nestor, que foi Secretário Geral do Conselho Espírita Internacional (CEI) por várias gestões.

Não somente na Suécia, mas todos os países com movimento espírita organizado, ele teve papel decisivo nas diversas questões de cada localidade. E não eram questões fáceis de se resolver.

No ano de 2003 organizamos a 6ª Reunião Ordinária do Conselho Espírita Internacional – Coordenadoria Europa, em Estocolmo, Suécia, com a participação de representantes de 14 países. 

É necessário registrar que nos três dias de reunião, Nestor teve participação fundamental. A França, que organizava o 4º Congresso Espírita Mundial, comemorando o centenário do nascimento de Allan Kardec, teve intrincadas questões resolvidas ali. Novos grupos que apareciam – como Luxemburgo e Dinamarca – tiveram apoio essencial do Secretário Geral do CEI. Até o representante da Estônia, o senhor August Kilk, recebeu valioso suporte para suas atividades. 

Foi uma reunião memorável, em que pudemos presenciar a atuação deste homem, que absorveu toda a experiência no movimento de unificação espírita no Estado de São Paulo, onde participou ativamente, e distribuiu com sabedoria para o mundo!

Seu trabalho incansável pelo Movimento Espírita Internacional foi apenas uma parte significativa do que realizou durante esta etapa terrena. 

Com Masotti na presidência da FEB, a divulgação do livro espírita tomou novo impulso, em especial as obras de Chico Xavier, que foram traduzidas para vários idiomas, uma inclusive levada para o cinema (Nosso Lar); a luta contra o aborto, e outras causas visando o bem, passaram pelas mãos hábeis de Nestor.

Outro testemunho que gostaria de dividir, é parte de um depoimento que colhi de Nestor Masotti na época em que escrevia um livro reportagem biográfico sobre outro grande espírita brasileiro.

Nele podemos observar o apoio espiritual que Nestor Masotti recebia, e que era percebido por pessoas com sensibilidade mediúnica.

No link https://soundcloud.com/david-liesenberg/nestor-masotti-e-cairbar-schutel,

o relato de Nestor Masotti sobre um encontro realizado pelo CEI no Paraguai, em que uma médium reconhece um espírito benfeitor do qual ela nunca tivera ouvido falar - mas que Nestor reconheceu.

O nome desse Espírito é Cairbar Schutel, um dos pioneiros na divulgação do Espiritismo no Brasil e no Exterior. 

É inegável o avanço que o Movimento Espírita conseguiu com este arauto do bem.

Agora, ao lado de Cairbar Schutel e outros espíritos luminares, Nestor João Masotti certamente continua, paternal, assistindo os seus tantos filhinhos!

 David Liesenberg

 

 

(Texto e fotos recebidos de David Liesenberg)

Estocolmo, Suécia, em 2003. Nestor e esposa Maria Euni, de pé, segundos a partir da direita

Nestor João Masotti em sua sala na FEB. 06/2001.

Foto Ismael Gobbo

7ª. Reunião da Coordenadoria Europa. Paris, França, 2004.

Divaldo Franco, Nestor Masotti e Sonia Liesenberg em Estocolmo, Suécia

 

 

Nota publicada pelo Conselho Espírita Internacional sobre a desencarnação de Nestor Masotti

 

Acesse aqui:

http://cei.spirite.org/es/desincarnation-of-nestor-joao-masotti-ex-president-of-the-feb-and-ex-general-secretary-of-the-isc/

 

 

 

Seminário vais encerrar as comemorações do

Centenário de J. Herculano Pires. São Paulo, SP

 

HERCULANO PIRES – UM CONVITE PARA O FUTURO

 

No próximo dia 20 de setembro, em São Paulo, acontece o seminário de encerramento das comemorações do Centenário de J. Herculano Pires. E com ele a apresentação, pela primeira vez, do documentário sobre a vida e a obra do homenageado. A direção é do cineasta Edson Audi com o apoio da Fundação Maria Virginia e J. Herculano Pires.

A notícia completa está e http://www.expedienteonline.com.br/?p=1074.

Veja o trailer de Herculano Pires – um convite para o futuro aqui:  http://youtu.be/G7cQ3hwAp7Y

--
WGarcia
Recife,PE

 

(Informações recebidas em email de Wilson Garcia)

 

 

Ciclo de Palestras e Seminário com Richard Simonetti

Campinas, SP

 

 

(Informações recebidas em email de Nelio Luzze, RJ)

 

 

Semana Espírita “O Auto-encontro”

Cartagena, Colômbia

 

 

(Informação recebida em email de C. E. E. J. A. [info@juanadeangeliscartagena.org])

 

 

3º. Conjuresp – Congresso Jurídico- Espírita do Estado de São Paulo. Campinas, SP

 

        Dentro do possível, solicito auxílio da divulgação do texto abaixo, referente ao 3° CONJURESP (Congresso Jurídico-Espírita do Estado de São Paulo), com o tema central "Direitos Contemporâneos e Espiritismo" na cidade de Campinas - SP, de 17 a 19/Outubro/2014.
        No ano de 2012 tivemos quase 200(duzentos) inscritos de 33(trinta e três) cidades e 06(seis) Estados. Quem sabe poderemos contar com a presença de vocês?!

        Abraços,

                                       Carlos de Paula
                   Coordenador Núcleo Campinas da AJE-SP


        Objetivos:

1) Permitir reflexões em torno dos direitos contemporâneos, que surgem no século XXI, fazendo-nos repensar conceitos, valores e abordagens tradicionais, à luz do Espiritismo, num ambiente de liberdade e respeito, a fim de fomentar o crescimento profissional e ético-moral.
2) Colaborar no processo de desenvolvimento e consolidação do movimento jurídico-espírita estadual e nacional, a partir do encontro de operadores do direito, estudiosos e demais interessados em discutir assuntos sócio-jurídicos sob a perspectiva da filosofia espírita-cristã.
3) Proporcionar um espaço de convívio fraterno e equilibrado, que revitalize o entusiasmo individual, como forma de auxiliar o congressista na sua íntima e subjetiva realização do justo, seja nas relações profissionais, como nas múltiplas relações interpessoais da vida no mundo contemporâneo.

        Expositores:

1) ALYSSON LEANDRO MASCARO: Doutor e Livre-docente em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela USP; Professor universitário na Universidade Presbiteriana Mackenzie e na Universidade de São Paulo; autor de “Filosofia do Direito”, “Introdução ao Estudo do Direito”, “Lições de Sociologia do Direito”, “Crítica da legalidade e do direito brasileiro”, “Utopia e Direito: Ernst Bloch e a ontologia jurídica da utopia”, “Estado e forma política”, “Cristianismo Libertador” e “Introdução ao Estudo do Espiritismo”.

2) ANDREI MOREIRA: Médico especializado em Homeopatia, com atuação em Saúde da Família em Belo Horizonte (MG); Presidente da Associação Médico-Espírita de Minas Gerais; autor de “Cura e autocura – uma visão médico-espírita”, “Homossexualidade sob a ótica do espírito imortal” e “O mundo dos bonecos de papel”.

3) ARTHUR CHIOTO: Médico sanitarista, professor universitário de medicina, licenciado em letras; autor dos livros “Mecanismo da Mediunidade – processo de comunicação mediúnica” e “Magnetismo, Vitalismo e Pensamento de Kardec”.

4) ÉRICA BABINI L. DO A. MACHADO: Doutoranda em Direito Penal e Criminologia pela UFPE, Mestre em Direito Penal e Criminologia pela UFPE. Professora de Direito Penal e Criminologia da Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP e da Universidade de Pernambuco - UPE, atuando em pesquisas nas áreas de Direito Penal, Criminologia e Direito da Criança e do Adolescente. Membro e diretora acadêmica da AJE/PE e integrante do Núcleo Espírita Investigadores da Luz - NEIL, em Recife (PE).

5) JOSÉ ANTÔNIO LUIZ BALIEIRO: Professor, administrador de vendas, profissional da educação em Ribeirão Preto (SP). Trabalhador da unificação das atividades espíritas, Diretor da Unificação Kardecista de Ribeirão Preto, divulgador, articulista e coordenador de atividades da USE Intermunicipal de Ribeirão Preto. Ex-presidente da USE Estadual.

6) RAUL DE MELO FRANCO JÚNIOR: Promotor de Justiça no Estado de São Paulo; Professor universitário de Direito Constitucional e Direito Tributário; Coordenador do Núcleo Araraquara da Associação Jurídico-Espírita do Estado de São Paulo; autor de “Alienação de bem público”.

        Programação:

1) Abertura: 17/10/2014, sexta-feira, 19h. O Direito e o Espiritismo em face dos dilemas do mundo contemporâneo. Alysson Leandro Mascaro

2) 18/10/2014, sábado:
        a) Dependência química: políticas públicas e a proposta espírita. Arthur Chioro dos Reis
        b) Meio Ambiente: o respeito à Terra para as presentes e futuras gerações. Raul de Mello Franco Júnior
        c) Novas famílias e o valor do afeto na perspectiva espírita. Andrei Moreira
        d) Apresentação de teses, previamente admitidas, pelos congressistas sobre os seguintes temas: Direito Constitucional, Direito de Família, Direito Penal, Direito Ambiental, Direito do Trabalho.

3) 19/10/2014, domingo:
        a) Política criminal, realidade carcerária e evolução do espírito. Érica Babini Machado
        b) O papel das entidades especializadas para o movimento espírita e para a sociedade. José Antônio Luiz Balieiro
        c) 12h30: Solenidade de encerramento

        Local do evento e hospedagem:

1) Hotel Nacional Inn, em Campinas (SP). Av. Benedicto Campos, 35 - Jardim do Trevo  - CEP 13030-100 - Campinas/SP. Telefone: (19) 3772-1400 / Fax: (19) 3272-7888.
2) Hospedagem:
        a) Apartamento Single – R$ 300,00 (diária = café da manhã, almoço e jantar, estacionamento).
        b) Apartamento Duplo – R$ 400,00 (diária = café da manhã, almoço e jantar, estacionamento).
        c) Apartamento Triplo – R$ 480,00 (diária = café da manhã, almoço e jantar, estacionamento).
3) Reservas: até setembro existem 70(setenta) apartamentos bloqueados pela AJE-SP. Em contato com o hotel, informar que é para o CONJURESP.

        Inscrição e outras informações: <www.ajesaopaulo.com.br>.

 

(Informação repassada via email por Giovana Campos)

 

 

Palestra pública no C.E. Antonio de Pádua

Palmital, SP

 

 

PALESTRA

CENTRO  ESPÍRITA“ ANTÔNIO  DE  PÁDUA ” 

Rua José Florêncio Dias, 240 - PALMITAL - SP

Dia 13 de setembro, sábado, às 16 horas

 

ORADOR:  ALESSANDRO VIANA VIEIRA  DE  PAULA,  de Itapetininga (SP)

 

Tema: “150 anos de O Evangelho segundo o Espiritismo”            

 

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O palestrante é Juiz de Direito e autor do livro “Jesus, o Celeste Amigo”.

 

 

(Informação recebida em email de Francisco Atilio Arcoleze [atilio.arcoleze@gmail.com])

 

 

37ª. Jornada Espírita de

Assis, SP

 

37ª Jornada Espírita de Assis (SP)

 

 

Palestra com

​ ​

​ALESSANDRO  VIANA  VIEIRA  DE  PAULA, , de ​Itapetininga​   (S​P​)

  

​Dia 13 de setembro​, sábado, ​às 20 horas

 

 

​Tema​:​

 

 ​“​150 anos de O Evangelho segundo o Espiritismo”  

 

 

Local: Instituto de Difusão Espírita (Nosso Lar)

​            ​

Praça Nicolau Carpentieri, 50 ​-  Vila Xavier

​ - Assis - SP

 

 Realização:  USE-União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo-Intermunicipal de Assis

 

 

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(Informação recebida em email de Francisco Atilio Arcoleze [atilio.arcoleze@gmail.com])

 

 

XIX Feira do Livro Espírita

Artur Nogueira, SP

 

 

(Informação recebida em emails de CEAK News [contato=ceakholambra.org@mail172.us4.mcsv.net]; em nome de; CEAK News [contato@ceakholambra.org] e de Almir Del Prette)

 

 

Programação no Centro Espírita Seara do Mestre

São Paulo, SP

 


09/09/14

Ter

20h

 

Manolo Quesada(Seara Bendita)

 

Evoluir é fácil nós é que complicamos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

12/09/14

Sex

20h

 

Antenor

 

Corpo espiritual

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

13/09/14

Sab

9h

 

Arthur

 

Moral estranha

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

13/09/14

Sab

15h

 

Edilson Freitas

 

Falsos Cristos e falsos profetas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

16/09/14

Ter

20h

 

Cláudia Marum(Com.Esp.Evan)

 

Não colocar a candeia debaixo do alqueire

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Participe da Campanha de Anjos da Caridade, que tem como objetivo arrecadação de peças para enxoval das mães atendidas pela Assistência Social. Mais informações na Secretaria.


O  livro "Conta mais vô" de Manolo Quesada estará a venda pelo  preço de R$25,00, e seus Dvds por R$15,00 no dia 09/09/2014, compareçam.

Em 14/09/2014 - Será realizado o Almoço de Domingo no Restaurante Pasta Grill. A renda obtida será revertida em prol do Centro Espírita Zilda Gama


--

 Centro Espírita Seara do Mestre
R. Carlos Roberto Cavanhas, 392 - V. Rubi
São Paulo - SP
04823-120

 

 

(Informações recebidas em email de searadomestre@gmail.com)

 

 

Seminário com Jamiro dos Santos Filho no

G.E.E.  “A Caminho da Luz”. Cubatão, SP

 

 

(Informação recebida em email de Claudete [claulouzada@uol.com.br])

 

 

Seminário “De Rivail à Kardec”

Rio de Janeiro, RJ

 

 

(Informação recebida em email de Nelio Luzze)

 

 

Palestras no G.E. Nosso Lar

São Pedro da Aldeia, RJ

 

(Informação recebida em email de Nelio Luzze)

 

 

Informações do C.E. Zilda Gama

São Paulo, SP

 

 

(Informações recebidas em email de Zilda Gama [cezildagama@gmail.com])

 

 

O que passa e o que permanece

 

 

Há poucos dias eu me mudara para minha nova casa.

Os móveis haviam chegado e precisavam ser montados. Contratei, portanto, os serviços de um marceneiro.

Era um homem experiente e esforçado. Em apenas três dias conseguiu montar sozinho os móveis do quarto, sala e cozinha.

E gostava muito de conversar também. Entre uma martelada e outra, um parafuso ajustado, puxava os mais diversos assuntos.

De vez em quando falava de política. Em outros momentos, discorria sobre as vantagens de seu time favorito de futebol. Ainda, falava sobre o tempo, atualidades e a última notícia sensacionalista dos jornais.

Mas, sem dúvida, seu assunto predileto era sua família. Gostava de contar sobre a dedicação de sua esposa e da inteligência e educação dos seus filhos. Seus olhos brilhavam de orgulho e felicidade.

Entretanto, naquele terceiro dia, ao chegar à minha casa para concluir a montagem dos móveis, percebi que havia algo diferente no seu semblante.

Trabalhou o dia todo praticamente em silêncio e, porque me preocupei com tal mudança de comportamento, questionei-o sobre o que estava acontecendo.

Aquele não havia sido um dia fácil para ele: de manhã, seu veículo de trabalho havia apresentado problemas e, por isso, ficaria vários dias na oficina mecânica.

Quando estava no ponto de ônibus, aguardando o transporte que o traria à minha casa, um assaltante lhe furtou a caixa de ferramentas.

E, como se não bastasse, sua carteira estava na caixa. Dessa forma, todos os seus documentos haviam sido extraviados também.

Por isso, ele estava extremamente irritado, o que justificava o seu silêncio.

Quando ele terminou seu trabalho, em solidariedade aos acontecimentos tristes daquele dia, lhe ofereci uma carona para casa, pois sabia que ele estava muito cansado. Agradecido, ele aceitou.

Ao chegarmos, ele me convidou para entrar, a fim de que eu conhecesse sua família.

Em frente à residência, havia uma majestosa árvore. Antes de abrir a porta de sua casa, o trabalhador se recostou nela por breves momentos e, depois disso, seu semblante mudou, o que me causou grande espanto.

Entrou em casa sorrindo, beijando a esposa e os filhos, e, para variar, falando muito.

Ela me convidou para o jantar e a noite foi muito agradável.

Ao me despedir, envolto pela curiosidade, o questionei sobre a árvore e aquela mudança radical de atitude.

Sorrindo, ele me respondeu: Aquela é minha árvore dos problemas. Quando chego à minha casa, eu deixo todos os meus problemas nela, de forma que não os desconte em minha família, pois de nada eles têm culpa.

Amanhã, quando eu for trabalhar, os pego novamente e, com a ajuda de Deus, saio para resolvê-los.

*   *   *

Embora as situações difíceis que se apresentam no dia a dia, cultivemos sempre o bom ânimo com aqueles que estão ao nosso redor.

Não deixemos que nossos problemas se transformem em palavras rudes, impaciência, falta de carinho, amor, compreensão, ternura.

Pois o dinheiro, o estresse, as metas a se alcançar vão-se embora... Mas a família, os amigos, momentos de cumplicidade ao lado daqueles que nos amam e a quem amamos, esses sim são eternos...

Pensemos nisso... Mas pensemos agora!

 Redação do Momento Espírita,
com base em conto de autoria ignorada.
Em 10.9.2014.

 

 

(Copiado do site Feparana)

 

Árvore. Rua da Consolação, São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo

 

 

Editoração Ismael Gobbo, São Paulo,  SP.

Envio: Ismael Gobbo (São Paulo, SP) e Wilson Carvalho Júnior (Araçatuba, SP)

 

 

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