Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, quarta-feira, 08 de abril de 2015

Compiladas por Ismael Gobbo

Agradecemos àqueles que gentilmente repassam este email

Parcerias

 

 

http://ismaelgobbo.blogspot.com.br/          http://www.redeamigoespirita.com.br/

 

 

 

Nota 1

Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

 

Nota 2

Este email é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.  O trabalho é totalmente gratuito e conta com ajuda de colaboradores voluntários (Ismael Gobbo)

 

 

Atenção

Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui:

http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/ABRIL/08-04-2015.htm

 

No Blog onde  é  postado diariamente:

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Ou no Facebook

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NOTA SOBRE O ENVIO DESTE BOLETIM

 

ESTAMOS PRESTES A RESTABELECER O ENVIO DE EMAILS COM TODO CONTEÚDO DO BOLETIM DE NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPÍRITA ESTAMPADO NO PRÓPRIO CORPO DO E  MAIL NA FORMA COMO SEMPRE FIZEMOS. ULTIMAMENTE PASSAMOS POR PROBLEMAS TÉCNICOS DE VÁRIAS ORDENS QUE DE CERTA FORMA PREJUDICARAM O BOM ANDAMENTO DOS  NOSSOS TRABALHOS.  ISMAEL  GOBBO 

 

 

OS ULTIMOS 5 EMAILS ENVIADOS:

 

DATA                                        ACESSE CLICANDO NO LINK

 

07-04-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/ABRIL/07-04-2015.htm

06-04-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/ABRIL/06-04-2015.htm

04-04-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/ABRIL/04-04-2015.htm

03-04-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/ABRIL/03-04-2015.htm

02-04-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/ABRIL/02-04-2015.htm

 

 

 

 

 

O Evangelho Segundo o Espiritismo- Cap. XXIV,  11-12

Não ponhais a candeia debaixo do alqueire

 

 

Não são os que gozam saúde

que precisam de médico

 

     11. Estando Jesus à mesa em casa desse homem (Mateus), vieram aí ter muitos publicanos e gente de má vida, que se puseram à mesa com Jesus e seus discípulos;o que fez que os fariseus, notando-o, dissessem aos discípulos: “Como é que o vosso Mestre come com publicanos e pessoas de má vida?” — Tendo-os ouvido, disse-lhes Jesus: “Não são os que gozam saúde que precisam de médico.” (Mateus, 9:10 a 12.)

     12. Jesus se acercava, principalmente, dos pobres e dos deserdados, porque são os que mais necessitam de consolações; dos cegos dóceis e de boa-fé, porque pedem se lhes dê a vista, e não dos orgulhosos que julgam possuir toda a luz e de nada precisar. (Veja-se: Introdução, artigo: Publicanos, Portageiros.)

     Essas palavras, como tantas outras, encontram no Espiritismo a aplicação que lhes cabe. Há quem se admire de que, por vezes, a mediunidade seja concedida a pessoas indignas, capazes de a usarem mal. Parece, dizem, que tão preciosa faculdade devera ser atributo exclusivo dos de maior merecimento.

     Digamos, antes de tudo, que a mediunidade é inerente a uma disposição orgânica, de que qualquer homem pode ser dotado, como da de ver, de ouvir, de falar. Ora, nenhuma há de que o homem, por efeito do seu livre-arbítrio, não possa abusar, e se Deus não houvesse concedido, por exemplo, a palavra senão aos incapazes de proferirem coisas más, maior seria o número dos mudos do que o dos que falam. Deus outorgou faculdades ao homem e lhe dá a liberdade de usá-las, mas não deixa de punir o que delas abusa.

     Se só aos mais dignos fosse concedida a faculdade de comunicar com os Espíritos, quem ousaria pretendê-la? Onde, ademais, o limite entre a dignidade e a indignidade? A mediunidade é conferida sem distinção, a fim de que os Espíritos possam trazer a luz a todas as camadas, a todas as classes da sociedade, ao pobre como ao rico; aos retos, para os fortificar no bem, aos viciosos para os corrigir. Não são estes últimos os doentes que necessitam de médico? Por que Deus, que não quer a morte do pecador, o privaria do socorro que o pode arrancar ao lameiro? Os bons Espíritos lhe vêm em auxílio e seus conselhos, dados diretamente, são de natureza a impressioná-lo de modo mais vivo, do que se os recebesse indiretamente. Deus, em sua bondade, para lhe poupar o trabalho de ir buscá-la longe, nas mãos lhe coloca a luz. Não será ele bem mais culpado, se não a quiser ver? Poderá desculpar-se com a sua ignorância, quando ele mesmo haja escrito com suas mãos, visto com seus próprios olhos, ouvido com seus próprios ouvidos, e pronunciado com a própria boca a sua condenação? Se não aproveitar, será então punido pela perda ou pela perversão da faculdade que lhe fora outorgada e da qual, nesse caso, se aproveitam os maus Espíritos para o obsidiarem e enganarem, sem prejuízo das aflições reais com que Deus castiga os servidores indignos e os corações que o orgulho e o egoísmo endureceram.

     A mediunidade não implica necessariamente relações habituais com os Espíritos superiores. É apenas uma aptidão para servir de instrumento mais ou menos dúctil aos Espíritos, em geral. O bom médium, pois, não é aquele que comunica facilmente, mas aquele que é simpático aos bons Espíritos e somente deles tem assistência. Unicamente neste sentido é que a excelência das qualidades morais se torna onipotente sobre a mediunidade.

 

 (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, FEB.  Texto copiado do site Febnet e da obra citada)

 O chamado de São Mateus. Óleo sobre tela de Caravaggio.

Imagem/fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Voca%C3%A7%C3%A3o_de_S%C3%A3o_Mateus_%28Caravaggio%29#/media/File:The_Calling_of_Saint_Matthew_by_Carvaggio.jpg

 

 

 

Folhas ao vento

                                                                              Richard Simonetti

                                                                                            Richardsimonetti@uol.com.br

 

A situação da família era terrível...

Seis filhos, o mais velho, 12 anos; o menor, nos braços de sua mãe, apenas alguns meses.

Pais e filhos cansados, famintos, sem casa, sem dinheiro, sem esperança...

Pouca bagagem, em malas surradas, muita amargura no coração.

– Que é isso, minha gente? Vieram da Guerra? – pergunta, penalizado, o atendente do albergue onde procuram pousada.

– Pois é, seu moço – responde o chefe da família – viemos de Minas. Eu tinha emprego, casa para morar, filharada na escola. Até que não estava mal... Mas um dia o patrão ficou bravo, gritou comigo e eu mandei ele pro inferno. Quase bati, porque homem nenhum fala assim comigo, não!

 

                                               ***

 

Que tristeza!

Toda uma família em penúria, porque o “machão” não levou desaforo para casa...

Muitos casamentos são desfeitos, muita gente vai parar na prisão, pelo mesmo motivo.

Um momento de cólera, uma reação de ódio, uma agressão, e temos a existência complicada.

Não há nenhum mérito em responder ao mal com o mal, à ofensa com a violência, à má palavra com o palavrão.

Qualquer animal faz isso.

Se dermos um pontapé num cachorro, ele nos responderá com uma dentada.

O cavalo aprontará um coice...

Só os homens de verdade estão dispostos a compreender, mantendo a calma.

Enquanto não treinarmos esse tipo de coragem, jamais seremos donos de nós mesmos.

Estaremos sempre influenciados pelo comportamento das pessoas próximas, como folhas ao vento.

 

 

Ventania (1888). Óleo sobre tela de Antonio Parreiras

Pinacoteca do Estado de São Paulo. São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo

 

 

Registro. Seminário por Divaldo Pereira Franco

Boston, Massachussetts, EUA.

 

28-03-2015

 

No último dia 28/03/2015, o médium e orador espírita Divaldo Franco realizou o seminário com o título “Compromissos de Amor”, na cidade de Boston, Estado Massachussetts/EUA. O evento, que ocorreu em dois módulos, foi realizado no auditório do Hotel Holiday Inn, que ficou completamente lotado com a presença de mais de 400 pessoas. As vagas para o seminário foram esgotadas com mais de 10 dias de antecedência.

 

Para falar sobre a temática, Divaldo iniciou sua oratória recitando um trecho da mensagem do Espírito João de Brito, pela mediunidade de Francisco Cândido Xavier, que diz: “O Amor, sublime impulso de Deus, é a energia que move os mundos… O Amor é o clima do Universo.” E, ainda, complementou o pensamento com a afirmativa de João, o Evangelista: Deus é Amor.

 

Em seguida, discorreu sobre o processo de formação do orbe e do desenvolvimento da vida na Terra, nos oceanos primitivos, sobre as moneras, até o surgimento do homem e a sua jornada até os nossos dias.

 

Recordou o estudo do psicólogo americano Dr. John B. Watson, que asseverou que o ser humano, no início de seu desenvolvimento antropossociopsicológico, vive basicamente para atender aos instintos básicos de comer, repousar e procriar ou satisfazer às necessidades sexuais, e que as suas primeiras emoções são, nessa ordem: o medo, a ira e, mais recentemente, o amor. Sendo o amor a última emoção que desenvolvemos, a conclusão é a de que ainda estamos aprendendo a vivenciá-lo.

 

Divaldo realizou uma retrospectiva do pensamento científico-filosófico ao longo da História, mencionando vários ilustres pensadores e suas teses, como Platão, Locke, Hobbes, Gassendi, Bacon, Blaise Pascal, os iluministas franceses, o psicólogo Rollo May, o psiquiatra Viktor Frankl, a Dra. Elisabeth Lukas, Carl Gustav Jung, os Drs. David Bohm e Stuart Wolf, para demonstrar que as grandes misérias morais da Humanidade têm como gênese, fundamentalmente, o egoísmo e o materialismo, e que a solução para a libertação dessas mesmas misérias está na compreensão da imortalidade do ser e na vivência do Amor.

 

Para ilustrar essa proposição, foi contada a estória de um discípulo com dois mestres rabinos, Hillel e Shammai, concluindo-se que o Amor é a base de tudo no Universo e também a nossa meta profunda.

 

A pergunta de número 630 de O Livro dos Espíritos serviu de base para as reflexões sobre o bem e o mal e a necessidade de o ser humano buscar em si mesmo a presença de Deus e de suas divinas leis, a fim de que possa conduzir-se com equilíbrio e acerto, amando e plenificando-se.

 

Para o encerramento da primeira parte do seminário, Divaldo ressaltou que o nosso compromisso com a vida está resumido nos dois pedidos principais que Jesus nos fez: o de nos amarmos uns aos outros como Ele nos amou e o de não fazermos aos outros o que não gostaríamos que nos fizessem. O compromisso, segundo ele,  é o de amar sempre, sem limites, sem exigências, a Deus, ao nosso próximo e a nós mesmos, oferecendo o perdão aos nossos inimigos e a nós mesmos e nunca aceitando o mal dos maus.

 

Na segunda parte do seminário, Divaldo apresentou o pensamento de Gandhi, afirmando que se um único homem atingisse a mais elevada qualidade do Amor, isso seria suficiente para neutralizar o ódio de milhões de pessoas.

 

Fundamentado nos estudos de psicólogos e psiquiatras como dos Drs. Milton Erickson, Viktor Frankl, Eckhart Tolle, Carl G. Jung e outros, esclareceu que o Amor tem caráter psicoterapêutico, sendo a finalidade essencial da vida, dando a ela um sentido profundo.

 

E, para demonstrar a excelência do Amor, contou casos de algumas vidas extraordinárias, que souberam oferecer de si a renúncia, o perdão, o Amor desinteressado, e que puderam, assim, experimentar a plenitude; e, em contrapartida, recordou a angústia sofrida pelos que não amam e não perdoam, convidando, por fim, a todos a realizar a opção pela alegria de viver e pelo Amor.

 

Divaldo encerrou o seminário recordando-nos que o Amor de Deus não tem fim e que todos estamos vinculados a compromissos de Amor, assumidos por nós quando ainda na Vida Espiritual, e que, por isso, a nossa maior tarefa é, e sempre será,  Amar!

 

Texto: Júlio Zacarchenco

Fotos: Marcony Almeida/Júlio Zacarchenco

 

(Recebido em email de Jorge Moehlecke)

 

 

 

Programação de palestras pelo CEEJA- Centro de Estudios

Espíritas Juana de Angelis. Cartagena, Colômbia

 

 

 

Jorge Berrio Bustillo

Presidente

LogoCEEJA

 

(Informação recebida em emails de C. E. E. J. A. [info@juanadeangeliscartagena.org] e de mreyna.morante@gmail.com)

 

 

9º. Simpósio Espírita dos Estados Unidos

Stamford, CT, EUA

 

 

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9th U.S. Spiritist Symposium

Hotel Accomodations

 

 

We suggest that you stay at the Stamford Marriott Hotel & SPA, the hotel where the symposium will take place. We have a special rate of $99/night. To get this special rate you will need to call 203-357-9555 and give the event name - "9th US Spiritist Symposium". For more information go to Stamford Marriott. Don't miss this opportunity!

 

The 9th U.S Spiritist Symposium will be held at 
Stamford Marriott Hotel & SPA
243 Tresser Boulevard
Stamford, CT 06901 USA

USSC Logo

 

IF YOU HAVEN'T REGISTERED FOR THE 9TH U.S. SPIRITIST SYMPOSIUM YET, GO TO www.spiritualitynow.net AND REGISTER RIGHT AWAY!

 

 

(Recebido em email de Nazareno Feitosa)

 

 

4º. Encontro Espírita da Academia da Força Aérea

Pirassununga, SP

 

 

(Informação recebida em email de Orson Peter Carrara)

 

 

 

Curso para Capacitação de Educadores Espíritas

Araraquara, SP

 

 

(Informação recebida em email de Orson Peter Carrara)

 

 

 AME-Paraná. Seminário Cura e Autocura

Curitiba, PR

 

 

(Informação recebida em email de Giovana Campos)

 

 

 

XVII Caravana baiana da fraternidade

Salvador, BA

 

 



 

(Informação recebida em email de Edward Cobem 7 [enmjunior@gmail.com])

 

 

Informativo Semanal do Centro Espírita Zilda Gama

São Paulo, SP

 

 

SEMINÁRIO: SEXO, SEXUALIDADE & HOMOSSEXUALIDADE com Joelson Pessoa. Dia NO PRÓXIMO DOMINGO 12/04  das 9h30 às 12h30

 

PRÓXIMAS PALESTRAS

 

08/04/2015 – Quarta                            20hs – Reunião Pública

Orador: Paulo Bonfim                              Seara do Mestre

Tema: Vinde a mim todos que estais cansados e eu vos aliviarei

 

11/04/2015 – Sábado                             15hs – Reunião Pública

Orador: Antenor de Morais                         LEADE

Tema: Livre

 

14/04/2015 – Terça                               20hs – Reunião Pública

Orador: Pedro Leite                                 Raio de Sol

Tema: Mostrar a fé pelas obras

 

PALESTRA DE HOJE                               20hs – Reunião Pública

Orador: Maria Nanci Vieira                        Maria de Nazaré

Tema: Orgulho, matriz de todos os pecados capitais.--

CENTRO ESPÍRITA ZILDA GAMA

R. Dr. Cesar Salgado, 238 - Morumbi

contato@zildagama.org.br

 

 

(Informação recebida em email de Centro Espírita Zilda Gama [contato@zildagama.org.br])

 

 

Palestra no NECX: Atendimento Fraterno na Casa Espírita

Niterói, RJ

 

Palestra: O Atendimento Fraterno na Casa Espírita

Expositor: Alberto Rosa (CEIR)

Objetivo: Esclarecer sobre a importância do Atendimento Fraterno no âmbito da Casa Espírita e oferecer oportunidade aos interessados em participar dessa tarefa

Data: 11/abr - sábado

Horário: 16h

Local: Núcleo Espírita Chico Xavier (NECX)

 

Núcleo Espírita Chico Xavier - NECX

Rua das Tainhas, nº 10

Jardim Imbuí - Piratininga - Niterói | RJ (mapa de acesso)

nucleo-chicoxavier.blogspot.com

 

(Informação recebida em email de mphungria@gmail.com; em nome de; Núcleo Espírita Chico Xavier [necx.espiritismo@gmail.com])

 

 

 

9º. Seminário de Estudo e Prática da Mediunidade

Taboão, Diadema, SP

 

 

(Informação recebida em email de Divulgação Luz e Amor [divulgacaoluzeamor@yahoo.com.br])

 

 

Palestra na Associação Espírita Fraternal

Nova Friburgo, RJ

 

 

(Informação recebida em email de Giovana Campos)

 

 

Evento beneficente: Banda Rock Doctors

Poços de Caldas, MG

 

                          

 

(Informação recebida em email de Domingos B.Rodrigues [domrodr@gmail.com])            

 

 

Leia o boletim de noticias editado por Décio Bressanin

 

Solicite pelo email

decio.bressanin@gmail.com

 

 

 

 

No auxílio a todos

 

Leda Maria Flaborea

 

 

“Pelos reis e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida justa e sossegada em toda a piedade e honestidade”. – Paulo¹

 

 

            Se observarmos nossas conversas e nossas preces, poderemos notar que, na maioria das vezes, nos lembramos das dificuldades e das aflições dos menos felizes no mundo. Quase sempre nossos pensamentos e palavras se voltam para os enfermos, para os desesperados, afundados na miséria ou vitimados por flagelos naturais ou públicos. Para essas criaturas somos capazes de relacionar suas necessidades e tentar ajudá-las, na medida das nossas possibilidades.

            Todavia, Paulo, nessa carta ao seu amigo e companheiro de luta Timóteo, lembra-nos  que não são apenas os menos afortunados que precisam das nossas preces ou dos nossos pensamentos amorosos mas, e sobretudo, aqueles que de posse dos cargos de mando ou de riquezas imensas são muito mais tentados aos erros que os primeiros.

            A oração, marco renovador de nossas forças, propicia-nos, sobremaneira, a oportunidade de nos voltarmos para essas criaturas que, sob o peso da autoridade, comandam, dirigem, orientam, esclarecem e instruem. Esquecemo-nos, quase sempre, dos tormentos que vivem esses corações quando precisam decidir o destino de tantos, arcando, perante as leis dos homens e as Leis de Deus, com a carga de responsabilidade sobre suas escolhas.

            Longe deveríamos estar da cobiça que esse poder confere, pois não ignoramos que a cada um sendo dado segundo as suas obras, nos levará a tentações e provas ocultas de toda espécie as quais, dificilmente, como coletividade, tomamos conhecimento. Quantas dúvidas, quanto desespero abrigam, muitas vezes, esses corações encaminhados a essas tarefas. Quantas vicissitudes experimentam que muitas, podemos ver, acabam por se refletirem nas decisões que tomam.

            Se examinarmos nossa vida diária e prestarmos atenção às inúmeras vezes que tivemos de fazer escolhas, que não envolviam apenas a nós, nossa vida, mas a vida das pessoas que nos cercam; e se nos lembrarmos das imensas dificuldades que experimentamos pelo medo de errar, pela incerteza de se estar fazendo ou não o melhor, é fácil entendermos a proporção das dificuldades daquele que é encaminhado à eminência do poder, e que deve fazer escolhas que envolvem, muitas vezes, uma nação. A própria história da humanidade nos mostra esses homens, levando seus rebanhos como pastores enlouquecidos, carregando aflições de todos os tipos, que se projetam sobre as ovelhas que deveriam conduzir nos caminhos do equilíbrio e da prosperidade.

            De um lado, os condutores desequilibrados; de outro, homens conduzidos que recolhem  para si essas atitudes, - como se fossem corretas -, sem se darem conta de que estão sendo atirados às calamidades físicas e morais, a moléstias coletivas de longo curso, que atrasam a evolução e atormentam a vida. Homens que não colocam, sob o crivo da razão, a lógica de suas escolhas, sejam elas de comando ou, simplesmente, de aceitação.

            O Apóstolo Paulo lembra, em sua carta, que esses homens também são nossos irmãos, conduzidos a excelência do poder e da fortuna, da administração ou da liderança, carregando, em todos os momentos, tentações e provas de todas as espécies e levando consigo, através de estados conscienciais de luz ou sombra, as conseqüências advindas dessa condução.

 

             Recorda-nos, também, Emmanuel, das vezes em que, examinando a conduta desses companheiros, nessa ou naquela circunstância difícil, condenamos suas dificuldades morais, esquecendo-nos dos dias de cinza e de pranto em que o Senhor nos susteve a queda a poucos milímetros da derrota.  Porém, mais grave do que isso, é acreditarmos que não mais teremos problemas pela frente, julgando com severidade e impiedosamente, como se fôssemos incapazes de cometermos os mesmos enganos, se colocados na posição do outro, envolvidos nas mesmas circunstâncias e experimentando as mesmas dúvidas.

            Todo serviço que deixarmos incompleto na retaguarda, encontrar-nos-á no caminho, para que o terminemos. E “qualquer que seja esse remate a ser feito, em todas as nossas lutas, o fecho do amor, em nome de Jesus, será o selo da paz a nos nortear a jornada.” ² A pedra que atirarmos em telhado alheio voltará com o tempo sobre nosso próprio teto; assim como o veneno que destilarmos sobre a esperança de quem quer que seja, retornará sobre nossa esperança, nos testando a resistência. E, quantos de nós já não experimenta, hoje, do próprio veneno?

            Emmanuel diz: “Não nos esqueçamos, pois, da oração pelos que dirigem, auxiliando-os com a benção da simpatia e da compaixão, não só para que se desincumbam zelosamente dos compromissos que lhes selam a rota, mas também para que vivamos, com o sadio exemplo deles, na verdadeira caridade uns para com os outros, sob a inspiração da honestidade, que é a base de segurança em nosso caminho.” ³ E se a nação é conjunto de cidades, se a cidade é um agrupamento de lares e se o lar é um ninho de corações, não nos iludamos, pois, ao pretender imaginar que apenas aqueles que estão na posse do poder temporário têm obrigações com a sociedade. Cada um de nós, no nosso lar, é o responsável pela harmonia e pelo progresso de todos os outros que compõem esse grupo.

            A harmonia começará, sempre, no íntimo do nosso ser: “Não faço nada para não ter trabalho depois” – e isto é inércia e não harmonia –, quando deveria ser: “Porque procuro modificar minha forma de ver o outro para, procurando ser uma pessoa melhor, compreender suas dificuldades, seus limites e, através do meu exemplo, ajudá-lo a evoluir junto comigo”.

            Lembra-nos, ainda, mais uma vez, o Instrutor Emmanuel que mesmo havendo razões de queixa, que sejamos a cooperação para que o equilíbrio seja restaurado, e a consolação que refaz esperanças, ainda que espinhos nasçam e se espalhem. É imprescindível reafirmarmos, a cada dia, o compromisso do serviço junto a Jesus, silenciando sempre onde não possamos agir em socorro do próximo.

            Só podemos cobrar dos outros, aquilo que já faz parte da nossa forma de viver e de entender o mundo e as pessoas.  Vamos assim, antes de criticar, examinar como procedemos em nosso círculo de existência.

            Por sermos todos Espíritos endividados com as leis Divinas, não nos esqueçamos de que ninguém fugirá ao julgamento da Lei Eterna. Desta maneira, quando nos recolhermos em preces ou quando em reuniões esclarecedoras, lembremo-nos de pedir, de suplicar a Deus, inspirados na prece do Espírito Cerinto, na psicografia de Francisco Cândido Xavier, em novembro de 1955: 

 

-          “ ... não pelos que choram, mas pelos que fazem as lágrimas.

-          não pelos que padecem, mas supliquemos bênçãos para todos aqueles que provocam o sofrimento.

-          não lembremos a Deus os fracos da Terra, mas, recordemos quantos se julgam poderosos e vencedores.

-          Não intercedamos pelos que soluçam de fome, mas roguemos amor para os que furtam o pão.

            Elevemos nossos pensamentos ao Senhor Todo Bondoso ...

-          e não entreguemos a Ele os que sangram de angústia, mas sim os que golpeiam e ferem.

-          não peçamos pelos que sofrem injustiças, mas roguemos por aqueles que são empreiteiros do crime.

-          não apresentemos a Ele os desprotegidos da sorte, mas roguemos Seu amparo aos que estendem a aflição e a miséria.

-          não imploremos o favor de Deus para as almas traídas, mas supliquemos o socorro para os que tecem os fios envenenados da ingratidão.

            Ergamos nossas súplicas ao Pai compassivo para que Ele estenda suas mãos sobre os que vagueiam nas trevas ....

            E roguemos a Ele que anule o pensamento insensato; que cerre os lábios que induzem à tentação; que paralise os braços que apedrejam e que detenha os passos de quem distribui a morte.

            Rogamos, em verdade, Senhor, por todos nós, os filhos do erro, porque somente assim, Pai de Misericórdia, poderemos construir o paraíso do Bem com todos aqueles que já O compreendem e obedecem Suas leis eternas, porque justas e verdadeiras, a fim de que se extinga o inferno daqueles que, como nós, se atiram desprevenidos aos loucos redemoinhos do mal.” 

 

Que o Mestre Jesus nos guarde nas decisões acertadas e nos inspire para que continuemos lutando na melhoria de nós próprios.

 

Bibliografia

 

1 – PAULO, I Timóteo, 2:2.

2 – EMMANUEL (Espírito) – Palavras de Vida Eterna. [psicografado por] F. C. Xavier, 20ª ed., Edições CEC, UBERABA/MG - Lição 39.

3 –Idem – Lição 40

 

Para reflexão:

KARDEC, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo – capítulo XVI.

 

 

(Publicado originalmente na revista eletrônica semanal O Consolador, Londrina, PR. http://www.oconsolador.com.br/ano8/408/leda_flaborea.html)

 

Emmanuel. Do arquivo de Geraldo Lemos Neto. Belo Horizonte, MG

 

 

Avisos de Deus

 

 

Quando andamos descuidados pela Terra, o bom Deus nos envia algumas mensagens, a fim de nos lembrar dos grandes objetivos da existência terrena.

Uma das formas de que Se utiliza o Criador é a enfermidade. Ela chega em momentos muito especiais, convidando-nos a reflexões.

Por vezes, andamos tão envolvidos com tantas coisas que deixamos de perceber e, consequentemente, de receber as bênçãos que nos rodeiam.

Não paramos e nem abrimos espaço para as acolher. Nossa vida está tão repleta que não sobra lugar para abrigar as bênçãos da família, dos amigos, das criaturas que se importam conosco.

Uma dessas pessoas era Larry. Sua vida era somente trabalho, cinquenta ou sessenta horas por semana. Viagens constantes. E, quando estava em casa, continuava conectado ao trabalho, recebendo noite adentro as mensagens pelo correio eletrônico.

Comia e bebia de forma irregular. Não tinha tempo para conversar com os filhos. Nem um momento tranquilo com a mulher. Sua energia era toda canalizada para o trabalho.

Quando o câncer o visitou, ele sentiu que a vida estava se esvaindo. Submeteu-se ao tratamento quimioterápico. Oito meses depois, o câncer retornou e ele necessitou de um transplante de medula.

A esposa permaneceu sempre a seu lado, dando-lhe forças, sustentando-o e, da mesma forma, amparando os filhos pequenos.

Quando, finalmente, Larry sentiu-se livre da enfermidade, acreditou que o mais importante na vida não era ganhar dinheiro e resolveu se dedicar a causas ambientais.

Acabou adotando o mesmo esquema de vida. Logo, sua mulher e filhos, sentindo-se sozinhos, acabaram criando uma vida da qual ele não fazia parte.

Ele nem conseguia se lembrar de quando havia tomado a última refeição com a família. E jamais dormia sem ligar o despertador. Feriados, fins de semana, dias úteis, tudo era a mesma coisa.

Brincar com os filhos? Levá-los ao cinema? Desfrutar de uma peça teatral com a esposa? O que era isso?

Sair para dançar? Um passeio a dois? Nem pensar! Ele se transformara de um executivo empreendedor em um homem que desejava servir à vida.

Só que se esquecera de um princípio fundamental do verdadeiro ato de servir. Algo que é ensinado inúmeras vezes, a bordo de aviões.

Minutos antes da decolagem, a tripulação alerta: Em caso de despressurização da cabine, máscaras de oxigênio cairão da parte acima de sua cabeça. Coloque primeiro a sua própria máscara e depois ajude a pessoa ao seu lado.

Servir se baseia na premissa de que toda vida é digna de apoio e dedicação. E se servir exige sacrifício, é bem verdade que exige muito mais uma boa administração do tempo para que os amores mais amados, o próximo mais próximo não seja abandonado, esquecido.

*   *   *

Quando a enfermidade chega e cada dia de vida na Terra passa a ser uma vitória, meditemos na importância de prosseguir no corpo físico, ao lado dos nossos amores.

Um dia, que pode estar perto ou longe, os haveremos de abraçar pela última vez e retornar à pátria espiritual, onde ficaremos a aguardá-los.

Vivamos de tal forma, dedicando-lhes a atenção de que necessitam, a fim de que se a morte nos surpreender, no próximo dia, não tenhamos que levar na bagagem o peso enorme do remorso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 1, 
do livro 
As bênçãos do meu avô, de Rachel Naomi Remen,
ed. Sextante.
Em 7.4.2015.

 

 

(Copiado do site Feparana)

 

Cena de Família.em quadro de Almeida Júnior.

Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo

 

 

Editoração: Ismael Gobbo, São Paulo,  SP.

Envio: Ismael Gobbo, SP, e, Wilson Carvalho Júnior, Araçatuba, SP

 

 

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