Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Compiladas por Ismael Gobbo

Agradecemos àqueles que gentilmente repassam este email

Parcerias

 

 

http://ismaelgobbo.blogspot.com.br/          http://www.redeamigoespirita.com.br/

 

 

Nota 1

Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

 

Nota 2

Este email é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.  O trabalho é totalmente gratuito e conta com ajuda de colaboradores voluntários (Ismael Gobbo)

 

 

Atenção

Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui:

http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/JANEIRO/22-01-2015.htm 

 

No Blog onde  é  postado diariamente:

http://ismaelgobbo.blogspot.com.br/

 

Ou no Facebook

https://www.facebook.com/ismael.gobbo.1

 

 

 

NOTA SOBRE O ENVIO DESTE BOLETIM

 

ESTAMOS PRESTES A RESTABELECER O ENVIO DE EMAILS COM TODO CONTEÚDO DO BOLETIM DE NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPÍRITA ESTAMPADO NO PRÓPRIO CORPO DO EMAIL NA FORMA COMO SEMPRE FIZEMOS. ULTIMAMENTE PASSAMOS POR PROBLEMAS TÉCNICOS DE VÁRIAS ORDENS QUE DE CERTA FORMA PREJUDICARAM O BOM ANDAMENTO DOS  NOSSOS TRABALHOS.  ISMAEL  GOBBO 

 

 

OS ULTIMOS 5 EMAILS ENVIADOS:

 

DATA                                        ACESSE CLICANDO NO LI

 

21-01-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/JANEIRO/21-01-2015.htm    

20-01-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/JANEIRO/20-01-2015.htm

19-01-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/JANEIRO/19-01-2015.htm

17-01-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/JANEIRO/17-01-2015.htm

16-01-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/JANEIRO/16-01-2015.htm

 

 

 

 

 

O Evangelho Segundo o Espiritismo- Cap. XIII,  17

Não saiba a vossa mão esquerda o que dê a vossa mão direita

 

 

A piedade

 

     17. A piedade é a virtude que mais vos aproxima dos anjos; é a irmã da caridade, que vos conduz a Deus. Ah! deixai que o vosso coração se enterneça ante o espetáculo das misérias e dos sofrimentos dos vossos semelhantes. Vossas lágrimas são um bálsamo que lhes derramais nas feridas e, quando, por bondosa simpatia, chegais a lhes proporcionar a esperança e a resignação, que encanto não experimentais! Tem um certo amargor, é certo, esse encanto, porque nasce ao lado da desgraça; mas não tendo o sabor acre dos gozos mundanos, também não traz as pungentes decepções do vazio que estes últimos deixam após si. Envolve-o penetrante suavidade que enche de júbilo a alma. A piedade, a piedade bem sentida é amor; amor é devotamento; devotamento é o olvido de si mesmo e esse olvido, essa abnegação em favor dos desgraçados, é a virtude por excelência, a que em toda a sua vida praticou o divino Messias e ensinou na sua doutrina tão santa e tão sublime.

     Quando esta doutrina for restabelecida na sua pureza primitiva, quando todos os povos se lhe submeterem, ela tornará feliz a Terra, fazendo que reinem aí a concórdia, a paz e o amor.

     O sentimento mais apropriado a fazer que progridais, domando em vós o egoísmo e o orgulho, aquele que dispõe vossa alma à  beneficência e ao amor do próximo, é a piedade! piedade que vos comove até as entranhas à vista dos sofrimentos de vossos irmãos, que vos impele a lhes estender a mão para socorrê-los e vos arranca lágrimas de simpatia. Nunca, portanto, abafeis nos vossos corações essas emoções celestes; não procedais como esses egoístas endurecidos que se afastam dos aflitos, porque o espetáculo de suas misérias lhes perturbaria por instantes a existência álacre. Temei conservar-vos indiferentes, quando puderdes ser úteis. A tranquilidade comprada à custa de uma indiferença culposa é a tranquilidade do Mar Morto, no fundo de cujas águas se escondem a vasa fétida e a corrupção.

     Quão longe, no entanto, se acha a piedade de causar o distúrbio e o aborrecimento de que se arreceia o egoísta! Sem dúvida, ao contato da desgraça de outrem, a alma, voltando-se para si mesma, experimenta um confrangimento natural e profundo, que põe em vibração todo o ser e o abala penosamente. Grande, porém, é a compensação, quando chegais a dar coragem e esperança a um irmão infeliz que se enternece ao aperto de uma mão amiga e cujo olhar, úmido, por vezes, de emoção e de reconhecimento, para vós se dirige docemente, antes de se fixar no Céu em agradecimento por lhe ter enviado um consolador, um amparo. A piedade é o melancólico, mas celeste precursor da caridade, primeira das virtudes que a tem por irmã e cujos benefícios ela prepara e enobrece. – Miguel. (Bordeaux, 1862.)

 

 

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, FEB.  Texto copiado do site Febnet e da obra citada)

 

 

Família indigente. Uma mulher com 3 crianças  juntos defronte da Igreja de la Madeleine, em Paris, França.

Óleo sobre tela de William Adolphe Bouguereau. Imagem/fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/William-Adolphe_Bouguereau

 

 

Jesus e Amor

 

A figura humana de Jesus confirma a Sua procedência e realização como o Ser mais perfeito e integral jamais encontrado na Terra.

Toda a Sua vida se desenvolveu num plano de integração profunda com a Consciência Divina, conservando a individualidade em um perfeito equilíbrio psicofísico.

Como conseqüência, transmitia confiança, porque possuía um caráter com transparência diamantina, que nunca se submetia às injunções vigentes, características de uma cultura primitiva, na qual predominavam o suborno das consciências, o conservadorismo hipócrita, uma legislação tão arbitrária quanto parcial e a preocupação formalística com a aparência em detrimento dos valores legítimos do individuo.

Portador de uma lídima coragem, se insurgia contra a injustiça onde e contra quem se apresentasse, nunca se omitindo, mesmo quando o consenso geral atribuía legalidade ao crime.

Paciente e pacífico, mantinha-se em serenidade nas circunstâncias mais adversas e jovial nos momentos de alta emotividade, demonstrando a inteireza dos valores íntimos em ritmo de harmonia constante.

Numa sociedade agressiva e perversa, elegeu o amor como a solução para todos os questionamentos e o perdão irrestrito como terapêutica eficaz para todas as enfermidades.

Não apenas ministrava-o através de palavras, mas, sobretudo, mediante atitudes claras e francas, arriscando-se por dilatá-lo especialmente aos infelizes, aos detestados, aos segregados, aos carentes.

Em momento algum submeteu-se às conveniências perniciosas de raça, ideologia, partido e religião, em detrimento do amor indistinto quanto amplo a todos que O cercavam ou O encontravam.

                                                         *

Por amor, elegeu um samaritano desprezado, para dele fazer o símbolo da solidariedade.

Com amor, liberou uma mulher equivocada, tirando-lhe o complexo de culpa.

Pelo amor, atendeu à estrangeira siro-fenícia que Lhe pedia socorro para a enfermidade humilhante.

De amor estavam repletos Seu coração e Suas mãos para esparzi-lo com os espezinhados, fosse um cobrador de impostos, uma adúltera, o filho pródigo, a viúva necessitada, ou a mãe enlutada.

Sempre havia amor em Sua trajetória, iluminando as vidas e amparando as necessidades dos corpos, das mentes, das almas.

                                                       *

Compadecia-se de todos; no entanto, mantinha a energia que educa, edifica, disciplina e salva.

Chorou sobre Jerusalém, invectivou a farsa farisaica, advertiu os distraídos, condenou a hipocrisia e deu a própria vida em holocausto de amor.

Nunca se perdeu em sentimentalismos pueris ou agressividades rudes.

O amor norteava-lhe os passos, as palavras e os pensamentos.

Tornou-se e prossegue como sendo o símbolo do amor integral em favor da humanidade, à qual auspicia um sentimento humano profundo e libertador.

 

Obra:  Jesus e Atualidade

Divaldo Pereira Franco  - Pelo Espírito Joanna de Ângelis 

 

(Texto recebido em email da divulgadora Ana Maria Spranger Luiz, RJ)

Jesus e a mulher samaritana no poço. Óleo sobre tela de Guercino.

Fonte/imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Guercino_-_Jesus_and_the_Samaritan_Woman_at_the_Well_-_WGA10946.jpg

 

 

 

Nossa homenagem 

Antônio Gonçalves da Silva (Batuíra)

26-12-1838 / 22-01-1909

 

 

 

 

Nascido a 26 de dezembro de 1838, em Portugal, na Vila Meã, freguesia de São Tomé do Castelo, concelho de Vila Real e desencarnado em São Paulo, no dia 22 de janeiro de 1909.

 

Completada a sua instrução primária, veio para o Brasil, com apenas doze anos de idade, aportando no Rio de Janeiro, a 3 de janeiro de 1850.

 

Seu nome de origem era Antônio Gonçalves da Silva, entretanto, devido a ser um moço muito ativo, correndo daqui para acolá, a gente da rua o apelidara "o batuíra", o nome que se dava à narceja, ave pernalta, muito ligeira, de voo rápido, que frequentava os charcos na várzea formada, no atual Parque D. Pedro II, em S. Paulo, pelos transbordamentos do rio Tamanduateí. Desde então o cognome Batuíra foi incorporado ao seu nome.

 

Batuíra desempenhou uma série de atividades que não cabe registrar nesta concisa biografia, entretanto, podemos afirmar que defendeu calorosamente a idéia da abolição da escravatura no Brasil, quer seja abrigando escravos em sua casa e conseguindo-lhes a carta de alforria, ou fundando um jornalzinho a fim de colaborar na campanha encetada pelos grandes abolicionistas Luiz Gama, José do Patrocínio, Raul Pompéia, Paulo Ney, Antônio Bento, Rui Barbosa e tantos outros grandes paladinos das idéias liberais.

 

Homem de costumes simples, alimentando-se apenas de hortaliças, legumes e frutas, plantava no quintal de sua casa tudo aquilo de que necessitava para o seu sustento. Com as economias, adquiriu os então desvalorizados terrenos do Lavapés, em S. Paulo, edificando boa casa de residência e, ao lado dela, uma rua particular com pequenas casas que alugava a pessoas necessitadas. O tempo contribuiu para que tudo ali se valorizasse, propiciando a Batuíra apreciáveis recursos financeiros. A rua particular deveria ser mais tarde a Rua Espírita, que ainda lá está.

 

Tomando conhecimento das altamente consoladoras verdades do Espiritismo, integrou- se resolutamente nessa causa, procurando pautar seus atos nos moldes dos preceitos evangélicos. Identificou- se de tal maneira com os postulados espíritas e evangélicos que, ao contrário do "moço rico" da narrativa evangélica, como que procurando dar uma demonstração eloquente da sua comunhão com os preceitos legados por Jesus Cristo, desprendeu-se de tudo quanto tinha e pôs-se a seguir as Suas pegadas. Distribuiu o seu tesouro na Terra, para entrar de posse daquele outro tesouro do Céu.

 

Tornou-se um dos pioneiros do Espiritismo no Brasil. Fundou o "Grupo Espírita Verdade e Luz", onde, no dia 6 de abril de 1890, diante de enorme assembléia, dava início a uma série de explanações sobre "O Evangelho Segundo o Espiritismo".

 

Nessa oportunidade deixara de circular a única publicação espírita da época, intitulada "Espiritualismo Experimental" redigida desde setembro de 1886, por Santos Cruz Junior. Sentindo a lacuna deixada por essa interrupção, Batuíra adquiriu uma pequena tipografia, a que denominou "Tipografia Espírita", iniciando a 20 de maio de 1890, a publicação de um quinzenário de quatro páginas com o nome "Verdade e Luz", posteriormente transformado em revista e do qual foi o diretor responsável até a data de sua desencarnação. A tiragem desse periódico era das mais elevadas, pois de 2 ou 3 mil exemplares, conseguiu chegar até 15 mil, quantidade fabulosa naquela época, quando nem os jornais diários ultrapassavam a casa dos 3 mil exemplares. Nessa tarefa gloriosa e ingente Batuíra despendeu sua velhice. Era de vê-lo, trôpego, de grandes óculos, debruçado nos cavaletes da pequena tipografia, catando, com os dedos trêmulos, letras no fundo dos caixotins.

 

Para a manutenção dessa publicação, Batuíra despendeu somas respeitáveis, já que as assinaturas somavam quantia irrisória. Por volta de 1902 foi levado a vender uma série de casas situadas na Rua Espírita e na Rua dos Lavapés, a fim de equilibrar suas finanças.

 

Não era apenas esse periódico que pesava nas finanças de Batuíra. Espírito animado de grande bondade, coração aberto a todas as desventuras, dividia também com os necessitados o fruto de suas economias. Na sua casa a caridade se manifestava em tudo: jamais o socorro foi negado a alguém, jamais uma pessoa saiu dali sem ser devidamente amparada, havendo mesmo muitas afirmativas de que "um bando de aleijados vivia com ele". Quem ali chegasse, tinha cama, mesa e um cobertor.

 

Certa vez, um desses homens que vivia sob o seu amparo, furtou-lhe um relógio de ouro e corrente do mesmo metal. Houve uma denúncia e ameaças de prisão. A esposa de Batuíra lamentou-se, dizendo: É o único objeto bom que lhe resta. Batuíra, porém, impediu que se tomasse qualquer medida, afirmando: Deixai-o, quem sabe precisa mais do que eu.

 

Batuíra casou-se em primeiras núpcias com Da. Brandina Maria de Jesus, de quem teve um filho, Joaquim Gonçalves Batuíra, que veio a desencarnar depois de homem feito e casado. Em segundas núpcias, casou-se com Da. Maria das Dores Coutinho e Silva; desse casamento teve um filho, que desencarnou repentinamente com doze anos de idade. Posteriormente adotou uma criança retardada mental e paralítica, a qual conviveu em sua companhia desde 1888.

 

Figura bastante popular em S. Paulo, Batuíra tornou-se querido de todos, tendo vários órgãos da imprensa leiga registrado a sua desencarnação e apologiado a sua figura exponencial de homem caridoso e dedicado aos sofredores.

 

Fonte: Grandes vultos do Espiritismo - A vida surpreendente de Batuíra

Apolo Oliva Filho e Boletim SEI n. 2149, ed Lar Fabiano de Cristo.

Em 14.07.2009.


 

Antônio Gonçalves da Silva (Batuíra), nasceu a 26 de dezembro de 1838, em Portugal, na Vila Meã, freguesia de São Tomé do Castelo, concelho de Vila Real.

 

Aos doze anos, imigrou para o Brasil, vivendo três anos no Rio de Janeiro, transferindo-se depois para Campinas (São Paulo), onde trabalhou por alguns anos na lavoura.

 

Mais tarde, fixou residência na Capital bandeirante, dedicando-se à venda de jornais. Naquela época, São Paulo era uma cidade de 30 mil habitantes. Ele entregava os jornais de casa em casa, conquistando nessa profissão a simpatia e a amizade dos seus fregueses. Muito ativo, correndo daqui para acolá, a gente da rua o apelidava "O Batuíra" (nome que o povo dava à narceja, ave pernalta, muito ligeira, de voo rápido, que frequenta os charcos, à volta dos lagos).

 

Convivendo com os acadêmicos de Direito do Largo de São Francisco passou a dedicar-se à arte teatral: montou pequeno teatro à rua Cruz Preta (depois denominada rua Senador Quintino Bocaiúva). Quando aparecia em cena, Batuíra era aplaudido e os estudantes lhe dedicavam versos como estes:

 

Salve grande Batuíra
Com seus dentes de traíra
Com seus olhos de safira
Com tua arte que me inspira
Nas cordas de minha lira
Estes versos de mentira.

 

 Àquela altura da sua vida passou a fabricar charutos, o que fez prosperar as suas finanças. Adquiriu diversos lotes de terrenos no Lavapés, onde construiu sua residência e, ao lado, uma rua particular de casas que alugava aos humildes e que hoje se chama Rua Espírita.

 

De espírito humanitário e idealista, aderiu, desde logo, à Campanha Abolicionista, trabalhando denodadamente ao lado de Luiz Gama e de Antônio Bento. Em sua casa, abrigava os escravos foragidos e só os deixava sair com a Carta de Alforria.

 

Despertado pela Doutrina Espírita, exemplificou no mais alto grau os ensinamentos cristãos: praticava a caridade, consolava os aflitos, tratava os doentes com a Homeopatia e difundia os princípios espíritas. Fundou o jornal "Verdade e Luz", em 25 de maio de 1890, que chegou a ter uma tiragem de cinco mil exemplares. Abriu mão dos seus bens em favor dos necessitados.

 

A sua casa no Lavapés era, ao mesmo tempo, hospital, farmácia, albergue, escola e asilo. Ele a doou para sede da Instituição Beneficente "Verdade e Luz". Recolhia os doentes e os desamparados, infundindo-lhes a fé necessária para poderem suportar suas provas terrenas. A propósito disso, dizia-se de Batuíra: Um bando de aleijados vivia com ele.

 

Quem chegasse à sua casa, fosse lá quem fosse, tinha cama, mesa e cobertor.

 

De suas primeiras núpcias com dona Brandina Maria de Jesus, teve um filho, Joaquim Gonçalves Batuíra que veio a se casar com dona Flora Augusta Gonçalves Batuíra. Das segundas núpcias teve outro filho que desencarnou aos doze anos. Mas, apesar disso, Batuíra era pai de quase toda gente. Exemplo disso foi o Zeca, que Batuíra recebeu com poucos meses e criou como seu filho adotivo, o qual se tornou continuador da sua obra na instituição beneficente que ele fundara.

 

Eis alguns traços da personalidade de Batuíra, pela pena do festejado escritor Afonso Schmidt: Em 1873, por ocasião da terrível epidemia de varíola que assolou a capital da Província, ele serviu de médico, de enfermeiro, de pai para os flagelados, deu-lhes não apenas o remédio e os desvelos, mas também o pão, o teto e o agasalho. Daí a popularidade de sua figura. Era baixo, entroncado e usava longas barbas que lhe cobriam o peito amplo. Com o tempo essa barba se fez branca e os amigos diziam que ele era tão bom, que se parecia com o imperador.

 

Batuíra era tão popular que foi citado em obras como: "História e Tradições da Cidade de São Paulo", de Ernani Silva Bueno; "A Academia de São Paulo - Tradições e Reminiscências - Estudantes, Estudantões e Estudantadas", de Almeida Nogueira; "A Cidade de São Paulo em 1900", de Alfredo Moreira Pinto. Escreveram ainda sobre ele J. B. Chagas, Afonso Schmidt, Paulo Alves Godoy e Zeus Wantuil.

 

Batuíra criou grupos espíritas em São Paulo, Minas Gerais e Estado do Rio, proferiu conferências espíritas por toda parte, criou a Livraria e Editora Espírita, onde se fez impressor e tipógrafo.

 

Referindo-se à sua desencarnação, Afonso Schmidt escreveu: Batuíra faleceu a 22 de Janeiro de 1909. São Paulo inteiro comove-se com o seu desaparecimento. Que idade tinha? Nem ele mesmo sabia. Mas o seu nome ficou por aí, como um clarão de bondade, de doçura, de delicadeza ao céu, dessas que se vão fazendo cada vez mais raras num mundo velho, sem porteira...


Oferta do Grupo Espírita Batuíra - Rua Caiubí, 1306, Perdizes, São Paulo, SP.

 

(Copiado do site Feparana)

Certidão de Nascimento de Batuíra recebida em email de Rosário Abranches Jordão

Casa onde nasceu Batuíra em  Vila Meã, freguesia de São Tomé do Castelo, Conselho de Vila Real, Portugal.

Foto recebida em email de Rosário Abranches Jordão

Distribuição de Natal em 1924, da Instituição “Verdade e Luz”. São Paulo, Brasil.

Imagem/fonte: http://www.autoresespiritasclassicos.com/Autores%20Espiritas%20Classicos%20%20Diversos/Mediuns/Batuira/Ant%C3%B4nio%20Gon%C3%A7alves%20da%20Silva%20-%20O%20Batu%C3%ADra.htm

Predito da Instituição “VERDADE E Luz”, localizada à rua Espírita, no. 28, doada por Batuíra.

São Paulo, Brasil .  Foto do início dos anos de 1920.

Imagem/fonte: http://www.autoresespiritasclassicos.com/Autores%20Espiritas%20Classicos%20%20Diversos/Mediuns/Batuira/Ant%C3%B4nio%20Gon%C3%A7alves%20da%20Silva%20-%20O%20Batu%C3%ADra.htm

Túmulo de Batuíra no Cemitério da Consolação, São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo

Placa no túmulo de Batuíra no Cemitério da Consolação em São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo

 

 

16º. Congresso Estadual de Espiritismo da USE – União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo. Santos, SP

 

Informações completas aqui:

http://congressousesp.com.br/

 

PROGRAMAÇÃO

 

18 de abril – SÁBADO – Arena Santos

09h00–18h30: Recepção e Credenciamentos

19h00–20h00: Apresentação Musical e Abertura

20h00–21h30: Conferência: Para onde caminha a Humanidade?

Orador: Antônio Cesar Perri de Carvalho

19 de abril – DOMINGO

Módulo: Educação para a Nova Era

08h00–08h30: Momento Artístico

08h30–09h15: Subtema 1: Os desafios da educação para uma nova era.

Expositor: Antônio Cesar Perri de Carvalho

09h15–10h00: Subtema 2:          Educação Familiar

Expositora: Adalgiza Campos Balieiro

10h00–10h30: INTERVALO

10h30–11h15: Subtema 3: Instruir os homens, educando as almas

Expositora: Sandra Maria Borba Pereira

11h15–12h00: DEBATE

12h00–13h30 – INTERVALO

Módulo: Ética como Ciência da Moral

13h30–14h00: Momento Artístico

14h00–15h15: Subtema 1: A ética, a moral, a ciência e os Direitos Humanos

Expositor: Tiago Cintra Essado

15h15–16h00: Subtema 2: Ética: Ciência ou Filosofia?

Expositora: Anette Guimarães

16h00–16h30: INTERVALO

16h30–17h15: Subtema 3: A ética espírita e a regeneração planetária

Expositora: Marlene Nobre

17h15–18h00: DEBATE

18h00–19h30: Jantar

19h30–20h00: Momento de Arte

20h00–21h30: CONFERÊNCIA

A Justiça Divina segundo o Espiritismo, em homenagem aos 150 anos do livro O Céu e o Inferno, de Allan Kardec.

Oradora: Anette Guimarães.

20 de abril – SEGUNDA-FEIRA – Arena Santos

Módulo Amor – Plenitude da Vida

08h00–08h30: Momento Artístico

08h30–09h15: Subtema 1: Os Caminhos da Lei do Amor

Expositor: Alberto Almeida

09h15–10h00: Subtema 2: A construção do homem de bem

Expositora: Heloísa Pires

10h00–10h30: INTERVALO

10h30–11h15: Subtema 3 – O Amor em sua Plenitude

Expositor: André Luiz Peixinho

11h15–12h00: DEBATE

14h00 às 18h00- OFICINAS – na Universidade Paulista (UNIP)

                   (25 salas de aula serão ocupadas simultaneamente)

14h00–16h00: Oficinas

16h00–16h30: Intervalo

16h30 – 18h30: Oficinas

18h45-20h00: Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo Estadual

 

21 de abril – TERÇA-FEIRA

Conclusões e Solenidade de Encerramento

08h00–08h30: Momento Artístico

08h30–10h00: Conclusões do Congresso

Expositor: André Luiz Peixinho

10h00–10h15: Carta de Santos

              Assessores: Allan Kardec Pitta Velloso e Rubens Toledo

10h15–10h45: INTERVALO

10h45–11h00: Momento Artístico

11h00–12h15: Conferência – Uma nova Era para a Humanidade

Orador: Alberto Almeida

12h15–13h00 – Palavras finais e Corais da Baixada-500 voze

 

 

(Informações do site http://congressousesp.com.br/)

Na manhã desta quarta-feira estivemos na cidade de Santos. Tirávamos algumas fotos do Hotel Atlântico, á esquerda, um dos locais

onde estarão hospedados os participantes do Congresso. Eis que por “acaso” (acaso existe?)  nas mesma calçada aparece

na curva o amigo,  irmão,  divulgador espírita de Santos  e ativo participante da USE José da Conceição de Abreu, o “Zezinho”.

Tivemos tempo para tomar um café na aprazível, bela e bem cuidada cidade de Santos. Ismael Gobbo. 

 

 

COBEM- Inscrição para a Evangelização 2015

Salvador, BA

 

 

 

DIJ - DEPARTAMENTO DA INFÂNCIA E JUVENTUDE

INSCRIÇÕES EVANGELIZAÇÃO 2015

Início das inscrições: 21 e 28 de Fevereiro de 2015
Das 14h30 às 16h - Sábado

Grupo Infância com faixa etária de 05 a 10 anos

Grupo Pré-Juventude: com faixa etária de 11 e 12 anos

Grupo Juventude com faixa etária de 13 a 21 anos 

Grupo de Família aberta ao Público. 

Início das atividades: 07/03 às 14h30

Local: Salão de Eventos da Cobem

Cobem - Rua Bezerra de Menezes, nº 90, Brotas, Salvador-BA.

Informações: (71) 33560256

(Informações recebidas em email de Edward Cobem 7 [enmjunior@gmail.com])

 

 

Programação de aniversário do Núcleo “Chico Xavier”

Promissão e Avanhandava,  SP

 

Gostaríamos de convidar a todos para a programação de aniversário do Núcleo     "CHICO XAVIER " em Promissão e Avanhandava  no mês de fevereiro/2015

 

Em PROMISSÃO

Dia 02 - Dr. PEDRO BONILHA  de Jales

Dia 09 - SHIRLEY TIMOTEO DO NASCIMENTO  de Bilac

Dia 23 - Dr. RICARDO CABRAL MIRANDA  de Birigui

 

Rua D.Pedro II, 325 - Jardim Mariluz - Promissão

 

Em AVANHANDAVA

 

Dia 03 - Dr. RICARDO CABRAL MIRANDO  de Birigui

Dia 10 - GILBERTO MILA de Penápolis

Dia 24 - SHIRLEY TIMÓTEO DO NASCIMENTO de Bilac

 

Rua Tibiriçá, 1246 - Centro - Avanhandava

 

Ismael, estamos sentindo sua falta aqui na região.

 

Agradecemos se puder publicar.

Abços fraternos

iraci

N. E. "Chico Xavier "

 

Núcleo Espírita Chico Xavier. Promissão, SP

Núcleo Espírita Chico Xavier. Avanhandava, SP

 

(Informação recebida em email de Iraci Poncio [igavap@gmail.com])

 

 

3ª. Caminhada pela Paz

São José do Rio Preto, SP

 

 

(Informação recebida em emails de  Valdir e Iara Monteiro [valdireiara@gmail.com] e de João Marchesi Neto)

 

 

22-01-1951 Divaldo Pereira Franco visita pela 1ª.vez o Leprosário de Águas Claras

 

O encontro de Divaldo Pereira Franco e Jésus Gonçalves (espírito)

 

Jésus Gonçalves

Borebi, SP 12-7-1902/ (Pirapitingui) Itu, SP 16-2-1947

 

Querido irmão Ismael:

 

Jésus Gonçalves merece esse carinho nosso. O que você vem fazendo é um trabalho de resgate da memória espírita e dos vultos espíritas de ontem.

Deus o inspire sempre!

Eu visitei o sanatório onde ele viveu e conheci a sua então esposa, uma excelente médium clarividente, embora fosse cega, de nome NINITA, bem como o filho de ambos, que se tornou, mais tarde, radialista.

Isso foi em janeiro de 1951, quando fui convidado a visitar São Paulo por primeira vez, e fui acompanhando D. Zaira Pitt, que era uma benfeitora do sanatório de Pirapitinguí onde ele viveu. Zaira foi sua amiga no corpo físico. Havia também uma jovem que trabalhava em favor dos hansenianos de nome Julinha Kohleisen, igualmente espírita.

D. Zaira ajudou a construir um pavilhão para cegos, surdos e tuberculosos do  Sanatório.

Nessa oportunidade eu proferi uma palestra no Centro que ele ali fundara, chamado Santo Agostinho, abordando a vida de Maria de Magdala, que terminou a existência no vale dos leprosos.

Na visão que dele tive, um ano antes, no quintal da casa em que então residia, apareceu-me deformado pela hanseníase e fiquei chocado.  Eu era quase totalmente ignorante em relação ao conhecimento espírita.

Ele disse-me ser meu irmão... Eu pensei: que tipo de irmão eu tenho no Além... Então ele se foi transfigurando e apareceu-me todo iluminado. Nos lugares do corpo em que a doença havia-lhe desfigurado, apresentava-se uma tecelagem em luz. Então, ele propôs-me visitar o Sanatório de Àguas Claras, em Salvador, para hansenianos. Apavorado com a doença eu respondi-lhe que não iria. Foi então, que ele me perguntou:

- Tu não preferes ir lá, a fim de não ires para lá?

Claro que aceitei o desafio e, durante 55 anos fomos visitar os irmãos internados, realizando um encontro de alegria, sempre no dia 1° de janeiro.

Quando os sanatórios passaram a abrigar somente casos cirúrgicos, já não havia necessidade de ali volver, porque o tratamento passou a ser ambulatorial e o denominado perigo de contágio ficou muito reduzido...

Ele informou-me haver sido em outras existências, Alarico (rei dos visigodos) que invadiu Roma em 410... Um pouco antes, ao tentá-lo, Santo Agostinho foi de barco pelo rio Tibre até fora dos muros da cidade, e com um gesto, apontando a distância, expulsou-o e as suas hordas... Mas ele retornou...

Curioso é Santo Agostinho haver-se tornado, desde aquela oportunidade, o que chamaríamos o seu guia espiritual.

Mais tarde ele reencarnou-se com o cardeal de Richelieu, quando eu teria sido alguém que lhe esteve ao lado (Mas esta é uma outra história, que um dia lhe narrarei).

E passou a ajudar-me, a socorrer-me. Em homenagem a ele visitei quase todos os antigos Leprosários existentes no Brasil e alguns no Exterior.

Chico Xavier também narrou-me que mantinha correspondência com ele, enquanto reencarnado, e que, ao desencarnar, apareceu-lhe e ditou-lhe um belíssimo poema, no qual ele diz sutilmente quem fora antes e que a hanseníase o libertou do luxo e das extravagâncias...

 

Perdoe-me por estender-me.

Abraços,

Divaldo 

(Texto que pedimos e  Divaldo P. Franco  gentilmente nos escreveu  em um intervalo

de suas atividades doutrinárias  em São José, SC, em 27/ 03/2012)

Alarico e o saque de Roma em 24 de agosto de 410

Imagem: http://povosgermanicos.blogspot.com.br/2009/12/alarico-i.html

O rio Tibre com a ilha Tiberina e as pontes Cestius (E) e Fabricius, em Roma. Foto Ismael Gobbo

 

 

 

 

Alarico I, Rei dos Visigodos

Ilha de Peuce, atual Romênia 375/ Cosenza, Itália 410

Imagem: http://alaricomodelismo.blogspot.com.br/p/alarico-i.html

Cardeal de Richelieu

Paris 1585/ Paris 1642

Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cardeal_de_Richelieu

 

 

Renovação

 

 

Pelo Espírito Hilário Silva. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Almas em Desfile. Lição nº 06. Página 34.

 

            Suspirava pela nomeação para o cargo público que lhe daria quarenta mil cruzeiros por mês.        Conquistara o diploma de bacharel.

Numa noite, acalentando o desejo de instituir várias obras de beneficência em favor da Humanidade sofredora, Raimundo Perez orava, extático. Queria subir. Desvencilhar-se do corpo físico. Entraria em contacto com a Esfera Superior e formularia a súplica que acalentava no íntimo. Aspirava ao título de Benemérito no campo da doutrina que professava. Mas precisava de dinheiro. Muito dinheiro...

Quem sabe? Somente os Espíritos superiores poderiam dissolver as dificuldades que se lhe antepunham ao grande intento, e pensava: - “Nomeado com os vencimentos de quarenta mil cruzeiros mensais, poderia encontrar o necessário começo... Em seguida, ganharia influência, atrairia poderosos, escalaria a montanha do ouro e granjearia importância política para cumprir a missão...”

Embalado em deliciosas miragens, Raimundo Perez dormiu e viu-se efetivamente desligado da máquina corpórea. Reconheceu-se subindo, subindo... até que se viu em amplo salão, à frente de nobre instrutor que o recebeu entre bondoso e severo. A breves momentos inteirou-se de toda a situação. Alcançara grande instituto do Plano Superior, que supervisionava várias tarefas espíritas na esfera dos homens.

Contudo, não era ali o único visitante. Em torno, enorme multidão. Muitas vozes, muita gente.

Alguém, mais categorizado que ele mesmo para pedir, ergueu-se diante do benfeitor e, com sublime sinceridade, rogou informes sobre a razão de tantos Fracassos entre os Companheiros do Espiritismo, na Terra.

Era um missionário da verdadeira fraternidade, buscando piedosamente recursos de amparo moral para os próprios irmãos na fé. Ninguém ousou adiantar-se-lhe aos rogos. A petição era comovente demais para que outros requerimentos lhe tomassem a dianteira.

Foi então que o generoso mentor tomou a palavra e falou com franqueza:

- Com base em inúmeros dados estatísticos colhidos junto aos nossos companheiros na Terra, podemos esclarecer que grande número dos profitentes do Espiritismo, na carne, tem fracassado devido às seguintes atitudes:

- Querem dinheiro e dominação;

- Querem autoridade e influência;

- Querem saúde física perfeita;

- Querem a compreensão alheia integral;

- Querem as mais altas concessões da mediunidade, sem esforço para obtê-las. Tudo isto porque se esquecem de que, na Terra, devemos estar cientes do ensino de Jesus, que afirmou categórico, quando esteve na carne: - “Meu reino não é deste mundo”.

O benfeitor teceu ainda algumas considerações sobre o tema e, ao acabar de falar, Raimundo sentiu-se desamparado em si mesmo. Guardava a sensação de quem via o solo a fugir-lhe dos próprios pés. E sentindo-se cair... do alto, de muito alto... E acordou.

Identificara-se, mas visceralmente transformado.

Conservava a impressão de prosseguir envergonhado de si mesmo.

Acompanhou a mãezinha ao mercado, ajudando-a, prestativo. Não mais falava na sua nomeação com o entusiasmo anterior, e a palavra dinheiro passou a ter, para ele, importância bem secundária.

À vista de tudo isto, D. Conceição, a genitora, chamou os dois filhos mais velhos a longa conversação e assentaram juntos que um psiquiatra devia ser consultado.

Anotando a súbita renovação de Raimundo, todos os familiares julgaram que o pobre rapaz ficara perturbado da razão...

 

(Texto recebido em email do divulgador Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG)

Cenas de flagelação e  condenação de Jesus através de esculturas de Aleijadinho.  Evangelho de João, Cap. XIX.

Congonhas, MG. Foto Ismael Gobbo

 

 

Amor e justiça

 

 

Houve, séculos atrás, uma tribo cujo chefe era tido como superior aos de todas as demais.

Naquela época, a superioridade era medida pela força física. A tribo mais poderosa era a que tinha o chefe mais forte.

Mas esse chefe não tinha somente força física. Era também conhecido por sua sabedoria.

Desejando que o povo vivesse em segurança, criou leis abrangendo todos os aspectos da vida tribal.

Eram leis severas que ele, como juiz imparcial, fazia cumprir com rigor.

Certa feita, pequenos furtos começaram a acontecer.

Ele reuniu o povo e, com tristeza no olhar, frisou que as leis tinham sido feitas para os proteger, para os ajudar. Como todos tinham o de que necessitavam para viver, não havia necessidade de furtos. Assim, estabeleceu que o responsável teria o castigo habitual aumentado de dez para vinte chibatadas.

Os furtos, entretanto, continuaram. Ele voltou a reunir o grupo e aumentou o castigo para trinta chibatadas.

Os furtos não cessaram.

Por favor, pediu o chefe. Estou suplicando. Para o bem de todos, os furtos precisam parar. Eles estão causando sofrimento entre nós.

E aumentou o castigo para quarenta chibatadas.

Naquele dia, os que estavam próximos dele, viram que uma lágrima escorreu pela sua face, quando dispersou o grupo.

Finalmente, um homem veio dizer que tinha identificado o autor dos furtos. A notícia se espalhou e todos se reuniram para ver quem era.

Um murmúrio de espanto percorreu a pequena multidão, quando a pessoa foi trazida por dois guardas. A face do chefe empalideceu de susto e sofrimento.

Era sua mãe. Uma senhora idosa e frágil.

E agora? O povo começou a questionar se ele seria, ainda assim, imparcial. Será que faria cumprir a lei? Seria o amor por sua mãe capaz de o impedir de cumprir o que ele mesmo estabelecera?

Notava-se a luta íntima dele que, por fim, falou:

Meu amado povo. Faço isso pela nossa segurança e pela nossa paz. As quarenta chibatadas devem ser aplicadas, porque o sofrimento que esse delito nos causou foi grande demais.

Acenou com a cabeça e os guardas fizeram sua mãe dar um passo à frente.

Um deles retirou o manto dela, deixando à mostra as costas ossudas e arqueadas. O carrasco, armado de chicote, se aproximou e começou a desenrolar o seu instrumento de punição.

Nesse momento, o chefe retirou o próprio manto e todos puderam ver seus ombros largos, bronzeados e firmes.

Com muito carinho, passou os braços ao redor de sua querida mãe, protegendo-a, por inteiro, com o próprio corpo.

Encostou o seu rosto ao dela e misturou as suas com as lágrimas dela. Murmurou-lhe algo ao ouvido e então, fez um sinal afirmativo para o encarregado.

O homem se aproximou e desferiu, nos ombros fortes e vigorosos uma chibatada após outra, até completar exatamente quarenta.

Foi um momento inesquecível para toda a tribo que aprendeu, naquele dia, como se podem harmonizar com perfeição, o amor e a justiça.

*   *   *

O amor é vida, e a compaixão manifesta-lhe a grandeza e o significado.

O amor tudo pode e tudo vence, encontrando soluções para as situações mais difíceis e controvertidas.

Enfim, o amor existe com a finalidade exclusiva de tornar feliz aquele que o cultiva, enriquecendo aqueloutro a quem se dirige.

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. Eterna harmonia, 
de John MacArthur, do livro 
Histórias para o coração, v. 2, de Alice Gray, 
ed. United Press e pensamentos finais do cap. 1, do livro 
Garimpo de amor, 
pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco,
ed. LEAL. Em 20.1.2015.

 

Estátua de índio em Bertioga, SP. Foto Ismael Gobbo

 

 

Editoração: Ismael Gobbo, São Paulo,  SP.

Envio: Ismael Gobbo, SP, e, Wilson Carvalho Júnior, Araçatuba, SP

 

 

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