Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, segunda-feira, 25 de maio de 2015

Compiladas por Ismael Gobbo

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Nota 2

Este email é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.  O trabalho é totalmente gratuito e conta com ajuda de colaboradores voluntários (Ismael Gobbo)

 

 

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O Evangelho Segundo o Espiritismo- Cap. XXVIII,  48-49

Coletânea de preces espíritas

 

 

III – Preces por outrem

 

Pelos inimigos do Espiritismo

 

     50. Bem-aventurados os famintos de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.

     Ditosos sereis, quando os homens vos carregarem de maldições, vos perseguirem e falsamente disserem contra vós toda espécie de mal, por minha causa. Rejubilai-vos, então, porque grande recompensa vos está reservada nos céus, pois assim perseguiram eles os profetas enviados antes de vós. (Mateus, 5:6 e 10 a 12.)

     Não temais os que matam o corpo, mas que não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode perder alma e corpo no inferno. (Mateus, 10:28.)

     51. Prefácio. De todas as liberdades, a mais inviolável é a de pensar, que abrange a de consciência. Lançar alguém anátema sobre os que não pensam como ele é reclamar para si essa liberdade e negá-la aos outros, é violar o primeiro mandamento de Jesus: a caridade e o amor ao próximo. Perseguir os outros, por motivos de suas crenças, é atentar contra o mais sagrado direito que tem todo homem, o de crer no que lhe convém e de adorar a Deus como o entenda. Constrangê-los a atos exteriores semelhantes aos nossos é mostrarmos que damos mais valor à forma do que ao fundo, mais às aparências do que à convicção. Nunca a abjuração forçada deu a quem quer que fosse a fé; apenas pode fazer hipócritas. É um abuso da força material, que não prova a verdade. A verdade é senhora de si: convence e não persegue, porque não precisa perseguir.

     O Espiritismo é uma opinião, uma crença; fosse até uma religião, por que se não teria a liberdade de se dizer espírita, como se tem a de se dizer católico, protestante, ou judeu, adepto de tal ou qual doutrina filosófica, de tal ou qual sistema econômico? Essa crença é falsa ou é verdadeira. Se é falsa, cairá por si mesma, visto que o erro não pode prevalecer contra a verdade, quando se faz luz nas inteligências. Se é verdadeira, não haverá perseguição que a torne falsa.

     A perseguição é o batismo de toda ideia nova, grande e justa e cresce com a magnitude e a importância da ideia. O furor e o desabrimento dos seus inimigos são proporcionais ao temor que ela lhes inspira. Tal a razão por que o Cristianismo foi perseguido outrora e por que o Espiritismo o é hoje, com a diferença, todavia, de que aquele o foi pelos pagãos, enquanto, se já não matam o corpo, torturam a alma, atacam-na até nos seus mais íntimos sentimentos, nas suas mais caras afeições. Lança-se a desunião nas famílias, excita-se a mãe contra a filha, a mulher contra o marido; investe-se mesmo contra o corpo, agravando-se-lhe as necessidades materiais, tirando-se-lhe o ganha-pão, para reduzir pela fome o crente. (Cap. XXIII, itens 9 e seguintes.)

     Espíritas, não vos aflijais com os golpes que vos desfiram, pois eles provam que estais com a verdade. Se assim não fosse, deixar-vos-iam tranquilos e não vos procurariam ferir. Constitui uma prova para a vossa fé, porquanto é pela vossa coragem, pela vossa resignação e pela vossa paciência que Deus vos reconhecerá entre os seus servidores fiéis, a cuja contagem Ele hoje procede, para dar a cada um a parte que lhe toca, segundo suas obras.

     A exemplo dos primeiros cristãos, carregai com altivez a vossa cruz. Crede na palavra do Cristo, que disse: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, que deles é o Reino dos Céus. Não temais os que matam o corpo, mas que não podem matar a alma.” Ele também disse: “Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos fazem mal e orai pelos que vos perseguem.” Mostrai que sois seus verdadeiros discípulos e que a vossa doutrina é boa, fazendo o que Ele disse e fez.

     A perseguição pouco durará. Aguardai com paciência o romper da aurora, pois que já rutila no horizonte a estrela-d’alva. (Cap. XXIV, itens 13 e seguintes.)

     52. Prece. – Senhor, Tu nos disseste pela boca de Jesus, o teu Messias: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça; perdoai aos vossos inimigos; orai pelos que vos persigam.” E Ele próprio nos deu o exemplo, orando pelos seus algozes.

     Seguindo esse exemplo, meu Deus, imploramos a tua misericórdia para os que desprezam os teus sacratíssimos preceitos, únicos capazes de facultar a paz neste mundo e no outro. Como o Cristo, também nós te dizemos: “Perdoa-lhes, Pai, que eles não sabem o que fazem.”

     Dá-nos forças para suportar com paciência e resignação, como provas para a nossa fé e a nossa humildade, seus escárnios, injúrias, calúnias e perseguições; isenta-nos de toda ideia de represálias, visto que para todos soará a hora da tua justiça, hora que esperamos submissos à

tua vontade santa.

 

26 N.E.: Ver Reformador de 1946, p. 253; Revue spirite, dez. de 1868; Allan Kardec, o educador e e codificador,

de Zêus Wantuil e Francisco Thiesen, v. II, Pt. 4, cap. II, it. 2. “O Credo, a Religião do Espiritismo”.

 

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, FEB.  Texto copiado do site Febnet e da obra citada)

 

As festas romanas do Coliseu. Óleo sobre tela de Pablo Salinas (década de 1900)

Pinacoteca do Estado de São Paulo. São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo

 

Mártires cristãos no Coliseu. Pintura de Konstantin Dmitriyevich Flavitsky

Imagem/fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Konstantin_Flavitsky_-_Christian_Martyrs_in_Colosseum.jpg

 

Coliseu ou Anfiteatro F´lávio. Roma, Itália. Foto Ismael Gobbo

 

Coliseu. Roma, Itália. Foto Ismael Gobbo

 

Coliseu e Fórum romano. Roma, Itália. Foto Ismael Gobbo

 

 

Evangelho e educação

 

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Roteiro. Lição nº 21. Página 91.

 

Quando o Mestre confiou ao mundo a Divina Mensagem da Boa Nova, a Terra, sem dúvida, não se achava desprovida de sólida cultura.

Na Grécia, as artes haviam atingido luminosa culminância e, em Roma, bibliotecas preciosas circulavam por toda parte, divulgando a política e a ciência, a filosofia e a religião.

Os escritores possuíam corpos de copistas especializados e professores eméritos conservavam tradições e ensinamentos, preservando o tesouro da inteligência.

Prosperava a instrução, em todos os lugares, mas a educação demorava-se em lamentável pobreza.

O cativeiro consagrado por lei era flagelo comum.

A mulher, aviltada em quase todas as regiões, recebia tratamento inferior ao que se dispensava aos cavalos.

Homens de consciência enobrecida, por infelicidade financeira ou por questiúnculas de raça, eram assinalados a ferro candente e submetidos à penosa servidão, anotados como animais.

Os pais podiam vender os filhos.

Era razoável cegar os vencidos e aproveita-los em serviços domésticos.

As crianças fracas eram, quase sempre, punidas com a morte.

Enfermos eram sentenciados ao abandono.

As mulheres infelizes podiam ser apedrejadas com o beneplácito da justiça.

Os mutilados deviam perecer nos campos de luta, categorizados à conta de carne inútil.

Qualquer tirano desfrutava o direito do reduzir os governados à extrema penúria, sem ser incomodado por ninguém.

Feras devoravam homens vivos nos espetáculos e divertimentos públicos, com aplauso geral.

Rara a festividade do povo que transcorria sem vasta efusão de sangue humano, como impositivo natural dos costumes.

Com Jesus, entretanto, começa uma Era Nova para o Sentimento.

Condenado ao supremo sacrifício, sem reclamar, e rogando o perdão celeste para aqueles que o vergastavam a feriam, instila no ânimo dos seguidores novas disposições espirituais.

Iluminados pela Divina Influência, os Discípulos do Mestre consagram-se ao serviço dos semelhantes.

Simão Pedro e os companheiros dedicam-se aos doentes e infortunados.

Instituem-se casas de socorro para os necessitados e escolas de evangelização para o espírito popular.

Pouco a pouco, altera-se a paisagem social, no curso dos séculos.

Dilacerados e atormentados, entregues ao supremo sacrifício nas demonstrações sanguinolentas dos tribunais e das praças públicas, ou trancafiados nas prisões, os aprendizes do Evangelho ensinam a compaixão e a solidariedade, a bondade e o amor, a fortaleza moral e a esperança.

Há grupos de servidores, que se devotam ao trabalho remunerado para a libertação de numerosos cativos.

Senhores da fortuna e da terra, tocados nas fibras mais íntimas, devolvem escravos ao mundo livre.

Doentes encontram remédio, mendigos acham teto, desesperados se reconfortam, órfãos são recebidos no lar.

Nova mentalidade surge na Terra.

O coração educado aparece, por abençoada Luz, nas sombras da vida.

A gentileza e a afabilidade passam a reger o campo das boas maneiras e, sob a inspiração do Mestre Crucificado, homens de pátrias e raças diferentes aprenderam a encontrar-se com alegria, exclamando, Felizes: - “Meu Irmão”.

 

 

(Texto recebido em email de Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG)

Sagrada Família. Quadro da Via Sacra de Cândido Portinari, exposto na Paróquia Bom Jesus da Cana Verde. Batatais, SP.

Foto Ismael Gobbo 

 

 

Registro. 18 de abril, “Dia do Livro Espírita”.

Homenageado na Assembléia Legislativa do Estado. Aracajú, SE

 

https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRmueEPAglmTQX3Xjxft_goIHd0kGPL6VwDRzeEr6GdTJ3oYgtAYgNa sessão plenária da Assembléia Legislativa do mês de abril (16), foi aberto espaço para a  comemoração do “Dia do Livro Espírita”. A  Coordenadora de Estudos Doutrinários da Federação Espírita do Estado de Sergipe Dra. Telma Maria Santos Machado através de uma bem elaborada apresentação, discorreu durante 45 minutos de forma didática e brilhante sobre os fundamentos da Doutrina Espírita, prendendo a atenção da Mesa e dos Deputados presentes em considerável número e das galerias lotadas.

A presença dos espíritas na ALESE deu-se por conta da Lei 7851 de 27/05/14:   dispõe sobre a inclusão no Calendário Oficial do Estado de Sergipe, “18 de abril, Dia Estadual do Livro Espírita”; sancionada pelo Governo, publicada no Diário Oficial em 28/05/14. Projeto apresentado pela então Deputada Conceição Vieira. Comemoração antecipada

Aberta a sessão pelo presidente Luciano Bispo e depois de serem tratados assuntos pertinentes a ordem do dia, ato contínuo foram convidados para tomar assento  à mesa a palestrante Telma Maria, a Senhora Maurilourdes Ramos, presidente da Federação Espírita e o ex-Vereador Chico Buxinho. Foi registrado também as presenças do Vice Presidente da Federação Espírita João Medeiros, Ex-presidente Rosevaldo Santos  e seu Vice Agnaldo Sales, presidente do “Trabalhadores do Bem” Weldson Santos, Coordenadores da Federação Angelísio Andrade, Durval Santos  e Emmanuel Correia e confrades de diversas Instituições Espíritas.

Havia muita expectativa devido ser esta a primeira vez que uma liderança espírita ocuparia a tribuna da Assembleia. O assunto a ser tratado: O Tríplice aspecto da Doutrina Espírita. A palestrante após as saudações de praxe, informou que ali estava para explicar os fundamentos e como surgiu o Espiritismo em meados do século 19 em Paris na França, considerada na época berço da cultura e da civilização. Esclarecendo que apesar do começo inusitado com as batidas/pancadas em Hydesville nos EE. UU. da América e também  com as famosas “mesas girantes/falantes” em toda Europa, especialmente em Paris, houve um grande interesse da sociedade em estudar os fenômenos.

Discorreu sobre o eminente “Pedagogo Professor Hippolite Leon Denizard Rivail, com várias obras publicadas na França e muito conceituado na sociedade parisiense, depois de recusar vários convites de amigos para participar daquelas reuniões, finalmente acedeu. Após algum tempo pesquisando e empregando a metodologia de seu vasto conhecimento, não teve dúvidas, entregou-se de corpo e alma, daí surgindo a obra fundamental baseada em cinco livros, e por conseqüência a Doutrina Espírita, estribada na Ciência, Filosofia e Religião, que por uma questão de ética,  utilizou-se de um pseudônimo, Allan Kardec”.

Em sua apresentação, Dra. Telma fez questão de frisar que o embasamento doutrinário do Espiritismo, além da contribuição do vasto cabedal de conhecimento do Professor Rivail teve a orientação dos Espíritos Superiores, sob o comando do Espírito de Verdade, tornando-se uma revelação Divina, inaugurando a partir dali uma Nova Era para a Humanidade.

Uma retrospectiva magnífica foi apresentada citando as contribuições das civilizações do passado: Egito, Grécia Antiga, O Império Romano, A Palestina, África e Europa, até chegar aos nossos dias. Com informações significativas sobre a sabedoria daqueles povos que muito contribuíram para que a humanidade dos nossos dias  pudesse desfrutar desse   patrimônio imaterial. Fazendo também referências com dados expressivos sobre a contribuição de cientistas do sec. XIX e da atualidade, nas áreas da Ciência, Filosofia e Religião, principalmente após tomarem conhecimento com a publicação de O Livro dos Espíritos por Allan Kardec.

Citando o livro O  que é o Espiritismo faz citações importantes de Allan Kardec sobre Espiritismo: “Uma ciência que trata da natureza, da origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal”.  “O Espiritismo é ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como Ciência prática, ele consiste nas relações que se podem estabelecer com os Espíritos; Como Filosofia, ele compreende todas conseqüências morais que decorrem dessas relações”.

Referindo-se a O Livro dos Médiuns: “A Doutrina Espírita veio abalar os alicerces milenares do misticismo, da intolerância, da fé dogmática, do materialismo científico, e era preciso que sua autoridade (Kardec), tivesse apoio na verdade da Revelação Divina e na prova dos fatos”.  Aludiu sobre o aspecto eminentemente Filosófico do Espiritismo em comparação aos conceitos Acadêmicos de Filosofia.

Sobre o aspecto científico diz: “a Ciência Espírita tem  a finalidade da comprovação, da consolidação da realidade do Espírito. E atraiu sempre para as suas lides homens notáveis do porte de, Alexandre Aksakof (1832-1902); Alfred Russel Wallace (1823-1913); Cesare Lombroso (1835-1909), médico e cientista italiano; Hebe Laghi (1932), Doutora em genética da Unicamp e Professora da USP; Brian Weiss  (1944), psiquiatra e escritor norte-americano”.

Abordando o Espiritismo Religioso: “o aspecto religioso fundamenta-se em Jesus, conforme se lê na questão 625 de O Livro dos Espíritos: Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem para lhe servir de guia e modelo? Resposta do Espírito de Verdade: JESUS. “O Espiritismo é, acima de tudo, o processo de libertação das consciências, a fim de que a visão do homem alcance horizontes mais altos”. “O Espiritismo  será, pois, indiscutivelmente a força do Cristianismo em ação para reerguer a alma humana e sublimar a vida, sob a égide da Lei Divina de “nascer, viver, morrer, renascer ainda, progredir sempre”. Finalizando, declamou uma interpretação da oração Pai Nosso de sua autoria.

C:\Documents and Settings\Emmanuel\Desktop\images (1).jpgO presidente Luciano Bispo abriu espaço para que os Senhores deputados inquirissem a palestrante sobre alguns aspectos da palestra, e todos os que fizeram, por unanimidade, parabenizaram e elogiaram pela consistência, segurança e convicção da apresentação e puderam tirar algumas  dúvidas e demonstraram estarem satisfeitos. Antes de encerrar a sessão o Deputado Luciano Bispo convidou a ex-Deputada Conceição Vieira para  receber das mãos da presidente da Federação Espírita Senhora Maurilourdes Ramos a placa “Preito de Gratidão” em reconhecimento pelo projeto de sua autoria na gestão passada oficializando “18 de abril, dia do Livro Espírita em Sergipe”.  Segundo um dos organizadores da presença espírita na ALESE, no próximo ano haverá uma dupla comemoração simultaneamente na Câmara Municipal de Vereadores de Aracaju, pois o mês de abril também faz parte do calendário da Cidade de Aracaju e na Assembleia Legislativa Estadual respectivamente.      

 

(Informação recebida em email de Emmanuel Correia da Silva [emmanuelcorreia34@gmail.com])

 

 

Palestra no Centro de Cultura Espírita

Caldas da Rainha, Portugal

 

Na sexta-feira, dia 29 de maio de 2015, às 21H00, irá decorrer uma conferência espírita subordinada ao tema PRAIAS ESPIRITUAIS: QUAL SERÁ A SUA?


Quando o mar enrola na areia dá-se o contacto entre dois ambientes bem diferentes, um imerso, outro emerso. Quando partimos desta vida material aportamos figurativamente a uma outra praia. Será assim tão diferente do plano em que agora vivemos?

A resposta a esta pergunta vai abordar um caso prático e tecer considerações sobre as defesas que podemos utilizar como técnicas de auto-iluminação interior. Porque, afinal, navegar é preciso.


Esta palestra terá lugar na sede do Centro de Cultura Espírita, no Bairro das Morenas, em Caldas da Rainha, na Rua Francisco Ramos, nº 34, r/c.

As entradas são livres e gratuitas.

Este centro tem página na Internet em www.ccespirita.org e e-mail cce@caldasrainha.net

Fonte: CCE (C. Rainha)

Francisco Reis

laudas-avulso.com

 

 

(Informação recebida em email de Francisco Reis [francisco.reis@laudas-avulso.com])

 

 

XXVII CONRESPU-

Confraternização Regional Espírita de Urubupungá. Andradina, SP

 

XXVII CONRESPU

CONFRATERNIZAÇÃO REGIONAL ESPÍRITA DE URUBUPUNGÁ

150 ANOS DO LIVRO “O CÉU E O INFERNO”

 

 1ª. Palestra: A JUSTIÇA DIVINA

http://api.ning.com/files/kY9puDXSBJY09ZcKVxpz1Oy7mzaJr1BKWvWAlDKcgSjpldgG-VeFcgW4D03RVHpVxI7uBBXMc9WgltHVwiODs3Hrpel7Laon/lobo.JPG?width=150

PEDRO DE ALMEIDA LOBO

2ª. Palestra: FOME E SEDE DE JUSTIÇA

http://api.ning.com/files/yI5mkdONmaJujTY-q8HUC7AkcxAc1P0BTTzCuhoGb2QTqzv170hoH-zcEDTcw33hSaz2GTvRBG9oVdG0YowigP3ansl67DeS/25.jpg

ANDRÉ SOBREIRO

 

Domingo - 21 de Junho - 8h às 12:30h

Centro Espírita Fé e Caridade

Rua Santa Terezinha, 340 - Andradina

 

         Promoção: USE Intermunicipal de Andradina e USE Regional de Ilha Solteira                     

Taxa de Inscrição: R$ 10,00 até 13 de Junho

Informações: Eurico: 18-3722-7235    euricopsantos@yahoo.com.br

Rocha: 18-3723-4764    edson-rocha@ig.com.br

Cido: 18-3742-3107   carvalho.aparecido@gmail.com

Sergio: 18-3742-3582   sergicar@bio.feis.unesp.br

 

XXVII CONRESPU

Confraternização Regional Espírita de Urubupungá

 

Programa

8:00 - 8:30: Café

 

8:30: Abertura com números artísticos:

Grupo de Canto “A Voz do Cruzado Pantaneiro”

 

9:00:  1a. Palestra: “A Justiça Divina”

Pedro de Almeida Lobo - Campo Grande-MS

                        

10:10: Intervalo para café e confraternização

 

10:40: 2a. Palestra:  “Fome e Sede de Justiça”

André Sobreiro – Severínia-SP 

                        

11:50: Pinga fogo com os 2 expositores

 

12:30: Encerramento e Almoço

 

(Informação recebida em email de Pedro Lobo [lobocruzadopantaneiro@gmail.com])

 

 

2º. Congresso Espírita de Magé e Guapimirim

Magé, RJ

 

 

 

(Informação recebida em email de Renê Magalhães [reneadolfo@demagalhaesgomes.com.br])

 

 

Reuniões de Fraternidade 2015

Macaé, RJ

 

 

(Informação recebida em email de Renê Magalhães [reneadolfo@demagalhaesgomes.com.br])

 

 

Eventos espíritas programados para

Campinas, SP

 

 

 

(Informação recebida em email de Cristina Helena Neves Bertuzzi [cristina.helena.bertuzzi@gmail.com])

 

 

Registro. Anete Guimarães fala sobre as

 potencialidades do cérebro, no CCAA. Santos, SP

 

 

                Depois do sucesso de suas palestras no 16º. Congresso Estadual de Espiritismo, Anete Guimarães esteve de volta a Santos para expor sua cativante oratória no Seminário "O cérebro e suas potencialidades", no CCAA, na Conselheiro Nébias, 717, em uma iniciativa do Núcleo Assistencial Nosso Lar. Com a casa cheia, lugar comum em suas apresentações, a palestrante carioca falou por cerca de duas horas e meia, inclusive respondendo perguntas da plateia, na noite deste sexta-feira (22).

                “O cérebro é um magnífico presente que recebemos e do qual não sabemos tirar o devido proveito. Sabendo alguma coisa sobre a mecânica do cérebro, torna-se possível promover algumas mudanças propícias aos nosso desenvolvimento espiritual”, afirma Anete.

                Vivemos a época da democratização da informação por conta da internet, daí a facilidade de se buscar informação. E o nosso momento é o agora e devemos vivê-lo de uma maneira intensa no que tange a busca do conhecimento e a doma das nossas tendências negativas. Para que promovamos mudanças necessitamos de esforço e vontade.

                O que faz diferenciar as reencarnações é o grau evolutivo. Na infância do espírito o que manda e a matéria. A medida em que ele evolua, quem passa a mandar o espírito.

                François Champolion, responsável por descobrir a chave para a tradução dos hieróglifos egípcios, é um exemplo de que o que nos define quando em processo de evolução é o espírito. Champolion, que veio a ser a reencarnação de Ramsés II, era filho de pais loiros de olhos azuis, mas nasceu moreno e por muito tempo foi alcunhado de “O egípcio”.

                Dependendo grau evolutivo, o espírito pode plasmar um corpo físico alheio a sua suposta herança genética. Nós somos o produto da interação do espírito com a matéria. Portanto, somos, alma. Daí ser verdadeira a máxima: corpo são em mente sã.

                Nem tudo é espiritual, existem coisas materiais a serem consideradas. Nós temos 86 bilhões de neurônios, dos quais 16 bilhões são responsáveis pelo processamento de informações. Qual o limite do cérebro humano? Se pergunta a ciência. O cérebro, que ocupa 2% da massa corporal, necessita de 25% da energia produzida pelo corpo.

                A “tecnologia” do cérebro é muitíssimo superior a qualquer tecnologia de qualquer computador que seja, por maior capacidade de processamento que ele tenha. O cérebro é uma máquina e se ela está dando problemas, de quem é responsabilidade? É do usuário. Do dono do cérebro.

                Como qualquer máquina o cérebro só obedece a comandos positivos ou afirmativos, ou seja, “faça isso”, “faça aquilo”, nunca “não faça isso”, “não faça aquilo”. Assim, ao invés de pedirmos a uma criança para não bater em seu irmão, diga-lhe para tratar seu irmãozinho com todo carinho. Sua resposta será bem mais próxima do ideal e, muito provavelmente deixará de bater no irmão.

                Mas, nós associamos as descompensações do cérebro sempre a rótulos muitas vezes pejorativos. Ninguém chama alguém de “seu hipertenso”, “seu diabético”, mas é muito comum ver alguém ser chamado de “seu neurótico”, “seu esquizofrênico”. Assim a descompensações neurológicas são sempre vistas de uma maneira mais do que negativa. Ninguém, em um churrasco, faz questão de encher a boca e dizer “esse aqui é o meu psiquiatra”.

                As descompensações podem ser comparadas aos pedais de um automóvel. Com a carência da noradrenalina, deixamos de ter o acelerador funcionando, e nos deixamos levar pela tristeza, daí nos bate a depressão; Com a falta da dopamina, falta-nos o freio, advém o autocontrole, e o surto psicótico; Sem a serotonina, deixa de funcionar a embreagem e não temos como passar naturalmente de uma “marcha” para outra. Da descompensação da noradrenalina e da dopamina, oscilamos entre a depressão e a euforia e temos a bipolaridade.

                Se tomamos uma medicação e mesmo assim pioramos, podemos admitir que o problema seja mesmo espiritual. E mesmo sendo um problema puramente físico, o tratamento espiritual é essencial, mesmo porque todos os males começam de alguma forma no espírito.

                Para termos uma vida melhor é preciso que processamos uma aeróbica cerebral para que dupliquemos nossas ondas alfas, que exigem mais energia, em relação as nossas ondas betas, que implicam em menos dispêndio energético. As ondas alfas são responsáveis pelas ações do conhecimento e raciocínio, entre outras. E as ondas betas pela visão, audição, entre outras ações.

                Assim, para recarregarmos nossas baterias para que tenhamos energia suficiente para “iluminar” as ondas alfas, precisamos dormir e dormir bem. Antes de dormir, precisamos nos abster de todo pensamento negativo e orar.

                Nós dispomos de um equipamento de primeira linha, que é o cérebro, mas muitas vezes, não sabemos como utilizá-lo. O cérebro serve para melhorar o nosso desempenho. Assim, melhorando seu desempenho, o ser humano contribui sobremaneira para uma significativa melhora de sua qualidade de vida. E melhorando sua qualidade de vida, ele será mais feliz e tenderá a evoluir tanto física como espiritualmente. Terá um encarnação em crescente processo evolutivo.  

 

(Informação recebida em email de Dejair Santos [dejairdossantos57@hotmail.com])

 

 

Palestra no Fraternidade “Irmão Lauro”

São Paulo, SP

 

 

(Informação recebida em email de Plínio Penteado Jr.)

 

 

Palestra no Lar Espírita Anselmo Gomes

São Paulo, SP

 

 

(Infomação recebida em email de RM [rui.marini@terra.com.br])

 

Palestra na FEEGO – Federação Espírita do Estado de Goiás

com Roosevelt A. Tiago. Goiânia, GO

 

 

(Informação recebida em email de contatoadejau@gmail.com; em nome de; ADE Regional Jau [contato@adejau.com.br])

 

 

Palestra no C.E. Ismael

São Paulo, SP

 

 

(Informações recebidas em email de RM [rui.marini@terra.com.br])

 

 

Jornada Espírita Gladis Pedersen

Estado do Rio de Janeiro

 

 

 

Palestra com Maria Shirley Timóteo do Nascimento

Avanhandava, SP

 

   

 

           

 

CENTRO  ESPIRITA  FRANCISCO DE   ASSIS

Rua Tibiriçá, n° 522 – Centro Avanhandava

Convida a todos para assistirem a palestra que a

MARIA SHIRLEY TIMÓTEO DO NASCIMENTO

DA  CIDADE  DE BILAC

Fará Nesta Quarta-Feira Dia 27/05/2015

Às– 20:00 hs.

TEMA:

“  VIDA A DOIS  ”

 

(Informação recebida em emails de Luiz Antonio da Silva e de Joao Marchesi [joao.marchesi55@gmail.com])

 

 

V Sarau Espírita “arte a caminho da luz”

Marília, SP

 

 

(Informações recebidas em email de Marilia Espirita [mariliaespirita@gmail.com])

 

 

Forrobem do Cobem

Salvador, BA

 

 

(Informações recebidas em email de Renê Magalhães [reneadolfo@demagalhaesgomes.com.br])

 

 

Informações do Light and Peace Spiritist Centre

Adelaide, Austrália

 

Acessar:

http://www.lightandpeace.org/

 

 

 

Revista eletrônica semanal “O Consolador”

Londrina, PR

 

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Notícias do Site Vinha de Luz

Belo Horizonte, MG

 

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O exercício da amizade

 

O filósofo Francis Bacon disse que a amizade duplica as alegrias e divide as tristezas. Cícero afirmou que um amigo é como se fosse um segundo eu.

Poetas, compositores e escritores, ao longo dos séculos, criaram obras enaltecendo o valor e a importância dos amigos.

Ouve-se muito sobre amizade, mas, será que pensamos sobre os mecanismos que aproximam e unem as pessoas nessa relação?

Nos primórdios da Humanidade, quando imperava a regra do cada um por si, o outro era visto como ameaça, alguém que precisava ser afastado ou eliminado.

No entanto, a solidão e o isolamento, num mundo repleto de adversidades, dificultava a sobrevivência. Dessa forma, para superar obstáculos e assegurar alimento, abrigo e proteção, os seres humanos passaram a se agrupar.

O interesse e a necessidade de sustentar a vida fez com que os núcleos familiares abrissem espaço para estranhos. Eles ajudariam a cobrir os pontos fracos, garantindo o êxito nas caçadas, nas colheitas, na defesa da prole, entre outras vantagens.

Contudo, aceitar alguém estranho no grupo familiar também configurava um risco. Caso o forasteiro tivesse intenção de eliminar seus concorrentes, por causa de alimento ou território, estaria próximo o bastante para aprender os pontos fracos daquele grupo.

O que diferenciava um possível rival infiltrado de um colaborador e parceiro era o sentimento que o mantinha conectado ao grupo.

Um amigo contribui para o progresso e a harmonia de seus companheiros. O inimigo trama sua desestabilização.

Interesse, cobiça, inveja, desejo de possuir o que é do outro podem aproximar as pessoas, mas não as mantêm unidas para o crescimento comum.

São sentimentos que exploram, drenam e destroem. Uma vez esgotado o objeto do interesse, cada um toma seu caminho. Isso, certamente, não é amizade.

Laços de afeto, simpatia, amor, aproximam os que vibram numa mesma sintonia e os mantêm ligados.

Quando acolhemos uma pessoa com quem não possuímos relação de consanguinidade, ou quaisquer outros interesses, mas pela qual sentimos grande afinidade, estabelecemos com ela uma união mental.

É comum ouvir que amigos são a família que escolhemos. Em verdade, há amigos que são até mais próximos que os próprios familiares. Tornam-se realmente da família, numa dimensão que extrapola a vida material.

No mundo moderno, não nos agrupamos mais para caçar alimento, nos proteger de animais ferozes e enfrentar as dificuldades comuns aos nossos ancestrais.

No entanto, enfrentamos outras adversidades, materiais e morais, que também nos fragilizam e abalam.

Nesses momentos, ter amigos ao nosso lado nos encoraja e fortalece, ajudando-nos a superar os percalços. Quando tais laços têm origem no amor, respeito e empatia, superada a crise, a amizade continua ainda mais vigorosa.

O ser humano não é autossuficiente. Não possui todas as faculdades, habilidades e competências necessárias para seu desenvolvimento.

Ele necessita da vida em sociedade para aprender e exercitar o auxílio recíproco. A amizade é uma das mais belas formas dessa prática. 

Redação do Momento Espírita.
Em 23.5.2015
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(Copiado do site Feparana)

Busto de Cícero. Museu Capitolino, Roma, Itália.

Imagem/fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Cicero#/media/File:Cicero_-_Musei_Capitolini.JPG

 

 

O grupo reajustado

 

 Irmão X


Instalara-se o grupo de aprendizes do Evangelho, rogando trabalho.

Alfredo Saraiva, o farmacêutico do bairro, foi aclamado dirigente. Olímpio Caramuru e Otávio Mafra, dois comerciários prestigiosos, prometiam cooperar. Dona Ofélia e Adão Cunha, velho casal da esquina, suspiravam pelas sessões. Dona Amanda e Dona Gertrudes ofereciam serviços mediúnicos. Dona Generosa, viúva desde muito tempo, alegava a necessidade de oração. João Pires, o dono da casa, não cabia em si de contente. Nove pessoas ao todo.

Depois da prece inaugural, manifesta-se Irmã Clara, através das faculdades de Dona Amanda. Afirma-se confortada, feliz. A formação do conjunto repercutira no Além. Instrutores amigos haviam registrado os votos da pequena comunidade. Os companheiros haviam pedido trabalho e o trabalho não faltaria. Em nome de vários mentores espirituais, ali se achava igualmente interessada em servir. O grupo bem afinado funcionaria como valiosa instrumentação para o socorro celeste. Ninguém receasse. Bastariam a boa vontade, a fé, o amor. Esperava, assim, a harmonização de todos num só objetivo: o objetivo de espalhar o bem. Em torno deles, surgiam a ignorância e a miséria, gerando o sofrimento. Poderiam fazer muito. Distribuiriam consolação, esclarecimento, esperança.

As reuniões começaram animadamente. Depois da prece, a leitura evangelizante. Textos preciosos, aconselhando esforço e diligência no bem. Entretanto, o pessoal parecia não ouvir. Tão logo se incorporava Irmã Clara, principiavam as queixas e petições. Dona Gertrudes pedia assistência para o marido, gozador do mundo, que estimava na descrença e no sarcasmo a sua razão de ser. Saraiva pedia passes contra o reumatismo. Caramuru insistia por alguma proteção ao estabelecimento em que se mantinha empregado.

Iniciada outra reunião, Dona Ofélia queria um remédio para a renitente dor de cabeça. Cunha solicitava ajuda para a sua loja de armarinho. Precisava de fregueses. Os tempos andavam bicudos. E os impostos subiam, constringentes. Dona Generosa perseverava implorando uma comunicação direta com o filho desencarnado.

Irmã Clara, Espírito afável e benevolente, amparava a todos como podia. Valorosa e otimista, voltava ao intercâmbio, de semana a semana; todavia, o ambiente era o mesmo. Mafra lembrava a necessidade de receber uma indicação eficaz para a perna direita. Desde que fora abalroado por um automóvel, vivia capengando. Pires rogava passes para dois tios que se achavam em desalento. Quando a mensageira ocupava o aparelho mediúnico de Dona Gertrudes, Dona Amanda reclamava:

- Eu também sou filha de Deus.

E descontava as noites em que não podia incomodar a benfeitora. Pedia recursos contra a sua antiga doença do estômago, deprecava proteção para dois netos endiabrados na escola, rogava concurso para a filha, obrigada a suportar um esposo rixento e infiel.

Irmã Clara recorria à lei das provas. Asseverava o impositivo da luta, indispensável ao aperfeiçoamento. Reportava-se ao próprio Cristo que não pudera furtar-se à cruz. Os circunstantes comoviam-se. Dona Ofélia e Dona Gertrudes enxugavam lágrimas de emoção.

Reconstituída porém a assembleia, continuava o petitório. Caramuru dizia-se fatigado! Não se aguentava sobre as pernas. Dona Amanda lamentava-se da gastrite. Mafra declarava-se cada vez mais coxo.

Quando o grupo completou o décimo aniversário de existência, a orientadora espiritual notificou que tentaria começar a obra da caridade do círculo. Reuniria os pensamentos dos amigos numa só vibração de otimismo e confiança, em favor de velha irmã enferma. Deviam estar habilitados à prestação do auxílio. Que todos orassem e se fortalecessem, mentalmente, cooperando.

Chegada a noite do serviço, Clara compareceu, esperançosa. Pela primeira vez, a protetora pediu. Rogou a todos a necessária concentração espiritual de energias, em benefício da doente. Ela, Clara, seria a portadora das forças curativas para a pobrezinha. Quando, porém, se preparava para a tarefa, eis que Dona Ofélia solicitou um passe para a dor de cabeça. Dona Generosa reclamou a mensagem que aguardava. Saraiva perguntou se poderia usar o iodo em doses mais altas. Dona Amanda asseverou que o genro se fizera insuportável, implorando, por isso, algum trabalho de desobsessão.

Antes da prece final, o dirigente indagou:

- O benefício à nossa enferma ausente foi realizado, irmã?

Clara, gentil, explicou que não. Não conseguira. O grupo estava cheio de necessidades e dores. Alguma peça, ali, funcionava mal. Traria, por essa razão, um inspetor.

Realmente, na sessão seguinte, o inspetor apareceu. O Irmão Cláudio incorporou-se em Dona Gertrudes e falou, firme:

- Meus amigos, o Espiritismo é Doutrina de progresso. Durante dez anos consecutivos, vocês foram auxiliados para aprenderem a auxiliar.

- Sim, sim... - comentou Saraiva, desapontado.

- Irmã Clara está conosco.

- Reconheço – ajuntou o visitante, sem agressividade – reconheço que nossa amiga é um raro exemplar de carinho e paciência; entretanto, segundo me parece, a Lei que extinguiu o cativeiro no Brasil é de 13 de maio de 1888. Clara é nossa irmã. Não é escrava. Esqueçamo-nos um pouco. Arejemos a cabeça para que o coração consiga trabalhar. Quem realmente pratica o dom da caridade, encontra caridade para si.

O silêncio pesou por minutos.

- Que mais nos aconselha, amigo?

- Tudo está dito – esclareceu Cláudio, sem afetação.

- Que Deus esteja conosco! - falou Saraiva, solene.

O instrutor fixou um gesto de despedida e rematou:

- Que Deus permanece conosco não há dúvida. É preciso saber, porém, se estamos, de nossa parte, com Deus.

Cláudio retirou-se e Irmã Clara voltou a entender-se com os amigos. Mas, naquela noite, o quadro surgia outro. Dona Generosa silenciou sobre a vinda do filho. Mafra resignou-se com o defeito físico. Dona Amanda não se referiu à úlcera gástrica. Saraiva conformou-se com o reumatismo. Caramuru nada pediu para a casa em que trabalhava. Cunha esqueceu a loja. Dona Ofélia aliviara a cabeça. Pires, calado, parecia enfim satisfeito com a sorte dos familiares.

Terminada a reunião, o diretor perguntou com humildade à mentora da casa se tudo estava bem.

Irmã Clara, paciente, informou:

- Creio que o nosso inspetor resolveu o problema. Graças a Deus!

E todos os companheiros, preocupados, repetiram a uma voz:

- Graças a Deus!
 


Do livro
 Educandário de Luz, ditado por Espíritos diversos, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier. 

(Copiado do site O Consolador http://www.oconsolador.com.br/ano4/197/correiomediunico.html)

 

Estudo para libertação dos escravos. Óleo sobre tela de Pedro Américo.

Exposto na Pinacoteca do Estado de São Paulo. São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo

 

 

Editoração: Ismael Gobbo, São Paulo,  SP.

Envio: Ismael Gobbo, SP, e, Wilson Carvalho Júnior, Araçatuba, SP

 

 

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