Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, quarta-feira, 02 de setembro de 2015

Compiladas por Ismael Gobbo

Agradecemos àqueles que gentilmente repassam este email

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Editoração: Ismael Gobbo, São Paulo, SP.

Envio: Ismael Gobbo (SP) e Wilson Carvalho Júnior, Araçatuba (SP)

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.  O trabalho é totalmente gratuito e conta com ajuda de colaboradores voluntários (Ismael Gobbo).

 

 

Atenção

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Publicação em sequência

O Livro dos Espíritos

 

 

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(Texto Copiado do site Febnet)

Evangelização infantil na Aliança Espírita Varas da Videira, Araçatuba, SP,  na década de 1980.

 

 

Sempre há tempo de corrigir

 

 

Algumas crianças dão sinais muito claros de como será a nova geração.

Uma menina de dez anos fez o pai se desculpar pelo bullying que cometia com um colega de escola.

A vítima era o americano Chad Michael, hoje com trinta e quatro anos.

Ele precisava andar ao lado de professores para não ser perturbado... Pelo fato de ser homossexual.

O time inteiro de futebol americano atormentava o garoto.

Recentemente, Chad recebeu uma mensagem muito especial através do Facebook, vinda de um de seus agressores, Louie Amundson.

A mensagem dizia:

Recentemente eu estava conversando com minha filha de dez anos sobre pessoas que praticam bullying. Ela me perguntou se eu já fiz isso com alguém, e, infelizmente, eu tive que dizer “sim”.

O que veio à minha cabeça é o quão tolo e mau eu era quando você estava no colégio. Quero me desculpar. Se morássemos no mesmo Estado eu me desculparia pessoalmente. Nem sei se você se lembra, mas eu me lembro e sinto muito.

Em entrevista ao jornal The Mirror, Chad confessou que verteu algumas lágrimas ao ler a mensagem.

Eu sofria bullying por ser diferente, por ser homossexual e ser pequeno. Eu sofria bullying por qualquer motivo que uma pessoa possa sofrer bullying. Era horrível.

Chad desejou responder a mensagem a Louie:

Estou bem comovido com isso. Obrigado. Aceito seu pedido de desculpas. Em vinte anos você foi a única pessoa a se desculpar. Espero que você possa dizer a sua filha que você se desculpou e que nós estamos bem.

É incrível o que vinte anos e filhos podem fazer com a gente, não é?

Ao comentar a resposta que recebeu, Louie disse:

Eu me senti lisonjeado, envergonhado e aliviado ao mesmo tempo. Eu devia desculpas a ele. Ele não me devia o perdão.

*   *   *

Ser devedor de alguém é ter que carregar um peso que não é nosso, que não precisaria ser transportado por nós por tanto tempo...

Temos prova disso quando sentimos o prazer, o alívio, a paz interna da libertação.

É certo que o ato de pedir desculpas não nos redime perante a lei ou perante o outro, mas é o primeiro passo rumo ao equilíbrio. É o passo do arrependimento.

Reconhecer que errou é grande vitória da humildade frente ao orgulho, que durante séculos vem sendo vencedor tantas vezes em nossos campos de batalha internos.

Reconhecer o erro é autoconhecer-se, descobrir o que não queremos mais para nós, descobrir um caminho que não vamos mais trilhar.

Reconhecer o erro é diferente de reconhecer-se errado. Não somos errados, estamos ainda acertando e errando, o que é muito diferente. Temos que nos dar novas chances sempre, chances de acertar, chances de começar de novo.

Após o erro e o arrependimento deve vir a vontade de reparar, a vontade de seguir em frente, e não o desânimo por se achar incapaz, por se achar menor.

É o processo educacional do Espírito. Não há vergonha em se equivocar. Há beleza em reconhecer seus desatinos e corrigi-los, pois sempre há tempo de corrigir.

Pensemos nisso: sempre há tempo de corrigir.

Redação do Momento Espírita, com base em reportagem
 de Gabriel Nambu, do site 
Portal Vírgula, de 17.5.2015.
Em 31.8.2015.

 

 

(Copiado do site Feparana)

Imagem: http://bullynggaby.blogspot.com.br/

 

 

VII Jornada Espírita do Porto da Alegria

Salvador, BA.

 


 

Queridos Amigos,

AMIGOS E AMIGAS,

 

GRUPO ESPÍRITA PORTO DA ALEGRIA estará promovendo, no próximo dia 27 de SetembroDOMINGO, no Hotel São Salvador, (antigo Hotel Matiz) situado à Rua José Peroba, 244, Costa Azul, a VII JORNADA ESPÍRITA DO PORTO DA ALEGRIAcomo o tema central  EQUILIBRANDO AS EMOÇÕES E EDUCANDO OS SENTIMENTOS.

 

As palestras ocorrerão das 09:00 às 17:00 horas com os seguintes temas:

 

Entre a Emoção e o Sentimento - Prof: Garrido

 

Honestidade Emocional e o Desafio de conviver - Nahon Castro

 

Jesus e a excelência dos Sentimentos - Hilvan Santos

 

Equilibrando as Emoções e Educando os Sentimentos - Solange Meinking

 

INVESTIMENTO: R$ 30,00

Você pode adquirir o seu ingresso nas LOJAS ORTOBOM (Primeiro e segundo pisos do Shopping da Bahia)

Se preferir, realize depósito em conta:

Favorecido: Concentração Espírita de Salvador

Banco: Caixa Econômica Federal

Agência:3183 Operação: 003 Conta: 1450-7

Após a realização do depósito, envie comprovante para o e-mail :

paty.vs@gmail.com.br

INFORMAÇÕES:

· PATRÍCIA 71 9988 5422 (VIVO)

 

Prestigie e Divulgue!

Contamos com a presença de todos.

Carinhoso abraço,

Grupo Espírita Porto da Alegria.

 

(Informação recebida em emails de Edward Cobem 3 [edwardplantaodapaz@gmail.com] e de Renê Magalhães [reneadolfo@demagalhaesgomes.com.br])

 

 

Informativo semanal “Seara do Mestre”

São Paulo, SP

 

AVISOS

 

·       Juventude Zilda Gama – Domingos às 10h

·       Grupo da Melhor Idade – sextas-feiras, as 8h30. Convidamos todos a participar dessa nova atividade. Diversão, arte, vivência, porque a vida merece ser vivida intensamente sempre!

·       Programa de Formação de Trabalhadores - 03/09, 20 h – Desenvolvimento e formação de grupos de trabalhadores na casa para atuar, também, em atividades que a casa pode desenvolver além dos dias de seu funcionamento normal e que são também importantes, p. ex.: captação de recursos, eventos, doutrina, recursos humanos, etc.

 

PRÓXIMAS PALESTRAS

 

Palestra de hoje 01/09                                       20h – Reunião Pública

Oradora: Neide Guerra                                  CE Simão Pedro

Tema: Inácio de Antioquia

 

02/09/2015 – Próxima Quarta                   20h – Reunião Pública

Oradora: Jobert Costa                                   CE Júlio de Abreu Filhos

Tema: A Beneficência

 

05/09/2015 – Próximo Sábado                  15h – Reunião Pública

Orador: Rafael Peregrino                               CE Zilda Gama               

Tema: Nossos Filhos são Espíritos

 

08/09/2015 – Próxima Terça                             20h – Reunião Pública

Orador: Adilson Ferreira                                             

Tema: Espiritismo:  Caminho, Verdade e Vida

 

--

CENTRO ESPÍRITA ZILDA GAMA

R. Dr. Cesar Salgado, 238 - Morumbi

contato@zildagama.org.br

www.zildagama.org.br

 

 

(Informação recebida em email de Centro Espírita Zilda Gama [contato@zildagama.org.br])

 

 

CEDLV - Seminário A Evolução do Espírito e a Vida

No Mundo Espiritual. Salvador, BA

 

 


Centro Espírita Deus, Luz e Verdade

Endereço: Rua Laura costa,198, Vila Laura - Salvador , BA - BRASIL - 40270-100

 Telefone.: (71) 3389-2959

​​

(Informação recebida em email de Edward Cobem 3 [edwardplantaodapaz@gmail.com])

 

 

Palestra com Wellerson Santos

Curvelo, MG

 

 

(Informação recebida em email de Wellerson Santos)

 

 

XVII Semana Espírita de

Diadema, SP

 

 

(Informação recebida em email de Divulgação Luz e Amor [divulgacaoluzeamor@yahoo.com.br])

 

 

Registro. Câmara homenageia escritor espirita Cesar Perri

Parnaíba, PI

 

De: "Ascom Câmara de Vereadores de Parnaíba" <ascomcmvp@gmail.com>
Assunto:

A Câmara Municipal de Parnaíba, realizou uma Sessão Solene na noite deste sábado, 29 de agosto, no Centro Espírita Caridade e Fé, para entrega da medalha do Mérito Legislativo Municipal ao escritor Antônio Cesar Perri de Carvalho. A homenagem foi proposição da vereadora Fátima Carmino.

A Sessão Solene foi presidida pelo Presidente da casa, Vereador Gustavo Lima. Também esteve presente o vereador Astrogildo Fernandes, o Secretário de Setor Primário e Abastecimento, Augusto Rodrigues de Menezes; o Deputado Estadual e parnaibano, Dr. Hélio; Zilda Cunha Aguiar, Presidente do Centro Espirita Caridade e Fé; o Presidente da União Municipal Espirita de Parnaíba, Samuel Aguiar, além de amigos e frequentadores do Centro Espírita.

Em discurso, a autora da homenagem fez um breve histórico do homenageado, destacando que desde 2009, contribui diretamente para o movimento espirita de Parnaíba, data que o homenageado Cesar Perri veio a cidade desenvolver um projeto de interiorização da Secretaria Geral do Conselho Federativo Nacional da Federação Espirita de Brasileira. "Todos nós precisamos fazer um trabalho cristão, que é a caridade. Me sinto feliz por fazer parte e é uma grande satisfação de estar fazendo essa pequena contribuição" argumenta a vereadora Fátima Carmino.

A Presidente do Centro Espirita Caridade e Fé, Zilda Cunha Aguiar, falou da fundadora Maria Dolores Aguiar, das ações de caridade que o Centro promove e a integração com a comunidade.

O Presidente da União Municipal Espirita de Parnaíba, Samuel Aguiar ressaltou a importância de um local para congregar pessoas que buscam um momento de paz, destacou que em uma das ações do Centro, mais de 60 famílias carentes são beneficiadas e que em poucas instituições religiosas tem tantas pessoas voluntárias regulares. Se emocionou ao falar de sua avó, fundadora do Caridade e Fé e anunciou que o Deputado Estadual, Dr. Hélio pretende apresentar na assembleia Legislativa projeto de lei, tornando o Centro em utilidade pública estadual.

O homenageado da noite, Cesar Perri saudou todos os presentes contou várias passagens do escritor espirita Humberto de Campos, entre elas a história do cajueiro que foi plantado e leva o nome do mesmo. Destacou ainda que a homenagem também é para Humberto de Campos, o povo de Parnaíba e todas as pessoas presentes.  

Na ocasião foi inaugurada a livraria espírita do Centro Espírita Caridade e Fé, onde Cesar Perri lançou a obra - O Evangelho Segundo o Espiritismo: orientações para o estudo.

Sobre o centro:

O Centro Espírita Caridade e Fé foi fundado no ano de 1957, por Maria Dolores Aguiar, na cidade de Parnaíba - PI, em ocasião da dificuldade de deslocamento para outros centros locais. Junto a pessoas da comunidade iniciaram o Evangelho e os Estudos da Doutrina em um salão de taipa.

Sobre Humberto de Campos:

Humberto de Campos residiu em Parnaíba numa rua que leva também o seu nome. Aliás, o nome do autor é atribuído também em cidades como sua terra natal, Miritiba, no Maranhão. Em Parnaíba, Humberto é exaltado sobretudo pela comunidade espírita, com uma casa espírita que leva seu nome e anualmente o movimento espírita realiza a Semana Espírita Humberto de Campos, por ocasião de seu aniversário no dia 25 de outubro.

Att,
Wesley Ripardo
Assessoria de Comunicação - CMP
(86) 9 9986.7510 / 9 9453.7212

 

 

 

Leia o jornal O Farol

Getulina, SP

 

Boa tarde amigos!

Enviando o nosso facho de luz!

 

Todos: https://dabunjr.wordpress.com/o-farol/

Agosto (n.º 87): https://dabunjr.files.wordpress.com/2011/03/jornal-espc3adrita87.pdf

Arquivo Anexo.

 

Pra quem puder, repassem, divulguem!!!

 

Beijos nos corações!

 

Inibmort

 

 

Joana de Cusa

 

Do livro “Boa Nova”

Ditado pelo espírito Humberto de Campos

Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Editora FEB

 

 

     Entre a multidão que invariavelmente acompanhava a Jesus nas pregações do lago, achava-se sempre uma mulher de rara dedicação e nobre caráter, das mais altamente colocadas na sociedade de Cafarnaum. Tratava-se de Joana, consorte de Cusa, intendente de Ântipas, na cidade onde se conjugavam interesses vitais de comerciantes e de pescadores.

     Joana possuía verdadeira fé; contudo, não conseguiu forrar-se às amarguras domésticas, porque seu companheiro de lutas não aceitava as claridades do Evangelho. Considerando seus dissabores íntimos, a nobre dama procurou o Messias, numa ocasião em que ele descansava em casa de Simão, e lhe expôs a longa série de suas contrariedades e padecimentos. O esposo não tolerava a doutrina do Mestre. Alto funcionário de Herodes, em perene contacto com os representantes do Império, repartia as suas preferências religiosas, ora com os interesses da comunidade judaica, ora com os deuses romanos, o que lhe permitia viver em tranqüilidade fácil e rendosa. Joana confessou ao Mestre os seus temores, suas lutas e desgostos no ambiente doméstico, expondo suas amarguras em face das divergências religiosas existentes entre ela e o companheiro.

     Após ouvir-lhe a longa exposição, Jesus lhe ponderou:

     — Joana, só há um Deus, que é o Nosso Pai, e só existe uma fé para as nossas relações com o seu amor. Certas manifestações religiosas, no mundo, muitas vezes não passam de vícios populares nos hábitos exteriores. Todos os templos da Terra são de pedra; eu venho, em nome de Deus, abrir o templo da fé viva no coração dos homens. Entre o sincero discípulo do Evangelho e os erros milenários do mundo, começa a travar-se o combate sem sangue da redenção espiritual. Agradece ao Pai o haver-te julgado digna do bom trabalho, desde agora. Teu esposo não te compreende a alma sensível? Compreender-te-á um dia. É leviano e indiferente? Ama-o, mesmo assim. Não te acharias ligada a ele se não houvesse para isso razão justa. Servindo-o com amorosa dedicação, estarás cumprindo a vontade de Deus. Falas-me de teus receios e de tuas dúvidas. Deves, pelo Evangelho, amá-lo ainda mais. Os sãos não precisam de médico. Além disso, não poderemos colher uvas nos abrolhos, mas podemos amanhar o solo que produziu cardos envenenados, a fim de cultivarmos nele mesmo a videira maravilhosa do amor e da vida.

     Joana deixava entrever no brilho suave dos olhos a íntima satisfação que aqueles esclarecimentos lhe causavam; mas, patenteando todo o seu estado d’ alma, interrogou:

      — Mestre, vossa palavra me alivia o espírito atormentado; entretanto, sinto dificuldade extrema para um entendimento recíproco no ambiente do meu lar. Não julgais acertado que lute por impor os vossos princípios? Agindo assim, não estarei reformando o meu esposo para o céu e para o vosso reino?

     O Cristo sorriu serenamente e retrucou:

     — Quem sentirá mais dificuldade em estender as mãos fraternas, será o que atingiu as margens seguras do conhecimento com o Pai, ou aquele que ainda se debate entre as ondas da ignorância ou da desolação, da inconstância ou da indolência do espírito? Quanto à imposição das idéias — continuou Jesus, acentuando a importância de suas palavras —, por que motivo Deus não impõe a sua verdade e o seu amor aos tiranos da Terra? Por que não fulmina com um raio o conquistador desalmado que espalha a miséria e a destruição, com as forças sinistras da guerra? A sabedoria celeste não extermina as paixões: transforma-as. Aquele que semeou o mundo de cadáveres desperta, às vezes, para Deus, apenas com uma lágrima. O Pai não impõe a reforma a seus filhos: esclarece-os no momento oportuno. Joana, o apostolado do Evangelho é o de colaboração com o céu, nos grandes princípios da redenção. Sê fiel a Deus, amando o teu companheiro do mundo, como se fora teu filho. Não percas tempo em discutir o que não seja razoável. Deus não trava contendas com as suas criaturas e trabalha em silêncio, por toda a Criação. Vai!... Esforça-te também no silêncio e, quando convocada ao esclarecimento, fala o verbo doce ou enérgico da salvação, segundo as circunstâncias! Volta ao lar e ama o teu companheiro como o material divino que o Céu colocou em tuas mãos para que talhes uma obra de vida, sabedoria e amor!...

     Joana de Cusa experimentava um brando alívio no coração. Enviando a Jesus um olhar de carinhoso agradecimento, ainda lhe ouviu as últimas palavras:

      — Vai, filha!... Sê fiel!

 

***

 

     Desde esse dia, memorável para a sua existência, a mulher de Cusa experimentou na alma a claridade constante de uma resignação sempre pronta ao bom trabalho  e sempre ativa para a compreensão de Deus. Como se o ensinamento do Mestre estivesse agora gravado indelevelmente em sua alma, considerou que, antes de ser esposa na Terra, já era filha daquele Pai que, do Céu, lhe conhecia a generosidade e os sacrifícios. Seu espírito divisou em todos os labores uma luz sagrada e oculta. Procurou esquecer todas as características inferiores do companheiro, para observar somente o que possuía ele de bom, desenvolvendo, nas menores oportunidades, o embrião vacilante de suas virtudes eternas. Mais tarde, o céu lhe enviou um filhinho, que veio duplicar os seus trabalhos; ela, porém, sem olvidar as recomendações de fidelidade que Jesus lhe havia feito, transformava suas dores num hino de triunfo silencioso em cada dia.

     Os anos passaram e o esforço perseverante lhe multiplicou os bens da fé, na marcha laboriosa do conhecimento e da vida. As perseguições políticas desabaram sobre a existência do seu companheiro. Joana, contudo, se mantinha firme. Torturado pelas idéias odiosas de vingança, pelas dívidas insolváveis, pelas vaidades feridas, pelas moléstias que lhe verminaram o corpo, o ex-intendente de Ântipas voltou ao plano espiritual, numa noite de sombras tempestuosas. Sua esposa, todavia, suportou os dissabores mais amargos, fiel aos seus ideais divinos edificados na confiança sincera. Premida pelas necessidades mais duras, a nobre dama de Cafarnaum procurou trabalho para se manter com o filhinho que Deus lhe confiara. Algumas amigas lhe chamaram a atenção, tomadas de respeito humano. Joana, no entanto, buscou esclarecê-las, alegando que Jesus igualmente havia trabalhado, calejando as mãos nos serrotes de modesta carpintaria e que, submetendo-se ela a uma situação de subalternidade no mundo, se dedicara primeiramente ao Cristo, de quem se havia feito escrava devotada.

     Cheia de alegria sincera, a viúva de Cusa esqueceu o conforto da nobreza material, dedicou-se aos filhos de outras mães, ocupou-se com os mais subalternos afazeres domésticos, para que seu filhinho tivesse pão. Mais tarde, quando a neve das experiências do mundo lhe alvejou os primeiros anéis da fronte, uma galera romana a conduzia em seu bojo, na qualidade de serva humilde.

 

***

 

     No ano 68, quando as perseguições ao Cristianismo iam intensas, vamos encontrar, num dos espetáculos sucessivos do circo, uma velha discípula do Senhor amarrada ao poste do martírio, ao lado de um homem novo, que era seu filho.

     Ante o vozerio do povo, foram ordenadas as primeiras flagelações.

     — Abjura!... — exclama um executor das ordens imperiais, de olhar cruel e sombrio.

      A antiga discípula do Senhor contempla o céu, sem uma palavra de negação ou de queixa. Então o açoite vibra sobre o rapaz seminu, que exclama, entre lágrimas: - "Repudia a Jesus, minha mãe!... Não vês que nos perdemos?! Abjura!.. . por mim, que sou teu filho!. .

     Pela primeira vez, dos olhos da mártir corre a fonte abundante das lágrimas. As rogativas do filho são espadas de angústia que lhe retalham o coração.

     — Abjura!... Abjura!

     Joana ouve aqueles gritos, recordando a existência inteira. O lar risonho e festivo, as horas de ventura, os desgostos domésticos, as emoções maternais, os fracassos do esposo, sua desesperação e sua morte, a viuvez, a desolação e as necessidades mais duras... Em seguida, ante os apelos desesperados do filhinho, recordou que Maria também fora mãe e, vendo o seu Jesus crucificado no madeiro da infâmia, soubera conformar-se com os desígnios divinos. Acima de todas as recordações, como alegria suprema de sua vida, pareceu-lhe ouvir ainda o Mestre, em casa de Pedro, a lhe dizer: - "Vai filha! Sê fiel!" Então, possuída de força sobre-humana, a viúva de Cusa contemplou a primeira vítima ensangüentada e, fixando no jovem um olhar profundo e inexprimível, na sua dor e na sua ternura, exclamou firmemente:

     — Cala-te, meu filho! Jesus era puro e não desdenhou o sacrifício. Saibamos sofrer na hora dolorosa, porque, acima de todas as felicidades transitorias do mundo, é preciso ser fiel a Deus!

     A esse tempo, com os aplausos delirantes do povo, os verdugos lhe incendiavam, em derredor, achas de lenha embebidas em resina inflamável. Em poucos instantes, as labaredas lamberam-lhe o corpo envelhecido. Joana de Cusa contemplou com serenidade a massa de povo que lhe não entendia o sacrifício. Os gemidos de dor lhe morriam abafados no peito opresso. Os algozes da mártir cercaram-lhe de impropérios a fogueira:

     — O teu Cristo soube apenas ensinar-te a morrer? — perguntou um dos verdugos.

     A velha discípula, concentrando a sua capacidade de resistência, teve ainda forças para murmurar:

     — Não apenas a morrer, mas também a vos amar!...

     Nesse instante, sentiu que a mão consoladora do Mestre lhe tocava suavemente os ombros, e lhe escutou a voz carinhosa e inesquecível:

     — Joana, tem bom ânimo!... Eu aqui estou!...

 

 

Jesus aparece para as mulheres.

Aquarela de James Tissot. Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ressurrei%C3%A7%C3%A3o_de_Jesus#/media/File:Brooklyn_Museum_-_Jesus_Appears_to_the_Holy_Women_(Apparition_de_J%C3%A9sus_aux_saintes_femmes)_-_James_Tissot.jpg

Mártir na arena do circo. Pintura de Fyodor Bronnikov

Imagem/fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fb/Fedor_Bronnikov_010.jpg

Local onde ficava o Circo Máximo, em Roma. À esquerda o Palatino. Foto Ismael Gobbo

 

 

O Reino de Deus

 

                                                                               Richard Simonetti

                                               richardsimonetti@uol.com.br

 

            Jesus transmitia suas lições, preparando os corações para o Reino de Deus, quando algumas crianças foram colocadas à sua frente, a fim de que as abençoasse.

            Era costume entre os judeus que os homens santos ministrassem suas bênçãos – uma evocação da proteção divina sobre crianças e adultos.

            O ato de abençoar enraizou-se no Cristianismo, estendendo-se ao próprio relacionamento familiar, envolvendo pais e filhos. Não são poucos os que guardam, no tesouro das recordações mais ternas da infância, expressões assim:

            – A “bença”, pai! – Deus te abençoe, filho!

            – A “bença”, mãe! – Deus te abençoe, filho!

A criançada podia dormir tranquila! Estava presente a proteção divina, evocada pelos pais!

            Gente com mania de originalidade contesta o ato de abençoar, sob a alegação de que tende a estabelecer barreiras entre pais e filhos. O que abençoa situa-se acima daquele que é abençoado. Isso inibiria a comunhão afetiva.

            Levada às últimas consequências essa orientação, deveríamos eliminar toda disciplina no lar, porquanto, qualquer iniciativa dos pais nesse sentido representaria o exercício de indébito autoritarismo, a erguer barreiras entre eles e os filhos.

            Ah, esses doutos! Quando o cérebro se desliga do coração, perde o rumo e envereda por estranhos caminhos.  Raciocínios dessa natureza inibem uma das mais belas manifestações de afetividade no lar:

            Os filhos que pedem a bênção de seus pais.

            Os pais que abençoam seus filhos.

            Os discípulos aborreceram-se com a presença das crianças, mas Jesus os conteve:

            – Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas é o Reino de Deus. Em verdade vos digo que aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança, de modo algum entrará nele.

Abraçando os pequenos, abençoou-os, impondo-lhes as mãos. Situava, assim, as crianças, como o símbolo da pureza e da simplicidade necessárias ao ingresso no Reino de Deus.

            Uma perguntinha: onde fica?

Se você não sabe, leitor amigo, não se preocupe.

Em outra passagem evangélica (Lucas, 17:21), o próprio Mestre informa: – O Reino de Deus está dentro de vós.

Então, não se trata de local geográfico, na Terra ou alhures. É um estado de consciência! O Céu está em algum recanto, em nosso universo interior. Obviamente, o inferno também. Diríamos que são realizações pessoais, condicionadas ao que pensamos e fazemos.

Uma senhora vivia desolada e infeliz!  Dizia-se mal amada…

O marido não lhe dava atenção; os filhos a desrespeitavam; os vizinhos eram invejosos; o pessoal de sua igreja agia com falsidade; sua vida, um tormento!

Quando desencarnou, por uma questão de afinidade, ela, que cultivava um inferno em seu coração, viu-se em região de sofrimentos.

Ali, mais que nunca, sentia-se infeliz. Mal amada…

Reclamava que Deus não lhe ouvia as orações. Via-se cercada de gente atormentada; revoltava-se contra o destino ingrato, mergulhada num oceano de aflições…

Depois de muito sofrer, brilhou em seu coração uma réstia de humildade. Lavou o coração com lágrimas contritas, implorando a complacência divina.

Imediatamente foi socorrida por benfeitores espirituais que a levaram para estágio reparador, em maravilhosa colônia espiritual.

Ali vivia uma comunidade feliz e ajustada, que observava integralmente o Evangelho, cultivando os valores do Bem.

A senhora esteve satisfeita… por algum tempo. Em breve caiu nos tormentos a que se habituara. Mal amada…

Ninguém lhe dava atenção… Havia falsidade nas pessoas… A ladainha de sempre!

Vivendo em autêntico paraíso, permanecia no inferno que sustentava em si mesma.           

                       

Jesus abençoando as crianças. Óleo sobre tela de Nicolaes Maes.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Nicolaes_Maes_-_Christ_Blessing_the_Children_-_WGA13814.jpg

 

 

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