Editoração: Ismael Gobbo, São Paulo, SP.

Envio: Ismael Gobbo (SP) e Wilson Carvalho Júnior, Araçatuba (SP)

Pelo Espírito André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Passos da Vida. Lição nº 17. Página 59.

Para garantir saúde e equilíbrio, prometa a você mesmo:

1 - Colocar-se sob os desígnios de Deus, cada dia, através da oração, e sustentar a consciência tranquila, preservando-se contra idéias de culpa...

2 - Dar o melhor de si mesmo no que esteja fazendo...

3 - Manter coração e mente, atitude e palavra, atos e modos na inspiração constante do bem...

4 - Servir desinteressadamente aos semelhantes, quanto esteja ao alcance de suas forças...

5 - Regozijar-se com a felicidade do próximo...

6 - Esquecer conversações e opiniões de caráter negativo que haja lido ou escutado...

7 - Acrescentar pelo menos um pouco mais de alegria e esperança em toda pessoa com quem estiver em contato...

8 - Admirar as qualidades nobres daqueles com quem conviva, estimulando-os a desenvolvê-las...

9 - Olvidar motivos de queixa, sejam quais sejam...

10 - Viver trabalhando e estudando, agindo e construindo, de tal modo, no próprio burilamento e na própria corrigenda, que não se veja capaz de encontrar as falhas prováveis e os erros possíveis dos outros.

02 de abril de 2016

Nesse dia foi realizado no Centro Sul, na Av. Governador Gustavo Richard, 850, na Capital catarinense, o evento denominado Inter-regional Sudeste da Federação Espírita Catarinense – FEC, enfocando o trabalhador da última hora, no período das 09h00min às 19h00min. André Trigueiro e Jacobson Santana abordaram, em painéis expositivos, os temas: O Evangelho e a Sustentabilidade; Vivência Mediúnica; e Prevenção ao Suicídio. Divaldo Franco, como participante especial desenvolveu o tema Perturbações Espirituais.

Antes da sua abordagem sobre as perturbações espirituais, Divaldo Franco, orador de escol, concedeu pequena mensagem para o movimento espírita discorrendo sobre alguns aspectos da vida de Frederico Figner e sobre o livro Voltei de sua autoria, sob o pseudônimo de Irmão Jacob e psicografado por Francisco Cândido Xavier.

Inicialmente, já desenvolvendo o tema proposto no painel expositivo, Divaldo Franco expôs o seu sentimento de gratidão em homenagem ao venerando apóstolo da mediunidade, Francisco Cândido Xavier, nascido em 02 de abril de 1910. O filósofo Francis Bacon afirmava que uma filosofia superficial levaria o homem para o materialismo e que, em contrapartida, uma filosofia profunda levaria a criatura humana à verdadeira religião. Fazendo uma retrospectiva história da humanidade, o orador por excelência destacou alguns pensadores e filósofos que, com suas contribuições, ajudaram o homem a se tornar melhor.

Inúmeras ferramentas dispõem o homem para alcançar a plenitude, seja na área da ciência acadêmica, ainda muito resistente à realidade espiritual, ou na área da ciência espírita, facultando o estudo do ser humano em seus diversos aspectos. O Espiritismo, revelado aos homens através do notável e fenomenal trabalho desenvolvido por Allan Kardec, solicita à criatura humana a substituir o egoísmo pelo altruísmo. O desenvolvimento tecnológico oferece inumeráveis soluções para diversas áreas do conhecimento humano.

A mensagem crística do amor, disposta para todos os cristãos, propõe o perdão, a benevolência, a caridade. Quem ama é feliz, não adoece, é possuidor da harmonia espiritual. Divaldo discorreu ainda sobre o consciente, o inconsciente, o superconsciente e a glândula pineal. A ciência se desenvolve em ambos os planos da vida. Um dos exemplos é a constituição genética do homem, que está passando por grandes modificações, e o Espiritismo, caminhando ao lado da ciência acadêmica, disponibiliza riquíssima informação a respeito da vida, aqui e no mundo incorpóreo, bem como faculta a transformação moral dos indivíduos. Nas palavras de Joanna de Ângelis o homem é lucigênito, da divina luz criado.

A Terra experimenta uma população de vinte e oito bilhões de criaturas humanas, encarnadas e desencarnadas. Como toda a transição, isto é, mudanças de comportamento ético e moral, filosófico e intelectual, baseado no amor a si e a próximo, apresenta na Terra momentos de perturbações. O momento é de crise. Os Espíritos em perturbação não conseguem amar. É necessário que cada indivíduo passe a fixar, na obra que realiza, o psiquismo de Jesus Cristo. A sociedade soluça de dor e sonha com o infinito com a alma despedaçada pela angústia. A sociedade humana necessita renovar-se através da solidariedade, do amor, da fraternidade.

Ao contrário de sofrer o homem deve cantar a sinfonia do amor para não ser levado de roldão pelas perturbações espirituais aos abismos da existência. As novas gerações já estão em plena atividade. É a geração velha sendo substituída pela nova que vem de outras plagas.

Finalizando, Divaldo Franco emprestou a sua psicofonia para o seu velho amigo catarinense Oswaldo Melo, Ex-Presidente da FEC que assim se expressou: Oh vós! Oh vós que tendes recebido a honra inolvidável de uma doutrina libertadora, pensai. Antes de tomardes atitudes definitivas, pensai. Diante dos desafios que desabam sobre a criatura humana, pensai. A vida não cessa, a criatura humana tem o sabor de eternidade, pensai. Renunciai às vezes ao suave prazer, pela glória e a honra de a alguém servir. Tende em mente que Ele desceu das excelsas planuras para vir a Terra cantar o Reino dos Céus e deixar um rastro de luz que se transforma na escada simbólica de Jacó, para proporcionar-nos a verdadeira felicidade. Não vos desgasteis na inutilidade, nem vos permitais a fraqueza moral da fuga através dos mecanismos psicológicos da irresponsabilidade. É melhor ceder, para poder receber mais tarde, do que persistir em um triunfo de natureza egotista e perderdes a oportunidade de te salvar. Viestes para a Terra neste momento especial da criatura humana depois de firmardes uma documentação de que, necessário se vos fosse, dar-vos-iam a alma, o ser, em nome daquele que a si mesmo se deu para que todos tivéssemos vida, e vida em abundância. Um abraço afetuoso do vosso irmão e amigo, dedicado servidor da causa, o velho amigo Melo. Obrigado.

Em gratidão, respeito e muito afeto, o público, colocando-se de pé, endereçou ao nobre conferencista uma calorosa e prolongada salva de palmas.

           Texto: Paulo Salerno

           Fotos: Jorge Moehlecke

(Texto recebido em português recebido em email de Jorge Moehlecke)

Espanhol

DIVALDO FRANCO en SANTA CATARINA - Florianópolis, 02 de abril de 2016.

En el día de la fecha se realizó en el Centro Sul, en la Av. Governador Gustavo Richard, 850, en la capital catarinense, el acto denominado Inter-regional Sudeste da Federação Espírita Catarinense – FEC, orientado hacia el trabajador de la última hora, en un horario que abarcó desde las 09:00 a las 19:00. André Trigueiro y Jacobson Santana disertaron en paneles expositivos, sobre los temas: El Evangelio y la Sustentabilidad; Experiencia mediúmnica; y Prevención del suicidio. Divaldo Franco, como participante especial, desarrolló el tema Perturbaciones espirituales.

Antes de comenzar su disertación sobre las perturbaciones espirituales, Divaldo Franco -orador selecto-, brindó un breve mensaje al movimiento espírita, ocasión en que aludió a algunos aspectos de la vida de Frederico Figner y al libro Volví, del que es autor con el seudónimo Hermano Jacob, que fue psicografiado por Francisco Cândido Xavier.

Al comienzo, antes de desarrollar el tema propuesto en el panel expositivo, Divaldo Franco expresó su sentimiento de gratitud, en homenaje al venerado apóstol de la mediumnidad, Francisco Cândido Xavier, nacido el 02 de abril de 1910.

El filósofo Francis Bacon sostenía que una filosofía superficial llevaría al hombre hacia el materialismo, y que en contraposición, una filosofía profunda conduciría a la criatura humana a la verdadera religión. Con una mirada retrospectiva hacia la Historia de la humanidad, el orador por excelencia destacó a algunos pensadores y filósofos que, con sus aportes, contribuyeron a que el hombre se tornara mejor.

Numerosas son las herramientas de que dispone el hombre para alcanzar la plenitud, sea en el terreno de la ciencia académica -aún con gran resistencia a la realidad espiritual-, o en el de la ciencia espírita, propiciando el estudio del ser humano en sus diversos aspectos. El Espiritismo, revelado a los hombres a través del destacado y fenomenal trabajo desarrollado por Allan Kardec, propone a la criatura humana que sustituya el egoísmo por el altruismo. El avance tecnológico ofrece innumerables soluciones para diversas áreas del conocimiento humano.

El mensaje crístico del amor, enunciado para todos los seres humanos, propone el perdón, la benevolencia, la caridad. Quien ama es feliz, no se enferma, es poseedor de armonía espiritual. Divaldo se refirió también al consciente, al inconsciente, al superconsciente y a la glándula pineal. La ciencia se desarrolla en los dos ámbitos de la vida. Uno de los ejemplos es la constitución genética del hombre, que está atravesando importantes modificaciones, y el Espiritismo, avanzando a la par de la ciencia académica, proporciona muy rica información con respecto a la vida aquí y en el mundo incorpóreo, a la vez que favorece la transformación moral de los individuos. Según las palabras de Joanna de Ângelis el hombre es lucigénito, es decir, creado de la Luz divina.

La Tierra tiene una población de veintiocho billones de criaturas humanas, entre las encarnadas y las desencarnadas. Como en toda transición, es decir, cambios de comportamiento ético y moral, filosófico e intelectual, basado en el amor a sí y al prójimo, presenta la Tierra momentos de perturbaciones. Este momento es crítico. Los Espíritus en estado de perturbación no consiguen amar. Es necesario que cada individuo plasme en la labor que realiza, la psiquis de Jesucristo. La sociedad solloza de dolor y sueña con el infinito, mientras su alma está despedazada por la angustia. La sociedad humana necesita renovarse a través de la solidaridad, del amor, de la fraternidad.

En lugar de dejarse envolver por el sufrimiento, el hombre debe cantar la sinfonía del amor, para no ser arrastrado por las perturbaciones espirituales hacia los abismos de la existencia. Las nuevas generaciones ya están en plena actividad. La generación vieja va siendo sustituida por la nueva, que viene de otras regiones.

Para finalizar, Divaldo Franco se entregó a la psicofonía para dar lugar a su viejo amigo catarinense Oswaldo Melo, ex-Presidente de la FEC, quien así se expresó: ¡Oh, vosotros! ¡Oh, vosotros que habéis recibido el honor inapreciable de una doctrina liberadora, reflexionad! ¡Antes de adoptar actitudes definitivas, reflexionad! Ante los desafíos que se abaten sobre la criatura humana, ¡reflexionad! La vida no se acaba, la criatura humana tiene carácter de eternidad, ¡reflexionad!. Renunciad en ocasiones al delicado placer, por la satisfacción y la honra de ser útil a alguien. Tened presente que Él descendió desde los excelsos ámbitos para venir a la Tierra, a cantar el Reino de los Cielos, y dejar una huella de Luz que se transforma en una escalera simbólica de Jacob, para proporcionarnos la verdadera felicidad. No os desgastéis en la inutilidad, ni os permitais la debilidad moral de la fuga, a través de los mecanismos psicológicos de la irresponsabilidad. Es mejor ceder para poder recibir más tarde, que persistir en un triunfo de naturaleza egoísta y perder la oportunidad de salvarse. Habéis venido a la Tierra en esta circunstancia especial de la criatura humana, después de que firmarais un documento relativo a que, si os fuera necesario, daríais el alma, el ser, en nombre de Aquel que se dio a sí mismo para que todos tuviésemos vida, y vida en abundancia. Un abrazo afectuoso de vuestro hermano y amigo, devoto servidor de la causa, el viejo amigo Melo. Gracias.

Como muestra de gratitud, respeto y mucho afecto, el público se puso de pie y dedicó al ilustre conferencista, calurosos y prolongados aplausos.

           Texto: Paulo Salerno

           Fotos: Jorge Moehlecke

 (Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)

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O que faríamos se, depois de anos de vida com visão total, perdêssemos a possibilidade de ver?

Por certo, alguns de nós diríamos que seria muito difícil de nos habituarmos. Afinal, quem nasce deficiente visual ou na infância é privado da visão, tem amplas possibilidades de adaptação.

Pois a canadense Elizabeth nos oferece um exemplo digno de ser relatado.

Próximo aos setenta anos, ela perdeu a visão, por causa de uma degeneração macular. Conservou a visão periférica.

Ela não pode preencher um cheque, nem dirigir, ler uma carta ou um livro, nem assistir a um filme ou uma peça.

Não pode fazer uma lista de compras, maquiar-se, fazer um penteado, enfim, tudo o que achamos normal e necessário.

Ela mora em Vancouver, sozinha e todos os dias passeia com seu cão, Kiri e sua bengala branca. Tem uma invejável disposição para aproveitar todos os seus momentos.

Fala com todos os passantes, nem que seja apenas um animado Bom dia.

Os que não a conhecem, ficam intrigados com os límpidos olhos azuis, que parecem tudo ver, mas que pouco enxergam.

Acompanhá-la em suas caminhadas é um constante andar e parar, porque ela se detém a todo momento a falar com mais alguém.

Para ela, todos são interessantes. Os donos das lojas a conhecem. As crianças a chamam pelo nome.

Há algum tempo, uma amiga pediu que ela falasse com uma senhora que tinha degeneração macular em estágio inicial e estava arrasada.

Elizabeth recebeu ambas em sua casa, na sala ampla. E foi logo dizendo:

Em primeiro lugar, é bom que você saiba que não se morre de degeneração macular.

Em segundo lugar, devo lhe dizer que você tem direito a três boas crises de choro. Eu fiz isso. Você também é capaz.

Durante mais de uma hora, tratou da vida prática: como e onde obter auxílio, como lidar com as questões diárias, as limitações que surgiriam a pouco e pouco.

E se dispôs a acompanhá-la no processo de adaptação, frisando:

Mas, lembre-se, só três crises de choro! Depois siga em frente.

Elizabeth se acostumou com os livros falados, que recebe todos os meses.  Tem muitos amigos e acha que se enxergasse, talvez não tivesse feito tantos.

Ela nunca entrará numa livraria para folhear livros, ler o índice e decidir ou não pela compra.

Não saberá a cor da roupa que estará comprando, a não ser que lhe digam. Não vê o rosto dos seus netos, mas adora ser paparicada por eles.

Também não vê, há mais de dez anos a face de suas filhas. Para isso, ela tem um remédio eficaz, que assim expressa: Minhas filhas? Bem, nunca vão parecer mais velhas para os meus olhos.

*   *   *

Exemplos assim nos devem motivar à reflexão acerca dos dons que dispomos. Especialmente a visão.

Podemos nos encantar com as flores que desabrocham no jardim, a roupa nova que acabamos de vestir.

Podemos vibrar com a estreia de um filme, olhar as pessoas.

Importante, no entanto, que adestremos a visão profunda, interior.

Exatamente aquela que concede essa força tremenda de superar limites e apreciar as coisas boas.

Uma percepção que faz com que, em verdade, vejamos mais do que a maioria das pessoas e possamos nos tornar criaturas francas, simples, de bem com a vida.

Redação do Momento Espírita, com base no artigo 
O que importa para Elizabeth, de Pat Gould, da
 Revista Seleções Reader’s Digest, de janeiro/2004.
Em 5.4.2016.

Autora: Célia Xavier Camargo
Edição 300 – 24 de fevereiro de 2013

Edición 300 – 24 de febrero de 2013

Cumprindo o dever

Cumpliendo el deber

Certo dia, a professora contou a seus alunos que surgira a oportunidade de fazerem um passeio em cidade próxima para visitar uma escola que estava com uma exposição dos melhores trabalhos dos alunos, e completou:

Cierto día, la profesora contó a sus alumnos que había surgido la oportunidad de hacer un paseo a una ciudad próxima para visitar una escuela que estaba con una exposición de los mejores trabajos de los alumnos, y completó:

— Creio ser interessante para vocês, pois estão expostos os melhores trabalhos, que mostram a criatividade dos alunos. Temos que ir amanhã sem falta; a exposição está se encerrando.

— Creo que es interesante para vosotros, pues están expuestos los mejores trabajos, que muestran la creatividad de los alumnos. Tenemos que ir mañana sin falta; la exposición está concluyéndose.

Os alunos adoraram a ideia! Fizeram planos durante o resto da amanhã. Levariam lanche e comeriam num aprazível parque da cidade. A professora já arrumara um ônibus que estaria às oito horas na porta da escola. Os alunos só precisariam trazer um lanche e a autorização dos pais para viajar com a classe.

¡Los alumnos adoraron la idea! Hicieron planes durante el resto de la mañana. Llevarían sandwichs y comerían en un apacible parque de la ciudad. La profesora ya preparaba un autobús que estaría a las ocho horas en la puerta de la escuela. Los alumnos sólo necesitarían traer un sandwich y la autorización de los padres para viajar con la clase.    

Cristina entrou em casa animada. Contou para sua mãe o passeio que iriam fazer no dia seguinte dando pulos de alegria.

Cristina entró en casa animada. Contó para su madre el paseo que irían a hacer al día siguiente dando saltos de alegría. 

— Mamãe! Só preciso da autorização da senhora e do papai, e um lanche bem gostoso!

— ¡Mamá! ¡Sólo preciso de la autorización tuya y de papá, y un sandwich bien gustoso!

A mãe abraçou a filha contente por vê-la tão entusiasmada. Depois, ficou pensativa.

La madre abrazó a la hija contenta por verla tan entusiasmada. Después, quedó pensativa.

— O que foi mamãe? Não gostou da ideia?

— ¿Qué pasa mamá? ¿No te gustó la idea?

— Achei ótima, filha. Porém me lembrei: amanhã você não vai fazer companhia ao “seu” Pedro?

— Creí buena, hija. Sin embargo me acordé: ¿mañana tú no vas a hacer compañía a “tú” Pedro?

— Ah! É verdade! E agora? — disse, levando a mão à cabeça, chateada.

— ¡Ah! ¡Es verdad! ¿Y ahora? — dijo, llevando la mano a la cabeza, molesta.

— Você tem que resolver o que deve fazer: se deve ir passear ou cuidar do “seu” Pedro.

— Tú tienes que resolver lo que debes hacer: si debes ir a pasear o cuidar de “su” Pedro.

— Mamãe, será que alguém poderia ficar com o vô Pedro? Eu “preciso” ir com a classe!

— Mamá, ¿será que alguien podría quedarse con el abuelo Pedro? ¡Yo “necesito” ir con la clase!

A mãe pensou um pouco e considerou:

La madre pensó un poco y pensó:

— Cristina, você não “precisa” ir com a classe passear. Você se comprometeu a cuidar do vô Pedro antes de surgir essa excursão.

— Cristina, tú no “necesitas” ir con la clase pasear. Tú te comprometiste a cuidar del abuelo Pedro antes de surgir esa excursión.

— Mas, alguém poderia ficar com ele no meu lugar! A senhora poderia fazer isso por mim?

— ¡Pero, alguien podría quedarse con él en mi lugar! ¿Tú podrías hacer eso por mí?

— Não posso. Você sabe que preciso trabalhar. Como enfermeira, eu não posso deixar de comparecer ao hospital para meu turno de serviço. Mas podemos pensar em alguém que fique com “vô” Pedro por você.

— No puedo. Tú sabes que necesito trabajar. Como enfermera, yo no puedo dejar de comparecer al hospital para mi turno de servicio. Pero podemos pensar en alguien que se quede con el “abuelo” Pedro por ti.

Pensaram... pensaram... pensaram... porém não conseguiram encontrar ninguém. Todas as pessoas amigas tinham compromisso para o dia seguinte.

Pensaron... pensaron... pensaron... sin embargo no consiguieron encontrar nadie. Todas las personas amigas tenían compromiso para el día siguiente.

Cristina começou a chorar, reclamando:

Cristina comenzó a llorar, protestando:

— Não é justo! Não vou poder passear porque tenho que cuidar de um doente?!...

— ¡No es justo! ¡¿No voy a poder pasear porque tengo que cuidar de un enfermo?!...

— Minha filha, cada um de nós deve atender ao dever que a vida nos impõe. Pode ser um dever profissional, como o meu; pode ser um dever familiar, de atender às obrigações no lar, com os familiares; e pode ser um dever moral, isto é, algo com que a gente se comprometeu e julga dever realizar. Quando você se dispôs a passar a tarde com “seu” Pedro, não achou importante?

— Mi hija, cada uno de nosotros debe atender al deber que la vida nos impone. Puede ser un deber profesional, como el mío; puede ser un deber familiar, de atender a las obligaciones en el hogar, con los familiares; y puede ser un deber moral, es decir, algo con que la gente se comprometió y juzga que debe realizar. ¿Cuándo tú te dispusiste a pasar la tarde con “tú” Pedro, ¿no lo encuentras importante?

A menina concordou com um gesto de cabeça, sem dizer nada. Todavia, a mãezinha sugeriu que, até o dia seguinte, ela teria tempo de encontrar alguém que pudesse ficar com ele, já que o doente era entrevado, só ficava na cama, não tinha família e dependia dos amigos.

La niña concordó con un gesto de cabeza, sin decir nada. Sin embargo, la madrecita sugirió que, hasta el día siguiente, ella tendría tiempo de encontrar alguien que pudiera quedarse con él, ya que el enfermo era impedido, sólo quedaba en la cama, no tenía familia y dependía de los amigos.

Assim, com muita esperança, Cristina passou o resto do dia falando com as pessoas ou telefonando. Nada feito.

Así, con mucha esperanza, Cristina pasó el resto del día hablando con las personas o telefoneando. Nada hecho.

Na manhã seguinte, resignada, ela avisou a professora que não iria à excursão, esclarecendo o motivo. Depois, tomou o rumo da casa do vô Pedro.

En la mañana siguiente, resignada, ella avisó a la profesora que no iría a la excursión, esclareciendo el motivo. Después, tomó el rumbo a la casa del abuelo Pedro.

Entrou na casinha pobre levando uma sacola cheia de comida, guloseimas e uma garrafa térmica com café que a mamãe mandara. O velhinho, ao ver a sua amiguinha chegar, estranhou-lhe a expressão desanimada e perguntou:

Entró en la casita pobre llevando una bolsa llena de comida, golosinas y una botella térmica con café que la mamá había mandado. El viejito, al ver a su amiguita llegar, le extrañó la expresión desanimada y preguntó:

— Ôôô... minha amiguinha! Você parece triste hoje! O que aconteceu?

— ¡Oh, oh, oh... mi amiguita! ¡Tú pareces triste hoy! ¿Qué ocurrió?

— Nada não, vô Pedro. Minha classe foi passear e eu não pude ir. Só isso!

— Nada no, abuelo Pedro. Mi clase fue a pasear y yo no pude ir. ¡Sólo eso!

O velhinho arregalou os olhos, fitando-a surpreso. Depois sua expressão se abrandou, com leve sorriso de ternura no rosto moreno, enquanto dizia:

El viejito abrió mucho los ojos, la miró sorprendido. Después su expresión se debilitó, con una leve sonrisa de ternura en el rostro moreno, mientras decía:

— Ô minha filha, você não foi porque tinha que fazer companhia ao preto velho! Quanta generosidade!...

— ¡Oh mi hija, tú no fuiste porque tenías que hacer compañía al negro viejo! ¡Cuánta generosidade!...

E, enquanto ele falava, aconteceu algo extraordinário. Cristina começou a ver que, do peito do ancião, uma nuvem luminosa começou a se formar e veio ao seu encontro, envolvendo-a toda. Uma sensação de alegria, de paz, de contentamento a invadiu por dentro. Jamais sentira emoção igual àquela!

Y, mientras él hablaba, ocurrió algo extraordinario. Cristina comenzó a ver que, del pecho del anciano, una nube luminosa comenzó a formarse y vino a su encuentro, envolviéndola toda. Una sensación de alegría, de paz, de contentamiento la invadió por dentro. ¡Jamás había sentido emoción igual a aquella! 

O velho abriu os braços e ela deixou-se envolver por eles, num grande e carinhoso abraço.

El viejo abrió los brazos y ella se dejó envolver por ellos, en un grande y cariñoso abrazo.

De repente, Cristina notou que estava livre daquela insatisfação que desde o dia anterior a invadira. Afastou-se um pouco do velhinho e disse:

De repente, Cristina notó que estaba libre de aquella insatisfacción que desde el día anterior a había invadido. Se alejó un poco del viejito y dijo:

— Vovô Pedro, não lamento o passeio que perdi. Nada pode me dar mais alegria do que estar aqui com o senhor. Agora, vou buscar seu remédio. Depois, vou trazer-lhe o café que mamãe mandou para tomarmos juntos. Em seguida, vou continuar a leitura do livro que estamos lendo: O Evangelho segundo o Espiritismo.

— Abuelo Pedro, no lamento el paseo que perdí. Nada puede darme más alegría que estar aquí contigo. Ahora, voy buscar tu medicamento. Después, voy a traerle el café que mamá mandó para tomar juntos. Enseguida, voy a continuar la lectura del libro que estamos leyendo: El Evangelio según el Espiritismo.

Tudo passara como um passe de mágica. Ela nem lembrou mais da excursão, dos amigos, da farra que estariam fazendo no ônibus. Nada mais tinha importância. Cumprira seu dever. Sentia-se em paz consigo mesma e com sua consciência.

Todo había pasado como un pase de magia. Ella ni se acordó más de la excursión, de los amigos, de la fiesta que estarían haciendo en el autobús. Nada más tenía importancia. Había cumplido su deber. Se sentía en paz consigo misma y con su conciencia.

                                                                                  MEIMEI

(Recebida por Célia X. de Camargo em Rolândia-PR, aos 11/02/2013.)