17 de abril de 2016
TEXTO: Maria Rachel Coelho Pereira
FOTOS: Luismar Ornelas de Lima
O 12º Seminário Beneficente do MAP
O 12º Seminário Beneficente do MAP – Movimento de Amor
ao Próximo – foi realizado no dia 17 de abril de 2016 na Casa de
Espetáculos, Metropolitan, no Rio de Janeiro, e recebeu um público de mais
de 4.300 pessoas, além dos que assistiram pela TV FEB e Rádio Rio de
Janeiro.
O Seminário também teve uma especial importância porque
deu início às comemorações do centenário do nosso irmão, Dr. Jorge
Andréa. Foi anunciado um grande Encontro no dia 13 de agosto do corrente
ano com o CEJA-Barra , às 14h , onde se fará oficialmente a comemoração
desses 100 anos e o lançamento do livro “ O Outro Lado da Matéria”
desse grande cientista pioneiro da medicina do futuro.
No início do Seminário foi
transmitido um vídeo em homenagem aos irmãos recém desencarnados Jorge
Viana e Heráclito.
Com o tema: “Conquista da
Imortalidade”, o maior médium e orador espírita da atualidade, Divaldo
Pereira Franco abriu o Seminário, dividido em dois módulos.
Referindo-se ao Professor e
Doutor Harry Price, de Oxford, que estabeleceu a parapsicologia como sendo
a maior pesquisa da humanidade, pela audácia de penetrar nos escaninhos da
vida transcedental, um dos mais notáveis pesquisadores na área dos
fenômenos parapsíquicos, a humanidade estava saindo inevitavelmente das
doutrinas mais avançadas para aquela que diz respeito ao ser
verdadeiramente integral. Poderíamos dizer que o ser contemporâneo está
saindo da astronáutica para a psiconáutica, através do nosso pensamento, na
fonte geradora diretriz da vida, que é o cérebro, o grande decodificador,
estamos diante de um desafio que faz parte do processo
antroposociopsicológico da nossa evolução.
Divaldo Franco, recordou que
desde os tempos mais remotos que a criatura humana se pergunta: A morte
mata a vida? Num período remoto, onde a vida apresentava-se apenas no seu
aspecto biológico, onde a criatura humana vivia dos três extintos básicos:
comer, dormir e procriar até passarmos pelo nascimento da emoção e o medo
que acercou o cérebro humano, para estabelecer os paradigmas da melhor
maneira de viver, a interrogação procurava uma resposta que ainda não
se adequava a realidade. E hoje, graças as doutrinas mais avançadas das
neurociências vamos constatar que a vida é de natureza imortal.
Divaldo citou que a
Organização Mundial de Saúde há quatro anos que definia a saúde como
estado de bem estar fisiológico, emocional e mental, acrescentou o bem
estar espiritual e há dois anos a Academia de Psiquiatria dos EUA, fazendo
uma revisão no Código das doenças internacionalmente reconhecido constatou
que o transe, até então, considerado de natureza patológica, na
esquizofrenia, na epilepsia, e outros estados traumáticos, merece hoje
estudos apurados da ciência, porque a vida não se restringe a massa
cerebral.
O mesmo, Dr. Price,
estabeleceu que a matéria não é tudo. Que muito do que nós constatamos não
é de natureza material e que a maioria das coisas em que nós acreditamos
não é visível. Desta forma, existe um grande enigma entre a apresentação
material e a realidade transcendente do ser. Divaldo relembra, então, o
pensamento do notável filósofo latino Cícero, “ A história é a pedra de
toque que desgasta o erro e faz brilhar a verdade”. O que levaria
dezesete séculos depois, o notável cientista Lord Bacon, afirmar que uma filosofia superficial leva a mente humana ao
materialismo, mas uma filosofia profunda conduz a mente humana a verdadeira
religião.
E elucidando diversos
fatos mediúnicos ocorridos na História, o orador, demonstra que em todas as
épocas da humanidade, os espíritos se comunicaram com os que se encontravam
reencarnados.
Recorrendo a Heródoto de
Halicarnasso, narrou a primeira pesquisa parapsicológica a respeito da
imortalidade da alma, no século VII a.C. na Lídia, país que hoje
corresponde à Turquia, o homem mais rico do mundo, Creso, teve a
idéia de reunir os embaixadores no palácio e mandá-los a diferentes países
para que entrassem nos templos, adquirissem intimidade com os sacerdotes e
dentro de 100 dias apartir da data da saída de Sardes consultassem os
deuses. A consulta era para saber se aqueles deuses eram autênticos ou não
e sobre uma prática exótica realizada por Creso e impossível de se
advinhar. Os embaixadores foram voltando e narrando ao rei as
respostas dos deuses. Somente os que voltaram do Templo de Delfos lograram
obter dos deuses a resposta certa, coincidindo com o que fez o rei. Este é
o primeiro fato paranormal da história.
O conferencista continuou
discorrendo sobre a mediunidade e descreveu o assassinato do Imperador Tito
Lívio Domiciano, em Roma e o desencarne de Dante Aliguieri, em 1321. Fez um
pequeno histórico sobre fatos mediúnicos ocorridos com relação à sua obra
“A Divina Comédia”, quando um mês depois seu filho mais jovem, dormindo em
outra cidade e lhe apareceu em sonho, seu pai, pedindo que fosse a
casa em que ele desencarnara e na parede encontraria um cofre onde estava a
parte mais bela da Divina Comédia, quando, de fato, seu filho se deparou
com os 13 cantos da Obra.
Outra ocorrência
mediúnica destacada pelo emérito orador foi a previsão do Papa Pio V no dia
5 de outubro de 1571 sobre a Batalha de Lepanto, considerada a mais notável
Batalha de toda a humanidade até a 1ª Guerra Mundial. Os mouros que são
vencidos e expulsos perpetuamente da Europa e agora os vemos retornando à
Europa, pela Lei de Causa e Efeito. Se a causa é boa o efeito é edificante
mas aquilo que fez o Papa Pio V gerou um carma do ocidente em relação
ao oriente. Roma entra em festa e só chegam notícias da vitória, 20 dias
depois. A Batalha de Lepanto foi no porto de Corinto na Grécia e o papa
estava em Roma. A Igreja Católica Apostólica Romana é que noticia o fato
demonstrando a imortalidade da alma e a paranormalidade da criatura
humana.
Mas se não fosse
suficiente, em setembro de 1756, Emanuel Swedenborg, cientista sueco vê um
incêndio devorando Estocolmo e as multidões desesperadas gritando em
chamas. E ele estava na cidade de Gotemburgo, distante de Estocolmo
508 km. O que se confirmou dois dias depois, pelos correios, a grande tragédia
que quase destruiu Estocolmo. E apartir desse fato, Swedenborg
transforma-se em clarividente e funda uma religião, a Nova Jerusalém.
Não há na história quem
possa duvidar, inclusive, Kant, grande filósofo, pesquisa arduamente para
ver se não havia uma interpretação falsa e chega a conclusão que existem
realidades que nos escapam e que há muita coisa que nós ignoramos em nosso
conhecimento superficial da vida.
Divaldo lembra, ainda, que o
Presidente americano Abraham Lincoln teve um sonho sobre sua própria morte
e a visão que teve o Cardeal Eugênio Paccelli, do Papa Pio X, que lhe
disse: venho em nome de Deus dizer-lhe que vais ser papa dentro de dias e
se tornaria, por unanimidade de votos, o Papa Pio XII.
Fatos notáveis, históricos,
incontestáveis. E ignorados pelo Professor Price.
Divaldo passa a analisar a
importância das crises e da dor, necessárias para as grandes
transformações. Para que sobre elas edifique-se novos prédios de
esperanças. Recorda dos danos que seu pai sofreu da grande crise de Wall Street,
de 1929. Embora tenha nascido dois anos antes, seu pai era exportador da
folha de tabaco e foi vítima da crise de Nova Iorque, de uma hora
para outra foi quase reduzido à miséria mas gerou uma família de lutadores:
...” aqui estou há 88 anos, lutando, porque a luta fortalece! O coqueiro
que não quer ser arrancado pela ventania, dobra-se, a ventania passa e ele
recupera a postura! É necessário sabermos dobrar-nos para permanecermos
vivos!”...
E concluindo o 1º
módulo do Seminário, destacou que no dia 18 de abril de 1857 nasce a
nova aurora do mundo novo, e Allan Kardec, cientista emérito, porque
realizou experiências com aproximadamente mais de mil médiuns, que
não dispunham de watsapp, telefone celular, nenhum meio de comunicação. Ele
mandava a mesma pergunta a 50 médiuns e depois cotejava as 50
respostas constatando a originalidade e a causa fundamental de onde venha
aquela contestação, declarando que a morte não mata a vida e que o
Espiritismo é uma ciência, que estuda a natureza, o destino dos espíritos e
as relações que mantemos com eles aparece para enfrentar a crítica da
cultura de então.
Essa
ciência extraordinária, traz em seu bojo a investigação de laboratório e
Allan Kardec foi um eminente e frio investigador, não se deixando
ludibriar pela astúcia dos mistificadores ou pela tendência daqueles que
querem aparecer para satisfazerem seus egos. Ele omitiu seu nome, como
grande educador, discípulo de Johann Heinrich Pestalozzi, para no anonimato
apresentar a ciência que um dia uniria as pessoas na psiconáutica, na
mediunidade que é uma faculdade que todos nós somos portadores em graus
levemente diferenciados. Nasce a Filosofia Espírita que vai além da
parapsicologia, que não tem uma filosofia de comportamento ético. A
Filosofia Espírita diz: ao analisarmos o fato e constatarmos a origem, nós
temos uma conseqüência filosófica, ético moral, que é a vida. Qual é o
sentido da vida? Porque estamos aqui? Como escreveu o notável Dostoiewski, na sua obra, O Idiota: A
beleza salvará o mundo! Então Allan Kardec trouxe a beleza para o mundo
colocando essa mensagem no Evangelho Segundo o Espiritismo: A dor é a
benção que Deus reserva aos seus eleitos! Temos que agradecer as dores, das
noites não dormidas, da incompreensão, do desgaste material, do dia a dia
porque viver é desgastar o combustível, é gastar esse fluído cósmico
que nos dá beleza e sem qualquer masoquismo, ser feliz na dor!
Divaldo
termina contando ao público que semana passada estava aplicando um passe
numa senhora portadora de neoplasia maligna com metástase e ela chorava de
dor quando lhe apareceu o filho desencarnado, pedindo-lhe: fale para mamãe
que seja feliz agora sem os cravos da cruz, os cravos da cruz pertenceram a
Jesus por nós e nós vamos nos encontrar e Divaldo lhe disse: a senhora
chorou tanto pelo filho que viajou e agora que ele lhe espera com um
ramalhete de flores, porque os cravos da cruz? Retire-os. E parta, alegre,
pois que ele está aqui esperando pela senhora. Seja feliz! E ela
desencarnou, e ele lhe estendeu as mãos e feliz foi com o filho.
Não
deixemos que os cravos da cruz, as recordações negativas perturbem a beleza
da nossa dor. Que soframos integralmente, que nos alegremos integralmente,
que tenhamos altivez de viver integralmente, porque é nisso que consiste a
vida. A Filosofia Espírita veio trazer essa marca: não existe um Deus em
punição mas existe um Deus que é todo amor, que vela por nós. A dor é um
fenômeno de desgaste. A dor física. O mal que fizemos a outrem, a nós
próprios nos fizemos. E esse mal está vivo em nós como culpa que nos faz
reencarnar com timidez, melancolia, transtorno do pânico que são os
mecanismos expurgatórios. Quem de nós não sabe que a Lei é de amor, então,
para quê o ressentimento? Para quê valorizar quem não nos quer bem? Nós
nascemos para sermos felizes, então a proposta do Espiritismo é a proposta
do Cristianismo primitivo, a volta do Homem de Nazaré, esse homem
extraordinário que dividiu a história, que a filosofia espírita nos
proporciona nos dias de hoje. A nossa meta não é ganhar dinheiro, isso é um
meio de chegar a nossa meta. A nossa meta é a imortalidade. Aqueles que nos
anteciparam, voltam, vem ter conosco, esperam-nos, choram com nossas
lágrimas, sorriem com o nosso bem estar e acima de tudo interferem junto a
Deus para que a plenitude tome conta de nossas vidas.
Na segunda parte do
seminário, o Semeador de Estrelas, iniciou mencionando as experiências do
Dr. Michael Persinger, com tomografias computadorizadas, emissões de ondas
eletromagnéticas, de pósitrons, nos lobos temporais. As pessoas submetidas
a essas experiências teriam tido “visões” e sentiram presenças espirituais.
O Dr. Persinger, descobriu, a existência de peculiar luminosidade, de um
ponto de luz no interior do cérebro. O investigador resolveu, então,
convidar o Dr. Vilayanur Ramachandran, pesquisador indiano, radicado nos
EUA para fazer as suas experiências visando confirmar e ampliar o
conhecimento até aquele momento sobre o ponto luminoso. Constatou o Dr.
Ramachandran que ao pronunciar a palavra, Oh, my God, ou Deus, no idioma
que fosse, aquele ponto luminoso fazia-se mais expressivo. Existe no
cérebro humano, numa área próxima a glândula pineal uma certa luminosidade
que oscila e deu a essa área o nome de “ O ponto de Deus ou ponto de luz no
cérebro”. Dean Hamer, pesquisando a origem da vida humana, descobriu que
uma das causas é a presença de Deus.
Nesse momento do
Seminário, Divaldo convida a todos a sonhar e menciona momentos
emocionantes da vida de Francisco de Assis, destacando sua abnegação, seu
amor ao próximo e à natureza, sua autoiluminação, suas dores. Que não era
masoquismo, não era prazer em sofrer mas era prazer em amar, comove o mundo
com palavras simples: Senhor, faze de mim um instrumento da tua paz ... e
mudou os séculos XII e XIII e a humanidade até hoje. E ao falar da Úmbria
fez a ternura tomar todo o auditório: ...” Oh, irmãs aves, não vedes que
estou falando sobre Jesus”... E diz a tradição que as aves se calaram...
Sentimos a doçura do Cristo!
Ao final do Seminário,
o embaixador da paz no mundo discorreu sobre buscarmos o estado
luminoso, que Jesus colocou de outra forma: O reino de Deus está dentro de
vós! A solução do problema está dentro e não fora e não adianta fugir, mas
amarmos, abrir-nos, vivermos intensamente mesmo diante da dor. Desenvolvermos
o Cristo interno. Abordando a empatia sugeriu-nos que devemos realizar o
bem ao próximo, nós cristãos, que sabemos da imortalidade da alma devemos
buscar e enxergar nossos irmãos invisíveis, aqueles que são
desconsiderados e marginalizados pelos outros, para lhes tornarmos
socialmente visíveis e dignificados. Devemos cuidar dos doentes e dos
convalescentes. E a imortalidade da alma nos convida a todos a vivermos
esse mundo novo, de uma nova Úmbria, da solidariedade, do respeito humano e
do amor e é por isso que a Doutrina Espírita é uma religião, porque religa
a criatura ao criador de quem está momentaneamente afastado. Não precisamos
abandonar nossos postos para amarmos uns aos outros sempre e em qualquer
circunstância. Nunca te arrependerás do bem que fizeres mas se
arrependerá do bem que deixar de fazer e que não lhe custa nada fazer. Após
recitar o Poema da Gratidão, Divaldo foi ovacionado pelo público que se
postou de pé.
TEXTO: Maria Rachel
Coelho Pereira
FOTOS: Luismar Ornelas de Lima
(Texto em português
recebido em email de Jorge Moehlecke)
Espanhol
DIVALDO FRANCO - 12º Seminario Benéfico del MAP
Rio de Janeiro, 17de abril de 2016.
El 12º Seminario Benéfico del
MAP -Movimiento de Amor al Prójimo- se llevó a cabo el día 17 de abril de
2016 en la Casa de Espectáculos Metropolitan, en Rio de Janeiro, y recibió
un público compuesto por más de 4.300 personas, además de quienes siguieron
la labor a través de la TV FEB y de la Radio Rio de Janeiro.
El seminario también tuvo una
especial importancia, porque dio comienzo a las conmemoraciones del
centenario de nuestro hermano, Dr. Jorge Andréa. Se anunció un gran
Encuentro para el día 13 de agosto del corriente año con el CEJA-Barra, a
las 14:00 , donde se realizará oficialmente la conmemoración de los 100
años y el lanzamiento del libro “ O Outro Lado da Matéria” -El Otro lado de
la Materia- obra de ese gran científico pionero de la medicina del
futuro.
Al
comienzo del Seminario se transmitió un vídeo en homenaje a los hermanos
recién desencarnados: Jorge Viana y Heráclito.
Con
el tema: Conquista de la Inmortalidad, el máximo médium y orador
espírita de la actualidad, Divaldo Pereira Franco, dio comienzo al
seminario, dividido en dos módulos.
Con
referencia al Profesor y Doctor Harry Price, de Oxford, que calificó a la
Parapsicología como la mayor investigación de la humanidad, debida a la
audacia de uno de los más destacados investigadores en el área de los
fenómenos parapsíquicos, que penetró en los pliegues de la vida
trascendental, cuando la humanidad estaba saliendo inevitablemente de las
doctrinas más avanzadas, en dirección a aquella que atañe al ser
verdaderamente integral. Podríamos decir que el ser contemporáneo está
saliendo de la astronáutica hacia la psiconáutica, a través de nuestro
pensamiento, en la fuente generadora, directriz de la vida, que es el
cerebro, el gran decodificador, y que estamos ante un desafío que forma
parte del proceso antroposociopsicológico de nuestra evolución.
Divaldo
Franco recordó que desde las épocas más remotas, la criatura humana se
preguntaba: ¿La muerte mata a la vida? Eso ocurría en un período muy
lejano, cuando la vida se presentaba sólo en su aspecto biológico, pues la
criatura humana vivía a través de los tres instintos básicos: comer, dormir
y procrear. Hasta que pasamos por el nacimiento de la emoción y del miedo,
que se acercó al cerebro humano para establecer los paradigmas relativos a
la mejor manera de vivir, la interrogación buscaba una respuesta que aún no
se adecuaba a la realidad. Hoy, gracias a las doctrinas más avanzadas de
las neurociencias, vamos a constatar que la vida es de naturaleza inmortal.
Divaldo
citó que la Organización Mundial de la Salud, cuatro años atrás, definía a
la salud como un estado de bienestar fisiológico, emocional y mental, pero
agregó el bienestar espiritual; y hace dos años que la Academia de
Psiquiatría de USA, haciendo una revisión en el Código de las enfermedades
-internacionalmente reconocido- constató que el transe, hasta entonces
considerado de naturaleza patológica, en la esquizofrenia, en la epilepsia
y en otros estados traumáticos, merece hoy estudios minuciosos de parte de
la Ciencia, porque la vida no se limita a la masa cerebral.
Así
mismo, el Dr. Price estableció que la materia no es todo. Que mucho de lo
que constatamos no es de naturaleza material, y que la mayoría de las cosas
en las cuales creemos no es visible. De esta forma, existe un gran enigma
entre la presentación material y la realidad trascendente del ser. Divaldo
recuerda, entonces, el pensamiento del insigne filósofo latino Cicerón: La
Historia es la piedra de toque que desgasta el error y hace brillar la
verdad, lo que llevaría, diecisiete siglos después, al notable
científico Lord Bacon, a afirmar que una filosofía superficial conduce
a la mente humana al materialismo, mientras que una filosofía profunda
conduce a la mente humana a la verdadera religión.
Mediante
la explicación de diversos fenómenos mediúmnicos registrados en la
Historia, el orador demuestra que en todas las épocas de la humanidad, los
Espíritus se comunicaron con quienes se encontraban reencarnados.
Recurriendo
a Heródoto de Halicarnaso, narró la primera investigación parapsicológica
con respecto a la inmortalidad del alma, realizada en el siglo VII a. C., en
Lidia, un país que hoy pertenece a Turquía. El hombre más rico del mundo,
Creso, tuvo la idea de reunir a los embajadores en el palacio y
enviarlos a diferentes países para que entrasen en los templos, se
familiarizaran con los sacerdotes y, después de 100 días, contados a partir
de la fecha de la salida de Sardes, consultaran a los dioses. La consulta
tenía por objeto saber si aquellos dioses eran auténticos o no y, además,
era acerca de una práctica exótica realizada por Creso, imposible de que
fuera adivinada. Los embajadores fueron retornando y revelaron al rey las
respuestas de los dioses. Solamente aquellos que regresaron del Templo de
Delfos, habían logrado obtener de los dioses la respuesta acertada, que
coincidía con lo que había hecho el rey. Éste es el primer fenómeno
paranormal de la Historia.
El
conferencista continuó haciendo referencia a la mediumnidad, y describió el
asesinato del Emperador Tito Livio Domiciano, en Roma, y después se refirió
a la desencarnación de Dante Alighieri en 1321. Hizo un breve relato
histórico sobre fenómenos mediúmnicos ocurridos con relación a la obra La
Divina Comedia, cuando un mes después de haber desencarnado, el poeta
se apareció a su hijo menor durante el sueño -cuando este se hallaba
durmiendo en otra ciudad-, y le pidió que fuese a la casa donde él había
desencarnado, pues en la pared encontraría un cofre, dentro del cual estaba
la parte más bella de La Divina Comedia y, de hecho, su hijo
encontró allí los 13 cantos de la obra.
Otro
acontecimiento mediúmnico, destacado por el emérito orador, fue la previsión
del Papa Pío V, el día 5 de octubre de 1571, sobre la Batalla de Lepanto,
considerada la más notable batalla de toda la historia de la humanidad,
hasta la 1ª Guerra Mundial. Los moros, que fueron derrotados y expulsados a
perpetuidad de Europa, ahora vemos que están retornando a Europa, por la
Ley de Causa y Efecto. Si la causa es buena, el efecto es edificante, pero
aquello que hizo el Papa Pío V generó un karma para Occidente en
relación con Oriente. Roma se pone a festejar cuando llegan las noticias de
la victoria, 20 días después. La Batalla de Lepanto se desarrolló en el
puerto de Corinto, en Grecia, y el Papa estaba en Roma. La Iglesia Católica
Apostólica Romana es la que da las noticias acerca del acontecimiento,
demostrando la inmortalidad del alma y la paranormalidad de la criatura
humana.
Pero
si eso no fuese suficiente, en septiembre de 1756, Emmanuel Swedenborg,
científico sueco, ve un incendio que está devorando Estocolmo, y las
multitudes desesperadas gritando entre las llamas. Mientras tanto, él
estaba en la ciudad de Gotemburgo, a 508 km de Estocolmo. Dos días
después, se toma conocimiento a través de los correos, de la gran tragedia
que casi había destruido a Estocolmo, y a partir de ese acontecimiento,
Swedenborg se transforma en clarividente y funda una religión: la Nueva
Jerusalén.
No
hay en la Historia quien pueda dudar; incluso Kant, un gran filósofo,
investiga arduamente para verificar si no había alguna interpretación
falsa, y llega a la conclusión de que existen realidades que se nos
escapan, y que hay muchas cosas que nosotros ignoramos, por nuestro
conocimiento superficial de la vida.
Divaldo
hace mención, además, a que el Presidente norteamericano Abraham Lincoln
tuvo un sueño relativo a su propia muerte, y se refiere también a la visión
que tuvo el Cardenal Eugenio Paccelli, sobre el Papa Pío X, quien le dijo: Vengo
en nombre de Dios, a decirle que va a ser Papa dentro de algunos días
y, en efecto, se convertiría, por unanimidad de votos, en el Papa Pío XII.
El
ilustre orador se refiere, además, a acontecimientos extraordinarios, a
hechos históricos indiscutibles e ignorados por el Profesor Price.
Divaldo
pasa a analizar la importancia de las crisis y del dolor, necesarias para
las grandes transformaciones, de modo que sobre ellas se edifiquen nuevos
edificios de esperanzas. Recuerda los daños que su padre sufrió, a raíz de
la gran crisis de Wall Street, en 1929, aunque Divaldo había nacido dos
años antes. Su padre era exportador de hojas de tabaco, y fue víctima de la
crisis de Nueva York. De una hora para otra quedó prácticamente reducido a
la miseria, pero dio origen a una familia de luchadores: ...¡Aquí estoy
hace 88 años, luchando, porque la lucha fortalece! ¡El cocotero que no
quiere ser arrancado por el vendaval, se dobla; y el vendaval pasa y él
recupera su posición! ¡Es necesario que sepamos doblarnos para que
permanezcamos vivos!...
A
modo de conclusión del 1er. Módulo del Seminario, destacó que el día
18 de abril de 1857 nace la Nueva Aurora del Mundo Nuevo, y Allan Kardec
era un científico emérito, porque realizó experiencias con aproximadamente
más de mil médiums, que no disponían de whatsapp, ni teléfono celular, ni
ningún medio de comunicación. Él enviaba la misma pregunta a 50 médiums, y
después cotejaba las 50 respuestas para constatar la originalidad y
la causa fundamental de donde provenía aquella contestación. Así declaró
que la muerte no mata a la vida, y que el Espiritismo es una ciencia que
estudia la naturaleza, el destino de los Espíritus y las relaciones que
mantenemos con ellos, y que aparece para enfrentar a la crítica de la
cultura de entonces.
Esa ciencia extraordinaria es portadora, en su seno, de
la investigación de laboratorio, y Allan Kardec fue un eminente y frío
investigador, que no se dejó burlar por la astucia de los mistificadores ni
por la tendencia de aquellos que querían destacarse para satisfacer sus
egos. Él omitió su nombre, como gran educador, discípulo de Johann Heinrich
Pestalozzi, a fin de presentar en el anonimato la Ciencia que un día uniría
a las personas en la psiconáutica, en la mediumnidad, que es una facultad
de la cual todos nosotros somos portadores en grados levemente
diferenciados. Nace así la Filosofía Espírita, que va más allá de la
Parapsicología, que no tiene una filosofía relativa al comportamiento
ético. La Filosofía Espírita sostiene: cuando analizamos el fenómeno y
constatamos su origen, tenemos una consecuencia filosófica, ético- moral,
que es la vida. ¿Cuál es el sentido de la vida? ¿Por qué estamos aquí? Como
escribió el ilustre Dostoievski en su obra El Idiota: ¡La
belleza salvará al mundo! Entonces Allan Kardec trajo la belleza para el
mundo, al colocar ese mensaje en El Evangelio según el Espiritismo: ¡El
dolor es la bendición que Dios reserva a sus elegidos! Debemos
agradecer los dolores de las noches sin dormir, de la incomprensión, del
desgaste material, de la vida cotidiana, porque vivir es consumir el
combustible, es consumir ese fluido cósmico que nos da belleza, y sin
masoquismo alguno, ¡ser feliz en el dolor!
Divaldo concluye contándole al público que, la semana
anterior había estado aplicando un pase, a una señora portadora de
neoplasia maligna con metástasis mientras ella lloraba de dolor. Fue cuando
se le presentó a Divaldo, el hijo desencarnado de la señora y le pidió: Dígale
a mi mamá que sea feliz ahora, sin los clavos de la cruz. Los clavos de
la cruz le pertenecieron a Jesús por nosotros, y nosotros nos vamos a
encontrar. Y Divaldo le dijo: Usted lloró tanto por el hijo que tuvo que
marcharse de viaje, y ahora que él la espera con un ramillete de flores,
¿por qué los clavos de la cruz? Quítelos. Y parta con alegría, pues él está
aquí esperándola. ¡Sea feliz! Y ella desencarnó y él le tendió las manos,
y así fue feliz con su hijo.
No permitamos que los clavos de la cruz, los recuerdos
negativos perturben la belleza de nuestro dolor. Que suframos
integralmente, que nos alegremos integralmente, que tengamos altivez de
vivir integralmente, porque es en eso que consiste la vida. La Filosofía
Espírita ha venido a traer esa señal: no existe un Dios de punición, sino
existe un Dios que es todo Amor, que vela por nosotros. El dolor es un
fenómeno de desgaste, el dolor físico. El mal que hemos hecho a los demás,
a nosotros mismos nos lo hicimos, y ese mal está vivo en nosotros como
culpa, que nos hace reencarnar con timidez, con melancolía, con trastorno
de pánico, que son mecanismos expurgatorios. ¿Quién de nosotros no sabe que
la Ley es de Amor? Entonces, ¿para qué el resentimiento? ¿Para qué
valorizar a quien no nos quiere bien? Nacemos para ser felices, entonces,
la propuesta del Espiritismo es la propuesta del Cristianismo primitivo, el
retorno del Hombre de Nazaret, ese Hombre extraordinario que dividió la
Historia, ese Hombre al que la filosofía espírita nos proporciona en los
días actuales. Nuestra meta no es ganar dinero; el dinero es un medio para
llegar a nuestra meta. Nuestra meta es la inmortalidad. Aquellos que nos
precedieron, vuelven, vienen a conversar con nosotros, nos esperan, lloran
con nuestras lágrimas, sonríen con nuestro bienestar y, por sobre todo,
interceden ante Dios para que la plenitud se apodere de nuestras vidas.
En
la segunda parte del seminario, el Sembrador de Estrellas comenzó mencionando
las experiencias del Dr. Michael Persinger con tomografías computadas,
emisiones de ondas electromagnéticas de positrones en los lóbulos
temporales. Las personas sometidas a esas experiencias habrían tenido visiones
y percibido presencias espirituales. El Dr. Persinger descubrió la
existencia de una peculiar luminosidad, un punto de luz en el interior del
cerebro. El investigador resolvió, entonces, invitar al Dr. Vilayanur
Ramachandran, investigador nacido en la India y radicado en USA, para que
hiciera sus experiencias, con la expectativa de confirmar y ampliar, el
conhecimiento que había hasta aquel momento sobre el punto luminoso.
Constató, el Dr. Ramachandran, que al pronunciar las palabras: ¡Oh, my
God! o Dios, en el idioma que fuese, aquel punto luminoso se hacía más
intenso. Existe en el cerebro humano -en una zona cercana a la glándula
pineal- una cierta luminosidad que oscila, y él le dio a esa zona el nombre
de El punto de Dios o punto de luz en el cerebro. Dean Hamer,
durante investigaciones acerca del origen de la vida humana, descubrió que
una de las causas es la presencia de Dios.
En
ese momento del seminario, Divaldo invita a todos a soñar, y menciona
anécdotas emocionantes de la vida de Francisco de Asís, destacando su
abnegación, su amor al prójimo y a la Naturaleza, su autoiluminación, sus
dolores, que no eran masoquismo, no eran placer de sufrir sino placer de
amar. Él conmueve al mundo con palabras simples: Señor, haz de mí un
instrumento de tu paz... y modificó los siglos XII y XIII, y la
humanidad hasta hoy. Al describir la Umbría hizo que la ternura se
apoderara de todo el público: ...Oh, hermanas aves, no veis que estoy
hablando sobre Jesús... Y dice la tradición que las aves se quedaron en
silencio... ¡Percibimos la dulzura del Cristo!
Hacia
la finalización del Seminario, el Embajador de la paz en el mundo se
refirió a la búsqueda del estado numinoso, al cual Jesús aludió de otra
forma: ¡El Reino de Dios está dentro de vosotros! La solución del
problema está adentro y no afuera; no sirve huir, sino amarnos, brindarnos,
vivir intensamente incluso ante el dolor. Desarrollemos el Cristo interno.
Abordando la empatía, nos sugirió que debemos realizar el bien al prójimo,
nosotros los cristianos, que sabemos de la inmortalidad del alma y debemos
buscar y encontrar a nuestros hermanos invisibles, aquellos que no son
tenidos en cuenta, sino marginados por los otros, para tornarlos
socialmente visibles y dignificados. Debemos cuidar a los enfermos y a los
convalescientes. Y la inmortalidad del alma nos invita a que todos vivamos
en ese mundo nuevo, de una nueva Umbría, de la solidaridad, del respeto
humano y del amor y es por eso que la Doctrina Espírita es una religión,
porque re-liga a la criatura con el Creador, de quien está momentáneamente
alejado. No precisamos abandonar nuestros puestos para amarnos los unos a
los otros, siempre y en toda circunstancia. Nunca te arrepentirás del bien
que hagas, pero te arrepentirás del bien que dejes de hacer, que no te
cuesta nada hacer. Luego de que recitara el Poema de la Gratitud,
Divaldo fue ovacionado por el público, que se puso de pie.
TEXTO: Maria
Rachel Coelho Pereira
FOTOS: Luismar Ornelas de Lima
(Texto em espanhol recebido da
tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires,
Argentina)
|