Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP,  segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Compiladas por Ismael Gobbo

 

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Parcerias

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Agenda Espírita Brasil: http://www.agendaespiritabrasil.com.br/

 

 

Editoração: Ismael Gobbo, São Paulo, SP.

Envio: Ismael Gobbo (SP) e Wilson Carvalho Júnior, Araçatuba (SP)

 

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.  O trabalho é totalmente gratuito e conta com ajuda de colaboradores voluntários (Ismael Gobbo).

 

 

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Mensagem do dia

 

 

 

ESQUECIMENTO PROVIDENCIAL

 

“(...) A reencarnação é processo de evolução trabalhado pela Misericórdia de Deus, que estabeleceu, no esqueci­mento, o valioso recurso para mais ampla aprendizagem e treinamento para o perdão real.

Não obstante, à medida que o Espírito progride, tor­na-se-lhe mais lúcida a percepção, e ele recorda ocorrências que podem contribuir para o seu progresso, ou conclui, me­diante análise dos fatos atuais que lhe oferecem parâmetros para identificar os do passado.”

 

 

(Joanna de Ângelis/ Divaldo Franco – livro,  Desperte e Seja Feliz , 11ª   ed. - p. 85 -editora, LEAL)

                             Desenho: Fátima Oliveira
                     Mansão do Caminho - Salvador, Bahia, Brasil

 

 

 

 

 

OLVIDO PROVIDENCIAL

 

 

...La reencarnación es un proceso de evolución elaborado por la Misericordia de Dios, que estableció el olvi­do como un valioso recurso para un más amplio aprendizaje y entrenamiento, a los efectos del perdón auténtico.

 

No obstante, a medida que el Espíritu progresa su percepción se tor­na más lúcida, y él recuerda hechos que pueden contribuir a su progreso, o bien saca conclusiones me­diante el análisis de los acontecimientos actuales, que le ofrecen pautas para identificar lo ocurrido en el pasado.

 

 

Joanna de Ângelis/Divaldo Franco

Libro Despierte y sea feliz - Editora LEAL

 

Creación: Fátima Oliveira

Mansión del Camino - Salvador, Bahia, Brasil

 

 

 

 

(Recebido em emails da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)

 

 

 

 

 

Publicação em sequência

O Céu e o Inferno

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(Copiado de Febnet)

 

Cemitério Montmartre, Paris, França.

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Montmartre_Cemetery#/media/File:Begraafplaats_Montmartre.jpg

 

 

 

Parabéns Dr. Adolfo Bezerra de Menezes. Feliz aniversário!

29-08-1831/ 11-04-1900

Ficheiro:Augusto Rodrigues Duarte - Bezerra de Menezes (detalhe).jpg

Detalhe de um retrato pintado a óleo de Bezerra de Menezes, por  Augusto Rodrigues Duarte

 ofertado como homenagem dos súditos portugueses residentes na Corte.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bezerra_de_Menezes

 

 

 

Dr. Adolfo Bezerra de Menezes

 

 

23 DE AGOSTO DE 2016

(AMEB)

Ensina-nos o Dr. Bezerra de Menezes: “A vida, sob qualquer aspecto considerado, é dádiva de Deus que ninguém pode perturbar. Todos os seres sencientes desenvolvem um programa na escala da evolução demandando a plenitude, a perfeição que lhes é meta final.

Preservar a vida, em todas as suas expressões é dever inalienável, que assume a consciência humana no próprio desenvolvimento da sua evolução. 
Quando alguém levanta a clava para interromper propositalmente o ciclo da vida, faz-se um novo Caim, jogando sobre si mesmo a condenação da consciência de culpa e experimentando, no remorso, hoje ou mais tarde, a necessidade de depurar-se, reabilitando-se, ao nadar nos rios das lágrimas.”

Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti

Nascido na antiga Freguesia do Riacho do Sangue, hoje Solonópole, no Ceará, aos 29 dias do mês de agosto de 1831, desencarnou em 11 de abril de 1900 no estado do Rio de Janeiro.

A Infância e a Família

Seu pai, Antônio Bezerra de Menezes, capitão das antigas milícias e então tenente-coronel da Guarda Nacional, tinha fazendas de criação de gado; sua mãe chamava-se Fabiana de Jesus Maria Bezerra e era senhora do lar. Antônio era importante fazendeiro local que “nunca mediu sacrifícios, na hora de socorrer àqueles que lhe estendiam a mão”. Tanta generosidade acabou por levar sua fortuna material e em determinada altura as dívidas alcançaram níveis insuportáveis. 

Antônio foi então procurar cada um de seus credores decidido a entregar seus bens para saldar as dívidas. Os credores, contudo, reuniram-se e decidiram que o coronel Bezerra continuaria com seus bens. Assinaram um documento que afirmava com força legal que o velho Bezerra ficasse com eles e “que gozasse deles e pagasse como e quando quisesse, que eles, credores, se sujeitariam aos prejuízos que pudessem ter.” O velho Bezerra, contudo, não aceitou tal decisão. 

Depois de muita discussão, resolveu que daquela data em diante seria simplesmente um administrador dos bens para seus credores. Retirava apenas o extremamente necessário para o sustento da família e muitas vezes passou privações. A esta altura, o menino Adolfo, último filho do casal, já estava terminando o então chamado curso preparatório. Os dois filhos mais velhos tinham se formado em direito e o terceiro ainda cursava o segundo ano na Faculdade de Direito de Olinda, Pernambuco. 

O pequeno Adolfo Bezerra de Menezes tinha sete anos de idade quando foi levado pela mãe para ser matriculado na escola pública da Vila do Frade. Em dez meses o menino aprendeu a ler, escrever e fazer contas simples. Quatro anos depois, quando o pai estava sendo alvo de perseguição política, a família mudou-se para o Rio Grande do Norte. O pequeno Adolfo “foi matriculado na aula pública de latinidade, que funcionava na Serra dos Martins e era dirigida por padres jesuítas” em Maioridade, hoje cidade de Imperatriz. Após dois anos, o rapaz tornou-se tão bom na matéria que chegou a substituir o professor. 

Em 1846, o velho Bezerra voltou para a capital do Ceará, onde o pequeno Adolfo foi matriculado no Liceu, que era dirigido pelo seu irmão mais velho. Terminando seus estudos, mostrou a vontade de ser médico, e não advogado como os irmãos. Como não havia faculdade de medicina no Nordeste do país, o pai foi obrigado a mandá-lo para a então sede da Corte, a cidade do Rio de Janeiro; contou-lhe tudo que havia acontecido com os bens da família, explicando a pobreza por que passavam. Os parentes cotizaram-se e levantaram quatrocentos mil réis para pagar a viagem até o Rio. Foi assim que Adolfo Bezerra de Menezes pôde pegar o navio e chegar na então sede do Império.

O Sacerdócio na Medicina

Aos vinte e dois anos, ingressou como praticante interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia. Doutorou- se em 1856 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, defendendo a tese "Diagnóstico do Cancro". Nessa altura abandonou o último patronímico, passando a assinar apenas Adolfo Bezerra de Menezes.

Como não tinha dinheiro para montar um consultório, entrou em acordo com um colega de faculdade que possuía mais recursos e passou a dividir uma sala no centro comercial da cidade. Durante os meses em que o consultório ficou aberto, quase não houve pacientes. Mas a casa onde morava o médico Bezerra ficava repleta de doentes. Começou a atender aos componentes da família e depois aos amigos. Sua fama correu pelo bairro e os clientes apareciam; mas ninguém pagava, pois eram todos gente pobre e o dinheiro nunca foi mencionado. 

Foi então que um amigo e médico militar, Dr. Manoel Feliciano Pereira de Carvalho, chefe do corpo de saúde do Exército, resolveu contratá-lo como médico militar. Dr. Feliciano era chefe da clínica cirúrgica do Hospital da Misericórdia, hospital este onde o Dr. Bezerra tinha sido praticante e interno em 1852, quando ainda cursava o segundo ano de faculdade. Ainda em 1856, o governo imperial fez a reforma do Corpo de Saúde do Exército e nomeou o Dr. Feliciano como cirurgião-mor. Ele, então, chamou Bezerra para ser seu assistente e foi assim que, com um emprego remunerado estável, começou o caminho do médico dos pobres. 

Bezerra continuava atendendo gratuitamente aqueles que não podiam pagar. Sua fama continuava a se espalhar e o consultório do centro da cidade começou a ficar movimentado, também com clientes que pagavam. O dinheiro que recebia no consultório era gasto com os seus pobres em remédios, roupas ou simplesmente auxílio em dinheiro. 

Bezerra de Menezes tinha a função de médico no mais elevado conceito, por isso, dizia ele: "Um médico não tem o direito de terminar uma refeição, nem de perguntar se é longe ou perto, quando um aflito qualquer lhe bate à porta. O que não acode por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar- se fatigado, ou por ser alta hora da noite, mau o caminho ou o tempo, ficar longe ou no morro, o que sobretudo pede um carro a quem não tem com que pagar a receita, ou diz a quem lhe chora à porta que procure outro – esse não é médico, é negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros dos gastos de formatura. Esse é um desgraçado, que manda para outro o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu Espírito, a única que jamais se perderá nos vaivens da vida."

O Casamento e a Iniciação Política

Com a vida mais organizada, resolveu casar tendo encontrado o amor na pessoa de D. Maria Cândida Lacerda; casaram-se em 6 de novembro de 1858. Nesta época, tinha posição social: além de médico, era jornalista, escrevendo para os principais jornais da cidade; no meio militar era muito respeitado. Não demorou muito até que lhe oferecessem um lugar na chapa de um partido para as eleições do Poder Legislativo. 

D. Maria foi uma das maiores incentivadoras da candidatura de Bezerra de Menezes. Os habitantes de São Cristóvão, bairro onde morava e clinicava, também queriam tê-lo como representante na Câmara Municipal; foi assim que em 1860 foi eleito por um grupo de São Cristóvão. Mas houve uma tentativa de impugnar seu diploma sob o pretexto de que um militar não poderia ser eleito. Bezerra teve então de escolher entre a carreira militar e a política. Seguindo os conselhos de sua esposa, renunciou à patente militar e abraçou a vida política de vez. 

Contudo, o destino reservava-lhe uma difícil provação para o ano de 1863. Depois de uma doença rápida e repentina, sua esposa desencarnava em menos de vinte dias no outono deste ano. Deixava o marido com dois filhos: um com três anos e outro com um ano de idade. 

O golpe da viuvez moveu os sentimentos religiosos que a dor sempre traz à tona. Em busca de consolação, Dr. Bezerra passou a ler a Bíblia com freqüência. Verificava a expansão vertical que a dor oferece às almas dos que sofrem, ligando-os a Deus.

Re-Conhecendo Doutrina Espírita

No mundo, o Espiritismo estava a se expandir. Em 1869 desencarnava Allan Kardec em Paris, deixando consolidada para a humanidade a Codificação Espírita. As idéias de Kardec eram revolucionárias e atraíam a atenção de sérios investigadores e cientistas mundo afora. Desencarnado o Codificador, restava a Obra a arregimentar novos espíritas. 

No Brasil, principalmente na Capital, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, as influências européias modificavam a vida local. A homeopatia popularizava-se aos poucos, principalmente nos meios espíritas. Teve como um dos seus primeiros experimentadores o baluarte da República José Bonifácio de Andrada e Silva; “Desde 1818, o Brasil principiara a ouvir falar da homeopatia. O Patriarca da Independência correspondia-se com Hahnemann”, o criador da Homeopatia. Como médico, as discussões sobre a terapêutica homeopática também interessaram ao Dr. Bezerra de Menezes e notícias de curas creditadas a essa terapêutica chegaram a seus ouvidos.

O Dr. Carlos Travassos havia empreendido a primeira tradução das obras de Allan Kardec e levara a bom termo a versão portuguesa de "O Livro dos Espíritos". Logo que esse livro saiu do prelo levou um exemplar ao deputado Bezerra de Menezes, entregando- o com dedicatória. O episódio foi descrito do seguinte modo pelo futuro Médico dos Pobres: "Deu- mo na cidade e eu morava na Tijuca, a uma hora de viagem de bonde. Embarquei com o livro e, como não tinha distração para a longa viagem, disse comigo: ora, adeus! Não hei de ir para o inferno por ler isto… Depois, é ridículo confessar- me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. Pensando assim, abri o livro e prendi- me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia. Mas não encontrava nada que fosse novo para meu Espírito. Entretanto, tudo aquilo era novo para mim!… Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no "O Livro dos Espíritos". Preocupei- me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo como se diz vulgarmente, de nascença".

 Medicina e Espiritismo 

A Doutrina Espírita difundia-se, em muito ajudada pelas práticas de médicos homeopatas e espíritas, que passaram a prestar a Caridade também através de sua mediunidade . Um desses médicos era João Gonçalves do Nascimento ; muitos colegas de Bezerra de Menezes falavam das curas operadas através deste médium e tanto falaram que um dia Bezerra resolveu pedir-lhe uma receita enviando um pedaço de papel que dizia: “Adolfo, tantos anos, residente na Tijuca”). Logo recebeu uma resposta com o diagnóstico correto de seu problema de estômago. 

Ficou tão impressionado que resolveu pedir receitas também para pessoas que apresentavam problemas psíquicos — a loucura foi uma das áreas que Dr. Bezerra mais estudou. Acompanhou o desenvolvimento do tratamento em seus pacientes e depois de simplesmente assistir aos trabalhos desobsessivos, resolveu participar ativamente nesse tipo de tratamento. Na visão da Doutrina Espírita, os portadores de doenças psíquicas são pessoas que podem apresentar problemas mentais devido às causas biológicas detectáveis pela ciência humana e também devido à influência de espíritos de desencarnados, também doentes.

Segundo Casamento e a Carreira Política

Em 1864, Bezerra foi reeleito vereador e casou-se com D. Cândida Augusta de Lacerda Machado , irmã materna da sua primeira esposa. Com ela, sua esposa até o leito de morte, teve sete filhos. 

Deu continuidade à sua carreira política. Em 1867 foi aclamado e eleito deputado geral. Em 1878 foi reeleito deputado, tornou-se presidente da Câmara Municipal (correspondente ao atual cargo de Prefeito Municipal) e líder do seu partido, permanecendo no cargo até 1881. Manteve diversas lutas políticas, sendo conhecido como homem público que não comprometia seus princípios para colher favores ou posições.

A exemplo do que ocorre com todos os políticos honestos, uma torrente de injúrias que cobriu o seu nome de impropérios. Entretanto, a prova da pureza da sua alma deu- se quando, abandonando a vida pública, foi viver para os pobres, onde houvesse um mal a combater, levando ao aflito o conforto de sua palavra de bondade, o recurso da ciência de médico e o auxílio da sua bolsa minguada e generosa. 

Desviado interinamente da atividade política e dedicando- se a empreendimentos empresariais, criou a Companhia de Estrada de Ferro Macaé a Campos, na então província do Rio de Janeiro. Depois, empenhou- se na construção da via férrea de S. Antônio de Pádua, etapa necessária ao seu desejo, não concretizado, de levá-la até o Rio Doce. Era um dos diretores da Companhia Arquitetônica que, em 1872, abriu o "Boulevard 28 de Setembro", no então bairro de Vila Isabel, cujo topônimo prestava homenagem à Princesa Isabel. Em 1875, era presidente da Companhia Carril de S. Cristóvão.

Retornando à política, foi eleito vereador em 1876, exercendo o mandato até 1880. Foi ainda presidente da Câmara e Deputado Geral pela Província do Rio de Janeiro, no ano de 1880.

A Organização do Movimento Espírita

O amor e dedicação de Bezerra pela Doutrina Espírita deram bons frutos e ele veio a exercer papel fundamental no Movimento Espírita brasileiro. Nessa época o Espiritismo no Brasil buscava organizar-se: em 1876 surgia a primeira sociedade espírita no Rio de Janeiro; em 1883, Augusto Elias da Silva , interessado na difusão dos ensinos espíritas, fundava a revista O Reformador e punha-se a procurar colaboradores. 

O espiritismo sofria perseguições e era combatido veementemente. A imprensa era fonte diária de críticas ferozes; os sermões enchiam os púlpitos de insultos e insinuações contra a Doutrina. Elias da Silva foi então buscar em Bezerra de Menezes conselhos sobre como revidar toda a animosidade contra o Movimento Espírita. A resposta dada pelo Dr. Bezerra foi o de não seguir o caminho do ataque, de não combater o ódio com o ódio, mas antes combater o ódio com o amor . A tônica deste conselho norteou toda a vida e o trabalho de Bezerra, dentro e fora do Movimento Espírita brasileiro.

Pela Unificação do Movimento Espírita

Em 1883, reinava um ambiente francamente dispersivo no seio do Espiritismo brasileiro e os que dirigiam os núcleos espíritas do Rio de Janeiro sentiam a necessidade de uma união mais bem estruturada e que, por isso mesmo, se tornasse mais indestrutível.

A cisão era profunda entre os chamados "místicos" e "científicos", ou seja, espíritas que aceitavam o Espiritismo em seu aspecto religioso, e os que o aceitavam simplesmente pelo lado científico e filosófico.

No dia 27 de dezembro de 1883, Augusto Elias da Silva faz uma reunião com os 12 companheiros que o ajudavam no REFORMADOR. Nesse encontro, eles decidem fundar uma nova instituição, que não fosse nem mística, nem científica, deveria ser ideologicamente neutra.

Assim, no dia 1° de janeiro de 1884 foi fundada a Federação Espírita Brasileira (FEB), que promoveria a doutrinação, a disciplina e o intercâmbio de experiências entre os diversos centros já existentes. Bezerra foi um dos primeiros a ser convidado para assumir a posição de presidente da organização, mas não aceitou por não se considerar capaz de tamanha responsabilidade. Seu primeiro presidente foi o Marechal Ewerton Quadros e o REFORMADOR torna-se o órgão oficial da FEB.

Em 1887, o Médico dos Pobres passou a escrever uma série chamada “Espiritismo — Estudos Filosóficos”, que saía aos domingos no jornal “O País ”, com o pseudônimo de Max . Vale lembrar que na época esse era o jornal mais lido no Brasil. Continuaria a série de artigos até o Natal de 1894. Escreveria depois, com o mesmo pseudônimo, em outros dois jornais sempre em defesa dos postulados do Cristo Jesus, calcado na visão espírita.

Em 1888, logo no início da série de artigos, Dr. Bezerra perdeu dois filhos. Reagiu e continuou trabalhando. Durante cinco anos, escreveu sobre a Doutrina, elucidou muitas pessoas e arrebanhou outras tantas para as fileiras espíritas.

Em 1889, o Marechal Ewerton Quadros foi transferido para Goiás, ficando impossibilitado de permanecer à frente da FEB.

Para seu lugar, foi eleito o famoso médico e deputado Adolfo Bezerra de Menezes, que, há cerca de três anos, havia chocado a sociedade carioca com a sua conversão ao Espiritismo. A intenção dos febianos era colocar um elemento de grande prestígio e força moral na presidência, a fim de fortalecer o processo de unificação.

Em 1889, o Dr. Bezerra tornou-se presidente da Federação Espírita, onde tentou a todo custo promover a união de todos os espíritas, inspirado principalmente por mensagem ditada mediunicamente por Allan Kardec em janeiro do mesmo ano, através do médium Frederico Júnior , chamada “Instruções de Allan Kardec aos Espíritas do Brasil”.

Bezerra lutou muito para apaziguar as diferenças dentro do meio espírita e tinha como objetivo promover uma liderança que abrigasse todos os espíritas do Brasil. Quanto mais aumentavam as dissensões, mais aumentava também seu esforço e trabalho.

Na falta de pregadores espíritas cristãos, assumiu ele mesmo a função. Iniciou uma sessão semanal na Federação para o estudo de O Livro dos Espíritos no dia 23 de maio de 1889 e os resultados obtidos foram os melhores possíveis, com o grande número de pessoas que lá compareciam.

Além disto, realizava conferências e reuniões em uma casa espírita chamada União. Em outra casa chamada “Centro”, que ele mesmo fundara para promover o estudo do Evangelho e de O Livro dos Espíritos, tentava conciliar as diferentes correntes de pensamento espírita. E ainda em um outro grupo, participava dos trabalhos de desobsessão.

 A mensagem “Instruções”, de Kardec, fornecia as diretrizes para o trabalho do Dr. Bezerra . A certa altura Kardec pergunta: “Onde está a escola de médiuns?” e esse ponto ficou gravado na mente de Bezerra. Na realidade, ele não encontrou uma escola de médiuns em parte alguma. A solução encontrada foi fundar ele mesmo a tal escola.

Muitos se opuseram à idéia, mas ele terminou por instalar a “Escola de Médiuns” no “Centro ”. Foi quando se viu só, pois nem mesmo os próprios membros da diretoria desta instituição freqüentavam a escola. Chamou a todos, mas ninguém comparecia.

Contudo, a Doutrina ganhava terreno em outras áreas. “A Federação inaugurava o seu período áureo, preparando-se para a projeção formidável que iria ter no futuro”. Instituiu-se o serviço filantrópico de “Assistência aos Necessitados”, que atraiu muita gente. 

Bezerra continuava esquecido no “Centro”, mas mesmo assim manteve firme seus propósitos. A situação chegou a um ponto em que a despesa e os gastos da instituição tornaram-se insustentáveis, e Bezerra já não podia usar de seus próprios recursos. Convocou por carta cada um dos membros da diretoria, para buscar a solução do problema. Ninguém atendeu ao chamado.

Na semana seguinte, convocou-os novamente. Ninguém veio. Foi à casa de um por um para convocar uma última reunião que fosse. Nem mesmo assim eles queriam comparecer. Bezerra foi então sozinho procurar abrigo em outra casa espírita, onde foi bem recebido. Mas a boa acolhida não durou muito tempo, já que apareceriam novamente as dissensões entre as correntes de pensamento espírita. O Movimento Espírita carecia de união.

A Proibição do Espiritismo

O Brasil seguia em frente fazendo sua História. Em 1889, a República foi proclamada. Nosso país não mais seria governado por um imperador, mas por um presidente eleito pelo voto.

Em outubro de 1890, entrou em vigor o então Novo Código Civil . A recém proclamada República vivia com receio de conspiração daqueles contrários ao novo regime e por isso o Código Civil impunha limites às associações das pessoas, dentre as quais as reuniões espíritas. Reuniões de qualquer natureza eram denunciadas à polícia sob suspeita de conspiração.

O Reformador teve sua publicação suspensa; as casas espíritas chegaram a fechar.

O receio fez com que as diversas organizações espíritas se unissem e tomassem uma atitude, encabeçadas pela Federação . No final de 1890, enviaram todas unidas uma “Carta Aberta” ao Ministro da Justiça e um grupo de representantes ao Governo, que entrou com recursos à Constituinte.

Na Europa, o Espiritismo vivia um clima muito voltado à pesquisa dos fenômenos mediúnicos, tendência que chegou também ao Brasil. Todos os estudos ficaram voltados para o fenômeno , dando uma menor importância aos princípios morais enfocados pela doutrina codificada por Kardec. E o Evangelho ficou relegado a um segundo plano.

Dr. Bezerra, “que não podia compreender Espiritismo sem fé religiosa”, manteve-se no seu trabalho devocional, totalmente isolado das tendências da moda. Continuava escrevendo os artigos doutrinários no “País”, ia ao “Centro Ismael ”, e trabalhou até mesmo em um romance chamado “Lázaro, o Leproso”, publicado em 1892.

Em 1893, a situação ficou crítica. Dr. Bezerra estava só e desprovido de recursos materiais. Nunca havia se preocupado muito com suas finanças e assim chegou ao fim de suas reservas. Por sua vez, a situação política do país estava muito conturbada no final daquele ano pela Revolta da Armada, e as tropas estavam acampadas nas ruas. Já em setembro, houve o fechamento de todas as sociedades, espíritas ou não. No Natal do mesmo ano Bezerra encerrou a série de "Estudos Filosóficos" que vinha publicando no "O Paiz".

Reconstruindo o Movimento Espírita

Em 1894, apesar das divergências, as diferentes correntes restauraram a Federação, e em seguida, retomaram a publicação do Reformador. As novas diretrizes tencionavam alcançar o meio termo entre Fé e Ciência , Amor e Razão ; mas as lutas entre os irmãos espíritas continuavam. 

Com as desavenças, Dias da Cruz, o então presidente da Federação, deixou o cargo. Em 1895, o presidente seguinte, Júlio Leal , também o deixou. Restaram o cargo vago e a dúvida sobre quem convocar para ocupar a presidência.

O único nome que surgiu como consenso foi o de Bezerra de Menezes, e, em julho de 1895, um grupo de membros da diretoria da Federação bateu à sua porta. Bezerra estava cansado, doente, abatido pela dissensão entre os irmãos espíritas; apesar de todos os argumentos apresentados, não aceitou o convite. “Com a perspectiva de poder conciliar a grande família espírita em torno do ideal cristão, o venerando ancião prometeu pensar”. 

No dia seguinte, foi como sempre à sessão das sextas-feiras do Grupo Ismael , onde dirigia os trabalhos. Abriu os trabalhos, mas parecia aflito, com a cabeça entre as mãos. Depois da prece de abertura, feita por Bittencourt Sampaio, permaneceu na mesma posição. Quando por fim se levantou, estava transtornado e ficou assim durante a primeira etapa dos trabalhos, que consistia do recebimento de mensagens psicografadas. No momento da explanação dos temas evangélicos, Bezerra falou visivelmente emocionado das desavenças no Movimento Espírita e sobre o convite que havia recebido. Confessou-se fraco para assumir a posição àquela altura dos acontecimentos.

Terminou a explanação pedindo auxílio à Espiritualidade e prometeu seguir o que lhe fosse indicado. Pouco depois, o espírito Agostinho manifestou-se pelo médium Frederico Júnior, o mesmo médium que anos antes havia sido instrumento de Allan Kardec (Espírito) para ditar as “Instruções de Allan Kardec aos Espíritas do Brasil ”. Agostinho instruiu que Bezerra tomasse o cargo da presidência e se pusesse como elemento conciliador capaz de unir e erguer a família espírita, prometendo auxiliá-lo em mais esta tarefa. Naquela mesma noite Bezerra de Menezes anunciou aceitar o cargo, permanecendo presidente até 1900, quando voltou a pátria espiritual.

Desencarne

Em janeiro de 1900, Dr. Bezerra sofreu violento derrame cerebral, que o prostrou em uma cama. Durante três meses Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti agonizou sem poder falar ou se movimentar. Só os olhos ainda se moviam. A notícia correu a cidade e causou verdadeira peregrinação à casa do médico, no subúrbio modesto. Assim como acontecia no seu consultório, pobres e ricos misturaram-se em sua casa para visitar o doente. 

A cena era singular: cada pessoa entrava uma a uma no quarto onde estava Bezerra, sentava-se em uma cadeira, não falava nada,— já que ele não poderia responder — ficava alguns minutos e saía comovida pelo olhar que Bezerra lhe dirigia. A procissão seguiu-se dia e noite. 

No dia 11 de abril de 1900, na casa da Rua 24 de maio, Bezerra passou suavemente para a Vida Maior. A cidade agitou-se com o seu desencarne, esteve presente no sepultamento do Médico dos Pobres e prestou-lhe homenagens. 

Na Espiritualidade, Bezerra foi recebido pelas hostes do bem com louros de amor. Os anos de trabalho como verdadeiro servo do Cristo encarnado na terra transformaram-se em luzes para seu espírito, conferiram-lhe verdadeiro galardão espiritual. “Bezerra desprendeu-se do orbe, tendo consolidado a sua missão”.

Um “Causo” do Dr. Bezerra

Digno de registro foi um caso sucedido com o Dr. Bezerra de Menezes, quando ainda era estudante de Medicina. Ele estava em sérias dificuldades financeiras, precisando da quantia de cinqüenta mil réis (antiga moeda brasileira), para pagamento das taxas da Faculdade e para outros gastos indispensáveis em sua habitação, pois o senhorio, sem qualquer contemplação, ameaçava despejá-lo.

Desesperado – uma das raras vezes em que Bezerra se desesperou na vida – e como não fosse incrédulo, ergueu os olhos ao Alto e apelou a Deus.

Poucos dias após bateram- lhe à porta. Era um moço simpático e de atitudes polidas que pretendia tratar algumas aulas de Matemática.

Bezerra recusou, a princípio, alegando ser essa matéria a que mais detestava, entretanto, o visitante insistiu e por fim, lembrando- se de sua situação desesperadora, resolveu aceitar.

O moço pretextou então que poderia esbanjar a mesada recebida do pai, pediu licença para efetuar o pagamento de todas as aulas adiantadamente. Após alguma relutância, convencido, acedeu. O moço entregou- lhe então a quantia de cinqüenta mil réis. Combinado o dia e a hora para o início das aulas, o visitante despediu- se, deixando Bezerra muito feliz, pois conseguiu assim pagar o aluguel e as taxas da Faculdade. Procurou livros na biblioteca pública para se preparar na matéria, mas o rapaz nunca mais apareceu.

No ano de 1894, em face das dissensões reinantes no seio do Espiritismo brasileiro, alguns confrades, tendo à frente o Dr. Bittencourt Sampaio, resolveram convidar Bezerra a fim de assumir a presidência da Federação Espírita Brasileira.

Em vista da relutância dele em assumir aquele espinhoso encargo, travou- se a seguinte conversação:

Bezerra – Querem que eu volte para a Federação. Como vocês sabem aquela velha sociedade está sem presidente e desorientada. Em vez de trabalhos metódicos sobre Espiritismo ou sobre o Evangelho, vive a discutir teses bizantinas e a alimentar o espírito de hegemonia.

Bittencourt Sampaio – O trabalhador da vinha é sempre amparado. A Federação pode estar errada na sua propaganda doutrinária, mas possui a Assistência aos Necessitados, que basta por si só para atrair sobre ela as simpatias dos servos do Senhor.

Bezerra – De acordo. Mas a Assistência aos Necessitados está adotando exclusivamente a Homeopatia no tratamento dos enfermos, terapêutica que eu adoto em meu tratamento pessoal, no de minha família e recomendo aos meus amigos, sem ser, entretanto, médico homeopata. Isto aliás me tem criado sérias dificuldades, tornando- me um médico inútil e deslocado que não crê na medicina oficial e aconselha a dos Espíritos, não tendo assim o direito de exercer a profissão.

Bittencourt – E por que não te tornas médico homeopata? 

Bezerra – Não entendo patavinas de Homeopatia. Uso a dos Espíritos e não a dos médicos.

Nessa altura, o médium Frederico Júnior, incorporando o Espírito de S. Agostinho, deu um aparte:

S.Agostinho – Tanto melhor. Ajudar-te-emos com maior facilidade no tratamento dos nossos irmãos.

Bezerra – Como, bondoso Espírito? Tu me sugeres viver do Espiritismo?

S.Agostinho – Não, por certo! Viverás de tua profissão, dando ao teu cliente o fruto do teu saber humano, para isso estudando Homeopatia como te aconselhou nosso companheiro Bittencourt. Nós te ajudaremos de outro modo: Trazendo- te, quando precisares, novos discípulos de Matemática…

 Referências Bibliográficas:

Xavier, Chico; “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”
Acquarone, Francisco; “Bezerra de Menezes o Médico dos Pobres”, Aliança.

Abreu, Canuto; “Bezerra de Menezes”, FEESP.

Soares, Sylvio; “Vida e Obra de Bezerra de Menezes”, FEB.

Gama, R. “Lindos Casos de Bezerra de Menezes”. São Paulo, Lake.

Movimento Espírita Kardecista:

http://www.movimentoespirita.hpg.ig.com.br/

Portal do Espírito 

http://www.espirito.org.br/portal/biografias/adolfo-bezerra.html

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Da página eletrônica da Associação Médico Espírita do Brasil:http://www.amebrasil.org.br/html/perfil_bezerra.htm 

 

 

 

(Texto copiado em http://grupochicoxavier.com.br/dr-adolfo-bezerra-de-menezes/

Quadro por Nair Camargo (São Paulo)

Foto Ismael Gobbo

Dr. Bezerra de Menezes com os filhos.

Imagem http://canteiroideias.blogspot.com.br/2013/01/os-filhos-de-bezerra-de-menezes.html

 

No Rio de Janeiro antigo os bondes eram puxados por burros.

Imagem: http://www.onibusparaibanos.com/2013/08/serie-historica-historia-do-transporte.html

Sobrado onde  funcionou a clínica de Dr. Bezerra de Menezes,  no Rio de Janeiro, RJ. Foto Ismael Gobbo

Dr. Joaquim Carlos Travassos.

Tradutor das obras básicas do Espiritismo para o português, Joaquim Carlos Travassos presentou Dr. Bezerra de Menezes com um exemplar  de O Livro dos Espíritos. Bezerra  se tornaria um dos principais e mais conhecidos vultos do Espiritismo no Brasil.

Sede histórica da FEB. Rio de Janeiro. Foto Ismael Gobbo

Túmulo de Dr. Adolfo Bezerra de Menezes

Cemitério de São Francisco Xavier,  também conhecido como Cemitério do Caju.

Rio de Janeiro, Brasil. Foto Ismael Gobbo

 

 

Cidadania consciente

 

 

 
              
  Aylton Paiva – paiva.aylton@terra.com.br

 
           
Estamos entrando  no período do pleito eleitoral
            Candidatos aos cargos de vereador e prefeito municipal iniciam sua movimentação no sentido de angariar votos.
            A propaganda, já legalmente, permitida começa a ser feita e ela vai desde o abraço do conhecido a aquele que nunca vimos antes, acompanhado de largo sorriso até vídeo da TV em que o candidato  apresenta os problemas pertinentes e imediatas soluções com a sua participação.
            Aos primeiros acordes dessa sinfonia, ou marchinha, eleitoral, lembrei-me de alguns episódios em eleição anterior para o cargo de presidente da república.
            Reli artigo que havia, então, escrito e vi que o panorama é o mesmo e minhas reflexões as mesmas.
            E assim elas se desdobraram em minha mente.
            - Não votei na Dilma porque não vou com a cara dela,-  dizia uma senhora para a amiga.
            - Não votei no Serra porque ele tem jeito de orgulhoso e rico, - comentava o homem de voz forte.
            - Não votei na Dilma porque ela foi uma guerrilheira,-  exaltada, comentava, a senhora elegantemente vestida.
            - Não votei no Serra porque ele só prejudicou o funcionalismo – falava o funcionário público.
            Também tive a oportunidade de ouvir essa “pérola”:
            “- Não votei na Dilma, mas acho que ela vai governar bem, pois se ela tiver dificuldades, ela irá consulta o seu ex-marido, que é advogado!”
            Observei que, de maneira, geral a compreensão do ato de votar e as responsabilidades daqueles que devem ocupar os cargos do Poder Executivo são, ainda, muito pouco entendidas.
            Lembrei-me, mais uma vez, do escritor alemão Bertold Brechet (1898-1956) quando retratou essa situação, de maneira magistral, no seu poema: O Analfabeto Político.
            O pior analfabeto é o analfabeto político./ Ele não ouve,/ Não fala,/ Não participa dos acontecimentos políticos./Ele não sabe que o custo de vida,/ O preço do feijão,/do peixe,/Da farinha, do aluguel,/ Do sapato e do remédio, /Dependem das decisões políticas./O analfabeto político é tão ingênuo,/Que se orgulha e estufa o peito,/Dizendo que odeia a política./Não sabe que de sua ignorância política,/Nascem a prostituta, o menor abandonado,/ o assaltante./E o pior de todos os bandidos,/Que é o político vigarista,/Desonesto, corrupto e explorador./ E lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
            E a visão espiritual desse momento tão significativo no mundo em que vivemos?
            Alguns religiosos asseveram que a pessoa espiritualizada não deve se envolver com  “essas coisas”, pois o importante é cuidar da alma.
            Fazem uma separação entre a matéria e o espírito.
            Para eles o significativo é vencer a matéria, é desligar-se do mundo material, da sociedade corrupta e pecadora.
            Não entendem que a vida é a Vida, a se projetar em múltiplas dimensões.
            Que o aprimoramento do ser humano determina o aperfeiçoamento da sociedade em que vive.
            Possivelmente preocupado com esse aperfeiçoamento, Allan Kardec indagou:
            “-  Porque índices pode se reconhecer uma civilização completa?
            - Reconhecê-la-eis pelo desenvolvimento moral (...) não tereis verdadeiramente  o direito  de dizer-vos civilizados, senão quando de vossa sociedade houverdes banido os vícios que a desonram e quando viverdes como irmãos, praticando a caridade cristã. Até então sereis apenas povos esclarecidos, que hão percorrido a primeira fase da civilização.” ( Questão nº 793 de O Livro dos Espíritos)
            Então o aprimoramento da nossa sociedade depende dos nossos esforços no sentido da justiça e do amor.
            No entanto, a barreira do mal, manifestada pelo egoísmo e pelo orgulho de pessoas e grupos se levanta de forma contundente.
            Pensando no desafio Kardec também propôs:
         “ Porque, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons?
E os Mentores Espirituais responderam de forma imperativa:
“- Por fraqueza destes. os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos, quando estes o quiserem, preponderarão.” ( Questão nº 932 de O Livro dos Espíritos )
Eis o desafio que esta  proposto àqueles que não são ingênuos, não são tímidos e não querem ser analfabetos políticos, porém, sim agentes para a construção de  uma sociedade de paz, de justiça, e de amor para todos.
Um desses instrumentos de aprimoramento da sociedade é o voto consciente e com amor à coletividade, que deverá cada vez mais ser exercido.

Ostracon, uma peça de cerâmica para votação, de 486 ou 461 aC. Traz o nome de Cimon, um candidato ao  ostracismo.

Exposto no Museu da Ágora,  Atenas, Grécia.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:AGMA_Ostrakon_Cimon.jpg

 

 

Registro. Divaldo Franco no Rio Grande do Sul

 Caxias do Sul

 

 

25 de agosto de 2016

 

O Salão dos Capuchinhos, em Caxias do Sul, engalanou-se para receber o ilustre conferencista baiano. Recepcionado pelas lideranças espíritas da região, Divaldo Franco falou para um público formado por mil e duzentas pessoas, lotando o auditório. O tema selecionado foi: Perturbações Espirituais. Após harmonização através da música e as apresentações normais, o Professor Divaldo Franco discorreu sobre a história da humanidade, abordando particularmente o conhecimento produzido por notáveis pensadores, filósofos e cientistas de várias época, notadamente a respeito de Deus.

Blaise Pascal (1623-1662), gênio da matemática, inventor da máquina de calcular, filósofo e místico, percebeu, de golpe, a grande contradição dos tempos modernos que acabavam de se firmar: a desarticulação entre dois princípios que ele chamou de esprit de géométrie e esprit de finesse. Espírito de geometria representa a razão, o cálculo, de cunho instrumental-analítica, que se ocupa das coisas, numa palavra, a ciência moderna que com seu poder mudou a face da Terra. Espírito de finura que pode ser traduzido por espírito de gentileza representa a razão cordial - logique du coeur (a lógica do coração), segundo Pascal - correlacionando as pessoas e as relações sociais, numa palavra, outro tipo de ciência que cuida da subjetividade, do sentido da vida, da espiritualidade e da qualidade das relações humanas. O filósofo francês é autor da famosa frase “o coração tem razões que a razão desconhece”, que tratou nos seus Pensées (Pensamentos) sobre estas duas disposições da alma humana, caracterizando cada uma com muita perspicácia e inteligência.

 

Nas suas várias experiências, o homem incansável e insaciável, buscou soluções no materialismo histórico, dialético e mecanicista, nas revoluções, no desenvolvimento das artes, da literatura, da filosofia e de tantos outros ramos do saber. Contudo, somente a Doutrina Espírita, com o advento de O Livro dos Espíritos, em 18 de abril de 1857, codificado por Allan Kardec, conseguiu responder positivamente, caracterizando o ser humano, sua origem, seu destino, os efeitos da lei de ação e reação, em uma lógica irretocável, com conteúdo científico, filosófico, ético/moral, preparando o homem para alcançar o estado numinoso, conforme designação do eminente filósofo Carl Gustav Jung, ou como ensinou o Mestre dos Mestres: o reino dos céus está dentro de cada um.

De conquista em conquista, iluminando-se, o ser humano vai construindo-se, aperfeiçoando-se. Acentua-se a compreensão da mensagem lúcida de Jesus, enaltecendo o amor e suas ações envolvendo o homem. Apesar do destaque com que o desamor é apresentado, gerando perturbações, há, por outro lado, na atualidade, a ação benfazeja do amor, que enriquece-se através da solidariedade, da fraternidade, da caridade.

 

Com duas histórias que retratam a ação irresistível do amor, Divaldo Franco soube tocar os corações sedentos de paz e serenidade, destacando que o amor não encontra barreiras, que liberta, que restitui a saúde, que encarrega-se de apaziguar algozes, que perdoa e promove o próximo. Todos os que estão sintonizados nas faixas vibracionais do amor sentem-se repletos de energias benéficas, vivendo em um mundo de afinidades de energias benfazejas. Toda a vez que o indivíduo sai da normalidade, relaciona-se com entidades perturbadoras, ensinou o nobre conferencista.

É necessário criar uma revolução – a do amor - e voltar aos ensinamentos do Mestre Galileu, colocando em prática cotidiana a parábola do Bom Samaritano, isto é, exercitando, com todo ímpeto, a caridade, a fraternidade, o exercício do amor. O Espiritismo é amorterapia, em várias ações que contemplam as necessidades do ser humano, tornando as criaturas melhores, fazendo com que elas posterguem as ações nefastas, tornando-as melhores, lúcidas, úteis. O amor cala a violência, o amor enaltece a paz, a fraternidade, o perdão, sentenciou Divaldo Franco, homem notável, exemplo de amorosidade, íntegro.

Assim, finalizou o magnífico trabalho de despertar e esclarecer, consolando e pacificando, fazendo com que as perturbações sejam cada vez menos expressivas. O Poema de Gratidão, de Amélia Rodrigues, apresentado com emoção, constituiu-se em verdadeira prece que se elevou da crosta ao infinito em busca de corações aflitos e perturbados, aliviando-os com os óleos do amor. Após efusivos aplausos, as pessoas foram se retirando, em meditação, sorvendo as bênçãos que ali foram buscar.

 

Texto: Paulo Salerno
Fotos; Jorge Moehlecke

 

 

(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)

 

CAXIAS DO SUL – DIVALDO FRANCO EN RIO GRANDE DO SUL -
25 de agosto de 2016.


El Salón de los Capuchinos -en Caxias do Sul-, se engalanó para recibir al ilustre conferencista bahiano. Luego de recibir los saludos de los dirigentes espíritas de la región, Divaldo Franco disertó para un público compuesto por mil docientas personas, que colmaron el auditorio. El tema seleccionado fue: Perturbaciones Espirituales.

 

Después de la armonización, mediante la música y las presentaciones habituales, el Profesor Divaldo Franco se refirió a la historia de la humanidad, y abordó el conocimiento producido por destacados pensadores, filósofos y científicos de diversas épocas, especialmente con respecto a Dios.

 

Blaise Pascal (1623-1662), genio de las matemáticas -inventor de la máquina de calcular, filósofo y místico-, percibió, de pronto, la gran contradicción de los tiempos modernos, que acababa de ser confirmada: la desarticulación entre dos principios a los que él denominó espíritu de geometría y espíritu de gentileza. El espíritu de geometría representa la razón, el cálculo de carácter instrumental-analítico, que se ocupa de las cosas; en una palabra: la ciencia moderna, que con su poder cambió la faz de la Tierra. Espíritu de finura que se puede traducir como espíritu de gentileza, representa la razón cordial -logique du coeur (la lógica del corazón) -según Pascal-, correlacionando a las personas y las relaciones sociales; en una palabra: otro tipo de ciencia, que cuida de la subjetividad, del sentido de la vida, de la espiritualidad y de la calidad de las relaciones humanas. El filósofo francés es el autor de la famosa frase el corazón tiene razones que la razón ignora, y trató en sus Pensées (Pensamientos) sobre estas dos disposiciones del alma humana, caracterizando a cada una con gran perspicacia e inteligencia.

 

En sus diversas experiencias, el hombre -incansable e insaciable-, buscó soluciones en el materialismo histórico, dialéctico y mecanicista, en las revoluciones, en el desenvolvimiento de las artes, de la literatura, de la filosofía y de tantas otras ramas del saber. No obstante, sólo la Doctrina Espírita, con el advenimiento de El Libro de los Espíritus, el 18 de abril de 1857, codificado por Allan Kardec, consiguió responder positivamente, caracterizando al ser humano, su origen, su destino, los efectos de la ley de acción y reacción, con una lógica impecable, con contenido científico, filosófico y ético/moral, preparando al hombre para que alcance el estado numinoso, conforme con la designación del eminente filósofo Carl Gustav Jung, o como lo enseñó el Maestro de los Maestros: el Reino de los Cielos está dentro de cada uno.

 

De conquista en conquista, al iluminarse, el ser humano va edificándose, perfeccionándose. Se acentúa la comprensión del mensaje lúcido de Jesús, para el enaltecimiento del amor y de las acciones que involucran al hombre. A pesar del destaque con que es presentado el desamor, que genera perturbaciones, existe, por otro lado -en la actualidad-, la acción bienhechora del amor, que se enriquece a través de la solidaridad, de la fraternidad, de la caridad.

 

Con dos anécdotas que reflejan el efecto irresistible del amor, Divaldo Franco supo llegar a los corazones, sedientos de paz y serenidad, destacando que el amor no encuentra barreras, que libera, que devuelve la salud, que se encarga de apaciguar a los verdugos, que perdona y promueve al prójimo. Todos aquellos que están sintonizados en las fajas vibratorias del amor se sienten repletos de energías benéficas, y viven en un mundo de afinidades de energías bienhechoras. Cada vez que el individuo sale de la normalidad, se relaciona con entidades perturbadoras, enseñó el digno conferencista.

 

Es necesario promover una revolución –la del amor- y retornar a las enseñanzas del Maestro Galileo, instalando en la práctica cotidiana la Parábola del Buen Samaritano, es decir, aplicando con absoluta decisión, la caridad, la fraternidad, el ejercicio del amor. El Espiritismo es amorterapia, mediante diversas acciones que contemplan las necesidades del ser humano, y lo convierten en una mejor criatura, haciendo que postergue las acciones nefastas y transformándolo para mejor: lúcido, útil. El amor hace callar a la violencia; el amor enaltece la paz, la fraternidad, el perdón, expresó Divaldo Franco, hombre ilustre, ejemplo de amorosidad e integridad.

 

De tal modo, dio por concluida su magnífica tarea dedicada a despertar y esclarecer, a través del consuelo y la pacificación, consiguiendo que las perturbaciones sean cada vez menos significativas. El Poema de la Gratitud de Amélia Rodrigues, pronunciado con emoción, significó una verdadera plegaria que se elevó desde la corteza del planeta hacia el infinito, en busca de corazones afligidos y perturbados, para dispensarles alivio con las esencias del amor. Luego de efusivos aplausos, las personas se fueron retirando, mientras meditaban, asimilando las bendiciones que allí habían ido a buscar.

 

Texto: Paulo Salerno
Fotos; Jorge Moehlecke

 

(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)

 

 

 

 

Registro. Divaldo Franco no Rio Grande do Sul

Porto Alegre

 

 

 26 de agosto de 2016.

 

No início da tarde, Divaldo Franco foi entrevistado pelo Jornal Zero Hora, quando falou sobre o momento atual de insegurança, afirmando que há uma verdadeira guerra não declarada. Para responder positivamente, anulando o mal que ainda viceja no seio da humanidade, é necessário acalentar os corações dos que se encontram em aflição, diminuir a dor dos que não encontram consolo. A violência, disse, é uma doença da alma, conforme conceito da Organização Mundial da Saúde. Para debelar a violência, a solução é a educação, o fortalecimento da família e o investimento no campo socioeconômico. Compreende-se que o mal vige em a sociedade humana devido a existência de pessoas particularmente perturbadas. Na atualidade a humanidade se encontra em condições melhores do que no passado. Há mais amor, solidariedade, compreensão, caridade. As pessoas encontram-se ávidas por mensagens de conforto ofertadas pela Doutrina Espírita, não buscam a Divaldo, particularmente, mas a mensagem que lhes deem ânimo, confiança e alegria de viver. Destacou que o caminho para a felicidade é viver a proposta de Jesus, amando-se e amando o semelhante, plenificando-se através do exercício do amor. Sobre a tecnologia, afirmou que é uma bênção, pois que, usando racionalmente, torna-se uma ferramenta para a evolução. Usando uma citação de Fiódor Mikhailovich Dostoiévski, escritor russo, Divaldo destacou a sentença que se encontra na obra “O Idiota”: A beleza salvará o mundo! -, para dizer que o ser humano ao aperfeiçoar-se torna-se mais aformoseado.

 

No final da tarde, atendendo convite da Diretoria Executiva da Federação Espírita do Rio Grande do Sul – FERGS -, Divaldo visitou a sede que se encontra em novo endereço, na Travessa Azevedo, 88, bairro Floresta, em Porto Alegre. Recebido com alegria pelos dirigentes e auxiliares, e enquanto percorria as diversas dependências, foi apresentando as informações que lhe chegavam através de Espíritos desencarnados, antigos dirigentes e colaboradores, agregando orientações. Instado a dirigir algumas palavras aos presentes, Divaldo destacou que as edificações físicas, por mais sólidas que sejam, desgastam-se com o tempo, tornam-se escombros, porém, o que permanece é a edificação interior de cada ser, aprimorando-se, depurando-se no trabalho incessante do bem, pacificando-se, construindo o templo interno com a ação do amor. Destacou que sentia-se feliz ao visitar a “Casa do Espírita”, conforme designação de Francisco Spinelli. O Cristo é luta, e a condecoração do verdadeiro cristão é a chaga cicatrizada, atendendo os aflitos e desvalidos, como símbolo da Nova Era, oferecendo a dádiva da solidariedade, trabalhando unidos, sem receio

 

 

              Texto: Paulo Salerno

              Fotos: Jorge Moehlecke

 

(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)

 

 

Porto Alegre – DIVALDO FRANCO EN RIO GRANDE DO SUL - 26 de agosto de 2016.

 

En las primeras horas de la tarde, Divaldo Franco fue entrevistado por el Periódico Zero Hora, ocasión en que aludió al momento actual de inseguridad, expresando que existe una verdadera guerra no declarada. Para responder positivamente, a fin de anular el mal que aún prospera en el seno de la humanidad, es necesario templar los corazones de quienes se hallan en aflicción, aliviar el dolor de aquellos que no encuentran consuelo. La violencia -dijo- es una enfermedad del alma, según el concepto de la Organización Mundial de la Salud. Para combatir la violencia, la solución es la educación, el fortalecimiento de la familia y la inversión en el terreno socioeconómico. Se comprende que el mal prospera en la sociedad humana debido a la existencia de personas particularmente perturbadas. Actualmente, la humanidad se halla en condiciones mejores que en el pasado. Hay más amor, solidaridad, comprensión, caridad. Las personas están ávidas de mensajes de consuelo brindados por la Doctrina Espírita; no buscan a Divaldo particularmente, sino el mensaje que les infunda ánimo, confianza y alegría de vivir. Destacó que el camino hacia la felicidad es vivir según la propuesta de Jesús, amándose y amando al semejante, tornándose pleno a través del ejercicio del amor. Acerca de la tecnología, manifestó que es una bendición, pues si se la emplea racionalmente se convierte en una herramienta para la evolución. Recurriendo a una cita de Fiodor Mikhailovich Dostoievski, escritor ruso, Divaldo destacó el pensamiento que se encuentra en la obra El Idiota: ¡La belleza salvará al mundo!, significando que el ser humano, al perfeccionarse, se vuelve más bello.

 

Al finalizar la tarde, atendiendo a una invitación de la Dirección Ejecutiva de la Federação Espírita do Rio Grande do Sul –FERGS-, Divaldo hizo una visita a la sede que se encuentra en una nueva dirección, en: Travessa Azevedo, 88, Barrio Floresta, en Porto Alegre. Allí fue recibido con alegría por los directivos y los auxiliares, y mientras recorría las diversas dependencias, fue manifestando las informaciones que le llegaban a través de Espíritus desencarnados, antiguos directivos y colaboradores, agregando sugerencias. Invitado a pronunciar algunas palabras a los presentes, Divaldo destacó que las edificaciones físicas, por más sólidas que sean, se desgastan con el tiempo, se convierten en escombros, pero lo que permanece es la edificación interior de cada ser, perfeccionándose, depurándose mediante la tarea incesante del bien, al pacificarse y construir el templo interior mediante la acción del amor. Destacó que se sentía feliz al visitar la Casa del Espírita, según la denominación que le diera Francisco Spinelli. El Cristo es lucha, y la condecoración del verdadero cristiano es la llaga cicatrizada, mediante la atención a los afligidos y a los desvalidos, como símbolo de la Nueva Era, ofreciendo la dádiva de la solidaridad, mediante el trabajo en unión y sin temor.

               Texto: Paulo Salerno

              Fotos: Jorge Moehlecke

(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)

 

 

 

 

Palestra programada para o Centro de Cultura Espírita em

Caldas da Rainha, Portugal

 

Na sexta-feira, dia 2 de Setembro de 2016, às 21H00, irá decorrer uma conferência espírita subordinada ao tema "EVIDÊNCIAS CIENTIFICAS DO ESPÍRITO".

 

Será que existem provas científicas da imortalidade do Espírito?
Os cientistas de hoje comprovaram o que o Espiritismo descobriu em 1857? Nesta conferência iremos abordar com seriedade todos os assuntos atinentes a este tema, que é cada vez mais procurado pelo ser humano, na sua busca em prol da felicidade.

 

Esta palestra terá lugar na sede do Centro de Cultura Espírita, no Bairro das Morenas, em Caldas da Rainha, na Rua Francisco Ramos, nº 34, r/c.


As entradas são livres e gratuitas.
Este centro tem página na Internet em https://cceespirita.wordpress.com e e-mail ccespirita@gmail.com

Fonte: CCE (C. Rainha)

 

(Informação recebida em email de António Luís [antonioluismsilva@gmail.com])

 

 

Dia 29 de agosto – data de nascimento de

Bezerra de Menezes - Homenagens

 

 

Comemorado em palestras de Cesar Perri na Caravana Yvonne Pereira (promovido pela IEBM, de Niterói), pelo Estado do Rio de Janeiro, inclusive no Lar com o nome dele, em Vassouras.

“Médico dos pobres – benemérito cidadão - apóstolo da união”

ACESSE a biografia completa:

http://grupochicoxavier.com.br/dr-adolfo-bezerra-de-menezes/

 

(Recebido em email de Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier [contato@grupochicoxavier.com.br])

Bezerra de Menezes. Vassoutas, RJ.

 

 

Palestra e Seminário no C.E. Paula Ortiz

Jacareí, SP

 

 

 

(Informação recebida em email de João André j-kun [joaotaku1@gmail.com])

 

 

39ª Jornada de Confraternização Espírita de

Assis, SP.

 

 

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(Informação recebida em email de Francisco Atilio Arcoleze [atilio.arcoleze@gmail.com])

 

 

Atividades programadas pela AME-Sorocaba

Sorocaba, SP

 

A AME-Sorocaba gostaria de divulgar e convidá-lo para suas atividades no mês de SETEMBRO:

1.Estudo do Paradigma Médico-Espírita (estudo aberto, sempre às quintas)
Objetivo do estudo: acolher médicos e profissionais da área da saúde que se aproximam da AME-Sorocaba com o interesse pelo ideal médico-espírita. 
Formato do estudo: os temas são abordados por meio de exposição, apresentação de vídeos (MEDNESP e outros) e artigos científicos. 

Temas de setembro: a) SAÚDE INTEGRAL E INTEGRAÇÃO MENTE-ESPÍRITO. 

                                b) DILEMAS ÉTICOS DO INÍCIO DA VIDA.

Facilitadores: dr. Marco Antonio Carioca, psicóloga Priscilla Collela, Rodolfo Furlan (acadêmico de medicina), biomédica Juliana Castro, dra. Silvana Silva e dra. Jane Bassi
Público: Direcionado a médicos e profissionais da área da saúde
Datas e horário: 01, 08, 15, 22 e 29 de setembro, das 19h às 19h45min
Local: Sociedade Espírita e Filantrópica Irmã Francisca - SEFIF (Rua Tamandaré, 116 - Sorocaba/SP)

2.Palestra pública - Parábola do semeador: Ligando criatura Criador.
Palestrante: Dra. Jane Bassi
Data e horário: 19 de setembro, às 20h30min
Local: Sociedade Espírita e Filantrópica Irmã Francisca - SEFIF (Rua Tamandaré, 116 - Sorocaba/SP)

Não é necessária a inscrição prévia para participar do estudo ou da palestra.

Fraternalmente,

--

AME SOROCABA - Associação Médico-Espírita de Sorocaba

 

(Informações recebidas em email de AME SOROCABA [amesorocaba2007@gmail.com])

 

 

Seminário programado pela Casa do Caminho Ave Cristo

Birigui, SP

 

 

 

(Informação recebida em email de João Marchesi Neto)

 

 

Palestra no C.E. Francisco de Assis

Avanhandava, SP

 

CENTRO  ESPIRITA FRANCISCO DE ASSIS

RUA TIBIRIÇÁ Nº 522 - AVANHANDAVA

 

 

 

CONVIDA A TODOS PARA ASSISTIREM A PALESTRA

 QUE A

RITA DE CÁSSIA MINGHIN.

 

DA CIDADE  DE

PENÁPOLIS

 

FARÁ NESTA QUARTA-FEIRA  DIA 31-08-2016

ÀS 20,00 HORAS

 

TEMA:

"  LIVRE  "

 

Informação recebida em email de Luiz Antonio da Silva)

 

 

Palestra no Centro Espírita Nova Era

Guaxupé, MG

 

 

 

(Informação recebida em email de Sidney Fernandes)

 

 

Palestra no Grupo Cantinho de Luz “Maria de Nazaré”

São Paulo, SP

 

 

 

(Informação recebida em email de Cássio Branco de Araujo)

 

 

 

 Programação da CEA – Confederação Espírita Argentina

Buenos Aires, Argentina

 

Presentación libro de Jason de Camargo

 

Integrar imagen

-- 

Gustavo N. Martínez
Presidente de la CEA

CONFEDERACIÓN ESPIRITISTA ARGENTINA
Sánchez de Bustamante 463
(C1173ABG) Ciudad de Buenos Aires
Tel./Fax: +54 11 4862-6314
e-mail: 
ceaespiritista@gmail.com
sitio web: www.ceanet.com.ar

Facebook: facebook.com/confederacion

Personería Jurídica N° 1464
Entidad de Bien Público N° 3016
Fichero de Cultos N° 2

 

 

(Informação recebida em email de  Confederación Espiritista Argentina [ceaespiritista@gmail.com])

O  barco Buquebus atracado em Puerto Madero.  Buenos Aires,  Argentina. Foto Ismael Gobbo.

 

 

2º. Simpósio Paranaense de Saúde, Ciência e Espiritualidade. Curitiba, PR

 

 

(Informação recebida em email de Giovana Campos)

 

 

 

1ª. Mostra de Filmes Espíritas

Rio de Janeiro, RJ

 

No site http://mostradefilmesespiritas.org/

Tem 57 slides com os filmes, dia a dia, com nome, diretor, horário de 

exibiçaõ e imagens, além de uma entrevista com o Oceano Vieira.

 

 

 

(Informações recebidas em email de Giovana Campos)

 

 

 

Programação da Congregação Espírita Maria Benta

São Paulo, SP

 

 

(Informações recebidas em emails de Jorge Rezala e de Regina Bachega)

 

 

Revista eletrônica O Consolador

Londrina, PR

 

Acessar:

www.oconsolador.com.br

 

 

 

 

 

 

Kardec rádio (em inglês)

EUA

 

Acessar:

www.kardecradio.com

 

 

 

 

 

Informações do Light and Peace Spiritist Centre

Adelaide, Austrália

 

Acesse:

http://www.lightandpeace.org/

 

 

 

 

Dividir para multiplicar

 

 

Aquele garoto chegara à cidade cheio de esperanças.

Era muito bem disposto e gostava de compartilhar com os amigos o que tinha ou sabia.

Seu pai comprara uma chácara muito próxima da cidade, e ele seguia feliz, de bicicleta, para a nova escola.

Queria conhecer os colegas, fazer amizades, e estudar muito, o que era seu maior prazer.

Além dos livros escolares, tinha outros livros interessantes, ilustrados. Também gostava de ler jornais e revistas, por isso, estava sempre bem informado.

Na escola, a professora extremamente dedicada, fazia o possível para que seus alunos aprendessem.

Porém, ele notou a dificuldade de alguns colegas em assimilar as lições.

Assim que fez amizades, chamou-os para conhecerem sua casa durante a tarde e quase todos foram.

Qual não foi a surpresa quando chegaram e viram tantos livros, jornais e revistas numa grande sala de estudos.

Percebendo a surpresa e a curiosidade dos amigos, diante da sua pequena biblioteca, ele expôs uma ideia: se quisessem, ele poderia compartilhar com eles aquele seu tesouro.

Desde então, a presença dos amigos passou a ser rotina na chácara.

Toda tarde eles liam, conversavam sobre os livros e revistas, comentavam os assuntos vistos na classe, brincavam e ainda tomavam leite com bolo na hora do lanche.

Não demorou muito tempo para a professora perceber a mudança no interesse e aprendizado.

Diante dos comentários, o menino informou que simplesmente buscara colaborar com seus amigos e compartilhara com eles, além das brincadeiras em sua chácara, seu material de estudos e leitura.

E que era muito bom vê-los com nova disposição, interessados em estudar e aprender.

*   *   *

Nenhum sucesso se realiza isoladamente.

Não é por acaso que vivemos em sociedade.

Quem deseja uma vida próspera em aprendizado e fraternidade, deve colaborar com o progresso dos demais.

Quem escolhe viver bem deve ensinar aos outros como fazer o mesmo, porque o valor de uma vida é medido pelas vidas que influencia.

O bem-estar de cada um está ligado ao bem-estar geral.

De nada adiantaria lutarmos sozinhos por uma vida melhor, cercados de sofrimentos e dificuldades alheias.

Temer a concorrência faz de nós verdadeiros ignorantes ilhados, enquanto compartilhar o que temos e sabemos, faz multiplicar o bem e o bom ao nosso redor.

Ninguém é melhor que outrem, apenas alguns percebem melhor as oportunidades e a elas se dedicam, buscando sua evolução, enquanto outros se acomodam diante da vida.

Ensinar compartilhando é dar oportunidades por igual.

É necessário confraternizarmos, trabalhando sempre pelo bem geral.

Muitos desconhecem a lei divina do trabalho.

Trabalhar é necessidade prioritária em nossas vidas.

Existem trabalhos que exercitam o físico, e trabalhos que exercitam o intelecto.

Toda atividade útil, que colabora para a evolução do homem e do mundo, é abençoada.

Trabalhemos em prol da educação, da evolução.

Saber dividido se multiplica.

Reconhecer-se como um ser imortal, que tem por meta progredir e fomentar o progresso ao seu redor, permite viver com mais alegria.

Fazer ao outro o que gostaríamos que nos fizessem, é a melhor e mais gratificante receita para a vida.

A amizade constrói a união, e a união edifica a fraternidade.

Compartilhemos o nosso melhor e o mundo se tornará melhor.

Sempre há oportunidade de compartilhar.

Fiquemos atentos e não percamos a chance.

Redação do Momento Espírita.
Em 27.8.2016.

 

 

 

(Copiado do site Feparana)

A caminho da escola. Óleo sobre tela de Eliseu Visconti.

Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro, Brasil. Foto Ismael Gobbo

 

 

 

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