Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP,  segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Compiladas por Ismael Gobbo

 

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Editoração: Ismael Gobbo, São Paulo, SP.

Envio: Ismael Gobbo (SP) e Wilson Carvalho Júnior, Araçatuba (SP)

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.  O trabalho é totalmente gratuito e conta com ajuda de colaboradores voluntários (Ismael Gobbo).

 

 

Atenção

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Publicação em sequência

A Gênese

 

 

 

 

 

(Copiado de Febnet)

Retrato de Georges-Louis Leclerc, conde de Buffon, em pintura de François-Hubert Drouais.

Imageem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Georges-Louis_Leclerc,_conde_de_Buffon

“Preuves de la théorie da la Terre”, no Museu Buffon, Montbard, Côte-d’Or, França..

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Georges-Louis_Leclerc,_Comte_de_Buffon#/media/File:Montbard_-_Mus%C3%A9e_Buffon_-_Preuves_de_la_th%C3%A9orie_de_la_Terre.jpg

Estátua de Buffon no Jardim das Plantas. Paris, França.

Imagem/fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e6/GLBuffon.jpg

 

O Rio Sena e o Jardim das Plantas. Paris, França.  Foto Ismael Gobbo

 

 

Conhecer-se para se amar

 

 

Júlia resolvera buscar ajuda para seu desconforto interior. Desejava sentir-se mais senhora de si e de suas emoções.

As sessões com o terapeuta se sucediam. De cada vez, ele a ouvia e buscava conduzi-la a examinar a própria forma de ser, de ver e sentir a vida.

Foi numa dessas sessões que ela falou como acreditava ser feia e inútil. Não tinha um corpo esbelto, como tantas das suas amigas.

Nem era tão prendada como elas. Algumas eram verdadeiras artistas da culinária, da pintura, da música.

Ela se imaginava como uma verdadeira inútil. Como poderia se amar? Não havia como.

Na sequência, ela foi narrando suas desventuras, sua infelicidade e acabou confessando que se sentia assim, desde a meninice.

Então, o terapeuta a convidou a rememorar a infância e confrontar aquela menina, descobrindo que nem era feia, nem inútil.

Pacientemente, foi pedindo que enumerasse as qualidades da menina, que eram as suas. O que ela sabia fazer.

A cada dia, a cada sessão, ela foi se descobrindo, como que percorrendo, longa e demoradamente, o caminho realizado ao longo dos anos.

Não se tratava de questão de beleza ou utilidade. Júlia apenas não se amava.

Finalmente, na medida em que foi se conhecendo, passou a se apreciar, a gostar de si mesma, a se amar.

*   *   *

Sempre ouvimos falar da necessidade de desenvolvermos em nós o sentimento de autoamor.

No entanto, acabamos encontrando desculpas ou motivos para adiarmos tal solução, nos imaginando incapazes.

São situações vivenciadas, que nos deixaram marcas menos felizes; preconceitos, que calaram fundo em nosso ser, nos perturbando constantemente; atos praticados sem prévia análise, que resultaram negativos; complexos que se fixaram no imo em momentos de descuido; deficiências físicas que nos desagradam; síndromes que portamos, e que fazem nos sentirmos diferentes; falta de conhecimentos, que nos permitiriam melhores meios de comunicação...

Enfim, uma série de motivos que nos desagradam e que tomam conta de nosso eu, impedem de nos aceitarmos como somos, reconhecendo nosso valor.

Importante nos visualizarmos com outros olhos, nos analisarmos sem medidas padronizadas, para melhor nos enxergarmos.

Somos quem somos, filhos de Deus, criados com o mesmo amor e carinho.

Trazemos em nós algumas marcas negativas que plantamos no decorrer das reencarnações, no entanto, não somos essas marcas.

Observando-nos, com cuidado, constataremos que não somos perfeitos, mas também, que temos predicados que valem a pena valorizar.

Esse autoconhecimento nos permitirá desenvolver em nós a capacidade da autoaceitação e do autoamor.

Nossa aparência física é passageira e devidamente construída para nosso aprimoramento espiritual.

Em Espírito, carregaremos conosco os valores morais e o conhecimento que adquirirmos.

Toda sombra que afugentarmos de nós, permitirá um brilho maior da luz Divina.

Autoconhecimento e autoamor são metas a serem alcançadas.

O roteiro está em nossas mãos.

Redação do Momento Espírita.
Em 17.12.2016.

 

 

(Copiado do site Feparana)

« Amuada ». Óleo sobre tela de Rodolfo Amoedo.

Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro, Brasil. Foto Ismael Gobbo.

 

 

 O dever

 

Artigo publicado originalmente na

Revista eletrônica O Consolador

http://www.oconsolador.com.br/ano10/485/ca3.html

 

Leda Flaborea


Buscamos a paz. Falamos nela, dela e, decididamente, não a encontramos seja dentro ou fora de nós, porque ainda não conseguimos perceber que a busca deve ser feita de dentro de nós para o mundo que nos cerca.

Será que isso acontece porque vivemos a falsa ilusão de que conhecemos o que nos dá paz? É bem provável que sim. Essa questão nos remete a uma passagem do Evangelho de Lucas, capítulo 19, versículo 42, quando Jesus, junto a Jerusalém, fala a essa cidade – na verdade, falava para todos os homens – o seguinte: “Ah, se tu conheceras por ti mesmo, ainda hoje, o que é devido à paz! Mas isto está agora oculto aos teus olhos”.

As palavras do Mestre nos convidam a pensar no que seria do mundo se cada um de nós conhecesse o que, realmente, necessitamos para ter paz interior. E, na procura desses bens encontramos, para começar, as infinitas oportunidades de serviço de que dispomos no presente. Oportunidades que são nossas por benesse divina. Depois, podemos também perceber que possuímos a possibilidade de refletir sobre o que poderíamos ter feito no passado e não fizemos.

Tendo somente esses dois bens, já podemos observar que os convites de trabalho aí estão para quem deseja realizar algo. Todavia, antes de nos atirarmos, inadvertidamente, aos trabalhos só porque nos sentimos culpados, é aconselhável que cada um de nós procure compreender, com dignidade, seus próprios deveres, isto é, os compromissos morais a que estamos sujeitos com todos aqueles que nos cercam – encarnados e desencarnados –, sobretudo com nosso grupo familiar. Essa compreensão é importante porque, às vezes, deixamos de atender pequeninas exigências que são, na verdade, mais benéficas a nós do que aos outros.

Todos nós temos consciência de que nossa conta corrente com as leis divinas está em saldo devedor. Por essa razão, se cada um de nós cuidasse de cumprir suas obrigações para saldar esse débito, grande parte dos problemas sociais do mundo se resolveria naturalmente, e todos os fantasmas da inquietude que rondam nossa existência seriam afastados.

Mas, por que é tão difícil o cumprimento desses compromissos morais? Por duas razões: a primeira delas é que, na ordem dos sentimentos, o dever se encontra em posição antagônica com as seduções do interesse e do coração; e em segundo lugar, porque ele está entregue ao livre-arbítrio, ao direito que temos de escolher entre o certo e o errado, entre o fazer e não fazer. O interessante nesse processo é que a consciência nos adverte quando nos enganamos, nos estimulando e sustentando para que decidamos sempre pelo certo, pelo bem. Entretanto, o não interessante é que quase sempre sucumbimos.

Agora, já que estamos buscando conhecer o que temos para conquistar a paz, é bom procurarmos saber, também, onde o dever moral começa e onde termina – vale lembrar que não estamos tratando aqui do dever profissional.

Em O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo 17, o item 7 lembra que ele tem início quando ameaçamos a felicidade ou a tranquilidade do próximo (por exemplo, o desrespeito às normas estabelecidas na convenção de Condomínios, a fim de que todos possam viver em harmonia), e termina no limite em que interferimos na livre escolha do outro (por exemplo, excessos de cuidados ou superproteção que impedem o crescimento ou as livres escolhas do outro).

Outro ponto importante do qual não podemos nos esquecer é o da confusão que ainda fazemos entre obrigação social e dever moral, tomando-se o significado do primeiro pelo segundo. Um exemplo bem simples que pode nos esclarecer é o seguinte: quando visitamos nossos pais ou avós, caso não moremos com eles, ou doentes, sejam familiares ou não, é imaginarmos que estamos cumprindo um dever moral (fraternidade) quando, na verdade, desejaríamos adiar essa visita indefinidamente.

Nesse momento, é bom prestarmos atenção às nossas atitudes. Se não existe alegria ou amor no gesto, melhor será fazer mudanças, entendendo que é preciso amar o dever e não apenas executar as obrigações que a sociedade nos impõe (o que o outro vai dizer se eu não for). André Luiz diz na lição 17, do livro Sinal Verde, psicografado por Francisco Cândido Xavier, que “quando o trabalhador converte o trabalho em alegria, o trabalho se transforma na alegria do trabalhador”.

A diferença então se estabelece quando percebemos que o dever é sempre estimulado pela consciência e não pelas regras sociais. Por tudo isso, podemos concluir que o convite ao bem, à prática do dever moral, sempre nos acompanhou, apesar de dificilmente o percebermos. Isso aconteceu através dos nossos pais, das leituras que fizemos e que ainda fazemos, do sentimento religioso que nos consola e nos impulsiona ao exercício do amor ao próximo, dos amigos encarnados e desencarnados que nos auxiliam. E se já possuímos algum conhecimento dos ensinamentos de Jesus e já temos alguma consciência de que somente através do dever cumprido encontraremos a paz que tanto buscamos, por que ainda esperamos para fazer o que deve ser feito?

O trabalho de transformação de nossas disposições íntimas necessita ser iniciado hoje, continuado amanhã, a cada minuto da nossa vida, até encontrarmos a divindade que existe em nós.

Afirma Cairbar Schutel, no livro Parábolas e Ensinos de Jesus – “Deveres Espíritas”: “O homem que cumpre seu dever, a nada fica obrigado. Quando o homem faz o que pode, Deus faz por ele o que ele por si não pode fazer”.

Bibliografia:

XAVIER, F. C. - Fonte Viva – ditado pelo Espírito Emmanuel – 31ª ed., FEB, Rio de Janeiro/RJ – lição 100.

_____________ Caminho, Verdade e Vida - ditado pelo Espírito Emmanuel – 17ª ed., FEB – Rio de Janeiro/RJ – lição 138.

_____________ O Consolador – ditado pelo Espírito Emmanuel – 17ª ed., FEB – Rio de Janeiro/RJ – Parte II – “Dever”.

DENIS, Léon – Depois da Morte – 19ª ed., FEB – Rio de Janeiro/DF - Parte Quinta – O Caminho Reto, XLIII – “O Dever”.

 

 

 

 Informações do Light and Peace Spiritist Centre

Adelaide, Austrália

 

 

 

 Palestra programada para o Centro de Cultura Espírita de

Caldas da Rainha, Portugal

 

NOTÍCIA - PALESTRA ESPÍRITA - ESPIRITISMO: UM PROJECTO DE VIDA, PARA A VIDA

 

Na sexta-feira, dia 23 de Dezembro de 2016, às 21H00, no Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, decorrerá uma palestra espírita alusiva ao tema "Espiritismo: um projecto de vida, para a Vida".

Esta palestra terá lugar na sede do Centro de Cultura Espírita, no Bairro das Morenas, em Caldas da Rainha, na Rua Francisco Ramos, nº 34, r/c.


As entradas são livres e gratuitas.
Este centro tem página na Internet em https://cceespirita.wordpress.com e e-mail ccespirita@gmail.com

Fonte: CCE (C. Rainha)

 

 

(Informações recebidas em email de António Luís [antonioluismsilva@gmail.com])

 

 

Coração do Mundo/ Palestra com Kesley no Centro Espírita Fé e Amor em Santa Maria. Sacramento, MG

 

01-01-2017

 



Palestra , Sacramento MG. Dia primeiro de Janeiro às 15 horas. Tema Coração do Mundo. 
Com Kesley"a revelação da missão coletiva de um país" concitando o povo à prática do Evangelho de Jesus, a fim de irradiar à Humanidade a paz e a fraternidade.

 



(Informação recebida em email de nilberto.betonil@gmail.com; em nome de; Caderno de Mensagens [contato@cadernodemensagens.net])

 

 

Programação do Centro Espírita Casa de Emmanuel

Itatiba, SP

Bom dia!

Prezado Ismael

Segue convite dos eventos no CECEM, para nos auxiliar na divulgação através de seu Noticiário....

No dia 19, estaremos realizando a última reunião pública do ano, retornaremos no dia 15 de janeiro de 2017, às 15:hs, com palestra do Dr. Andrei Moreira. No dia 16 de janeiro, às 20:hs, palestra com Manolo Quesada.

Durante o recesso as atividades são restritas  com o grupo de trabalhadores.

Obrigado pela atenção e carinho, aproveitando o ensejo para lhe desejar um Feliz Natal e Próspero Ano Novo.

Abraços

JB

 

 


(Informação recebida em email de João Batista [moreira_jb@terra.com.br])

 

 

Palestra no Centro Espírita Francisco de Assis

Avanhandava, SP

 

CENTRO  ESPIRITA FRANCISCO DE ASSIS

RUA TIBIRIÇÁ Nº 522 - AVANHANDAVA

 

CONVIDA A TODOS PARA  PARTICIPAREM

 

 

NESTA QUARTA-FEIRA : DIA 21-12-2016

ÀS 20 HORAS

DO ENCONTRO FRATERNO

 

ANIVERSÁRIO DE 

 JESUS.

  

(Informação recebida em email de Luiz Antonio da Silva)

 

 

 13a. Feira do Livro Espírita

Jales, SP

 

NÃO PERCA

 

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(Recebio de Adelvair David)

 

 

 Palestra na CEBM- Comunhão Espírita Bezerra de Menezes

Campo Limpo Paulista, SP

 

 

(Informação recebida em email de Sidney Fernandes)

 

 

 Boletim eletrônico FEB

Brasília, DF

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Descadastre-se caso não queira receber mais e-mails.

 

(Repassada em email por Nazareno Feitosa)

 

 

 

 

Palestra programadas pelo Núcleo Espírita Chico Xavier

Niterói, RJ

 


Núcleo Espírita Chico Xavier - NECX

Rua das Tainhas, nº 10 - Jardim Imbuí

Piratininga - Niterói (RJ)
Mapa de Acesso
NECX na WEB

NECX no Facebook

NECX no YouTube

 

 

(Informação recebida em email de mphungria@gmail.com; em nome de; Núcleo Espírita Chico Xavier [necx.espiritismo@gmail.com])

 

 

 

Boletim do SEI – Serviço Espírita de Informações

Dezembro/2016

 

Acesse aqui:

http://boletimsei.blogspot.com.br/2016/12/boletim-sei-de-dezembro.html

 

 

 

 

 

 

 

Boletim eletrônico do Instituto Chico Xavier

Itú, SP

 

Acesse:

http://shoutout.wix.com/so/8LZ-zS6q?cid=cb44c09c-f362-4d70-a2dd-7946ec2ced0e#/main

 

 

 

 

 

 

Comite Betinho pede ajuda

Construção de cisternas no Sertão do Nordeste

 

(Informação recebida em email de beto.11 [beto.11@uol.com.br])

 

 

 

 25a. Feira da Bondade « Lar da Esperança »

Promissão, SP

 

 

(Informação recebida em email de João Marchesi Neto)

 

 

 Revista eletrônica O Consolador

Londrina, PR

 

Acesse aqui :

www.oconsolador.com.br

 

 

 

 

O Divino servidor

 

Pelo Espírito Neio Lúcio. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Antologia Mediúnica do Natal. Lição nº 23. Página 68.

 

Quando Jesus nasceu, uma estrela mais brilhante que as outras luzia, a pleno céu, indicando a manjedoura.

A princípio, pouca gente lhe conhecia a missão sublime.

Em verdade, porém, assumindo a forma duma criança, vinha Ele, da parte de Deus, nosso Pai Celestial, a fim de santificar os homens e iluminar os caminhos do mundo.

O Supremo Senhor que no-Lo enviou é o Deus de Todas as Coisas.

Milhões de mundos estão governados por suas mãos.

Seu poder tudo abrange, desde o Sol distante até o verme que se arrasta sob nossos pés; e Jesus, emissário d´Ele na Terra, modificou o mundo inteiro.

Ensinando e amando, aproximou as criaturas entre si, espalhou as sementes da compaixão fraternal, dando ensejo à fundação de hospitais e escolas, templos e instituições, consagrados à elevação da Humanidade.

Influenciou, com seus exemplos e lições, nos grandes impérios, obrigando príncipes e administradores, egoístas e maus, a modificarem programas de governo.

Depois de sua vinda, as prisões infernais, a escravidão do homem pelo homem, a sentença de morte indiscriminada a quanto não pensassem de acordo com os mais poderosos, deram lugar à bondade salvadora, ao respeito pela dignidade humana e pela redenção da vida, pouco a pouco.

Além dessas gigantescas obras, nos domínios da experiência material, Jesus, convertendo-se em Mestre Divino das almas, fez ainda muito mais.

Provou ao homem a possibilidade de construir o Reino da Paz, dentro do próprio coração, abrindo a estrada celeste à felicidade de cada um de nós.

Entretanto, o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.

Viveu num lar humilde e pobre, tanto quanto ocorre a milhões de meninos, mas não passou a infância despreocupadamente.

Possuiu companheiros carinhosos e brincou junto deles.

No entanto, era visto diariamente a trabalhar numa carpintaria modesta.

Vivia com disciplina. Tinha deveres para com o serrote, o martelo e os livros.

Por representar o Supremo Poder, na Terra, não se movia à vontade, sem ocupações definidas.

Nunca se sentiu superior aos pequenos que o cercavam e jamais se dedicou à humilhação dos semelhantes.

Eis porque o jovem mantido à solta, sem obrigações de servir, atender e respeitar, permanece em grande perigo.

Filho de pais ricos ou pobres, o menino desocupado é invariavelmente um vagabundo.

E o vagabundo aspira ao título de malfeitor, em todas as circunstâncias.

Ainda que não possua orientadores esclarecidos no ambiente em que respira, o jovem deve procurar o trabalho edificante, em que possa ser útil ao bem geral, pois se o próprio Jesus, que não precisava de qualquer amparo humano, exemplificou o serviço ao próximo, desde os anos mais tenros, que não devemos fazer a fim de aproveitar o tempo que nos é concedido na Terra?

(Recebido em email do divulgador Antonio Sávio, Belo Horizonte, MG)

O Bom pastor. Pintura de Henry Ossawa Tanner.

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Henry_Ossawa_Tanner#/media/File:Henry_Ossawa_Tanner_-_The_Good_Shepherd_-_Google_Art_Project.jpg

 Jesus curando dez leprosos. Pintura de Gebhard Fugel.

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lucas_17#/media/File:Gebhard_Fugel_Christus_und_die_Auss%C3%A4tzigen_c1920.jpg

Cristo Redentor. Foto Ismael Gobbo.

 

 

 

 Esperando o Natal

 

Donizete Pinheiro (Marília, SP)

 

 

 

 

Homenagem

 

Augusto Elias da Silva

(1848- 1903)

 

 

Augusto Elias da Silva

 

Elias da Silva reencarnou na terra portuguesa em 1848 [1], justamente no ano em que uma onda de renovação espiritual, como fogo em palha seca, se irradiaria de Hydesville para o mundo todo. Estava ele destinado, qual aconteceu a inúmeros ilustres compatriotas do outro lado do Atlântico, a grandiosos empreendimentos na terra irmã brasileira. Para aqui se transportavam intuitivamente, ou levados pelo misterioso acaso, a fim de atenderem às solicitações da Espiritualidade. Assim, veio para o Brasil, desembarcando na Guanabara em data que não nos foi possível descobrir, o humilde fotógrafo profissional Augusto Elias da Silva, que consigo trazia um coração generoso e simples, e um cérebro esclarecido, resoluto e empreendedor. Ismael lhe reservava, nestas paragens brasileiras, alta missão, pelo saber capaz de levá- la a bom termo, com denodo e perseverança. Quanto às razões que conduziram Elias a aderir aos princípios espiritistas, transcreveremos a seguir as suas palavras textuais, publicadas em "Reformador " de 1- 9-1891, e que dizem o que a respeito conseguiríamos saber: "Em 1881, fui convidado a assistir a uma sessão na sala da Sociedade Acadêmica Deus, Cristo e Caridade, à rua da Alfândega n.º 120. As minhas convicções nesta época eram as do mais lato indiferentismo religioso, não tendo a menor parcela de dúvida sobre a não existência da alma. Não admitindo os fenômenos das diversas religiões, só via nelas agrupamentos de ociosos e amigos de dominar, explorando a ignorância das massas, geralmente supersticiosas e inclinadas ao sobrenatural. Foi-me aconselhado a leitura das obras do imortal Kardec. Pela leitura, despertou-seme o desejo de verificar experimentalmente as teorias que ia bebendo, e comecei a freqüentar as sessões dos grupos e sociedades então existentes, onde gradativamente fui recebendo as provas mais robustas da manifestação dos que eu chamava mortos". Estudando com ardor as obras de Kardec e todas as demais que adquiria para aumentar seus conhecimentos acerca da Doutrina que lhe abrira um mundo de luminosas e até então veladas verdades, em pouco tempo Elias traduzia seu entusiasmo e sua vontade de servir à Causa, tornando-se ativo membro da Comissão Confraternizadora da Sociedade Acadêmica Deus, Cristo e Caridade. Fundou, a seguir, o "Grupo Espírita Menezes ", nome dado em homenagem a Antônio Carlos de Mendonça Furtado de Menezes, que fora diretor da Sociedade Acadêmica Deus, Cristo e Caridade, e cujo bondoso Espírito, desencarnado em 11 de Dezembro de 1879, dirigia então os trabalhos do referido Grupo. Esta Sociedade muitos benefícios espalhou, e em 1885 fundiu-se à Federação Espírita Brasileira, para a qual se transferiram os seus sócios. Fundar e conservar um órgão de propaganda espírita, na Corte do Brasil, era, naquela época, de forma a entibiar o ânimo dos espíritas mais resolutos. Todas as baterias do Catolicismo estavam assestadas contra o Espiritismo. Dos púlpitos brasileiros, principalmente dos da Capital, choviam anátemas sobre os espíritas, os novos hereges que cumpria abater. Datada de 15 de Junho de 1882, fora distribuída ao Episcopado brasileiro uma Pastoral do Bispo da Diocese de S. Sebastião do Rio de Janeiro, na qual o Antigo Testamento era astuciosamente citado para contraditar as comunicações mediúnicas, e tão anticristão e violento era o zelo daquele prelado, que com naturalidade escreveu, referindo-se aos espíritas: "Devemos odiar por dever de consciência". Amparado e incentivado dentro do lar por duas almas boas e valorosas, sua sogra, D. Maria Baldina da Conceição Batista e sua esposa, D. Matilde Elias da Silva, de quem teve um filho também chamado Augusto, ambas espíritas convictas, Elias lançou o REFORMADOR em 21 de Janeiro de 1883 [2], com os recursos tirados do seu próprio bolso, situando a redação e oficinas em seu atelier fotográfico à então rua da Carioca, 120 - 2º andar (ex-São Francisco de Assis) onde também residia com sua família. Até 1º de Fevereiro de 1888, "Reformador " teve sua secretaria e tesouraria à rua da Carioca, 120, 2º andar, no local de residência e trabalho de Elias. Havendo, por essa época, necessidade de mais espaço para o desenvolvimento daquela publicação, a Diretoria resolveu instalar a seção do "Reformador "no prédio n.º 17 (depois n.º 25) da então rua do Clube Ginástico, hoje Silva Jardim, para onde também se transferiu a Federação Espírita Brasileira, que se achava à rua do Hospício (hoje Buenos Aires), n.º 102. Em 27 de Dezembro de 1883 [3] aquele infatigável lidador reuniu em sua residência, como sempre o fazia semanalmente, os companheiros que mais de perto o auxiliavam no "Reformador". Eram doze individualidades ao todo, um quarto das quais pertencia ao sexo feminino, "como a indicar" - conforme escreveu o saudoso Dr. Guillon Ribeiro - "quão importante viria a ser a parte que caberia à mulher na obra, que então se encetava, de evangelização". Nessa memorável noite de 27, firmava-se entre os presentes o ideal de fundar-se uma Sociedade nova, que federasse todos os Grupos através de "um programa equilibrado ou misto" e que difundisse por todos os meios o Espiritismo, principalmente pela imprensa e pelo livro. No primeiro dia de Janeiro de 1884, uma terça-feira, reunidos na residência de Elias da Silva (rua da Carioca, 120, 2º andar) alguns espíritas de fé e arrojo, entre os quais além da sogra e da esposa do chefe da casa, os Srs. Francisco Raimundo Ewerton Quadros, Manuel Fernandes Figueira, Francisco Antônio Xavier Pinheiro, João Francisco da Silveira Pinto, Romualdo Nunes Vitório, Pedro da Nóbrega, José Agostinho Marques Porto, era definitivamente instalada a FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA . No princípio, as reuniões ordinárias da Diretoria, às quais compareciam também alguns sócios fundadores mais chegados à Sociedade, realizavam-se na residência de Elias, e só a partir de 17 de Dezembro de 1886 passaram a ser efetuadas na casa de Santos Moreira, numa sala gentilmente por ele cedida, já que Elias estava prestes a ausentar-se da Corte. Ainda por esse motivo é que Elias, reeleito para o cargo de tesoureiro em 2-1- 1885 e 5-1-1886, pedia aos amigos, em fins de 1886, não o incluíssem na chapa para a eleição da nova Diretoria de 1887. Foi então substituído nas funções da Tesouraria pelo seu velho companheiro F. A. Xavier Pinheiro, mas o "Reformador" continuou ainda à rua da Carioca, 120. O nome de Elias, que mui raramente deixava de figurar nas Atas das sessões, não mais apareceu depois de 31 de Dezembro de 1886. Retornando ao Rio de Janeiro, Elias volta a ocupar o cargo de tesoureiro, nas eleições de 2-3-1888. Foi este o último ano em que exerceu funções diretas na Diretoria, por sua própria deliberação. Mas isto não impediu que ele continuasse a freqüentar as sessões da FEB, ombro a ombro com os antigos companheiros de lides doutrinárias, com eles estudando um sem número de questões e problemas relacionados a pontos de Doutrina e à orientação geral do Espiritismo em nossa terra , além do que propagava da tribuna os princípios espiríticos. Pode-se dizer que, quase até ao fim da vida terrena de Elias, a Federação Espírita Brasileira foi para ele o seu segundo lar, lar a que dedicou todo o seu amor e trabalho Elias residia ainda naquela mesma casa (agora sob o n.º 114) em que fora fundada a Federação. Minado o seu organismo pela tuberculose pulmonar [4], aguardava ele sobre uma cama a hora em que passaria desta vida. No dia 18 de Dezembro de 1903 cessaram, afinal, os derradeiros esforços vitais do conceituado fotógrafo. Grandes Espíritas do Brasil. FEB

 

Augusto Elias da Silva

Fundador da revista Reformador da FEB

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_Elias_da_Silva#/media/File:Augusto_Elias_da_Silva.jpg

Revista Reformador no. 1, de 1883.

Imagem/fonte: http://memoria.bn.br/pdf/830127/per830127_1883_00001.pdf

 

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FEB- FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA

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Prédio histórico da Federação Espírita Brasileira na cidade do Rio de Janeiro

Imagem: Jornal Unificação, USE/SP, setembro/1960, pag. 5 Reprodução por Ismael Gobbo.

 

 

 

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