DIVALDO FRANCO ABRE III
CONGRESSO ESPÍRITA PARAENSE
Ao som da música Paz pela Paz,
de autoria de Nando Cordel, tocada e cantada pelo Grupo Sol da Vida e
depois de assistir a um vídeo que mostrou um pouco de sua trajetória e
também a história da Mansão do Caminho para os internautas e para 5 mil
presentes no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, o médium e
orador espírita Divaldo Pereira Franco abriu o III Congresso Espírita
Paraense, na noite do dia 15 de janeiro de 2016.
Suas primeiras palavras foram
de gratidão e transferiu a homenagem de receber das mãos de crianças e
adolescentes 88 rosas brancas, à figura incomparável de Allan Kardec,
graças a quem: ...” é possível manter o equilíbrio emocional, psíquico pelo
conhecimento do espiritismo”... Divaldo lembrou a todos que aprendeu a amar
Belém e o Estado do Pará, desde que esteve pela primeira vez no Teatro da
Paz na década de 50 e nunca mais esqueceu esta terra em suas peregrinações
doutrinárias. Um presente na semana dos 400 anos de Belém.
O homenageado, iniciou sua
palestra, O Amanhecer de uma Nova Era, fazendo uma reflexão panorâmica de
fatos históricos recheados de guerras e calamidades e nos mostrou que
podemos ter esperança e a consolação que a reencarnação nos dá. A
reencarnação é a base para explicar os nossos sofrimentos. Nessa revolução
da violência estamos fazendo a transição do mundo de provas, de expiações
para o mundo de regeneração. Amanhece um dia novo. Essa é uma aurora de
bênçãos. Quando a dor fugirá da Terra. Já estão reencarnadas centenas de
milhares de almas nobres, crianças geniais na música, na matemática, nas
artes variadas, na ciência, estamos entrando numa era nova de bênçãos que é
o Reino dos Céus, asseveram os espíritos nobres que está havendo uma
mutação dos nossos genes como houve no passado por ocasião dos visitantes
de capela para que o corpo do futuro possa resistir as enfermidades de
natureza degenerativa.
Começando pelo Primeiro
Triunvirato estabelecido em 59 a.C., na República Romana, entre Júlio
César, Pompeu, o Grande e Marco Licínio Crasso. Três homens que
representaram o auge do poder até o desequilíbrio, quando Roma estremece
nas bases e o trio irado desaparece para reaparecer nos anos 39 a.C., agora
sob o comando de um homem jovem que se passava por filho de Cesar.
Tratava-se de Caio Julio Otaviano. Periodicamente, espíritos em suas
evoluções vêem reencarnando para promover o progresso na Terra. Vem o
Segundo Triunvirato, com Antonio Ottaviano, Marco Antonio e Lépido que se
tornam os governantes de Roma. Mas Marco Antônio formou uma aliança com a
ex amante de César, a rainha Cleópatra, pretendendo usar as fortunas do
Egito para dominar Roma. Uma terceira guerra civil eclode entre Otaviano e
Marco Antônio. Otaviano então conquista o Egito. E na batalha naval de
Áccio, Antonio perde a guerra perde o posto, corre para a residência de
Cleópatra e se suicida assim como ela, sabendo que ia ser levada como
escrava para Roma.
Finalmente só resta a figura
grandiosa de Ottaviano. E também de Lépido, e é nesse período que acontece
um dos fenômenos históricos mais notáveis da humanidade porque durante 600
anos Roma sempre estivera em guerra mas Ottaviano era um grande
pacificador, amante das letras, das artes, da poesia, naquela época não se
reencarnaram os grandes comandantes. Alexandre Magno, da Macedônia, Ciro,
rei dos persas, Aníbal, o cartaginês e outros. Reencarnaram-se poetas,
homens das letras, como Tito Livio, Salustio, Mecenas e Virgilio, grandes
inspirados que transformaram a capital embelezada no centro de cultura do
mundo. E muitas vezes, o próprio imperador, mostrou sensibilidade porque
estabeleceu uma nova ética para Roma: que só existe governo bom e nobre
quando é digno. O Império caracteriza-se pela honradez, pelo respeito às
leis, pelos Princípios da Cidadania e Otávio, o imperador que deu nome ao
século I, o Século de Augusto, pela vida digna que mantinha,
caracterizava-se pela honra que produz inveja em muitos governantes da
atualidade. Ele era tão severo que exilou sua própria filha, neta e esposa
que procederam de forma reprovável. E assim o fez afim de que todos soubessem
que o seu governo era geral para todos.
Daí surge a pergunta dos historiadores: o que aconteceu? Descobriram que
foi exatamente naquele período que a humanidade receberia Jesus, rejeitado
por Israel que queria um messias assassino, que submetesse a humanidade à
todo tipo de força. Mas esse homem extraordinário que é o nosso modelo e
guia, o maior da história da humanidade de todos os tempos.
Divaldo nos recorda que, no
século XIX, Ernest Renan, que não era cristão nem acreditava em Deus,
publica, em Paris, “A vida de Jesus” onde asseverou que Jesus era tão
grande que todos os vultos da história da humanidade nasceram na história,
Jesus não. O seu berço de palha foi tão grandioso que dividiu a história em
antes e depois de seu nascimento. Jesus é a primeira representação do amor.
Porque Confúcio na China escreveu sobre a cultura e sobre a civilização; na
Índia, Siddhartha Gautama, o Buda, também não fala sobre o amor, ele fala
sobre a compaixão, a estrada do meio, o quarto caminho. Se ainda formos ao Egito
encontraremos ali a doutrina das reencarnações mas não encontraremos viva a
palavra amor nem no período em que Aton apresentou o sol como sendo a
representação máxima daquilo que a humanidade pretendia conhecer como Deus.
Destituindo o todo poderoso clero de Amon para impor um deus único,
representado pelo disco solar Aton, Akenaton abria pela primeira vez na
história da humanidade um caminho rumo ao monoteísmo.
E Divaldo cita o mais sublime
poema que a humanidade já escutou: o sermão das bem aventuranças. Reverteu
a ordem ética da humanidade, superou Sócrates, foi além de Platão,
desenvolveu uma doutrina que esmaga o pensamento aristotélico, foi ali que
ele estabeleceu a ordem dos contrários porque bem aventurado não é aquele
que goza, que desfruta, que tem uma posição social, bem aventurados são os
pobres em espírito, os simples de coração, os puros, são aqueles que
choram, somos aqueles que perseguidos pelo seu nome elevamos o Reino de
Deus na Terra para que a humanidade seja feliz.
Para Carl Gustav Jung, Jesus é
o maior modelo que ele encontrou na história da humanidade porque alcançou
o estado luminoso, o estado de luz.
Doze séculos depois do sermão
da Montanha, o mundo escuta a voz de Francesco Bernardone, sua mensagem é
um poema de esperança. Pela primeira vez na humanidade os infelizes
sorriem. Tenta erguer a igreja de Jesus, mas ouve a mesma voz que lhe diz:
não é essa a igreja, Franscesco. É a igreja moral, é a igreja dos
sentimentos que está ruindo. Porque a doutrina de amor e de ternura foi transformada
na religião do Estado. E ao ser transformada na religião do Estado perdeu a
grandeza do sacrifício e a idade média se apresenta como a grande noite da
ignorância, a fé cega, a necessidade de se aceitar aquilo que os teólogos
estabeleciam distantes de Jesus. A humanidade enfrentou as guerras santas,
as cruzadas. Deixando o legado da ordem fransciscana que deveria ser de
pobreza mendicante transformada em grandiosos templos.
O Semeador de Estrelas cita
Dante Aliguieri que nos oferece o seu poema A Divina Comédia: “ nasceu para
o mundo um sol” e Francisco de Assis nos oferece a oração simples: “Ó
senhor, faze de mim instrumento da tua paz” canção que vem ecoando através
de 8 séculos.
O conferencista continua
mostrando que no século XVI há uma outra revolução psicológica,
sociológica, moral da história da humanidade. Surgem grandes pensadores.
Galileu Galilei, que teve a coragem de dizer que a Terra não é o centro do
universo; Nicolau Copérnico apresenta a sua obra heliocêntrica demonstrando
que a Terra se move em torno do sol e não o inverso, e também os astros que
estão a sua volta e vai além, o sol não é fixo porque no universo não
existe vácuo; Johannes Kepler, desvendando as leis; Isaac Newton que
detecta a lei da gravidade e toda uma elite de pensadores que resolvem
abandonar a religião e seguir a doutrina atomista dos gregos, do tempo de
Sócrates, Platão, Aristóteles, Leucipo, Demócrito, que afirmavam que tudo
que existe é resultado de 3 fatores: os átomos, o vácuo e o movimento e
quando um desses elementos se desajusta advém a desordem, a morte o
aniquilamento. Então nasce o materialismo na sua feição de atomismo grego
do século XVII.
Segundo Divaldo temos que saber
usar a razão, a lógica mas também a solidariedade, a fineza, a gentileza
para que haja o espírito do coração. Porque a sociedade está se
“devorando”, estamos nos matando uns aos outros, e o maior número de guerra
foi de religiões, que pregam Deus, o amor e a solidariedade, demonstrando o
paradoxo da criatura humana. Aí estão a droga, o menino de rua, o abandono
sem escola, os revoltados que não acham vagas nos hospitais, os
desempregados, a revolta caminhando braços dados com a violência. Uma
verdadeira guerra e das mais vergonhosas porque o país é rico de bênçãos,
porque foi escolhido por Jesus para ser o coração do mundo, a pátria do
evangelho. Porque as leis divinas são insuperáveis.
E nesse período de materialismo, quando as religiões vigentes não
conseguiam atender as necessidades humanas, e no século XVIII com Voltaire,
Montesquieu, Denis Diderot, a Revolução Francesa em 1789 e Os Direitos
Humanos em 1992. O século que Napoleão Bonaparte deseja fazer da França,
Paris, a capital da Europa e pouco depois do seu fracasso, em 1804 mesmo
ano em que é coroado imperador, no dia 3 de outubro, na cidade de Lyon,
nasce Hippolyte Léon Denizard Rivail, que será Allan Kardec, e a semelhança
do que aconteceu com Otavio, veio uma revolução espiritual, a Terra recebe
espíritos de Skol, grandes pensadores, a ciência desatou os nós, apartir do
século XVII e agora descobre-se a vida microscópica, a vida macroscópica e
Allan Kardec terá a grandeza de dizer: o espiritismo é aquilo que o
microscópio se tornou para vida microbiana. E o que o telescópio se
transformou para interpretar o Cosmo. Para descobrir os Sóis. A mediunidade
explodiu e nasceu a doutrina espírita. Jesus nos trouxe a Lei de Amor e a
doutrina espírita nos trouxe a Lei da Reencarnação.
Nós somos imortais, o
espiritismo matou a morte, eu tenho uma razão lógica para viver explicando
que Deus é amor, que Deus não castiga, que Deus não perdoa, Deus ama. Quem
ama, não castiga, nem pune, educa. A Lei é de progresso. E todo aquele que
desrespeita a Lei incide em um delito, que tem necessidade de recomeçar
para reaprender, para evoluir. A doutrina espírita chega e vai para os
gabinetes de ciência, os maiores cientistas do século XIX a começar por
William Crookes a continuar com Cesare Lombroso, Charles Robert Richet , o
maior sábio da França no século XIX, que recebeu o premio Nobel pela doutrina
da fisiologia, eles constatam a imortalidade da alma e dão a todas as
religiões o apoio que lhes faltava porque toda a religião diz que a alma é
imortal, que Deus é justo, é bom, é misericordioso mas quando pedimos que
nos dêem uma prova da justiça divina, entre o príncipe que nasce em berço
de ouro e o miserável que nasce nas ruas da amargura, quando vemos a
criança deformada, agora com a microcefalia, nós perguntamos: porque?
Porque estamos tendo oportunidade como tivemos em outras existências de
agirmos corretamente. Como Deus é amor nos dá a oportunidade de
reabilitação. Essa reabilitação é o nosso processo de auto iluminação
porque o reino de Deus está dentro de nós, não está fora.
Estamos entrando num mundo novo onde desaparecerá a violência e as grandes
epidemias. No futuro não teremos mais as deformidades porque os maus serão
exilados da Terra. A tradição religiosa católica e protestante diz que os
maus irão para o inferno. É verdade. Mas não um inferno perpétuo e que fica
embaixo, porque não existe embaixo ou em cima já que estamos no infinito
mas o inferno da consciência.
O maior médium da atualidade
conclui afirmando que estamos entrando numa era nova, nunca houve tanto
amor na Terra. Esses são dias novos e cada um de nós é um mensageiro da esperança,
a dor vai embora envergonhada. O Espiritismo nos traz esperança,
consolação, alarga as portas da verdade e mostra que o céu é um estado de
consciência tranqüila. O inferno é um estado de consciência de culpa.
Aquele que está de mal consigo mesmo, carrega o inferno. Os seus neurônios
cerebrais, os seus demônios íntimos, esses arquétipos atormentantes das
falhas, do remorso, da culpa, da inveja, mas graças a Deus a ciência está
colaborando, a psicologia, utilizando-se de Amorterapia, utilizando-se do evangelho
de Jesus para depressão. Então nós podemos mudar de vida, as esperanças, as
consolações e o amanhecer de uma nova era objetiva fazer que este mundo
novo já se estabeleça em nossos corações. Porque não há governo que possa
manter a paz. A paz é íntima, ao invés de sermos paredes que obstaculizam
um passo que sejamos pontes de amor, que o sorriso substitua a “cara feia”,
que a agressividade ceda lugar a fraternidade. A gentileza deve ser para
nós o primeiro passo, a primeira caridade, ser gentil, sorrir mais, sorriso
é saúde.
O palestrante, no final nos
convida a vivermos esse dia novo, preservando a esperança, contando com o
consolo da verdade, não entremos nesse tormento das crises porque só existe
uma crise, é a crise moral da criatura humana. E encerrou com o Poema da
Gratidão, de Amélia Rodrigues.
Texto: Maria Rachel Coelho Pereira
Fotos: Maria Rachel Coelho Pereira e Marcelo
(Texto
em português e fotos recebidos em email de Jorge Moehlecke)
|
TEXTO EM ESPANHOL
III CONGRESO ESPÍRITA PARAENSE - 15 al 17 de enero de
2016 - Belém/PA, Brasil
DIVALDO
FRANCO inaugura el III CONGRESO ESPÍRITA PARAENSE
al son
del tema musical Paz por la Paz, del autor Nando Cordel,
interpretado y cantado por el Grupo Sol da Vida, y después de la
proyección de un vídeo que mostró una síntesis de su trayectoria y también
de la historia de la Mansión del Camino, para los internautas y para
5 mil personas presentes en el hangar Centro de Convenciones y Ferias de
Amazônia, el médium y orador espírita Divaldo Pereira Franco abrió el III
Congreso Espírita Paraense, en la noche del día 15 de enero de 2016.
Sus
primeras palabras fueron de gratitud, y trasladó el homenaje, al recibir de
las manos de niños y adolescentes 88 rosas blancas, a la figura
incomparable de Allan Kardec, gracias a quien: ...”es posible mantener el
equilibrio emocional y psíquico, por el conocimiento del espiritismo”...
Divaldo hizo alusión a que aprendió a amar a Belém y al Estado de
Pará, a partir de que estuvo por primera vez en el Teatro de la Paz, en la
década de los `50, y nunca más omitió esa tierra en sus peregrinaciones
doctrinarias. Un presente en la semana en que se cumplen los 400 años de
Belém.
El
homenajeado inició su disertación tema El amanecer de una Nueva Era,
haciendo una reflexión panorámica de acontecimientos históricos, repletos
de guerras y calamidades, y nos mostró que podemos tener la esperanza y el
consuelo que la reencarnación nos brinda. La reencarnación es la base para
la explicación de nuestros sufrimientos. En esa revolución de la violencia
estamos haciendo la transición del mundo de pruebas y de expiaciones al
mundo de regeneración. Amanece un día nuevo; esa es una aurora de
bendiciones, cuando el dolor huirá de la Tierra. Ya han reencarnado cientos
de miles de almas nobles, niños geniales en relación con la música, las
matemáticas, las artes diversas, la ciencia; estamos ingresando en una era
nueva de bendiciones, que es el Reino de los Cielos; afirman los espíritus
nobles que se está produciendo una mutación en nuestros genes -como la hubo
en el pasado, en ocasión de los visitantes de Capela-, para que el cuerpo
del futuro pueda resistir a las enfermedades de naturaleza degenerativa.
Comenzando
por el Primer Triunvirato -establecido en el año 59 a.C., en la República
Romana-, compuesto por Julio César, Pompeo el Grande y Marco Licínio
Crasso, tres hombres que representaron el auge del poder hasta el
desequilibrio, cuando Roma se estremece sobre sus bases y el trío iracundo
desaparece, para reaparecer en el año 39 a.C., entonces bajo el comando de
un hombre joven que se decía hijo de César. Se trataba de Cayo Julio
Octaviano.
Periódicamente,
espíritus en sus procesos evolutivos, reencarnan para promover el progreso
en la Tierra. Llega el Segundo Triunvirato, con Antonio Octaviano, Marco
Antonio y Lépido, que se convierten en los gobernantes de Roma. Pero Marco
Antonio estableció una alianza con la ex amante de César, la reina
Cleopatra, con el propósito de utilizar las fortunas de Egipto para dominar
a Roma. Una tercera guerra civil estalla entre Octaviano y Marco Antonio.
Octaviano, entonces, conquista Egipto, y en la batalla naval de Accio,
Marco Antonio pierde la guerra y se traslada a la residencia de Cleopatra,
donde se suicida junto con ella, pues sabía que iba a ser conducida como
esclava a Roma.
Finalmente,
queda la figura grandiosa de Octaviano y también la de Lépido, y en ese
período acontece uno de los fenómenos históricos más notables de la
humanidad. Durante 600 años, Roma había estado siempre en guerra, pero
Octaviano era un gran pacificador, amante de las letras, de las artes, de
la poesía, y en aquella época no reencarnaron los grandes
comandantes: Alejandro Magno, de Macedonia; Ciro, rey de los persas;
Anibal, el cartaginés y otros. Reencarnaron poetas, hombres de letras, como
Tito Livio, Salustio, Mecenas y Virgilio, grandes inspirados, que
transformaron la capital, embelesada, en el centro de la cultura del mundo.
En muchas ocasiones, el propio emperador dio muestras de su sensibilidad,
porque estableció una nueva ética para Roma: sólo existe un gobierno
bueno y noble cuando es digno. El Imperio se caracteriza por la
honradez, por el respeto a las leyes, por los principios de la ciudadanía,
y Octavio es el emperador que dio su nombre al siglo I: el Siglo de
Augusto, por la vida digna que llevaba. Se caracterizaba por la honra, que
produciría envidia a muchos de los gobernantes de la actualidad. Él era a
tal punto severo, que envió al exilio a su propia hija, a su nieta y a su
esposa, quienes se habían comportado de modo reprobable. Y así lo hizo, a
fin de que todos supieran que su gobierno abarcaba a todos.
De ahí surge la pregunta de los historiadores: ¿Qué ocurrió? Descubrieron
que fue precisamente en aquel período que la humanidad recibiría a Jesús, rechazado
por Israel, que quería un mesías asesino, que sometiese a la humanidad a
todo tipo de violencia. Pero ese hombre extraordinario es nuestro modelo y
guía, el más grande de la historia de la humanidad de todos los tiempos.
Divaldo
nos recuerda que en el siglo XIX, Ernest Renan, que no era cristiano ni
creía en Dios, publica en París La vida de Jesús, donde manifestó
que Jesús era tan importante que todas las personas notables de la Historia
de la humanidad habían nacido dentro de la Historia; Jesús, no. Su cuna de
paja fue tan grandiosa que dividió a la historia en antes y después de su
nacimiento. Jesús es la primera representación del Amor, porque Confucio,
en la China, escribió sobre la cultura y sobre la civilización; en la
India, Siddhartha Gautama, el Buda, tampoco habla sobre el amor: él habla
sobre la compasión, el camino del medio, el cuarto camino. Si fuéramos a
Egipto, allí encontraremos la doctrina de las reencarnaciones, pero no
encontraremos viva la palabra Amor, ni aun en el período en que Atón
presentó al sol como la representación máxima de aquello que la humanidad
pretendía conocer como Dios. Al destituir al todopoderoso clero de Amón,
para imponer un dios único, representado por el disco solar Atón, Akenatón
abría por primera vez en la historia de la humanidad, un camino rumbo al
monoteísmo.
Divaldo
cita entonces el más sublime poema que la humanidad haya escuchado: el
Sermón de las Bienaventuranzas. Revirtió el orden ético de la humanidad,
superó a Sócrates, fue más allá de Platón, desarrolló una doctrina que
aventajó al pensamiento aristotélico; fue allí que Él estableció el orden
de los contrarios, porque el bienaventurado no es aquel que goza, que
disfruta, que tiene una posición social; bienaventurados son los pobres en
espíritu, los simples de corazón, los puros; son aquellos que lloran, somos
aquellos que perseguidos por su nombre, erigimos el Reino de Dios en la
Tierra para que la humanidad sea feliz.
Para
Carl Gustav Jung, Jesús es el más importante modelo que él encontró en la
historia de la humanidad, porque alcanzó el estado numinoso, el estado de
luz.
Doce
siglos después del Sermón de la Montaña, el mundo escucha la voz de
Francisco Bernardone: su mensaje es un poema de esperanza; por primera vez
en la humanidad, los infelices sonríen. Trata de erigir la iglesia de
Jesús, pero escucha la misma voz que le diz: no es esa la iglesia,
Franscisco; es la iglesia moral, es la iglesia de los sentimientos la que
se está derrumbando, porque la doctrina de amor y de ternura fue transformada
en la religión del Estado, y al ser transformada en la religión del Estado
perdió la grandeza del sacrificio, y la Edad Media se presenta como la gran
noche de la ignorancia, la fe ciega, la necesidad de aceptar aquello que
los teólogos establecían, alejados de Jesús. La humanidad afrontó las
guerras santas, las cruzadas, dejando el legado de la orden fransciscana,
que debería ser de pobreza mendicante pero transformado en grandiosos
templos.
El
Sembrador de Estrellas cita a Dante Alighieri, que nos ofrece en su poema
La Divina Comedia: Ha nacido para el mundo un sol y Francisco de
Asís nos ofrece la oración sencilla: ¡Oh, Señor, haz de mí un
instrumento de tu paz!, una canción que ha venido resonando a través de
ocho siglos.
El
disertante continúa mostrando que en el siglo XVI se produce otra
revolución psicológica, sociológica, moral de la historia de la humanidad.
Surgen grandes pensadores: Galileo Galilei, que tuvo el coraje de afirmar
que la Tierra no es el centro del universo; Nicolás Copérnico presenta su
obra heliocéntrica demostrando que la Tierra se mueve en torno del Sol y no
a la inversa, y también los astros que están en torno de ella; y va más
allá: el Sol no está fijo porque en el universo no existe el vacío;
Johannes Kepler, develando las leyes; Isaac Newton que detecta la ley de la
gravedad, y toda una élite de pensadores que resuelven abandonar la
religión y seguir la doctrina atomista de los griegos de la época de
Sócrates, Platón, Aristóteles, Leucipo, Demócrito, que afirmaban que todo
lo que existe es el resultado de tres factores: los átomos, el vacío y el
movimiento; y que cuando alguno de esos elementos se desajusta sobreviene
el desorden, la muerte, el aniquilamiento. Entonces nace el materialismo,
en su modalidad según el atomismo griego del siglo XVII.
Según
afirma Divaldo, tenemos que saber usar la razón, la lógica, pero también la
solidaridad, la amabilidad, la gentileza, para que exista el espíritu del
corazón, porque la sociedad se está devorando, estamos matándonos
unos a otros, y la mayor cantidad de guerras han sido guerras de
religiones, que predican a Dios, el amor y la solidaridad, demostrando la
paradoja de la criatura humana. Existe la droga, el niño de la calle, el
abandonado sin escuela, los rebeldes que no encuentran lugar en los
hospitales, los desempleados, la rebeldía que camina tomada del brazo con
la violencia. Una verdadera guerra, y de las más vergonzosas, porque el
país es rico en bendiciones, porque fue escogido por Jesús para ser el
corazón del mundo, la patria del Evangelio; porque las leyes divinas son
insuperables.
Y en
ese período de materialismo, cuando las religiones vigentes no conseguían
satisfacer las necesidades humanas, en el siglo XVIII -con Voltaire,
Montesquieu, Denis Diderot-, se produce la Revolución Francesa, en 1789,
hasta que finalmente, en 1992, en la Conferencia Mundial se emite la
correspondiente Declaración de Derechos Humanos.
En el
siglo en que Napoleón Bonaparte desea hacer de Francia, París, la capital
de Europa, y poco después de su fracaso, en 1804, el mismo año en que es
coronado emperador, el día 3 de octubre, en la ciudad de Lyon, nace
Hippolyte Léon Denizard Rivail, que será Allan Kardec, y a semejanza de lo
que aconteció con Octavio, se produjo una revolución espiritual: la Tierra
recibe espíritus selectos, grandes pensadores; la ciencia desató los nudos
a partir del siglo XVII, y ahora se descubre la vida microscópica, la vida
macroscópica y Allan Kardec tendrá la grandeza de decir: el espiritismo es
aquello en que el microscopio se convirtió para la vida microbiana, y en lo
que el telescopio se transformó para interpretar el Cosmos, para descubrir
los soles. La mediumnidad estalló y nació la doctrina espírita. Jesús nos
trajo la Ley de Amor, y la doctrina espírita nos trajo la Ley de la
Reencarnación.
Somos
inmortales; el espiritismo mató a la muerte; tengo una razón lógica para
vivir explicando que Dios es amor, que Dios no castiga, que Dios no
perdona, Dios ama. Quien ama no castiga, no pune, educa. La Ley es de progreso,
y todo aquel que transgrede la Ley incide en un delito, y tiene necesidad
de volver a comenzar para aprender de nuevo, para evolucionar. La doctrina
espírita llega y se instala en los gabinetes de ciencia, de los más
importantes científicos del siglo XIX, comenzando por William Crookes y a
continuación con Cesare Lombroso, Charles Robert Richet -el más
destacado sabio de Francia en el siglo XIX, que recibió el premio Nobel por
la doctrina de la fisiología-; ellos constataron la inmortalidad del alma y
confieren a todas las religiones el apoyo que les faltaba, porque todas las
religiones sostienen que el alma es inmortal, que Dios es justo, es bueno,
es misericordioso, pero cuando pedimos que nos den una prueba de la
Justicia divina, entre el príncipe que nace en una cuna de oro y el
miserable que nace en las calles de la amargura, cuando vemos a un niño
deformado, ahora con la microcefalia, nos preguntamos: ¿por qué? Porque
estamos teniendo una oportunidad, como las tuvimos en otras existencias, de
proceder correctamente. Como Dios es amor, nos da la oportunidad de la
rehabilitación. Esa rehabilitación es nuestro proceso de autoiluminación,
porque el Reino de Dios está dentro de nosotros, no está afuera.
Estamos ingresando a un mundo nuevo, donde desaparecerá la violencia y las
grandes epidemias. En el futuro no tendremos más las deformidades, porque
los malos serán exiliados de la Tierra. La tradición religiosa católica y
la protestante sostienen que los malos irán al infierno. Es verdad, pero no
a un infierno perpetuo que queda debajo, porque no existe debajo ni encima,
ya que estamos en el infinito, sino el infierno de la conciencia.
Para
concluir, el más importante médium de la actualidad afirma que estamos
ingresando en una era nueva; nunca hubo tanto amor en la Tierra. Estos son
días nuevos y cada uno de nosotros es un mensajero de la esperanza, el
dolor se retira avergonzado. El Espiritismo es portador de esperanza, de
consuelo, amplía las puertas de la verdad y muestra que el cielo es un
estado de conciencia tranquila. El infierno es un estado de conciencia de
culpa. Aquel que está mal consigo mismo, es portador de un infierno; sus
neuronas cerebrales, sus demonios íntimos, esos arquetipos atormentadores
de los defectos, del remordimiento, de la culpa, de la envidia; pero
gracias a Dios la ciencia está colaborando; la psicología se vale de la Amorterapia,
recurriendo al Evangelio de Jesús para tratar la depresión. Entonces,
podemos cambiar de vida; las esperanzas, los consuelos y el amanecer de una
nueva era tienden a hacer que este mundo nuevo ya se instale en nuestros
corazones. Porque ningún gobierno puede mantener la paz. La paz es íntima;
en vez de que seamos paredes que obstaculicen el paso, seamos puentes de
amor; que la sonrisa sustituya a la cara fea, que la agresividad
ceda lugar a la fraternidad.
La
gentileza debe ser para nosotros el primer paso, la primera caridad; ser
gentil, sonreír más, la sonrisa es salud.
El
disertante, al finalizar nos invita a que vivamos ese día nuevo, preservando
la esperanza, contando con el consuelo de la verdad; no entremos en ese
tormento de las crisis porque sólo existe una crisis: es la crisis moral de
la criatura humana. Y concluyó con el Poema de la Gratitud, de Amélia
Rodrigues.
Texto:
Maria Rachel Coelho Pereira
Fotos:
Maria Rachel Coelho Pereira e Marcelo
(Texto em
espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com],
Buenos Aires, Argentina)
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