Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, quarta-feira, 18 de maio de 2016

Compiladas por Ismael Gobbo

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Editoração: Ismael Gobbo, São Paulo, SP.

Envio: Ismael Gobbo (SP) e Wilson Carvalho Júnior, Araçatuba (SP)

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.  O trabalho é totalmente gratuito e conta com ajuda de colaboradores voluntários (Ismael Gobbo).

 

 

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Mensagem do dia

Mensagem do día

 

 

Fé em Ti

 

“(...) Aprende a crer nos teus valores.

O homem crê por instinto, por assimi­lação, pela razão.

Põe a tua fé em Deus e absorve a ideia do bem, pois foste criado para uma vida feliz e saudável.”

 

Mensaje para este día

 

 

Fe en ti...

 

...Aprende a confiar en tus valores.

El hombre cree por instinto, por asimi­lación, por la razón.

Deposita tu fe en Dios e incorpora la idea del Bien, pues has sido creado para una vida feliz y saludable.

 

 

 

Joanna de Ângelis/Divaldo Franco

Libro Hijo de DiosEditora LEAL

 

Creación: Fátima Oliveira

Mansão do Caminho - Salvador, Bahia, Brasil.

 

 

(Recebido em emails da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)

 

 

 

 

Publicação em sequência

O Livro dos Médiuns

 

 

 

 

 

 

 

 

(Copiado de Febnet)

Meditação (1929). Bronze de Nicolina Vaz de Assis

 Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro, Brasil. Foto Ismael Gobbo

 

 

 

Endereço certo

 

 

 

                                                            Richard Simonetti

                                                                    richardsimonetti@uol.com.br

 

 

Há dois dias, Lucinha conservava sob sua guarda, para adoção por terceiros, encantadora menina recém-nascida. Três casais que ainda ig­noravam sua existência aguardavam por aquela oportunidade, com a ansiedade de quem, após in­frutíferos esforços no propósito de ter seus pró­prios filhos, decidiu acolher filhos alheios. Porem havia um problema: Lucinha não se inclinava por nenhum deles.

Em qualquer daqueles lares, a criança estaria bem. Eram famílias bem constituídas, gente boa, excelente condição financeira, ambiente saudável... Por que, então, a dúvida? Impossível definir. Ape­nas sentia assim...

O tempo corria célere. Imperioso definir rápido ou teria problemas em sua própria casa, porquanto uma de suas filhas tomara-se de amores pela me­nina. Pensara em ficar com ela. Adoraria fazê-lo. Mais forte, entretanto, era o sentimento de que  era outro o destino daquela criança.

À noite, ao se deitar, alma em conflito, orou pedindo ajuda a Deus. Estava consciente da enor­me responsabilidade que tinha em suas mãos. Queria acertar! Para tanto, empenhava-se em apurar a sensibilidade! Era preciso estender antenas espiri­tuais, captar orientação segura!...

Brando sono pôs fim às suas angústias. Em sonho muito nítido, viu-se entregando a menina a Maitê, sua prima, que a recebia emocionada e feliz.

Despertou com a lembrança plena do ines­perado contato, guardando a convicção de que o Céu atendera suas rogativas. Mas, por que a pri­ma? Ela e o marido estavam ainda traumatizados com a morte de Pedrinho, o filho mais novo que falecera a alguns meses, vitimado por leucemia no verdor de seus cinco anos. Não cogitavam de uma adoção...

Bem, o jeito era verificar como estavam. Tomou o telefone e fez a ligação.

            – Oi, Maitê, tudo bem?

            – Muito bem, Lucinha! Bem mesmo, graças a Deus!

            – Você está animada! Fico feliz!

            – É verdade, estou animadíssima, como não me sentia há anos!

            – Ganhou na Loteria?

            – Vou ganhar, mas é algo mil vezes mais importante!...

          – Quem bom! Posso saber?

          – Claro, prima! Há várias noites, venho so­nhando com o Pedrinho. Ele se aproxima de mim e me entrega um bebê, explicando: "Mamãe, trou­xe-lhe uma irmãzinha para você cuidar".

Maitê estabelece pequena pausa, contendo a emoção, e conclui:

          Como sabe, Lucinha, não posso mais ter filhos, mas, em face dos sonhos, combinei com o João: vamos adotar uma menina. Daí a minha ale­gria. Sinto que vai "pintar" uma criança em minha vida!

            Pausa mais longa interrompe o diálogo.

            — Oi, Lucinha, ainda está aí?

            Uma voz trêmula, embargada pela emoção, responde do outro lado:

     Sim, Maitê, estou aqui e tenho uma sur­presa para você: a criança já "pintou"! Sua filhinha está aqui comigo!     

 

                                     ***

            A adoção de filhos não obedece a circuns­tâncias fortuitas. Há uma ampla mobilização da Espiritualidade no sentido de encaminhar órfãos aos lares a que se destinam.

Caixa de texto: 143Ficaríamos surpresos se tivéssemos noção plena do trabalho desenvolvido pelos mentores es­pirituais nesse sentido. Quando encontram instru­mentos dóceis na Terra, eles realizam prodígios pa­ra colocar filhos que precisam de pais no endereço certo de pais que precisam de filhos.

 

 

Roda da Santa Casa de São Paulo no museu da entidade. Neste equipamento as crianças  abandonadas eram deixadas

por mães que não as queriam e eram acolhidas  pelas “irmãs da Santa Casa”. Foto Ismael Gobbo

 

 

Registro. Divaldo Pereira Franco na Europa

Zurich, Suiça

 

 

Zurique, 13 de maio de 2016

Há 30 anos, Divaldo foi convidado por Andre Studer, fundador da Fundação G19 em Zurique, para proferir um seminário sobre o tema reencarnação. Com o êxito alcançado, Divaldo passou a comparecer na cidade, anualmente, em pentecostes, a convite da Fundação. Depois de alguns anos suas palestras foram levadas também aos Grupos Espíritas fundados na Suíça. 
Em 2010, com a intenção de levar a mensagem espírita a um maior público suíço, em local neutro, fora dos centros espíritas, o médium baiano foi convidado para proferir uma palestra no Centro de Convenções e Eventos “Volkshaus”, em Zurique. A cooperação entre Valdemir Hass e a Associação Espiritualista “Lichtall”, com mais de mil associados, possibilitou atrair um grande número de suíços às palestras de Divaldo. 
A cooperação solidificou-se e o trabalho tem crescido ano a ano.

No último dia 13 de maio, Divaldo proferiu sua quinta palestra naquele local, com o tema “A Imortalidade da Vida e a Busca da Felicidade”. O evento recebeu um público de mais de 450 pessoas, sendo grande parte de suíços, com expressivo interesse dos presentes pelos livros espíritas em alemão.

O tema foi introduzido com uma viagem ao início do Universo e da vida na Terra. Desde o fenômeno do Big Bang, há cerca de 14 bilhões de anos, ao início da vida na Terra, na intimidade dos oceanos, a interrogação dos cientistas sempre apontou para o início de tudo, a causa inicial de todas as coisas. Antes do Big Bang, o que teria existido? Para os niilistas, seria o nada, mas para outra corrente científica, seria impossível admitir que o Universo inteligente seria resultado do acaso. Ademais, na atualidade, admitir-se-ia a existência de outro universo antes deste hoje conhecido. Com relação à vida física na Terra, as explicações sobre o seu começo e o seu desenvolvimento estariam presentes na Teoria da Origem e Evolução das Espécies, de Charles Darwin. Entretanto, prosseguiria a dúvida quanto ao antes e ao depois da vida física. E a própria observação do corpo humano, a sua formação e a sua fisiologia, levaria-nos ao questionamento a respeito de como uma máquina tão sofisticada e perfeita poderia formar-se e funcionar apenas por força do acaso. Esses questionamentos sempre interessaram à Filosofia, desde o período Pré-Socrático.

Conforme asseverado, somos seres imortais; nossa vida original e natural é a espiritual; do mundo espiritual viemos e para lá retornaremos após a existência física.

Sócrates, filósofo grego, teria referido-se à vida imortal, chegando mesmo a afirmar que era habitualmente orientado pelo seu “daimon”, isto é, pelo seu Espírito guia. Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, que teve oportunidade de observar os fenômenos mediúnicos, elaborou a teoria dos arquétipos e do inconsciente coletivo, demonstrando a imperecibilidade do ser e a memória ancestral, ou seja, de existências anteriores. E a própria mensagem de Jesus, expressa naquilo que disse e em suas vivências, constituiria sério convite ao despertamento do ser com relação à sobrevivência da alma e às consequências “post-mortem” de suas condutas na Terra.

Por essa razão, segundo foi explicado, a doutrina do Cristo exorta-nos ao exercício do Amor em todas as suas expressões, sendo ele a lei maior e central de todo o código moral divino. Esse sentimento libertar-nos-ia de nossos conflitos e culpas, promovendo em nós o estado de saúde integral (físico, psicológico e espiritual).

Nesse sentido, o Espiritismo convidaria a todos para eleger a imortalidade como meta psicológica profunda da existência, nesta perspectiva da sobrevivência da alma e dos efeitos de nossa conduta na Terra no mundo espiritual, de maneira a vivermos no corpo de tal maneira a garantir uma posição de equilíbrio e feliz no além.

Divaldo recordou que para demonstrar cientificamente a continuidade da vida após o decesso, a Doutrina Espírita utilizou-se do processo de intercâmbio entre os dois planos da vida (físico e espiritual), a mediunidade, a fim de que fosse possível aos próprios “mortos” retornarem para expressar-nos suas experiências, alegrias, angústias, conquistas e fracassos, alertando-nos sobre o que está a nos aguardar no mundo invisível, a depender do que fazemos de nossa existência física.

 

A mensagem imortalista é de otimismo, esperança, alegria e amor, pois que dá-nos a certeza de que todos os nossos esforços de aperfeiçoamento intelecto-moral não são em vão, nunca se perderão no nada, e de que nossos laços afetivos nunca se rompem, unindo as almas para a eternidade.

Vivermos cada dia com a experiência que ele nos traz, no trabalho constante de autoconhecimento e de autoiluminação, com a certeza de nossa imperecibilidade espiritual, da continuidade da vida além da morte, das oportunidades infinitas de recomeço e burilamento por meio das reencarnações, sem, portanto, a necessidade de criarmos angústias e ansiedades, seria experimentar conscientemente o Amor e a Misericórdia de Deus por todos nós, vivendo a felicidade desde agora, ainda que atravessando os momentos difíceis da atualidade.

A conferência foi encerrada com uma exortação à alegria de viver, para que todos os que sofremos nunca nos esqueçamos da transitoriedade da existência física, de que todos os sofrimentos são passageiros e encerram em si um aprendizado para o Espírito e de que além das paisagens lúgubres das dores na Terra há beleza por toda parte, se tivermos olhos de ver, dependendo de nós prepararmos a nossa vida futura , após a desencarnação, amando aqui e agora, o quanto pudermos.

Texto: Júlio Zacarchenco com cooperação de Valdemir Hass.
Fotos: José Manuel

 

 

 

(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)

 

 

Espanhol

 

 

DIVALDO FRANCO EN EUROPA – 2016

Zurich, Suiza, 13 de mayo de 2016.

 

Se han cumplido 30 años, desde que Divaldo fue invitado por Andre Studer -fundador de la Fundación G19 en Zurich-, a que dictara un seminario sobre el tema Reencarnación. Debido al éxito alcanzado, Divaldo comenzó a visitar la ciudad cada año, en coincidencia con la celebración de Pentecostés, siempre invitado por la Fundación. Al cabo de algunos años, sus conferencias fueron ampliadas también a los grupos espíritas que se fundaron en Suiza. 
En 2010, con la intención de hacer llegar el mensaje espírita a una mayor cantidad de público suizo, en un local neutro -es decir, fuera de los centros espíritas-, el médium bahiano fue invitado a pronunciar una conferencia en el Centro de Convenciones y Eventos Volkshaus, en Zurich. La cooperación entre Valdemir Hass y la Asociación Espiritualista Lichtall, con más de mil asociados, hizo posible que se atrajera una gran cantidad de suizos a las conferencias de Divaldo. La cooperación se consolidó, y el trabalho ha ido creciendo año tras año.

El pasado día 13 de mayo, Divaldo pronunció su quinta conferencia en ese lugar, sobre el tema La inmortalidad de la vida y la búsqueda de la felicidad. El acto atrajo a un público compuesto por más de 450 personas, suizos en su mayoría, con un significativo interés de los presentes por los libros espíritas en idioma alemán.

La introducción del tema fue un viaje al comienzo del universo y de la vida en la Tierra. Desde el fenómeno del Big Bang, hace aproximadamente 14 billones de años, al comienzo de la vida en la Tierra en la profundidad de los océanos, la pregunta de los científicos siempre apuntó hacia el comienzo de todo, hacia la causa inicial de todas las cosas. Antes del Big Bang, ¿qué pudo haber existido? Para los nihilistas, la respuesta sería: la nada; pero, para otra corriente científica, sería imposible admitir que el universo inteligente fuese el resultado del acaso. Además, en la actualidad, se admitiría la existencia de otro universo, antes de este que hoy se conoce. En relación con la vida física en la Tierra, las explicaciones acerca de su comienzo y de su desenvolvimiento estarían presentes en la Teoría del Origen y la Evolución de las Especies, de Charles Darwin. Entre tanto, permanecería la duda acerca del antes y el después de la vida física. Así, la observación del cuerpo humano, su formación y su fisiología, nos conduciría a preguntarnos acerca de cómo una máquina tan sofisticada y perfecta podría formarse y funcionar tan sólo por fuerza del acaso. Esas cuestiones siempre han interesado a la Filosofía, desde el período pre-Socrático.

De conformidad con lo manifestado, somos seres inmortales; nuestra vida original y natural es la espiritual; del mundo espiritual hemos venido y hacia él retornaremos luego de la existencia física.

Sócrates, filósofo griego, se habría referido a la vida inmortal, y llegado incluso a afirmar que él era habitualmente orientado por su daimon, es decir, por su Espíritu guía. Carl Gustav Jung, psiquiatra suizo, quien tuvo oportunidad de observar los fenómenos mediúmnicos, elaboró la teoría de los arquetipos y del inconsciente colectivo, demostrando que el ser es imperecedero, así como la memoria es ancestral, o sea, que guarda registros de existencias anteriores. Y lo que el mensaje de Jesús trasmite -tanto en aquello que manifiesta como en las anécdotas de su vida- constituiría una formal invitación al despertar del ser, con relación a la supervivencia del alma y a las consecuencias post-mortem de su conducta en la Tierra.

Por esa razón, según se explicó, la doctrina del Cristo nos exhorta al ejercicio del Amor en todas sus expresiones, por constituir este la ley mayor y principal del Código moral divino. Ese sentimiento nos liberaría de nuestros conflictos y culpas, promoviendo en nosotros el estado de salud integral (físico, psicológico y espiritual).

En ese sentido, el Espiritismo invitaría a todos a que elijan la inmortalidad como una meta psicológica profunda de la existencia, en esta perspectiva de la supervivencia del alma y de la repercusión en el mundo espiritual, de los efectos de nuestra conducta en la Tierra, de manera que vivamos en el cuerpo garantizando una situación de equilibrio y felicidad en el más allá.

Divaldo recordó que para demostrar científicamente la continuidad de la vida después del deceso, la Doctrina Espírita se valió del proceso de intercambio entre los dos ámbitos de la vida (el físico y el espiritual), es decir, de la mediumnidad, a fin de que fuese posible a los propios muertos retornar para expresarnos sus experiencias, sus alegrías, sus angustias, sus conquistas y sus fracasos, advirtiéndonos acerca de lo que nos aguarda en el mundo invisible, dependiendo de aquello que hagamos de nuestra existencia física.

El mensaje relativo a la inmortalidad es de optimismo, de esperanza, de alegría y de amor, pues nos da la certeza de que todos nuestros esfuerzos de perfeccionamiento intelecto-moral no son en vano, nunca se perderán en la nada, y de que nuestros lazos afectivos nunca se cortan, sino que unen a las almas por toda la eternidad.

Vivir cada día con la experiencia de la cual este mensaje es portador, en el trabajo constante de autoconocimiento y de autoiluminación, con la certeza de nuestra condición espiritual imperecedera, de la continuidad de la vida más allá de la muerte, de las oportunidades infinitas de volver a comenzar y de perfeccionamiento, por medio de las reencarnaciones, sin, por lo tanto, la necesidad de crearnos angustias ni ansiedades, sería experimentar conscientemente el Amor y la Misericordia de Dios por todos nosotros, experimentando la felicidad a partir de ahora, aun cuando atravesamos los momentos difíciles de la actualidad.

La conferencia fue concluida con una exhortación a la alegría de vivir, para que todos los que sufrimos nunca nos olvidemos de la transitoriedad de la existencia física, que todos los sufrimientos son pasajeros y encierran en ellos un aprendizaje para el Espíritu, y de que más allá de los paisajes lúgubres de los dolores de la Tierra hay belleza en todas partes, si tuviéramos ojos para ver, dependiendo de nosotros preparar nuestra vida futura , después de la desencarnación, amando aquí y ahora, tanto como podamos.

 

Texto: Júlio Zacarchenco con la colaboración de Valdemir Hass.
Fotos: José Manuel

(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)

 

 

 

 

Registro. Divaldo Pereira Franco na Europa

Winterthur, Suiça

 

 

Winterthur, 14 de maio de 2016

 

Na noite do último dia 14 de maio, o médium e orador espírita Divaldo Franco realizou uma conferência na cidade de Winterthur, na Suíça, com a presença de mais de 200 pessoas.

A velha Palestina foi o cenário evocado para o início das reflexões da noite. Aqueles eram tempos difíceis. E o nascimento de Jesus seria o marco transformador da Humanidade.

Conforme explicou o médium, o messianato de Jesus foi todo marcado pelo profundo amor e pela misericórdia ofertados a todos nós, que foram bem expressos em sua mensagem: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou...”; “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei...”. Era uma paz incomum, jamais encontrada na Terra até então, era uma paz transcendental. E esse imenso tesouro, Ele desejara ofertar-nos, sem aguardar nenhuma recompensa, nem mesmo a de amá-lo.

Foram recordados alguns fatos da vida do Cristo na Terra, como as diversas curas por ele realizadas, destacando-se a de Natanael Ben Elias, o paralítico de Cafarnaum, que voltou a andar. Mas também cegos, hansenianos, surdos-mudos tiveram seus males físicos por ele eliminados. De acordo com a narrativa de Amélia Rodrigues, constante da obra psicográfica de Divaldo e repetida por ele próprio na oportunidade, após um dia inteiro de socorro aos sofredores, com inúmeras curas , Simão Pedro teria retirado o Mestre do meio da massa e levado-o para descansar e refazer-se à beiro do lago. Ali vira Jesus chorar, indagando-lhe da razão do pranto. Talvez fosse por alegria decorrente do êxito das curas. Mas a resposta foi negativa. Era de tristeza mesmo. E então o discípulo foi esclarecido que os que naquele dia houveram recebido a cura física, estavam, naquele momento, criando maiores comprometimentos morais para si mesmos. Jesus, então, afirmara que a Boa Nova não se prestaria para trazer alegrias superficiais e que Ele não teria vindo para remendar os corpos dilacerados pela insensatez humana, pois que a mensagem divina era da realidade imortalista a ser vivenciada por todos, sem demoras.

Para dar uma ideia a respeito da grandeza de Jesus, em diferentes aspectos, Divaldo referiu-se a diversos pensadores e suas análises sobre o homem Jesus. Ernest Renan, filósofo e historiador francês, afirmou que Jesus foi um ser tão grandioso que não coube na História da Humanidade e dividiu-a em antes e depois dele. Jean-Paul Sartre, outro filósofo francês, descreveu Jesus como sendo um homem incomum. A Dra. Hanna Wolff, psicoterapeuta alemã, escreveu um notável livro no qual asseverou que Jesus foi o maior e melhor psicoterapeuta que já existiu no planeta. Em realidade, confirmou o conferencista, os ensinamentos de Jesus teriam antecipado em muitos séculos muitas descobertas das Neurociências, da Astronomia, da Psicologia etc.

De acordo com o explicado, a mensagem cristã perdeu sua força quando Roma tornou o Cristianismo a religião oficial do Estado. De perseguidos, os cristãos passaram a ser perseguidores. E a mensagem foi corrompida. Mais tarde, com o Segundo Concílio de Constantinopla, alguns pontos da doutrina cristã foram tornados heréticos, a exemplo da reencarnação, por questões políticas e pessoais. Fora uma longa jornada ao longo da História, com o desenvolvimento do pensamento filosófico e científico, especialmente a partir do século XVII, passando pelo Iluminismo Francês, os ideais da Revolução Francesa, a declaração dos direitos e liberdades individuais, a fim de que, no século XIX, em cumprimento à promessa de Jesus, chegasse na Terra o Consolador, o Espiritismo, com o esforço coordenado de uma plêiade de Espíritos nobres, capitaneados pelo Cristo, e de Allan Kardec, alma de escol reencarnada para a tarefa de reunir os ensinamentos ditados pelos Benfeitores espirituais da Humanidade, organizá-los e torná-los, pedagogicamente, um código de conhecimento universal.

Conforme ressaltado, cientistas de grande peso, como Sir William Crookes, Charles Richet, Cesare Lombroso estudaram os fenômenos mediúnicos e, ante as provas incontestes, confirmaram os postulados da imortalidade da alma, da comunicabilidade dos Espíritos e da reencarnação.

Esse plano extraordinário elaborado no mundo espiritual e concretizado na Terra, sob a direção do Cristo e que fez surgir no planeta a Doutrina dos Espíritos, teve como objetivo trazer-nos a terceira grande revelação da Lei Divina para a Humanidade, oferecendo-nos o esclarecimento sobre as razões de nossos sofrimentos e o roteiro seguro para a libertação de nossas dores, físicas e morais, de modo a alcançarmos o estado de plenitude.

Divaldo concluiu suas reflexões declarando que a Nova Era já iniciou-se na Terra, mesmo que ainda envolta nos resíduos do período de provas e expiações, cabendo a cada um de nós realizarmos as tarefas do autoconhecimento e autoiluminação, de modo a construirmos uma nova sociedade, rica de bondade, amor, paz e beleza.

Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Jose Manuel

 

(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)

 

 

Espanhol

 

 

 

DIVALDO FRANCO EN EUROPA – 2016.

Winterthur, Suiza, 14 de mayo de 2016.

 

Por la noche del día 14 de mayo pasado, el médium y orador espírita Divaldo Franco realizó una conferencia en la ciudad de Winterthur, en Suiza, a la cual asistieron más de 200 personas.

La antigua Palestina fue el escenario evocado para el comienzo de las reflexiones de la noche. Aquellos eran tiempos difíciles, y el nacimiento de Jesús sería el marco transformador de la humanidad.

De conformidad con lo explicado por el médium, la labor mesiánica de Jesús estuvo por completo caracterizada por el profundo amor y por la misericordia que nos brindó a todos, que fueron debidamente expresados en su mensaje: Os dejo la paz, mi paz os doy...; Venid a mí todos los que estáis cansados y sobrecargados y yo os aliviaré... Era una paz especial, jamás encontrada en la Tierra hasta entonces; era una paz trascendental. Y ese inmenso tesoro, Él deseó brindárnoslo, sin aguardar ninguna recompensa, ni siquiera la de que lo amáramos.

Fueron recordadas algunas anécdotas de la vida del Cristo en la Tierra, tales como las diversas curaciones que Él realizó, destacándose la de Natanael Ben Elias, el paralítico de Cafarnaum, que volvió a caminar. Pero también hubo ciegos, hansenianos, sordomudos, cuyos males físicos fueron eliminados por Él. De acuerdo con la narración de Amélia Rodrigues, que consta en la obra psicográfica de Divaldo, relatada por él mismo en la oportunidad, al cabo de un día completo de socorro a los sufridores, con numerosas curaciones, Simón Pedro habría retirado al Maestro de en medio de la multitud y lo habría llevado a que descansara y se recuperase al borde del lago. Allí vio a Jesús llorando, y le preguntó cuál era la causa de su llanto. Tal vez se debiera a la alegría por el éxito de las curaciones, pero la respuesta fue negativa. Se debía a la tristeza. Y entonces le explicó al discípulo que aquellos que ese día habían recibido la curación física estaban, en aquel momento, generando mayores compromisos morales para ellos mismos. Jesús, entonces, expresó que la Buena Nueva no se prestaría a llevar alegrías superficiales, porque Él no habría venido para remendar los cuerpos dilacerados por la insensatez humana, pues el Mensaje Divino era el de la realidad inmortal que sería experimentada por todos, sin demoras.

Para dar una idea con respecto a la magnitud de Jesús, en diferentes aspectos, Divaldo se refirió a varios pensadores y a sus análisis sobre el hombre Jesús. Ernest Renan, filósofo e historiador francés, afirmó que Jesús fue un ser tan grandioso que no cupo en la Historia de la humanidad, y la dividió en un antes y un después de Él. Jean-Paul Sartre, otro filósofo francés, describió a Jesús como un hombre que no era común. La Dra. Hanna Wolff, psicoterapeuta alemana, escribió un destacado libro, en el cual manifestó que Jesús fue el más importante y el mejor psicoterapeuta, que haya existido en el planeta. En realidad, confirmó el disertante, las enseñanzas de Jesús se habrían anticipado en muchos siglos, a una gran cantidad de descubrimientos de las Neurociencias, de la Astronomía, de la Psicología, etc.

De acuerdo con lo explicado, el mensaje cristiano perdió su potencia cuando Roma convirtió al Cristianismo en la religión oficial del Estado. De perseguidos, los cristianos pasaron a ser perseguidores, y el mensaje fue corrompido. Más tarde, con el segundo Concilio de Constantinopla, algunos conceptos de la doctrina cristiana fueron considerados heréticos, como por ejemplo la reencarnación, a causa de cuestiones políticas y personales. Fue extenso el recorrido a lo largo de la Historia, con el desenvolvimiento del pensamiento filosófico y científico -especialmente a partir del siglo XVII-, pasando por el Iluminismo francés, los ideales de la Revolución Francesa, la declaración de los derechos y las libertades individuales, a fin de que en el siglo XIX, en cumplimiento de la promesa de Jesús, llegase a la Tierra el Consolador, el Espiritismo, con el esfuerzo coordinado de una pléyade de Espíritus ilustres capitaneados por el Cristo, y Allan Kardec, alma selecta, que reencarnó para la tarea de reunir las enseñanzas dictadas por los benefactores espirituales de la humanidad, organizarlas y convertirlas pedagógicamente, en un código de conocimiento universal.

De conformidad con lo destacado, científicos ilustres, como Sir William Crookes, Charles Richet, Cesare Lombroso, estudiaron los fenómenos mediúmnicos y, ante las pruebas irrefutables, confirmaron los postulados de la inmortalidad del alma, de la comunicabilidad de los Espíritus, y de la reencarnación.

Esa planificación extraordinaria, elaborada en el mundo espiritual y concretada en la Tierra -con la dirección del Cristo-, que hizo surgir en el planeta la Doctrina de los Espíritus, tuvo como objetivo aportarnos la Tercera Gran Revelación de la Ley Divina, para la humanidad, dispensándonos el esclarecimiento acerca de las causas de nuestros sufrimientos, y el rumbo seguro para liberarnos de nuestros dolores, físicos y morales, de modo que alcanzáramos el estado de plenitud.

Divaldo concluyó sus reflexiones declarando que la Nueva Era ya ha comenzado en la Tierra, aunque aún esté envuelta en los residuos del período de pruebas y expiaciones, por lo que nos cabe a cada uno de nosotros realizar las tareas del autoconocimiento y la autoiluminación, de modo que construyamos una nueva sociedad, rica en bondad, amor, paz y belleza.

Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Jose Manuel

(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)

 

 

 

30º. Encontro Fraternal com Divaldo Pereira Franco

Santo André, SP

 

 

(Informação recebida em email de C.E. Dr. Bezerra de Menezes  [contato@cebezerrademenezes.org.br])

 

 

Palestra no Seara Espírita Joanna de Ângelis

Campinas, SP

 

 

 

(Informação recebida em email de SEJA-Divulgação [divulgacao@searajoannadeangelis.org.br])

 

 

Palestras programadas  com Edson Sardano

Santo André e São Bernardo do Campo, SP

 

 

 

(Informação recebida em email de Ademir Mendes)

 

 

 

Programações do CEIFA- Centro Espírita

Irmão Francisco de Assis. Santos Dumont, MG

 

 

 

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                                      Reconhecido como entidade de utilidade pública municipal

                                                           LEI nº 3.070 de 21.05.98 

 

Santos Dumont, 01 de Maio de 2016.

Circular 143

 

Queridos Irmãos,

Jesus Conosco!

 

Com o coração agradecido e repleto de alegria, estamos a convidar-lhes para nossas atividades dos meses de Maio/2016 e Junho/2016, que realizar-se-ão em nossa sede localizada em Mantiqueira, a saber:

 

·                     03.05.2016 – Terça-feira –20:00h- Emanoel de Castro Felício (Juiz de Fora)

Tema Livre

·                     10.05.2016 – Terça-feira -20:00h – Joaquim Gamonal (Barbacena)

Tema Livre

·                     17.05.2016 – Terça-feira – 20:00h – José Helvécio Furtado (Juiz de Fora)

Tema Livre

·               22.05.2016- Domingo – 09:00h – Wanderson Leite Lacerda (Juiz de Fora)

Seminário

·               24.05.2016– Terça-feira – 20:00h – Marconi  Meneguelli Alhada (Bicas)

Terça-feira

·                     31.05.2016-  Terça-feira- 20:00h –  Jorge Mansur Barata  (Santos Dumont)

Tema Livre

       07.06.2016 – Terça-feira –20:00h –José Fernando da Silva (Juiz de Fora)

Tema Livre

·                     14.06.2016 – Terça-feira– 20:00 –Enio Teixeira ––(Conselheiro Lafaiete)

Tema Livre

·                     19,06.2016 – Domingo – 09:00h – Equipe CEOE (Rio de Janeiro)

Seminário

·                     21.06.2016 – Terça-feira – 20:00 h – Ademir Amaral– (Juiz de Fora)

Tema Livre

·                     28.06.2016 – Terça-feira – 20:00h – Marcos Vinicius Montessi do Amaral (Santos Dumont)

Tema Livre

             Renovando nossa gratidão à  Espiritualidade Amiga pela oportunidade de realização no bem, contamos com a presença de todos a usufruir conosco destes momentos de enlevo e Paz.

Fraternalmente,

 

__________________________________                                                    _______________________________________

    Marcos Vinícius Montessi do Amaral                                                      Carmen Beatriz Hauck Palmieri

                     - Presidente -                                                                                 - DDD -

 

(Informação recebida em email de Ademir Mendes)

 

 

 

Departamento de Evangelização da Infância,

USE/Franca, Convite. Franca, SP

 

 


​Taxa de inscrição: isento.

Obs: Tem que fazer inscrição antecipada.

Escola Pestalozzi Unidade !.

Rua José Marques Garcia, 197, Cidade Nova.

Franca-SP.


 

--

USEFRANCA

União das Sociedades Espíritas Intermunicipal de Franca

R. Major Claudiano, 2185

Centro, Franca, SP

1637243178

Curtir: www.facebook.com/usefranca

 

(Informação recebida em email de usefranca@googlegroups.com; em nome de; USE Intermunicipal de Franca [usefranca@gmail.com])

 

 

Seminário com Divaldo Pereira Franco. Maio/2016

Bad Honnef, Alemanha

 

 

 

 

(Informação em emails de Freundeskreis Allan Kardec - Düsseldorf spiritismus.duesseldorf@gmail.com e de  nascimento zelina [allankardeclux@yahoo.fr])

 

 

 

11º. Fórum Espírita de

Juiz de Fora, MG

 

 

(Com colaboração de Adriano Barroso)

 

 

 

Palestra no Centro Espírita Cairbar Schutel

Assis, SP

 

 

 

 

(Informação recebida em email de Francisco Atilio Arcoleze [atilio.arcoleze@gmail.com])

 

 

Palestra programada para o Centro Espírita Ramon Martin

Echaporã, SP

 

 

(Informação recebida em email de Francisco Atilio Arcoleze [atilio.arcoleze@gmail.com])

 

 

Informativo Elo Fraterno

Três Lagoas, MS

 

INFORMATIVO ELO FRATERNO PANORÂMICO 392

TRÊS LAGOAS/MS – 17 A 20/MAIO/2016

VEJA ESSE INFORMATIVO EM:

https://infopanespirita.wordpress.com/2016/05/17/info-pan-392-17-a-20maio2016/

Envie eventos: decio.bressanin@gmail.com

Facebook: Decio Bressanin

INFO PAN  NOTÍCIAS:

https://www.facebook.com/groups/941305329300203/?fref=ts

 

(Com informações de Décio Bressanin)

 

 

Informativo da Sociedade Espírita Fraternidade

Niterói, RJ

 

Acesse aqui:

http://sef.org.br/news/InfoSef48.pdf

 

 

 

 

 

Leia o jornal O Arauto. Use/Piracicaba

Piracicaba, SP

 

Acessar aqui:

http://neticombrasil.smartpost.com.br/mpview.php?ln=ekJLYnnJixc7W_ilmfmEElu0e5dopq-Ifmu2hRevZes,

 

 

 

 

 

Jantar beneficente do Maria Dolores

Jales, SP

 

 

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(Informação recebida em email de Adelvair David)

 

 

Por um pouco

 

 

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Fonte Viva. Lição nº 42. Página 101.

 

“Escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado”. Paulo - Hebreus, 11:25.

 

Nesta passagem refere-se Paulo à atitude de Moisés, abstendo-se de gozar por um pouco de tempo das suntuosidades da casa do Faraó, a fim de consagrar-se à libertação dos companheiros cativos, criando imagem sublime para definir a posição do espírito encarnado na Terra.

“Por um pouco”, o administrador dirige os interesses do povo.

“Por um pouco”, o servidor obedece na subalternidade.

“Por um pouco”, o usurário retém o dinheiro.

“Por um pouco”, o infeliz padece privações.

Ah!... se o homem reparasse a brevidade dos dias de que dispõe na Terra!

Se visse a exigüidade dos recursos com que pode contar no vaso de carne em que se movimenta!...

Certamente, semelhante percepção, diante da eternidade, dar-lhe-ia novo conceito da bendita oportunidade, preciosa e rápida, que lhe foi concedida no mundo.

Tudo favorece ou aflige a criatura terrestre, simplesmente por um pouco de tempo.

Muita gente, contudo, vale-se dessa pequenina fração de horas para complicar-se por muitos anos.

É indispensável fixar o cérebro e o coração no exemplo de quantos souberam glorificar a romagem apressada no caminho comum.

Moisés não se deteve a gozar, “por um pouco”, no clima faraônico, a fim de deixar-nos a legislação justiceira.

Jesus não se abalançou a disputar, nem mesmo “por um pouco”, em face da crueldade de quantos o perseguiam, de modo a ensinar-nos o segredo divino da Cruz com Ressurreição Eterna.

Paulo não se animou a descansar “por um pouco”, depois de encontrar o Mestre às portas de Damasco, de maneira a legar-nos seu exemplo de trabalho e fé viva.

Meu amigo, onde estiveres, lembra-te de que aí permaneces “por um pouco” de tempo.

Modera-te na alegria e conforma-te na tristeza, trabalhando sem cessar na extensão do bem, porque é na demonstração do “pouco” que caminharás para o “muito” de felicidade ou de sofrimento.

 

 

O  Êxodo dos israelitas do Egito. Óleo sobre tela de David Roberts

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Bo_(parsha)#/media/File:David_Roberts_001.jpg

 

 

 

Longas colheres

 

 

 

Num reino não muito distante, havia um rei famoso por suas excentricidades.

Um dia, ele mandou anunciar por toda parte que ofereceria a maior e mais bela festa que o reino jamais tivera.

Toda a corte e os amigos foram convidados.

Ao chegarem, vestidos em seus ricos trajes, os convidados maravilharam-se com a visão do palácio que resplandecia em luzes.

As apresentações transcorreram segundo o protocolo e as festividades tiveram início. Danças, jogos e os mais refinados divertimentos foram oferecidos.

Tudo, até os mínimos detalhes, era esplendor e luxo.

Apesar da primorosa organização da festa, depois de algum tempo os convidados perceberam que não lhes havia sido oferecido nada para comer ou beber.

Em parte alguma se encontrava algo para acalmar a fome, que começavam a sentir mais duramente à medida que as horas passavam.

Jamais se havia tido notícia de algo semelhante.

Uma festa daquela magnitude e os convidados passando fome.

Mesmo que os dançarinos e os músicos se esforçassem para alegrar o ambiente, pouco a pouco o mal-estar foi tomando conta do salão e os convidados não disfarçavam sua contrariedade.

Ninguém, no entanto, ousava queixar-se ou questionar o rei que observava tudo em silêncio.

Finalmente, quando a situação se tornou insustentável e a fome intolerável, o rei convidou a todos para passarem para uma sala especial, onde uma refeição os aguardava.

Os convidados, como um conjunto harmonioso de famintos, avançaram em direção do delicioso aroma de sopa que exalava de um enorme caldeirão no centro da mesa.

Quiseram se servir, mas grande foi a surpresa ao encontrarem, ao lado do caldeirão, apenas gigantescas colheres de metal, com mais de um metro de comprimento.

Nenhum prato, nenhuma tigela, nenhuma outra colher eram oferecidos.

Os cabos desmesurados não permitiam que o braço levasse à boca o caldo suculento e impossível segurar as escaldantes colheres a não ser por uma pequena haste de madeira em sua extremidade.

Desesperados, todos tentavam comer, sem resultado.

Até que um convidado, mais esperto ou mais faminto, encontrou a solução e mostrou aos demais.

Segurando a colher pela haste situada na extremidade, levou-a à boca do convidado que estava à sua frente, que pôde comer à vontade.

Todos imitaram o gesto e se saciaram, compreendendo, enfim, que a única forma de se alimentar, naquele magnífico festim, era um servindo ao outro.

*   *   *

Não acredite que você é capaz de viver isolado.

Nenhum homem é uma ilha.

Por mais que tenhamos capacidades e talentos, eles são limitados e insuficientes para garantir nosso pleno desenvolvimento como seres humanos.

A vida em sociedade é uma conquista e uma oportunidade.

Deus nos convida, diariamente, a servir nossos irmãos, por meio do trabalho digno e honrado.

Não importa nossa idade, nossa condição social ou nosso estado físico. Sempre há formas de sermos úteis à sociedade em que nos encontramos inseridos.

Dessa maneira, percebemos também que dependemos dos outros e que essa interdependência nos possibilita aprender e crescer infinita e constantemente.

Redação do Momento Espírita, com base no livro
 
Como atirar vacas no precipício, de Alcira Castilho,
 ed. Panda Books.
Em 17.5.2016.

 

 

(Copiado do site Feparana)

A Colheita. Óleo sobre tela de Antonio Ferrigno

Exposto na Pinacoteca do Estado de São Paulo. São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo

 

 

 

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