Viena, 17 de maio de 2016
Na terça-feira passada, 17, o médium e
orador espírita Divaldo franco proferiu uma conferência na cidade de Viena,
Áustria, com o tema “Libertação do Egoísmo”.
O evento foi realizado na sede da Sociedade
de Estudos Espíritas Allan Kardec de Viena e contou com a participação de
mais de 110 pessoas.
Como introdução para o assunto escolhido, foi narrado o registro histórico
do século VI a.C., referente à vida do rei Creso, da Lídia. Conforme
narrado, Creso vivia na capital de seu reino, Sardes, com seus dois filhos.
Acreditava-se plenamente feliz, pois que era o homem mais rico do planeta.
Certa feita, o rei convidou o grande filósofo Sólon para visitar seu
palácio. Após mostrar-lhe a sua imensa fortuna, falar da grandeza de seu
reino e de seu poder, perguntou-lhe se conhecia alguém mais feliz do que
ele, recebendo uma resposta afirmativa. Contrariado, reformulou a questão,
indagando a respeito de quem seria, então, a segunda pessoa mais feliz do
mundo. Novamente, seu nome não foi indicado pelo filósofo, o que lhe causou
profunda revolta. Sólon aproveitou a oportunidade para oferecer-lhe uma
grande reflexão, afirmando que somente seria possível verificar-se se uma
pessoa realmente foi feliz após a sua morte, já que antes disso muitos
fatores poderiam, de um minuto para outro, alterar a sorte de uma vida. O
ensinamento recebido foi profético. Creso houvera, oportunamente,
requisitado de seus ministros que procurassem os médiuns, pitonisas,
videntes, mais importantes de diversas regiões, a fim de testar a
autenticidade dos fenômenos ditos paranormais. Após todos retornarem a
Sardes para apresentarem ao rei as informações colhidas, constatou-se que a
médium de Delfos era, de fato, autêntica.
De lá, chegaram os avisos para Creso de que
ele não teria sucessores legítimos no trono, uma vez que o filho surdo-mudo
estaria naturalmente impedido de assumir a função e o outro desencarnaria
tragicamente, e de que um grande império estaria para ruir. E assim
ocorreu. O filho sem limitações físicas morreu em um trágico acidente. O
rei, acreditando, equivocadamente, que a referência sobre o império a ruir
seria do persa, decidiu guerrear contra ele, caindo, porém, derrotado. Mas
algo inusitado acontecera nesse episódio. Após perder a batalha, Creso
retornou para seu palácio e , ali, em uma sacada, contemplando as terras
destruídas, não percebeu que um soldado inimigo houvera adentrado o local;
quando este preparava-se para arremessar uma lança, o outro filho do rei da
Lídia, que era surdo-mudo, numa reação surpreendente, deu um grito, pedindo
que não matassem o pai. O soldado titubeou e ao fazer o arremesso, errou o
alvo. O rei foi preso com a família, mas quando estavam para ser mortos,
ele pronunciou em voz alta o nome de Sólon e repetiu a frase que lhe
houvera sito dita. Naquele dado instante, Ciro, o rei dos persas, passava
por ali e ouviu a menção ao filósofo, de quem era profundo admirador. Ao
saber daquele encontro entre Creso e Sólon, o comandante dos persas decidiu
libertar o rei derrotado e sua família, solicitando de seu servo que
anotasse que na História, Ciro houvera sido misericordioso, poupando a vida
de um inimigo vencido, para que, no dia em que eventualmente fosse também
derrotado, tivessem igualmente misericórdia para com ele. Após esse gesto,
Creso, que era todo egoísmo, curvara-se diante do vencedor e oferecera a si
e sua família para se lhe tornarem servos dedicados e leais.
Esse fato, narrado pelo historiador grego Heródoto de Halicarnasso e que
traz as comprovações históricas da paranormalidade/mediunidade, bem
descreve a impermanência da existência física, a sua fragilidade, a ilusão
das conquistas mundanas e as alternâncias das situações da vida material,
demonstrando que o egoísmo, a maior chaga da Humanidade e filho do ego, é
elemento impeditivo da felicidade e da paz.
O egoísmo, segundo explicado, pode ser
considerado sob diversos aspectos, recebendo diferentes designações:
egoísmo, egotismo, egolatria, egocentrismo etc. No entanto, sob qualquer
ângulo que seja abordado ou estudado, encontrar-se-á sempre o ego como
gênese desses comportamentos.
A conduta egoísta, inevitavelmente, levaria a criatura a desviar-se da
solidariedade humana. A consequência disso seria o isolamento, os tormentos
da solidão, a infelicidade, a depressão, com o risco do suicídio.
Foi ressaltado que essa questão sempre mereceu a preocupação dos filósofos,
desde a Antiguidade Clássica. A Filosofia Socrática teria oferecido
elementos substanciais para o melhor entendimento da criatura humana e de
seu relacionamento consigo e com os outros seres. Os princípios da
imortalidade da alma, da comunicabilidade dos Espíritos- nesse intercâmbio
constante entre os dois planos da vida-, da reencarnação, da vida moral
saudável, foram as bases do pensamento de Sócrates, de modo que se
constituiu verdadeiro precursor da Filosofia Espírita. Esse conjunto de
conhecimentos seria fundamental para o trabalho de autoconhecimento e
autoiluminação que, em outras palavras, significaria a superação do egoísmo
ou, ainda, na linguagem analítica junguiana, a união do ego com o Self.
Seguindo nesse raciocínio, foi explanado que, 400 anos após Sócrates, surgiria
Jesus no cenário terrestre, aprofundando e desdobrando o pensamento
socrático e centralizando toda a sua mensagem na Lei de Amor. Ninguém teria
falado sobre o Amor e vivido-o como ele, em toda a História. Dois milênios
após a sua passagem pela Terra, a Ciência, em diversos ramos e sobretudo
nas especificidades da Psicologia e Psiquiatria, reconheceria sua mensagem
como a mais profunda e excelente psicoterapia para o ser humano, capaz de
conduzir o indivíduo ao estado de saúde integral, de plenitude. O convite
ao autoencontro e autoiluminação estaria presente na sua orientação: “O
Reino dos Céus está dentro de vós”.
Demonstrando a tese, foi apresentado o
estudo do psiquiatra austríaco Viktor Frankl, que afirmara que todos nós
necessitamos de estabelecer um sentido psicológico profundo em nossas vidas
e de vivê-lo; de outra forma, o ser entraria em depressão e o suicídio
poderia ocorrer. Segundo o médico austríaco, o amor seria a mais excelente
e positiva meta psicológica para todos. Mas, além dele, Carl G. Jung, outro
psiquiatra, este suíço, afirmaria a mesma coisa, elegendo o amor como o
sentido mais elevado para a vida, gerador da plenitude, da completitude, do
estado numinoso.
Divaldo narrou a história do grande escritor russo Leo Tolstoy, que abandonou
a sua posição e título de nobreza, como conde, para viver no interior, no
campo, servindo aos seus semelhantes, especialmente aos pobres e simples.
Ele teria escrito ao czar da Rússia, Nicolau II, que era o protótipo do
homem egoísta, e dito em sua carta, em tom admoestatório, que “aqueles que
são egoístas têm a tendência de sofrer a tragédia de si mesmos”. Mais
tarde, o czar seria levado com sua família para a Sibéria, ondem foram
fuzilados.
Por essa razão, afirmou o conferencista, é que surgiu, no século XIX, o
Espiritismo, como a ciência que estuda a origem, a natureza e o destino dos
Espíritos e as relações existentes entre o mundo físico e espiritual,
dando-nos a conhecer o que somos, de onde viemos e a nossa destinação,
tanto quanto as causas de nosso sofrimento e as chave para que deles nos
libertemos. A geratriz principal de todas as nossas mazelas seria o egoísmo
e, em vista disso, Allan Kardec estabelecera que a nossa salvação, isto é,
a libertação de nossos sofrimentos, somente seria possível por meio da
diluição do egoísmo, com a vivência do Amor, na prática da caridade pura.
Concluindo, afirmou: viver, usufruindo de todos os recursos que Deus nos
oferece na Terra, mas sem a eles nos apegar, transformando o egoísmo no
prazer de se fazer o bem; sendo isso o grande testemunho da saúde integral.
Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Lucas Milagre e Ênio Medeiros
(Texto
em português recebido em email de Jorge Moehlecke)
Espanhol
DIVALDO FRANCO EN EUROPA
– 2016.
Viena, 17 de mayo de 2016.
El último martes, día 17, el médium y orador
espírita Divaldo Franco pronunció una conferencia en la ciudad de Viena,
Austria, sobre el tema Liberación del Egoísmo.
La actividad se desarrolló en la sede de la Sociedad
de Estudios Espíritas Allan Kardec de Viena, y contó con la
participación de más de 110 personas.
A modo de introducción al tema elegido, se narró el registro histórico del
siglo VI a. C., referido a la vida del rey Creso de Lidia. De conformidad
con la narración, Creso vivía en la capital de su reino -Sardes- junto con
sus dos hijos. Consideraba él que era plenamente feliz, porque era el
hombre más rico del planeta. En cierta ocasión, el rey invitó al gran
filósofo Solón a que visitara su palacio. Después de mostrarle su inmensa
fortuna, de hablar acerca de la grandeza de su reino y de su poder, le
preguntó si conocía a alguien más feliz que él, y recibió una respuesta
afirmativa. Contrariado, volvió a formular la pregunta, averiguando quién
sería, entonces, la segunda persona más feliz del mundo. Nuevamente, su
nombre no fue mencionado por el filósofo, lo que le ocasionó un profundo
disgusto. Solón aprovechó la oportunidad para proponerle una importante
reflexión, al afirmar que solamente sería posible verificar si una persona
fue realmente feliz, después de su muerte, ya que antes de eso muchos
factores podrían, de un instante para otro, modificar la suerte de una
vida. La enseñanza recibida fue profética. Creso había, oportunamente,
pedido a sus ministros que buscasen a los médiums, las pitonisas, y los
videntes más importantes de diversas regiones, a fin de probar la
autenticidad de los fenómenos denominados paranormales. Después de que
todos retornaron a Sardes, para exponer al rey las informaciones recogidas,
se constató que la médium de Delfos era, por cierto, auténtica.
De allí llegaron las noticias para Creso, en
cuanto a que él no tendría sucesores legítimos en el trono, pues su hijo
sordomudo estaría naturalmente impedido de asumir esa función, y el otro
desencarnaría trágicamente y, además, de que un gran imperio estaría a
punto de desmoronarse. Y así ocurrió. El hijo que no tenía limitaciones
físicas murió en un trágico accidente. El rey, en la suposición equivocada,
en cuanto a que la referencia acerca del imperio que se derrrumbaría
correspondía al imperio persa, decidió declararle la guerra, y cayó
derrotado. Pero, algo inusitado había ocurrido en esa circunstancia.
Después de perder la batalla, Creso retornó a su palacio y , allí, en un
balcón, mientras contemplaba las tierras arrasadas, no percibió que un
soldado enemigo había penetrado al lugar; cuando este se preparaba para
arrojarle una lanza, el otro hijo del rey de Lidia, que era sordomudo, tuvo
una reacción sorprendente: dio un grito, pidiendo que no matasen a su
padre. El soldado titubeó y al arrojar la lanza, erró el blanco. El rey fue
tomado preso junto con su familia, pero cuando estaban a punto de ser
eliminados, él, Creso, pronunció en voz alta el nombre de Solón y repitió
la frase que le había dicho. En aquel preciso instante, Ciro, el rey de los
persas, pasaba por allí y escuchó la mención al filósofo, del cual era un
profundo admirador. Al enterarse de aquel encuentro entre Creso y Solón, el
comandante de los persas decidió liberar al rey derrotado y a su familia, y
solicitó a su servidor, además, que registrase en la Historia que
Ciro había sido misericordioso, y había perdonado la vida de un enemigo
derrotado, a fin de que el día en que llegara a ser él mismo derrotado,
tuviesen también misericordia para con él. Después de ese gesto, Creso, que
era todo egoísmo, se inclinó ante el vencedor y le ofreció, a él y a su
familia, que se convirtieran en servidores suyos, devotos y leales.
Esta anécdota, narrada por el historiador griego Herodoto de Halicarnaso,
que aporta las comprobaciones históricas de la paranormalidad o
mediumnidad, describe con eficacia la inestabilidad de la existencia
física; su fragilidad, la ilusión de las conquistas mundanas y las
alternativas de las situaciones de la vida material, demostrando que el
egoísmo, la mayor llaga de la humanidad e hijo del ego, es un elemento que
atenta contra la felicidad y la paz.
El egoísmo, según lo explicado, puede ser
considerado desde diversos aspectos, y recibir diferentes denominaciones:
egoísmo, egotismo, egolatría, egocentrismo, etc. Mientras tanto, cualquiera
sea el ángulo desde el cual se lo enfoca o estudia, siempre se encontrará
al ego en la génesis de tales conductas.
La conducta egoísta, inevitablemente, conduciría a la criatura a alejarse
de la solidaridad humana. A consecuencia de eso, aparecería el aislamiento,
los tormentos de la soledad, la desdicha, la depresión, con el riesgo de
suicidio.
Se destacó que esa cuestión siempre mereció la atención de los filósofos, a
partir de la antigüedad clásica. La filosofía socrática habría aportado
elementos sustanciales para el mejor entendimiento de la criatura humana, y
de su relación consigo misma y con los demás seres. Los principios de la
inmortalidad del alma, de la comunicabilidad de los Espíritus- en ese
intercambio constante entre los dos ámbitos de la vida-, de la
reencarnación, de la vida moral saludable, han sido las bases del
pensamiento de Sócrates, de modo que se convirtió en un verdadero precursor
de la Filosofía Espírita. Ese conjunto de conocimientos sería fundamental,
para la tarea de autoconocimiento y autoiluminación que, en otras palabras,
significaría la superación del egoísmo o, también, en el lenguaje analítico
junguiano, la unión del ego con el Self.
Siguiendo con ese razonamiento, se explicó que 400 años después de
Sócrates, surgiría Jesús en el escenario terrestre, profundizando y
ampliando el pensamiento socrático, además de centralizar por completo su
mensaje en la Ley del Amor. Nadie habría aludido al Amor ni vivido como Él,
en toda la Historia. Dos milenios después de su paso por la Tierra, la
Ciencia, en diversas ramas y, sobretodo en las especificidades de la
Psicología y la Psiquiatría, reconocería su mensaje como la más profunda y
excelente psicoterapia para el ser humano, capaz de conduzir al individuo
al estado de salud integral, de plenitud. La invitación al autoencuentro y
la autoiluminación estaría presente en su expresión: El Reino de los
Cielos está dentro de vosotros.
A modo de demostración de esa tesis, fue
presentado el estudio del psiquiatra austríaco Viktor Frankl, quien afirmó
que todos nosotros necesitamos establecer un sentido psicológico profundo
en nuestras vidas, y experimentarlo; de otra forma, el ser caería en una
depresión y podría llegar al suicidio. Según el médico austríaco, el amor
sería la más excelente y positiva meta psicológica para todos. Pero, además
de él, Carl G. Jung, otro psiquiatra -este suizo- afirmaría lo mismo,
eligiendo al amor como el sentido más elevado para la vida, generador de la
plenitud -de la completitud-, del estado numinoso.
Divaldo narró la historia del ilustre escritor ruso León Tolstoy, que
abandonó su posición social y su título de nobleza como conde, para vivir
en el interior, en el campo, sirviendo a sus semejantes, especialmente a
los pobres y sencillos. Él habría escrito al zar de Rusia, Nicolás II, que
era el modelo del hombre egoísta, y dicho en su carta, en tono de
amonestación, que aquellos que son egoístas tienen la tendencia a
sufrir la tragedia de sí mismos. Más tarde, el zar sería trasladado
junto con su familia a Siberia, donde fueron fusilados.
Por ese motivo, afirmó el conferencista, surgió en el siglo XIX el
Espiritismo, como la ciencia que estudia el origen, la naturaleza y el
destino de los Espíritus y las relaciones que existen entre el mundo físico
y el espiritual, dándonos a conocer qué somos, de dónde venimos y cuál es
nuestro destino, tanto como las causas de nuestro sufrimiento y la clave
para liberarnos de ellos. El principal generador de nuestros males sería el
egoísmo y, en vista de eso, Allan Kardec estableció que nuetra salvación,
es decir, la liberación de nuestros sufrimientos, sólo sería posible por
medio de la superación del egoísmo, con la vivencia del Amor, mediante la
práctica de la caridad pura.
Para concluir, manifestó: vivir, disfrutando de
todos los recursos que Dios nos brinda en la Tierra, pero sin apegarnos a
ellos, transformando el egoísmo en el placer de hacer el bien; pues ese es
el gran testimonio de la salud integral.
Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Lucas Milagre e Ênio Medeiros
(Texto em
espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com],
Buenos Aires, Argentina)
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