Viena,
22 de maio de 2016
No
último domingo, 22, o médium e orador espírita Divaldo Franco proferiu um
seminário na cidade de Viena, Áustria, com o tema “O Caminho Para a Paz
Interior: Uma Viagem Terapêutica”.
O
evento foi realizado na “Lateinamerika-Institut”, com a presença de mais de
115 pessoas.
“O
grande enigma da criatura humana é ela mesma.” Esse colocação deu início às
reflexões em torno do tema proposto. A Filosofia, mãe de todas as Ciências,
teria surgido exatamente para colaborar com entendimento sobre o ser. No
entanto, por muitos séculos, ela deparou-se com uma incógnita: a morte. O
que haveria depois desse fenômeno? O pensamento oriental resolveria a
dúvida por meio da revelação espiritual, enquanto no Ocidente, os
pensadores dividiam-se em correntes ideológicas, entre os materialistas e
espiritualistas.
Para
a demonstração de nossa natureza imortal e tríplice (corpo físico, corpo
espiritual e Espírito), como seres que vivemos numa realidade
interdimensional, perfeitamente integrados no todo, Divaldo apresentou o
pensamento filosófico e científico desde o século IV a. C., nas áreas da
Química e da Física, a propósito dos átomos e das propriedades radiantes da
matéria, com Leucipo e Demócrito, passando por Epicuro, Aristóteles, René
Descartes, Isaac Newton, John Dalton, Sir William Crookes, Eugen Goldstein,
Sir Joseph Thomson, Wilhelm Röntgen, Marie Curie, Peter Higgs, Albert
Einstein; e, ainda, na área da Astrofísica, com V. A. Firsoff e James
Jeans, a respeito do Universo, sua formação, expansão e contração; também
no campo das Neurociências e da Psicologia, abordando-se o ser profundo, o
inconsciente, a realidade transpessoal.
Esse
preâmbulo, com base eminentemente científica e filosófica, ofereceu a
comprovação de que somos, em essência, uma energia pensante, que vincula-se
à matéria, nos seus diferentes estados, para realizar o seu processo
evolutivo, até a perfeita identificação com a Energia Criadora, denominada
de a Inteligência Suprema, causa primeira de todas as coisas, ou Deus. A
experiência física (reencarnação) ofereceria-nos a possibilidade de
superação de nossas más inclinações e de intelectualização da matéria, isto
é, de sutilização dessa energia densa por meio de nosso poder mental, de
modo que o envoltório do Espírito permitisse-lhe experiências cada vez mais
transcendentes.
No
campo da Psicologia, Divaldo apresentou o pensamento de Piotr Ouspenski,
psicólogo russo, sobre os 4 principais níveis de consciência do ser:
consciência de sono, consciência de sonho, consciência de si e consciência
cósmica. As aspirações de cada um, os seus objetivos de vida, seriam os
fatores a determinar em que nível cada pessoa se encontra. Também foram
analisadas as 5 características essenciais do ser humano, segundo o
psiquiatra e psicólogo cubano Emilio Mira y López: personalidade,
conhecimento, identificação, consciência e individualidade.
De
acordo com esse estudo, todos teríamos máscaras (personas) que utilizamos
para a convivência social, que seriam o nosso ego e que se distinguiriam da
nossa realidade profunda, aquilo que somos na essência (Self). Esse
paradoxo entre o ser e o parecer representaria um dos grandes conflitos
existenciais a serem vencidos pelo ser humano.
Seguindo
na análise da consciência, foi esclarecido que, ao atingirmos o nível de
consciência de si, a máquina humana funcionaria executando 7 funções
principais: intelectiva, emocional, instintiva, motora, sexual, emocional
superior (moral) e intelectiva superior ou coletiva. Fácil, portanto, de se
depreender que a educação do Espírito, por meio do desenvolvimento de
hábitos saudáveis e nobres, seria o caminho para se atingir patamares mais
elevados de consciência e, por via de consequência, a paz interior.
A
última característica do ser humano apresentada foi a individualidade, a
qual seria a representação junguiana do Self, ou seja, do ser espiritual
profundo em perfeita identificação com Deus.
Foi
explicado que no processo evolutivo biológico, nosso corpo desenvolveu-se
de maneira a oferecer, etapa a etapa, os recursos e equipamentos
necessários para que o Espírito pudesse manifestar os poderes da mente.
Assim é que do cérebro reptiliano, alcançamos o límbico e, mais
recentemente, o neocórtex, o qual segue em desenvolvimento frontal, a fim
de que as capacidades cerebrais atendam às exigências do Espírito já mais
evoluído, para o uso da intuição. Seria o período, então, do Homem Noético,
controlando, com o poder mental, todas as energias que compõem o Universo,
derivadas do Fluido Cósmico Universal.
Entretanto,
explicou o orador, para que pudéssemos educar os poderes da mente e avançar
em nossa jornada evolutiva, de modo a alcançar aquela qualificação noética,
seria indispensável vencer o ego, o maior impeditivo ao nosso progresso.
Tomando por base a obra "O Cavaleiro da Armadura Enferrujada", de
autoria de Robert Fisher, foi proposta uma análise junguiana e espírita da
problemática do ego e sua relação com a origem dos sofrimentos, assim como
da necessidade de a criatura humana alterar a sua conduta moral para
melhor, como forma de encontrar a paz interior.
O enredo do livro descreve a saga de um cavaleiro que, ao longo de muitos
anos, habituou-se a manter-se vestido com sua armadura de ferro, a qual
acabou por se enferrujar. Ele era casado e tinha um filho, mas o seu
relacionamento com a família era muito distante e difícil. Após uma
discussão com a esposa, aborrecido, decidiu o cavaleiro afastar-se do
domicílio e realizar uma viagem. Nesta viagem, ele passou a ter contato com
alguns outros personagens, com os quais se relacionou e que o ajudaram a
refletir sobre a própria existência. Por fim, o cavaleiro considerou que
deveria retirar a armadura, o que não conseguiu de imediato, uma vez que
ela já se encontrava muito enferrujada. Um dos personagens disse-lhe que
seria necessário atravessar uma determinada trilha, onde encontraria três
castelos: o do silêncio, o do conhecimento e o da vontade e ousadia.
Ser-lhe-ia necessário permanecer um certo tempo em cada um deles, para se
lhes aprender as lições, a fim de que ele pudesse seguir para o seguinte.
Nesse processo, passando por cada castelo, o cavaleiro foi introjetando os
diferentes ensinamentos, refletindo sobre a própria vida, conhecendo mais
de si mesmo, ao tempo em que ele passou a mudar de pensamentos, de
comportamentos, e , com isso, a armadura, de parte em parte, começou a cair
de seu corpo, até que ele viu-se totalmente liberado dela.
Divaldo
esclareceu que a viagem do cavaleiro pela trilha, visitando cada um daqueles
castelos, é bem a viagem de autodescobrimento e de autoiluminação de todos
nós, que trazemos as nossas máscaras, as personas a que se referia Carl
Gustav Jung.
Recordando
a vida e obra de Franz Kafka, marcadas sobretudo pelo extremo pessimismo, o
Existencialismo de Jean Paul Sartre e de Albert Camus, o orador alertou
para os riscos do vazio existencial, que levaria à depressão e aos
problemas dela decorrentes, especialmente o suicídio. Foi narrada
brevemente a estória de Mersault, contida na obra “O Estrangeiro”, de
autoria de Albert Camus. Ali estaria representado o dilema entre o
existencialismo, a pregar o gozo do aqui e agora, atendendo às exigências
do ego, e o espiritualismo, a falar-nos de uma vida futura, espiritual,
sobrevivente à morte física, e cujo bem-estar resultaria de uma conduta
digna, saudável na Terra.
Na
fase final do seminário, Divaldo discorreu sobre a psicologia de Viktor
Frankl, que estabelecera que todos nós deveríamos estabelecer como meta
psicológica de profundidade para a nossa vida o amor, única capaz de dar um
sentido real e superior à nossa existência, em perfeita concordância com a
mensagem psicoterapêutica de Jesus. Foi, também, analisado o “Decálogo
Logoterapêutico”, de Elizabeth Lukas, discípula do Dr. Frankl, o qual
inicia-se com o item que diz que deveríamos manter sempre contato com a
transcendência, falando, ainda, da importância de dialogarmos com a nossa
consciência, de mantermos valores nobres, vivenciando o amor, de mantermos
os vínculos familiares, e encerrando o seu roteiro com o item que faz um
apelo para que os indivíduos realizem o esforço para a sua transformação
moral para melhor. Divaldo encerrou a sua dissertação, afirmando que, com a
ajuda desse decálogo, o Self, saído da armadura do ego, experimentaria a
paz e uma doce emoção tomaria conta de sua vida.
Texto:
Júlio Zacarchenco
Fotos: Lucas Milagre
(Texto em português reccebido em email
de Jorge Moehlecke)
Espanhol
DIVALDO
FRANCO EN EUROPA – 2016.
Viena,
22 de mayo de 2016.
El
último domingo, día 22, el médium y orador espírita Divaldo Franco dictó un
seminario en la ciudad de Viena, Austria, sobre el tema El camino hacia
la paz interior: un viaje terapéutico.
El
acto se realizó en el Lateinamerika-Institut, con la presencia de
más de 115 personas.
El
gran enigma de la criatura humana es ella misma. Esa afirmación dio comienzo a las reflexiones en torno
del tema propuesto. La Filosofía, madre de todas las ciencias, habría
surgido precisamente para contribuir a la comprensión relativa al ser.
Mientras tanto, durante muchos siglos, esta se encontró con una incógnita:
la muerte. ¿Qué existiría después de ese fenómeno? El pensamiento oriental
resolvería la duda por medio de la revelación espiritual, mientras que en
occidente, los pensadores se dividían en corrientes ideológicas, entre los
materialistas y los espiritualistas.
Para
la demostración de nuestra naturaleza inmortal y triple (cuerpo físico,
cuerpo espiritual y Espíritu), como seres que vivimos en una realidad
interdimensional, perfectamente integrados en el todo, Divaldo presentó el
pensamiento filosófico y científico a partir del siglo IV a. C., en las
especialidades de la Química y de la Física, a propósito de los átomos y de
las propiedades radiantes de la materia, con Leucipo y Demócrito, pasando
por Epicuro, Aristóteles, René Descartes, Isaac Newton, John Dalton, Sir
William Crookes, Eugen Goldstein, Sir Joseph Thomson, Wilhelm Röntgen,
Marie Curie, Peter Higgs, Albert Einstein; y, además, en el área de la
Astrofísica, con V. A. Firsoff y James Jeans, con respecto al universo, su
formación, expansión y contracción; también en el campo de las
Neurociencias y de la Psicología, abordando el ser profundo, el
inconsciente, la realidade transpersonal.
Esa
introducción, con base eminentemente científica y filosófica, ofreció la
comprobación de que somos, en esencia, una energía pensante, que se vincula
a la materia en sus diferentes estados, para realizar su proceso evolutivo
hasta la perfecta identificación con la Energía Creadora, denominada
Inteligencia suprema, Causa Primera de todas las cosas, o Dios. La
experiencia física (reencarnación) nos ofrecería la posibilidad de
superación de nuestras malas tendencias y la intelectualización de la
materia, es decir, de sutilización de esa energía densa por medio de
nuestro poder mental, de modo que el envoltorio del Espíritu le permitiese
experiencias cada vez más transcendentes.
En el
campo de la Psicología, Divaldo presentó el pensamiento de Piotr Ouspenski,
psicólogo ruso, sobre los cuatro principales niveles de conciencia del ser:
conciencia, conciencia de sueño, conciencia de sí y conciencia cósmica. Las
aspiraciones de cada uno, sus objetivos de vida, serían los factores para
determinar en qué nível se encuentra cada persona. También fueron analizadas
las cinco características esenciales del ser humano, según el psiquiatra y
psicólogo cubano Emilio Mira y López: personalidad, conocimiento,
identificación, conciencia e individualidad.
De
acuerdo con ese estudio, todos tendríamos máscaras (personas) que
utilizamos para la convivencia social, que serían nuestro ego, y que se
distinguirían de nuestra realidad profunda, aquello que somos en esencia (Self).
Esa paradoja entre el ser y el parecer representaría uno de los grandes
conflictos existenciales que debe resolver el ser humano.
Prosiguiendo
con el análisis de la conciencia, se explicó que cuando alcanzáramos el
nivel de conciencia de sí, la máquina humana funcionaría ejecutando
siete (7) funciones principales: intelectiva, emocional, instintiva,
motora, sexual, emocional superior (moral) e intelectiva superior o
colectiva. Fácil es, por lo tanto, deducir que la educación del Espíritu,
por medio del desarrollo de hábitos saludables y nobles, sería el camino
para acceder a niveles más elevados de conciencia y, por consiguiente, a la
paz interior.
La
última característica del ser humano presentada fue la individualidad, la
cual sería la representación junguiana del Self, o sea, del
ser espiritual profundo en perfecta identificación con Dios.
Se explicó
que en el proceso evolutivo biológico, nuestro cuerpo se desarrolló de
manera de ofrecer, etapa tras etapa, los recursos y los equipamientos
necesarios para que el Espíritu pudiese manifestar los poderes de la mente.
De tal modo es cómo del cerebro del reptil alcanzamos el límbico y, más
recientemente, el neocórtex, el cual sigue en un desenvolvimiento frontal,
a fin de que las capacidades cerebrales atiendan a las exigencias del
Espíritu ya más evolucionado, para el empleo de la intuición. Sería el período,
entonces, del Hombre Noético, controlando con el poder mental todas
las energías que componen el universo, derivadas del Fluido Cósmico
Universal.
Entre
tanto -explicó el orador-, para que pudiésemos educar los poderes de la
mente y avanzar en nuestra trayectoria evolutiva, de modo de alcanzar
aquella cualidad noética, sería indispensable superar el ego, el
mayor impedimento para nuestro progreso. Tomando como base la obra El
Caballero de la Armadura Oxidada, de Robert Fisher, se propuso un análisis
junguiano y espírita de la cuestión del ego, y su relación con el
origen de los sufrimientos, así como de la necesidad de que la criatura
humana modifique su conducta moral para mejor, como una forma de encontrar
la paz interior.
El argumento del libro describe la trayectoria de un caballero que, a lo
largo de muchos años, se habituó a permanecer vestido con su armadura de
hierro, la cual acabó por oxidarse. Él estaba casado y tenía un hijo, pero
su relación con la familia era muy distante y complicada. Después de una
discusión con la esposa, disgustado, decidió el caballero dejar su
domicilio y realizar un viaje. Durante este viaje, tomó contacto con
algunos otros personajes, con los cuales se relacionó, y lo ayudaron a
reflexionar sobre su propia existencia. Por último, el caballero decidió
que debía quitarse la armadura, lo que no consiguió de inmediato, debido a
que esta se encontraba muy oxidada. Uno de los personajes le explicó que le
iba a ser necesario recorrer una determinada senda, donde encontraría tres
castillos: el del silencio, el del conocimiento y el de la voluntad y la
osadía; y que le sería necesario permanecer durante cierto tiempo en cada
uno de ellos, para aprender sus lecciones, antes de que pudiese seguir
hacia el siguiente. En ese proceso, a medida que pasó por cada uno de los
castillos, el caballero fue asimilando las diferentes enseñanzas, y
mediante la reflexión sobre su propia vida, llegó a conocerse mejor, a la
vez que comenzó a modificar sus pensamientos, luego su comportamiento y,
con eso, la armadura -parte por parte- comenzó a desprenderse de su cuerpo,
hasta que se vio completamente liberado de ella.
Divaldo
esplicó que el recorrido del caballero por la senda, así como la visita a
cada uno de los castillos, significa el viaje del autodescubrimiento y de
la autoiluminación de todos nosotros, porque somos portadores de nuestras
máscaras, esas personas a las cuales aludía Carl Gustav Jung.
Rememorando
la vida y la obra de Franz Kafka, caracterizadas sobre todo por el pesimismo
extremo, el Existencialismo de Jean Paul Sartre y de Albert Camus, el
orador alertó acerca de los riesgos del vacío existencial, que conduciría a
la depresión y a los problemas derivados de ella, especialmente el
suicidio. Realizó una breve narración de la personalidad de Mersault
-contenida en la obra El Extranjero, del escritor Albert Camus-.
Allí estaría representado el dilema entre el existencialismo, que predica
el gozo aquí y ahora, atendiendo a las exigencias del ego, y el
espiritualismo, que nos habla de una vida futura, espiritual, de
supervivencia a la muerte física, cuando el bienestar sería el resultado de
una conducta digna, saludable, en la Tierra.
En la
fase final del seminario, Divaldo se refirió a la psicología de Viktor
Frankl, quien estableció que todos deberíamos tener una meta psicológica
profunda en nuestra vida: el amor. Esa meta es la única capaz de dar un
sentido auténtico y superior a nuestra existencia, en perfecta concordancia
con el mensaje psicoterapéutico de Jesús. También se analizó el Decálogo
Logoterapéutico de Elizabeth Lukas, discípula del Dr. Frankl, el cual
comienza expresando que deberíamos mantener siempre contacto con la
trascendencia, y alude, además, a la importancia de que dialoguemos con
nuestra conciencia, que mantengamos valores dignos, experimentando el amor,
que conservemos los vínculos familiares, y concluyó su enunciación de los
ítems con el que convoca a los individuos a que realicen el esfuerzo
inherente a su transformación moral para mejor. Divaldo finalizó su
disertación afirmando que, con la ayuda de ese decálogo, luego de salir de
la armadura del ego, el Self experimentaría la paz, y una delicada
emoción se apoderaría de su vida.
Texto:
Júlio Zacarchenco
Fotos: Lucas Milagre
(Texto em
espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com],
Buenos Aires, Argentina)
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