Divaldo Franco em Los Angelis/EUA 18 março 2016
DIVALDO FRANCO NA CALIFÓRNIA/EUA - 2016
Na última sexta feira, 18/03, o médium e orador espírita
Divaldo Franco encerrou mais um ciclo de atividades doutrinárias no Estado
da Califórnia, com um seminário na cidade de Los Angeles, que versou sobre
o tema “A Felicidade na Visão do Espiritismo”.
O belíssimo auditório do “Olympic Collection Conference
Center” ficou completamente lotado, com a presença de 250 pessoas.
Os espíritas da Califórnia homenagearam o médium pelas
décadas de visitas ininterruptas àquele Estado, durante as quais prestou
extraordinário serviço de implantação, amparo e expansão do movimento
espiritista regional. Reconhecido, ele agradeceu o gesto gentil e
transferiu o mérito à Allan Kardec, o codificador do Espiritismo.
O registro histórico do século VI a.C., referente à vida
do rei Creso, da Lídia, serviu como introdução para o tema da noite.
Conforme narrado, Creso vivia na capital de seu reino, Sardes, com seus
dois filhos. Acreditava-se plenamente feliz, pois que era o homem mais rico
do planeta. Certa feita, o rei convidou o grande filósofo Sólon para
visitar seu palácio. Após mostrar-lhe a sua imensa fortuna, falar da
grandeza de seu reino e de seu poder, perguntou-lhe se conhecia alguém mais
feliz do que ele, recebendo uma resposta afirmativa. Contrariado,
reformulou a questão, indagando a respeito de quem seria, então, a segunda
pessoa mais feliz do mundo. Novamente, seu nome não foi indicado pelo
filósofo, o que lhe causou profunda revolta. Sólon aproveitou a
oportunidade para oferecer-lhe uma grande reflexão, afirmando que somente
seria possível verificar-se se uma pessoa realmente foi feliz após a sua
morte, já que antes disso muitos fatores poderiam, de um minuto para outro,
alterar a sorte de uma vida. O ensinamento recebido foi profético. Creso
houvera, oportunamente, requisitado de seus ministros que procurassem os
médiuns, pitonisas, videntes, mais importantes de diversas regiões, a fim
de testar a autenticidade dos fenômenos ditos paranormais.
Após todos retornarem a Sardes para apresentarem ao rei
as informações colhidas, constatou-se que a médium de Delfos era, de fato,
autêntica. De lá, chegaram os avisos para Creso de que ele não teria
sucessores legítimos no trono, uma vez que o filho surdo-mudo estaria
naturalmente impedido de assumir a função e o outro desencarnaria
tragicamente, e de que um grande império estaria para ruir. E assim
ocorreu. O filho sem limitações físicas morreu em um trágico acidente. O
rei, acreditando, equivocadamente, que a referência sobre o império a ruir
seria do persa, decidiu guerrear contra ele, caindo, porém, derrotado. Mas
algo inusitado acontecera nesse episódio. Após perder a batalha, Creso
retornou para seu palácio e , ali, em uma sacada, contemplando as terras
destruídas, não percebeu que um soldado inimigo houvera adentrado o local;
quando este preparava-se para arremessar uma lança, o outro filho do rei da
Lídia, que era surdo-mudo, numa reação surpreendente, deu um grito, pedindo
que não matassem o pai. O soldado titubeou e ao fazer o arremesso, errou o
alvo. O rei foi preso com a família, mas quando estavam para ser mortos,
ele pronunciou em voz alta o nome de Sólon e repetiu a frase que lhe
houvera sito dita. Naquele dado instante, Ciro, o rei dos persas, passava
por ali e ouviu a menção ao filósofo, de quem era profundo admirador. Ao
saber daquele encontro entre Creso e Sólon, o comandante dos persas decidiu
libertar a família do rei vencido e torná-lo seu servo.
Esse fato, narrado pelo historiador grego Heródoto de
Halicarnasso e que traz as comprovações históricas da
paranormalidade/mediunidade, bem descreve a impermanência da existência
física, a sua fragilidade, a ilusão das conquistas mundanas e as
alternâncias das situações da vida material.
Aproveitando-se desse contexto, o orador questionou
sobre o que seria a verdadeira felicidade e onde encontrá-la. Explicou que
para determinada corrente filosófica, a felicidade constituir-se-ia em ter
coisas, ter poder; para outra vertente da Filosofia, ela seria a total
ausência de posses materiais; haveria, também, aqueles que defenderiam a
tese de que a felicidade residiria no enfrentamento silencioso de todo
sofrimento, sempre e em qualquer circunstância. Entretanto, a vida do rei
Creso demonstraria que todas essas teorias seriam incorretas.
Divaldo apresentou a advertência do grande psicólogo existencialista
estadunidense Rollo May, que afirmou que vivemos numa época de enorme
ansiedade e de consumismo, evidenciando os conflitos íntimos e o vazio
existencial que trazemos em nós. O desejo de estar em diferentes lugares
ao mesmo tempo, o estresse, a agitação do cotidiano, a rotina, os
relacionamentos sociais e afetivos virtuais, em detrimento do contato
humano, as ilusões das comunicações pela internet, das redes sociais, a
sexolatria, o individualismo, seriam as provas de nosso desequilíbrio interior
e os elementos impeditivos da felicidade.
Por conta desse panorama da sociedade mundial é que se
concluiria que as crises de toda ordem que contemplamos no planeta nada
mais seriam do que a crise moral do indivíduo. E, assim, a solução não
poderia ser exterior, senão uma medida íntima de transformação moral
individual para melhor.
Como embasamento científico de suas colocações, o
conferencista destacou a proposta dos reconhecidos psiquiatras Viktor
Frankl, Carl Gustav Jung e Milton Erickson, que afirmam ser indispensável
para o ser humano eleger e vivenciar uma meta psicológica profunda para a
sua existência, a fim de viver em equilíbrio e feliz. A ausência de uma
meta profunda acarretaria frustrações e vazio existencial, que levariam o
indivíduo a estados perturbadores, incluindo a depressão e outros
transtornos psicológicos e psiquiátricos.
Por fim, Divaldo apresentou a visão espírita da
felicidade, que, em perfeita consonância com a Ciência, convidaria a
criatura humana à viagem interior do autoconhecimento, a fim de que cada
pessoa pudesse identificar as suas más inclinações morais e domá-las,
substituindo-as, paulatinamente, por pensamentos e comportamentos morais
saudáveis, geradores de harmonia e paz. Para o Espiritismo – afirmou-, a
felicidade é perfeitamente possível de ser experienciada em nossa vida,
sendo necessário, contudo, que eliminemos as ilusões e faceemos a nossa
realidade imortalista, realizando todos os esforços para o aperfeiçoamento
moral e espiritual. A certeza da existência do Deus bom, misericordioso e
justo, da imortalidade da alma, da interação constante entre os mundos
físico e espiritual, da pluralidade de oportunidades reencarnatórias para o
aperfeiçoamento do Espírito, e mais os recursos terapêuticos contidos no
Evangelho de Jesus seriam um tesouro de inestimável valor a nos guiar para
a conquista da verdadeira felicidade.
O seminário foi encerrado com o convite para que cada
qual despertasse em si a consciência de que somente nos acontece aquilo que
seja de melhor para o nosso processo de evolução e de que o Amor é a força
mais poderosa do Universo, capaz de transmudar dor em alegria, trevas em
luz e perturbação em paz, em nossas vidas e nas de nossos irmãos de
Humanidade. Por isso, exortou o palestrante: “seja feliz, hoje!”
Na segunda parte do seminário, foram respondidas
perguntas do público sobre traumas de infância, perdão e autoperdão,
aliança do Espiritismo com a Ciência, crise política no Brasil, felicidade
face aos sofrimentos morais e físicos, dentre outras.
Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Akemi Adams/Lucimar
(Texto em português recebido em email de Jorge
Moehlecke)
DIVALDO FRANCO EN LOS
ÁNGELES, CALIFORNIA, USA - 18/03/2016.
El viernes último, 18 de marzo,
el médium y orador espírita Divaldo Franco concluyó otro ciclo de
actividades doctrinarias en el Estado de California, con un seminario
ofrecido en la ciudad de Los Ángeles, que versó sobre el tema La
felicidad según el punto de vista del Espiritismo.
El muy agradable auditorio del Olympic
Collection Conference Center estuvo repleto, con la presencia de 250
personas.
Los espíritas de California
homenajearon al médium en agradecimiento a las sucesivas décadas de visitas
ininterrumpidas a ese Estado, durante las cuales prestó un extraordinario
servicio de implantación, amparo y expansión al movimiento espiritista
regional. Reconocido, él agradeció la gentileza e hizo mención a que el
mérito era de Allan Kardec, el Codificador del Espiritismo.
El registro histórico del siglo
VI a. C., referido a la vida del rey Creso de Lidia, sirvió como
introducción al tema de la noche. De conformidad con la narración, Creso
vivía en la capital de su reino, Sardes, con sus dos hijos. Se consideraba
plenamente feliz, pues era el hombre más rico del planeta. En cierta
ocasión, el rey invitó al gran filósofo Solón a que visitara su palacio.
Después de mostrarle su inmensa fortuna, de hablar de la grandeza de su
reino y de su poder, le preguntó si conocía a alguien más feliz que él, y
recibió una respuesta afirmativa. Contrariado, volvió a plantearle la
pregunta, para averiguar quién sería, entonces, la segunda persona más
feliz del mundo. Nuevamente, el filósofo no mencionó su nombre, lo que le
causó a Creso un profundo disgusto. Solón aprovechó la oportunidad para
ofrecerle una profunda reflexión, al manifestar que solamente sería posible
verificar si una persona realmente ha sido feliz, después de su muerte, ya
que antes de eso muchos eran los factores que podrían, de un instante para
otro, modificar la suerte de una vida. La enseñanza recibida fue profética.
Creso había, oportunamente, solicitado a sus ministros que fueran en busca
de los médiums, las pitonisas y los videntes más importantes de diversas
regiones, a fin de verificar la autenticidad de los fenómenos denominados
paranormales.
Luego de que todos retornaran a
Sardes, para presentar al rey las informaciones recogidas, se constató que
la médium de Delfos era, de hecho, auténtica. Desde allí, habían llegado
los informes para Creso acerca de que él no tendría sucesores legítimos
para el trono, dado que uno de sus hijos -sordomudo- estaría naturalmente
impedido para desempeñar tal función, y el otro desencarnaría trágicamente;
asimismo, anunciaron que un gran imperio estaba a punto de derrumbarse. Y
así ocurrió. El hijo que no tenía limitaciones físicas murió en un trágico
accidente. El rey, suponiendo -equivocadamente- que la referencia al
imperio que se derrumbaría aludía al imperio persa, decidió declararle la
guerra; pero, su propio imperio fue el que cayó derrotado. Mientras tanto,
algo inusitado había ocurrido en ese episodio. Después de perder la
batalla, Creso retornó a su palacio y, allí, desde un balcón, contempló las
tierras destruidas, sin percibir que un soldado enemigo se había
introducido en el lugar; cuando este se preparaba para atacarlo con una
lanza, el otro hijo del rey de Lidia -que era sordomudo-, tuvo una reacción
sorprendente: dio un grito, pidiendo que no matasen a su padre. El soldado
titubeó, y al arrojar su lanza erró el objetivo. El rey fue tomado preso
junto con su familia, pero cuando estaba aguadando la muerte, pronunció en
voz alta el nombre de Solón y repitió la frase que él le había dicho. En
ese preciso instante, Ciro -el rey de los persas- pasaba por allí, y
escuchó que se hacía mención al filósofo de quien él era un profundo
admirador. Al enterarse de aquel encuentro entre Creso y Solón, el
comandante de los persas decidió liberar a la familia del rey derrotado, y
a él convertirlo en su servidor.
Esa anécdota, narrada por el
historiador griego Herodoto de Halicarnaso, que aporta las comprobaciones
históricas de la paranormalidad o mediumnidad, describe fehacientemente la
transitoriedad de la existencia física, su fragilidad, la ilusión de las
conquistas mundanas y la alternancia de las situaciones de la vida
material.
Aprovechando ese contexto, el
orador preguntó qué sería la verdadera felicidad, y dónde encontrarla.
Explicó que para una determinada corriente filosófica, la felicidad
residiría en tener cosas, tener poder; para otra vertiente de la Filosofía,
la felicidad sería la total ausencia de posesiones materiales; estarían,
también, aquellos que defenderían la tesis acerca de que la felicidad
residiría en soportar silenciosamente todo tipo de sufrimiento, siempre y
en cualquier circunstancia. Entretanto, la vida del rey Creso demostraría
que todas esas teorías serían incorrectas.
Divaldo presentó la advertencia
del gran psicólogo existencialista estadunidense Rollo May, que afirmó que
vivimos en una época de enorme ansiedad y de consumismo, evidenciando los
conflictos íntimos y el vacío existencial, del cual somos portadores. El
deseo de estar en diferentes lugares al mismo tiempo, el estrés, la
agitación de la vida cotidiana, la rutina, las relaciones sociales y afectivas
virtuales, en detrimento del contacto humano, las ilusiones de las
comunicaciones por Internet, por las redes sociales, la sexolatría, el
individualismo, serían las pruebas de nuestro desequilibrio interior, y los
elementos que impiden la felicidad.
A partir de ese panorama de la
sociedad mundial se concluiría que las crisis de toda índole que
contemplamos en el planeta, sólo serían una muestra de la crisis moral del
individuo. Y por eso, la solución no podría ser exterior, sino una decisión
íntima de transformación moral individual para mejor.
Como base científica de sus
afirmaciones, el conferencista destacó la propuesta de los reconocidos
psiquiatras Viktor Frankl, Carl Gustav Jung y Milton Erickson, quienes
afirman que es indispensable, para el ser humano, elegir y experimentar una
meta psicológica profunda para su existencia, a fin de vivir en equilibrio
y feliz. La ausencia de una meta profunda sería portadora de frustraciones
y de vacío existencial, los cuales conducirían al individuo a estados
perturbadores, incluyendo la depresión y otros trastornos psicológicos y
psiquiátricos.
Por último, Divaldo presentó el
concepto espírita de la felicidad que, en perfecta consonancia con la
Ciencia, invitaría a la criatura humana a un viaje interior de
autoconocimiento, a fin de que cada persona pudiese identificar sus malas
tendencias morales y dominarlas, para sustituirlas paulatinamente por
pensamientos y comportamientos morales saludables, generadores de armonía y
paz. Para el Espiritismo –afirmó- la felicidad puede perfectamente ser
experimentada en nuestra vida; sin embargo, es necesario que eliminemos las
ilusiones y afrontemos nuestra realidad inmortalista, realizando todos los
esfuerzos para el perfeccionamiento moral y espiritual. La certeza de la
existencia del Dios bueno, misericordioso y justo, de la inmortalidad del
alma, de la interacción constante entre el mundo físico y el espiritual, de
la pluralidad de oportunidades reencarnatorias para el perfeccionamiento
del Espíritu, además de los recursos terapéuticos contenidos en el
Evangelio de Jesús, serían un tesoro de inestimable valor, para guiarnos
hacia la conquista de la verdadera felicidad.
El seminario concluyó con la
invitación a que cada uno despertase en sí mismo la conciencia de que
solamente nos ocurre aquello que es mejor para nuestro proceso de
evolución, y que el Amor es la fuerza más poderosa del universo, capaz de
transmutar el dolor en alegría, las tinieblas en luz, y la perturbación en
paz, en nuestras vidas y en las de nuestros hermanos en humanidad. Por eso,
exhortó el disertante: ¡Sea feliz, hoy!
En la segunda parte del
seminario, Divaldo respondió preguntas del público sobre traumas de la
infancia, perdón y autoperdón, alianza del Espiritismo con la Ciencia,
crisis política en el Brasil, la felicidad frente a los sufrimientos
morales y físicos, entre otras.
Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Akemi Adams/Lucimar
(Texto em
espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com],
Buenos Aires, Argentina)
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