Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, quarta-feira, 12 de abril de 2017

Compiladas por Ismael Gobbo

 

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Acessar o boletim de notícias aqui:

http://www.noticiasespiritas.com.br/2017/ABRIL/12-04-2017.htm

ou

https://www.facebook.com/ismael.gobbo.1

 

 

Parcerias

Rede Amigo Espírita:    http://www.redeamigoespirita.com.br/

Agenda Espírita Brasil: http://www.agendaespiritabrasil.com.br/

 

 

Editoração: Ismael Gobbo, São Paulo, SP.

Envio: Ismael Gobbo (SP) e Wilson Carvalho Júnior, Araçatuba (SP)

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.  O trabalho é totalmente gratuito e conta com ajuda de colaboradores voluntários (Ismael Gobbo).

 

 

Atenção

Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui:

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No Blog onde é  postado diariamente:

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Ou no Facebook:

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Os últimos 5 emails enviados:

 

DATA                                        ACESSE CLICANDO NO LINK

11-04-2017     http://www.noticiasespiritas.com.br/2017/ABRIL/11-04-2017.htm

10-04-2017     http://www.noticiasespiritas.com.br/2017/ABRIL/10-04-2017.htm

08-04-2017     http://www.noticiasespiritas.com.br/2017/ABRIL/08-04-2017.htm

07-04-2017     http://www.noticiasespiritas.com.br/2017/ABRIL/07-04-2017.htm

06-04-2017     http://www.noticiasespiritas.com.br/2017/ABRIL/06-04-2017.htm

 

 

Publicação em sequência

Obras Póstumas

 

 

 

 

 

 

 

 

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CONCLUSÃO DO EMAIL ANTERIOR

 

 

 

 

 

 

(Texto copiado de Febnet)

O festim de Baltazar. Óleo sobre tela por Rembrandt.

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Belshazzar%27s_Feast_(Rembrandt)

 

 

Reeducandos

 

 

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Hora Certa. Lição nº 15. Página 63.

 

Os nossos irmãos reeducandos, residentes em setores de segregação construtiva, não se encontram sozinhos.

Em todos os lugares de Terra, surpreendemos os sentenciados de variada espécie, dentre os quais se destacam:

- os presidiários retidos em provações de longo curso;

- os emparedados no remorso que carregam o peso de culpas inconfessadas;

- os detentos da rebeldia, que não se satisfazem com os recursos que a vida lhes coloca nas mãos;

- os encarcerados em sofrimentos claramente voluntários que recusam qualquer saída para a luz do espírito;

- os prisioneiros da inconformação que não aceitam as diretrizes do trabalho para o bem, que se lhes oferece por terapêutica de libertação;

- os encadeados na angústia que se acham isolados nas celas de reflexão que se lhes fazem necessárias ao próprio burilamento.

Diante de companheiros considerados delinqüentes abstém-te de condená-los.

Todos nós, espíritos em evolução na Terra, somos os viajores dos milênios e estamos ainda em processo regenerativo, à vista das imperfeições que nos marcam o espírito.

E se pudéssemos rasgar o peito, à frente de nossos interlocutores e companheiros do cotidiano, certamente que eles todos conseguiriam ler este letreiro, gravado a fogo e lágrimas, em nossos corações:

- “Compadece-te de mim!...”

 

 

(Texto recebido em email do divulgador Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG)

A negação de São Pedro. Óleo sobre tela por Rembrandt.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Rembrandt_-_Peter_Denying_Christ_-_WGA19121.jpg

O arrependimento de são Pedro. Óleo sobre tela por Rembrandt.

Imagem/fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a0/Rembrandt_Repentant_St._Peter.jpg

 

 

Conferência com Divaldo Pereira Franco

Luxemburgo

 

 

(Informação recebida em email de nascimento zelina [allankardeclux@yahoo.fr])

 

 

Programação de palestra na Cooperativa Casa do Caminho

Barreiro, Portugal

 

Olá a todos,

 

A Cooperativa Casa do Caminho convida-vos a todos para a nossa palestra mensal, desta vez o tema será "Alimentação - Um Caminho Espiritual?", apresentada pela Marta Rosa, dia 22 de Abril, pelas 21h.

Em anexo remetemos o cartaz da mesma.

Esperamos por todos vós, serão todos bem vindos.

 

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https://docs.google.com/uc?export=download&id=0B3Gwj0nAYDZfa2Z6eU5JWXJ1eTA&revid=0B3Gwj0nAYDZfNzlRUlpmc1BwVUdvRTZQL3lldVcxT0l0czB3PQCooperativa Casa do Caminho

Bairro de Santa Bárbara, Rua Liebig nº23 - 2830-141, Barreiro 

Tel. 969159438 . 965582690

 

 

(Informação recebida em email de Nuno Emanuel)

 

 

 Lançamento de livro por Richard Simonetti

Bauru, SP

 

 

(Recebido em email de Leopoldo Zanardi)

 

 

 Informativo do C.E. Zilda Gama

São Paulo, SP

 

Avisos

 

·       Reforma do novo espaço do CE Zilda Gama - Estamos em processo de reformo do imóvel ao lado, quem tiver interesse e puder auxiliar de alguma forma na reforma da casa pode pegar um flyer na recepção, ou conversar com um dos nossos trabalhadores e se informar;

 

PRÓXIMAS PALESTRAS

 

11/04/2017 – Hoje - Terça-feira                     20h – Reunião Pública

Orador: Jim Jeferson Lhara                                           

Tema: Lei de Adoração

 

12/04/2017 – Próxima Quarta-feira               20h – Reunião Pública

Orador: Fabiana Tófoli                                          Seara de Jesus

Tema: Sempre à Vida

 

15/04/2017 – Próximo Sábado                        15h Reunião Pública

Orador: Sônia Maria Dahlke                                   CE Zilda Gama

Tema: Gratidão

 

18/04/2017 – Próxima Terça-feira                 9h – Reunião Pública

Orador: Elisabeth Mendonça                                 CE Irmãos da Nova Era

Tema: Alimento Verbal

 

18/04/2017 – Próxima Terça-feira                 20h – Reunião Pública

Orador: Pedro Leite                                              CE Raio de Sol           

Tema: O Ponto de Vista

 

 

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CENTRO ESPÍRITA ZILDA GAMA

R. Dr. Cesar Salgado, 238 - Morumbi

contato@zildagama.org.br

www.zildagama.org.br

 

Nossa missão: "Acolher e auxiliar fraternalmente o indivíduo no seu desenvolvimento espiritual, por meio da Divulgação, do Ensino, da Prática da Doutrina Espírita e das parcerias com grupos terapêuticos de reconhecido valor espiritual"

 

 

(Informação recebida em email de Centro Espírita Zilda Gama [contato@zildagama.org.br])

 

 

 Acesse o site Agenda Espírita Brasíl

 

Clique aqui:

http://www.agendaespiritabrasil.com.br/

 

 

 

Email:

agendaespiritasp@gmail.com

 

 

 

 Palestra programada para o LELA- Lar Espírita Luz e Amor

Diadema, SP

 

(Informações recebidas em email de Divulgação Luz e Amor [divulgacaoluzeamor@yahoo.com.br])

 

 

 Palestra programada para o C.E. Francisco Cândido Xavier

São José do Rio Preto, SP

 

Meus amigos,

Em comemoração ao mês de aniversário de 160 anos d' O Livro dos Espíritos, convidamos para palestra com:

 

EDMIR GARCIA,

 

de Bebedouro, nesta quarta-feira, 12 de abril, 20:00 h, no Centro Espírita Francisco Cândido Xavier, situado à Av. Alfredo Theodoro de Oliveira, 2195 - Solo Sagrado, São José do Rio Preto - SP, e também para o cafezinho fraterno.

Abraços.

 

Navarro
São José do Rio Preto - SP
(17) 3228-0111 e 99702-7066


Conheça:

www.esperanto.org.br

www.agendaespiritabrasil.com.br

www.chicoxavierriopreto.com.br

 

(Informação recebida em emails de Antonio Carlos Navarro e de João Marchesi Neto)

 

 

 VII Jornada da AME-ABC

Santo André, SP

 


(Informação recebida em email de Regina Bachega)

 

 

 Newsletter Dirigente Espírita

USE/São Paulo

 

Acesse aqui:

http://us8.campaign-archive2.com/?u=f01a19e5a4be3a48fdac60efa&id=e1eb304fd4&e=bce6fbd28f

 

 

 

 

 

Palestra no C.E. Cairbar Schutel

Assis, SP  

 

 

(Informação recebida em email de Francisco Atilio Arcoleze [atilio.arcoleze@gmail.com])

 

 

Registro. 160 anos do lançamento de O Livro dos Espíritos

São Paulo, SP  

 

O XI Ciclo de Palestras Espíritas do Grupo Espírita Batuíra, do bairro Perdizes, em São Paulo encerrado domingo (09) foi um sucesso. Duas palestras por dia, para a  comemoração dos 160 anos do lançamento de O Livro dos Espíritos. Antonio Cesar Perri de Carvalho (ex-presidente da FEB e da USE-SP), falou no dia 8, no horário da Mocidade Espírita, perante auditório lotado, sobre o tema "O Livro dos Espíritos e os ensinos predecessores de Paulo". Informações: http://geb.org.br/news/xi-ciclo-de-palestras-espiritas-foi-um-sucesso

(Steagall,  dirigente da mocidade, Cesar Perri, e dirigentes do GEB-SP)

 

 

 

 Palestra programada para o

SEJA- Seara Espírita Joanna de Ângelis. Campinas, SP

 

 

(Informação recebida em email de SEJA-Divulgação [divulgacao@searajoannadeangelis.org.br])

 

 

 14º. Fórum Nacional de Arte Espírita

Goiânia, GO

 

Últimos dias para inscrições do Fórum

 

As inscrições para participar do Fórum de Goiânia terminam no próximo sábado, dia 15 de abril. A inscrição é feita pela internet e o pagamento pode ser feito pelo Pag Seguro. O pagamento da taxa de inscrição dá ao participante o direito de alojamento no local do evento, refeições durante o período do almoço do dia 15 ao café da manhã do dia 18 de junho de 2017, traslado aeroporto/rodoviária ao local do evento, na chegada e no retorno. Confira na tabela a seguir os valores das inscrições:

 

Associado da Abrarte (adimplente) alojado no evento

 

R$ 153,00

 

Associado da Abrarte (adimplente) não alojado no evento

 

R$ 143,00

 

Participante não associado da Abrarte alojado no evento

 

R$ 180,00

 

Participante não associado da Abrarte não alojado no evento

 

R$ 170,00

 

Criança de até 12 anos completos

 

R$ 85,00

 

Trabalhador do evento

 

R$ 85,00

 

O Fórum é um movimento nacional que reúne artistas e integrantes de grupos espíritas de arte de várias cidades e estados brasileiros. Promovido pela Abrarte, em parceria com a Federação Espírita do Estado de Goiás (Feego), o evento terá estudos doutrinários, seminários, debates sobre o fazer artístico no meio espírita, breves apresentações artísticas, assembleia geral de associados da Abrarte, além de proporcionar um ambiente de integração e sensibilização dos participantes. O objetivo é reunir em clima fraternal, coordenadores e lideranças de grupos de arte espírita, associados da Abrarte e dirigentes espíritas interessados na prática da arte espírita, com o intuito de promover a troca de experiências, reflexões, estudo doutrinário e busca pelo aperfeiçoamento do fazer artístico espírita.

--
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(Informação repassada por Nazareno Feitosa)

 

Eventos Espíritas programados para

Marília, SP

 

 

 

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(Informações recebidas em email de Donizete Pinheiro)

                                                                                   

 

 

 67ª. Semana do Livro Espírita de  

Franca, SP

 


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USEFRANCA

União das Sociedades Espíritas Intermunicipal de Franca

R. Major Claudiano, 2185

Centro, Franca, SP

1637243178

Curtir: www.facebook.com/usefranca

 

 

 

 Baixa a revista Joseph Gleber

Acesse no link abaixo

Baixe a revista Joseph Gleber: www.revistajosephgleber.blogspot.com.br 

 

A edição de abril traz os artigos “Vegetarianismo e Espiritismo”, de  Paula Carolina Banhoz, e “Israel: da luz à escuridão”, de Alessandra Mayhé. 

Na Coluna Josephinho, a tia Juliana Santos e a colaboradora mirim Manuela, contam o "Verdadeiro Significado da Páscoa", em meio a muito chocolate. Leia a revista ou acesse o canal no Youtube. 

Além disso, nossa colaboradora Claudia Costa faz uma análise sobre Adultério na coluna "Um Minuto com Joanna de Ângelis".

Chegamos ao fim da série de entrevistas com Eliomar Borgo e Graça Cypriano. Desta vez, vamos entender um pouco mais sobre o diálogo com os Espíritos e conversar sobre o Movimento Espírita da atualidade.

E para fechar, temos as colunas "Iluminando Horizontes" nos trazendo uma belíssima reflexão sobre confiança em Deus; "Aprendendo com Joseph Gleber" que vai falar sobre o diálogo com os Espíritos, e muito mais.

 

Colaboradores da Revista:
Ademildo Galiza, Alessandra Mayhé, Claudia Costa, Juliana Almeida, Gabriel ValejoLeticia Vba Prestes, Paula Carolina Banhoz, Stéphane Figueiredo, Thamy Souza, Vanessa Tavares da Mota


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Equipe da Revista Espírita Joseph Gleber

 

Visite-nos em:

 

https://docs.google.com/uc?id=0B2rwaZLnklUWR1ZIMnk3c2J5Yzg&export=download  https://docs.google.com/uc?id=0B2rwaZLnklUWQnpmd1MxNDJlY0U&export=download  https://docs.google.com/uc?id=0B2rwaZLnklUWN256OGhXbVRzbjA&export=download  https://docs.google.com/uc?id=0B2rwaZLnklUWdm14SVl4ZWw5OG8&export=download

 

 

 

 

 Informativo do Núcleo Espírita Chico Xavier

Itú, SP

 

Acesse aqui:

http://www.institutochicoxavier.com/informativo/informativo87/

 

 

 

 

 

(Informação em emails de Didi Pelegrini [didipelegrini@uol.com.br] e de João Marchesi Neto)

 

 

Almoço Beneficente no N.E. Chico Xavier

Niterói, RJ 

 

Prezado(a),

 

O Núcleo Espírita Chico Xavier realizará no dia 6 de maio às 13h o 1º Almoço Beneficente de 2017.

 

O cardápio será estrogonofe de frango, com direito a bebida e sobremesa no valor de R$25,00.

O evento contará com momento musical sob a direção de Celso Rufino.

Os convites podem ser adquiridos nos dias/horários da nossa programação regular.

 

Venha prestigiar este evento e, assim, colaborar com a continuidade das atividades assistenciais desenvolvidas pelo NECX.

 

Fraternalmente.


Núcleo Espírita Chico Xavier - NECX

Rua das Tainhas, nº 10 - Jardim Imbuí

Piratininga - Niterói (RJ)

Mapa de Acesso

NECX na WEB

NECX no Facebook

NECX no YouTube

 

 

(Informações recebidas em email de mphungria@gmail.com; em nome de; Núcleo Espírita Chico Xavier [necx.espiritismo@gmail.com])

 

 

Antes da nossa partida

 

 

Somos perecíveis enquanto seres vivos, transitando pela Terra. Imortal somente o Espírito.

Apesar dessa transitoriedade, ainda continuamos a dar importância a uma série de coisas que não importam tanto assim.

Deveríamos ter aprendido a reservar espaços na agenda e energia para as pequenas coisas que nos fazem felizes e dão sentido à vida.

Possivelmente por isso é que alguém escreveu um poema de despedida sobre uma pessoa que, ao encarar a morte, realiza um balanço sobre os ontens deixados para trás e o amanhã que não viverá mais neste mundo.

Quando o amanhã começar sem mim, e eu não estiver lá para ver, se o sol nascer e encontrar seus olhos cheios de lágrimas por mim, eu gostaria que você não chorasse da maneira que chorou hoje, enquanto pensava nas muitas coisas que deixamos de dizer.

Sei quanto você me ama, e quanto amo você. E cada vez que você pensa em mim, sei que sente a minha falta.

Mas quando o amanhã começar sem mim, por favor, tente entender que um anjo veio e chamou meu nome, tomou-me pela mão e disse que meu lugar estava pronto, nas moradas celestiais.

E que eu tinha de deixar para trás todos os que eu tanto amava.

Mas quando me virei para ir embora, uma lágrima escorreu-me pela face. Eu pensei que não queria morrer.

Eu tinha tanto para viver, tanta coisa por fazer, e pareceu quase impossível que eu estivesse indo sem você.

Pensei em nossos dias passados, nos dias bons e nos dias ruins, em todo o amor que vivemos, em toda as alegrias que tivemos.

Se eu pudesse reviver o ontem ainda que só por um instante, eu diria adeus e lhe daria um beijo. E talvez visse você sorrir.

Só então descobri que isso não aconteceria, pois o vazio e as lembranças ocupariam meu lugar.

Quando pensei nas coisas deste mundo, vi que posso não voltar amanhã.

Então pensei em você e meu coração se encheu de dor.

Mas quando cruzei os portões do céu eu me senti em casa. Quando Deus olhou para mim e sorriu, ele disse: “isto é a eternidade e tudo o que lhe prometi.

Agora sua vida na Terra é passado mas aqui uma vida nova começa.

Eu prometo que não haverá amanhã, mas que o hoje durará para sempre.

Então, que tal me dar a mão e compartilhar da minha vida?”

Logo, quando o amanhã começar sem mim, não pense que estamos separados, pois todas as vezes que pensar em mim, eu estarei dentro do seu coração.

*   *   *

Não esperemos a morte chegar para desejar fazer as coisas que nos deixam felizes.

Ouçamos o nosso coração e não esperemos a hora de partir para dizer: Amo você! Você é importante na minha vida! Minha vida sem você não teria sido tão maravilhosa!

Não economizemos gestos e palavras para manifestar a nossa ternura, o nosso carinho para com aqueles que amamos.

Obrigado, minha mãe! Parabéns, meu filho! Você lembra daquele dia?

Lembremos: depois da nossa morte, a empresa em que trabalhamos continuará, o trabalho prosseguirá, alguém o fará.

Mas ninguém nos poderá substituir no coração dos nossos amores. Por isso, aproveitemos, intensamente, a estadia ao lado deles.

Nenhum de nós sabe o dia, nem a hora da partida.

 

Redação do Momento Espírita, com transcrição
do poema 
Quando o amanhã começar  sem mim, 
de David M. Romano, que circula pela internet.
Em 11.4.2017.

 

 

(Texto copiado do site Feparana)

A dança da vida. Óleo sobre tela por Edvard Munch

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Edvard_Munch_-_The_dance_of_life_(1899-1900).jpg

Casal de namorados n

Casal em praia de Tarros, Sardegna, Itália. Foto Ismael Gobbo

 

 

 

 Homenagem

 

Leon Denis

(01-01-1846 / 12-04-1927)

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Léon Denis nasceu numa aldeia chamada Foug, situada nos arredores de Tours, em França, a 1º de Janeiro de 1846, numa família humilde. Cedo conheceu, por necessidade, os trabalhos manuais e os pesados encargos do lar. Desde os seus primeiros passos neste mundo, sentiu que os amigos invisíveis o auxiliavam. Ao invés de participar em brincadeiras próprias da juventude, procurava instruir-se o mais possível. Lia obras sérias, conseguindo assim, com esforço próprio desenvolver a sua inteligência. Tornou-se um autodidata sério e competente.

 

Aos dezoito anos tornou-se representante comercial da empresa onde trabalhava, fato que o obrigava a viagens constantes, situação que se manteve até a sua reforma e manteve ainda depois por mais algum tempo. Adorava a música e sempre que podia assistia a uma ópera ou concerto. Gostava de dedilhar, ao piano, árias conhecidas e de tirar acordes para seu próprio devaneio. Não fumava, era quase exclusivamente vegetariano e não fazia uso de bebidas fermentadas. Encontrava na água a sua bebida ideal.

 

Era seu hábito olhar com interesse, para os livros expostos nas livrarias. Um dia, ainda com dezoito anos, o chamado acaso fez com que a sua atenção fosse despertada para uma obra de título inusitado. Era O Livro dos Espíritos de Allan Kardec. Dispondo do dinheiro necessário, comprou-o e, recolhendo-se imediatamente ao lar entregou-se com avidez à leitura. O próprio Denis disse:

 

Nele encontrei a solução clara, completa e lógica, acerca do problema universal. A minha convicção tornou-se firme. A teoria espírita dissipou a minha indiferença e as minhas dúvidas.

 

O ano de 1882 marca, em realidade, o início do seu apostolado, durante o qual teve que enfrentar sucessivos obstáculos: o materialismo e o positivismo que olhavam para o Espiritismo com ironia e risadas e os crentes das demais correntes religiosas, que não hesitavam em aliar-se aos ateus, para o ridicularizar e enfraquecer. Léon Denis, porém, como bom paladino, enfrenta a tempestade. Os companheiros invisíveis colocam-se ao seu lado para o encorajar e exortá-lo à luta.

 

Coragem, amigo, - diz-lhe o espírito de Jeanne - estaremos sempre contigo para te sustentar e inspirar. Jamais estarás só. Meios ser-te-ão dados, em tempo, para bem cumprires a tua obra.

 

 A 2 de novembro de 1882, dia de Finados, um evento de capital importância produziu-se na sua vida a manifestação, pela primeira vez, daquele Espírito que, durante meio século, haveria de ser o seu guia, o seu melhor amigo, o seu pai espiritual - Jerônimo de Praga - que lhe disse: Vai meu filho, pela estrada aberta diante de ti. Caminharei atrás de ti para te sustentar.

 

A partir de 1910, a visão de Léon Denis foi, dia a dia, enfraquecendo. A operação a que se submetera, dois anos antes, não lhe proporcionara nenhuma melhora, mas suportava, com calma e resignação, a marcha implacável desse mal que o castigava desde a juventude. Aceitava tudo com estoicismo e resignação. Jamais o viram queixar-se. Todavia, bem podemos avaliar quão grande devia ser o seu sofrimento. Apesar disso, mantinha volumosa correspondência. Jamais se aborrecia; amava a juventude e possuía a alegria da alma. Era inimigo da tristeza. O mal físico, para ele, devia ser bem menor do que a angústia que experimentava pelo fato de não mais poder manejar a pena. Secretárias ocasionais substituíam-no nesse ofício. No entanto, a grande dificuldade para Denis, consistia em rever e corrigir as novas edições dos seus livros e dos seus escritos. Graças, porém, ao seu espírito de ordem e à sua incomparável memória, superava todos esses contratempos, sem molestar ou importunar os amigos.

 

Após a Primeira Grande Guerra, aprendeu braille, o que lhe permitiu fixar no papel os elementos de capítulos ou artigos que lhe vinham ao espírito, pois, nessa época da sua vida, estava, por assim dizer, quase cego.

 

Em março de 1927, com oitenta e um anos de idade, terminara o manuscrito que intitulou de O Gênio Céltico e o Mundo Invisível. Nesse mesmo mês, a Revue Spirite publicava o seu derradeiro artigo.

 

Terça-feira, 12 de abril de 1927, pelas treze horas, respirava Denis com grande dificuldade. A pneumonia atacava-o novamente. A vida parecia abandoná-lo, mas o seu estado de lucidez era perfeito. As suas últimas palavras, pronunciadas com extraordinária calma, apesar da muita dificuldade, foram dirigidas à sua empregada Georgette: É preciso terminar, resumir e... concluir. Fazia alusão ao prefácio da nova edição biográfica de Kardec. Nesse preciso momento, faltaram-lhe completamente as forças, para que pudesse articular outras palavras. Às 21:00 horas o seu Espírito alou-se. O seu semblante parecia ainda em êxtase.

 

As cerimônias fúnebres realizaram-se a 16 de abril. A seu pedido, o enterro foi modesto e sem o ofício de qualquer Igreja confessional. Seu corpo está sepultado no cemitério de La Salle, em Tours.

 

Dentre os grandes apóstolos do Espiritismo, a figura exponencial de Léon Denis merece referência toda especial, principalmente em vista de ter sido o continuador lógico da obra de Allan Kardec. Podemos afiançar mesmo que constitui tarefa sumamente difícil tentar biografar essa grande vida, dada a magnitude de sua missão terrena, na qual não sabemos o que mais salientar: a sua personalidade contagiante, o bom senso de que era dotado, a operosidade no trabalho, a dedicação ímpar aos seus semelhantes e o acendrado amor que devotava aos ideais que esposava.

 

Léon Denis foi o consolidador do Espiritismo. Não foi apenas o continuador de Allan Kardec, como geralmente se pensa. Denis tinha unia missão quase tão grandiosa quanto a do Codificador. Cabia-lhe desenvolver os estudos doutrinários, continuar as pesquisas mediúnicas, impulsionar o movimento espírita na França e no Mundo, aprofundar o aspecto moral da Doutrina e, sobretudo, consolidá-la nas primeiras décadas do Século.

 

Léon Denis foi cognominado o APÓSTOLO DO ESPIRITISMO e, pela magnífica atuação desenvolvida, pela palavra escrita e falada, em favor da nova Doutrina foi, também, o seu Consolidador. O filósofo do Espiritismo, de acentuadas qualidades morais, dedicou toda uma longa vida à defesa dos postulados que Kardec transmitira nos livros do Pentateuco Espírita, O aspecto moral da Doutrina, os princípios superiores da Vida, a instrução, a família, mereceram dele cuidados extremos e, por isso mesmo, sua vida de provações, exemplo de trabalho, perseverança e fé, é um roteiro de luz para os espíritas, diremos mais, para os homens de bem de todos os tempos.

 

Em palavras de confiança e fé, ele mesmo resumiu assim a missão que viera desempenhar em favor de uma nobre causa: Consagrei esta existência ao serviço de uma grande causa, o Espiritismo ou Espiritualismo moderno, que será certamente a crença universal, a religião do futuro.

 

A sua bibliografia é bastante vasta e composta de obras monumentais que enriquecem as bibliotecas espíritas. Deve-se a ele a oportunidade ímpar que os espíritas tiveram de ver ampliados novos ângulos do aspecto filosófico da Doutrina Espírita, pois as suas obras, de um modo geral, focalizam numerosos problemas que assolam os homens, e também a sempre momentosa questão da sobrevivência da alma humana em seu laborioso processo evolutivo. Léon Denis imortalizou-se na gigantesca tarefa de dissecar problemas atinentes às aflições que acometem os seres encarnados, fornecendo valiosos subsídios no sentido de lançar novas luzes sobre a problemática das tribulações terrenas, deixando de lado os conceitos até então prevalecentes para apresentá-la aureolada de ensinamentos altamente consoladores, hauridos nas fontes inesgotáveis da Doutrina dos Espíritos.

 

Dedicando-se ao estudo aprofundado do Espiritismo, em seu tríplice aspecto de ciência, filosofia e religião, demorou-se com maior persistência na abordagem do seu aspecto filosófico. Concomitantemente com os seus profundos estudos nesse campo, também deu a sua contribuição, valiosa, na abordagem e estudo de assuntos históricos, fornecendo importantes subsídios no sentido de esclarecer as origens celtas da França e no tocante ao dramático episódio do martírio de Joana D'Arc, a grande médium francesa. Seus estudos não pararam aí; ele preocupou-se sobremaneira com as origens do Cristianismo e o seu processo evolutivo através dos tempos.

 

Dentre as suas múltiplas ocupações, foi presidente de honra da União Espírita Francesa, membro honorário da Federação Espírita Internacional, presidente do Congresso Espírita Internacional, realizado em Paris, no ano de 1925. Teve também a oportunidade de dirigir durante longos anos, um grupo experimental de Espiritismo, na cidade francesa de Tours.

 

A sua atuação no seio do Espiritismo foi bastante diversa daquela desenvolvida por Allan Kardec. Enquanto o Codificador exerceu suas nobilitantes atividades na própria capital francesa, Léon Denis desempenhou a sua dignificante tarefa na província. A sua inusitada capacidade intelectual e o descortino que tinha das coisas transcendentais fizeram com que o movimento espírita francês, e mesmo mundial, gravitasse em torno da cidade de Tours. Após a desencarnação de Allan Kardec, essa cidade tornou-se o ponto de convergência de todos os que desejavam tomar contato com o Espiritismo, recebendo as luzes do conhecimento, pois, inegavelmente, a plêiade de Espíritos que tinha por incumbência o êxito do processo de revelação do Espiritismo, levou ao grande apóstolo toda a sustentação necessária a fim de que a nova doutrina se firmasse de forma ampla e irrestrita.

 

Enquanto Kardec se destacou como uma personalidade de formação universitária, que firmou seu nome nas letras e nas ciências, antes de se dedicar às pesquisas espíritas e codificar o Espiritismo, Léon Denis foi um autodidata que se preparou em silêncio, na obscuridade e na pobreza material, para surgir subitamente no cenário intelectual e impor-se como conferencista e escritor de renome, tornando-se figura exponencial no campo da divulgação doutrinária do Espiritismo. Denis possuía uma inteligência robusta, era um Espírito preclaro, grande orador e escritor, desfrutando de apreciável grau de intuição. Referindo-se a ele, escreveu o seu contemporâneo Gabriel Gobron: Ele conheceu verdadeiros triunfos e aqueles que tiveram a rara felicidade de ouvi-lo falar a uma assistência de duas ou três mil pessoas, sabem perfeitamente quão encantadora e convincente era a sua oratória.

 

Denis jamais cursou uma academia oficial, entretanto, formou-se na escola prática da vida, na qual a dor própria e alheia, o trabalho mal retribuído, as privações heroicas ensinam a verdadeira sabedoria, por isso dizia sempre: Os que não conhecem essas lições, ignoram sempre um dos mais comovedores lados da vida. Com o concurso de sua inteligência invulgar furtar-se-ia à pobreza, mas ele preferiu viver nela, pois em sua opinião era difícil acumular egoisticamente para si aquilo que ele recebia para repartir com os seus semelhantes.

 

Com idade bastante avançada, cego e com uma constituição física relativamente fraca, vivia ainda cheio de tribulações. Nada disso, entretanto, mudava o seu modo de proceder Apesar de todas essas condições adversas, a todos ele recebia obsequioso. Desde as primeiras horas da manhã ditava volumosa correspondência, respondendo aos apelos das inúmeras sociedades que fundara ou de que era presidente honorário. Onde quer que comparecesse, ali davam-lhe sempre o lugar de maior destaque, lugar conquistado ao preço de profunda dedicação, perseverança e incansável operosidade no bem.

 

São de sua autoria:

Cristianismo e Espiritismo (FEB)
Depois da Morte (FEB)
Espíritos e Médiuns (CELD)
Joana D'Arc, Médium (FEB)
No Invisível (FEB)
O Além e a Sobrevivência do Ser (FEB)
O Espiritismo e o Clero Católico (CELD)
O Espiritismo na Arte (Lachâtre)
O Gênio Céltico e o Mundo Invisível (CELD)
O Grande Enigma (FEB)
O Mundo Invisível e a Guerra (CELD)
O Porquê da Vida (FEB)
O Problema do Ser, do Destino e da Dor (FEB)
O Progresso (CELD)
Provas Experimentais da Sobrevivência (O Clarim)
Socialismo e Espiritismo (O Clarim).

Em 19.10.2012.


 

Um artigo bastante curioso, publicado somente em A Centelha, em 1945, revista espírita há muito extinta, traz as apreciações do pesquisador Canuto Abreu sobre seu encontro em janeiro de 1922 com Léon Deis na cidade de Tours, França. Veja a seguir:

 

O que ficou mais gravado na minha memória foi nosso primeiro encontro. Fui a Tours no dia 6 de janeiro de 1922. A velha cidade francesa estava sombria e as luzes das ruas acesas, apesar de pleno dia. O frio era intenso. Quando o auto destacou barulhento à porta de casa, na Place des Arts, 19, estava uma senhora a entrar. Parou a ver quem chegava e foi minha gentil introdutora. Conquanto informado por uma carta de Jean Meyer duma próxima visita minha, Léon Denis não me aguardava naquele dia. De propósito cheguei a Tours sem outro aviso para não dar ao venerando mestre o incômodo de me esperar em dia certo.

 

A casa estava com algumas visitas. Falava-se alto lá dentro, como em controvérsia. A senhora, que me fez entrar a seu lado, deixou-me à entrada com mademoiselle Georgette, dedicada caseira de Denis. E, enquanto esta me ajudava a despir o sobretudo, ela varou a sala vizinha para me anunciar. A conversa animada cessou de súbito. Um moço alto e magro espiou à porta. Logo outro senhor apareceu, vindo ao meu encontro. Quando acompanhado por ele entrei na sala da palestra, surgiu diante de mim um velho de longas barbas, tendo ao lado a mesma senhora que me fizera entrar na casa. Eu esperava um homem forte, alto, altivo, de bigode à Clemanceau e pince-nez. Assim minha imaginação o fazia, pelo retrato em busto que ele me enviara em 1915.

 

Ali estava porém um homem de estatura meã, delicado de corpo, de longas barbas brancas em flâmula de duas pontas, cabeça meio pendida para a frente e para o coração. Estendeu-me a destra com um sorriso acolhedor. Avancei comovido ao seu encontro. Foi estreito e afetuoso o amplexo que me deu. Lembro-me que meu coração batia fortemente e sua barba roçava meu rosto quando ele disse distintamente: - Mon cher ami! Antes e depois desse encontro ouvi de muitos lábios a mesma expressão de amizade tão comum na França. Nenhuma, entretanto, ficou gravada tão indelevelmente na minha lembrança. Sentado a seu lado depois das apresentações aos presentes, conversamos longamente. Era ele o mais indagador. Inquiria, perguntava, interpelava. Levou o assunto para a doutrina espírita no Brasil. Sua divulgação, seu caráter cristão, suas curas notáveis. Citou nomes amigos: Leopoldo Cirne, João Lourenço de Souza, Antonio Alves da Fonseca... Perguntou se Guillon Ribeiro descendia de franceses. Quando lhe disse que Depois da morte, traduzido por Lourenço Souza já estava no quinto milheiro, ele prontamente me retificou. Sabia bem quanto andava a edição de seus livros no Brasil, porque recebia exemplares toda vez que uma aparecia. Acrescentou que na França a 55ª edição já havia sido lançada e no prelo se encontrava a décima de O grande enigma.

 

- Estou agora fazendo a revisão das últimas páginas de O problema do ser [do destino e da dor]. Eu o arrumei, extraordinariamente, com um estudo retrospectivo de tudo quanto apareceu de Allan Kardec para cá. Espero ter sido quase completo.

 

- E tem em vista publicar alguma obra nova?

 

- Sim, se Deus me der vida. Trabalho em diversos assuntos. Terminei O Espiritismo e a arte, que será publicado seguidamente pela Revue Spirite. Estou agora escrevendo sobre o Espiritismo e o Socialismo.

 

- São assuntos palpitantes, que os brasileiros estimarão muitíssimo.

 

A admirável operosidade de Léon Denis

 

Verdadeiro apóstolo, nunca deixou de escrever, de falar, de propagar, de praticar. Trabalhou incessantemente até o fim. Para se ter uma ideia da sua operosidade, basta recordar o que foram seus últimos dias, sua derradeira semana. O inverno de 1927 foi muito rigoroso e Léon Denis quase não saía de casa. Quando o fazia, era para ir à tipografia.

 

Trabalhava pela manhã na coordenação e redação de seu novo livro: O gênio céltico e o mundo invisível, ansioso por terminá-lo. Ao entrar a primavera, começou a receber as primeiras provas, que sua secretária mademoiselle Baumard lia em voz alta e corrigia de acordo com ele. Com o pressentimento de estar próxima a sua passagem, exigia da secretária trabalho mais intenso e rápido.

 

"Tenho pressa", explicava. Começaram, porém, os íntimos a perceber que ele decaía fisicamente. Georgette, quando o ajudava a mover-se dum ponto para outro, notava que estava mais lerdo, mais trêmulo, mais irritadiço.

 

No dia 5 de abril, ao deixar a casa, a secretária sentiu a mão do mestre febril e comunicou discretamente a Georgette sua preocupação. No dia 6 pela manhã o encontrou aparentemente bem disposto. Ouviu e corrigiu provas até o almoço. Principiou a comer alegremente, como de hábito, mas de repente engasgou-se e tossiu.

 

Qualquer coisa o incomodava na garganta. Após curto intervalo, tentou novo bocado e teve dificuldade de engoli-lo. Desistiu do almoço e levantou-se um tanto preocupado, aparentando calma. Andou pela sala, tossindo de vez em quando, arrumando a garganta, que teimava em arder.

 

Sentindo falta de ar, foi até a janela e inspirou lentamente uma boa porção. Por trás dele as duas senhoras viam que ele sofria. Era conveniente avisar o médico. Georgette propôs-se-lhe chamar logo o facultativo. "Deixe-se disso" foi a réplica. "Estou apenas resfriado; uma pequena gripe de primavera. Ela sempre me vem pela garganta". O dia todo passou deprimido e febril, mas trabalhando. Cada vez tinha mais pressa de findar a revisão da obra em prova. A noite foi de vigília para Georgette. No dia seguinte principiaram cedo as visitas de amigos. Sabiam que era imprópria a hora, pois o mestre trabalhava pela manhã. Mas estavam todos preocupados. Apesar da febre, do ardor da garganta, da dificuldade em beber e comer, teimou em trabalhar e não quis nem médico nem remédio. À noite sentiu-se mal. Não teve sossego. Cedo chegou o médico. Após o exame, recomendou-lhe permanecesse no leito e se medicasse "para sarar logo". Mas aos íntimos, o doutor se mostrou reservado no diagnóstico. "Por enquanto uma traqueíte e bronquite. E depois?"

 

Apesar de deitado, Denis continuou a ouvir a leitura das provas e a corrigi-las. Na sexta-feira, 8, quando Mlle Baumard chegou, lá o encontrou de pé, preparado para o trabalho. Recebeu amigos, dizendo-lhes achar-se melhor. Georgette o desmentia em segredo a todos. Notava-se francamente o acabrunhamento do mestre. Quando o médico saiu, revelou aos de casa que era uma angina. No sábado, Denis não conseguiu erguer-se do leito. A secretária recusou-se amavelmente trabalhar junto dele. O médico verificou tratar-se duma pneumonia. Foi um dia horrível para o doente e para todos. Mas o trabalho de revisão continuava, pois assim queria ele. No domingo, primeiro da semana santa, já ninguém duvidava do próximo desfecho. Respirava com dificuldade, gemia um pouquinho, tinha dores. Percebeu que estava desprendendo-se. Todavia procurava reanimar os que o rodeavam.

 

Falando com dificuldade, mas completando sempre o pensamento, pedia que a secretária "andasse" com o trabalho. Vendo a seu lado Gaston Luce silencioso e triste, disse-lhe com um sorriso: - Ça ne vaut pas Montmartre, hein Luce? Referia-se ao banquete que, em Paris se realizava após o encerramento do Congresso Espírita, e durante o qual, como um ídolo, Denis fora o centro das atenções dos crentes que haviam acorrido ao concílio. Continuando a conversar, contou algumas passagens de sua vida, entre as quais uma anedota quando visitara o Caíde de Cabilia, no deserto. "Você me disse que pretende escrever alguma coisa a meu respeito. Não se esqueça dessa anedota", disse a Gaston. No dia 10, seu estado era desesperador. Mas pediu-lhe trouxessem o jornal La Depêche e solicitou a Madame Chauvigné lhe lesse alguma coisa. Sua preocupação máxima era, contudo, o livro cujas provas ainda não estavam todas corrigidas. Por fim, a secretária declarou terminada a tarefa! Foi um alívio imenso para o doente. Chamou Gaston Luce e lhe recomendou: "Que esse livro saia à sua honra, sim Luce?". Respondeu o discípulo: "Esteja tranquilo, mestre, ele está acabado. Fique descansado. Não se incomode mais. Eu darei o último passo". Replica Denis: "Mas ainda não está finda a biografia de Allan Kardec!" Respondeu Luce: "Sim, já está" Era uma informação incerta, dada para tranquilizá-lo. Mas Denis sorriu, incrédulo: "Vamos! Escreva logo. Em que ponto estávamos! Ah! Recordo-me. Vamos continuar agora"!

 

Dois dias depois, na manhã de 12 de abril de 1927, Léon Denis começa a se desprender do corpo físico. Mademoiselle Baumard tem nas suas as mãos do agonizante, que não cessa de lhe dar recomendações... pelo futuro da doutrina espírita.

 

Acervo Correio Fraterno - edição 129, setembro 1981.
Em 19.10.2012.

 

 

(Texto copiado de http://www.feparana.com.br/topico/?topico=745)

 

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Léon Denis (1870)

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A9on_Denis#/media/File:L%C3%A9on_denis_1870.jpg

Léon Denis 1846-1927 001

Léon Denis

Imagem/fonte: http://aron-um-espirita.blogspot.com.br/2015/07/a-problematica-da-juventude-na-obra-de.html

leituras

Algumas das obras de Léon Denis

Tours_Cathedral_Saint-Gatian

Catedral Saint Gatien de Tours, França.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tours_Cathedral_Saint-Gatian.jpg 

 

 

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