Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, quinta-feira, 12 de abril de 2018

Compiladas por Ismael Gobbo

 

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas via e-mail  e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.

 

3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).

 

 

 

Atenção

Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui:

http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/ABRIL/12-04-2018.htm

 

No Blog onde é  postado diariamente:

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Ou no Facebook:

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     Os últimos 5 emails enviados

 

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11-04-2018     http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/ABRIL/11-04-2018.htm

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06-04-2018     http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/ABRIL/06-04-2018.htm

 

 

Publicação em sequência

Revista Espírita – Ano 2 - 1859

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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(Este tema será concluido em mais 2 emails)

 

(Texto copiado do site Febnet)

Palays Royal, Paris, França. No interior  do edifício doe século XVII, na Galeria de Valois, funcionou

Por um ano a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Foto Ismael Gobbo

Galeria de Valois no Palacio Royal onde funcionou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas

durante um ano: 01-04-1858 a 01-04-1859

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Galerie_de_Valois_February_29,_2012.jpg

Allan Kardec (1804- 1869). Codificador do Espiritismo

Imagem/fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/12/Hippolyte_L%C3%A9on_Denizard_Rivail2

 

Imagens/fonte: http://www.luzespirita.org.br/index.php?lisPage=enciclopedia&item=Sociedade%20Parisiense%20de%20Estudos%20Esp%C3%ADrita

 

O poder da apreciação

O radialista Paul Harvey, num de seus programas, mostrou como uma apreciação sincera consegue mudar a vida de uma pessoa.

Contou que, há muitos anos uma professora de Detroit solicitou a Stevie Morris que a ajudasse a procurar um camundongo que estava solto na sala de aula.

Entenda-se: ela apreciava o fato de que a natureza houvesse dado a Stevie algo que na sala ninguém possuía.

A natureza havia dado a Stevie um aguçado par de ouvidos para compensar sua cegueira.

De fato, era aquela a primeira vez que alguém reconhecia a capacidade de seus ouvidos.

Aquele ato de consideração iniciou-lhe uma nova vida.

A partir daquele momento, começou a desenvolver seu dom auditivo, sua sensibilidade apurada e explorar os recursos de sua voz.

Através de muito esforço tornou-se, sob o nome artístico de Stevie Wonder, um dos maiores cantores e compositores americanos de música popular.

*   *   *

Todos precisam de estímulo.

Nosso íntimo é rico em potencialidades, é certo, mas, da mesma maneira que as sementes só se desenvolvem quando recebem regularmente a água e o sol, nossas forças íntimas precisam de incentivo, de estímulo.

E nada como a verdadeira apreciação para fazer florescer o que muitas vezes dorme tímido, no imo de nossos jardins espirituais.

Apreciação que começa no lar, quando pais conhecem os filhos profundamente, e sabem do que eles são capazes.

Apreciação que, por vezes, falta em famílias onde reina apenas a crítica, o controle, o autoritarismo cerceador.

Muitos pais e educadores, no intuito às vezes nobre, de buscar identificar as más tendências das crianças, para que essas sejam atendidas e não se desenvolvam, esquecem de perceber as positivas.

Passam a cercear toda e qualquer atitude que possa apontar para uma imperfeição da alma, sendo severos sempre, como se cuidassem de um ser internado numa insttuição de recuperação de delinquentes.

A disciplina mais rigorosa é necessária sim, principalmente nos casos de Espíritos rebeldes, que são recebidos em lares que os possam auxiliar.

Porém, quando ela se mostra constante, em todo e qualquer momento, poderá ser interpretada pelo educando como falta de amor, de carinho.

O equilíbrio pede direcionamento sempre que necessário, mas nos aponta também o caminho da apreciação e do estímulo para o positivo.

Reforçar o positivo sempre irá falar mais alto do que recriminar o negativo.

Em algumas situações, emergenciais, a corrigenda, a austeridade serão a melhor escolha?

Será que os Espíritos rebeldes não esperam, muitas vezes, por alguém que os ajude a descobrir o que têm de bom em si?

Será que não aguardam pelo amor de um pai, de uma mãe ou de um educador, que possa lhes estimular um comportamento positivo que já apresentam?

Quase todos os pais repreendem o filho quando as famosas notas vermelhas aparecem nas avaliações. Mas, quantos pais elogiam, comemoram, quando as notas são altas, ou quando fazem um bom trabalho?

Quase todos criticam a falta de estudo, de dedicação. No entanto, quantos pais reconhecem quando seus rebentos se esforçam, se superam, mesmo que o mundo não lhes tenha reconhecido o valor?

Descubramos na prática o poder da correta e sensata apreciação, e vislumbremos o florescer das almas do mundo, mostrando o que possuem de melhor.

Redação do Momento Espírita com base no cap.
 O grande segredo de tratar com as pessoas, do livro 
Como fazer amigos e influenciar pessoas, de 
Dale Carnegie, ed. Nacional, 2003.
Em 11.4.2018.

 

 (Copiado do site Feparana)

 

Stevie Wonder.

Salvador (BA) - O Cantor Stevie Maravilha na abertura da 2ª Conferência de Intelectuais da África e da Diáspora em Salvador.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Stevie_Wonder.jpg

 

Artigo : « Terapia Fluídica »

Jornal de Estudos Espíritas JEE

Olá Todos,

É com bastante satisfação que anunciamos a publicação do artigo "Terapia Fluídica: Apresentação de um Instrumento de Avaliação" de autoria de Raphael Vivacqua Carneiro e Clóvis Aurélio Vervloet no Jornal de Estudos Espíritas (JEE).

O artigo descreve um trabalho muito interessante de acompanhamento da evolução dos assistidos no trabalho de passes e terapia fluídica que o Grupo de Pesquisa Lampejo - Comunidade Espírita Esperança, localizado em Vitória, ES, realiza. O artigo apresenta e descreve um instrumento de avaliação dos resultados do passe de acordo com uma metodologia científica que é aplicada pelo grupo. Através da investigação de indicadores de saúde geral e bem estar, os Autores conseguem demonstrar os benefícios reais do tratamento fluídico no alívio dos assistidos. Este trabalho é, certamente, um modelo para instituições interessadas em realizar esse tipo de pesquisa e avaliação de modo científico e cuidadoso.

Esse artigo foi apresentado no o 13o Encontro Nacional da Liga de Pesquisadores do Espiritismo (LIHPE) ou 13o ENLIHPE, ocorrido nos dias 26 e 27 de agosto de 2017, em São Paulo, com apoio da USE e CCDPE.

 

O artigo pode ser acessado gratuitamente, lido no browser ou baixado para o seu computador através do link:
http://dx.doi.org/10.22568/jee.v6.artn.010203

Embora o acesso e leitura gratuitos, lembramos que os direitos autorais pertencem aos Autores, portanto, o artigo não pode ser reproduzido, em parte ou em todo, sem a autorização dos Autores.

Se você gostou do artigo ajude a divulgá-lo. Se conhecer pessoas interessadas em receber notícias sobre novas publicações do JEE, peça para que entrem em contato com o Editor enviando mensagem para jestudosespiritas@gmail.com solicitando o cadastro do seu email em nossa lista de divulgação de notícias.

Caso não conheça ainda, acesse os outros artigos publicados pelo JEE, todos de acesso gratuito, através da navegação pelos links de volumes no menu à esquerda do site, https://sites.google.com/site/jeespiritas/

 

O JEE agora faz parte da duas bases de dados de revistas científicas e acadêmicas: Sumários e LivRe. Esse cadastro reflete um esforço de nossa parte em divulgar de modo sério os artigos de pesquisa espíritas publicados pelo JEE.

 

Agradecemos mais uma vez a atenção!

Um abraço fraterno,

Alexandre Fontes da Fonseca


--

Editor - Jornal de Estudos Espíritas

https://sites.google.com/site/jeespiritas/

ISSN: 2525-8753

 

 

135a. Noite da Fraternidade  no G.E. Renovar

Paulinia, SP

 

(Informação recebida em email de Lilian Cristine Alves [lilian.cris.alves@gmail.com])

 

 28o. Concurso de Poesia com Temática Espírita

São Paulo, SP

 

(Informação recebida em email de Claudio Palermo)

                                                   

Jornal Mundo Maior

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Palestra no Núcleo Espírita Chico Xavier

Niteroi, RJ

Núcleo Espírita Chico Xavier - NECX

Rua das Tainhas, nº 10 - Jardim Imbuí

Piratininga - Niterói (RJ)

Mapa de Acesso

NECX na WEB

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NECX no YouTube

 

(Informação recebida em email de Núcleo Espírita Chico Xavier [necx.espiritismo@gmail.com])

                                                           

Palestra no Centro Espírita Joana D’Arc

Assis, SP  

 

(Informação recebida em email de Francisco Atilio Arcoleze [atilio.arcoleze@gmail.com])

                                                    

Palestra no dia Municipal do Espiritismo

Pojuca, BA

 

 


(Informação recebida em email de Edward Nunes [edwardnunesjr@ocaminhoejesus.com])

                                                           

 Palestra programada para o

SEJA- Seara Espírita Joanna de Ângelis. Campinas, SP

 

A Seara também está no Facebook: aqui

 

 

Se você não deseja receber as nossas mensagens, solicite a remoção do seu endereço.



Seara Espírita Joanna de Ângelis   
Rua Dr. João Keating, 107 
Jd. Novo Botafogo - Campinas - SP
Mais informações e localização pelo site:

www.searajoannadeangelis.org.br

                                                                                                                                                                    

Palestra programada para o Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, Portugal.

 

 

Lei Moral do Amor, Justiça e Caridade

 

O Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, vai levar a cabo uma conferência espírita subordinada ao tema "Lei Moral do Amor, Justiça e Caridade", com o convidado João Gonçalves.

 

Esta conferência terá lugar na 6ª feira, dia 13 de Abril de 2018, pelas 21h00, na sede desta associação, na Rua Francisco Ramos, nº 34, r/c (Bº das Morenas - www.cceespirita.wordpress.com).

As entradas são livres e gratuitas.

 

Fonte: Centro de Cultura Espírita

_ _

 

António Luís

antonioluismsilva@gmail.com

(+351) 914 269 532

 

"Busque agir para o bem, enquanto você dispõe de tempo." - André Luíz

 

 

(Informação recebida em email de António Luís [antonioluismsilva@gmail.com])

                                                                                                                

 Palestra/Seminário no CEJK

São Paulo, SP

***       Participe   das   nossas  Atividades      ***

Passes: Segundas às 20 horas  /  Quartas às 15:30 horas

 

Cursos 2018 - Quartas às 20 horas:


- Estudo da Doutrina Espírita (módulo 4): O Livro dos Espíritos e O Evangelho Segundo o Espiritismo 

- Curso Temático da Doutrina Espírita  

 

Facebook: https://www.facebook.com/centrojesusekardec/ 


 

***      Visite nossa Livraria Espirita     *** 

Aberta de segunda a sexta das 10hs às 18hs e aos sábados das 9hs às 13hs

 

Telefone: 11 3675-7205

Centro Espirita Jesus e Kardec

 

(Informação recebida em emails de Centro Espiríta Jesus e Kardec [centrojesusekardec@gmail.com]  e de Regina Bachega [vrcd2008@gmail.com])

                                                                                                 

 Programação do C.E. Allan Kardec

Penápolis, SP


Obs.: Se não deseja receber este Boletim Semanal envia a palavra "CANCELAR" para e-mail ALLANKARDECPENAPOLIS@GMAIL.COM , pelo que muito agradeceremos.

 

--

 

Centro Espírita Allan Kardec

Avenida Luís Osório, 1262

Penápolis - SP

allankardecpenapolis@gmail.com

https://www.facebook.com/allankardecpenapolis

 

(Informações recebidas em emails do CEAK e de João Marchesi Neto)

                                                                                                                                                                             

 Seminário de Passe no SEOB de

Palmares Paulista, SP

 

 

(Informação recebida em email de abrart [abrart@uol.com.br])

 

Feira do Livro Espírita

Lins, SP

 

(Informação recebida em email de José Roberto [vamosdevan@gmail.com])

                                                                                                                                                                                                   

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(Mensagem recebida em email de Didi Pelegrini [didipelegrini@yahoo.com.br])

                                           

 Escola de Doutrina Espírita Caminho da Luz

Salvador, BA

     Escola da Doutrina Espírita Caminho da Luz 

       R. Paulo Freire, 18 - Stella Maris, Salvador - BA

 

                                                                                          

 Teatro : A vida após a vida

São Paulo, SP

 

 

(Informação recebida em email de Claudio Palermo)

                                                                                                                

 IAM- Chá de Outono 2018

São Bernardo do Campo, SP

 

 

(Informação recebida em email de Norberto Fátima [norbertoefatima@gmail.com])

 

 Instituto Espírita Batuira de Saúde Mental pede ajuda

Goiânia, GO

 

 

Saudações, muita paz, luz e saúde!

 

Você é nosso convidado para prestigiar mais um evento social no Batuíra neste domingo, dia 15 de abril das 15 as 17 horas.

 

Traga sua família. Convide seus amigos. Divulgue o evento para seus contatos.

 

Estamos precisando de 19 padrinhos e madrinhas para os potes de sorvete.

Cada pote custa R$ 50,00.

 

Convites individuais ao preço de R$ 7,00 podem ser adquiridos na recepção.

 

Contas bancárias para ajudar:

 

Banco do Brasil, Agência 1242-4 Conta Corrente 115747-7 Caixa Econômica Federal, Agência 1575 Conta Corrente 75600-2

 

CNPJ: 01.653.450/0001-46

 

Antecipo agradecimentos.

 

Fraternal abraço,

 

Sérgio Luís Haas

3281 0655

 

*-*-*-*-*

 

Batuíra convida para seu Festival de Sorvete neste domingo, dia 15 de abril

 

O Instituto Espírita Batuíra de Saúde Mental convida toda a sociedade para mais um evento beneficente em prol da Entidade.

 

Traga a sua família e venha degustar mais um delicioso sorvete e ainda colaborar com o Batuíra.

 

Será neste domingo, dia 15 de abril, das 15 horas às 17 horas nas dependências da Entidade.

 

O músico e cantor Roberto Moreira estará animando o evento.

 

No mesmo local e horário acontecerá mais um bazar beneficente com itens a partir de R$ 2,00.

 

Marque na sua agenda:

 

Dia: 15 de abril das 15 h às 17 h

Local: Instituto Espírita Batuíra de Saúde Mental

Endereço: Avenida Eurico Viana, Quadra 44, Setor Jardim Goiás, próximo ao Flamboyant Shopping Center Convite no local: R$ 7,00

 

Informações: www.batuira.org.br ou 3281 0655 ou twitter: @BatuiraGO

 

Prestigie e colabore com mais essa importante iniciativa. A renda será revertida para a reforma das enfermarias marculinas.

 

Com R$ 50,00 você pode colaborar apadrinhando potes de sorvete.

 

Contas bancárias para ajudar:

 

Banco do Brasil, Agência 1242-4 Conta Corrente 115747-7 Caixa Econômica Federal, Agência 1575 Conta Corrente 75600-2

 

CNPJ: 01.653.450/0001-46

 

*-*-*-*-*

 

O Instituto Espírita Batuíra de Saúde Mental respeita a sua privacidade e utiliza o e-mail como forma de divulgação das suas atividades, oferecendo uma oportunidade de apresentar seu trabalho para a sociedade e buscando incentivar as pessoas e empresas a colaborarem com uma entidade séria e com mais de 68 anos de serviços prestados aos carentes portadores de transtorno mental, sem distinção de credo, cor ou sexo.

Caso não queira mais receber nossos informativos, responda este e-mail e informe o assunto: Remover. Muitos pacientes que atendemos, nem mesmo tem consciência de quanto você pode compartilhar, mas você tem.

 

 

Chá Beneficente Missionários da Luz

Santos, SP

 

(Informação recebida em email de Norberto Fátima [norbertoefatima@gmail.com])

 

 Vinte modos

 

Pelo Espírito André Luiz.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Opinião Espírita. Lição nº 29. Página 103.

Estudos a questões relacionadas ao “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.

Capítulo VI, Item 8.

 

Modos com que nós, espíritas, perturbamos a marcha do Espiritismo:

- Esquecer a reforma íntima.

- Desprezar os deveres profissionais.

- Ausentar-se das obras de caridade.

- Negar-se ao estudo.

- Faltar aos compromissos sem justo motivo.

- Rogar privilégios.

- Escapar deliberadamente dos sofredores para não prestar-lhes pequeninos serviços.

- Colocar os princípios espíritas à disposição de fachadas sociais.

- Especular com a Doutrina em matéria política.

- Sacrificar a família aos trabalhos da fé.

- Açambarcar muitas obrigações, recusando distribuir a tarefa com os demais companheiros ou não abraçar incumbência alguma, isolando-se na preguiça.

- Afligir-se pela conquista de aplausos.

- Julgar-se indispensável.

- Fugir ao exame imparcial e sereno das questões que concernem à clareza do Espiritismo, acima dos interesses e das pessoas.

- Abdicar do raciocínio, deixando-se manobrar por movimentos ou criaturas que tentam sutilmente ensombrar a área do esclarecimento espírita com preconceitos e ilusões.

- Ferir os outros com palavras agressivas ou deixar de auxiliá-los com palavras equilibradas no momento preciso.

- Guardar melindres.

- Olvidar o encargo natural de cooperar respeitosamente com os dirigentes das instituições doutrinárias.

- Lisonjear médiuns e tarefeiros da causa espírita.

- Largar aos outros responsabilidades que nos competem.
 

 

 

(Recebido em email do divulgador Antonio Sávio, Belo Horizonte, MG)

A Última Ceia com a cena de Jesus lavando os pés dos apóstolos. Grupo em terracota

de tamanho natural. Igreja do Santo Sepulcro, Milão, Itália. Foto Ismael Gobbo

 

 

 

 Homenagem

 

Leon Denis

(01-01-1846 / 12-04-1927)

800px-Léon_denis_1870

 

 

 

 

 

 

Léon Denis nasceu numa aldeia chamada Foug, situada nos arredores de Tours, em França, a 1º de Janeiro de 1846, numa família humilde. Cedo conheceu, por necessidade, os trabalhos manuais e os pesados encargos do lar. Desde os seus primeiros passos neste mundo, sentiu que os amigos invisíveis o auxiliavam. Ao invés de participar em brincadeiras próprias da juventude, procurava instruir-se o mais possível. Lia obras sérias, conseguindo assim, com esforço próprio desenvolver a sua inteligência. Tornou-se um autodidata sério e competente.

 

Aos dezoito anos tornou-se representante comercial da empresa onde trabalhava, fato que o obrigava a viagens constantes, situação que se manteve até a sua reforma e manteve ainda depois por mais algum tempo. Adorava a música e sempre que podia assistia a uma ópera ou concerto. Gostava de dedilhar, ao piano, árias conhecidas e de tirar acordes para seu próprio devaneio. Não fumava, era quase exclusivamente vegetariano e não fazia uso de bebidas fermentadas. Encontrava na água a sua bebida ideal.

 

Era seu hábito olhar com interesse, para os livros expostos nas livrarias. Um dia, ainda com dezoito anos, o chamado acaso fez com que a sua atenção fosse despertada para uma obra de título inusitado. Era O Livro dos Espíritos de Allan Kardec. Dispondo do dinheiro necessário, comprou-o e, recolhendo-se imediatamente ao lar entregou-se com avidez à leitura. O próprio Denis disse:

 

Nele encontrei a solução clara, completa e lógica, acerca do problema universal. A minha convicção tornou-se firme. A teoria espírita dissipou a minha indiferença e as minhas dúvidas.

 

O ano de 1882 marca, em realidade, o início do seu apostolado, durante o qual teve que enfrentar sucessivos obstáculos: o materialismo e o positivismo que olhavam para o Espiritismo com ironia e risadas e os crentes das demais correntes religiosas, que não hesitavam em aliar-se aos ateus, para o ridicularizar e enfraquecer. Léon Denis, porém, como bom paladino, enfrenta a tempestade. Os companheiros invisíveis colocam-se ao seu lado para o encorajar e exortá-lo à luta.

 

Coragem, amigo, - diz-lhe o espírito de Jeanne - estaremos sempre contigo para te sustentar e inspirar. Jamais estarás só. Meios ser-te-ão dados, em tempo, para bem cumprires a tua obra.

 

 A 2 de novembro de 1882, dia de Finados, um evento de capital importância produziu-se na sua vida a manifestação, pela primeira vez, daquele Espírito que, durante meio século, haveria de ser o seu guia, o seu melhor amigo, o seu pai espiritual - Jerônimo de Praga - que lhe disse: Vai meu filho, pela estrada aberta diante de ti. Caminharei atrás de ti para te sustentar.

 

A partir de 1910, a visão de Léon Denis foi, dia a dia, enfraquecendo. A operação a que se submetera, dois anos antes, não lhe proporcionara nenhuma melhora, mas suportava, com calma e resignação, a marcha implacável desse mal que o castigava desde a juventude. Aceitava tudo com estoicismo e resignação. Jamais o viram queixar-se. Todavia, bem podemos avaliar quão grande devia ser o seu sofrimento. Apesar disso, mantinha volumosa correspondência. Jamais se aborrecia; amava a juventude e possuía a alegria da alma. Era inimigo da tristeza. O mal físico, para ele, devia ser bem menor do que a angústia que experimentava pelo fato de não mais poder manejar a pena. Secretárias ocasionais substituíam-no nesse ofício. No entanto, a grande dificuldade para Denis, consistia em rever e corrigir as novas edições dos seus livros e dos seus escritos. Graças, porém, ao seu espírito de ordem e à sua incomparável memória, superava todos esses contratempos, sem molestar ou importunar os amigos.

 

Após a Primeira Grande Guerra, aprendeu braille, o que lhe permitiu fixar no papel os elementos de capítulos ou artigos que lhe vinham ao espírito, pois, nessa época da sua vida, estava, por assim dizer, quase cego.

 

Em março de 1927, com oitenta e um anos de idade, terminara o manuscrito que intitulou de O Gênio Céltico e o Mundo Invisível. Nesse mesmo mês, a Revue Spirite publicava o seu derradeiro artigo.

 

Terça-feira, 12 de abril de 1927, pelas treze horas, respirava Denis com grande dificuldade. A pneumonia atacava-o novamente. A vida parecia abandoná-lo, mas o seu estado de lucidez era perfeito. As suas últimas palavras, pronunciadas com extraordinária calma, apesar da muita dificuldade, foram dirigidas à sua empregada Georgette: É preciso terminar, resumir e... concluir. Fazia alusão ao prefácio da nova edição biográfica de Kardec. Nesse preciso momento, faltaram-lhe completamente as forças, para que pudesse articular outras palavras. Às 21:00 horas o seu Espírito alou-se. O seu semblante parecia ainda em êxtase.

 

As cerimônias fúnebres realizaram-se a 16 de abril. A seu pedido, o enterro foi modesto e sem o ofício de qualquer Igreja confessional. Seu corpo está sepultado no cemitério de La Salle, em Tours.

 

Dentre os grandes apóstolos do Espiritismo, a figura exponencial de Léon Denis merece referência toda especial, principalmente em vista de ter sido o continuador lógico da obra de Allan Kardec. Podemos afiançar mesmo que constitui tarefa sumamente difícil tentar biografar essa grande vida, dada a magnitude de sua missão terrena, na qual não sabemos o que mais salientar: a sua personalidade contagiante, o bom senso de que era dotado, a operosidade no trabalho, a dedicação ímpar aos seus semelhantes e o acendrado amor que devotava aos ideais que esposava.

 

Léon Denis foi o consolidador do Espiritismo. Não foi apenas o continuador de Allan Kardec, como geralmente se pensa. Denis tinha unia missão quase tão grandiosa quanto a do Codificador. Cabia-lhe desenvolver os estudos doutrinários, continuar as pesquisas mediúnicas, impulsionar o movimento espírita na França e no Mundo, aprofundar o aspecto moral da Doutrina e, sobretudo, consolidá-la nas primeiras décadas do Século.

 

Léon Denis foi cognominado o APÓSTOLO DO ESPIRITISMO e, pela magnífica atuação desenvolvida, pela palavra escrita e falada, em favor da nova Doutrina foi, também, o seu Consolidador. O filósofo do Espiritismo, de acentuadas qualidades morais, dedicou toda uma longa vida à defesa dos postulados que Kardec transmitira nos livros do Pentateuco Espírita, O aspecto moral da Doutrina, os princípios superiores da Vida, a instrução, a família, mereceram dele cuidados extremos e, por isso mesmo, sua vida de provações, exemplo de trabalho, perseverança e fé, é um roteiro de luz para os espíritas, diremos mais, para os homens de bem de todos os tempos.

 

Em palavras de confiança e fé, ele mesmo resumiu assim a missão que viera desempenhar em favor de uma nobre causa: Consagrei esta existência ao serviço de uma grande causa, o Espiritismo ou Espiritualismo moderno, que será certamente a crença universal, a religião do futuro.

 

A sua bibliografia é bastante vasta e composta de obras monumentais que enriquecem as bibliotecas espíritas. Deve-se a ele a oportunidade ímpar que os espíritas tiveram de ver ampliados novos ângulos do aspecto filosófico da Doutrina Espírita, pois as suas obras, de um modo geral, focalizam numerosos problemas que assolam os homens, e também a sempre momentosa questão da sobrevivência da alma humana em seu laborioso processo evolutivo. Léon Denis imortalizou-se na gigantesca tarefa de dissecar problemas atinentes às aflições que acometem os seres encarnados, fornecendo valiosos subsídios no sentido de lançar novas luzes sobre a problemática das tribulações terrenas, deixando de lado os conceitos até então prevalecentes para apresentá-la aureolada de ensinamentos altamente consoladores, hauridos nas fontes inesgotáveis da Doutrina dos Espíritos.

 

Dedicando-se ao estudo aprofundado do Espiritismo, em seu tríplice aspecto de ciência, filosofia e religião, demorou-se com maior persistência na abordagem do seu aspecto filosófico. Concomitantemente com os seus profundos estudos nesse campo, também deu a sua contribuição, valiosa, na abordagem e estudo de assuntos históricos, fornecendo importantes subsídios no sentido de esclarecer as origens celtas da França e no tocante ao dramático episódio do martírio de Joana D'Arc, a grande médium francesa. Seus estudos não pararam aí; ele preocupou-se sobremaneira com as origens do Cristianismo e o seu processo evolutivo através dos tempos.

 

Dentre as suas múltiplas ocupações, foi presidente de honra da União Espírita Francesa, membro honorário da Federação Espírita Internacional, presidente do Congresso Espírita Internacional, realizado em Paris, no ano de 1925. Teve também a oportunidade de dirigir durante longos anos, um grupo experimental de Espiritismo, na cidade francesa de Tours.

 

A sua atuação no seio do Espiritismo foi bastante diversa daquela desenvolvida por Allan Kardec. Enquanto o Codificador exerceu suas nobilitantes atividades na própria capital francesa, Léon Denis desempenhou a sua dignificante tarefa na província. A sua inusitada capacidade intelectual e o descortino que tinha das coisas transcendentais fizeram com que o movimento espírita francês, e mesmo mundial, gravitasse em torno da cidade de Tours. Após a desencarnação de Allan Kardec, essa cidade tornou-se o ponto de convergência de todos os que desejavam tomar contato com o Espiritismo, recebendo as luzes do conhecimento, pois, inegavelmente, a plêiade de Espíritos que tinha por incumbência o êxito do processo de revelação do Espiritismo, levou ao grande apóstolo toda a sustentação necessária a fim de que a nova doutrina se firmasse de forma ampla e irrestrita.

 

Enquanto Kardec se destacou como uma personalidade de formação universitária, que firmou seu nome nas letras e nas ciências, antes de se dedicar às pesquisas espíritas e codificar o Espiritismo, Léon Denis foi um autodidata que se preparou em silêncio, na obscuridade e na pobreza material, para surgir subitamente no cenário intelectual e impor-se como conferencista e escritor de renome, tornando-se figura exponencial no campo da divulgação doutrinária do Espiritismo. Denis possuía uma inteligência robusta, era um Espírito preclaro, grande orador e escritor, desfrutando de apreciável grau de intuição. Referindo-se a ele, escreveu o seu contemporâneo Gabriel Gobron: Ele conheceu verdadeiros triunfos e aqueles que tiveram a rara felicidade de ouvi-lo falar a uma assistência de duas ou três mil pessoas, sabem perfeitamente quão encantadora e convincente era a sua oratória.

 

Denis jamais cursou uma academia oficial, entretanto, formou-se na escola prática da vida, na qual a dor própria e alheia, o trabalho mal retribuído, as privações heroicas ensinam a verdadeira sabedoria, por isso dizia sempre: Os que não conhecem essas lições, ignoram sempre um dos mais comovedores lados da vida. Com o concurso de sua inteligência invulgar furtar-se-ia à pobreza, mas ele preferiu viver nela, pois em sua opinião era difícil acumular egoisticamente para si aquilo que ele recebia para repartir com os seus semelhantes.

 

Com idade bastante avançada, cego e com uma constituição física relativamente fraca, vivia ainda cheio de tribulações. Nada disso, entretanto, mudava o seu modo de proceder Apesar de todas essas condições adversas, a todos ele recebia obsequioso. Desde as primeiras horas da manhã ditava volumosa correspondência, respondendo aos apelos das inúmeras sociedades que fundara ou de que era presidente honorário. Onde quer que comparecesse, ali davam-lhe sempre o lugar de maior destaque, lugar conquistado ao preço de profunda dedicação, perseverança e incansável operosidade no bem.

 

São de sua autoria:

Cristianismo e Espiritismo (FEB)
Depois da Morte (FEB)
Espíritos e Médiuns (CELD)
Joana D'Arc, Médium (FEB)
No Invisível (FEB)
O Além e a Sobrevivência do Ser (FEB)
O Espiritismo e o Clero Católico (CELD)
O Espiritismo na Arte (Lachâtre)
O Gênio Céltico e o Mundo Invisível (CELD)
O Grande Enigma (FEB)
O Mundo Invisível e a Guerra (CELD)
O Porquê da Vida (FEB)
O Problema do Ser, do Destino e da Dor (FEB)
O Progresso (CELD)
Provas Experimentais da Sobrevivência (O Clarim)
Socialismo e Espiritismo (O Clarim).

Em 19.10.2012.


 

Um artigo bastante curioso, publicado somente em A Centelha, em 1945, revista espírita há muito extinta, traz as apreciações do pesquisador Canuto Abreu sobre seu encontro em janeiro de 1922 com Léon Deis na cidade de Tours, França. Veja a seguir:

 

O que ficou mais gravado na minha memória foi nosso primeiro encontro. Fui a Tours no dia 6 de janeiro de 1922. A velha cidade francesa estava sombria e as luzes das ruas acesas, apesar de pleno dia. O frio era intenso. Quando o auto destacou barulhento à porta de casa, na Place des Arts, 19, estava uma senhora a entrar. Parou a ver quem chegava e foi minha gentil introdutora. Conquanto informado por uma carta de Jean Meyer duma próxima visita minha, Léon Denis não me aguardava naquele dia. De propósito cheguei a Tours sem outro aviso para não dar ao venerando mestre o incômodo de me esperar em dia certo.

 

A casa estava com algumas visitas. Falava-se alto lá dentro, como em controvérsia. A senhora, que me fez entrar a seu lado, deixou-me à entrada com mademoiselle Georgette, dedicada caseira de Denis. E, enquanto esta me ajudava a despir o sobretudo, ela varou a sala vizinha para me anunciar. A conversa animada cessou de súbito. Um moço alto e magro espiou à porta. Logo outro senhor apareceu, vindo ao meu encontro. Quando acompanhado por ele entrei na sala da palestra, surgiu diante de mim um velho de longas barbas, tendo ao lado a mesma senhora que me fizera entrar na casa. Eu esperava um homem forte, alto, altivo, de bigode à Clemanceau e pince-nez. Assim minha imaginação o fazia, pelo retrato em busto que ele me enviara em 1915.

 

Ali estava porém um homem de estatura meã, delicado de corpo, de longas barbas brancas em flâmula de duas pontas, cabeça meio pendida para a frente e para o coração. Estendeu-me a destra com um sorriso acolhedor. Avancei comovido ao seu encontro. Foi estreito e afetuoso o amplexo que me deu. Lembro-me que meu coração batia fortemente e sua barba roçava meu rosto quando ele disse distintamente: - Mon cher ami! Antes e depois desse encontro ouvi de muitos lábios a mesma expressão de amizade tão comum na França. Nenhuma, entretanto, ficou gravada tão indelevelmente na minha lembrança. Sentado a seu lado depois das apresentações aos presentes, conversamos longamente. Era ele o mais indagador. Inquiria, perguntava, interpelava. Levou o assunto para a doutrina espírita no Brasil. Sua divulgação, seu caráter cristão, suas curas notáveis. Citou nomes amigos: Leopoldo Cirne, João Lourenço de Souza, Antonio Alves da Fonseca... Perguntou se Guillon Ribeiro descendia de franceses. Quando lhe disse que Depois da morte, traduzido por Lourenço Souza já estava no quinto milheiro, ele prontamente me retificou. Sabia bem quanto andava a edição de seus livros no Brasil, porque recebia exemplares toda vez que uma aparecia. Acrescentou que na França a 55ª edição já havia sido lançada e no prelo se encontrava a décima de O grande enigma.

 

- Estou agora fazendo a revisão das últimas páginas de O problema do ser [do destino e da dor]. Eu o arrumei, extraordinariamente, com um estudo retrospectivo de tudo quanto apareceu de Allan Kardec para cá. Espero ter sido quase completo.

 

- E tem em vista publicar alguma obra nova?

 

- Sim, se Deus me der vida. Trabalho em diversos assuntos. Terminei O Espiritismo e a arte, que será publicado seguidamente pela Revue Spirite. Estou agora escrevendo sobre o Espiritismo e o Socialismo.

 

- São assuntos palpitantes, que os brasileiros estimarão muitíssimo.

 

A admirável operosidade de Léon Denis

 

Verdadeiro apóstolo, nunca deixou de escrever, de falar, de propagar, de praticar. Trabalhou incessantemente até o fim. Para se ter uma ideia da sua operosidade, basta recordar o que foram seus últimos dias, sua derradeira semana. O inverno de 1927 foi muito rigoroso e Léon Denis quase não saía de casa. Quando o fazia, era para ir à tipografia.

 

Trabalhava pela manhã na coordenação e redação de seu novo livro: O gênio céltico e o mundo invisível, ansioso por terminá-lo. Ao entrar a primavera, começou a receber as primeiras provas, que sua secretária mademoiselle Baumard lia em voz alta e corrigia de acordo com ele. Com o pressentimento de estar próxima a sua passagem, exigia da secretária trabalho mais intenso e rápido.

 

"Tenho pressa", explicava. Começaram, porém, os íntimos a perceber que ele decaía fisicamente. Georgette, quando o ajudava a mover-se dum ponto para outro, notava que estava mais lerdo, mais trêmulo, mais irritadiço.

 

No dia 5 de abril, ao deixar a casa, a secretária sentiu a mão do mestre febril e comunicou discretamente a Georgette sua preocupação. No dia 6 pela manhã o encontrou aparentemente bem disposto. Ouviu e corrigiu provas até o almoço. Principiou a comer alegremente, como de hábito, mas de repente engasgou-se e tossiu.

 

Qualquer coisa o incomodava na garganta. Após curto intervalo, tentou novo bocado e teve dificuldade de engoli-lo. Desistiu do almoço e levantou-se um tanto preocupado, aparentando calma. Andou pela sala, tossindo de vez em quando, arrumando a garganta, que teimava em arder.

 

Sentindo falta de ar, foi até a janela e inspirou lentamente uma boa porção. Por trás dele as duas senhoras viam que ele sofria. Era conveniente avisar o médico. Georgette propôs-se-lhe chamar logo o facultativo. "Deixe-se disso" foi a réplica. "Estou apenas resfriado; uma pequena gripe de primavera. Ela sempre me vem pela garganta". O dia todo passou deprimido e febril, mas trabalhando. Cada vez tinha mais pressa de findar a revisão da obra em prova. A noite foi de vigília para Georgette. No dia seguinte principiaram cedo as visitas de amigos. Sabiam que era imprópria a hora, pois o mestre trabalhava pela manhã. Mas estavam todos preocupados. Apesar da febre, do ardor da garganta, da dificuldade em beber e comer, teimou em trabalhar e não quis nem médico nem remédio. À noite sentiu-se mal. Não teve sossego. Cedo chegou o médico. Após o exame, recomendou-lhe permanecesse no leito e se medicasse "para sarar logo". Mas aos íntimos, o doutor se mostrou reservado no diagnóstico. "Por enquanto uma traqueíte e bronquite. E depois?"

 

Apesar de deitado, Denis continuou a ouvir a leitura das provas e a corrigi-las. Na sexta-feira, 8, quando Mlle Baumard chegou, lá o encontrou de pé, preparado para o trabalho. Recebeu amigos, dizendo-lhes achar-se melhor. Georgette o desmentia em segredo a todos. Notava-se francamente o acabrunhamento do mestre. Quando o médico saiu, revelou aos de casa que era uma angina. No sábado, Denis não conseguiu erguer-se do leito. A secretária recusou-se amavelmente trabalhar junto dele. O médico verificou tratar-se duma pneumonia. Foi um dia horrível para o doente e para todos. Mas o trabalho de revisão continuava, pois assim queria ele. No domingo, primeiro da semana santa, já ninguém duvidava do próximo desfecho. Respirava com dificuldade, gemia um pouquinho, tinha dores. Percebeu que estava desprendendo-se. Todavia procurava reanimar os que o rodeavam.

 

Falando com dificuldade, mas completando sempre o pensamento, pedia que a secretária "andasse" com o trabalho. Vendo a seu lado Gaston Luce silencioso e triste, disse-lhe com um sorriso: - Ça ne vaut pas Montmartre, hein Luce? Referia-se ao banquete que, em Paris se realizava após o encerramento do Congresso Espírita, e durante o qual, como um ídolo, Denis fora o centro das atenções dos crentes que haviam acorrido ao concílio. Continuando a conversar, contou algumas passagens de sua vida, entre as quais uma anedota quando visitara o Caíde de Cabilia, no deserto. "Você me disse que pretende escrever alguma coisa a meu respeito. Não se esqueça dessa anedota", disse a Gaston. No dia 10, seu estado era desesperador. Mas pediu-lhe trouxessem o jornal La Depêche e solicitou a Madame Chauvigné lhe lesse alguma coisa. Sua preocupação máxima era, contudo, o livro cujas provas ainda não estavam todas corrigidas. Por fim, a secretária declarou terminada a tarefa! Foi um alívio imenso para o doente. Chamou Gaston Luce e lhe recomendou: "Que esse livro saia à sua honra, sim Luce?". Respondeu o discípulo: "Esteja tranquilo, mestre, ele está acabado. Fique descansado. Não se incomode mais. Eu darei o último passo". Replica Denis: "Mas ainda não está finda a biografia de Allan Kardec!" Respondeu Luce: "Sim, já está" Era uma informação incerta, dada para tranquilizá-lo. Mas Denis sorriu, incrédulo: "Vamos! Escreva logo. Em que ponto estávamos! Ah! Recordo-me. Vamos continuar agora"!

 

Dois dias depois, na manhã de 12 de abril de 1927, Léon Denis começa a se desprender do corpo físico. Mademoiselle Baumard tem nas suas as mãos do agonizante, que não cessa de lhe dar recomendações... pelo futuro da doutrina espírita.

 

Acervo Correio Fraterno - edição 129, setembro 1981.
Em 19.10.2012.

 

 

(Texto copiado de http://www.feparana.com.br/topico/?topico=745)

 

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Léon Denis (1870)

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A9on_Denis#/media/File:L%C3%A9on_denis_1870.jpg

Léon Denis presidiu o  Congresso Espírita Internacional. 11/9/1925.

Imagem/fonte:  http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b531529686

Joana D’Arc Médium. Léon Denis

Imagem/fonte: http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k9760107d

leituras

Algumas das obras de Léon Denis

Tours_Cathedral_Saint-Gatian

Catedral Saint Gatien de Tours, França.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tours_Cathedral_Saint-Gatian.jpg 

Vista panorâmica de Tours. Óleo sobre tela por Pierre-Antoine Demachy.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Demachy_-_vue_panoramique_de_Tours.jpg

 

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