Notícias do Movimento Espírita São Paulo, SP, quarta-feira, 18 de julho de 2018 Compiladas por Ismael Gobbo |
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Notas |
1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento. 2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes diversas via e-mail e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec. Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.
3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).
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Atenção |
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Os últimos 5 emails enviados |
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17-07-2018 http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/JULHO/17-07-2018.htm 16-07-2018 http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/JULHO/16-07-2018.htm 14-07-2018 http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/JULHO/14-07-2018.htm 13-07-2018 http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/JULHO/13-07-2018.htm 12-07-2018 http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/JULHO/12-07-2018.htm
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Publicação em sequência Revista Espírita – Ano 3 - 1860 |
(Conclui as postagens anteriores desse tema)
(Texto copiado do site Febnet) |
Berna, Suiça, em 1757. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Herrliberger_Bern.jpg |
Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Thomas_and_Alice,_Gallaudet_University.jpg Uma escultura retratando Thomas Hopkins Gallaudet ensinando a Alice Cogswell a carta manual "A". O memorial está localizado no campus da Universidade Gallaudet em Washington, DC Foi esculpido por Daniel Chester French em 1889 e é uma propriedade contribuinte para o Gallaudet College Historic District. |
Paz de Espírito |
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Alma e Coração. Lição nº 37. Página 83.
Temos hoje, em toda parte da terra, um problema essencial a resolver, a aquisição da paz de espírito, em que se desenvolvem todas as raízes da solução aos demais problemas que sitiam a alma. Que diretrizes, porém, adotar na obtenção de semelhante conquista? Usar a força, impor condições, armar circunstâncias? Não desconhecemos, no entanto, que a tensão apenas consegue impedir o fluxo das energias criadoras que dimanam das áreas ocultas do espírito, agravando conflitos e mascarando as realidades profundas de nossa vida íntima, habitualmente imanifestas. A paz de espírito, ao contrário, exclui a precipitação e a inquietude, para deter-se e consolidar-se na serenidade e no entendimento. Para adquiri-la, por isso mesmo, urge entregar as nossas síndromes de ansiedade e de angústia à providência invisível que nos apóia. As ciências psicológicas da atualidade nomeiam esse recurso como sendo "o poder criativo e atuante do inconsciente", mas, simplificando conceitos, a fim de adaptá-los ao clima de nossa fé, chamamos-lhe "o poder onisciente de Deus em nós". Render-nos aos desígnios de Deus, e confiar a Deus as questões que nos surjam intrincadas no cotidiano, é a norma exata da tranqüilidade suscetível de garantir-nos equilíbrio no mundo interno para o rendimento ideal da vida. Colocar à conta de Deus a parte obscura de nossa caminhada evolutiva, mas sem desprezar a parte do dever que nos compete. Trabalhar e esperar, realizando o melhor que pudermos. Fé e serviço, calma sem ócio. Pensemos nisso e alijemos o fardo dos agentes destrutivos de ódio, ressentimento, culpa, condenação, crítica ou amargura que costumamos arrastar no barro da hostilidade com que tratamos a vida, tanta vez arruinando tempo e saúde, oportunidade e interesses. Fundamentemos a nossa paz de espírito numa conclusão clara e simples: "Deus que nos tem sustentado, até agora, nos sustentará também de agora em diante." Em suma, recordemos o texto evangélico que nos adverte
sensatamente: "Se Deus é por nós, quem poderia ser contra!" (Texto recebido em email do divulgador Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG) |
Nativos afegãos realizam a oração da tarde após o envolvimento de um líder com soldados do Exército dos EUA designados para a Companhia de Combate, 1º Batalhão, 32º Regimento de Infantaria, 3ª Brigada de Combate, 10ª Divisão de Montanha, na Vila Lachey no distrito de Shigal, província de Kunar. Afeganistão em 7 de dezembro. (ID da foto: 232627) 7 de dezembro de 2009. Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Afghan_men_praying_in_Kunar-2009.jpg |
Vídeo com oração em Mesquita do Afeganistão à noite https://www.youtube.com/watch?v=0LByuJFHlSo
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Neuroses |
Richard Simonetti
O psiquiatra atende ao telefone. A paciente, jovem senhora sob tratamento, reclama: – Doutor, estou muito preocupada. – O que houve? – Venho notando que meu cocô está leve, boiando, ao invés de depositar-se no fundo do vaso. É grave? – É normal. Não se preocupe. Acontece, às vezes. Momentos depois, nova ligação. – Desculpe, doutor, pela insistência… O senhor acha mesmo que não tem problema? – Com certeza! Fique tranqüila. Mais alguns minutos e… – Doutor, estive pensando… O normal não seria um cocô mais pesado? – Olhe, menina, vou lhe dizer o que realmente acontece. O problema é da cabeça. O cocô leve vem de seu cérebro. Podemos enfatizar nesse episódio a impaciência do médico. Não deveria estar presente num profissional de psiquiatria, treinado e muito bem pago para ouvir, ainda que, eventualmente, importunado, pela clientela. Psiquiatra sem paciência deve reciclar-se, revendo os fundamentos de sua especialidade. Mais interessante, no caso, considerar a paciente. Ela é o exemplo típico das fantasias geradas pela neurose, esse problema que costuma envolver pessoas demasiadamente preocupadas consigo mesmas. A ansiedade é sua principal característica, levando-as a superestimar seus problemas e dificuldades, como quem usa óculos de grau mal ajustados. O neurótico enxerga de forma “desfocada” as situações e as pessoas. Alguns exemplos: Riem para ele. Julga que riem dele. Não o cumprimentam, por distração. Imagina desconsideração. Recebe elogio sincero. Enxerga bajulação. Não se comunica. Reclama que o ignoram. Com semelhante visão, tem muita facilidade para sentir-se discriminado, isolado, injustiçado, perseguido, humilhado… É dado a teorias conspiratórias, supondo que as pessoas tramam algo contra si. Resvala com facilidade para a hipocondria, preocupando-se até com a consistência de seus dejetos. Há duas realidades: O que vemos e o que é. A estabilidade íntima depende de nossa capacidade em aproximar uma da outra. Quando menino, eu era míope, sem saber. Na escola, sentava próximo ao quadro negro; no cinema, nos primeiros lugares, em face de minha limitação. Como a miopia é progressiva, vamos nos adaptando à redução da acuidade visual, sem perceber a própria deficiência. A paisagem, para mim, já com três graus, era um borrão, aparentemente natural. Quando, finalmente, consultei o oftalmologista e usei o primeiro par de óculos, foi um deslumbramento. Encantei-me com a luminosidade dos objetos, a visão dos pássaros ao longe, os contornos da paisagem… Enxergava, sem problemas o letreiro nos filmes, os registros na lousa… Nossas neuroses situam-se como uma miopia da alma, impedindo-nos de enxergar as realidades existenciais, detendo-nos em perturbadoras fantasias, a partir de meros borrões. A maneira como enxergamos o mundo é decisiva em relação à própria saúde, física e psíquica. A visão desfocada, que caracteriza o comportamento neurótico, é extremamente desajustante. Por isso Jesus proclama, em O Sermão da Montanha (Mateus, 6:22-23): São teus olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso. Se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que há em ti sejam trevas, que grandes trevas serão.
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O grito. Óleo, têmpera e pastel no cartão por Edvard Munch. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:The_Scream.jpg |
Narciso. Óleo sobre tela por Michelangelo Caravaggio. Imagem/fonte: |
Roteiro de Palestras com Divaldo Franco. Rio de Janeiro, RJ, 2018 |
(Informação recebida em email de helena de Souza Alves [helenamarcomini@gmail.com]) |
28º. Feirão Beneficente pró Mansão do Caminho Rio de Janeiro, RJ |
(Informação recebida em email de helena de Souza Alves [helenamarcomini@gmail.com]) |
Palestra no Núcleo Espírita Chico Xavier Niterói, RJ |
(Informação recebida em email de Núcleo Espírita Chico Xavier [necx.espiritismo@gmail.com]) |
André Luiz: A Vida após a Vida. Teatro Municipal de Santo André, SP |
(Informação recebida em email de Claudio Palermo) |
Palestra no C.E. Cairbar Schutel Assis, SP |
(Informação recebida em email de Francisco Atilio Arcoleze [atilio.arcoleze@gmail.com]) |
Palestra no C.E. Caminho de Luz- Cecamluz Salvador, BA |
Companheiros,
Temos o prazer de convidar a todos para participarem do 15º Aniversário do Centro Espirita Caminho de Luz- Cecamluz, que ocorrerá no dia 22/07/2018, às 16.30 na nossa sede que fica na Travessa Don Eugênio Sales n 40 - Boca do Rio, próximo a Embasa da Bolandeira. Receberemos nessa oportunidade a companheira Nádia Matos, que nos falará sobre " Transição Planetária e Autoeducação". Será uma grande honra receber a todos para juntos participarmos desse momento tão especial.
Atenciosamente,
Fátima Silvany Coordenação Doutrinária (Informação recebida em email de Edward Nunes [edwardnunesjr@ocaminhoejesus.com]) |
“Cristianismo” e “Epístolas” em Caieiras |
O Grupo de Estudos Espíritas Fraternidade Cristã, de Caieiras (cidade na região metropolitana de São Paulo), na noite do dia 16 de julho promoveu palestra de Antonio Cesar Perri de Carvalho (ex-presidente da USE-SP e da FEB), que abordou o tema “Os obreiros do Senhor”. Este Grupo promove palestras com convidados às 2as. feiras de julho. Em seguida, o expositor autografou suas obras “Cristianismo nos séculos iniciais. Análise histórica e visão espírita” e “Epístolas de Paulo à luz do Espiritismo”, ambas editadas por O Clarim, e houve um chá fraterno. Informações: https://www.facebook.com/pg/FraternidadeCristaLaranjeiras/photos/?ref=page_internal Grupo de Estudos Espíritas Fraternidade Cristã, de Caieiras: palestra por Cesar Perri; Cesar Perri com dirigentes do Grupo; parte do público)
(Informações recebidas em email de Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier [contato@grupochicoxavier.com.br]) |
11º. Congresso de Medicina e Espiritualidade Luxembourg |
(Informação recebida em email de nascimento zelina [allankardeclux@yahoo.fr]) |
Conheça os atores do filme de Zé Arigó |
Acesse: http://chicodeminasxavier.com.br/conheca-os-atores-do-filme-de-ze-arigo/
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Túmulo de Zé Arigó em Congonhas, MG. Foto Ismael Gobbo |
Palestra programada para “O Semeador” Catanduva, SP |
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XXV Fórum Nacional de Ciência Espírita Leiria, Portugal |
Sua referência: Sua comunicação de: Nossa referência: Data: Circ. Nº 6/2018 Leiria, 9 de Julho de 2018
Assunto: XXV FÓRUM NACIONAL DE CIÊNCIA ESPÍRITA TEMA – OBSESSÃO E DOENÇAS MENTAIS
Prezados companheiros de ideal espírita:
De novo Associação volta este ano de 2018 a realizar o Fórum Nacional de Ciência Espírita que ocorrerá nos dias 22 e 23, de Setembro de 2018.
O XXV Fórum irá contar com diversos expositores nacionais, mas também traremos a Portugal um expositor espírita com larga experiencia no Movimento Espirita Brasileiro. Os temas escolhidos têm uma grande importância na vida e na sociedade actual que vive cada vez mais pressionada por situações complexas que fragilizam seus pensamente a abrem brechas para o mal estar de cada ser. Sabemos do imenso esforço que os espíritas interessados em participar tem de fazer para poder estar presentes, mas não desistimos de o levar a cabo, porque reputamos de imenso interesse que o ser humano aprenda a viver em harmonia. Reserve na sua agenda esta data para não faltar ao XXV Fórum e estar presente num encontro que, acreditamos, será enriquecedor para todos nós. Para participar no Fórum deverá inscrever-se através do telefone 962984388 ou pelo email ass.esp.leiria@gmail.com, a mesma terá como habitualmente um custo de dez euros. Contamos com a compreensão e a colaboração daqueles que sempre se têm esforçado por participar. Até lá, subscrevemo-nos rogando a Deus vos envolva em afectuosas saudações.
Fraternalmente
A Presidente da Direcção
(Informações recebidas em email de Regina Bachega) |
Boletim da SEF- Sociedade Espírita Fraternidade Niterói, RJ |
Acessar aqui:
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Programação da FEEB Salvador, BA |
FEEB - Federação Espírita do Estado da Bahia
Rua Coronel Jayme Rolemberg, 110 – Bela Vista de Brotas
Salvador- BA
Informações: (71) 3359-3323
(Informação recebida em email de Edward Nunes [edwardnunesjr@ocaminhoejesus.com]) |
Enconfego 2018 Aracaju, SE |
(Informação recebida em email de Emmanuel Correia da Silva [emmanuelcorreia34@gmail.com]) |
Palestras Públicas no Museu Espírita de São Paulo |
Ao longo de 2018 estão sendo realizadas palestras publicas gratuitas na Federação Espírita Brasileira Seccional Museu Espírita de São Paulo. As palestras ocorrem no auditório Francisco Cândido Xavier. Confira a programação:
(Fonte: http://www.febnet.org.br/blog/geral/noticias/palestras-publicas-no-museu-espirita-de-sao-paulo-3/) |
Programação do C.E. Allan Kardec Penápolis, SP |
Obs.:Se não deseja receber este Boletim Semanal, envia a palavra "CANCELAR" para e-mail ALLANKARDECPENAPOLIS@GMAIL.COM , pelo que muito agradeceremos.
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Centro Espírita Allan Kardec allankardecpenapolis@gmail.com https://www.facebook.com/allankardecpenapolis
(Informação recebida em emails de CEAK e de João Marchesi Neto) |
Palestras com Pedro Camilo Birigui, Araçatuba e Penápolis, SP |
(Informações recebidas em email de Erika Silveira [erika.jornalista10@gmail.com]) |
Palestra programada para o Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, Portugal |
Porque interferem os Espíritos na nossa vida?
O Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, vai levar a cabo uma palestra espírita alusiva ao tema "Porque interferem os Espíritos na nossa vida?".
Esta conferência terá lugar na 6ª feira, dia 20 de Julho de 2018, pelas 21h00, na sede desta associação, na Rua Francisco Ramos, nº 34, r/c (Bº das Morenas - www.cceespirita.wordpress.com). As entradas são livres e gratuitas. Fonte: Centro de Cultura Espírita
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António Luís (+351) 914 269 532
"Busque agir para o bem, enquanto você dispõe de tempo." - André Luíz
(Informação recebida em email de António Luís [antonioluismsilva@gmail.com]) |
Curso na Escola de Médiuns Herculano Pires Jundiaí, SP |
(Informação recebida em email de Didi Pelegrini [didipelegrini@uol.com.br]) |
Constância |
A virtude da constância é imprescindível para o êxito de qualquer empreendimento. O início de um projeto sempre é cercado de entusiasmo. Seja em grupo ou isoladamente, a ideia nova empolga. Pode ser uma dieta, um programa de estudos, novos hábitos de vida ou de trabalho. No início, tudo parece fácil e proveitoso. Mas, gradualmente, as dificuldades surgem e começam a impressionar. Pouco a pouco, perde-se o entusiasmo do princípio. Já não parece tão importante manter o padrão de comportamento eleito. A meta almejada se esfumaça no horizonte e a pessoa retorna ao estado anterior. O homem é uma criatura de hábitos. Os hábitos podem engrandecê-lo ou amesquinhá-lo, aproximá-lo do anjo ou do selvagem. A noção das próprias possibilidades por vezes empolga um ser humano. Animado pela ideia de ser melhor, ele traça metas de equilíbrio, paz e progresso. Para essas metas serem atingidas é necessário constância. É nas dificuldades que o caráter se refina e se fortalece. Quem desiste ao primeiro empecilho jamais atinge objetivo algum. Perante os embates do mundo, importa perseverar no padrão de comportamento considerado ideal. Não é conveniente mudar de atitude apenas para acompanhar a maioria. Os grandes atletas, pensadores e inventores não revelaram sua grandeza de forma repentina. Sempre é necessário muito estudo, preparação e esforço para a conquista de uma meta. A exímia bailarina impressiona pela beleza e graça com que executa sua arte. Mas apenas ela sabe o que isso lhe custou em termos de disciplina, renúncia e dores. Se você tem objetivos, há apenas um modo de atingi-los: trabalhando duramente e com constância. Sem disciplina, você flutuará ao sabor dos acontecimentos. O que lhe parecer mais fácil você fará. Seus desejos mais profundos não passarão de sonhos, sem qualquer substância. A aspiração de hoje será abandonada amanhã. A dieta iniciada será esquecida. O projeto de trabalho ou de estudo seguirá o mesmo destino. De fantasia em fantasia, de sonho em sonho, sua vida passará. E você será uma contínua promessa não realizada. Para que isso não aconteça, analise o seu proceder. Se constatar leviandade ou instabilidade em seu agir, dedique-se a combater tais características. Estabeleça metas e esforce-se em alcançá-las. Se quer ser instruído, aprender uma língua, fazer um curso, estude com firmeza. Se deseja adquirir uma virtude, pratique-a a todo instante. Caso queira emagrecer ou cuidar de sua saúde, modifique seus hábitos, mas o faça com convicção. Não se impressione com obstáculos, pois eles sempre existirão. Não se permita titubear e voltar atrás. Lembre-se do entusiasmo do início. Mantenha-se firme, em respeito ao seu infinito potencial. Visualize o prazer que a vitória proporcionará. A dificuldade de hoje é a facilidade de amanhã. Apenas a constância poderá conduzi-lo ao resultado almejado. Pense nisso e persevere! Redação do Momento
Espírita.
(Texto copiado do site Feparana) |
Pintura de bailarinas. Óleo sobre tela por Edgar Degas. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Edgar_Germain_Hilaire_Degas_005.jpg |
Jan Huss: 600 anos de desencarnação |
Enrique
Eliseo Baldovino
No dia 6 de julho de 1415 foi queimado vivo, em Constança (Germânia, futura Alemanha), o mártir Jan Huss, célebre pensador, sacerdote e reformador tcheco, nascido no ano de 1369,1 em Husinec ou Hussinecz, reino da Boêmia (hoje República Tcheca), reino que, à época, formava parte do Sacro Império Romano-Germânico. O precursor da Reforma nasceu sob o reinado do imperador Carlos IV e sob o pontifi cado de Gregório XI, alguns anos antes do grande cisma do Ocidente, que se pode encarar como uma das sementes do hussitismo. Segundo o costume da Idade Média, Jan Huss, foi assim chamado porque nasceu em Hussinecz, pequeno burgo situado ao sul da Boêmia, no distrito de Prachen, nas fronteiras da Baviera. Filho de pais camponeses, Jan Huss completou o seu curso na Universidade de Praga, onde se formou em Teologia (1394), em Artes (1396) e em Filosofi a (1396), fazendo-se bastante conceituado nos meios universitários. Como escritor, deu também sua grande contruibuição na fi xação da ortografi a e na reforma da língua literária tcheca. Alguns livros de sua autoria, que sobreviveram até os nossos dias, nos idiomas latim, francês, tcheco e inglês são, entre outros: Questio de indulgentiis (1412), Explication de la foi (1412), De ecclesia (1413), Explication des saints évangiles (1413), Ortografie Česká (1857), The letters of John Hus (1904) etc. Seguidor do reformador John Wycliffe Huss foi ordenado sacerdote em 1400 e, no ano seguinte, ocupou o cargo de reitor da Universidade de Praga, quando se aproximou da obra do reformador inglês John Wycliffe (c.1328-1384), passando a considerar-se teologicamente seu discípulo, juntamente com Jerônimo de Praga (1379-1416), seguidor de Huss. Em 1401, tornou-se pregador da capela de Belém, em Praga (capital do reino da Boêmia), e tinha o apoio do arcebispo. Jan Huss foi confessor da rainha Sofia (1376-1425), esposa do rei Venceslau. Huss, como Wycliffe, não aceitava a supremacia papal, mas apenas a pessoa do Cristo – e não Pedro – como chefe e cabeça da Igreja, considerando o Evangelho “única lei”. Seu pensamento sobre a Igreja era influenciado fortemente por Agostinho e tinha, a respeito do clero e sua relação com a propriedade, pontos de vista semelhantes aos dos valdenses. (Sobre os valdenses, leia-se A caminho da luz, o item As advertências de Jesus, cap. 18, livro ditado pelo Espírito Emmanuel ao médium Chico Xavier, Editora FEB.) As críticas de Jan Huss ao clero foram aos poucos evidenciando sua simpatia para com a doutrina de Wycliffe (que traduziu a Bíblia para o seu idioma nacional, a fim de pô-la ao alcance do povo), e a oposição cresceu contra Huss, sendo ele excomungado em 1410. O resultado disso foi um grande tumulto popular em Praga, quando Huss, com o apoio do rei Venceslau (1361-1419) e do povo, foi festejado como patriota e herói nacional, por ser contrário ao tráfico das indulgências, à política guerreira do Papa e à sua infalibilidade. Novamente excomungado, teve que se afastar de Praga. A despeito das garantias de um salvo-conduto para comparecer ao Concílio de Constança (1414), foi encarcerado por vários meses numa prisão infecta, sendo condenado e queimado vivo nessa cidade, onde enfrentou a morte com grande coragem, tendo sido humilhado antes com o despojamento das vestes sacerdotais, tão logo lhe puseram na cabeça uma coroa ridícula de papel, onde escreveram a injuriosa alcunha de “heresiarca”. Huss ainda vivia quando os seus livros foram queimados, perpetrando-se um triste auto-de-fé de suas obras (em 9/10/1861 fizeram o mesmo com os livros de Kardec, no Auto-de-fé de Barcelona, mas não conseguiram queimá-lo vivo!), as quais foram publicadas, postumamente, primeiro em Nuremberg, em 1558, e séculos depois em Praga (1903-1908, Obras completas do mestre Jan Huss), em oito volumes. Naqueles tempos de grande intolerância, Jan Huss foi considerado o 1º mártir da liberdade religiosa, dezesseis anos antes que a heroína francesa Joana d’Arc (1412-1431) fosse queimada viva por essa mesma intolerância religiosa, e mais de cem anos antes que outro célebre reformador, o teólogo alemão Martinho Lutero (1483-1546), apresentasse suas 95 Teses, em 1517. Os hussitas Os seguidores de Jan Huss foram os hussitas, que tentaram impor ao país as doutrinas do reformador, combinando-as com um sentimento de forte nacionalismo tcheco, antialemão. Além da morte de Huss, que provocou ressentimentos e revoltas na Boêmia, mais dois fatores influíram na revolução que convulsionou o país: a proibição de que o povo tcheco exercesse o culto religioso, segundo suas próprias crenças e o martírio na fogueira de Jerônimo de Praga (30/5/1416), fiel discípulo de Huss. Jan Huss também é considerado um precursor da Reforma protestante. Os hussitas aliaram-se aos luteranos no século XVI. A rebelião de 1618 dos hussitas contra a dinastia dos Habsburgos católicos deu início à Guerra dos Trinta Anos, sendo a Boêmia recatolicizada depois de sua derrota (1621). Os tchecos, porém, permaneceram nacionalistas e anticlericais – o que foi decisivo na luta secular que travaram contra os Habsburgos católicos e na conquista da sua independência, em 1918. Jan Huss e Allan Kardec Segundo o distinto pesquisador espírita Canuto Abreu, a notícia de Jan Huss ter reencarnado como Allan Kardec veio em 1857, através da psicografia da médium Ermance Dufaux.2 Notemos, assim, a modéstia e a humildade de Kardec, que nunca se referiu em vida a este fato. A preciosa fonte dessa notável informação estava, em 1921, na Livraria de Leymarie, onde o Dr. Canuto a copiara. Em 1925, passou para o arquivo da Maison des Spirites, tendo sido destruída pelos alemães em 1940 durante a invasão de Paris. Sim, esta profunda revelação é digna de destaque: o ilustre codificador Allan Kardec foi a reencarnação do pregador Jan Huss, mártir da fé e reformador da língua do seu país, como lexicógrafo emérito, sendo igualmente um eminente tradutor ao idioma tcheco. O paralelo entre as duas personalidades é realmente notável. Observemos também o período exato de 500 anos entre a data de nascimento de Huss e a de desencarnação de Kardec. Como professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, o futuro Allan Kardec, além de preclaro educador, foi também tradutor de livros para diferentes idiomas, entre os quais se destaca: Les trois premiers livres de Télémaque en allemand (Paris: Bobée et Hingray Éditeurs, 1830), como oportunamente escrevemos nas páginas de Reformador.³ Como Kardec, foi o grande codificador da Doutrina dos Espíritos, que plasmou, de forma missionária, os elementos da emancipação e regeneração da humanidade. O mesmo Espírito, na sua autêntica vivência cristã em ambas as personalidades, teve grande intimidade com a mensagem de Jesus e o Novo Testamento, sendo o Espiritismo, desse modo, o Cristianismo Redivivo. Há vários séculos, portanto, que esse Espírito de escol, além de se destacar por alavancar o progresso geral da Terra, vem se doando através do martírio, no generoso auxílio a todos pela vivência das elevadas propostas filosóficas, científicas e religiosas, em nome de Jesus, abordando também, em vida, as questões ortográfico-gramaticais e o importante quesito das traduções, com a mestria que lhe é peculiar. A mensagem do Espírito Jan Huss Lemos, na Revista Espírita de setembro de 1869, o artigo Precursores do Espiritismo – Jan Huss, uma comunicação mediúnica desse Espírito elevado, datada de 14 de agosto de 1869 e ditada em Paris,4 após ter sido evocado por um dos médiuns da Société Parisienne des Études Spirites. Os continuadores de Kardec na direção da Revue Spirite registraram o seguinte, antes de transcrever a mensagem do Espírito Huss e depois de terem publicado algumas notícias biográficas dele, por ocasião das comemorações dos 500 anos de nascimento do grande reformador (1369-1869), notícias seguidas por uma instrução do Espírito Allan Kardec (três dias depois, em 17/8/1869), de relevante importância doutrinária: Evocado por um de nossos médiuns, o Espírito Jan Huss deu a seguinte comunicação, que nos apressamos em mostrar aos nossos leitores, bem como uma instrução do Sr. Allan Kardec sobre o mesmo assunto, porque nos parecem bem caracterizar a natureza do homem eminente, que se ocupou com tanto ardor, desde o século quinze, a preparar os elementos da emancipação e da regeneração filosóficos da humanidade.4 (Paris, 14 de agosto de 1869) A opinião dos homens pode dispersar-se momentaneamente, mas a justiça de Deus, eterna e imutável, sabe recompensar, quando a justiça humana castiga perdida pela iniquidade e pelo interesse pessoal. Apenas cinco séculos – um segundo na eternidade – se passaram desde o nascimento do obscuro e modesto trabalhador e já a glória humana, à qual ele não se prende mais, substituiu a sentença infamante e a morte ignominiosa, incapazes de abalar a firmeza de suas convicções.4 Como és grande, meu Deus, e como é infinita a tua sabedoria! Sob o teu sopro poderoso minha morte tornou-se um instrumento de progresso. A mão que me feriu alcançou, com o mesmo golpe, os terríveis erros seculares de que se encharcou o espírito humano. Minha voz encontrou eco nos corações indignados pela injustiça de meus algozes, e meu sangue, derramado como um orvalho benfazejo sobre um solo generoso, fecundou e desenvolveu nos espíritos adiantados de meu tempo os princípios da eterna verdade. Eles compreenderam, refletiram, analisaram, trabalharam e, sobre bases informes, rudimentares das primeiras crenças liberais, edificaram, na sucessão das eras, doutrinas filosóficas verdadeiramente generosas, profundamente religiosas e eternamente progressivas. […]4 (Grifos nossos.) E, mais adiante, o mesmo Espírito Huss continua sua profunda mensagem, fazendo um paralelo entre suas antigas crenças – que defendeu com heroísmo até sua morte na fogueira –, com as verdades novas, descobertas como Espírito imortal: Aos que me pediam uma retratação, respondi que só renunciaria às minhas crenças diante de uma doutrina mais completa, mais satisfatória, mais verdadeira. Pois bem! desde esse tempo meu Espírito se engrandeceu; encontrei algo melhor do que havia conquistado e, fiel aos meus princípios, repeli sucessivamente o que minhas antigas convicções tinham de errôneo, para acolher as verdades novas, mais largas, mais consentâneas com a ideia que eu fazia da natureza e dos atributos de Deus. Espírito, progredi no espaço; voltando à Terra, progredi também. Hoje, voltando novamente à pátria das almas, estou na fila da frente ao lado de todos os que, sob este ou aquele nome, marcham sincera e ativamente para a verdade e se dedicam, de coração e de espírito, ao desenvolvimento progressivo do espírito humano.4 Obrigado a todos os que reverenciam em minha personalidade terrestre a memória de um defensor da verdade; obrigado, sobretudo, aos que sabem que, acima do homem há o Espírito, libertado pela morte dos entraves materiais, a inteligência livre que trabalha de acordo com as inteligências exiladas, a alma que gravita incessantemente para o centro de atração de todas as criações: o infinito, Deus! Jan Huss 4 (Grifos nossos.) A mensagem do Espírito Allan Kardec Logo após a comunicação do Espírito Jan Huss, os continuadores do codificador transcreveram a mensagem do Espírito Allan Kardec,5 da qual registramos somente alguns trechos, deixando aos leitores o cuidado de a estudarem de modo mais aprofundado, ao compulsarem diretamente as páginas históricas da Revista Espírita: (Paris, 17 de agosto de 1869) […] – A tribo, ou se quiserdes, a nação, o universo avançam em idade e as balizas se multiplicam, semeando aqui e ali os princípios de verdade e de justiça que serão a partilha das gerações que chegam. Essas balizas esparsas são os precursores; eles semeiam uma ideia, desenvolvem-na durante sua vida terrena, vigiam-na e a protegem no estado de Espírito, e voltam periodicamente através dos séculos para trazerem seu concurso e sua atividade ao seu desenvolvimento. Tal foi Jan Huss e tantos outros precursores da filosofia espírita. […] Jan Huss encontrou no Espiritismo uma crença mais completa, mais satisfatória que suas doutrinas e o aceitou sem restrição. – Como ele, eu disse aos meus adversários e contraditores: “Fazei algo melhor e me reunirei a vós.”5 O progresso é a eterna lei dos mundos, mas jamais seremos ultrapassados por ele, porque, do mesmo modo que Jan Huss, sempre aceitaremos como nossos os princípios novos, lógicos e verdadeiros que cabe ao futuro nos revelar. Allan Kardec (Grifos nossos.)5 Precursor da filosofia espírita O respeito de Kardec por Huss já era grande (chegou a chamá-lo “um dos precursores da filosofia espírita”), apesar de essa admiração ser silenciosa e discreta, desde a sua encarnação como codificador, conforme podemos constatar nas páginas da Revista Espírita de dezembro de 1868, item V, intitulado Comissão Central,6 ao ser abordada a Constituição transitória do Espiritismo, quando o mestre de Lyon registrou para a posteridade: Às atribuições gerais da comissão serão anexados, como dependências locais: 1º – Uma biblioteca, onde se encontrem reunidas todas as obras que interessem ao Espiritismo e que possam ser consultadas no local, ou cedidas para leitura fora; 2º – Um museu, onde se achem colecionadas as primeiras obras de arte espírita, os trabalhos mediúnicos mais notáveis, os retratos dos adeptos a quem a causa muito deva pelo devotamento que tenham demonstrado, os dos homens a quem o Espiritismo renda homenagem, embora estranhos à Doutrina, como benfeitores da humanidade, grandes gênios missionários do progresso etc. […] 6 (Grifos dos originais.) Neste ponto Kardec coloca a seguinte Nota de sua autoria, que visa esclarecer os belos objetos de arte que já faziam parte do futuro museu do Espiritismo: O futuro museu já possui oito quadros de grande dimensão, que só esperam um local conveniente; verdadeiras obras-primas, especialmente executadas em vista do Espiritismo, por um artista de renome, que generosamente os doou à Doutrina. É a inauguração da arte espírita, por um homem que alia à fé sincera o talento dos grandes mestres. Em tempo hábil faremos a sua descrição detalhada. (Grifos nossos.) Após a desencarnação de Allan Kardec, os seus continuadores na Revue Spirite revelaram finalmente o nome desses quadros,7 bem como o do artista de renome (o Sr. Monvoisin) que os executou: Estes oito quadros compreendem: o retrato alegórico do Sr. Allan Kardec; o Retrato do autor; três cenas espíritas da vida de Joana d’Arc, assim designadas: Joana na fonte, Joana ferida e Joana sobre a sua fogueira; o Auto-de-fé de Jan Huss; um quadro simbólico das Três Revelações e a Aparição de Jesus entre os apóstolos, após sua morte corporal. […] (Destaque nosso.) Jesus, João Huss e Allan Kardec Em belíssima mensagem que se encontra em Reformador de setembro de 1978,8 o Espírito Humberto de Campos, através do mediunato de Chico Xavier, registra o momento sublime em que Jesus se dirige a Jan Huss, antes de reencarnar como Allan Kardec, numa assembleia de Espíritos elevados, no plano espiritual, planejando o século XIX sob as diretrizes do Cristo: Depois de se dirigir aos numerosos missionários da Ciência e da Filosofia, destinados à renovação do pensamento do mundo no século XIX, o Mestre aproximou-se do abnegado Jan Huss e falou, generosamente: Não serás portador de invenções novas, não te deterás no problema de comodidade material à civilização, nem receberás a mordomia do dinheiro ou da autoridade temporal, mas deponho-te nas mãos a tarefa sublime de levantar corações e consciências. A assembleia de orientadores das atividades terrestres estava comovida. E ao passo que o antigo campeão da verdade e do bem se sentia alarmado de santas emoções, Jesus continuava: […] É indispensável estabelecer providências que amparem a fé, preservando os tesouros religiosos da criatura. Confio-te a sublime tarefa de reacender as lâmpadas da esperança no coração da humanidade. O Evangelho do Amor permanece eclipsado no jogo de ambições desmedidas dos homens viciosos!… Vai, meu amigo. Abrirás novos caminhos à sagrada aspiração das almas, descerrando a pesada cortina de sombras que vem absorvendo a mente humana. Na restauração da verdade, no entanto, não esperes os louros do mundo, nem a compreensão dos teus contemporâneos. […] Ante a emoção dos trabalhadores do progresso cultural do orbe terreno, o abnegado Jan Huss recebeu a elevada missão que lhe era conferida, revelando a nobreza do servo fiel, entre júbilos de reconhecimento. Daí a algum tempo, no albor do século XIX, nascia Allan Kardec em Lyon, por trazer a divina mensagem. Espírito devotado, jamais olvidou o compromisso sublime. […] […] Ao fim da laboriosa tarefa, o trabalhador fiel triunfara. Em breve, a doutrina consoladora dos Espíritos iluminava corações e consciências, nos mais diversos pontos do globo. […] Allan Kardec não somente pregou a doutrina consoladora; viveu-a. Não foi um simples codificador de princípios, mas um fiel servidor de Jesus e dos homens. (Grifos nossos em todos os parágrafos.) Homenagem e conclusão Honra, pois, a esse Espírito de escol, seja na roupagem de Allan Kardec ou na de Jan Huss (o vocábulo Huss significa, em tcheco, pato ou ganso). Acerca deste último vulto lembramos com gratidão os 600 anos do seu martírio, em prol da Verdade, homenageando-o e recordando as palavras emocionadas do mártir ao ser queimado vivo na fogueira de Constança, o qual reencarnará como Allan Kardec, o célebre codificador da Doutrina Espírita: “Hoje assais um pato, mas dia virá em que o cisne de luz voará tão alto que vossas labaredas não mais o alcançarão”. Depois de dizer essas proféticas palavras, as chamas ardem e lhe cobrem o corpo. O valente pregador tcheco implora perdão pelo ato infame dos seus inimigos e continua orando a Deus, entregando-se a Ele de corpo e alma. Queimaram o seu corpo, mas não as suas ideias, pelas quais lutava o bom combate para reformar profundamente os maus costumes e os abusos eclesiásticos; também não conseguiram queimar o Ideal Superior que o guiou na procura e defesa da Verdade. O local da sua morte é marcado até hoje com uma pedra memorial; suas cinzas foram atiradas nas águas do rio Reno, e na praça central de Praga erigiram, em sua homenagem, uma imponente estátua, monumento impressionante que faz jus à sua Vida e Obra, a fim de perpetuar-lhe o legado e a memória através dos tempos. Ninguém mais se lembra dos seus algozes… Jan Huss vive e viverá para sempre no sentimento coletivo da humanidade, como verdadeiro símbolo do início de uma Nova Era. REFERÊNCIAS: 1 ENCICLOPÉDIA Mirador Internacional. Encyclopædia Britannica do Brasil. São Paulo e Rio de Janeiro, 1989. 20 volumes. 11.565 p., ilus. Editor: Antonio Houaiss. HUS (Jan), v. XI, p. 5.915. 2 IMBASSAHY, Carlos. A missão de Allan Kardec. 2. ed. Curitiba, PR: FEP, 1988. pt. I, cap. João Huss, p. 43. 3 BALDOVINO, Enrique Eliseo. O professor Rivail também foi tradutor. Reformador, ano 125, n. 2.139, p. 39(245)- 40(246), jun. 2007. 4 KARDEC, Allan. Revista espírita: jornal de estudos psicológicos. ano 12, n. 9, p. 372-374, set. 1869. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Precursores do Espiritismo – Jan Huss. 5 ____. ____. Mensagem do Espírito Allan Kardec, p. 374-375. 6 ____. ____. ano 11, n. 12, p. 525-526, dez. 1868. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Constituição Transitória do Espiritismo, it. 5; Nota de Allan Kardec, n. 56. 7 ____. ____. ano 12, n. 6, p. 250, jun. 1869. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Museu do Espiritismo. 8 XAVIER, Francisco C. Lembrando Allan Kardec. Pelo Espírito Humberto de Campos. Reformador, ano 96, n. 1.794, p. 25(293)-26(294), set. 1978.
(Artigo da revista O Reformador da FEB. Copiado de http://www.souleitorespirita.com.br/reformador/destaque/jan-huss-600-anos-de-desencarnacao/) |
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Enrique Eliseo Baldovino autografando. |
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