Notícias do Movimento Espírita São Paulo, SP, sábado, 09 de novembro de 2019 Compiladas por Ismael Gobbo |
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Notas |
1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento. 2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes diversas via e-mail e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec. Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.
3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).
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Atenção |
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Os últimos 5 emails enviados |
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08-11-2019 http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/NOVEMBRO/08-11-2019.htm 07-11-2019 http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/NOVEMBRO/07-11-2019.htm 06-11-2019 http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/NOVEMBRO/06-11-2019.htm 05-11-2019 http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/NOVEMBRO/05-11-2019.htm 04-11-2019 http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/NOVEMBRO/04-11-2019.htm
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Publicação em sequência Revista Espírita – Ano 6 - 1863 |
(Continuação da postagem anterior)
(Texto copiado do site Febnet) |
O médium Daniel Dunglas Home no jornal “Le Monde Illustré” de 25 de abril de 1857. Imagem/fonte: http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k6222955x/f8.item |
Daniel Dunglas Home Imagem/fonte: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b531007417.item
Daniel Dunglas Home (Currie, 20 de Março de 1833 — 21 de Junho de 1886) foi um espiritualista britânico, famoso por suas alegadas capacidades como médium e por sua relatada habilidade de levitar até várias alturas, esticar-se e manipular fogo e carvões em brasa sem se machucar[1]. Ele conduziu centenas de sessões durante um período de 35 anos — às quais compareceram muitos dos mais conhecidos nomes da Era vitoriana — sem ter sido exposto de forma conclusiva ou pública como uma fraude[2]. Home nunca cobrou dinheiro por suas sessões e apresentações espiritualistas, pois ele considerava que havia sido designado espiritualmente com a "missão de demonstrar a imortalidade"[3][4]. Ele se envolveu em algumas situações controversas em sua vida pessoal, como quando foi acusado de seduzir uma viúva de 75 anos, a Sra. Lyon, de se deixar adotar por ela e dela receber dinheiro - caso em que foi condenado pela justiça a devolver parte da soma que a Sra. Lyon lhe havia doado[5][6]. Leia mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/Daniel_Dunglas_Home |
Daniel Dunglas Home , o famoso meio escocês do século XIX, se levita diante de testemunhas na casa de Ward Cheney, no sul de Manchester, Connecticut, em 8 de agosto de 1852. Esta ilustração foi publicada pela primeira vez em 1887 no livro Les Mystères de la science ( Os mistérios da ciência ) do pesquisador psíquico francês Louis Figuier . Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Daniel-Dunglas-Home-levitation.jpg |
Um dos experimentos pelo qual Sir William Crookes atestou a mediunidade de Daniel Dunglas Home (c.1870) Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Daniel_Dunglas_Home#/media/Ficheiro:William_Crookes_3.jpg |
Oscar Comettant (1819 – 1898) Imagem/fonte: http://data.bnf.fr/13003641/oscar_comettant/
Compositor e musicógrafo. - Crítica musical no "século" e colaborador do "Ménestrel"
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Jornal francês “Le Siécle” de 15-07-1863 com matéria mencionada por Allan Kardec na Revista Espírita de setembro de 1863. Fonte: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k728066f/f1.item |
Louis Figuier. Imagem/fonte: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b10535946f
Louis Figuier (15 de fevereiro de 1819 - 8 de novembro de 1894) foi um cientista e escritor francês. Ele era sobrinho de Pierre-Oscar Figuier e tornou-se professor de química na L'Ecole de pharmacie de Montpellier.
Carreira Figuier tornou-se Doutor em Medicina (1841), agrégé de farmacologia , química (1844–1853) e física e obteve seu doutorado em (1850). Figuier foi nomeado professor da L'Ecole de Pharmacie de Paris depois de deixar Montpellier. Em sua pesquisa, ele se viu oposto a Claude Bernard ; Como resultado desse conflito, ele abandonou sua pesquisa para se dedicar à ciência popular. Ele editou e publicou um anuário de 1857 a 1894 - L'Année scientifique et industrielle (ou Exposé annuel des travaux ) - no qual compilou um inventário das descobertas científicas do ano (foi continuado após sua morte até 1914). Ele foi o autor de numerosos trabalhos de sucesso:Les Grandes invenções anciennes et modernes (1861), Le Savant du foyer(1862), La Terre avant le déluge (1863) ilustrada por Édouard Riou , La Terre et les meros (1864), Les Merveilles de la science (1867–1891) . Influenciada pelas Evidências Geológicas da Antiguidade do Homem, de Charles Lyell , de 1863, a segunda edição de 1867 de La Terre avant le déluge abandonou o Jardim do Éden, mostrada na primeira edição, e incluiu ilustrações dramáticas de homens e mulheres selvagens usando peles de animais. empunhando machados de pedra. [1] Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Louis_Figuier
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Litografia da Catedral de Metz por Albert Robida. 1915. Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cath%C3%A9drale_Metz_Robida.jpg |
Allan Kardec, Codificador do Espíritismo. Óleo sobre tela de Nair Camargo. |
O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec. Imagem/fonte: |
Agora, não depois |
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Hora Certa. Lição nº 01. Página 19.
Nem cedo, nem tarde. O presente é hoje. O passado está no arquivo. O futuro é uma indagação. Faze hoje mesmo o bem a que te determinaste. Se tens alguma dádiva a fazer, entrega isso agora. Se desejas apagar um erro que cometeste, consciente ou inconscientemente, procura sanar essa falha sem delongas. Caso te sintas na obrigação de escrever uma carta, não relegues semelhante dever ao esquecimento. Na hipótese de idealizares algum trabalho de utilidade geral, não retardes o teu esforço para trazê-lo à realização. Se alguém te ofendeu, desculpa e esquece, para que não sigas adiante carregando sombras no coração. Auxilia aos outros, enquanto os dias te favorecem. Faze o bem agora, pois, na maioria dos casos, “depois” significa “fora de tempo”, ou “tarde demais”.
(Texto recebido em email do divulgador Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG) |
A Caridade. Óleo sobre tela por João Zeferino da Costa. Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro, Brasil. Foto Ismael Gobbo. |
Acesse o site da FEB-Federação Espírita Brasileira Brasília, DF |
Clique:
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Divaldo Franco em Brasília |
Divaldo Franco realizará palestra em
Brasília no encerramento da reunião do Conselho Federativo Nacional da FEB.
Será no dia 10 de novembro, às 16h, no Teatro Pedro Calmon do Quartel-General
do Exército. A entrada é gratuita, mas com número de lugares limitados devido
à capacidade do auditório. Haverá transmissão ao vivo nos canais oficiais da
FEBtv: Facebook/FEBtvoficial, www.youtube.com.br/FEBtvBrasil e febtv.com.br
(Informação copiada de https://www.febnet.org.br/blog/geral/noticias/divaldo-franco-em-brasilia-13/) |
Encontro Estadual da Área de Atendimento Espiritual |
“Atendimento Espiritual na Casa Espírita: Compromisso, Responsabilidade, Felicidade de Servir” é o tema do IV Encontro Estadual da Área de Atendimento Espiritual que a Federação Espírita Amazonense (FEA) realizará no dia 10 de novembro. Terá como facilitadores Diana Aguiar e Eloísa Vieira das 8h30 às 17h, na sede da FEA. Para fazer inscrição, acesse: http://bit.ly/IV-EEAAE
(Copiado de https://www.febnet.org.br/blog/geral/noticias/encontro-estadual-da-area-de-atendimento-espiritual-5/) |
Roda de Conversa. Rio Claro, SP |
“Violência doméstica: realidade social, prevenção e contribuição espírita!” é o tema da Roda de Conversa que a Associação Jurídico-Espírita do Estado de São Paulo realizará no dia 23 de novembro. Será das 15h às 18h com entrada franca, na Associação de Estudos Espíritas Emmanuel em Rio Claro (SP). Outras informações: http://www.ajesaopaulo.com.br/
(Informação copiada de https://www.febnet.org.br/blog/geral/noticias/roda-de-conversa-em-sao-paulo/) |
Confraternização dos jovens espíritas de MT |
“Somos todos iguais em estações diferentes – Aprendendo a conviver” é o tema da Confraternização dos Jovens Espíritas de Mato Grosso (Conjemat) que ocorrerá nos dias 22 e 23 de fevereiro de 2020. A Conjemat será realizada em vários pontos do estado ao mesmo tempo. Para obter mais informações e saber como foi o encontro de 2019, acesse https://www.feemt.org.br/area_atuacao/infancia-e-juventude/
(Informação copiada de https://www.febnet.org.br/blog/geral/noticias/confraternizacao-dos-jovens-espiritas-de-mt/) |
Divaldo Franco em São Paulo |
Se você não deseja mais receber nossos e-mails, cancele a sua inscrição.
(Informação em |
Estudo sobre “Memórias de um Suicida”, de Yvonne Pereira |
O Grupo Espírita Casa do Caminho, de São Paulo, promove estudo mensal com os integrantes das reuniões mediúnicas. No dia 7 de novembro, Antonio Cesar Perri de Carvalho desenvolveu o estudo sobre mediunidade com base no capítulo VI do livro Memórias de um suicida, do espírito Camilo Cândido Botelho, psicografado por Yvonne Pereira. O trabalho foi realizado em três momentos, para atender os diversos grupos que se reúnem em diversos horários do dia, e sob a coordenação da diretora Margarete Monteiro. A gravação está disponível nos Facebooks do Grupo Espírita Casa do Caminho e de Glória Martins Miranda.
Grupo Espírita Casa do Caminho: estudo com Perri e coordenação da dirigente Margarete Monteiro)
(Recebido em email de Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier [contato@grupochicoxavier.com.br]) |
Vídeo com Simoni Privato Goidanich Acesse no link |
Neste vídeo, refletimos sobre as diferenças entre a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e a Sociedade Anônima da Caixa Geral e Central do Espiritismo, bem como sobre a fundação, a estrutura e as atividades da Sociedade Anônima. Também propomos uma reflexão sobre as críticas à Sociedade Anônima, especialmente sobre a questão do desinteresse pessoal na realização das tarefas doutrinárias. Os bons Espíritos assistem aos orgulhosos e aos ambiciosos? Agradecemos a todas as pessoas que têm participado deste estudo e divulgado os vídeos. Muita
paz, saúde e felicidade a todos.
Simoni
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Eventos Espíritas programados para Marília, SP |
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Boletim da AME- Brasil Acesse no link abaixo: |
Acesse: http://www.amebrasil.org.br/2018/news/novembro_2019.html
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2º. Encontro de Evangelizadores da Região do ABC São Bernardo do Campo, SP |
(Informação recebida em email de Regina Bachega) |
Informações do CESAK Bruxelas, Bélgica |
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CEAC- Centro Espírita Amor e Caridade se prepara para a festa do Centenário. Bauru, SP |
(Informação recebida em email de Leopoldo Zanardi) |
No Fraternidade Espírita Gina: Coral Vozes do Caminho São Paulo, SP |
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(Com informações no Facebook e de Lu Abrahão) |
Teatro no Fraternidade Espírita Gina: Irmã Scheilla- A Enfermeira do Alto. São Paulo, SP |
(Com informações emhttps://www.facebook.com/photo.php?fbid=10206596539467925&set=gm.2775540855810201&type=3&theater) |
Palestra no C.E. Casa de Emmanuel Itatiba, SP |
(Informação recebida em email de João Batista [jbmoreira1950@gmail.com]) |
Bazar de Artesanato da AEVV Araçatuba, SP |
(Informação recebida de Adriana Gonçalves Leite) |
Atirar pedras |
(Ismael Gobbo)“Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra”. (João 8: 7)
A lição do Evangelho de João conhecida como a da “mulher adúltera” tem sido, ao longo dos séculos, tema inspirador de religiosos, literatos e artistas e se inscreve como uma das mais belas e expressivas lições que Jesus legou à posteridade. O episódio narrado pelo discípulo amado ocorreu em uma pregação na velha Jerusalém: “ De madrugada, voltou novamente para o templo, e todo o povo ia ter com ele; e, assentado, os ensinava. Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos, disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas: tu, pois, que dizes? Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo. Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra. E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. Mas ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava. Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: mulher, onde estão aqueles teus acusadores? ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Então lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno: vai, e não peques mais.” Os ensinamentos que emergem desses versículos, aparentemente simples, são de inesgotável profundidade e raríssima beleza. Um deles é quando Jesus insiste na revogação de ditames da conhecida Lei de Talião, ou do olho por olho, dente por dente, instituídos por Moisés com a finalidade de inibir a prática de crimes contra a vida e os costumes que, no caso do adultério, preceituavam a pena de morte pelo apedrejamento. É inegável que o adultério está inscrito na relação dos Dez Mandamentos como conduta que o homem e a mulher devem se esforçar em não incorrer, porque manifestamente contrário à Lei de Amor; todavia, a punição com a pena capital, como ditava o código mosaico, fazia parte de uma legislação humana, que, em nenhum momento, Deus consagrou, e Jesus não vacilou em abolir. Também de transcendental importância é o convite que o Mestre endereça àqueles que se julgam no direito de atirar pedras ao semelhante a fazerem uma pausa para meditação, analisarem-se introspectivamente e, revisando os próprios atos, pesarem sobre a justeza de um veredicto condenando o procedimento de seu próximo. Fica claro, na inteligentíssima resposta de Jesus aos escribas e fariseus, que, na realidade, queriam mesmo incriminá-lo, que os defeitos e imperfeições humanos são de diversas ordens e, se uma pessoa não incorre no erro alheio que julga, no caso em exame o adultério, pode estar incursa em outros delitos, que, muitas vezes tolerados pela óptica da sociedade, apresentam-se com resultados muito mais nocivos ao daquele que reputa intolerável. É a prodigalidade que nós, humanos, temos, consoante fez Jesus observar, de enxergarmos com muita facilidade o argueiro no olho do próximo, olvidando a trave que trazemos em nossas próprias vistas. Quando Jesus diz à mulher adúltera “nem eu tampouco te condeno: vai e não peques mais”, ensina-nos a termos indulgência para com o próximo e que, ao invés de aplicarmos a lapidação moral, devemos ofertar uma palavra amiga, uma ajuda sincera para que a criatura desperte e busque o caminho reto que deixou à retaguarda. Jesus deixa evidente que a reabilitação moral depende do esforço pessoal de cada um e, para tanto, o arrependimento efetivo é o primeiro passo e que ninguém, ainda que investido da chamada “autoridade religiosa”, tem poderes para perdoar pecados de quem quer que seja ou condená-los, como se eleito fosse para a função de julgador. A Doutrina Cristã pugna pelo respeito absoluto entre as criaturas; prega que somos filhos de um mesmo Pai, que é Deus; demonstra que não devemos nos esquecer que um chamado “pecador”, segundo nossa maneira de ver, é um irmão nosso que reclama compreensão, respeito, solidariedade, tolerância, direcionado para o progresso como todas as outras criaturas de Deus e que o nosso exemplo, na luta por reverter atitudes, é sempre a melhor prescrição.
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Moisés com as tábuas da lei. Óleo sobre tela de José de Ribera (1591 – 1652) Imagem fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Moses#mediaviewer/File:Moses041.jpg |
A mulher adúltera. Obra de Nicolas Poussin. Imagem fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADcopa_da_Ad%C3%BAltera#mediaviewer/File:Nicolas_Poussin_008.jpg |
Ouvindo o silêncio |
Alguns de nós não apreciamos permanecer em silêncio. Se não temos com quem conversar, se a casa está quieta, ligamos a TV, simplesmente para ouvir algo. Algo que, em verdade, nem prestamos atenção. É para ter ruído É comum entabularmos conversas no ponto de ônibus, na fila do mercado, na sala de espera de um consultório. Tudo para ter ruído ao nosso redor. Parece que o silêncio nos incomoda. Chegamos a dizer: Não gosto de silêncio. E, no entanto, o silêncio se faz necessário para a mente como o sono se faz necessário para o corpo. Todos precisamos de calmaria, em algum momento. Diminuir os ruídos de fora, darmos um descanso aos ouvidos, à mente. Afinal, vivemos em meio a tanto barulho: gente falando, veículos buzinando, tráfego intenso, propaganda de alto-falantes, maquinaria barulhenta, música agitada. Se andamos pela cidade, tudo parece se misturar às vozes das próprias pessoas. E se transforma num imenso barulho, constante, incessante. Se entrarmos em uma sala onde se aguarda um espetáculo, e pararmos, ouviremos uma grande confusão de vozes de tantos que falam uns com os outros, todos ao mesmo tempo. Diminuir o volume do mundo é um convite para contemplar a vida ao nosso redor. Se desligarmos a TV, o rádio, se não falarmos, começaremos a mergulhar no silêncio. E ouviremos tantas coisas que, habitualmente, não ouvimos. Por exemplo, o delicado farfalhar das folhas no jardim, quando os dedos da brisa as tocam. O pio de um passarinho que descansa no galho da árvore fronteiriça, os primeiros e hesitantes pingos da chuva calma que se avizinha e mergulha na terra. O murmúrio da terra sorvendo gota a gota... Depois, o tamborilar da chuva na janela, o som da nossa respiração, o bater ritmado do coração. Quantas coisas para ouvir no silêncio que, em verdade, é cheio de sons surpreendentes. Se a noite for de estrelas, poderemos ouvir ainda outros tantos sons que se manifestam: o pio da coruja, um cão que late ao longe. Ruídos da noite que se aconchega para dormir. Encantadores, quase sempre despercebidos por nós. Finalmente, ouvir os nossos próprios pensamentos. Quantos deles dão conta da nossa agitação constante. Precisamos parar, silenciar, pensar. Selecionar pensamentos e desprezar aqueles que somente nos causam aflição e desconforto. Ouvir nossa alma, sedenta de tranquilidade. Nossa alma que deseja beber do silêncio para se extasiar com a harmonia de si mesma. Silêncio para orar. E para ouvir a resposta, vinda dos céus. Silêncio para pensar no milagre da vida, que se reprisa a cada dia e se perpetua, através dos séculos. Silêncio para ler, pausadamente, um livro que repousa, há bastante tempo, sobre a estante. E se extasiar com o mergulho nas letras, que nos conduzem a um mundo de formas, ações, aprendizado. Silêncio, irmão da paz, nos permite nos movermos sem pressa e a respirarmos com calma. Logo mais, as horas despertarão e tudo recomeçará, mas nossos ouvidos estarão descansados pelo período de calmaria e nossa mente mais ágil, após o período de descanso. Pensemos nisso e periodicamente aprendamos a fazer silêncio e a ouvir o silêncio. Redação do Momento
Espírita.
(Texto copiado do site Feparana) |
Mulher idosa em oração conhecida por “Oração sem fim”. Óleo sobre tela por Nicolaes Maes. Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/File:Nicolaes_Maes_-_Oude_vrouw_in_gebed.jpg |
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