Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, sábado, 23 de novembro de 2019

Compiladas por Ismael Gobbo

 

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas via e-mail  e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.

 

3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).

 

 

 

Atenção

Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui:

 


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Publicação em sequência

Revista Espírita – Ano 6 - 1863

 

 

 

 

 

 

 

 

(Continua na próxima postagem)

 

(Texto copiado do site Febnet)

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/FEVEREIRO/28-02-2019_arquivos/image015.jpg

Sócrates e Platão, precursores da idéia cristã e do Espiritismo difundiram a Reencarnação.

Museu do Louvre, Paris. Foto Ismael Gobbo

 

 

 

Sócrates  e  Platão  foram precursores  das  idéias cristãs

e do Espiritismo. Allan Kardec em O Evangelho Segundo

o  Espiritismo” logo  na Introdução  faz  um “Resumo da

Doutrina de Sócrates e de Platão”

 

 

Jesus entre os doutores. Óleo no painel por David Teniers “o Jovem” após José de Ribera

Imagem/fonte:

 https://en.wikipedia.org/wiki/David_Teniers_the_Younger#/media/File:David_Teniers_after_Ribera_-_Jesus_among_the_Doctors_GG_9801.jpg

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/FEVEREIRO/28-02-2019_arquivos/image010.jpg

 

Allan Kardec, codificador do Espiritismo e a capa de “O Livro dos Espíritos”, obra básica

lançada aos 18 de abril de 1857.

 

Manhã no Cemitério da Consolação. São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo

 

A idéia

 

Pelo Espírito Emmanuel.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Vozes do Grande Além. Lição nº 20. Página 87.

 

Na fase terminal de nossa reunião de 27 de outubro de 1955, fomos honrados com a palavra do nosso benfeitor Emmanuel, que nos transmitiu a preciosa alocução, abaixo transcrita.

 

Meus amigos...

A idéia é um elemento vivo de curta ou longa duração que exteriorizamos de nossa alma e que, exprimindo criação nossa, forma acontecimentos e realizações, atitudes e circunstâncias que nos ajudam ou desajudam, conforme a natureza que lhe venhamos a imprimir.

Força atuante - opera em nosso caminho, enquanto lhe asseguramos o movimento.

Raio criador - estabelece atos e fatos, em nosso campo de ação, enquanto lhe garantimos o impulso.

Expressa flor ou espinho, pão ou pedra, asa ou algema, que arremessamos na mente alheia e que retornarão, inevitavelmente, até nós, trazendo-nos perfume ou chaga, suplício ou alimento, cadeia ou liberdade.

O crime é uma ideia-flagelação que não encontrou resistência.

A guerra de ofensiva é um conjunto de ideias-perversidade, senhoreando milhares de consciências.

O bem é uma ideia-luz, descerrando à vida caminhos de elevação.

A paz coletiva é uma coleção de ideias-entendimento, promovendo o progresso geral.

É por essa razão que o Evangelho representa uma glorificada equipe de idéias de amor puro e fé transformadora, que Jesus trouxe à esfera dos homens, erguendo-os para o Reino Divino.

Na manjedoura, implanta o Mestre a idéia da humildade.

Na carpintaria nazarena, traça a idéia do trabalho.

Nas bodas de Caná, anuncia a idéia do auxílio desinteressado à felicidade do próximo.

No socorro aos doentes, cria a idéia da solidariedade.

No sermão das Bem-aventuranças, plasma a idéia de exaltação dos valores imperecíveis do espírito sobre a exaltação passageira da carne.

No Tabor, revela a idéia da sublimação.

No Jardim das Oliveiras, insculpe a idéia da suprema lealdade a Deus.

Na cruz da renunciação e da morte, irradia a idéia do sacrifício pessoal pelo bem dos outros, como bênção de ressurreição para a imortalidade vitoriosa.

Nos mínimos lances do apostolado de Jesus, vemo-lo associando verbo e ação no lançamento das idéias renovadoras com que veio redimir o mundo.

E é por isso que, em nossas tarefas habituais, precisamos selecionar em nossas manifestações as idéias que nos possam garantir saúde e tranquilidade, melhoria e ascensão.

Não nos esqueçamos de que nossos exemplos, nossas maneiras, nossos gestos e o tipo de palavras que cunhamos para uso de nossa boca, geram idéias, que, à maneira de ondas criadoras, vão e vêm, partindo de nós para os outros e voltando dos outros para nós, com a qualidade de sentimento e pensamento que lhes infundimos, levantando-nos para o triunfo, ou impulsionando-nos para a derrota.

Evitemos o calão, a queixa, a irritação, o apontamento insensato, a gíria deprimente e a frase pejorativa, não apenas em nosso santuário de preces, mas em nosso intercâmbio vulgar, porque toda expressão conduz à inspiração e pagaremos alto preço pela autoria indireta do mal.

Somos hoje responsáveis pela idéia do Senhor no círculo de luta em que nos situamos.

E é indispensável viver à procura do Cristo, para que a idéia do Cristo viva em nós.

 

 

(Texto recebido em email do divulgador Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG)

Presépio na Noite de Natal na Praça de São Pedro, Vaticano. Foto Ismael Gobbo

Estudo para Fuga da Sacra Família para o Egito. Óleo sobre tela de Almeida Júnior.

Exposto na Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo.

Jesus  encontrado no Templo. Aquarela por James Tissot.

Imagem/fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Brooklyn_Museum_-_Jesus_Found_in_the_Temple_(Jesus_retrouv%C3%A9_dans_le_temple)_-_James_Tissot_-_overall.jpg

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Cena retratando Jesus e a  transformação da água em vinho. Quadro  em igreja de Caná, Israel.

Foto Ismael Gobbo

Jesus Cristo. “A cura de dez leprosos”. Aquarela de James Tissot

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Cleansing_ten_lepers

Jesus Cristo e a mulher adúltera. Óleo sobre tela Anônimo de Veneza; anteriormente atribuído a El Greco

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Christ_and_the_adulterous_woman_mg_0002.jpg

Sermão  da Montanha. Óleo sobre tela Carl Heinrich Bloch

Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Bloch-SermonOnTheMount.jpg

Jesus lava os pés de Pedro. Óleo sobre tela por Ford Madox Brown.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jesus_washing_Peter%27s_feet.jpg

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Jesus Cristo no Monte das Oliveiras. Óleo sobre tela de Rodolfo Amoedo.

Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil. Foto Ismael Gobbo

 

Cristo na cruz (esboço). Óleo no painel  por Eugène Delacroix.

Imagem/fonte: 

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Eug%C3%A8ne_Delacroix_Christ_on_the_Cross_(sketch)_1845.jpg

 

Uma rosa para o Mestre Jesus, o grande vencedor. Que esteja sempre vivo em nossos corações.

Obrigado por tudo Jesus!   Foto Ismael Gobbo

 

 Amélie Gabrielle Boudet

(23-11-1795 / 21-01-1883)

 

Leia a biografia aqui:

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/NOVEMBRO/15-11-2019.htm

 

Amélie_Boudet_01 (1)

 

 

Publicação do Mundo Espírita – FEP- setembro/2019

 

Carta inédita, no Brasil, de Allan Kardec

a Amélie-Gabrielle Boudet em 1861

Agosto/2015- Por Enrique Eliseo Baldovino

Entre os tesouros doutrinários encontrados na França, recebidos pelo confrade Roger Perez das mãos de um descendente de Hubert Forestier, espiritista francês e antigo diretor de La Revue Spirite, durante os anos 1931-1971, que atuou no Movimento Espírita francês com o dirigente Jean Meyer (1855-1931) desde 1920, destaca-se uma raríssima Carta de Allan Kardec a sua esposa Amélie-Gabrielle Boudet – Manuscrito de quatro laudas, datado de 20 de setembro de 1861 –, missiva que foi enviada a Paris pelo Codificador, de Lyon, cidade onde o mestre encontrava-se em viagem doutrinária (2ª viagem espírita).

Recebemos este formoso presente do Secretário Geral do Conselho Espírita Internacional – CEI, Charles Kempf, a quem agradecemos pela imensa gentileza, desde que a histórica Carta foi transcrita somente na França, nas páginas da Revue Spirite, órgão oficial do CEI,1 sendo, portanto, inédita no Brasil, seja na transcrição, seja na fotografia dos originais, ora publicados, por primeira vez em língua portuguesa – presente que desejamos compartilhar com todos.

A respeito do idioma espanhol, a Carta original, além de ser transcrita, já havia sido fotografada e editada, por nosso intermédio, para os leitores hispano-falantes, e analisada na nota do tradutor nº 399 à Revista Espírita de 1861 (EDICEI), como Manuscrito muito raro, anexo especial à tradução – do francês para o espanhol – desse ano,2 documentos catalogados na França com os números 8002 e 8003, referente aos arquivos das fotos da histórica Carta.

Contexto histórico da rara Carta

Estamos em 1861, ano da 2ª viagem espírita de Allan Kardec, que percorreu, com grande sacrifício, as cidades de Sens, Mâcon, Lyon, Bordéus, entre outras, a fim de levar a Doutrina nascente ao interior da França.

Mas deixemos falar melhor ao próprio Codificador, que, na Revista Espírita de outubro de 1861, registrou o seguinte, no Banquete oferecido ao Sr. Allan Kardec pelos vários Grupos de espíritas lioneses, a 19 de setembro de 1861, lançando para a posteridade as bases dos futuros Encontros de Dirigentes e Trabalhadores Espíritas:

Mais um banquete reuniu este ano certo número de espíritas em Lyon, com a diferença de que no ano passado havia uns trinta convivas, ao passo que agora contavam-se cento e sessenta, representando os diversos Grupos que se consideram como membros de uma mesma família, e entre os quais não há sombra de ciúme e de rivalidade, fato este que notamos com prazer. A maioria dos presentes era composta de operários e todos notavam a perfeita ordem que não deixou de reinar um só instante. É que os verdadeiros espíritas têm satisfação nas alegrias do coração e não nos prazeres barulhentos. (…)3

Esses dados são confirmados no Manuscrito analisado, especialmente o grande número de convivas (mais de cento e sessenta) à reunião-banquete de confraternização entre os diversos Grupos Espiritistas, representando as várias cidades do Movimento Espírita iniciante. À época, era de praxe que os líderes dos Grupos fizessem discursos-homenagens, como as alocuções do Sr. Dijoud, do Prof. Bouillant etc., especialmente ante a presença do emérito Codificador em suas terras, fechando esse ágape histórico com o Discurso do Sr. Allan Kardec,4 que é um primor de lucidez doutrinária, em prol da união e da unificação dos espíritas e do Movimento, conteúdo atualíssimo para os nossos dias, do qual extraímos o seguinte trecho elucidativo (p. 314):

(…) Mas isto é obra do tempo. Deixemos a Deus o cuidado de fazer vir cada coisa a seu tempo; esperemos tudo de Sua sabedoria e rendamos-Lhe graças por nos ter permitido assistir à aurora que surge para a Humanidade e por nos haver escolhido como os pioneiros da grande obra que se prepara. Que Ele se digne espalhar Sua bênção sobre esta assembleia, a primeira em que os adeptos do Espiritismo estão reunidos em tão grande número, com o sentimento de verdadeira confraternidade. (…)4

Total apoio de Amélie-Gabrielle Boudet

Um dia depois da citada reunião de confraternização espírita, isto é, na sexta-feira, 20 de setembro de 1861, de Lyon – terra natal do Codificador e cidade dos mártires –, Allan Kardec escreve a mencionada Carta a sua esposa Amélie-Gabrielle Boudet, com um carinho comovedor, que dimensiona o profundo amor e respeito que Hippolyte Léon Denizard Rivail cultivava e sentia pela sua digna e valorosa companheira.

Amélie-Gabrielle Boudet (Thiais [Sena], França, 23.11.1795 – Paris, 21.01.1883) foi abnegada missionária, professora de Letras e de Belas-Artes, poetisa, desenhista, educadora emérita e autora de livros – Contos Primaveris (1825), Noções de Desenho (1826), O essencial em Belas-Artes (1828) –, mulher extraordinária na qual Rivail, o nosso insigne Codificador Allan Kardec (Lyon, França, 3.10.1804 – Paris, 31.3.1869), apoiou-se em todos os momentos, principalmente durante a Codificação Espírita.

A Sra. Allan Kardec tinha setenta e quatro anos, por ocasião da morte do marido. Sobreviveu-lhe até 1883, ano em que morreu com oitenta e nove anos, sem herdeiros diretos, pois não teve filhos.

Manuscrito foi finalmente enviado de Lyon a Paris, onde se encontrava a doce Gaby, como ele carinhosamente a chamava, e eis que o transcrevemos a seguir, por primeira vez num jornal de língua portuguesa.

Transcrição do Manuscrito

No raro e histórico Manuscrito Kardequiano, dirigido à sua Sra. Amélie, ressuma o grande afeto de H. L. D. Rivail pela sua amada esposa e nele encontramos dados inéditos, que merecem ser estudados no silêncio da meditação. Allan Kardec está intensamente emocionado pelo que viveu na véspera com os seus irmãos espíritas, e o conta em primeira pessoa:

Lyon 20 Sept. 1861.

Ma chère Amélie:

Je t’écris de nouveau sous l’impression de l’émotion de la journée d’hier; ce sont de ces évènements qui laissent dans la vie des traces ineffaçables. C’était, comme je te l’ai dit, le jour du banquet ; il y avait plus de 160 personnes; c’était à qui pourrait me serrer la main, me toucher même ; ceux qui ont pu me parler étaient, je crois, aussi heureux que s’ils avaient parlé à un roi ; un peu plus il y en a qui, s’ils l’eussent osé, auraient baisé le pan de ma redingote tant était grand leur enthousiasme.

Je laisse à penser si les discours ont été chaleureux. Le mien a produit une sensation profonde, ainsi que celui d’Éraste que tout le monde a justement applaudi et apprécié !

(force m’a été d’interrompre ma lettre et je ne puis la reprendre qu’aujourd’hui samedi)

Pour en revenir au banquet, c’était une chose à la fois admirable et touchante ; le commissaire de Police qui y avait été invité a pleuré d’émotion, et m’a serré les mains avec effusion. Après mes discours, j’ai parlé d’abondance pendant près de trois quarts d’heure, sans préparations, sans dessein prémédité et sans être le moins du monde intimidé devant cette nombreuse assemblée, où des personnes sont venues tout exprès de Mâcon et autres lieux pour y assister.

Hier vendredi j’ai visité des groupes sur différents points de la ville et distants de plus d’une lieue les uns des autres ; là le même accueil, le même enthousiasme ; j’ai parlé depuis 10 h ½ du matin jusqu’à 9 heures du soir, sauf l’interruption des trajets ; je suis rentré exténué.

Ce matin je suis allé prendre un bain qui m’a fait beaucoup de bien. Ce soir je vais à une autre réunion, mais plus aristocratique, où j’aurai encore bien des paroles à dire.

Ce n’est plus par centaines que l’on compte les spirites à Lyon, c’est par milliers. Partout il y a des médiums, et dans le nombre j’en ai vu des très bons. Dans l’un des groupes, il y avait un sergent de ville très bon médium et très bon spirite ; puis un forgeron, à la figure et à la tournure de cyclope, également très bon médium ; homme grave, intelligent et qui parmi les siens fait de nombreux prosélytes. Il est chef d’un groupe à Vaise, et comme je n’ai pu y aller, il y est venu ainsi que plusieurs de ses adeptes à une des réunions de la ville. En résumé, je trouve ici un progrès que j’étais loin d’espérer, et ce qu’il y a de particulier, c’est que partout on ne s’occupe du Spiritisme qu’au point de vue sérieux. Toutes les fois que j’ai entamé le chapitre des expériences physiques, j’ai vu que cela intéressait peu ; mais on était tout oreille, quand il s’agissait des conséquences morales et philosophiques. Mon voyage aura incontestablement un retentissement immense, et fera un grand bien même vis à vis de l’autorité. Le parti noir seul ne peut qu’en être horriblement contrarié !

Mon temps a tellement été pris, que je n’ai pu aller voir personne de ma connaissance. Je comptais repartir demain dimanche, mais comme je tiens à voir M. et Mme Rigolet, j’irai à leur campagne, ce qui renvoie mon départ à lundi. J’arriverai à Paris mardi à midi.

Ton bien affectionné

HLDR.1

Tradução inédita da Carta para a língua portuguesa

Lyon, 20 de setembro de 1861.

Minha querida Amélie:

Escrevo-lhe de novo sob a impressão da emoção da jornada de ontem; são esses eventos que deixam marcas inesquecíveis na vida. Como lhe dizia, era o dia do banquete: havia mais de 160 pessoas, das quais muitas vieram me cumprimentar e abraçar; outras conseguiram falar comigo, e creio que estavam tão felizes como se houvessem falado com um rei; um pouco mais e teria alguém que tivesse ousado beijar a barra do meu casaco, tão grande era o seu entusiasmo.

Ponho-me a pensar se os discursos foram expressivos. O meu produziu uma sensação profunda, assim como o de Erasto, que todos aplaudiram e apreciaram com justiça!

(Fui forçado a interromper a minha carta e somente pude retomá-la hoje, sábado.)

Voltando ao banquete, era algo admirável e, ao mesmo tempo, comovedor: o delegado de Polícia, que ali fora convidado, chorou de emoção e apertou minhas mãos com efusão. Após os meus discursos, falei abundantemente durante quase três quartos de hora, sem preparativos, sem uma intenção premeditada e sem sentir-me – no mais mínimo – intimidado perante essa numerosa assembleia, formada também por uma assistência que veio especialmente de Mâcon e de outros lugares.

Ontem, sexta-feira, visitei Grupos em diferentes pontos da cidade, distantes uns dos outros em mais de uma légua; lá aconteceu a mesma acolhida, o mesmo entusiasmo. Falei desde as 10 e meia da manhã até as 9 horas da noite, excetuando a interrupção dos trajetos; voltei extenuado.

Esta manhã fui tomar um banho, o que me fez muito bem. Esta noite vou a outra reunião, porém, mais aristocrática, onde ainda terei muitas coisas a dizer.

Já não são mais por centenas que se contam os espíritas em Lyon, senão por milhares. Em toda parte há médiuns, e entre os que tenho visto existem muito bons. Em um dos Grupos encontrei um guarda municipal que é muito bom médium e muito bom espírita. Depois tinha um ferreiro, de grande constituição física, igualmente muito bom médium: homem sério, inteligente e que, entre os seus, inspira a numerosos adeptos; ele é o chefe de um Grupo em Vaise, e como eu não pude ir lá, ele veio cá – com vários confrades seus – a uma das reuniões na cidade. Em resumo, encontro aqui um progresso que estava longe de esperar e, o que há de particular, é que por todas partes se dedicam ao Espiritismo do ponto de vista sério. Todas as vezes que abordei o tema das experiências físicas, notei que isto interessava pouco; mas todos prestavam atenção quando eram tratadas as consequências morais e filosóficas. Minha viagem terá indiscutivelmente uma imensa repercussão e fará um grande bem, inclusive perante as autoridades. Só o partido negro pode estar horrivelmente contrariado!

Estive ocupado de tal modo que não tive tempo para visitar os meus conhecidos. Tinha a intenção de partir amanhã, domingo, mas como desejo ver ao Sr. e à Sra. Rigolet, irei à sua casa de campo, o que transfere minha partida para a segunda-feira. Chegarei a Paris na terça-feira ao meio-dia.

Teu muito amado,

HLDR.2

Alguns comentários ao Manuscrito

         a) Como observamos no texto inédito no Brasil, a Carta foi escrita em dois dias, em 20 e em 21 de setembro de 1861 (sábado), pois Allan Kardec interrompeu a missiva por motivos que desconhecemos. Imaginamos que seja pelo grande cansaço físico, porque Kardec falou no dia anterior desde as 10h30 até as 21h, ante diversos públicos, viajando constantemente de um Grupo a outro por Lyon e arredores. (Entre Paris e Lyon há uma distância de aproximadamente 400 km)

b) Muito importantes as conclusões do eminente Codificador sobre os diversos assistentes aos seus discursos, público de todas as camadas sociais – principalmente da classe operária –, que se davam as mãos sob a égide da Doutrina Espírita. Observemos o destaque de Kardec ao se referir às experiências ou manifestações físicas: notou que isso interessava pouco; o interesse maior estava na questão moral e filosófica, ou seja, nas consequências ético-morais, religiosas e educacionais a que o Espiritismo conduz. Esta é também uma grande lição doutrinária para os dias atuais.

c) Kardec faz referência às profundas palavras do Espírito Erasto, muito apreciadas e aplaudidas, epístola que também consta na Revista Espírita de outubro de 1861, sob o título: Epístola de Erasto aos espíritas lioneses – Lida no banquete de 19 de setembro de 1861,5 e que o Espírito ditou na Société Parisienne des Études Spirites, especialmente para os espíritas de Lyon, antes do Codificador sair em viagem doutrinária, o que demonstra um excelente planejamento em todos os sentidos, dos encarnados e dos desencarnados. Damos, para os atentos leitores, algumas pinceladas da emotiva Epístola:

Não é sem a mais suave emoção que venho entreter-me convosco, caros espíritas do Grupo lionês. Num meio como o vosso, onde todas as camadas se confundem, onde todas as condições sociais se dão as mãos, sinto-me cheio de ternura e de simpatia, e feliz por vos poder anunciar que nós todos, que somos os iniciadores do Espiritismo na França, assistiremos com muito viva alegria os vossos ágapes fraternos, aos quais fomos convidados por João e Irineu, vossos eminentes Guias espirituais. Ah! esses ágapes despertam em meu coração a lembrança daqueles em que todos nos reuníamos, há mil e oitocentos anos, quando combatíamos contra os costumes dissolutos do paganismo romano, e quando já comentávamos os ensinos e as parábolas do Filho do Homem, morto, para a propagação da ideia santa, sobre a árvore da infâmia. Meus amigos, se o Altíssimo, por efeito de Sua infinita misericórdia, permitisse que a lembrança do passado pudesse brilhar um instante em vossa memória entorpecida, recordar-vos-íeis dessa época, ilustrada pelos santos mártires da plêiade lionesa: SanctusAlexandreAttaleEpisode, a doce e corajosa BlandineIrineu, o bispo audaz, dos quais muitos dentre vós então formáveis cortejo, aplaudindo seu heroísmo e cantando louvores ao Senhor; também vos lembraríeis de que vários dos que me ouvem regaram com o seu sangue a terra lionesa, esta terra fecunda que Eucher e Gregório de Tours chamaram a pátria dos mártires. Não os nomearei; mas podeis considerar os que, em vossos Grupos desempenham uma missão, um apostolado, como tendo sido mártires da propagação da ideia igualitária, ensinada do alto do Gólgota, pelo nosso Cristo bem-amado! (…)[Cursiva original.]

d) A respeito dos corajosos mártires de Lyon, citados na Epístola de Erasto, discípulo de São Paulo, leia-se a nota do tradutor nº 399 em nossa tradução da Revista Espírita de 1861,2 onde elencamos dezenas de mártires lioneses, alguns infelizmente esquecidos na atualidade. Digno de nota, também, a alusão que o Espírito Erasto faz da reencarnação de alguns desses mártires de Lyon nas fileiras espíritas, sendo que vários dos que me ouvem regaram com o seu sangue a terra lionesa. E continua o seguidor do Apóstolo dos Gentios, enunciando profundas palavras que parecem ter sido pronunciadas para os dias de hoje:

(…) Hoje, caros discípulos, aquele que foi sagrado por São Paulo vem dizer-vos que vossa missão é sempre a mesma, porque o paganismo romano, sempre de pé, sempre vivaz, ainda enlaça o mundo, como a hera enlaça o carvalho; deveis, pois, espalhar entre os vossos irmãos infelizes, escravos de suas paixões e das paixões alheias, a sã e consoladora doutrina que meus amigos e eu viemos vos revelar, por nossos médiuns de todos os países. (…)5

e) Já não são mais por centenas que se contam os espíritas em Lyon, senão por milhares. O mestre lionês observa e anota os passos agigantados que o Movimento Espírita iniciante está dando no interior da França, em 1861, e que terá o seu auge na sua terceira grande viagem espírita em 1862,1 onde visitou doutrinariamente mais de vinte cidades, participando de aproximadamente cinquenta reuniões, percorrendo um trajeto de 693 léguas, que correspondem – nada mais e nada menos – a 3.862 quilômetros, nos parcos transportes da época! Sim, os seus elevados objetivos eram: levar o Espiritismo nascente ao interior da França e depois ao Exterior, conhecer o real estado da Doutrina nas várias cidades visitadas e observar a maneira como era compreendida nos seus diversos aspectos.

f) O homem Rivail-Kardec surge nestas páginas de forma cativante e comovedora. Estamos mais acostumados à faceta clássica do Codificador Allan Kardec, à sua personalidade austera – por causa da espinhosa e grande missão –, como pesquisador frio e arguto dos fenômenos espirituais e das suas lógicas consequências morais, como investigador totalmente dedicado à Doutrina, à Sociedade de Paris, à organização do Movimento, à Revue Spirite, à compilação e preparo das Obras etc.

Por outro lado, vemos na Carta um homem carinhoso, familiar, preocupado com sua esposa Amélie, com a visita aos seus conhecidos e amigos, dedicando-se com bonomia aos irmãos espiritistas e aos convivas, enfim, um pouco mais expansivo, exatamente como quando o casal Kardec reunia-se na sua residência da Ville de Ségur com Pierre-Gaëtan Leymarie e demais confrades queridos, atendendo-os com bom humor, sorriso franco, largo e comunicativo, conservando-se sempre digno e sóbrio em suas expressões, segundo o registro da Biographie d’Allan Kardec, de Henri Sausse. Kardec é, portanto, um homem integral, ladeado por uma mulher integral: Amélie Boudet.

Conclusão

Ao concluir a nossa pesquisa, somos imensamente gratos ao Codificador pelo seu ingente sacrifício e pela abnegação das suas Viagens Espíritas, que ensejaram estes documentos de rara beleza, humana e doutrinária, além da criação e fortalecimento dos Grupos Espiritistas que ele mesmo ajudou a fundar e, consequentemente, a nutrir, com a sua presença física e à distância, como verdadeiro líder e vanguardista do Espiritismo.

Na retaguarda do Movimento e da família, a corajosa Amélie-Gabrielle Boudet, essa mulher notável, que tanto tem oferecido à Humanidade no seu anonimato ativo e dinâmico, ensejando ao seu esposo a dedicação total ao Ideal Maior.

Que Amélie e Allan Kardec recebam, pelo pensamento, a nossa imensa gratidão e respeito, em forma de vibrações de reconhecimento e de sincera reverência dos seus irmãos espíritas do Brasil, da Argentina e do mundo.

Referências:

1 REVUE SPIRITE. Organe officiel du Conseil Spirite International. Le Voyage Spirite de 1862 – Le Cent-Cinquantenaire. Artigo de Miguel Ramos, que transcreveu a rara “Carta de Allan Kardec a Amélie-Gabrielle Boudet” (p. 7). 4º trimestre de 2011, pp. 6 e 9.

2 KARDEC, Allan. Revista Espírita – Periódico de Estudios Psicológicos (Año IV, 1861). Anexo especial com os originais fotografados da raríssima Carta de Allan Kardec a su esposa Amélie-Gabrielle Boudet. Lyon, 20/09/1861. Tradução, do francês para o espanhol, de Enrique Eliseo Baldovino. Nota explicativa do tradutor nº 399 sobre a Carta, com transcrição e publicação do Manuscrito. Brasília, DF: EDICEI. Tradução, também nossa, da Carta, do francês para o português, e realização da pesquisa histórica sobre os mártires de Lyon. Gentileza por el envío del Manuscrito del Sr. Charles Kempf, Secretario General del Consejo Espírita Internacional – CEI.

3 ________. Revista Espírita – Jornal de Estudos Psicológicos, EDICEL, p. 309, out. 1861. Tradução de Júlio Abreu Filho.

4 Op. cit, p. 312-318.

5 Op. cit., p.319-324.

 

LEGENDAS: FAC-SÍMILES E ILUSTRAÇÕES DO ARTIGO (4)

 

FAC-SÍMILE 1 – Originais fotografados da 1ª e da última lauda manuscrita da Carta de Allan Kardec à sua esposa Amélie Boudet.

FAC-SÍMILE 2 – Segunda e terceira folhas do raríssimo Manuscrito Kardequiano, apresentado pela primeira vez em jornal de língua portuguesa.

CAPA 3 – Revista Espírita de 1861 (EDICEI), em espanhol, fonte bibliográfica do artigo, com texto e pesquisas da nota do tradutor nº 399.

DESENHO 4 – Ilustração de Amélie-Gabrielle Boudet e Allan Kardec.

(Copiado de

 http://www.mundoespirita.com.br/?materia=carta-inedita-no-brasil-de-allan-kardec-a-amelie-gabrielle-boudet-em-1861)

 

Veja mais imagens clicando  na Galeria de Imagens do link abaixo:

http://www.mundoespirita.com.br/?materia=carta-inedita-no-brasil-de-allan-kardec-a-amelie-gabrielle-boudet-em-1861

 

 

Palestra sobre Paulo de Tarso em Pinheiros

O Centro Espírita Lázara da Conceição, localizado no Bairro Pinheiros, em São Paulo, promoveu palestra na noite do dia 21 de novembro, tendo como convidado Antonio Cesar Perri de Carvalho (ex-presidente da USE-SP e da FEB). O visitante abordou o tema programado “Paulo de Tarso e a história do cristianismo primitivo”, com base em seus livros editados por O Clarim: “Epístolas de Paulo à luz do Espiritismo” e “Cristianismo nos séculos iniciais. Análise histórica e visão espírita”. Estavam presentes frequentadores dos cursos oferecidos pelo Centro.

 

(Recebido em email de Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier [contato@grupochicoxavier.com.br])

 

5º. Congresso Espírita de Tocantins  

 

De 22 a 24 de novembro, no Crystal Hall, em Palmas (TO) ocorrerá o 5º Congresso Espírita do Estado com o tema “Família e a Evolução do Ser Imortal”, além do 2° Espaço Jovem e o 1° Congressinho Espírita do Tocantins, na Sede da Federação Espírita do Estado de Tocantins. Terá a participação de Alberto Almeida, Gabriel Salum, Sandra Borba, Saulo Ribeiro e José Raul Teixeira. Informações: www.feetins.org.br/cet

(Copiado de https://www.febnet.org.br/blog/geral/noticias/5o-congresso-espirita-de-tocantins-2/)

 

Blog do Francisco Rebouças

Acesse no link

 

Clique aqui:

http://franciscoreboucas.blogspot.com/

 

 

 

Informações da Kardec Rádio

Estados Unidos

 

Kardec Radio | 4280 Henninger Court, Suite I, Chantilly, VA 20151

 

Palestra com Vania Mugnato de Vasconcelos

Boituva, SP

 

(Informação recebida em email de didipelegrini@gmail.com)

 

Entrega do Prêmio Castro Alves

       

        A Arte Poética Castro Alves fará a  entrega do Prêmio Castro Alves aos vencedores do do 29o. Concurso de Poesia com Temática Espírita.

        O evento será realizado no dia 23 de  novembro de 2019, às 15 horas, no Salão Bezerra de Menezes da Federação Espírita do Estado de São Paulo, Rua Santo Amaro, 370, Bela Vista, São Paulo (SP).

        Apresentação de José Damião, Vanessa Cavalcanti e Guiomar Sant'Anna, da Rádio Boa Nova e TV Mundo Maior.

          Apresentação artística: Vânia Rosa Malandrino (pianista)

 

(Informação recebida em email de Jose Damiao [damiao2373@gmail.com])

 

Eventos Espíritas programados para

Marília, SP  

Olá, amigos.

Seguem cartazes divulgando eventos promovidos pelas casas espíritas de
Marília.

Abraços fraternais,

Donizete
 

 

 

 

 

 

 

NA PRÓXIMA TERÇA-FEIRA O TEMA SERÁ: PRECONCEITO

 

 

 

 

 

 

 

 Palestra no Grupo Socorrista Maria de Nazaré

Boituva, SP

 

(Informação recebida em email de didipelegrini@gmail.com)

 

Palestras de Cesar Perri em Salvador

No período de 25 a 28 de novembro, Antonio Cesar Perri de Carvalho estará proferindo palestras em várias instituições espíritas de Salvador (Bahia). Na oportunidade, estará lançado seu livro "Chico Xavier. O homem, a obra e repercussões" (Ed. EME e USE-SP). Programação: 

DIA 25 – 2a.FEIRA - 18:00h - C.E. CASA DA CARIDADE CORAÇÃO DE MARIA (IMBUÍ);

DIA 26 - 3a. feira:

- 9:00h - Casa de Petitinga – FEEB (Centro Histórico);

- 19:00H - C.E. PAULO e ESTEVÃO (PITUBA);

DIA 27 - 4a. Feira:

- 8:30h - Casa de Orações Bezerra de Menezes - COBEM;

- 19:30h - Federação Espírita do Estado da Bahia (sede nova/Iguatemi);

Dia 28 - 5a. feira - 18:00h - C.E. DEUS, LUZ e VERDADE.

 

(Informação recebida em  email de Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier [contato@grupochicoxavier.com.br])

 

AJE- Roda de Conversa

Rio Claro,  SP  

Querido amigo, solicito o apoio na divulgação da roda de conversa, sobre violência doméstica: realidade social, prevenção e contribuição espírita, que se realizará no próximo sábado, 23, 15h, na Associação de Estudos Espíritas Emmanuel, em Rio Claro.

 

O evento terá como debatedoras Claudia Faria, psicóloga do Ministério Público,  e Maria Essado, defensora pública, ambas no Estado de São Paulo, e é promovido pela AJE-SP (Núcleo Rio Claro). 

 

A entrada é livre para todos os interessados. 

 

 

(Informação recebida em email de Tiago Essado)

 

 Boletim “O Mensageiro” da Comunhão Espírita de

Brasília, DF

 

Edição 353 - 22 de novembro de 2019 - Brasília/DF

Caro(a) amigo(a), sinta-se à vontade para compartilhar nossas mensagens, reenviando-as. O bem compartilhado representa o bem multiplicado.

 

Recebeu nosso boletim por reenvio? gostou? então...


Peças teatrais dos alunos da Comunhão transmitem amor e criatividade


5 filmes sobre felicidade para alegrar o coração


Confira os programas da semana no nosso canal do YouTube

 


Nossas histórias será tema de seminário da Mocidade neste sábado (23)


A vida de três mulheres importantes na história do Espiritismo


Palavras de amor

 

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Aproxima-se a data do Centenário do CEAC

Bauru, SP

 

 

(Recebido em email de  Leopoldo Zanardi [leopoldozanardi@gmail.com])

 

Publicações da Casa Editora “O Clarim”

Matão, SP

Caso não esteja visualizando, acesse o preview aqui.

 

O Som da Nova Era: O Clarim e seus maestros

 

 

Cássio Leonardo Carrara

Doutrinário

 

Como definir uma trajetória marcante de vida? E de que forma o exemplo pode inspirar a continuidade de um nobre trabalho?
Conheça a vida, a obra e o legado de Cairbar Schutel, em seu trabalho exemplar no jornal O Clarim, Revista Internacional de Espiritismo e livros publicados. Um resgate de episódios e personagens notáveis da Casa Editora O Clarim, que passaram por guerras, crises econômicas e superaram a intolerância e o preconceito, mantendo vivo e dando continuidade ao trabalho de Schutel por mais de um século

 

de RS 30,00 por R$ 22,50

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Assine a Revista Internacional de Espiritismo e o jornal O Clarim:

assinaturas.oclarim.com.br

 

11º. Bazar de Natal da Instituição “Nosso Lar”

Araçatuba, SP

 

Instituto Espírita Batuíra de Saúde Mental pede ajuda

Goiânia, GO

 

 

Saudações, muita paz, luz e saúde!

 

Peço novamente a sua ajuda para colaborar e divulgar a nota abaixo.

 

Antecipo agradecimentos.

 

Fraternal abraço,

 

Sérgio Luís Haas

3281 0655

 

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

 

SOS Batuíra

 

O Instituto Espírita Batuíra de Saúde Mental está solicitando a sua colaboração, de entidades e de empresários para receber doações de:

 

absorvente íntimo,

aparelho de barbear descartável,

leite,

açúcar,

bermudas masculinas,

chinelas,

escova de dente,

detergente,

suco em pó,

óleo vegetal,

ovos,

farinha de trigo,

fermento,

lençol de solteiro com elástico,

carnes e frango,

bolacha,

alho,

chás,

frutas,

cuecas,

calcinhas,

desinfetante,

água sanitária,

copos 200 ml e

desodorante spray

 

para os 133 pacientes em tratamento que sofrem de transtorno mental ou alcoolismo.

 

Qualquer quantidade é muito bem vinda. As doações podem ser entregues diretamente no Batuíra: Avenida Eurico Viana, Quadra 44 - Setor Jardim Goiás - Goiânia - GO

 

Fundado em 1949, o Batuíra é um hospital 100% SUS e atende gratuitamente

133 homens e mulheres que sofrem de transtorno mental ou alcoolismo.

 

Informações: fone (62) 3281 0655, instagram: @oficialbatuira, site:

www.batuira.org.br e twitter: @batuirago

 

 

 

Anjos da ponte

 

 

A ponte Golden Gate, na baía de São Francisco, Califórnia, Estados Unidos, é a ponte mais visitada por turistas.

Não há quem não admire sua imponência e a vista que oferece a quem por ela transite.

No entanto, o monumento guarda um outro recorde, nada animador: é um dos principais pontos de suicídio do planeta.

A questão é tão séria que a ponte tem a sua própria equipe de voluntários, a Bridgewatch Angels - anjos da brigada da ponte, dedicada a detectar potenciais suicidas e salvar suas vidas com um método simples: ouvir o que têm a dizer.

Desde sua inauguração, em 1937, a ponte conta com o triste índice de mais de mil e setecentos suicídios.

No ano de 2018, duzentas e quatorze pessoas tentaram pular. O fato de apenas vinte e sete terem realizado o seu desejo é um sinal do sucesso do trabalho conjunto desses voluntários com a polícia.

Apesar de viver na região, a policial Mia Munayer não tinha conhecimento do legado sombrio da Golden Gate, até assistir em 2010 ao documentário The bridge.

Tinha que fazer algo para ajudar a impedir que mais pessoas morressem, diz ela, que fundou a Bridgewatch Angels.

Desde 2011, os voluntários percorrem a ponte em datas importantes, como Dia dos namorados, véspera de Natal, e outras. São treinados para abordar qualquer pessoa que acreditem possa estar em perigo.

Munayer gastou mais de dez mil dólares do próprio bolso para financiar as campanhas, que incluem seminários para pessoas interessadas em ajudar a patrulhar a ponte em épocas de maior preocupação.

A policial treina os voluntários para lidar com aqueles que parecem isolados e angustiados. Eles aprendem a detectar os sinais de alerta e maneiras de reagir a isso. Os voluntários fazem perguntas que podem começar com um simples Você está bem?

É uma questão de estimular a pessoa a falar.

Conversamos com as pessoas. Mostramos que não estão sozinhas. Nós ouvimos. Às vezes, essa é a melhor resposta. Mas é importante tentar não tocar em assuntos sensíveis e apenas mantê-las conversando. - Diz a policial.

*   *   *

Talvez não tenhamos parado para pensar sobre isso, mas próximo a nós pode haver alguém pensando em desistir da própria vida.

Fiquemos atentos, mostremos que ninguém está só, que juntos podemos nos ajudar a solucionar os problemas e que não é desistindo de tudo que fará com que o sofrimento, a dor, vá embora.

O suicídio é uma saída enganosa, uma saída falsa, uma infração às leis maiores do Universo.

A vida nos foi dada para evoluirmos. Para isso passamos por provas e expiação. Importante suportá-la e ainda, retirar de todos os dias o seu aprendizado, pois mesmo os maiores erros, os maiores deslizes têm algo a nos ensinar.

Estamos aqui para viver e viver é lidar com tudo isso, fortalecendo-nos em cada luta.

não estamos sós. Temos nosso Espírito protetor ao nosso lado, temos amores que se importam conosco aqui na Terra, temos o Criador da vida no coração aguardando que nos aproximemos dele.


Redação do Momento Espírita, com base em
reportagem do site BBC News Brasil.
Em 22.11.2019.

 

 

(Copiado do site Feparana)

 

 

 Ponte Golden Gate, vista de baixo

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Suicides_at_the_Golden_Gate_Bridge#/media/File:Below_Golden_Gate_Bridge.jpeg

 

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