Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, quinta-feira, 30 de abril de 2020

Compiladas por Ismael Gobbo

 

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas via e-mail  e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.

 

3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).

 

 

 

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Publicação em sequência

Revista Espírita – Ano 7 - 1864

 

 

 

 

 

 

 

(Copiado do site Febnet)

A Jangada da Medusa. Óleo sobre tela de Théodore Géricault.

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Raft_of_the_Medusa

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/MARCO/15-03-2019_arquivos/image010.jpg

O Livro dos Espíritos, lançado por Allan Karde aos 18 de abril de 1857.

 

 

Curiosidades da Codificação

 

 

 

"Com a minha gratidão, remeto-lhe o livro anexo, bem como a sua história, rogando-lhe, antes de tudo, prosseguir em suas tarefas de esclarecimento da Humanidade, pois tenho fortes razões para isso... "

 

UMA CARTA PARA O SR. ALLAN KARDEC - Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, naquela triste manhã de abril de 1860, estava exausto, acabrunhado.
Fazia frio.
Muito embora a consolidação da Sociedade Espírita de Paris e a promissora venda de livros, escasseava o dinheiro para a obra gigantesca que os Espíritos Superiores lhe haviam colocado nas mãos.
A pressão aumentava...
Missivas sarcásticas avolumavam-se à mesa.
Quando mais desalentado se mostrava, chega a paciente esposa, Madame Rivail - a doce Gabi -, a entregar-lhe certa encomenda, cuidadosamente apresentada.
O professor abriu o embrulho, encontrando uma carta singela. E leu.
"Sr. Allan Kardec:
Respeitoso abraço.
Com a minha gratidão, remeto-lhe o livro anexo, bem como a sua história, rogando-lhe, antes de tudo, prosseguir em suas tarefas de esclarecimento da Humanidade, pois tenho fortes razões para isso.
Sou encadernador desde a meninice, trabalhando em grande casa desta capital.
Há cerca de dois anos casei-me com aquela que se revelou minha companheira ideal. Nossa vida corria normalmente e tudo era alegria e esperança, quando, no início deste ano, de modo inesperado, minha Antoinette partiu desta vida, levada por sorrateira moléstia.
Meu desespero foi indescritível e julguei-me condenado ao desamparo extremo.
Sem confiança em Deus, sentindo as necessidades do homem do mundo e vivendo com as dúvidas aflitivas de nosso século, resolvera seguir o caminho de tantos outros, ante a fatalidade...
A prova da separação vencera-me, e eu não passava, agora, de trapo humano.
Faltava ao trabalho e meu chefe, reto e ríspido, ameaçava-me com a dispensa.
Minhas forças fugiam.
Namorara diversas vezes o Sena e acabei planeando o suicídio. "Seria fácil, não sei nadar"- pensava.
Sucediam-se noites de insônia e dias de angústia. Em madrugada fria, quando as preocupações e o desânimo me dominaram mais fortemente, busquei a ponte Marie.
Olhei em torno, contemplando a corrente... E, ao fixar a mão direita para atirar-me, toquei um objeto algo molhado que se deslocou da amurada, caindo-me aos pés.
Surpreendido, distingui um livro que o orvalho umedecera.
Tomei o volume nas mãos e, procurando a luz mortiça do poste vizinho, pude ler, logo no frontispício, entre irritado e curioso:
"Esta obra salvou-me a vida. Leia-a com atenção e tenha bom proveito. - A. Laurent."
Estupefato, li a obra - "O Livro dos Espíritos" - ao qual acrescentei breve mensagem, volume esse que passo às suas mãos abnegadas, autorizando o distinto amigo a fazer dele o que lhe aprouver."
Ainda constava da mensagem agradecimentos finais, a assinatura, a data e o endereço do remetente.
O Codificador desempacotou, então, um exemplar de "O Livro dos Espíritos" ricamente encadernado, em cuja capa viu as iniciais do seu pseudônimo e na página do frontispício, levemente manchada, leu com emoção não somente a observação a que o missivista se referira, mas também outra, em letra firme:
"Salvou-me também. Deus abençoe as almas que cooperaram em sua publicação. - Joseph Perrier."
Após a leitura da carta providencial, o Professor Rivail experimentou nova luz a banhá-lo por dentro...
Aconchegando o livro ao peito, raciocinava, não mais em termos de desânimo ou sofrimento, mas sim na pauta de radiosa esperança.
Era preciso continuar, desculpar as injúrias, abraçar o sacrifício e desconhecer as pedradas...
Diante de seu espírito turbilhonava o mundo necessitado de renovação e consolo.
Allan Kardec levantou-se da velha poltrona, abriu a janela à sua frente, contemplando a via pública, onde passavam operários e mulheres do povo, crianças e velhinhos...
O notável obreiro da Grande Revelação respirou a longos haustos, e, antes de retomar a caneta para o serviço costumeiro, levou o lenço aos olhos e limpou uma lágrima..."

(Hilário Silva - O Espírito da Verdade, 52, FEB)

 

(Texto copiado do site Rede Amigo Espírita)

 

 

 

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Ponte Marie, Paris, França. Foto Lucas Gobbo

 

 

Sede firmes

 

Pelo Espírito Emmanuel.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Harmonização. Lição nº 19. Página 101.

 

"E quando ouvirdes de guerras e sedições, não vos assusteis". Jesus (Lucas: 21-9.)

 

O aprendiz sincero de Cristo para merecer-lhe a assistência generosa precisa conservar intangível o caráter resoluto.

É indispensável que o coração do discípulo se entregue às mãos do Mestre com a firmeza necessária.

Instituindo os princípios redentores do Evangelho, Jesus não desconhecia que iniciava período imenso de lutas e trabalhos sacrificiais.

Ele que observava o orgulho romano, o dogmatismo farisaico, a vaidade e o preconceito de todos os tempos, manteria a ingenuidade de crer no Evangelho Vitorioso sem suor e sem lágrimas?

Quando pronunciou a primeira palavra de amor, contava com os inimigos gratuitos e esperava os embates inevitáveis.

Por isso mesmo, seu apostolado está cheio de luz, compaixão, verdade e bondade, mas igualmente cheio de resistência.

As nações aflitas da terra referem-se hoje à guerra de nervos com o sabor da última novidade.

No entanto, este gênero de combate preocupou o Salvador, há dois mil anos.

Jesus sabia que o medo é mais destrutivo que a espada, que o homem atemorizado é homem vencido.

Ninguém ignora que o conflito devastador dos dias que correm é o duelo formidando da sombra contra a Luz.

A vitória do Bem reclama espíritos fortalecidos de coragem e fé, acima de tudo.

É indispensável combater a tensão nervosa, como quem sabe que o medo é o adversário terrível oculto na cidadela de cada um.

O mundo cheio de sombras do mal não oferece lugar a espectadores.

Cada homem deve encarregar-se do trabalho que lhe compete.

A guerra de nervos traz ameaças, gritos, terrores, bombas, incêndios, metralhadoras, mas o defensor do bem traz o caráter firme, solidificado na confiança em Deus e em si mesmo.

O discípulo do Senhor não ignora que os cristãos morreram nos circos, de mãos vazias, mas na qualidade de combatentes pelo bem e pela verdade.

Nestas horas de apreensões justas, recordai as palavras serenas do Mestre:

- "E quando ouvirdes de guerras e sedições, não vos assusteis".

 

 

 (Recebido em email do divulgador Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG)

http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/MAIO/25-05-2015_arquivos/image003.jpg

As festas romanas do Coliseu. Óleo sobre tela de Pablo Salinas (década de 1900)

Pinacoteca do Estado de São Paulo. São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo

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Mártires cristãos no Coliseu. Pintura de Konstantin Dmitriyevich Flavitsky

Imagem/fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Konstantin_Flavitsky_-_Christian_Martyrs_in_Colosseum.jpg

http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/MAIO/30-05-2015_arquivos/image004.jpg

“A última prece dos mártires cristãos”. Por Jean-Léon Gérôme.  Coliseu de Roma.

Imagem/fonte:

 http://pt.wikipedia.org/wiki/Coliseu_de_Roma#/media/File:Jean-L%C3%A9on_G%C3%A9r%C3%B4me_-_The_Christian_Martyrs%27_Last_Prayer_-_Walters_37113.jpg

http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/MAIO/25-05-2015_arquivos/image006.jpg

Coliseu. Roma, Itália. Foto Ismael Gobbo

 

"Muitas Moradas" e o Universo

 

Na reunião virtual do grupo do Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa Espírita, de São Paulo, que estuda "O Evangelho segundo o Espiritismo", na noite do dia 28 de abril houve continuidade sobre o Cap.3 - "Há muitas moradas na casa de meu Pai". Iniciou-se com apresentação por Pedro Nakano sobre ideias atuais relacionadas com origem, expansão e o conceito de Universos paralelos, gerando muitos diálogos. O estudo desse capítulo terá prosseguimento com base em itens do livro "A Gênese", de Allan Kardec. Esse grupo é coordenado pelo casal Célia e Cesar Perri.

 

 

 

(Recebido em email de Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier [contato@grupochicoxavier.com.br])

 

“Histórias do Movimento Espírita”


Programa de Vladimir Alexei (MG) que focaliza fatos históricos do Espiritismo na Rede Amigo Espírita às 3as feiras, às 17 horas. No dia 28 de abril teve como convidado Cesar Perri que respondeu a questões sobre a importância da obra de Kardec, os papeis desempenhados por Léon Denis, Gabriel Delanne e Camille Flammarion e perspectivas do movimento espírita atual.

Para assistir, acesse:

https://youtu.be/1LMJD_Bd-0o

 

(Recebido em email de Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier [contato@grupochicoxavier.com.br])

 

Vídeo Conversando sobre Hermínio

Clique no link:

 

CLIQUE AQUI:

https://espiritismocomentado.blogspot.com/2020/04/conversando-sobre-herminio.html?spref=fb&fbclid=IwAR2NJYmven2gcEGF3PO5u5k3zRWuBspIAZ5jHp7gLQehPT7fvzSGqoFwnhk

 

 

 

(Com informações de Jader Sampaio)

 

Jornal Mundo Maior

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Vídeo com Rener Cunha

Refletindo com Joanna (40)

 

Acesse aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=RMtkrUCM_Do&list=PLZ3eQbY0Rt-Qh4-lliQXc0L1KDelVqnCU&index=43&t=0s

 

 

Informações do C.E. Allan Kardec

Penápolis, SP

Caros irmãos, irmãs e participantes, vimos informar sobre a continuação da suspensão dos trabalhos espirituais e educativos no Ceak-Penápolis-SP.

Muita Paz.

A diretoria.

 

(Informações recebidas em email de Centro Espirita Allan Kardec de Penapolis - SP [ceakpenapolis@gmail.com])

 

Site da FEB- Federação Espírita Brasileira

Brasília, DF

Acesse:

https://www.febnet.org.br/portal/

 

 

Da criança aos pais

 

Antes que seja tarde demais...

Não tenham medo de ser firmes comigo. Eu prefiro assim, pois sua firmeza me traz segurança.

Não me tratem com excesso de mimos. Nem tudo que peço e desejo... me convém.

Não me corrijam na frente de outras pessoas. Prestarei muito mais atenção se vocês falarem comigo baixinho e a sós.

Não permitam que eu forme maus hábitos. Dependo de vocês para descobrir o que é certo, ou errado, na minha idade.

Não façam promessas apressadas. Lembrem-se de que me sinto mal, quando as promessas não são cumpridas.

Não me protejam das consequências dos meus atos. Às vezes, preciso aprender através da dor.

Não sejam falsos ou mentirosos. A falsidade me deixa confusa, desnorteada. E acabo perdendo a confiança em vocês.

Não me incomodem com ninharias. Se assim agirem, terei de proteger-me, aparentando surdez.

Nunca deem a impressão de ser perfeitos ou infalíveis. O choque será grande demais quando eu descobrir que vocês estão longe disso.

Não digam que meus temores são tolices. Eles são terrivelmente reais. Se vocês usarem de compreensão para comigo, ficarei mais serena e tranquila.

Não deixem sem resposta as minhas perguntas. Do contrário deixarei de fazê-las, buscando informações em algum outro lugar.

Não julguem humilhante um pedido de desculpas. Um perdão sincero torna-me surpreendentemente mais calorosa para com vocês.

Não subestimem a minha capacidade de imitação. Eu estarei sempre seguindo os seus passos com a certeza de que me conduzem pelo caminho certo.

Habituem-se a ouvir meus apelos silenciosos. Nem sempre consigo expressar meus sentimentos com palavras.

Respeitem as minhas limitações e fragilidades. Nem sempre consigo fazer tudo o que os deixa orgulhosos.

Ensinem-me a amar a Deus, pois não quero ser um adulto sem fé nem esperança.

E não se esqueçam jamais que, para desabrochar e florescer, preciso de muita compreensão e carinho e, acima de tudo, de muito amor...

*   *   *

Nosso filho é o discípulo amado que Deus pôs ao alcance do nosso coração enternecido, no entanto, a nossa tarefa não pode ir além daquele amor que o pai propicia a todos, ensinando, corrigindo e educando através da disciplina para a felicidade.

Mostremos-lhe a vida, mas deixemo-lo viver.

Falemos-lhe das trevas, mas demos-lhe a luz do conhecimento.

Mandemo-lo à escola, mas façamo-nos mestres dele no lar.

Apresentemos-lhe o mundo, mas deixemo-lo construir o próprio mundo.

Tomemos-lhe as mãos e as coloquemos no trabalho, ensinando com o nosso exemplo, mas não lhe desenvolvamos a inutilidade, realizando as tarefas que lhe competem.

Cumpramos o nosso dever amando-o, mas exercitemos o nosso amor ensinando-o a amar e fazendo que, no serviço superior, ele se faça um homem para que o possamos bendizer, mais tarde.

Nosso filho é semente divina; não lhe neguemos, por falso carinho, a cova escura da fertilidade, pretextando devotamento, porque a semente que não morrer jamais será fonte de vida.

Nosso filho é a esperança do mundo; não o asfixiemos no egoísmo dos nossos anseios, esquecendo-nos de que viemos à Terra sem ele e retornaremos igualmente a sós, entregando-o a Deus conforme as leis sábias e justas da Criação.

Redação do Momento Espírita com base no artigo
A criança, do Jornal Perfil policial, de outubro de 1999 e no cap. 37,
 do Espírito Amélia Rodrigues, do livro Crestomatia da Imortalidade,
por Espíritos Diversos, psicografia de Divaldo Pereira Franco,  ed. LEAL.
Em 29.4.2020.

 

 

 

(Copiado do site Feparana)

 http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/ABRIL/18-04-2015_arquivos/image036.jpg

Cena de Família.em quadro de Almeida Júnior.

Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo

 

Carmine Mirabelli

 

Carmine Mirabelli, também conhecido como Carlo Mirabelli ou Carlos Mirabelli (Botucatu2 de janeiro de 1889 – São Paulo30 de abril de 1951), foi um médium brasileiro de efeitos físicos.

 

Biografia:

Filho primogênito de Luigi Mirabelli, um pastor protestante italiano e de Christina Scaccioto Mirabelli. O casal teve um outro filho, uma menina, Tereza Mirabelli Eugenio, nascida em 1891. Em poucos anos, entretanto, a mãe viria a falecer, fato de que Carmine viria a se ressentir, e que se acreditava que teria aumentado a sua sensibilidade.

Fez os seus primeiros estudos no Grupo Escolar Cardoso de Almeida, em Botucatu, no Colégio São Luiz, em Itu, e no Colégio Cristóvão Colombo, em São Paulo. Nesta fase, certa feita, impressionou muito os seus professores e colegas ao dissertar sobre o tema "Evolução e Involução" em perfeito latim, embora não tivesse conhecimento do idioma.

Em 22 de fevereiro de 1914, logo após a morte de seu pai, mergulhando a família em sérias dificuldades financeiras, Carmine ficou doente, aflorando uma extraordinária paranormalidade. Embora não fosse espiritualista, alegava ver os espíritos dos pais, de um tio, de sua sogra e de uma filha.

Naquele mesmo ano, empregado da Companhia de Calçados Villaça, foi colhido de surpresa por estranhos fenômenos, hoje classificados como “Poltergeist”. Apenas na sua presença, com frequência, sapatos saltavam por si mesmos das prateleiras ou moviam-se como se fossem animados. Carmine não compreendia porque isso acontecia, mas muitos clientes assustados atribuíam os fenômenos ao “diabo”. Mirabelli foi acusado por populares de estar “possuído’ pelo “demônio”, tendo sido vítima de agressões nas ruas. A sua casa chegou a ser apedrejada por fanáticos religiosos.

Em consequência desses fenômenos chegou a ser internado por dezenove dias no Asilo de Alienados do Juqueri, tendo sido constatado pelos Drs. Francisco Franco da Rocha e Felipe Aché que o paranormal tinha uma “energia nervosa” acima do normal. Com a ajuda de pesquisadores renomados dos fenômenos psíquicos, como o médico Dr. Alberto de Melo Seabra, Mirabelli se conscientizou da importância de seus dons psíquicos e decidiu se submeter a sessões espíritas experimentais.

Carmine Mirabelli podia manifestar uma ampla gama de fenômenos, entre os quais a levitaçãomaterialização e desmaterialização de objetos. Acredita-se que muitos deles resultavam de suas próprias forças psíquicas, sem o envolvimento de entidades espirituais. Mas também é sabido que Mirabelli conhecia alguns truques simples de prestidigitação.

Embora na juventude o médium não conseguisse controlar os fenômenos - objetos voavam ao seu redor, atingindo-o e aos circunstantes em muitas ocasiões - quando ficou mais velho conseguia refrear o fluxo de suas energias psicobiofísicas, reduzindo os riscos.

Em 1916, a imprensa de São Paulo voltou a sua atenção para os estranhos feitos do "Homem Misterioso". Em uma série de reportagens, com ampla repercussão popular, destacaram-se o Correio Paulistano (em defesa dos fenómenos) e A Gazeta (contra).

Mirabelli fundou o Centro Espírita São Luiz, em 25 de agosto de 1917.

Mirabelli atravessou quatro casamentos:

·         com Carmem Guerreiro, tiveram dois filhos, Diva Cristina Mirabelli e Luiz Mirabelli;

·         com Edméa de Paiva Magalhães, não tiveram filhos;

·         com Maria do Carmo Pinto Pacca, tiveram Regene Pacca Mirabelli; e

·         com a Prof. Amélia Loureiro, tiveram César Augusto Mirabelli.

O médium foi encarcerado várias vezes acusado de exercício ilegal da Medicinafurto e também por perseguições políticas, mas mesmo detido, envolvia as pessoas com seus dons e sua generosidade. Era considerado muito eloquente e comunicativo, apreciava a natureza e gostava de fumar charutos e cachimbos.

Mirabelli era portador de diabetes. Por muitos anos, só conseguiu dormir em quartos iluminados, uma vez que temia a ocorrência de fenômenos desagradáveis enquanto dormia.

Por certa fase de sua vida Mirabelli chegou a cobrar por seus serviços mediúnicos, desagradando aos espíritas. Entretanto, Mirabelli não perdeu os seus dons com o avançar da idade. Existem relatos de que os seus fenômenos foram observados até 1950, poucos meses antes de sua morte.

Faleceu vítima de acidente de trânsito, por atropelamento. Conduzido ao Hospital das Clínicas de São Paulo, veio a falecer sendo atestada a fratura do seu crânio como "causa-mortis". O corpo foi sepultado na tarde de 1 de maio de 1951 na campa 155 da quadra 27, no Cemitério São Paulo.

Materializações de Destaque:

O periódico O Estado de S. Paulo, em 18 de maio de 1916 cobriu a materialização, pelo médium, do espírito do ex-bispo da Diocese de São Paulo, D. José de Camargo Barros, em sessão ocorrida na cidade de Santos. Estiveram presentes médicos e oficiais da Força Pública de São Paulo.

Vanguarda, de fevereiro de 1933, abordou a materialização, pelo médium, do espírito de São Francisco de Assis.

Outras materializações que chamaram a atenção à época, foram as dos espíritos de Giuseppe Parini e de Harune Arraxide.

 

Bibliografia

·         PALHANO JR., Lamartine. Mirabelli - Um Médium Extraordinário.

·         RIZZINI, JorgeKardec, Irmãs Fox e Outros. Capivari (SP): Editora EME, 1994. 194p. ISBN 8573531517

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/71/Carlos_Mirabelli_4.jpg/800px-Carlos_Mirabelli_4.jpg

O médium Carmine Mirabelli. Santos, Brasil, 1926

 

(Copiado de https://pt.wikipedia.org/wiki/Carmine_Mirabelli)

 

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