Notícias do Movimento Espírita São Paulo, SP, sábado, 10 de abril de 2021 Compiladas por Ismael Gobbo |
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Notas |
1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento. 2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes diversas via e-mail e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec. Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.
3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).
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Atenção |
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Os últimos 5 emails enviados |
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09-04-2021 http://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/09-04-2021.htm 08-04-2021 http://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/08-04-2021.htm 07-04-2021 http://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/07-04-2021.htm 06-04-2021 http://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/06-04-2021.htm 05-04-2021 http://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/05-04-2021.htm
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Publicação em sequência Revista Espírita – Ano 11 - 1868 |
(Continuação da postagem da anterior)
(Copiado do site Febnet)
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Tertuliano. Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tertuliano Tertuliano Tertuliano (em latim: Quintus Septimius Florens Tertullianus; c. 160 — c. 220 (60 anos))[1] foi um prolífico autor das primeiras fases do Cristianismo, nascido em Cartago na província romana da África Proconsular.[2] Ele foi o primeiro autor cristão a produzir uma obra literária (corpus) em latim. Ele também foi um notável apologista cristão e um polemista contra a heresia. Leia mais: |
Tártaros. Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tart%C3%A1ria Tártaria A Tartária (em latim: Tataria, também conhecida como Grande Tartária (Tataria Magna)) era um nome utilizado por europeus desde a Idade Média até o século XX para designar uma grande extensão de território da Ásia Central e setentrional que se estendia do Mar Cáspio e das Montanhas Urais até o Oceano Pacífico, habitado pelos povos turcomanos e mongóis do Império Mongol, genericamente chamados de tártaros. O território conhecido por este nome abrange as regiões atuais da Sibéria, Turquestão (com exceção do Turquestão Oriental), Grande Mongólia, Manchúria e, por vezes, o Tibete. Leia mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tart%C3%A1ria
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Capa de “A Gênese” de Allan Kardec, edição de 1868.. Copiado de https://pt.wikipedia.org/wiki/A_G%C3%AAnese
A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo (em língua francesa La Genèse, Les Miracles et les Prédictions Selon le Spiritisme), é um livro espírita francês. De autoria de Allan Kardec, foi publicado em Paris em 6 de janeiro de 1868. É uma das obras básicas do espiritismo. Leia mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/A_G%C3%AAnese
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A Gênese. Allan Kardec. FEB Leia mais: https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/A-genese_Guillon.pdf |
Na hora da cruz |
Pelo Espírito Irmão X (Humberto de Campos). Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Cartas e Crônicas. Lição nº 25. Página 109.
Quando o Mestre se afastou do Pretório, suportando o madeiro a que fora sentenciado pelo povo em desvario, pungentes reflexões lhe assomavam ao pensamento. Que fizera senão o bem?... Que desejara aos perseguidores senão a benção da alegria e a visitação da luz?... Quando receberiam os homens o dom da fraternidade e da paz?... Devotara-se aos doentes com carinho, afeiçoara-se aos discípulos com fervor... Entretanto, sentia-se angustiadamente só. Doíam-lhe os ombros dilacerados. Porque fora libertado Barrabás, o rebelde, e condenado ele, que reverenciava a ordem e a disciplina? Em derredor, judeus irritados ameaçavam-no erguendo os punhos, enquanto legionários semi-ébrios proferiam maldições. A saliva dos perversos fustigava-lhe o rosto e, inclinando-o para o solo, a cruz enorme pesava... “Ó Pai! - refletia, avançando dificilmente - que fiz para receber semelhante flagelação?” Anciãs humildes tentavam confortá-lo, mas, curvado qual se via, nem mesmo lhes divisava os semblantes. “Porque a cruz? - continuava meditando, agoniado - porque lhe cabia tolerar o martírio reservado aos criminosos?” Lembrou as crianças e as mulheres simples da Galiléia, que lhe compreendiam o olhar, recordando, saudoso, o grande lago, onde sentia a presença do Todo-Compassivo, na bondade da natureza... Lágrimas quentes borbotavam-lhe dos olhos feridos, lágrimas que suas mãos não conseguiam enxugar. Turvara-se-lhe a visão e, incapaz de mais seguro equilíbrio sobre o pedregulho do caminho estreito, tropeçou e caiu de joelhos. Guardas rudes vergastaram-lhe a face com mais violência. Alguns deles, porém, acreditando-o sob incoercível cansaço, obrigaram Simão, o Cirineu, que voltava do campo, a auxiliá-lo na condução do madeiro. Constrangido, o lavrador tomou sobre os ombros o terrível instrumento de tortura e só então conseguiu Jesus levantar a cabeça e contemplar a multidão que se adensava em torno. E observando a turba irada, oh! sublime transformação!... Notou que os circunstantes estavam algemados a tremendas cruzes, invisíveis ao olhar comum. O primeiro que pode analisar particularmente foi Joab, o cambista, velho companheiro de Anás, nos negócios do Templo. Ele se achava atado ao lenho da usura. Vociferava, aflito, escancarando a garganta sequiosa de ouro. Não longe, Apolônio, o soldado da coorte, mostrava-se agarrado à enorme cruz da luxúria, repleta de vermes roazes a lhe devorarem o próprio corpo. Caleb, o incensador, berrava frenético, entretanto, apresentava-se jungido ao madeiro do remorso por homicídios ocultos. Amós, o mercador de cabras, arrastava a cruz da enfermidade que o forçava a sustentar-se em vigorosas muletas. José de Arimatéia, o amigo generoso, que o seguia, discreto, achava-se preso ao frio lenho dos deveres políticos, e Nicodemos, o doutor da Lei, junto dele, vergava, mudo, sob o estafante madeiro da vaidade. Todas as criaturas daquele estranho ajuntamento traziam consigo flagelações diversas. O Mestre reconhecia-as acabrunhado. Eram cruzes de ignorância e miséria, de revolta e concupiscência, de aflição e despeito, de inveja e iniquidade. Tentou concentrar-se em maior exame, contudo, piedosas mulheres em lágrimas acercavam-se dele, de improviso. - Senhor, que será de nós, quando partires? - gritava uma delas. - Senhor, compadece-te de nossa desventura!... - suplicava outra. - Senhor, nós te lamentamos!... - Mestre, pobre de ti!... O Cristo fitou-as, admirado. Todas exibiam asfixiantes padecimentos. Viu que, entre elas, Maria de Cleofas trazia a cruz da maternidade dolorosa, que Maria de Magdala pranteava sob a cruz da tristeza e que Joana de Cusa, que viera igualmente às celebrações da Páscoa, sofria sob o madeiro do casamento infeliz... Azorragues lamberam-lhe a cabeça coroada de espinhos. A multidão começava a mover-se, de novo. Era preciso caminhar... Foi então que o Celeste Benfeitor, acariciando a própria cruz que Simão, o Cirineu passara a carregar, nela sentiu precioso rebento de esperança, com que o Pai Amoroso lhe agraciara o testemunho, a fim de que as sementes da renovação espiritual felicitassem a Humanidade. E, endereçando compadecido olhar às mulheres que o cercavam, pronunciou as inesquecíveis palavras do Evangelho: - Filhas de Jerusalém, não choreis por mim!... Chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos, porque dias virão em que direis: bem aventurados os ventres que não geraram e os seios que não amamentaram!... Então, clamareis para os montes: Caí sobre nós! - e rogareis aos outeiros: Cobri-nos! - Porque, se ao madeiro verde fazem isto, que se fará com o lenho seco?
(Texto recebido em email do pesquisador e divulgador Antonio Sávio, Belo Horizonte, MG) |
A flagelação de Cristo. Óleo sobre tela de Guercino. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Guercino_Flagellazione.jpg |
Barrabás em pintura por James Tissot. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Barabbas_(James_Tissot).jpg
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Cristo caindo a caminho do calvário. Óleo sobre tela de Rafael.
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Elevação da cruz. Pintura de Peter Paul Rubens. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Peter_Paul_Rubens_-_Raising_of_the_Cross_-_1610.jpg
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As Marias do Calvário. Óleo sobre tela de Giacomo Grosso. Museu de Arte Italiano. Lima, Peru. Foto Ismael Gobbo |
Lamentação sobre o Cristo morto (ou Pietá). Óleo sobre tela de Jacopo Tintoretto. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand. São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo
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José de Arimatéia por Pietro Perugino, um detalhe de sua lamentação sobre o Cristo morto. . Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Joseph_of_Arimathea#/media/File:Pietro_Perugino_012.jpg
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A ressurreição de Cristo. Óleo sobre tela de Paolo Veronese. Imagem/fonte: https://de.wikipedia.org/wiki/Datei:Paolo_Veronese_-_The_Resurrection_of_Christ_-_WGA24817.jpg |
Monte onde se situava o antigo templo de Jerusalém. Ao fundo o Monte das Oliveiras. Foto Ismael Gobbo. |
Mesquita de Omar ou Domo da Rocha no local onde outrora se situava o templo de Jerusalém. Israel. Foto Ismael Gobbo |
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Palestra programada pelo CEAC. Birigui, SP Acesse no YouTube |
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Cinema em casa |
Olá,
Caso opte, neste fim de semana, pela permanência em casa, então, para reflexão, sugerimos assistir ao filme abaixo na sessão:
Cinema em casa
Filme: Juntos por um Sonho
Sinopse:
Logo depois que a família Cortez se muda para a zona escolar de Westbrook, é anunciado que a amada escola será fechada devido a cortes no orçamento. Há muito conhecida por ser um ambiente maravilhoso com professores especiais, os funcionários, alunos e pais decidem colocar de lado suas diferenças pessoais e lutar pelas memórias - passado, presente e futuro - que vale a pena salvar.
Estrelando: Clare Carey, Coby Ryan McLaughlin, Esai Morales, Gregory Alan Williams, Jacob Leinbach, Loretta Devine, Salli Richardson-Whitfield Direção: Gary Wheeler
(Informações recebidas de Mauricio Contier [maconti55@hotmail.com]) |
Site da FEB- Federação Espírita Brasileira Brasília, DF |
Acesse: https://www.febnet.org.br/portal/
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Brasil sem Aborto promove seminário online em defesa da vida e formação de multiplicadores |
DESTAQUES 5 DE ABRIL DE 2021 Vem aí o Seminário em Defesa da Vida. O evento online promovido pelo Movimento Brasil sem Aborto será realizado no dia 17 de abril e contará com diversos especialistas. Os temas que serão abordados são: adoção, Estatudo do Nascituro, ADPF 442, anencefalia/microcefalia e complicações do aborto provocado. Os participantes também vão conhecer o trabalho de três casas de apoio às gestantes. O evento é gratuito e será transmistido ao vivo no canal do Brasil sem Aborto no Youtube, a partir das 9h. Para participar, basta clicar aqui e preencher a ficha de inscrição até o dia 12 de abril. Confira na imagem abaixo a programação. Formação de multiplicadores – A segunda etapa do treinamento será no dia 24 de abril com a formação de multiplicadores. Os participantes vão conhecer o modelo de palestras utilizado pelo Movimento Brasil sem Aborto, visando a aplicação em escolas de ensino médio. Para participar desta etapa é fundamental que o interessado tenha assistido aos vídeos da etapa anterior: Seminário em Defesa da Vida. A formação é gratuita e será realizada por meio da Plataforma Zoom. Os interessados devem fazer inscrição pelo formulário até o dia 12 de abril. Serviço: Seminário
em Defesa da Vida Formação
de multiplicadores
Um abraço pela VIDA!
Movimento Nacional da Cidadania pela Vida - Brasil sem Aborto Comitê-RJ
(Recebido em email de divulgadoresbr@googlegroups.com; em nome de; nazarenofeitosa@gmail.com) |
Distanciamento social, máscara e vacinação |
Em momentos de pandemia extremamente grave é hora para se defender a vida. De nota do Facebook da “Mansão do Caminho”:”[...] Feliz e emocionado, Divaldo comentou com os presentes sobre sua expectativa em receber a vacina e estimulou a todos que se vacinassem. [...] Além do médium, outros residentes da Mansão do Caminho foram vacinados” (https://www.facebook.com/MansaoDoCaminho). Cada um com seu esforço e contribuição social com respeito ao distanciamento social, utilização de máscara e vacinação anti-COVID. De nota e foto de: https://www.facebook.com/cesar.perridecarvalho; E, nas instituições, apenas com reuniões virtuais até as autoridades sanitárias recomendarem a reabertura e em quais condições de prevenção (https://usesp.org.br/wp-content/uploads/2020/09/OCE-RAtividades-DC.pdf). Declaração da USE-SP do dia 07/04/2021, recomendando distanciamento social (reuniões virtuais), evitar-se aglomerações, e enfatizando as vacinações (foto anexa).
(Recebido em email de Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier [contato@grupochicoxavier.com.br]) |
Jornal Mundo Maior Acesse no link |
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Programação do Núcleo Espírita Chico Xavier Niterói, RJ |
11/abr Dom 18h
Transmissão ao vivo! O autor abordará, a partir do seu livro, temas envolvendo a família à luz dos princípios espíritas. Para assistir, acesse https://www.youtube.com/watch?v=Thf8SbfzljY
(Recebido em email de Núcleo Espírita Chico Xavier [necx.espiritismo@gmail.com]) |
Publicações da Casa Editora O Clarim Matão, SP |
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Diversos eventos em live com informações de Elsa Rossi |
(Recebido em email de Elsa Rossi, Londres, Reino Unido) |
Programação do Núcleo Espírita Chico Xavier Niterói, RJ |
Transmissão ao vivo!
O expositor abordará, a partir do seu livro, temáticas envolvendo a família à luz dos princípios espíritas. Para assistir, acesse https://www.youtube.com/watch?v=Thf8SbfzljY
(Recebido em email de Núcleo Espírita Chico Xavier [necx.espiritismo@gmail.com]) |
Ajude o Abrigo Ismael. Departamento da centenária União Espírita “Paz e Caridade”. Araçatuba, SP |
Assista o vídeo explicativo: https://www.facebook.com/abrigoismael/videos/351170289469588
(Com informações do presidente Emerson Francisco Gratão) |
Publicações da Casa Editora O Clarim Matão, SP |
Acesse no link:
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Privações |
O homem deve esforçar-se por viver bem, preservar-se da dor e ser feliz. Constitui um imperativo da lei de conservação que ele busque se furtar a experiências dolorosas. Entretanto, nem todos os sonhos e desejos humanos se realizam. No contexto de uma única existência, sempre há certas dificuldades incontornáveis. Algumas pessoas possuem marcante fragilidade física. Desde a infância, ou a partir de dado momento, vivem a braços com dores e enfermidades. Já outras não conseguem sucesso profissional ou tranquilidade financeira. Há também as que não se realizam afetivamente. Também são comuns os casos de importantes inibições. Há quem não consiga falar em público, tomado de profunda timidez. Ou então apresenta bloqueios e dificuldades sexuais. Por certo, tudo isso constitui desafios. Sendo possível, a superação deve ocorrer. Mas tal nem sempre acontece e a situação desconfortável acompanha a criatura por longo tempo, talvez por toda a sua vida. Nesse contexto, é importante não se amargurar e nem se revoltar com a Providência Divina. Há muito tempo, Jesus formulou interessantes reflexões a respeito de determinadas privações na vida humana. Ele asseverou que se a mão, o pé ou o olho de alguém é motivo de escândalo, mais vale extirpá-lo do que se perder. É importante transcender a imagem literal para alcançar os possíveis sentidos dessa contundente afirmação. A ênfase parece residir na priorização dos objetivos eternos, mesmo que à custa de alguns sacrifícios passageiros. Ora, o Espírito anima incontáveis corpos físicos em sua jornada pela Eternidade. É um viajor do Infinito, na busca da perfeição. Mas, por vezes, utiliza mal alguns recursos que lhe vêm às mãos. Chega a se viciar em determinados equívocos. Por exemplo, ao contato com a riqueza torna-se arrogante e egoísta. Acha-se superior aos pobres e não lhes estende as mãos. Ou então gasta sua saúde em loucuras. Afeiçoa-se ao hábito de noitadas, come e bebe demais. Ao vivenciar a prova da beleza física, seduz e infelicita os semelhantes. Ocorre que, ao retornar ao mundo espiritual, vê-se miseravelmente infeliz. Compreende que utilizou muito mal os talentos e os meios que recebeu. Então, a fim de aprender a valorizá-los, programa uma nova existência na qual será privado do que malbaratou no passado. Assim, o que hoje falta, possivelmente, já foi mal utilizado no pretérito. A privação atual constitui um tratamento espiritual, um processo educativo e não uma injustiça. Pense nisso. Redação do Momento Espírita.
(Copiado do site Feparana) |
Cristo curando o Gioacchino Assereto Óleo sobre tela de https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gioacchino_Assereto_-_Christ_healing_the_blind_man.jpg |
Cristo curando o paralítico na piscina de Betesda. Óleo sobre tela de Bartolomeo Esteban Murillo Imagem/fonte: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Curacion_del_paralitico_Murillo_1670.jpg
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Estudo para Jesus em Cafarnaum (1885). Óleo sobre tela de Rodolpho Amoêdo Pinacoteca do Estado de São Paulo. São Paulo. Foto Ismael Gobbo
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Jesus e a cura da mulher hemorrágica. Catacumba de Marcelino e Pedro. Roma, Itália
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Emília Santos (01/01/1896 – 26/09/1964) |
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Emília Santos Imagem do arquivo de Ismael Gobbo
Biografia elaborada por: Antonio Cesar Perri de Carvalho Emília Santos nasceu em 01/01/1896, na cidade de Santa Maria da Vitória, BA, e desencarnou aos 26/09/1964, em Araçatuba, SP. Era filha de João Luiz dos Santos e Joana Ferreira de Souza e manteve-se solteira. Em Araçatuba, assinou a ata de fundação da Aliança Espírita “Varas da Videira”, em 1943. Na mesma época, tornou-se colaboradora de Benedita Fernandes, na Associação das Senhoras Cristãs. Após a desencarnação desta, em 1947, passou a ser colaboradora mediúnica assídua do Centro Espírita “Amor e Caridade”, na vizinha e muito próxima cidade de Birigüi. Emília Santos vendia confecções para mesa, cama e vestimentas, em sua residência e, muitas vezes, a domicílio, utilizando as tradicionais charretes que eram típicas em Araçatuba. Era extremamente caridosa. Atendia muitas pessoas que a procuravam em Araçatuba, atrás de uma palavra de conforto, de orientação e em busca de um passe. Tinha por hábito realizar peregrinações semanais, distribuindo lanches a famílias carentes. Durante os anos 50, organizava lanches por ocasião da data natalícia de seu pai (“dia de São João”) e no Natal, distribuindo-os em casas assistenciais, cadeia e Santa Casa de Araçatuba. João Luiz dos Santos, pai de Emília Santos, viveu no século passado no interior da Bahia, onde foi ligado à política. Era o espírito comunicante mais freqüente pela mediunidade de sua filha. Como se dizia naquela época, era o mentor. Naturalmente, esteve envolvido na orientação do grupo que se formou e que originou as instituições logo citadas. Em alguns momentos de sua vida, procurou dar aulas de Espiritismo para crianças. Há artigos esporádicos de sua autoria na imprensa espírita, como “Amor Fraternal”, no “Mensageiro do Órfão”, de São Manoel, de 15/10/1943. Tivemos a oportunidade de conhecê-la no decorrer do ano de 1958, na residência do casal Irma e Francisco Martins Filho. Aos 30 de dezembro de 1959, juntamente com Rolando Perri Cefaly deu início, em sua residência, ao Grupo de Estudos Evangélicos “João Luiz dos Santos”, funcionando às sextas-feiras. Àquela época lia-se com muito interesse cada novo livro psicográfico de Chico Xavier que era lançado. Acompanhado de minha genitora e tios, tive oportunidade, ainda criança, de freqüentar essas reuniões desde o início. Ao final, habitualmente ela servia um jantar de confraternização. Aos 7 de outubro de 1960 foi uma das fundadoras – juntamente com Rolando Perri Cefaly, Josefina Perri Cefaly de Carvalho, Walter Perri Cefaly e Pedro Perri – da Instituição “Nosso Lar”, no Jardim Planalto em Araçatuba, exercendo o cargo de vice-presidente. Esta Instituição foi inaugurada em 1961 e, no ano seguinte, teve um desdobramento em outro bairro, a Casa Transitória. Nas duas dependências, atuava no atendimento de pessoas necessitadas, atuava como médium psicofônica e passista e ministrava aulas de evangelização. Deu início às Aulas de Moral Cristã Neio Lúcio, funcionando aos domingos pela manhã, antes da reunião pública da Instituição “Nosso Lar”. Estimulou a fundação da Mocidade Espírita “Irma Ragazzi Martins”. Nestas duas últimas atividades é que iniciamos, por convite dela, nossas ações espíritas. Após a sua desencarnação foi homenageada, tendo seu nome designado a Casa da Sopa “Emília Santos”, inaugurada na data de seu aniversário no ano de 1966. Durante a campanha para a edificação desta obra assistencial, foi impresso o opúsculo “Gotas Espirituais”, compilação de frases espíritas, preparado pelo sr. José Rubens Braga da Silva. Na mesma época, a antiga rua “R” onde se localiza a Instituição “Nosso Lar’, no Jardim Planalto, também recebeu seu nome. (*) Ver também biografia de Rolando Perri Cefaly
(Copiado de: http://www.universoespirita.org.br/catalogo/literatura/textos/ISMAEL%20GOBI/obras_de_vultos/emilia_santos.htm) |
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Dona Emília Santos, na extrema direita, com dirigentes e colaboradoras da Associação das Senhoras Cristãs, fundada por dona Benedita Fernandes (1883-1947). Foto por volta do ano 1950. Acervo da Associação das Senhoras Cristãs Benedita Fernandes. |
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Quadro de dona Emília Santos. Óleo sobre tela José Rosa de Almeida (“Maklé). Foto: Ismael Gobbo. |
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Dona Emilia Santos ministrando aula de evangelização no Catecismo “Neio Lúcio” em 1962. Ao lado de dona Emilia o Sr. Abilio Fernandes da Silva. Foto do acervo da Instituição Nosso Lar. |
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Dona Emilia Santos na Instituição Nosso Lar acompanhando a distribuição de sopa que era servida logo após o término das palestras das 10 hs. Foto do acervo da Instituição Nosso Lar. |
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Instituição Nosso Lar. Abílio Fernandes da Silva, Paulinho Perri, Rolando Perri Cefaly, D. Emilia Santos; d. Bebé e a filha Antonieta. Arquivo da Instituição Nosso Lar..
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Mocidade Espírita “Irma Ragazzi Martins” na Instituição Nosso Lar. Ano de 1966. Foto do acervo da Instituição Nosso Lar |
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Inauguração da Casa da Sopa Emília Santos no ano de 1966. Foto do acervo da Instituição Nosso Lar. |
Pierre-Gaëtan Leymarie, um dos continuadores da obra de Allan Kardec |
Pierre-Gaëtan Leymarie (02-05-1827 / 10-04-1901
Nasceu em Tulle, França, em 02 de maio de 1827.
Pierre-Gaëtan Leymarie foi um dos mais destacados continuadores da obra de Allan Kardec. Foi um homem notável, que sempre se interessou pelos ideais nobres.
Integrado às fileiras espíritas, empolgou-se com seus nobilitantes ideais e, quando Allan Kardec iniciou a publicação da Revue Spirite e das obras fundamentais do espiritismo, dando início às sessões de estudos e experimentações, contou com o incondicional apoio de Leymarie, o qual se tornou um dos seus mais assíduos assessores.
Pouco antes da sua desencarnação, Allan Kardec lançou as bases de uma Sociedade Anônima, à qual legaria os seus bens, com objetivo de assegurar a difusão do Espiritismo. Leymarie foi um dos primeiros a integrar-se na Sociedade, da qual se tornou administrador. Também passou a exercer os corgos de redator-chefe e diretor da Revue Spirite.
Durante trinta anos, no atribulado período que se seguiu ao decesso de Kardec, quando o Espiritismo era encarado com reservas, sendo alvo de zombarias e inconcebíveis ataques, Leymarie manteve-se em luta constante, proclamando bem alto os nobres ideais da Terceira Revelação, através das páginas da Revue Spirite e da palavra falada.
A Revue Spirite se tornou órgão de divulgação de todos os ideais nobres de cunho humanitário, moral e espiritualista. Os trabalhos encetados na Inglaterra por William Crookes tiveram na revista a melhor acolhida e o próprio Leymarie fez experiências com um médium fotógrafo, obtendo uma série de fotos que foi publicada em suas páginas.
Nessa época foi vítima de detratores do Espiritismo, quando o fotógrafo Buguet, fazendo uso dos meios fraudulentos na obtenção de fotografias de Espíritos, é processado pelo Ministério Público. Em 16 de junho de 1875, Leymarie e Firman foram também envolvidos no processo, em vista dos laços de amizade que mantinham com Buguet, e desta forma, julgados coniventes na fraude. Devido a depoimentos inverídicos de Buguet, os três foram condenados. Buguet e Firman conseguiram a liberdade. Leymarie não. Elaborou notável Memória à Corte Suprema, atestando, perante sua consciência e de seus filhos, a sua inocência, mostrando-se confiante na decisão final daquele tribunal. Com sentimento de remorso, Buguet escreve ao Ministro da Justiça dando testemunho sobre a inocência de Leymarie, acrescentando que, embora muitas das fotos fossem verdadeiras, devido ao desconhecimento que tinha da Doutrina Espírita, praticava a fraude, quando não as conseguia com sua mediunidade. Em sua carta ele afirmou: "Lastimo, pois, haver dito, na minha fraqueza, o contrário da pura verdade, renunciando eu à minha mediunidade e pedindo perdão a Deus por esse ato que deploro, pois, que ele serviu para incriminar um homem probo, cuja boa fé se tornou suspeita em face das minhas afirmações."
Amèlie Boudet, viúva de Allan Kardec, apesar de sua avançada idade, atuou no processo como testemunha. Cartas de solidariedade de todo o mundo foram enviadas a Leymarie. A "Sociedade para Continuação das Obras Espíritas de Allan Kardec" recebeu manifestações de simpatia de vários países, inclusive do Brasil, partindo elas tanto dos encarnados como dos desencarnados.
Apesar de todo o empenho e de tantas declarações e testemunhos abonadores, Leymarie foi condenado a um ano de prisão celular. Um pouco mais tarde, anulada a sentença condenatória, o infatigável discípulo de Kardec voltou às atividades, retomando a direção da Sociedade e da Revue Spirite.
Graças à ação de Leymarie as obras de Allan Kardec foram traduzidas para vários indiomas. Também realizou vária viagens à Bélgica, Espanha e Itália, difundindo os consoladores ensinamentos da Doutrina dos Espíritos.
Participou como delegado do I Congresso de Bruxelas. Em 1888 foi eleito a ocupar uma das presidências do Congresso Espírita de Barcelona. Nessa ocasião, foi lida a comovente moção de gratidão enviada da prisão de Tarragona, por um por um grupo de condenados a trabalhos forçados, convertidos à fé espírita.
Em 1889 Leymarie organizou o I Congresso Espírita da França.
Leymarie foi assim, fervoroso propagandista da Doutrina. Orador e escritor, conseguiu, pela firmeza de seus ideais, atrair a simpatia e a admiração de muitos pensadores da época. Foi homem sensível e profundamente honesto.
Sua esposa, Marina, deu-lhe sempre a máxima cooperação. Quando Leymarie foi processado, ela escreveu a admirável memória "Procés des Spirites", que se tornou precioso documento para a história do Espiritismo.
Leymarie desencarnou no dia 10 de abril de 1901, na cidade de Paris.
Fonte: Livro Personagens do Espiritismo, de Antônio de Souza Lucena e Paulo Alves Godoy - Edições FEESP
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PIERRE-GAËTAN
LEYMARIE
LEYMARIE reencarnou em Tulle, França, em 2 de Maio de 1827, e desencarnou, em Paris, em 10 de Abril de 1901.
Leymarie foi, juntamente com Camille Flammarion e Victorien Sardou, um dos mais ardentes discípulos de Kardec e se tornou uma das mais relevantes figuras do Espiritismo.
Leymarie foi Diretor da "Revue Spirite", de Paris, de 1870 a 1901, e gerente da "Librairie Spirite", de 1870 a 1897.
Descendia de distinta família. Cedo, porém, para não sobrecarregar as despesas, já numerosas, da família, interrompeu seus estudos e procurou uma colocação em Paris, contando com seu próprio trabalho e seus esforços.
Apaixonado por todas as idéias generosas, fez-se ardente republicano, e foi, à época do golpe de Estado de 1851, arrolado entre os adversários irredutíveis do Cesarismo e constrangido ao exílio.
Ele teve, porém, nesse exílio, a sorte em contatar-se com a elite do partido proscrito, o que, de certa forma, contribuiu para desenvolver seu espírito de combatividade e ao mesmo tempo o de proselitismo.
Proclamada a anistia, retornou à França, casou-se e assumiu a direção de uma casa comercial, até 1871. E uma autoridade, referindo-se a ele, disse que, se seus negócios não alcançaram prosperidade, sua probidade foi escrupulosa e que nenhuma reprovação jamais lhe foi feita.
Ele tinha paixão dos livros, e, quer eles tratassem de questões políticas, sociais, científicas, religiosas ou literárias, todos aqueles que lhe caíssem às mãos, ele os lia e se esforçava em assimilá-los.
Os fenômenos espíritas e a doutrina
Espiritista, não poderiam encontrá-lo indiferente. Foi um dos primeiros a se interessar, vivamente, por essas inquietantes questões; e, quando Allan Kardec começou a publicação da "Revue Spirite" e de suas obras, e quando inicia as suas sessões de estudos e de experimentações, ele não tardou em contar com Leymarie no número de seus mais ardentes discípulos.
Sob a direção do Mestre os médiuns se desenvolvem e, em dada ocasião, da qual a história do Espiritismo registrará e conservará fielmente a lembrança, três jovens, ainda obscuros e desconhecidos, três médiuns sentados à mesma mesa e voltados - fato estranho e novo que dera causa a zombarias - para essas experiências, contudo tão antigas, da telegrafia misteriosa entre dois mundos, o mundos dos Espíritos e o nosso. Estes três experimentadores, cujos destinos seriam diversos, mas iguais no devotamento, na fidelidade e nos serviços prestados à Doutrina, eram Camille Flammarion, Victorien Sardou e Pierre-Gaëtan Leymarie.
Antes de desencarnar, Allan Kardec, para assegurar o desenvolvimento regular e contínuo do Espiritismo havia fundado uma sociedade anônima e de capital variável à qual destinou os seus bens; Monsieur Leymarie tornou-se um dos primeiros membros, e dois anos após a morte do Mestre, foi nomeado administrador ao mesmo tempo em que passou a redator-chefe e diretor da "Revue Spirite".
Durante trinta anos, o que quer dizer durante o longo e difícil período em que o Espiritismo foi quase continuamente alvo de todas zombarias, e de todos ataques, Leymarie esteve presente, batalhando sem cessar através da palavra e da pena, oferecendo na "Revue" um terreno livre aos batalhadores de todas as nuanças, para que defendessem uma causa espiritualista ou de ordem essencialmente humanitária e moral, expondo-se, assim, às críticas acirradas de uns, às reprovações ou ao descontentamento de outros. Todavia, Leymarie, jamais perdeu de vista a divisa do mestre: "Hors la charité pas de salut" (Fora da caridade não há salvação), e baniu de todas as discussões as ofensas pessoais e todas as questões irritantes.
No começo, Leymarie considera que, para a difusão desta luz que é o Espiritismo, é necessário preparar os espíritas, instruí-los e esclarecê-los.
E quando seu amigo, Jean Macé, expõe o projeto de fundar a liga de ensino, Leymarie se oferece, com entusiasmo, secundá-lo, e, com Mme Marina Duclos Leymarie, sua devotada esposa, companheira e colaboradora, contribui, para essa criação, não somente com o seu concurso ativo e pessoal mas também, com a sua casa da rua Vivienne, de sorte que se pode, justamente, dizer que a casa de Monsieur Leymarie foi o berço da "Liga de Ensino", da qual o espírita Emmanuel Vauchez seria, no futuro, o Secretário Geral.
As questões de ensino se sucedem, nas preocupações de Leymarie, às questões sociais.
Assim, nas páginas da "Revue", como nas numerosas e eloqüentes conferências, ele se aplica em revelar a existência e o funcionamento deste estabelecimento, conhecido no estrangeiro, mas quase ignorado em França - le Familistére de Guise, no qual são praticados, por seu ilustre fundador, J.B. Godin, de uma maneira feliz e larga, os princípios da associação do Capital e do Trabalho. Leymarie se associa com o Sr. Godin, e, enquanto lhe propaga os escritos, não negligencia os interesses propriamente ditos da doutrina.
Divulga as experiências de William Crookes e assinala os primeiros ensaios da fotografia espírita. Ele mesmo faz experiências com um médium-fotógrafo e obtém uma série de manifestações reais as quais publica na "Revue". Mas chega um momento em que foi iludido na sua boa-fé.
O fotógrafo Édouard Buguet, fazendo uso de meios fraudulentos na obtenção de fotografias de Espíritos, é processado pelo Ministério Público.
Os inimigos do Espiritismo, à espreita de tudo que pudesse entravar o movimento ascendente da Doutrina, aproveitam-se, com empenho, da ocasião de um processo, para dar, ao Espiritismo, um grande golpe e acabá-lo com a possante arma do ridículo. E de fato, foi menos um processo contra as fotografias que mesmo contra os espíritas.
A 15 de junho de 1875, Leymarie e Alfred E. Firman foram também envolvidos no processo, em virtude dos laços de amizade que mantinham com Édouard Buguet, e, assim, julgados coniventes na fraude.
Depoimentos falsos, inclusive do próprio Édouard Buguet, originaram a condenação dos três. Recorrendo-se, então, para instâncias superiores, Édouard Buguet e Alfred E. Firman conseguiram a liberdade. O primeiro passando para a Bélgica, e o segundo graças a influências de altas autoridades. Leymarie, por sua vez, preparou notável "Memória" à Corte Suprema, protestando, perante sua consciência e seus filhos, sua inocência e mostrando-se confiante nas decisões daquele alto tribunal.
Édouard Buguet traído pelo remorso escreve ao Ministro da Justiça que Leymarie é inteiramente inocente. Que, embora muitas das fotografias fossem reais, devido ao desconhecimento que tinha da Doutrina Espírita, praticava a fraude quando não as conseguia com a sua mediunidade. Na carta ele assevera:"Lastimo, pois, haver dito, na minha fraqueza, o contrário da pura verdade, renunciando eu a minha mediunidade, peço perdão a Deus por este ato que deploro, pois que ele serviu para incriminar um homem estimável, cuja boa fé se tornou suspeita com minhas afirmações."
Apesar das cartas de solidariedade vindas das mais diferentes partes do mundo, inclusive do Brasil, Leymarie foi condenado a um ano de prisão celular.
Um pouco mais tarde, anulada a sentença condenatória, o incansável discípulo de Kardec retomava a administração e direção da "Societé" e da "Revue Spirite".
Leymarie retorna à luta
Em 1878, Leymarie organiza também a "Sociedade Científica de Estudos Psicológicos", congregando, em torno dela, homens respeitáveis, para o estudo e experimentações em torno da mediunidade e do magnetismo animal, e análise das obras de Cahagnet, da doutrina de Swedenborg e outras pertinentes a outras idéias.
As obras de Kardec são traduzidas, por iniciativa de Leymarie, para todas as línguas do mundo civilizado; conferências são programadas; Leymarie visita outros países, e percorre cidades da Bélgica, da Itália e da Espanha, propagando os postulados doutrinários do Espiritismo.
Leymarie esteve presente no I Congresso Espírita de Bruxelas; em 1888 participou do Congresso Espírita de Barcelona, tendo sido escolhido para uma das presidências. No decurso deste Congresso foi lida uma belíssima moção de gratidão enviada da prisão de Tarragona, por um grupo de condenados a trabalhos forçados, convertidos à fé espírita.
Em 1889, Leymarie organizou o I Congresso Espírita na França, esquivando-se de cargos, mas, por insistência, acaba aceitando o de uma das vice-presidências.
Librairie Leymarie
Em 1897, Leymarie funda a "Librairie Leymarie Edite-URS", estabelecida no 42, rue Saint-Jacques, Paris, e a dirigiu até 1901, e, com sua desencarnação, por sua esposa Madame Marina Duclos Leymarie, e, posteriormente, por seu filho, Paul Leymarie.
Com a liquidação da "Librairie Spirite", continuou a editoração das obras de Allan Kardec, fazendo do prédio da "Librairie Leymarie" sede da redação da "Revue Spirite", até a fundação da "Maison des Spirites", por Jean Meyer, inaugurada em 25 de Novembro de 1923.
Uma das suas primeiras publicações foi "Au pays de l' ombre", de Madame D' Esperance.
Não obstante tantas provas, Leymarie não se abate. Ele prossegue a sua luta, em meio aos maiores aborrecimentos, e torna conhecidos os trabalhos e as obras principais de escritores espíritas, com os quais, em sua maior parte, ele se acha em constante contato, tais como, na França, com Eugene Nus, Léon Denis, Ernesto Bosc, Encause (Papus), Gibier, Baraduc, Comandantre Cournes, Sras. Noeggerath e Annie Besant, Gabriel Delanne, Strada e outros; na Inglaterra, com Wallace; na Rússia, com Aksakof; na América, com Van der Nailen; na Itália, com Chiaia e Falcomer.
São de sua autoria:
"Histoire du Spiritisme et biographie d' Allan Kardec". Trabalho apresentado nos Congressos Espíritas de 1888 e 1889.
"Oeuvres Posthumes d'Allan Kardec". Paris, 1890, Librairie Spirite. Obra por ele compilada, com documentos inéditos deixados por Allan Kardec.
"L´Évolution et la Révélation". Trabalho por ele compilado e enviado, em 1898, ao Congresso Internacional Espiritualista, em Londres.
(Revista ICESP - autoria Dr. Paulo Toledo Machado)
(Texto copiado do site Feparana) |
Túmulo de Pierre-Gaetan Leymarie, no Cemitério Père Lachaise, em Paris, França. Na mesma necrópole estão sepultados o mestre Allan Kardec, Codificador do Espiritismo, e Gabriel Delanne, outro destacado continuador da obra de Kardec. Os três túmulos estão sempre ornados com flores frescas. Foto Ismael Gobbo |
Revista Espírita fundada por Allan Kardec. Imagem internet. |
Túmulo de Allan Kardec. Cemitério Père Lachaise. Paris, França. Foto Ismael Gobbo |
Túmulo de Gabriel Delanne. Cemitério Père Lachaise. Paris, França. Foto Ismael Gobbo |
Á esquerda o Cemitério Père Lachaise, em Paris, França. Foto Ismael Gobbo |
Entrada do Cemitério Père Lachaise, Paris, França. Foto Ismael Gobbo |
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