Notícias do Movimento Espírita São Paulo, SP, sábado, 06 de fevereiro de 2021 Compiladas por Ismael Gobbo |
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Notas |
1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento. 2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes diversas via e-mail e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec. Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.
3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).
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Atenção |
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Publicação em sequência Revista Espírita – Ano 10 - 1867 |
(Copiado do site Febnet)
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Gravura de 1804, usada no artigo Fantasmas de Hammersmith . A imagem vem do Museu Maravilhoso e Científico de Kirby, volume II publicado em 1804 em Londres. Imagem copiada de https://en.wikipedia.org/wiki/Ghost |
Pintura de Nikolai Ge (1857) representando a chamada “Bruxa de Endor” e o rei Saul se encontrando com o “fantasma” de Samuel. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Witch_of_Endor_(Nikolay_Ge).jpg |
Macbeth vendo o fantasma de Banquo. Pintura por Théodore Chassériau. Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Ghost#/media/File:Banquo.jpg
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Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Witch_of_Endor_(Martynov).jpg |
Brutus vê o “fantasma” de César. Pintura por Alexandre Bida. Uma pintura do final do século 19 do Ato IV, Cena III de Júlio César de Shakespeare: Brutus vê o fantasma de César.
O assassinato de Júlio César foi uma conspiração de vários senadores romanos , notadamente liderados por Marcus Junius Brutus , Cassius Longinus e Decimus Brutus , no final da República Romana . Eles esfaquearam César até a morte no Teatro de Pompeu, nos idos de março (15 de março), 44 aC. Leia mais: https://en.wikipedia.org/wiki/Assassination_of_Julius_Caesar
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Lúcia Santos e os primos, Jacinta e Francisco Marto, os três meninos que teriam presenciado aparições na Cova de Iria, em Fátima, Portugal.. Imagem/fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c9/ChildrensofFatima.jpg
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Basílica de Fátima, Portugal. Foto Aparecida de Fátima Michelin |
Saúde |
Pelo Espírito Joaquim Murtinho. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Falando à Terra. Lição nº 23. Página 143.
Joaquim Duarte Murtinho (1911). Natural de Mato Grosso. Engenheiro civil, professor da Escola Politécnica, exerceu cargos políticos, tendo sido uma das grandes figuras da República. Médico homeopata de renome, humanitário, piedoso, até mesmo para com os animais.
Se o homem compreendesse que a saúde do corpo é reflexo da harmonia espiritual, e se pudesse abranger a complexidade dos fenômenos íntimos que o aguardam além da morte, certo se consagraria à vida simples, com o trabalho ativo e a fraternidade legitima por normas de verdadeira felicidade. A escravização aos sintomas e aos remédios não passa, na maioria das ocasiões, de fruto dos desequilíbrios a que nos impusemos. Quanto maior o desvio, mais dispendioso o esforço de recuperação. Assim, também, cresce o número das enfermidades à proporção que se nos multiplicam os desacertos, e, exacerbadas as doenças, tornam-se cada vez mais difíceis e complicados os processos de tratamento, levando milhões de criaturas a se algemarem a preocupações e atividades que adiam, indefinidamente, a verdadeira obra de educação que o mundo necessita. O homem é inquilino da carne, com obrigações naturais de preservação e defesa do patrimônio que temporariamente usufrui. Não se compreende que uma pessoa instruída amontoe lixo e lama, ou crie insetos patogênicos no próprio âmbito doméstico. Existe, no entanto, muita gente de boa leitura e de hábitos respeitáveis que não se lhe dá atochar dos mais vários tóxicos a residência corpórea e que não acha mal no libertar a cólera e a irritação, de minuto a minuto, dando pasto a pensamentos aviltantes, cujos efeitos por muito tempo se fazem sentir na vida diária. Sirvamo-nos ainda deste símbolo, para estender-nos em mais simples considerações. Se sabemos imprescindível a higiene interna da casa, por que não movermos o espanador da atividade benéfica, desmanchando as teias escuras das ideias tristes? Por que não fazer ato salutar do uso da água pura, em vasta escala, beneficiando os mais íntimos escaninhos do edifício celular e atendendo igualmente ao banho diário, no escrúpulo do asseio? Se nos desvelamos em conservar o domicílio suficientemente arejado, por que não respirar, a longos haustos, o oxigênio tão puro quanto possível, de modo a facilitar a vida dos pulmões? Quem construa uma habitação, cogita, não somente de bases sólidas, que a suportem, senão também da orientação, de tal jeito que a luz do Sol a envolva e penetre profundamente; jamais voltaria esse alguém a situar o ambiente doméstico numa caverna de troglodita. Analogamente, deve o homem assentar fundamentos morais seguros, que lhe garantam a verdadeira felicidade, colocando-se, no quadro social onde vive, de frente voltada para os ideais luminosos e santificantes, de modo que a divina inspiração lhe inunde as profundezas da alma. Frequentemente a moradia das pessoas cuidadosas e educadas se exorna, em seu derredor, de plantas e de flores que encantam o transeunte, convidando-o à contemplação repousante e aos bons pensamentos. Por que não multiplicar em torno de nós os gestos de gentileza e de solidariedade, que simbolizam as flores do coração? Ninguém é tentado a descansar ou a edificar-se em recintos empedrados ou espinhosos. Assim também, a palavra agradável que proferimos ou recebemos, as manifestações de simpatia, as atitudes fraternais e a compreensão sempre disposta a auxiliar, constituem recursos medicamentosos dos mais eficientes, porque a saúde, na essência, é harmonia de vibrações. Quando nossa alma se encontra realmente tranquila, o veículo que lhe obedece está em paz. A mente aflita despede raios de energia desordenada que se precipitam sobre os órgãos, à guisa de dardos ferinos, de consequências deploráveis para as funções orgânicas. O homem comumente apenas registra efeitos, sem consignar as causas profundas. E que dizer das paixões insopitadas, das enormes crises de ódio e de ciúme, dos martírios ocultos do remorso, que rasgam feridas e semeiam padecimentos inomináveis na delicada constituição da alma? Que dizer relativamente à hórrida multidão dos pensamentos agressivos duma razão desorientada, os quais tanto malefício trazem, não só ao indivíduo, mas, igualmente, aos que se achem com ele sintonizados? O nosso lar de curas na vida espiritual vive repleto de enfermos desencarnados. Desencarnados embora, revelam psicoses de trato difícil. A gravitação é Lei universal, e o pensamento ainda é matéria em fase diferente daquelas que nos são habituais. Quando o centro de interesses da alma permanece na Terra, embalde se lhe indicará o caminho das Alturas. Caracteriza-se a mente também, por peso específico, e é na própria massa do Planeta que o homem enrodilhado em pensamentos inferiores se demorará, depois da morte, no serviço de purificação. Os instrutores religiosos, mais do que doutrinadores, são médicos do espírito que raramente ouvimos com a devida atenção, enquanto na carne. Os ensinamentos da fé constituem receituário permanente para a cura positiva das antigas enfermidades que acompanham a alma, século trás século. Todos os sentimentos que nos ponham em desarmonia com o ambiente, onde fomos chamados a viver, geram emoções que desorganizam, não só as colônias celulares do corpo físico, mas também o tecido sutil da alma, agravando a anarquia do psiquismo. Qualquer criatura, conscientemente ou não, mobiliza as faculdades magnéticas que lhe são peculiares nas atividades do meio em que vive. Atrai e repele. Do modo pelo qual se utiliza de semelhantes forças depende, em grande parte, a conservação dos fatores naturais de saúde. O espírito rebelde ou impulsivo que foge às necessidades de adaptação, assemelha-se a um molinete elétrico, armado de pontas, cuja energia carrega e, simultaneamente, repele as moléculas do ar ambiente; assim, esse espírito cria em torno de si um campo magnético sem dúvida adverso, o qual, a seu turno, há de repeli-lo, precipitando-o numa “roda-viva” por ele mesmo forjada. Transformando-se em núcleo de correntes irregulares, a mente perturbada emite linhas de força, que interferirão como tóxicos invisíveis sobre o sistema endocrínico, comprometendo-lhe a normalidade das funções. Mas não são somente a hipófise, a tireóide ou as cápsulas supra-renais as únicas vítimas da viciação. Múltiplas doenças surgem para a infelicidade do espírito desavisado que as invoca. Moléstias como o aborto, a encefalite letárgica, a esplenite, a apoplexia cerebral, a loucura, a nevralgia, a tuberculose, a coréia, a epilepsia, a paralisia, as afecções do coração, as úlceras gástricas e as duodenais, a cirrose, a icterícia, a histeria e todas as formas de câncer podem nascer dos desequilíbrios do pensamento. Em muitos casos, são inúteis quaisquer recursos medicamentosos, porquanto só a modificação do movimento vibratório da mente, à base de ondas simpáticas, poderá oferecer ao doente as necessárias condições de harmonia. Geralmente, a desencarnação prematura é o resultado do longo duelo vivido pela alma invigilante; esses conflitos prosseguem na profundeza da consciência, dificultando a ligação entre a alma e os poderes restauradores que governam a vida. A extrema vibratilidade da alma produz estados de hipersensibilidade, os quais, em muitas circunstâncias, se fazem seguir de verdadeiros desastres organopsíquicos. O pensamento, qualquer que seja a sua natureza, é uma energia, tendo, conseguintemente, seus efeitos. Se o homem cultivasse a cautela, selecionando inclinações e reconhecendo o caráter positivo das leis morais, outras condições, menos dolorosas e mais elevadas, lhe presidiriam à evolução. É imprescindível, porém, que a experiência nos instrua individualmente. Cada qual em seu roteiro, em sua prova, em sua lição. Com o tempo aprenderemos que se pode considerar o corpo como o “prolongamento do espírito”, e aceitaremos no Evangelho do Cristo o melhor tratado de imunologia contra todas as espécies de enfermidade. Até alcançarmos, no entanto, esse período áureo da existência na Terra, continuemos estudando, trabalhando e esperando.
(Recebido em email do pesquisador e divulgador Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG) |
Dr. Joaquim Murtinho. Autor: Angelo Agostini. Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Murtinho
Joaquim Duarte Murtinho (Cuiabá, 7 de dezembro de 1848 — Rio de Janeiro, 18 de novembro de 1911) foi um político brasileiro liberal. Estadista, ganhou fama por restaurar as finanças republicanas no governo Campos Sales (1898-1902). Leia mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Murtinho
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Imunologia. MRSA, ingestão por neutrófilos Descrição: MRSA (amarelo) sendo ingerido por neutrófilos (roxo). Categorias: Pesquisa em laboratórios e clínicas do NIH Tipo: Cor, Foto Fonte: Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID) Data da criação: 2009 Data da adição: 20/8/2013 Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Immunology
A imunologia é um ramo da biologia [1] que abrange o estudo do sistema imunológico [2] em todos os organismos . [3] A imunologia organiza, mede e contextualiza o funcionamento fisiológico do sistema imunológico nos estados de saúde e doenças; mau funcionamento do sistema imunológico em distúrbios imunológicos (como doenças auto-imunes , [4] hipersensibilidade , [5] deficiência imunológica , [6] e rejeição de transplantes [7] ); e as características físicas, químicas e fisiológicas dos componentes do sistema imunológicoin vitro , [8] in situ e in vivo . [9] A imunologia tem aplicações em diversas disciplinas da medicina, particularmente nas áreas de transplante de órgãos, oncologia, reumatologia, virologia, bacteriologia, parasitologia, psiquiatria e dermatologia. Leia mais: https://en.wikipedia.org/wiki/Immunology
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O mal de Antíoco. Óleo sobre tela de Jean-Auguste Dominique Ingres Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Mal_de_Ant%C3%ADoco_(Ingres)
O Mal de Antíoco, designada também Antíoco e Estratonice (em francês: La Maladie d'Antiochus, ou Antiochus et Stratonice) é uma pintura a óleo sobre tela de Jean-Auguste-Dominique Ingres datada de 1840 e conservada no Musée Condé de Chantilly. A pintura representa Antíoco (325 a.C.-261 a.C.) que foi filho de Seleuco I Nicátor, um dos generais de Alexandre Magno e fundador da dinastia dos Selêucidas. Antíoco ficou secretamente apaixonado pela nova esposa do seu pai, Estratonice, que é filha do rei da Macedónia Demétrio I. A paixão culpabilizadora corrói-o e fica doente. Leia mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Mal_de_Ant%C3%ADoco_(Ingres) |
“O progresso do bêbado”, 1846, demonstrando como o alcoolismo pode levar à pobreza, ao crime e, eventualmente, ao suicído. https://en.wikipedia.org/wiki/Suicide#/media/File:The_Drunkard%27s_Progress_1846.jpg
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Os jogadores de cartas. Óleo sobre tela de Paul Cézanne. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Les_Joueurs_de_cartes,_par_Paul_C%C3%A9zanne.jpg
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Uma pessoa com ascite maciça causada por hipertensão portal devido à cirrose. Autor: James Heilman, MD Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cirrose_hep%C3%A1tica
CIRROSE HEPÁTICA LEIA AQUI: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cirrose_hep%C3%A1tica
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Caveira com cigarro aceso. Óleo sobre tela de Vicent van Gogh Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Van_Gogh_-_Skull_with_a_burning_cigarette.jpg
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Fumantes em uma pousada. Óleo no painel de Mattheus van Helmont Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Helmont_Smokers.jpg
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Pulmão de um fumante. Exposição “Body Worlds”. O verdadeiro mundo do corpo humano. Günther Von Hagens’, * realizada na Fábrica de Vapor. Milão, Itália. Fotos Ismael Gobbo. * Gunther von Hagens é um anatomista alemão, inventor da plastinação, técnica que preserva tecidos biológicos. A plastinação foi inventada em 1977 e por ele patenteada no ano seguinte.
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Pulmão de um não fumante. Exposição “Body Worlds”. O verdadeiro mundo do corpo humano. Günther Von Hagens’, * realizada na Fábrica de Vapor. Milão, Itália. Foto Ismael Gobbo. * Gunther von Hagens é um anatomista alemão, inventor da plastinação, técnica que preserva tecidos biológicos. A plastinação foi inventada em 1977 e por ele patenteada no ano seguinte. |
Busto do Dr. Francisco Franco da Rocha (1864 – 1933), um dos pioneiros do uso de técnicas modernas no tratamento de doenças mentais no Brasil. Idealizador e fundador do Hospital Psiquiátrico do Juqueri em 1898. O busto datado de 1928 está em exposição na Biblioteca Municipal de Franco da Rocha, SP. Foto Ismael Gobbo |
06 de fevereiro de 1832. Data do casamento de Allan Kardec com Amélie Gabrielle Boudet em Paris, França. |
Ilustração representativa de Bodas. |
Ilustração artística retratando Allan Kardec e sua esposa Amelie Gabrielle Boudet. Do acervo do CEI-Conselho Espírita Internacional. Apresentada em 2004 no Congresso Espírita Mundial Imagem copiada de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9lie_Gabrielle_Boudet#mediaviewer/File:A._Kardec_et_A._Boudet.jpg
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Vista de Paris com o Panteão no centro. Foto Ismael Gobbo. |
Túmulo em forma de dólmen druida de Allan Kardec e de sua esposa Amelie Gabrielle Boudet, no Cemitério Père Lachaise, em Paris, França. Foto Ismael Gobbo
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LEIA MAIS SOBRE AMÉLIE E KARDEC http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/NOVEMBRO/15-11-2019.htm http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/OUTUBRO/03-10-2019.htm
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Júlio César Leal (06-02-1837 / 22-11-1897) |
Filho de Ezequiel Leal e de D. Alexandrina Leal, nasceu na Bahia em 6 de Fevereiro de 1837, desencarnando no Rio de Janeiro, em 22 de Novembro de 1897, vítima de uma febre palustre que contraíra na cidade de Macaé, onde exercia o cargo de inspetor da Alfândega. Distinto e zeloso funcionário dessa repartição da Fazenda, servira em diversos Estados do Brasil e participara de diferentes Comissões. Jornalista, poeta, romancista, teatrólogo e polemista vigoroso, foi um dos mais antigos pioneiros do Espiritismo em nosso País. Referindo-se ao talentoso baiano, Sacramento Blake assim escreveu no vol. V do seu «Dicionário Bibliográfico Brasileiro»: «Talento robusto, dedicação fervorosa aos trabalhos de gabinete, pena hábil e bem aparada. havia-se ocupado não só da literatura em todos os seus ramos, como também da filosofia, da religião, da política, da história pátria, da legislação e do comércio.» Como espírita, foi, de fato, um dos primeiros no território brasileiro, e sua conversão se dera na capital baiana. Estavam, ele e mais quatro amigos, reunidos numa sala de certa Loja Maçônica de Salvador, quando a conversa em que se entretinham se desviou para o Espiritismo. As obras de Allan Kardec, em francês, começavam a aparecer naquela «leal e valorosa » cidade, já dando o que falar nos meios mais cultos. Em dado momento, o referido grupo concertou em fazer uma experiência: colocariam papel e lápis dentro de uma manga de vidro que se achava sobre uma mesa, no quarto fronteiro à sala onde conversavam. Depois fechariam a porta do referido quarto e, concentrados, pediriam o auxílio dos bons Espíritos, para que um deles lhes fornecesse a prova de uma vida pós-morte. Assim fizeram. Passados quinze minutos, ouviram bater na porta pelo lado de dentro: abriram-na e, estupefatos, acharam uma mensagem escrita e assinada. Esse fato bastou para conduzi-los ao estudo do Espiritismo, e eis que Júlio César Leal se torna, em pouco tempo, propagandista entusiasta da Doutrina Espírita, logo surgindo nele a mediunidade de incorporação: em estado sonambúlico, transmitia, oralmente, belas e esclarecedoras mensagens de elevados Espíritos. Em 1869, ele lançava a público, em Penedo (Alagoas), a primeira obra em versos para a difusão da Doutrina Espírita no Brasil. Intitulava-se: «O Espiritismo - Meditações Poéticas sobre o Mundo Invisível, acompanhadas de uma evocação», com prefácio datado de 18 de Novembro de 1869. Júlio César Leal formou-se em Direito e foi professor de humanidades, não sabemos onde e nem por quanto tempo. Bastante respeitado pela sua cultura e erudição, deixou em várias cidades brasileiras, a elas levado por suas funções de inspetor alfandegário, um nome benquisto e preciosa colaboração intelectual, pois que fora escritor de grande inspiração e orador de largos vôos. A sua palavra era fácil e por vezes eloqüente, utilizando sempre esses dotes para melhor servir a Doutrina Espírita. Dedicou-se ao jornalismo com alto espírito público, e é assim que redigiu o «Jornal de Penedo», do qual foi fundador em 1871, o «Jornal das Alagoas», órgão político e noticioso de Maceió, o «Jornal do Comércio» e a «Gazeta de Notícias», ambos de Porto Alegre, o «Jornal do Povo», da Bahia, etc. Dramaturgo ilustre, escreveu oito peças dramáticas, e como que previu - segundo declara Pedro Calmon em sua «História da Literatura Bahiana» - a guerra dos Canudos no seu drama «Antônio Maciel, o Conselheiro» (1858). Tornou-se membro do Conservatório Dramático da Bahia, instalado na cidade do Salvador, em 1857, pelo Dr. Agrário de Souza Menezes. De passagem pelo Rio de Janeiro, em 1881, a Sociedade Acadêmica Deus, Cristo e Caridade inscreveu-o em seu quadro social e ele pronunciou nos dias 12 e 19 de Abril, na Escola Pública da Glória, duas conferências sobre o tema - «O Materialismo e o Espiritismo». A imprensa leiga deu notícia desenvolvida a respeito dessas conferências, aplaudindo as ideias manifestadas pelo eloquente orador. Em 6 de Julho de 1881, fundou, na cidade do Recife, o semanário espírita - «A Cruz», o primeiro órgão do Espiritismo em Pernambuco . Era um jornal de quatro páginas, impresso pela Tip. Universal, à rua do Imperador, n" 50. Infelizmente, curta foi a sua duração, diante dos intransponíveis obstáculos que se lhe depararam. Residindo no Rio de Janeiro, Júlio César Leal pertenceu à Assistência aos Necessitados da Federação Espírita Brasileira, que então funcionava à rua da Alfândega n" 342, 2° andar, ali desenvolvendo, junto a outros abnegados companheiros, amplos serviços de socorro a enfermos do corpo e da alma. Nos primeiros sete meses de 1895, presidiu a Federação Espírita Brasileira, num período de grave crise interna que só conseguiu ser ultrapassado quando, com a renúncia dele (J. C. Leal), o Dr. Bezerra de Menezes assumia, a 3 de Agosto de 1895, a direção da referida Casa. Bezerra procurou, desde logo, congregar as forças dispersas, frisando a necessidade de um movimento espírita organizado, com unidade de direção, e demonstrando, ainda, que a Federação preenchia todas as condições para ser o centro da união dos espíritas brasileiros. Quanto a Júlio César Leal, não terminou ele, naquela Casa, a sua missão, incansável trabalhador que era. Continuou a contribuir com o melhor de seus esforços para que a obra de propaganda prosseguisse ativa e incessante, lançando à publicidade novos livros e pronunciando conferências espíritas em várias Sociedades. Tornou-se um dos diretores efetivos do «Centro da União Espírita de Propaganda no Brasil», reinstalado, em nova fase, em 1894, aí trabalhando ao lado de Bezerra de Menezes, Augusto Elias da Silva, Ernesto dos Santos Silva, Pinheiro Guedes e outros espíritas de projeção. Esse Centro, cujas reuniões a princípio se realizaram dentro da própria Casa de Ismael, e do qual Bezerra de Menezes se afastaria em 1896, entrou em franca decadência no último trimestre de 1897, por falir em seus principais objetivos, levando outros diretores, inclusive os mencionados, a se desligarem dele. Júlio César Leal foi orador de conferências públicas na Federação Espírita Brasileira, colaborando, às vezes, no «Reformador», onde começou a publicar, como fervoroso adepto da Homeopatia, um trabalho intitulado - «Electro-homeopatia, suas vantagens sobre os' demais sistemas de tratamento médico». A desencarnação de Júlio César Leal impediu-o de terminar esse curioso sistema, preconizado na Europa pelo Conde Mattei, de nacionalidade italiana. Entre as obras espíritas por ele escritas, destacam - se, além da que já foi aqui mencionada, as seguintes, algumas com várias reedições: «Compêndio de Filosofia Moral», Maceió, 1872; «Evangelho dos Espíritos. Religião Universal, fundada na verdadeira interpretação e explicação das doutrinas de Jesus - Cristo e seus apóstolos», por J. C. Leal e José Ricardo Coelho Júnior, Recife, 1881; «A Casa de Deus», romance instrutivo, precedido de páginas científicas, Rio, 1894; «Padre, Médico e Juiz», Rio, 1896; «Os Loucos», romance. São estas as peças de teatro que produziu, algumas levadas à cena: «Antônio Maciel, o Conselheiro», drama em 4 atos, Bahia, 1858; «O crime punido por si mesmo», drama em 4 atos, Bahia, 1859; «Luisa e Marçal», drama em 2 atos, Paranaguá, 1861; «Os episódios de um noivado», drama original brasileiro em 4 atos, Rio, 1862; «A mulher entre dois fogos», drama em 4 atos, Maceió, 1872; «A escrava Isaura», drama em 4 atos, Porto Alegre, 1883; «Mateus e Garcia», drama; «Última República Americana», drama, Rio, 1890. Entre os romances, afora os já citados, temos: «Cenas da escravidão», Penedo, 1872; «Amor com amor se paga», Recife, 1879; «Casamento e Mortalha», Pernambuco, 1884; «Mortalha de Alzira», romance muito popular. Das obras em geral, podemos alinhar algumas de autoria de Júlio César Leal: '«Noticias de Paranaguá», na Revista Popular, tomo 13°, 1862; «Cartas políticas ao exmo. ar. senador Jacinto Paes de Mendonça», Maceió, 1873; «A Maçonaria e a Igreja», conferência pública no edifício da Sociedade «Perfeita Amizade Alagoana », Maceió, 1873; «Livro de Poesias», S. Paulo, 1874; «Apontamentos para a boa administração das Alfândegas do Império e o uso do comércio», compilados por ... , Pernambuco, 1878; «Biografia do General de Divisão José de Almeida Barrete», Rio, 1891; etc. O Dr. Júlio César Leal pregou desassombradamente o Espiritismo até o fim de sua existência. E defendeu- o numa época em que os adeptos precisavam ter elevado espírito de desprendimento e verdadeira coragem, sendo por tudo isso digno da posição de relevo que ocupa no movimento espiritista nacional. Fonte: Grandes espíritas do Brasil
(Copiado de https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/06/Julio-Cesar-Leal.pdf) |
Imagem copiada de: https://www.febnet.org.br/portal/2020/02/06/fatos-e-personalidades-nascimento-de-julio-cesar-leal/ |
2ª. Live comemorativa dos 100 anos do Espiritismo em Araçatuba. Neste sábado, 06/02. Às 14 hs. |
LIVE DE SÁBADO | 06.FEVEREIRO.2021 | 14h | ESTAÇÃO DAMA DA CARIDADE BENEDITA FERNANDES | PROGRAMA EVANGELHO PRESENTE | INSCREVA-SE NO CANAL. COMENTE. DÊ LIKE | CONTATO PARA AQUISIÇÃO DA BIOGRAFIA 'DAMA DA CARIDADE': cocriacaobencultural@gmail.com | ZAP 18 99709.4684 NOSSO DESTINO: SINTONIZAR INSPIRAÇÕES NOS EXEMPLOS E RESGATAR VIVÊNCIAS DE MÃE DITA, CONTRIBUINDO PARA AMENIZAR DORES DA ALMA HUMANA. https://www.youtube.com/watch?v=m1VTSmCiqqg&feature=youtu.be
(Informações recebidas de Sirlei Nogueira) |
Programação de palestra em live da BUSS Londres, Reino Unido |
Ola, Tudo bem contigo? Segue a divulgacao para nossa proxima palestra. Grande abraco
(Recebido em email de Gilson Guimaraes [gilsonlondon@gmail.com]) |
Live com oradores da França, Reino Unido, Lituânia e Irlanda |
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(Recebido em email de Elsa Rossi) |
Newsletter. Informe Luz Espírita Acesse no link |
Clique aqui: https://www.luzespirita.org.br/informe/informe.html
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Jornal “O Farol” Getulina, SP |
Endereços Todos: https://dabunjr.wordpress.com/o-farol/ Janeiro:https://dabunjr.files.wordpress.com/2021/02/jornal-espirita152.pdf
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Coração livre de marcas |
Na tarde do dia 04 de fevereiro, houve mais uma reunião virtual de vibrações de equipe do Grupo Espírita Casa do Caminho, de São Paulo. Arlete Novaes Alessio fez a exposição do evangelho comentando o conto “A tábua”, do livro “E, para o resto da vida...”, de autoria de Wallace Leal V.Rodrigues (O Clarim), destacando a recomendação final de que “uma vida digna e bem vivida, poderá levar um coração, até o fim, a se manter livre de qualquer prego e das marcas consequentes...”. As vibrações foram feitas por Elizabete Navarro Baltazar; a coordenação por Glória Martins Miranda e as músicas ao piano por Margarida Helena Garabedian.
(Recebido em email de Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier [contato@grupochicoxavier.com.br]) |
Batuira – Verdade e luz |
Resenha (*) Batuíra – Verdade e luz Oportuno livro sobre Batuíra, um marcante pioneiro espírita da cidade de São Paulo, foi lançado em janeiro de 2021 pelo Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa Espírita Eduardo Carvalho Monteiro, de São Paulo. O autor da obra Eduardo Carvalho Monteiro, desencarnado em 2005, lançou o livro no ano de 1999 e que se encontrava há muito tempo esgotado. Interessante é que possuímos a 1ª edição, com autógrafo do autor amigo. Agora o livro ressurge pelo CCDPE, detentor de notável acervo, e que numa merecida homenagem tem o nome do autor. Em 160 páginas, pode-se adentrar em cenas da capital paulista da 2ª metade do século XIX, ilustradas com fotos e mapas da época, ambiente em que atuou o imigrante português António Gonçalves da Silva (1839-1909) e que marcou época em ambientes da imprensa, culturais, políticos e espíritas da então capital da Província. Nas páginas introdutórias, aparece o projeto do filho de Humberto de Campos em escrever sobre Batuíra, encargo passado para Eduardo Carvalho Monteiro em 1998. O trabalho espírita de Batuíra é descrito em função dos seus atendimentos a pessoas doentes e carentes; sua atuação durante a epidemia da varíola; as ações da Instituição Beneficente Cristã “Verdade e Luz”, uma das mais antigas do país; do jornal “Verdade e Luz”, também dos primeiros periódicos espíritas; criação de grupos e centros espíritas em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro; de seu relacionamento com dirigentes da então novel FEB; do seu pioneirismo ao fundar um órgão voltado ao movimento espírita, a União Espírita do Estado de São Paulo (1908). Fato marcante é que a rua onde ele iniciou suas atividades espíritas é oficialmente denominada “Rua Espírita”, limite dos bairros Liberdade e Cambuci, perto do centro da cidade de São Paulo. Desde quando Batuíra estava encarnado, as pessoas espontaneamente se referiam à “rua do espírita”. No capítulo “Cenas de uma vida edificante” há relatos sobre casos e pessoas atendidas por Batuíra. Exemplos de uma vida de renúncia e de muita nobreza de caráter. Inclusive, as obras que ele manteve em alguns bairros de São Paulo foram construídas com recursos dele próprio. O livro também destaca informações sobre a atuação espiritual de Batuíra, em várias psicografias de Chico Xavier, notadamente o livro “Mais luz” (Ed. GEEM). Batuíra sempre foi reconhecido pelo seu dinamismo e dedicação ao próximo. Aliás, o apelido Batuíra, é uma comparação alusiva ao pássaro ágil e rápido que habitava as várzeas da cidade de São Paulo. Sem dúvida, um “pássaro” diferenciado que se destacou e semeou o bem! Informações e pedidos – CCDPE-ECM: Fone 11-5072-2211; E-mail: contato@ccdpe.org.br Fonte: Monteiro, Eduardo Carvalho. Batuíra. Verdade e luz. São Paulo: CCDPE. 2021. 160p. (*) Antonio Cesar Perri de Carvalho, colaborador do CCDPE-ECM; ex-presidente da USE-SP e da FEB.
(Recebido em email de Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier [contato@grupochicoxavier.com.br]) |
7a. Edição da Pesquisa Nacional para Espíritas por Ivan Franzolim. Acesse o link abaixo |
Olá Ismael,
Acabei de publicar a 7a. Edição da Pesquisa Nacional para Espíritas. Contém perguntas atualizadas, sobre questões sociais, internet, moral, vocação do Centro, expiação, corrupção, jovens e muitas outras. Peço a gentileza de informar o seu público e convidá-los para responder às questões. A finalidade é conhecer melhor os espíritas e sua relação com as casas espíritas. Responda e compartilhe. https://forms.gle/pSmVEWhQLdh15xKC9
Abraço e parabéns pelo serviço inestimável de informar.
Ivan Franzolim http://franzolim.blogspot.com.br/
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Ivan Franzolin |
Site da FEB- Federação Espírita Brasileira Brasília, DF |
Acesse aqui: https://www.febnet.org.br/portal/
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Palestra pelo YouTube do C.E. Amor e Caridade Birigui, SP |
https://www.youtube.com/channel/UCBM5T9E1U4qIhieOj76Yg2Q
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Palestra online programada pelo Núcleo Espírita Chico Xavier Niterói, RJ |
Para assistir, acesse https://youtu.be/iO-T6eA5pcs
(Informações recebidas em email de Núcleo Espírita Chico Xavier [necx.espiritismo@gmail.com]) |
Ajude o Abrigo Ismael. Departamento da centenária União Espírita “Paz e Caridade”. Araçatuba, SP |
Assista o vídeo explicativo: https://www.facebook.com/abrigoismael/videos/351170289469588
(Com informações do presidente Emerson Francisco Gratão) |
Pizza solidária do Abrigo Ismael Araçatuba, SP |
(Com informações de Simone Shorane) |
A Agenda Especial do Centenário |
Em 2021, mais precisamente no dia 21 de abril, transcorre o Centenário de fundação da União Espírita “Paz e Caridade”, de Araçatuba, que foi a primeira instituição espírita na então novíssima cidade do interior de São Paulo. Para assinalar a efeméride do Centenário do Espiritismo em Araçatuba, a Editora Cocriação, está lançando a “Agenda Chico Xavier 2021 – Araçatuba, 100 anos de Espiritismo”. Essa inovadora publicação de Araçatuba, contém além dos espaços para anotações diárias, mensagens e textos inspiradores de Chico Xavier, e, as principais datas comemorativas das Casas Espíritas de Araçatuba. Conta com miolo principal e capa dura espiralada da Editora EME. Uma edição especial limitada com 416 páginas. Como ilustração, aparece numa imagem, os fatos históricos ligados ao grupo originado com a Instituição Nosso Lar: Mocidade, Casa da Sopa Emília Santos e Centro Espírita Luz e Fraternidade, com homenagens a seus fundadores. O valor unitário da Agenda é de R$ 42,00, mas há uma promoção: a aquisição de 12 Agendas, gera uma doação de R$ 100,00 para uma Casa Espírita. Informações e encomendas: fone (18) 99709-4684 (Sirlei Nogueira); cocriacaobencultural@gmail.com
(Recebido em email de Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier [contato@grupochicoxavier.com.br]) |
Publicações da Casa Editora O Clarim Matão, SP |
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Senhor, eu sei que Tu me observas |
Naquele entardecer, eu caminhava pelas ruas, desolado. As pessoas passavam por mim e eu as observava com atenção. Muitas sorriam largamente, em conversas triviais. Outras, sérias, guardavam profunda concentração. Também vi pedintes desesperançados, carrinheiros exauridos. Em minha caminhada solitária, na caminhada solitária de tantos outros, onde estava Deus? Por que não curava todas as dores, a fome, a violência, a desigualdade? Quando o sol despedia-se, percebi que meus passos questionadores me haviam conduzido frente a um lar de crianças. Uma religiosa, que buscava os últimos pequenos, que teimavam em ficar um pouco além da hora no empobrecido parquinho, viu-me ali parado, observando a cena. Ela sorriu e fez um gesto para que eu entrasse no modesto local. Sem saber exatamente o porquê, aceitei o acolhedor convite. Depois que os pequenos adentraram, a senhora me explicou que ali viviam crianças, abandonadas por seus pais biológicos ou devolvidas depois de breve e frustrada adoção. Elas foram para o banho, pois logo o jantar seria servido. Quando todas estavam no refeitório, a senhora me conduziu até lá e me ofertou um prato de sopa, o mesmo servido para todos. Tratava-se de uma sopa rala, que as crianças sorviam como se fosse um banquete. Para elas, arroz com feijão apenas três vezes na semana. Carne, duas vezes no ano: no domingo de Páscoa e na ceia de Natal. Tomando aquele caldo tão singelo, lembrei-me de minha casa, da minha despensa repleta, das minhas refeições fartas. Após o jantar, os pequenos foram para os dormitórios. Antes de dormir, ajoelharam-se e juntos proferiram comovente prece, agradecendo o dia, a refeição e pedindo a Deus que olhasse por aqueles que tinham menos do que eles. Quando dormiram, as irmãs reuniram-se na humilde capela e me convidaram a unir-me a elas. Elas oraram em agradecimento pela vida, pelo trabalho, por terem condições de oferecer um abrigo àqueles esquecidos do mundo. Naquele pobre lugar tão rico, fui às lágrimas. Naquele lar eu, que me sentia órfão de Deus, O encontrei. Ali, finalmente, percebi que a ponte entre o Criador e a criatura é o amor, expresso pela doce e suave melodia da gratidão. * * * Senhor, eu sei que Tu me observas. Sabes quando me sento e me levanto. De longe percebes o meu pensamento. Os versos do Salmo nos revelam que Deus se faz presença viva em todos. Conhece nossas alegrias e dores. Conosco está em nossas conquistas. Também quando contra Ele nos revoltamos diante de nossas dificuldades. Deus, Pai amoroso que é, não nos abandona quando os sofrimentos nos assaltam, pois são eles que nos auxiliam a banir as mazelas morais que tomam nosso foro íntimo e que nos apartam da verdadeira felicidade. Sejamos, pois, gratos. Em tudo há a mão do Pai. Ricos ou pobres, alegres ou tristes, realizados ou frustrados, em tudo Deus nos observa, nos acompanha e jamais, em instante algum, separa Sua Divina mão da nossa. * * * Lembremo-nos: não são as pessoas felizes que são gratas. São as pessoas gratas que são felizes. Pensemos nisso! Sejamos gratos! Redação do Momento
Espírita, com citação do
(Copiado do site Feparana) |
O pão dos pobres. Estátua em estuque do final do século XIX. Basílica de Santo Antônio de Pádua. . Pádua, Itália. Foto Ismael Gobbo
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Basílica de Santo Antônio de Pádua. . Pádua, Itália. Foto Ismael Gobbo
A Basílica de Santo Antônio de Pádua (português brasileiro) ou Basílica de Santo António de Pádua (português europeu) (em italiano: Basilica di Sant'Antonio di Padova) é a maior igreja da cidade de Pádua, na Itália. Embora receba peregrinos católicos de todo mundo, não é a catedral da cidade. É conhecida apenas como "il Santo", e é administrada pelos Frades Franciscanos Conventuais.
Leia mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bas%C3%ADlica_de_Santo_Ant%C3%B4nio_de_P%C3%A1dua
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Irmã Irene e filhos no orfanato da Fundação de Nova York. Imagem copiada de https://en.wikipedia.org/wiki/Adoption Foto da Biblioteca do Congresso dos EUA
Irmã Irene do New York Foundling Hospital com crianças. A irmã Irene está entre os pioneiros da adoção moderna, estabelecendo um sistema para embarcar crianças em vez de institucionalizá-las. Leia mais: https://en.wikipedia.org/wiki/Adoption
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O saudoso e inesquecível obreiro de boa vontade “Paizinho”* de Cambé, PR, com as crianças do Lar Infantil Marilia Barbosa.
* Hugo Gonçalves.
O Sr. Hugo Gonçalves desencarnou aos 15-10-2013.
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Pestalozzi com os órfãos em Stans Imagem: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e2/Pestalozzi.jpg
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Órfãos. Óleo sobre tela por Thomas Benjamin Kennington. Imagem/fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/78/Thomas_Benjamin_Kennington_-_Orphans.jpg
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Joaquim Carlos Travassos (1839- 1915) |
Os Travassos existem de norte a sul do Brasil, acreditando-se serem descendentes longínguos de três irmãos portugueses que, perseguidos durante a dominação espanhola, se refugiaram em terras brasileiras. Um destes irmãos localizou-se na Ilha Grande (Estado do Rio de Janeiro), e possivelmente é ele o tronco do qual muito mais tarde, após várias gerações, surgiria, em 1839, Joaquim Carlos Travassos, que nasceu no município de Angra dos Reis, na Fazenda da Longa (Ilha Grande) , de propriedade de seus pais, Cel. Pedro José Travassos e D. Emília Rita Travassos.
A família era composta de sete irmãos: quatro homens e três mulheres. Todos receberam boa educação, e Joaquim, ao término dos estudos preparatórios, ingressou na antiga Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, com cerca de dezessete anos. Estudou com afinco e dedicação as dezoito cadeiras do curso, e à 30 de Agosto de 1862 apresentava sua tese à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, sustentando-a com brilhantismo.
Aos 27 de Novembro de 1862, na presença de Suas Majestades Imperiais, conferia-se o grau de doutor aos novos doutorandos, entre ele o Dr. Joaquim Carlos Travassos.
Em 1862 ou 1863, contraía ele núpcias com Srta. Maria Antônia de Oliveira, que deu à luz duas filhas.
Aceitara as idéias espíritas numa época em que, de Kardec, só se achavam traduzidos para o português dois opúsculos: "O Espiritismo na sua expressão mais simples"e "Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita". Os livros básicos da Codificação eram estudados no próprio francês de origem, língua, aliás, que todas as pessoas cultas obrigatoriamente deviam saber. Antes de ser espírita, Travassos, de acordo naturalmente com a crença de seus pais, dizia-se católico. Entretanto, era, em verdade, um livre pensador, desprendido de dogmas e voltado para a Verdade, acrescentando que uma compreensão superior da vida o impedia de cair nas garras do fanatismo, seja religioso, científico ou político.
Não sabemos o motivo que o levara a ingressar no Espiritismo, mas foi pelo estudo ponderado das obras de Kardec e de outros autores, que ele, em pouco tempo, se tornou fervoroso adepto da Terceira Revelação. Tanto o francês quanto o inglês eram línguas que Travassos lia e traduzia com perfeição, e isto muito lhe facilitou o conhecimento da Doutrina.
Uniu-se a outros estudiosos dos fenômenos espíritas, formando-se um grupo de criteriosos e cultos observadores, grupo que coexistia com outros espalhados pelo País. Não havia ainda, no Rio de Janeiro, uma associação central que orientasse a propaganda e estabelecesse a união entre os poucos espíritas existentes. Somente a 2 de Agosto de 1873 se erigiu uma sociedade nesses moldes, a segunda em todo o território nacional, tomando o nome de " Grupo Espírita Confúcio ".
Sua primeira Diretoria, da qual o Dr. Joaquim Carlos Travassos fora secretário geral, ficou assim constituída : Dr. Siqueira Dias, presidente; Doutor da Silva Netto, vice-presidente; Sr. Eugênio Boulte, 2º secretário; Sr. Marcondes Pestana, 3º secretário Dr. Bittencourt Sampaio, Mme. Perret Collard e Mme. Rosa Molteno, membros do Conselho Fiscal.
Todos os adeptos cultos sentiam a necessidade urgente de serem traduzidos para o vernáculo as obras fundamentais de Kardec. O povo não conhecia o francês e a disseminação do Espiritismo encontrava, por isso mesmo, sérios embaraços. Além do mais, estavam surgindo vários grupos, onde os seus componentes mal conheciam os princípios mais elementares da Doutrina, tudo isto por falta de obras espíritas na língua nacional.
Travassos examinou todo este estado de coisas, e resolveu empreender a árdua tarefa de traduzir do francês as obras capitais de Allan Kardec.
Portanto, é a Travassos que o Brasil espirita deveu a primeira tradução das principais obras do Codificador, ou sejam: O Livro dos Espíritos, com o pseudônimo de Fortúnio, traduzido da 20ª edição francesa, sem data de publicação; O Livro dos Médiuns, em 1875, traduzido da 12ª edição francesa, sem o nome do tradutor; O Céu e o Inferno, em 1875, traduzido da 4ª edição francesa, sem o nome do tradutor; O Evangelho segundo o Espiritismo, em 1876, traduzido da 16ª edição francesa, sem o nome do tradutor.
A modéstia e a simplicidade de Travassos, qualidades que nos foram confirmadas por ilustre pessoa que com ele privou, impediram que o seu nome aparecesse. Todas essas quatro obras foram dadas à luz por intermédio da Editora B. L. Garnier, que igualmente, pelo muito que fez a prol da propaganda do Espiritismo pelo livro, merece a nossa admiração e o nosso reconhecimento.
Não foi tão somente a tradução das obras kardequianas a magna e importantíssima contribuição que Joaquim Carlos Travassos trouxe ao Espiritismo nascente no Brasil. A ele deve-se, também, o Doutor Adolfo Bezerra de Menezes. Logo que "O Livro dos Espíritos" saiu do prelo, o Dr. Travassos ofereceu ao seu grande amigo Bezerra, a quem sinceramente admirava, um exemplar da obra. E foi esta que atraiu o então ilustre político para a Doutrina Espírita.
Com o advento da República, Travassos foi eleito senador na primeira Legislatura do Estado do Rio de Janeiro. Os Anais do Senado desse Estado (1891) registram os fatos ocorridos durante o curto período de existência dessa Casa Legislativa. A 1ª sessão preparatória realizou-se em 27 de Julho de 1891, e a sessão de instalação ocorreu a 4 de Agosto do mesmo ano, sob a presidência do Senador Demerval da Fonseca. Travassos, na falta do Presidente, assumiu a presidência nas sessões de 28 de Julho e de 15 de Setembro, e por várias vezes atuou como 1º e 2º secretário.
Na sessão ordinária de 28 de Agosto de 1891, o nosso ilustre biografado apresenta um projeto de lei regulamentando a colonização e a imigração no Brasil, já declarando, naquele tempo, num longo e belo discurso, que a imigração é necessária, urgente, mas que seja posta em prática "sem empirismo e com todo o cuidado, a fim de que não venha a causar-nos maiores males futuros". Entra numa bem argumentada exposição no que diz respeito à seleção do imigrante colonizador, e o seu verbo se desdobra em páginas cheias de vibração e sabedoria, nelas revelando o coração de um brasileiro que pulsa com força e carinho pelos problemas nacionais.
Este bem elaborado trabalho recebeu elogios de um dos homens mais competente na matéria, naquela época: o Visconde de Taunay, então presidente da Sociedade de Imigração do Brasil.
Após a queda do marechal Deodoro da Fonseca, subiu à Presidência da República Floriano Peixoto, que depôs todos os governadores que aderiram ao golpe de 3 de Novembro de 1891. O governo Portella, do Estado do Rio, caiu e o Congresso fluminense foi extinto. Travassos, contrário ao procedimento do "Marechal de Ferro", abandonou a política, retirando-se à vida privada. Desde então dedicou todas as suas energias, com sinceridade e entusiasmo, aos estudos de pecuária e de agricultura, relacionando-os à economia do País, por compreender que o desenvolvimento do Brasil depende em larga escala da boa solução desses problemas. A última parte da vida de Travassos foi acidentada e cheia de percalços. Basta dizer que no Rio de Janeiro, em menos de quinze anos, residiu nas ruas de São Carlos, José Bonifácio, Frei Caneca, Benjamim Constant (junto à Igreja Positivista), e cremos que na Praça Niterói . Em 1913 mudou-se para a rua Correia Dutra, onde, à 1 hora e 35 minutos da madrugada do dia 6 de Fevereiro de 1915, desencarnava com a idade de 76 anos, vitimado pela arteriosclerose.
(Texto copiado de http://www.feparana.com.br/topico/?topico=659) |
Dr. Joaquim Carlos Travassos. Tradutor das obras básicas do Espiritismo para o português, Joaquim Carlos Travassos presentou Dr. Bezerra de Menezes com um exemplar de O Livro dos Espíritos. Bezerra se tornaria um dos principais e mais conhecidos vultos do Espiritismo no Brasil. |
Sede histórica da FEB. Rio de Janeiro. Foto Ismael Gobbo |
Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (antigo prédio na Praia Vermelha) Imagem copiada de https://divulgandoadoutrinaespirita.wordpress.com/2015/02/ |
Dr. Adolfo Bezerra de Menezes Óleo sobre tela de Nair Camargo. Foto Ismael Gobbo
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