Notícias do Movimento Espírita São Paulo, SP, sexta-feira, 27 de agosto de 2021 Compiladas por Ismael Gobbo |
|
Notas |
1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento. 2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes diversas via e-mail e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec. Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.
3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).
|
Atenção |
Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui:
https://www.noticiasespiritas.com.br/2021/AGOSTO/27-08-2021.htm
No Blog onde é postado diariamente: http://ismaelgobbo.blogspot.com.br/
Ou no Facebook: https://www.facebook.com/ismael.gobbo.1
|
Os últimos 5 emails enviados |
DATA ACESSE CLICANDO NO LINK
26-08-2021 https://www.noticiasespiritas.com.br/2021/AGOSTO/26-08-2021.htm 25-08-2021 https://www.noticiasespiritas.com.br/2021/AGOSTO/25-08-2021.htm 24-08-2021 https://www.noticiasespiritas.com.br/2021/AGOSTO/24-08-2021.htm 23-08-2021 https://www.noticiasespiritas.com.br/2021/AGOSTO/23-08-2021.htm 21-08-2021 https://www.noticiasespiritas.com.br/2021/AGOSTO/22-08-2021.htm
|
Publicação em sequência Revista Espírita – Ano 12 - 1869 |
(Copiado do site FEBNET) |
Émile Deschanel Imagem/fonte: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b10535717w.item
Professor, jornalista, escritor e político. - Heliologista, professor de literatura grega na Ecole Normale Supérieure, depois no College de France. - Deputado do Sena (1876-1881), eleito senador irremediável em 1885. - Pai de Paul Deschanel, Presidente da República Francesa. https://data.bnf.fr/11899795/emile_deschanel/
ÉMILE DESCHANEL FOI UM CRÍTICO CONTUMAZ E AGRESSIVO DO ESPIRITISMO EM SEUS PRIMEIROS DIAS NA FRANÇA.
|
Louis Figuier. Louis Figuier: [fotografia, tiragem de comunicação] / [Atelier Nadar]. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Louis_Figuier02.jpg
Louis Figuier (15 de fevereiro de 1819 - 8 de novembro de 1894) foi um cientista e escritor francês. Ele era sobrinho de Pierre-Oscar Figuier e tornou-se professor de química na L'Ecole de pharmacie de Montpellier. Embora suas obras sejam altamente respeitadas, muitas vezes não é mencionado que ele era de fato um racista convicto da época (veja The Human Race). Figuier desempenhou um papel fundamental na perpetuação do equívoco descaradamente míope de que as pessoas de origem negra eram mentalmente inferiores, não eram totalmente humanas, tinham um mau cheiro e eram promíscuas. Sua citação desses conceitos mal formados é claro e não é verdade, mas ele continua sendo celebrado em suas "conquistas". Leia mais: https://en.wikipedia.org/wiki/Louis_Figuier
Louis Figuier foi um cientista que combateu o Espiritismo a partir de suas idéias materialistas e que recebeu as respostas de Allan Kardec.
|
Salão parisiense com pessoas praticando três variações das mesas girantes com um anel, uma mesa e um chapéu.[1] (L'Illustration, 1853) Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mesas_girantes#/media/File:Tables_tournantes_1853.jpg
|
Allan Kardec. Codificador do Espiritismo Imagem/fonte:
|
Imagem de O Livro dos Espíritos da edição de 1860. https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Livro_dos_Esp%C3%ADritos A primeira edição da obra foi lançada por Allan Kardec aos 18 de abril de 1857.
O Livro dos Espíritos (na língua francesa, Le Livre des Esprits) é o primeiro livro da Codificação Espírita publicado por Hippolyte Léon Denizard Rivail sob o pseudônimo de Allan Kardec. Esta obra contém os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as Leis Morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade (segundo os ensinamentos dos Espíritos Superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec). É uma das oito obras fundamentais para o estudo da Doutrina Espírita juntamente com: O que é o Espiritismo (1859); O Livro dos Médiuns (1861); O Evangelho Segundo Espiritismo (1863); O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina Segundo o Espiritismo (1865); A Gênese, os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo (1868), Obras Póstumas (1890) e Revista Espírita (1858-1869). Leia mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Livro_dos_Esp%C3%ADritos
|
O Livro dos Médiuns. Edição de 1861. Lançado por Allan Kardec em janeiro de 1861 https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Livro_dos_M%C3%A9diuns
O Livro dos Médiuns, ou Guia dos Médiuns e dos Evocadores (em língua francesa Le Livre des Médiums), é um livro espírita francês. De autoria de Allan Kardec, foi publicado em Paris em janeiro de 1861. É uma das obras básicas do espiritismo. Versa sobre o caráter experimental e investigativo da doutrina espírita, visto como ferramenta teórico-metodológica para se compreender uma "nova ordem de fenômenos", até então jamais considerada pelo conhecimento científico: os fenômenos ditos espíritas ou mediúnicos, que teriam como causa a intervenção de espíritos na realidade física. Leia mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Livro_dos_M%C3%A9diuns
|
Sir William Crookes com a médium Florence Cook ao chão, e o espírito materializado de Katie King – imagem retocada para publicação, no século XIX. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sir_William_Crookes_and_Katie_King.jpg
|
Camille Flammarion realizando sessão espírita em sua casa com a médium Eusapia Palladino. Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Camille_Flammarion#/media/File:Eusapia-Palladino-levitation--table.jpg
|
Promoção |
Pelo Espírito Albino Teixeira. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Paz e Renovação. Lição nº 26. Página 81.
Quando o fracasso nos desafia de perto... Quando a tentação e a enfermidade nos visitam... Quando a nossa esperança se dissolve no sofrimento... Quando a provação se nos afigura invencível... Quando somos apontados pelo dedo da injúria... Quando os próprios amigos nos abandonam... Quando todas as circunstâncias nos contrariam... Quando a mágoa aparece... Quando a incompreensão nos procura, ameaçadora... Quando somos intimados a esquecer-nos, em benefício dos outros... Então é chegado para nós o teste de aproveitamento espiritual, na escola da vida, para efeito de promoção.
(Recebido em email do pesquisador e divulgador espírita Antonio Sávio, Belo Horizonte, MG) |
Judas, á direita, retirando-se da Última Ceia. Pintura por Carl Bloch Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Judas_Iscariot#/media/File:The-Last-Supper-large.jpg
|
O beijo de Judas. Aquarela de James Tissot. Imagem/fonte:
|
A negação de Pedro. Óleo sobre tela de Rembrandt. Imagem/fonte: http://ismaelgobbo.blogspot.com/2017/07/noticias-do-movimento-espirita-15-07.html
|
Jesus prestes a ser golpeado diante do sumo sacerdote Anás.Óleo sobre tela por José de Madrazo. |
Jesus diante de Caifás. Óleo sobre tela por Matthias Stom. https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mattias_Stom,_Christ_before_Caiaphas.jpg
|
Os discípulos que deixaram seu esconderijo observam de longe em agonia. Guache sobre grafite em papel tecido cinza de James Tissot. Copiado de: |
Os peregrinos de Emaús na estrada. Guache sobre grafite em papel tecido cinza. Obra de James Tissot. Imagem/fonte:
No caminho de Emaús Lucas 24:13-3513 Naquele mesmo dia, dois dos discípulos de Jesus iam a caminho da aldeia de Emaús que ficava a uns 11 quilómetros de distância de Jerusalém. 14 E comentavam entre si tudo o que acontecera. 15 De repente Jesus apareceu e juntou-se a eles, caminhando ao seu lado. 16 Mas os seus olhos estavam impossibilitados de o reconhecer. .............................. ....................... ..................
LEIA MAIS: https://www.biblegateway.com/passage/?search=Lucas%2024%3A13-35&version=OL
|
Jornada Espírita pela Valorização da Vida. USE Intermunicipal de São Bernardo do Campo, SP |
(Recebido em email de Comunicação use i sbc [comunicacao@useisbc.org]) |
Comentários de leitores de “Pelos Caminhos da Vida”: |
“Bom dia, Cesar! Terminei a leitura de Pelos caminhos da vida. Parabéns por nos apresentar e contar suas vivências e experiências. Parabéns pela vida densa, principalmente na divulgação da nossa Doutrina. Fiquei feliz em verificar todo seu esforço e trabalho. Algumas vivências, inclusive, não tinha conhecimento. Fiquei muito triste ao conhecer detalhes do que aconteceu na sua saída da FEB. Antes de espíritas, somos seres humanos em um mundo de provas e expiações. Não é somente o Samuel (*) que o tem como modelo de dirigente espírita. Eu também, desde o princípio quando tive conhecimento de seus trabalhos na década de 90, tenho você como um exemplo de atuação a ser seguido. Obrigado por compartilhar seus caminhos. Muitas aprendizados também para nós. Abraços a você e a Célia. São José dos Campos, 30/07/2021. Aparecido José Orlando” (Foi presidente da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo – 2018/2021). (*) referência a depoimento de dirigente espírita citado no livro. 0o0 “Cesar, parabéns pelo mais recente lançamento e por compartilhar suas valiosas experiências. Sua vida e dedicação ao espiritismo é inspiração para todos nós. Gratidão amigo! – Ricardo Pinfildi”. (Dirigente da Livraria Candeia e um dos patrocinadores da Feira do Livro Espírita de São José do Rio Preto).
Obra: Carvalho, Antonio Cesar Perri. Pelos caminhos da vida. Memórias e reflexões. Araçatuba: Cocriação, 2021.
(Recebido em email de Cesar Perri Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier [contato@grupochicoxavier.com.br]) |
Site da FEB- Federação Espírita Brasileira Brasília, DF |
Acesse aqui: https://www.febnet.org.br/portal/
|
Site Feparana – Federação Espírita do Paraná Curitiba |
ACESSE:
|
Site da Federação Espírita do Estado da Bahia Salvador |
Acesse:
|
Conceito de Espírito da Verdade para Centro da Suíça |
O Núcleo de Estudos Espíritas Casa do Caminho (NEECC), de Biel-Bienne (Suíça) noticiou palestra virtual de Flávio Rey de Carvalho, de São Paulo, no dia 23 de agosto, sobre o Espírito da Verdade (João 14:17) no programa Estudo Sistematizado do Novo Testamento. O evento foi coordenado por Zélia Schöni.Acesse pelo link:
(Recebido de Cesar Perri Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier [contato@grupochicoxavier.com.br]) |
Cinema em Casa Apresentação: Francisco e Clara de Assis |
Clara, a jovem que abandonou todo conforto e riqueza da nobreza em que vive na idade média, para seguir a luz de Cristo refletida no exemplo de Francisco, um nobre jovem que também abandonou toda a sua riqueza para viver, em sua essência, o Evangelho de Jesus Cristo. E hoje, conhecemos estes jovens como Santa Clara e São Francisco de Assis.
(Recebido em email de Mauricio Contier [maconti55@hotmail.com]) |
Teatro: “O Vendedor de Sonhos” em Osasco |
Favor divulgar.
A peça que está inspirando sonhos será apresentada em OSASCO!!
Baseado no best-seller homônimo de Augusto Cury.
Na trama, o personagem Júlio César tenta o suicídio, e é impedido de cometer o ato final por intermédio de um mendigo, o “Mestre”, que lhe vende uma vírgula, para que continue a escrever a sua história.
Juntos encontram Bartolomeu, um bêbado boa-praça que decide unir-se a eles na missão de vender sonhos e de despertar a sociedade doente. A revelação de um passado conflituoso do Mestre pode destroçar a grande missão do Vendedor de Sonhos.
Sábado 28 de agosto | às 20h30
Teatro Aspro em Osasco/SP Ponto de venda: Loja S.O FÁBRICA R. José Cianciarulo, 95 centro de Osasco ( próximo ao hospital central ) Tel: 3682-7043
Garanta a entrada promocional antecipada através do link abaixo https://www.megabilheteria.com/evento?id=20210628134836
O Vendedor de Sonhos já foi visto por mais de 100mil pessoas em todo o país! Marque na agenda e não perca esse grande espetáculo!!
Com Luiz Amorim, Mateus Carrieri e grande elenco!
IMPERDÍVEL 🙏 Compartilhe.
(Informação recebida em email de Magali Bischoff [magalibischoff@gmail.com]) |
50 anos da Feira do Livro Espírita de São José dos Campos, SP |
MEIO SÉCULO DIVULGANDO A DOUTRINA ESPÍRITA Prezado amigo Ismael Gobbo, Nosso mailing desta semana para você é para homenagear a FEIRA DO LIVRO ESPÍRITA mais antiga do Brasil, completando neste ano de 2021, 50 edições, isto é 50 anos de muito trabalho e dedicação de centenas de voluntários espíritas de S. José dos Campos – SP. Neste ano de 2021 ainda está sendo realizada de forma virtual, de 20/08 a 29/08. Você pode participar de sua casa. Visite a “FEIRA MEIO SÉCULO” e aproveite as excelentes ofertas clicando neste link: Para matar a saudade de uma das edições presenciais, você pode clicar no link abaixo e rever vários dos voluntários que trabalharam e trabalham para que este evento VENHA ULTRAPASSAR MAIS MEIO SÉCULO: https://www.youtube.com/watch?v=KFhEMcNzw-c
Com a gratidão da Coordenação do Programa VISÃO ESPÍRITA TV
(Informação recebida em email de Visão Espírita TV [visaoespirita.tv@gmail.com]) |
Palestra em live do CEAC- Centro Espírita Amor e Caridade. Birigui, SP. Acesse no YouTube |
|
Programação do C.E. Raymundo Mariano Dias Birigui, SP |
. Transmissão ao vivo, às 20:00 horas, pelos canais: . Facebook do Raymundo Mariano Dias: https://www.facebook.com/ceraymundomarianodias . Estação Dama da Caridade Benedita Fernandes: You Tube: https://www.youtube.com/estacaodamadacaridadebeneditafernandes Facebook: https://www.facebook.com/estacaodamadacaridadebeneditafernandes/ .
(Recebido em email de C E Raymundo Mariano Dias [ceraymundomarianodias@gmail.com]) |
Programação do Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha. Portugal |
Exmºs Srs,
As nossas mais cordiais saudações.
O Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha (CCE) informa que no próximo dia 27 de Agosto, sexta-feira, pelas 21h, vai levar a cabo uma palestra espírita subordinada ao tema "O Espírito e o Tempo", com a profª Catarina Fernandes. Estão abertas as inscrições (limitadas a 45 pessoas) para o próximo Curso de Espiritismo, que tem início no dia 2 de Outubro de 2021. As inscrições são gratuitas e podem ser efectuadas no local ou online. Esta associação fica na Rua Francisco Ramos, nº 34, r/c (Bº das Morenas - Caldas da Rainha). Fonte: Centro de Cultura Espírita
Tel: 938 466 898; 966 377 204; www.cceespirita.wordpress.com
- E-mail: ccespirita@gmail.com
|
|
Eventos espíritas Informações de Elsa Rossi |
(Recebido em email de Elsa Rossi) |
24ª. Semana Espírita de São Bernardo do Campo, SP |
(Recebido em email de Comunicação use i sbc [comunicacao@useisbc.org]) |
Se te for possível colabore com o Abrigo Ismael- Departamento da centenária União Espírita “Paz e Caridade”. Araçatuba, SP |
ACESSE O SITE AQUI: O Abrigo Ismael irá comemorar 80 anos no dia 3 de outubro
O União Espírita Paz e Caridade, desde o ano 1921, vem atuando para abrandar o sofrimento de idosas carentes, suprindo-lhes todas as suas necessidades. Atualmente, conta com uma equipe de enfermagem, auxiliares, nutricionista, assistente social, médico, e fornece seis refeições diárias, medicamentos, lazer, atividades físicas e lúdicas, visando sempre a maior qualidade de vida possível nesta fase da vida. Em todos esses anos sempre contou com a colaboração da sociedade araçatubense, o qual agradecemos de todo o coração.
|
Jornal Mundo Maior Acesse no link |
Curta o Jornal Mundo Maior no facebook: www.facebook.com/jornalmundomaior Acesse o site do Jornal Mundo Maior e leia outras mensagens:
|
Qual o tamanho do nosso sonho? |
Todos temos sonhos. E é muito bom ter sonhos, pois eles nos movem e nos estimulam a perseguir ideias e ações que queremos tornar realidade. Algumas pessoas demonstram isso muito bem. Um exemplo é a nutricionista Telma Toledo, cidadã alagoana. No início de sua carreira, realizando uma pesquisa, buscando entender os efeitos que os alimentos acarretam no organismo humano, ela frequentava a casa de famílias, em vulnerabilidade social, colhendo dados. Ao deixar aquelas casas, se questionava como seriam alimentadas aquelas crianças, no dia seguinte, pois muitas delas só tinham o suficiente para um dia. Por isso, decidiu iniciar um projeto de combate à desnutrição. Não fazia sentido para ela, como nutricionista, ver tantas crianças sem os nutrientes necessários para seu desenvolvimento físico. Inicialmente, foi providenciando alimento para as famílias com maior carência nutricional. Com o tempo, organizou um grupo de profissionais, com diferentes formações acadêmicas, para poder atender de forma global aquelas famílias. Orientam as crianças a se alimentarem melhor e as mães a escolherem produtos mais nutritivos, podendo evitar algumas doenças, como diabetes e hipertensão. Considerando um país tão rico qual seja o nosso Brasil, algumas indagações a levam a questionar como se faz possível haver a presença de tanta desnutrição. O Centro, idealizado por ela, serve em média treze mil refeições mensais. Em pouco mais de uma década, já resgatou cerca de vinte e cinco mil crianças da desnutrição, agindo também no enfrentamento às causas e consequências, físicas e emocionais, dessa desnutrição. O sonho de Telma, portanto, é possível de ser realizado. Mas, nem tudo depende dela. Dessa forma, ela prossegue com o sonho de erradicar a desnutrição em nosso país. Para isso, tem as mãos no trabalho diário de alimentar famílias, com carência alimentar. * * * É de nos perguntarmos o que temos feito para concretizar nosso sonho. A história de Telma nos deixa uma profunda lição: além de termos sonhos, podemos realizá-los. Sejam grandes ou pequenos, todos eles nos exigem ação. Assim, podemos sonhar com um mundo melhor, sem desnutrição, sem crianças esquálidas, rogando, com os olhos, algo com que possam matar a fome. Fundamental, no entanto, é agirmos para a construção desse mundo. Compete-nos transformar nossos sonhos em projetos que possam ser realizados. Organizar nossa vida, de forma disciplinada, e estabelecer, em nossa rotina diária, práticas para podermos chegar aos resultados pretendidos. Podemos transformar sonhos individuais em sonhos coletivos, associando-nos a outros idealistas e empreendedores do bem. Somos uma única Humanidade e é com a colaboração de cada um que poderemos transformar o mundo em um lugar melhor para vivermos mais felizes. A hora de realizarmos nossos sonhos é agora. O amanhã poderá, eventualmente, não mais nos encontrar por aqui. Redação do Momento Espírita, com base em
(Copiado do site Feparana) |
LEIA MATÉRIA SOBRE TELMA TOLEDO NO RECEBIMENTO DO TITULO DE CIDADÃ HONORÁRIA DO ESTADO DE ALAGOAS
|
Meninos comendo uvas e melão. Óleo sobre tela de Bartolomé Esteban Murillo. Imagem/fonte: |
Três meninos. Óleo sobre tela de Bartolomé Esteban Murillo Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Young_Beggar |
O jovem mendigo. Óleo sobre tela de Bartolomé Esteban Murillo. Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Young_Beggar |
Fotografia tirada por Horace Warner de duas crianças em Spitalfields, Londres, por volta de 1903. Autor: Horace Warner. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Nellie_Annie_Lyons_1903A.jpg
|
Uma jovem e uma menina oferecendo caridade a um menino mendigo ajoelhado com um macaco nos ombros. Óleo sobre tela de James Northcote. Imagem/fonte: Wikimedia.
|
O povo do abismo. Dorset Street , Reino Unido, fotografado em 1902 parao livro de Jack London , The People of the Abyss . Miller's Court foi alcançado por um beco à direita. Fotografia publicada pela primeira vez em Jack London, The People of the Abyss , Macmillan, Nova York, 1903, 319 p., Página 2. [1]
LEIA NO LINK: https://en.wikipedia.org/wiki/The_People_of_the_Abyss |
Jesus Cristo e as crianças. Óleo sobre tela de Carl H. Bloch Imagem/fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/44/Carl_Heinrich_Bloch_-_Suffer_the_Children.jpg |
O Evangelho Segundo o Espiritismo |
(Copiado do site Febnet) |
Jacó em busca do perdão de Esaú. Óleo sobre tela de Jan Victors. Imagem/fonte: |
Perdão. Óleo sobre tela de Carl Vilhelm Meyer. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Carl_Vilhelm_Meyer_-_Forgiveness.jpg |
Partida do filho pródigo. Óleo sobre tela de Jan Miense Molenaer. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jan_Miense_Molenaer_-_Departure_of_the_Prodigal_Son.jpg
|
O filho pródigo. Óleo sobre tela por John Macallan Swan. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:John_Macallan_Swan_-_The_Prodigal_Son,_1888.jpg
|
O retorno do filho pródigo. Desenho com caneta e pincel por Rembrandt. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Prodigal_son_by_Rembrandt_(drawing,_1642).jpg
|
Jacob Holzmann Netto 28-07-1934 / 26-08-1994 |
(Publicação da Feparana)
Passou a infância em Ponta Grossa, ao lado dos pais, irmãos, tios e primos.
Sua vida escolar iniciou-se na Escola de Aplicação, anexa à Escola de Professores de Ponta Grossa (1941 a 1944).
Mudou-se para a Capital do Estado e passou a freqüentar a Escola de Aplicação, anexa ao Instituto de Educação do Paraná para cursar a 5a. série do então Curso Primário, pois com dez anos de idade não poderia ingressar no Curso Ginasial. Concluiu o Primário em 1945.
Fez os cursos Ginasial e Colegial no Colégio Estadual do Paraná (1946 a 1952).
Obteve os seguintes títulos, em sua carreira:
Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná - UFPR (1958) e Bacharel em Psicologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Católica do Paraná (1972). Licenciado em Psicologia pela mesma Faculdade em 1972.
Foi agraciado com o Prêmio "Prof. Enéas Marques dos Santos", em 1954, ao ser o 1º colocado nos exames vestibulares da Faculdade de Direito da UFPR.
Recebeu o Prêmio "Des. Ernani Guarita Cartaxo", também em 1954, como o melhor aluno do 1º ano da Faculdade de Direito da UFPR; o Prêmio "Prof. Nelson Ferreira da Luz", em 1956, como melhor aluno do 3º ano da Faculdade de Direito da UFPR; o Prêmio "Prof. Athos Moraes Vellozo", em 1958 como melhor aluno do 5º ano da Faculdade de Direito da UFPR e o Prêmio "Teixeira de Freitas", nos anos de 1955, 1956, 1957 e 1958, como melhor aluno da Cadeira de Direito Civil; o Prêmio "Des. Vieira Cavalcanti", em 1956 e 1957 como melhor aluno da Cadeira de Direito Comercial; o Prêmio "Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná "- Medalha de ouro - 1958, intituído pela direção da Faculdade, ao melhor aluno do Curso Jurídico da UFPR; o Prêmio "Des. Hugo Simas" - Medalha de ouro - 1958, instituído pelo Centro Acadêmico "Hugo Simas", ao melhor aluno do Curso Jurídico da Universidade do Paraná; o Prêmio "Rui Barbosa", em 1958, instituído pela Prefeitura Municipal de Curitiba, ao melhor aluno do Curso Jurídico da UFPR; o Prêmio "Universitário do Ano" - Medalha de ouro - 1958, instituído pela União Paranaense dos Estudantes, ao acadêmico que mais se destacou em todo o Estado do Paraná.
Foi o 1º colocado no Curso de Oratória, realizado durante a 1ª Semana Paranaense de Estudos Jurídicos e Sociais - Medalha de ouro - 1956; 2º colocado no Concurso realizado durante a 1ª Semana Interamericana de Estudos Jurídicos e Sociais; 1º colocado entre os participantes de Língua Portuguesa, em Porto Alegre, em 1956; 2º colocado no Concurso de Oratória, realizado durante a 1ª Semana Nacional de Estudos Jurídicos e Sociais, comemorativa ao aniversário do Centro Acadêmico "Cândido de Oliveira", órgão do corpo discente da Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil- Rio de Janeiro - 1957.
Foi eleito 2º orador do Centro Acadêmico "Hugo Simas", órgão do corpo discente da Faculdade de Direito da UFPR - 1956.
Foi Vice-Presidente do Centro Acadêmico "Hugo Simas" em 1958, Orador da Turma "Prof. Napoleão Teixeira", dos bacharéis de 1958, formados na UFPR e Orador da Turma "Sigmund Freud", dos Psicólogos de 1973, formados pela Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade Católica do Paraná.
Dominava, além da língua pátria, o inglês e o francês, tendo feito seus Cursos na Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa (Certificado de Habilitação da Universidade de Cambridge - 1956) e na Alliance Française (Certificado de Habilitação da Universidade de Nancy - 1956).
TRAJETORIA DE UM ORADOR
Em 1956, Jacob era acadêmico do 3º ano da Faculdade de Direito da UFPR.
Nesse ano, participou da 1ª Semana Interamericana de Estudos Jurídicos e Sociais e 1º Concurso Interamericano de Oratória.
Representando o Paraná no Concurso de Oratória, coube-lhe o tema "Autoridade e Liberdade", tendo assim se expressado: "Não apenas profundo, o tema que me coube, por sorteio, é antes de mais nada, assunto palpitante e atualíssimo, uma vez que é sabido ser o grande problema do século em que vivemos, a conciliação da democracia com liberdade individual".
Entre 22 candidatos que concorreram, o acadêmico se classificou em 2º lugar.
No seu retorno, no dia 8 de maio, o Governador do Estado do Paraná, Moysés Lupion, o recebeu. Na oportunidade, o Chefe do Governo cumprimentou o acadêmico, cuja conquista honrou a Universidade Federal do Paraná e a cultura do povo paranaense.
Em 26 de maio de 1957, era a seguinte a manchete nos Jornais da Capital: CONCURSO DE ORATÓRIA DO CAHS - Classificado em primeiro lugar, o acadêmico Jacob Holzmann Netto, com o tema: "Bandoeng, encruzilhada de duas épocas". O concurso teve lugar na Faculdade de Direito da UFPR e foi patrocinado pelo Departamento Cultural do Cento Acadêmico Hugo Simas.
Jacob Holzmann Netto conquistou o 1º Lugar nas eliminatórias do Concurso de Oratória, promovido pelo Centro Acadêmico Cândido de Oliveira (CACO), na cidade do Rio de Janeiro, abordando o tema "A ONU e a Paz Mundial - A paz triunfará sobre a guerra, na medida em que o homem, individualmente, lute por esta conquista".
Ao final do concurso, ao ensejo do 41º aniversário do CACO, na Faculdade Nacional de Direito, Jacob ficou em 2º lugar.
Foi convidado pelas formandas do Instituto de Educação do Paraná, no final de 1957, para que transmitisse uma mensagem àquelas que seriam responsáveis pela educação de tantas crianças.
Nas palavras de Deolindo Amorin: Não foi um discurso feito nos moldes triviais das orações de formatura... Não. O discurso de Jacob foi de outro feitio, na forma e no fundo, porque foi um estudo muito sério de psicologia à luz da reencarnação... ele soube trazer questões de pedagogia, de ética, de psicologia infantil para o terreno doutrinário, em face do Espiritismo. Mostrou e de modo seguro, que a Doutrina Espírita, com a sua extensão, com sólida contextura moral e filosófica, é um roteiro certo para o educador moderno.
JACOB HOLZMANN NETTO - ORADOR ESPÍRITA
Em Ponta Grossa, no dia 7 de janeiro de 1957, na Sociedade Espírita Francisco de Assis proferiu a palestra Humildade, Fraternidade e Responsabilidade.
A sua apresentação foi feita pelo Dr. Lauro Schleder, Juiz do Tribunal de Contas do Paraná, que acentuou que poderia parecer paradoxal viesse ele apresentar um filho da cidade.... Mas, que havia uma razão para tal apresentação, pois Jacob saíra de sua terra aos 10 anos de idade e agora voltava já com uma apreciável cultura, eis que estudioso e inteligente, amealhara conhecimentos que o faziam digno de admiração, como orador de largos recursos. Estava aberta a porta para a sua lide como grande orador espírita.
Em fins de março e começo de abril do ano de 1958, acompanhado pelo Dr. Lauro Schleder, iniciou uma grande jornada, proferindo no dia 30 de março, na sede da Federação Espírita do Estado de São Paulo, uma Conferência, tendo por centro a figura inconfundível do mestre de Lyon.
Em 3 de abril, Jacob teve a oportunidade de falar principalmente aos moços espíritas, reunidos em Concentração na cidade de São José do Rio Preto e, a 5 de abril, no Instituto de Cultura Espírita, sediado no Rio de Janeiro.
Ainda durante o ano de 1958, Jacob proferiu em 3 de agosto, Conferência em Londrina e no dia 21 de setembro em Taubaté, SP.
Em 20 de março, Jacob proferiu a aula inaugural do Curso do Instituto de Cultura Espírita, no Rio de Janeiro, RJ, com o tema "A Pena de Morte à Luz do Espiritismo".
Nesse ano esteve em Franca (SP), Londrina (PR), Porto União (SC), Campinas e Amparo (SP). Posteriormente proferiu Conferências em Rio Claro, Curitiba (PR), Manaus (AM), Belém (PA), Teresina (PI), Fortaleza (CE), João Pessoa (PA), Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju (SE), Salvador (BA), Antonina (PR), Rio de Janeiro, Petrópolis e Niterói (RJ), Araguari, Monte Alegre, Uberaba e Guaxupé (MG), Buenos Aires, Maringá (PR), Sorocaba e Franca (SP), Anápolis (GO), Barretos, Santo André e Marilia (SP), Joinvile (SC), Ponta Grossa (PR).
Nas Capitais e cidades acima citadas, acabou retornando várias vezes e em muitas proferiu Conferências em dias consecutivos.
Em 26 de agosto de 1994, desencarnou em Curitiba, Jacob Holzmann Neto, idealizador e um dos fundadores da Comunhão Espírita Cristã de Curitiba, sediada em Curitiba.
Dados compilados e fornecidos por Laércio Furlan
Senhor
Presidente do Centro Acadêmico "Hugo Simas", Reverendo Padre Doutor
Emílio Silva.
O cargo de orador do Centro Acadêmico "Hugo Simas", órgão do corpo discente da Faculdade de Direito da Universidade do Paraná, impõe-me o dever de saudar o Padre Emílio Silva em nome da classe acadêmica de minha Escola. Se é dever, tomo-o por dever gratíssimo. Mais do que isso: sau¬dar o Padre Emílio Silva é para mim honra subida.
Na qualidade oficial de orador, representante de uma classe, eu saúdo o Doutor em Filosofia pela "Academia Romana di Santo Tommaso D'Aquino"; saúdo o Bacharel em Filosofia e Letras pela Universidade de Santiago de Compostela; saúdo o Professor de Introdução Filosófica às Ciências Jurídicas, Doutrina Social Católica, Fontes e História do Direito Eclesiástico, Cultura Religiosa, Ética e Direito Canônico; saúdo o vasto conhecimento de um homem que triunfou pelo estudo e pelo saber, pela inteligência. E, se necessidade houvesse de maiores provas, eu poderia aqui alinhar outros tantos títulos que a ele pertencem e que se lhe integraram à personalidade de mestre e pensador. Não o faço por uma razão: o venerando professor que nos visita não poderá valer, entre nós, pelos títulos que acumulou; valerá pelo que nos ensinar, emprestando a suas palestras o vigor de sua reconhecida sapiência. Um professor não vale pelo diploma; vale pelo que transmite e dissemina. E com isso concorda, tenho certeza, o Reverendo Padre Emílio Silva. Demais, deixando de citar todas as dignidades que ele conquistou e todas as teses que fez publicar, coloco-o mais à vontade, por não lhe ferir a modéstia - nobre qualidade de todo professor. Tive em mãos o "curriculum vitae" do conferencista e, confesso, antes de ouvi-lo já o admiro por tudo quanto ali vem documentado: uma vida inteira a serviço do estudo e do ensino. O Paraná se sente honrado e a mocidade universitária de minha terra diz, por mim, de seu júbilo e gratidão por receber visita de mestre tão excelente e tão ilustre homem!
Todavia, se na qualidade oficial de orador, representante de uma classe, eu enalteço um homem de conhecimento, falando por mim, particularmente, rendo culto a um homem de coragem. Nada mais me impressiona do que a coragem. E coragem tem aquele que se propõe defender a licitude e a conveniência da pena de morte. Maior coragem, se é professor e se dirige à gente moça. Coragem surpreendente, se é sacerdote...
Reverendo Padre Doutor Emílio Silva:
Vossa Excelência não é um estranho a essa gente toda que o vai ouvir. De há muito que escuto falar, principalmente pelos corredores de minha Escola, no padre que defende a pena de morte: a fama de Vossa Excelência o precedeu nessa auspiciosa visita a Curitiba. E a mim, especialmente, Vossa Excelência tem dado muito em que pensar. É que sua responsabilidade de mestre e "Ministro de Deus" não lhe permitiria, creio eu, enveredar por senda assaz perigosa, envolta em tamanha azáfama sensacionalismo tão grande, caso Vossa Excelência não estivesse plenamente seguro e inteiramente convicto daquilo que defende por lícito e conveniente. Vossa Excelência terá, por certo, escoimado de dúvidas tese assim arrojada; terá buscado argumentos robustos à Sociologia e à Criminologia, assentando-os em subsídios colhidos à Ética e à Filosofia da Igreja.
E eu, que por tanto tempo aguardei a visita de Vossa Excelência e hoje o contemplo de bem perto - sentindo-me pequeno diante da autoridade de sua cultura - estranhamente, não consigo agora concentrar-me em sua pessoa. Meu pensamento fervilha e eis que me impele a reproduzir, ante meus olhos, o longo desfile daqueles belos espíritos que se ocuparam dos problemas filosófico-jurídicos ligados aos fundamentos e objetivos do sistema penal:
Rossi, Carrara e Pessina me gritam aos ouvidos: "Punitur quia peccatum est". E Kant e Hegel e Binding já fazem coro: a pena é instrumento de expiação do crime; há que reconhecer nela a função eminentemente retributiva, repelir a unificação da medida de segurança com a sanção penal, para que esta não sacrifique seu caráter retributivo à finalidade de reajustamento do criminoso; a pena é retribuição, expiação da culpabilidade contida no fato punível - é o mal justo que se contrapõe à justiça do mal praticado pelo agente; e isso porque o fundamento da responsabilidade penal é a responsabilidade moral, com base no livre arbítrio, que pressupõe a existência de uma vontade inteligente e livre.
E já me disponho a acatar as teorias da retribuição, quando Beccaria, Filangieri e Carmignani me surpreendem o êxtase e sustentam, com veemência, que a pena tem um fim prático e imediato de prevenção geral ou especial do crime. E Feuerbach e Romagnosi me fazem invocar a personalidade brilhante de von Liszt e sua moderna Escola Alemã, de mistura com os postulados de Lombroso, Ferri e Garofalo - lídimos representantes da Escola Positiva Italiana: "Punitur non quia peccatun est, sed ne peccetur"; a responsabilidade penal está baseada na responsabilidade social ou, ainda, na periculosidade criminal do agente; a sanção penal não é castigo de culpabilidade, mas instrumento de defesa social, pela recuperação do criminoso; a pena não é medida retributiva, porém preventiva: deve ser aplicada à natureza do delinqüente e não do delito, pois que não visa à punição do infrator e, sim, a sua readaptação às condições da convivência social.
E agora?! De um lado, a pena-castigo; de outro, a pena-defesa e a pena-educação. Mas razões históricas insistem por convencer-me de que os clássicos estão superados; dados estatísticos me evidenciam que o rigorismo das penas - quando não tende à reabilitação do delinqüente - não aproveita a este e, muito menos, à sociedade, que se sacia de vingança, contudo não exaure a própria culpa. É a sociedade que fabrica, em série, os párias, os desajustados, os criminosos; tem, pois, o dever de reeducá-los, não o direito de lhes infligir castigo e, menos ainda, o de lhes tirar a vida. E já meu idealismo exaltado de moço me fala das prisões abertas; diz-me que todo homem esconde, dentro de si mesmo, algo de bom, que cumpre fazer desabroche para as realizações úteis, mercê da educação. E já minha formação cristã me desperta a piedade, bosquejando, dentro de minh'alma, os negros quadros da miséria: crianças que nascem e se criam órfãs de amparo moral e afetivo, vivendo ao deus-dará, mamujando mamas corroídas de sífilis, alunas habituais da universidade das sarjetas, bebendo torpes lições dos mestres descarados da sordice, do vício, da obscenidade e da malandragem. Criminosos em potencial, a quem ninguém assiste! A vida já lhes é pena tão dura de cumprir e a sociedade madrasta se arma para amanhã os assinalar com o ferrete da difamação, senão matá-los. "Assassinato legal" - me cochicha Beccaria.
Reverendo Padre Emílio, eu lhe peço perdão se a confusão de meus sentimentos exige que eu prossiga analisando questões atinentes à pena de morte. É que, embora como estudante de Direito eu lhe reconheça a possibilidade de defender a pena de morte com fundamento jurídico, não compreendo - como cristão que sou - e talvez não o compreenda por ignorância; não compreendo, eu dizia, possa Vossa Excelência sustentar a legitimidade da pena de morte, como sacerdote de uma igreja cristã...
Lembrando-me de que Vossa Excelência é sa¬cerdote, recordo agora também que, sob o império do "jus canonicum", a idéia firmada era que só a Deus cabia punir e premiar os homens, d'Ele emanando todo o poder humano - "Omnis potestas a Deo" - exercido na Terra pela Igreja, por delegação divina. E, abeirando-me da heresia, eu me pergunto se a conveniência e a licitude que Vossa Excelência encontrou na pena de morte seriam a licitude e a conveniência que descobriu Pierre Cauchon, bispo de Beauvais, ou Tomás de Torquemada para, sob o pretexto piedoso de salvar as almas dos hereges, fazer que as fogueiras de Espanha tressuassem carne humana; ou, ainda, o imortal Dante, que, em poética vingança simbólica, povoou os tijucos para além do "Aqueronte" com as almas de seus desafetos.
Perdoe-me Vossa Excelência se, pela confusão de meus sentimentos, sou obrigado a tratar aqui de problemas alheios a minha missão; se exorbito de minha tarefa. Mas é que Lanza me vem à tona das idéias e afirma o princípio evolutivo que deve reger a ciência penal; assevera-me que já se ultrapassou a reação penal do tipo impulsivo e, bem assim, a reação penal do tipo inteligente: hoje é o domínio da reação penal do tipo ético. Ele não crê na incorrigibilidade do homem que delinqüe porque, na verdade, até agora nada foi verdadeiramente tentado para inspirar ao criminoso novos sentimentos humanos e, muito menos, realizado qualquer programa pedagógico. É o caminho mais difícil - a educação - porém o melhor caminho, o que diz melhor com a condição de homem. A pena de morte é a escápula mais fácil, a meu ver: lavam-se as mãos tintas de sangue, cruzam-se os braços modorrentos, põe-se mordaça à consciência.
Se eu acredito, como moço idealista, na função educadora da pena, também não me recuso à aceitação de algumas verdades consagradas pela Escola Positiva, salvantes os exageros de Lombroso. Eu não posso negar as influências físicas e sociais na determinação da delinqüência. E se a vida torna evidente que os homens cá vivem em condições morais e sociais variando ao infinito, o decantado livre arbítrio não pode existir em igual quantidade para todos os homens; há de ser condicionado ao grau evolutivo de cada um; e nem o dogma de que a alma é criada simultaneamente com o corpo explica por que não são todas as almas, se provindas da mesma fonte, criadas com idênticas disposições para o bem. E porque as condições de vida variam, a pena de morte me parece iníqua. E porque as condições de vida variam, não pode a justiça divina - poderia, se não houvesse loucos, se não houvesse portadores de "déficit" mental, se não houvesse epilépticos, se não houvesse fome e miséria e treva e ignorância, orgulho e vaidade e egoísmo, e a todos os homens se concedesse, na vida presente, igual oportunidade para alcançar o Bom e o Belo - não pode a justiça divina, eu dizia, circunscrever-se ao fatalismo das penas e recompensas eternas, sob pena de ser considerada injusta, inferior à justiça humana, que já preconiza a individualização da sanção anticriminal. A meu ver, "datíssima vênia" , só a preexistência da alma - velha batalhadora de vidas pregressas - justificaria as tendências contraditórias do espírito humano na vida presente, e devolveria a Deus o caráter de soberanamente justo e misericordioso: todas as almas, criadas simples e ignorantes, partem do mesmo ponto e evolvem para um único fim. E se assim é, se a vida atual é oportunidade de corretivo, de educação, de progresso e de escola, a ninguém é dado matar - nem ao indivíduo e nem ao Estado: a pena de morte é oficio de Deus!...
Eu peço mais uma vez perdão a Vossa Excelência, Reverendo Padre Emílio Silva. Acontece, porém, que eu não teria dito tudo que disse se não fora idealista, se não tivesse como meu o arroubo natural em todo moço, se a visita de Vossa Excelência não houvesse despertado, em mim, o mais vivo interesse; eu não teria dito isso tudo se não acreditasse em sua capacidade, em seu saber e em sua inteligência. Minha consciência me sacudiu a sensibilidade e exigiu que eu me manifestasse contra a pena de morte. Se não o fizesse, teria traído minha formação cristã, que me manda amar o próximo como a mim mesmo; traído a tradição que sedimentei no seio da família, pela percentagem de sangue negro que me faz cantar o sentimentalismo de um povo supliciado e oprimido, pela cota de sangue indígena que me reclama o amor da liberdade, pela porção de sangue luso que me impele à conquista da vida civilizada, e pela estirpe russo-alemã que me deu o nome e me ensinou a amar a terra, a natureza, a música e a submissão a Deus; teria traído minha condição de brasileiro, que muito prezo e me assegura ser o Brasil um país que aprendeu a abominar a violência; eu teria traído tudo que me é mais caro, se me houvesse calado!
Não obstante, eu lhe reconheço - já asseverei - a possibilidade de defender a pena de morte, como jurista e filósofo. Talvez mesmo, com base na Suma Teológica e no Direito Eclesiástico, em Agostinho e Optato, lhe seja possível esse malabarismo. Eu me nego a acreditar, entretanto, que argumento para tal possa ser bebido diretamente nas palavras de Jesus, o Profeta da Paz, do Amor e do Perdão - Aquele que disse: "Reconciliai-vos antes de tudo com o vosso irmão e depois vireis fa¬zer a vossa oferta diante do altar". Se Vossa Excelência colocar violência na boca do Messias Divino, terá destruído - em meu entender - o mais santo dos homens, o deus da igreja que Vossa Excelência representa; terá esmagado o secular edifício do Cristianismo, sustentado sobre o amor da divindade e o amor do próximo. Se Vossa Excelência o conseguir, eu terei perdido - naturalmente e de conseqüência - minha qualidade de cristão, porém não a de amante da paz. Terei então, em desespero, de socorrer-me daqueles outros lindos modelos de virtude e temperança que me oferece a história da humanidade - Buda, Lao-Tsé, Sócrates, Francisco de Assis, João Huss, George Fox, Léon Tolstoi, Ghandi e tantos outros - para que eu não perca minha crença no bem, a confiança que tenho em Deus e a necessidade que tenho de crer no futuro do homem!
Eu peço uma última vez perdão a Vossa Excelência, Reverendo Padre Emilio Silva. Mas tenho para mim que, com isso tudo que eu lhe disse, em nada diminuirá a admiração - sincera e sinceríssima - que devo à cultura e ao desassombro de Vossa Excelência. Tenho para mim que, premunindo o auditório, tributei a Vossa Excelência a maior e a mais cara das homenagens: dei-lhe, por antecipação, uma prova de confiança absoluta na excelência de seu conhecimento de mestre e pensador. Estou certo de que Vossa Excelência conseguirá, pelo poder da razão e da lógica, esfacelar-me - a mim e a minha ignorância - nessas quatro conferências brilhantíssimas que veio proferir em nosso meio provinciano.
E é por isso, então, que eu me sinto perfeitamente à vontade para, em nome do Centro Acadêmico "Hugo Simas" e em meu próprio nome, testemunhar-lhe meu fundo respeito e lhe dar boas-vindas: Seja Vossa Excelência, Reverendo Padre Professor Doutor Emilio Silva, bem vindo ao Paraná, que anseia por conhecê-lo através da mocidade estudiosa!
E, afinal, a saudação de um cristão para outro: Que a paz seja com Vossa Excelência!"
Discurso pronunciado por Jacob Holzmann Neto, na qualidade de orador do Centro Acadêmico Hugo Simas, da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, ao ensejo da visita que, a convite daquele Centro Acadêmico, fizera a Curitiba, o venerando Professor Padre Emílio Silva. Publicado na edição de 30 de junho de 1958 do Jornal Mundo Espírita.
Senhor Presidente do Centro Acadêmico "Hugo Simas",
Uso da palavra, segunda vez, para homenagear o Reverendo Padre Professor Doutor Emílio Silva. Na terça-feira última, eu formulava uma saudação; hoje. apresento uma despedida. Numa e noutra vez, o direito de falar me foi concedido por pertencer a mim o cargo de orador do Centro Acadêmico "Hugo Simas"; e, numa e noutra vez, exultei: tomei sobre meus ombros a responsabilidade de representar uma classe, com íntima satisfação. Porque nem sempre as oportunidades abertas ao orador lhe são gratas. E coisa pior não existe do que se fazer aquilo que se não quer fazer. Tudo que então se diz soa falso, frio, descolorido, insincero. Haveis de conceder-me este crédito: prezo muito a sinceridade. E é a sinceridade que me faz, segunda vez, confessar que muito me honra dirigir a palavra à figura respeitabilíssima, por todos os títulos, do Reverendo Padre Professor Doutor Emílio Silva.
Hoje o confesso com força maior ainda, com base mais sólida: ratifico todos os encômios que enderecei ao venerando professor e que ele, por excessiva modéstia, classificou de hiperbólicos. Não foram elogios hiperbólicos! O próprio Padre Emílio fê-Ios justos e proporcionados, comprovando-os. Todos os que ouvimos as belíssimas e segurissimas preleções do Padre Emílio Silva, hoje - mais do que há três dias - reconhecemos a cultura e a inteligência, a capacidade e a sapiência daquele que nos fez tão grata visita. E a esse patrimônio intelectual todo, que é dele e que nunca lhe será negado, tributamos derradeira homenagem.
Professor Emílio Silva:
O Centro Acadêmico "Hugo Simas" apresenta, por mim, a Vossa Excelência sua despedida oficial. Quiséramos ter conosco, por mais tempo ainda, a palavra esclarecida de Vossa. Excelência. Ainda que obrigado a nos deixar, Vossa Excelência não conseguirá, todavia, arrancar as raízes de admiração e simpatia que profundou em nosso meio. De Vossa Excelência fica a mais cara das lembranças: o estimulo ao estudo e o respeito à cultura. Gostaríamos, também, que Vossa Excelência levasse consigo algo de nós. Infelizmente, mais não temos a oferecer do que nossos agradecimentos: somos gratos pelo muito que aprendemos em quatro aulas.
Vossa Excelência, pela cultura filosófica, soube impor-se em nosso meio.E aquilo que eu lhe digo é o que pensam todos os que me ouvem. Vossa Excelência desenvolveu, com segurança e clareza, a tese que se propôs defender. Eu o cumprimento, por modo efusivo, e cumprimento, também, a classe acadêmica. de minha terra por ter ouvido tudo quanto ouviu de Vossa Excelência. Poucas vezes tive oportunidade de apreciar em outrem tamanha acuidade de raciocínio e habilidade de argumentação tão impressionante. Foi o que marcou a tese de Vossa Excelência e é o que todos aqui reconhecemos: raciocínio vigoroso, cultura fecunda, exposição clara e argumentação segura.
Quando eu o saudei há três dias, houve quem interpretasse mal minhas palavras e meu propósito. Tenho, porém, a certeza de que Vossa Excelência bem me compreendeu. Manifestei-me, por antecipação, contrariamente a seu ponto de vista - primeiro, pela necessidade que tem todo homem sincero de afirmar suas convicções, quando se lhe dá azo; depois, porque sabia perfeitamente a quem falava - um Doutor em Filosofia; e, por último, para que Vossa Excelência colhesse a impressão de que a mocidade do Paraná procura estudar e não é indiferente aos problemas que agitam o homem e a sociedade.
Vossa Excelência dizia, ainda ontem, que aquele que combateu a pena de morte, com veemência e por modo que o fizesse saber a todos, dificilmente teria sinceridade suficiente pata reconhecer o erro e vencer o amor próprio, tenaz característica de todo espírito humano. Respeito muito a autoridade daquele que disse antes de mim - "se há grandeza em reconhecer o próprio erro, há sempre baixeza em perseverar numa opinião que se repute falsa." (Allan Kardec). Porque ele assim falou, estou seguro de que eu retrataria minha falha, caso Vossa Excelência houvesse conseguido mudar minha maneira de pensar. E como muitos esperam - talvez Vossa Excelência mesmo - que eu aqui me pronuncie, de público, sobre se minhas idéias permanecem inalteradas ou não, peço vênia para tanto, uma vez que - assim me parece - durante a saudação anterior, eu assumi, ainda que veladamente, tal compromisso. Peço vênia para dizer, com toda a sinceridade, que não mudei: continuo contra a pena de morte.
E Vossa Excelência há de reconhecer a mim esse direito, porque Vossa Excelência mesmo disse, tam¬bém ontem, que a convicção é conquista individual: não se poderá impô-la a quem quer que seja.
Embora lhe tenha parecido que minhas palavras, quando eu o saudei há três dias, não tiveram outra força que não o arrebatamento do orador - não é o sentimentalismo deseducado que grita em mim: sou cérebro e sou coração, quando sou contra a pena de morte. Apenas Vossa Excelência desconhece a doutrina - a um só tempo filosófica, científica e religiosa - que me dá esta convicção. Isso importa. numa profissão de fé: sou espírita e, como espírita, não poderei jamais, sem trair minha razão e meu sentimento, aceitar a legitimidade e a conveniência da pena de morte!
E malgrado permaneçamos ambos cristãos - Vossa Excelência mesmo o disse - hoje se me tornou patente que encaramos o Cristo sob prismas diferentes... Talvez, algum dia, quando não formos mais o mestre e o aluno, o clérigo e o leigo, a maturidade e a juventude; em algum lugar, quando livres das contingências da matéria, a vida de um homem ou de um povo nos parecer tão pequena quanto a de um mosquito e, em compensação, a de um inseto tão infinita quanto a de um corpo celeste com toda sua poeira de nações; talvez, nesse dia, possamos compreender, juntos, que todos os homens, de todas as seitas e de todas as filosofias, lutam pela conquista da Verdade e para ela evolam em sua marcha ascensional até Deus!
Até lá, se esse dia vier, hipoteco-lhe, desde já, meu respeito, minha admiração e minha amizade...
E, finalmente, deixo aqui consignados os agradecimentos do Centro Acadêmico "Hugo Simas" e da mocidade do Paraná, pela solicitude com que Vossa Excelência aquiesceu a nosso convite e pelas quatro brilhantíssimas conferências que proferiu em nosso meio.
Ao Reverendo Padre Emílio, nosso muito-obrigado, nosso muito-obrigado sincero e muito sincero!
Discurso pronunciado por Jacob Holzmann Neto, na qualidade de orador do Centro Acadêmico Hugo Simas, da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, ao final da visita que, a convite daquele Centro Acadêmico, fizera a Curitiba, o venerando Professor Padre Emílio Silva. Publicado na edição de 30 de junho de 1958 do Jornal Mundo Espírita.
(Fonte: http://www.feparana.com.br/topico/?topico=546 (Recebido em email de malena@mymalena.com.br)
|
Amor Infinito Vibrações de misericórdia |
(Recebido em email de Leopoldo Zanardi) |
Em absoluto respeito à sua privacidade, caso não mais queira receber este Boletim Diário de notícias do movimento espírita, envie-nos um email solicitando a exclusão do seu endereço eletrônico de nossa lista. Nosso endereço: igobi@uol.com.br |