Notícias do Movimento Espírita São Paulo, SP, segunda-feira, 11 de abril de 2022 Compiladas por Ismael Gobbo |
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Notas |
1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento. 2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes diversas via e-mail e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec. Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.
3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).
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Atenção |
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Publicação em sequência O Livro dos Médiuns. Copiado do site Febnet. |
Prossegue na próxima publicação
(O Livro dos Médiuns, copiado do site FEBNET) |
O pesadelo. Óleo sobre tela de Henry Fuseli Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/File:John_Henry_Fuseli_-_The_Nightmare.JPG |
Um sonho de uma garota antes do nascer do sol. Aquarela de Karl Bryullov Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Briullov,_Karl_-_A_Dream_of_a_Girl_Before_a_Sunrise.jpg
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Episódio da Transfiguração em aquarela de James Tissot. Imagem/fonte:
E aconteceu que, quase oito dias depois destas palavras,
tomou consigo a Pedro, a João e a Tiago, e subiu ao monte a orar. |
John Dee e Edward Kelly evocam um espírito Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:John_Dee_and_Edward_Keeley.jpg
John Dee e Edward Kelley usando um ritual de círculo mágico para invocar um espírito em um cemitério da igreja . |
Fotografia do pesquisador espírita Alexandre Aksakof onde o médium William Eglinton provoca a materialização de um espírito feminino (Londres- 1880) Imagem/fonte:
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Nossas avós |
Quantos de nós tivemos a felicidade de contar com uma oficina, na casa da vovó, registrando lembranças de amor que carregamos pela vida afora. Uma oficina onde levávamos nossas bonecas para serem consertadas, suas roupinhas para serem reformadas. Mesmo aqueles brinquedinhos de plástico, quando desencaixavam as peças; os bichinhos de pelúcia, quando abriam na costura ou descolavam os olhos. A oficina da vovó não se detinha em apenas restaurar brinquedos avariados, ou ganharmos roupas novas para nossas bonecas. Se caísse um botão da camisa ou esgarçasse a costura da calça, meninos e meninas conhecíamos o caminho de quem poderia nos tirar do apuro. Uma festinha típica na escola e logo surgia um modelito único para nossa alegria. Se crescíamos muito, mas continuávamos magrelinhos, as calças se transformavam em bermudas e as saias ganhavam babados impensáveis. Um ajuste aqui, outro ali e as peças pouco usadas pelos maiores se transformavam em atrativos para os menores. Como não reconhecer esse carinho, tempo e atenção sem limites, quando se trata de fazer os netos felizes. Além disso, quantas de nossas avós se transformavam em enfermeiras, quando a mamãe estava longe. Elas devem ter escondida em si uma porção de médica também... Quantas vezes nos colocavam no colo, mesmo já crescidos. Quantas vezes acabaram com nossa dor terrível, passando a mão em nossas cabeças, e nos servindo um copo de água com açúcar. Dava vontade de ficar muito tempo com elas. As avós não deveriam se ausentar de nossas vidas. Adultos, como nos faz bem tê-las por perto. Mesmo que não consigam ou não precisem mais costurar, consertar, reformar alguma coisa. Tê-las por perto para ouvir seus conselhos, suas histórias de vida, suas experiências. Tantas coisas que nos enriquecem. Imaginemos o quadro, pelos olhos das avós. Dizem que elas são mães com açúcar. Vivem outro tempo e, muitas vezes, se tornam as babás dos netos, enquanto os pais se entregam aos seus afazeres profissionais. Elas tiveram seus próprios filhos e os viram crescer. Os netos chegam, quando elas mesmas têm outra forma de encarar a vida e seus percalços. Seus corações apreciam ofertar o tanto de amor que trazem em si aos filhos dos seus filhos. Um amor que aumenta dia após dia, e que chega a sufocar de tanta felicidade e alegria. Aconchegar um neto em criança, agradando-o dentro dos padrões educacionais, vivenciando o amor com limites, o respeito e o carinho maiores, não tem preço. Por tudo isso, os que ainda temos conosco nossas avós, as recompensemos com nossa gratidão. Se não foram aquelas que nos aconchegaram mais intimamente e tiveram grande papel em nossas vidas, lembremos de que, graças a elas, temos nossos pais. Consequentemente, nascemos. E, se nossas avós já estiverem mergulhadas nas brumas do esquecimento do mais recente, com a mente fixada no ontem distante, não as deixemos ao abandono. Olhemos as mãos enrugadas, o rosto, onde o tempo esculpiu, cuidadosamente, linhas marcantes e as abracemos. Por gratidão, por amor. Redação do Momento
Espírita
ESCUTE O ÁUDIO DESTE http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=6668&stat=0
(Do site Feparana) |
A avó. Pintura de Antonio José Patricio. Imagem/fonte: |
Favorito da vovó. Pintura de Georgios Jakobides. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Grandma%27s_Favorite.jpg |
Criação da Vovó. Óleo sobre tela de Oscar Pereira da Silva Exposto na Pinacoteca do Estado de São Paulo. São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo
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Lição em Jerusalém |
Pelo Espírito Pelo Espírito Irmão X (Humberto de Campos). Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Lázaro Redivivo. Lição nº 17. Página 85.
Muito significativa a entrada gloriosa de Jesus em Jerusalém, de que o texto evangélico nos fornece a informarão. A cidade conhecia-o, desde a sua primeira visita ao Templo, e muita gente, quando de sua passagem por ali, acorria, pressurosa, a fim de lhe ouvir as pregações. O povo judeu suspirava por alguém, com bastante autoridade, que o libertasse dos opressores. Não seria tempo da redenção de Israel? A raça escolhida experimentava severas humilhações. O romano orgulhoso apertava a Palestina nos braços tirânicos. Por isso, Jesus simbolizava a renovação, a promessa. Quem operara prodígios iguais aos dele? Profeta algum atingira aquelas culminâncias. A ressurreição de Lázaro, enfaixado no túmulo, com sinais evidentes de decomposição cadavérica, espantava os mais ilustres descendentes de Abraão. Nem Moisés, o legislador inesquecível, conseguira realização daquela natureza. E o povo, naqueles dias de festa tradicional, se dispôs a homenageá-lo, em regra. Receberia o profeta com demonstrações diferentes. Mostraria aos prepostos de César que Jerusalém não renunciava aos propósitos de libertação, ciosa de sua autonomia, e, agora, mais que nunca, possuía um chefe político à altura dos acontecimentos. Jesus, certamente, não atenderia às imposições dos sacerdotes e nem se submeteria ao suborno, ante as promessas douradas dos áulicos imperiais. Em vista disso, quando o Mestre saiu de Betânia, a caminho da cidade, alinharam-se fileiras de populares, saudando-o festivamente. Anciães de barbas encanecidas acompanhavam o coro dos jovens: - “Hosanas ao filho de David!” As mulheres gritavam, entusiasticamente, amparando criancinhas a sustentarem, com graça, verdes ramos de palmeira. Os discípulos, ladeando o Mestre, sentiam o efêmero júbilo rovocado pelo mentiroso incenso da multidão. Os fiéis galileus, guindados inesperadamente ao cume da popularidade, inclinavam-se com desvanecimento, embriagados pelo triunfo. De espaço a espaço, esse ou aquele patriarca fazia sinais a Pedro, Filipe ou João, convidando-os a se pronunciarem discretamente: - Quando se manifestará o Messias? Os interpelados assumiam atitude de orgulhosa prudência e respondiam, quase sempre, a mesma coisa: - Estamos certos de que a homenagem de hoje é decisiva e o Messias dar-nos-á a conhecer o plano das nossas reivindicações. Jesus agradecia aos manifestantes de Jerusalém com o olhar, mostrando, porém, melancólicos sorrisos. Demonstrando compreender a situação, logo após, convocou os discípulos para uma reunião mais íntima, em que lhes diria algo de grave. Interpelados por alguns amigos, Tiago e João, filhos de Zebedeu, informaram quanto ao anúncio do Mestre. Discutiria as questões do presente e do futuro, e, possivelmente, seria mais claro nas definições políticas da ação renovadora. Por esse motivo, enquanto o Cristo e os companheiros tomavam a refeição frugal do cenáculo, verdadeira multidão apinhava-se, discreta, nas adjacências. O povo aguardava informações do colégio apostólico, entre a ansiedade e a esperança. Finda a reunião, e enquanto Jesus e Simão Pedro se demoravam em confidências, seis discípulos vieram, cautelosos, à via pública. A fisionomia deles denunciava preocupações e desencanto. Começaram os comentários, entre os intelectualistas de Jerusalém e os pescadores da Galiléia. - Que disse o profeta? - perguntou o patriarca, chefe daquele movimento de curiosidade - Explicou-se, afinal? - Sim - esclareceu Filipe com benevolência. - E a base do programa de nossa restauração política e social? - Recomendou o Senhor para que o maior seja servo do menor, que todos deveremos amar-nos uns aos outros. - O sinal do movimento? - indagou o ancião de olhos lúcidos. - Estará justamente no amor e no sacrifício de cada um de nós - replicou o Apóstolo, humilde. - Dirigir-se-á imediatamente a César, fundamentando o necessário protesto? - Disse-nos para confiarmos no Pai e crermos também nele, nosso Mestre e Senhor. - Não se fará, então, exigência alguma? - exclamou o patriarca, irritado. - Aconselhou-nos a pedir ao Céu o que for necessário e afirmou que seremos atendidos em seu nome - explicou Filipe, sem se perturbar. Entreolharam-se, admirados os circunstantes. - E a nossa posição? – resmungou o velho - Não somos o povo escolhido da Terra? Muito calmo, o Apóstolo esclareceu: - Disse o Mestre que não somos do mundo e por isso o mundo nos aborrecerá, até que o seu Reino seja estabelecido. Espocaram as primeiras gargalhadas. - Mas o profeta - continuou o israelita exigente - não assinou algum documento, nem se referiu a qualquer compromisso com as autoridades? - Não - respondeu Filipe, sincero e ingênuo -, apenas lavou os pés dos companheiros. Oh! para os filhos vaidosos de Jerusalém era demais. Surgiram risos e protestos. - Não te disse, Jafet? - falou um antigo fariseu ao patriarca. - Tudo isso é uma farsa. Um moço pedante afiançou, depois de detestável risada: - Muito boa, esta aventura dos pescadores! Dentro de alguns minutos, via-se a rua deserta. Desde essa hora, compreendendo que Jesus cumpria, acima de tudo, a Vontade de Deus, longe de qualquer disputa com os homens, a multidão abandonou-o. Os discípulos, reconhecendo também que Ele desprezava todos os cálculos de probabilidade do triunfo político, retraíram-se, desapontados. E, desde esse instante, a perseguição do Sinédrio tomou vulto e o Messias, sozinho com a sua dor e com a sua lealdade, experimentou a prisão, o abandono, a injustiça, o açoite, a ironia e a crucificação. Essa, foi uma das ultimas lições d’Ele, entre as criaturas, dando-nos a conhecer que é muito fácil cantar hosanas a Deus, mas muito difícil cumprir-lhe a Divina Vontade, com o sacrifício de nós mesmos.
(Texto recebido em email do divulgador Antonio Sávio, Belo Horizonte, MG) |
Jesus com os doutores do Templo. Óleo sobre tela de Paolo Veronese. Image/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Disputa_con_los_doctores_(El_Veron%C3%A9s)_grande.jpg |
A ressurreição de Lázaro em óleo sobre tela por Rembrandt. Imagem/fonte:
Havia um homem chamado Lázaro. Ele era
de Betânia, do povoado de Maria e de sua irmã Marta. E aconteceu que Lázaro
ficou doente. https://www.bibliaonline.com.br/nvi/jo/11/1-4
O Espiritismo atribui o fenômeno da ressurreição de Lázaro a possível caso de catalepsia, letargia ou morte aparente. E também pode ser um dos casos da Dupla Vista de Jesus
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Entrada do Cristo em Jerusalém. Óleo sobre tela por Anthony van Dyck. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Entry_of_Christ_into_Jerusalem_by_Anthony_van_Dyck.jpg |
O beijo de Judas. Óleo sobre tela por Nicolai Wilhelm Marstrand Imagem/fonte: |
Jerusalém, Israel. Mesquita de Omar no local onde se situava o Templo. Foto Ismael Gobbo |
Bom Pastor. Obra de Bernhard Plockhorst Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bernhard_Plockhorst_-_Good_Shephard.jpg
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Não despreze sua juventude e seja um exemplo |
Nos registros de Paulo na 1ª. Epístola a Timóteo, há valorização das relações interpessoais em grupos de seguidores de Jesus e o exemplo do jovem no amor e na fé, que foram comentados na noite do dia 06 de abril por Cesar Perri em programa da webTV Rádio Brasil Espírita. Trata-se de série sobre as “Epístolas de Paulo à luz do Espiritismo”, transmitidas às 4as feiras às 19 horas pela webTV Rádio Brasil Espírita de Maceió. Acesse pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=yhoASRk74aQ
(Recebido em email de Cesar Perri) |
Programação do Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, Portugal |
Exms Senhores,
As nossas mais cordiais saudações.
1 - O Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, vai
levar a cabo uma conferência no dia 15 de Abril de 2022, subordinada ao tema
"O Livro dos Espíritos", com a profª Amélia Reis, pelas
21H00, seguida de debate.
b) O Centro de Cultura Espírita (CCE) está a organizar as XVI Jornadas de Cultura Espírita do Oeste, no CCC, C. Rainha, nos dias 30 Abril e 1 de Maio de 2022, subordinadas ao tema "Ciência e Espiritismo", encontrando-se os bilhetes (12,50 €) à venda online ou no CCE.
Cordialmente
CCE
Tel: 938 466 898; 966 377 204; www.cceespirita.wordpress.com - E-mail: ccespirita@gmail.com
Recebido em email de Centro de Cultura Espírita Caldas da Rainha [ccespirita@gmail.com]) |
Assista palestra com Rita de Cássia Sillos Gardim. Acesse no link |
Assistir ↓ https://www.youtube.com/watch?v=LG4_SH2th4I
(Informação recebida em email de Francisco Atilio Arcoleze [atilio.arcoleze@gmail.com]) |
Registro. Atividades do Projeto Chico Xavier Araçatuba |
Neste sábado, 09-04-2022, como programado foram realizadas as diversas atividades que o Projeto Chico Xavier desenvolve. Abertura, preparo de sacolas de mantimentos diversos para distribuição aos cadastrados e refeição para ser servida no final dos trabalhos, aulas de evangelização para crianças e jovens. A palestra pública foi proferida pelo orador Émerson Gratão. Fotos recebidas de Simone Shorane.
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Projeto Chico Xavier. Araçatuba, SP. Público na palestra de Émerson Gratão. Foto de Émerson Gratão recebida de Simone Shorane |
Projeto Chico Xavier. Araçatuba, SP. Público na palestra de Émerson Gratão. Foto de Émerson Gratão recebida de Simone Shorane |
Projeto Chico Xavier. Araçatuba, SP. Evangelização infantil. Foto de Émerson Gratão recebida de Simone Shorane |
Projeto Chico Xavier. Araçatuba, SP. Crianças da evangelização infantil. Foto de Émerson Gratão recebida de Simone Shorane |
Registro. Palestra no Abrigo Ismael Araçatuba, SP |
A palestra na manhã deste domingo, 10 de abril de 2022, foi proferida pela oradora Leila Guerreiro que abordou tema alusivo ao processo regenerativo do espírito. Fotos: Ismael Gobbo.
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Folha Espírita A guerra do ponto de vista espiritual |
Em 1952, o benfeitor espiritual Emmanuel, no livro Roteiro, ao se referir ao Planeta Terra como o “Grande Educandário”, nos revela que a população de Espíritos ligados ao nosso orbe é de 20 bilhões. Hoje, temos aproximadamente 7,8 bilhões de Espíritos encarnados que, no exato momento, têm suas atenções e apreensões voltadas para o conflito entre Rússia e Ucrânia. Todos nós temos a grande preocupação e o receio de uma guerra mundial. Mas como será que neste momento esse assunto repercute no mundo espiritual? Compartilhamos algumas revelações que nos mostram como os Espíritos lidam com esses conflitos no mundo espiritual. No ano em que se completam 20 anos do regresso de médium Chico Xavier à pátria espiritual, ainda marcado por acontecimentos tão dolorosos como a guerra, sentimos mais intensamente a necessidade de revivermos os ensinamentos do médium em nossas vidas.
(Informações da jornalista Claudia Santos) |
Site da FEB- Federação Espírita Brasileira Brasília, DF |
Acesse: https://www.febnet.org.br/portal/
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Site Feparana- Federação Espírita do Paraná Curitiba |
Acesse:
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1º Mês Espírita Mundial |
Acesse: feal.com.br/mes-espirita-mundial
(Informação recebida em email de Erika Silveira - FEAL [erika.silveira@feal.com.br] -01/04/2022) |
Programação comemorativa de 12 anos da fundação do Núcleo Espírita Chico Xavier. Niterói, RJ |
(Recebido em email de Núcleo Espírita Chico Xavier [necx.espiritismo@gmail.com]) |
USE/SP. Reabertas as inscrições 18º. Congresso Estadual de Espiritismo |
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(Recebido em email de USE SP - União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo [congressousesp@gmail.com]) |
Se te for possível colabore com o Abrigo Ismael- Departamento da centenária União Espírita “Paz e Caridade”. Araçatuba, SP |
ACESSE O SITE AQUI: O Abrigo Ismael comemorou 80 anos no dia 3 de outubro de 2021
O União Espírita Paz e Caridade, desde o ano 1921, vem atuando para abrandar o sofrimento de idosas carentes, suprindo-lhes todas as suas necessidades. Atualmente, conta com uma equipe de enfermagem, auxiliares, nutricionista, assistente social, médico, e fornece seis refeições diárias, medicamentos, lazer, atividades físicas e lúdicas, visando sempre a maior qualidade de vida possível nesta fase da vida. Em todos esses anos sempre contou com a colaboração da sociedade araçatubense, o qual agradecemos de todo o coração.
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Notícias do Movimento Espírita Recebidas em email de Irmãos W |
Olá
Caros amigos
Saudações Kardequianas
ATUALIZAÇÃO DA SEMANA:
Estamos trazendo nesta semana. Gaston Luce (1880 – 1965) “O Biógrafo de Léon Denis”. Este escritor esteve presente junto ao Movimento Espírita Francês. Mais tem mais um viés espiritualista e espírita. E relembra a grande fase da destruição que se abateu o espiritismo na França de Kardec e na Europa. O grande vazio das fileiras espíritas. E o avanço das doutrinas existencialistas materialista de Jean-Paul Sartre.
O Charles Kempf o grande divulgador do Movimento Espírita Francês atual. Acredita que o acervo de Léon Denis possa estar em posse da família de Gaston Luce. Aguardemos.
Através da apresentação de Hubert Forestier que assumiu o movimento espírita francês enfraquecido. O Sr. Forestier inicia o seu artigo com estas palavras: Gaston Luce, escritor espiritualista afastou-se do nosso mundo em 11 de janeiro de 1965, às 17 horas aproximadamente. Nasceu a 03 de março de 1880, em Néman, Comuna de Avoine (Indre-et-Loire). Estou na Escola Normal de Instrutores de Loches, fazendo, corajosa e entusiasticamente, o de educador. "A medida que são viradas as páginas do grande livro das existências, vemos apagar-se do nosso plano humano queridas figuras, seres amados que, no entardecer de seus anos, concluíram suas tarefas terrestres, adquirindo, assim, o direito de gozarem algum repouso na paz espiritual, momento em que passarão a ter a visão de novas realizações, através das vidas futuras. "Gaston Luce foi, entre nós, daqueles cuja grandeza d'alma, nobreza de sentimentos, simplicidade e valor indiscutível, me fizeram descobrir nele, desde o primeiro encontro, a existência de um coração de irmão mais velho, de verdadeiro amigo, tanto nas horas felizes, como nos instantes sombrios e pardacentos de nossa vida. "A guerra e os anos cruéis que se seguiram a 1939, separando a França, não puderam, em realidade, insular os franceses uns dos outros, e menor, ainda os que se amam. "A 2 de Outubro de 1943, Ângela Luce cerrou os olhos, libertando-se do mundo ainda tão convulsionado. Sob o título: Uma Pomba que esvoaça. Gaston Luce consagrou à memória de sua esposa páginas de sóbria grandeza. Reunidas piedosamente, formaram, assim, um precioso livro, verdadeiro relicário, cuja edição se encontra esgotada. Trata-se de um livro emocionante repleto de suave poesia, da sobrevivência da alma. "Há um mês que ela morreu! No lato sentido dessa palavra, teria ela morrido?" Assim inicia o autor, e, através de suas páginas, procura ele provar que sua bem-amada vive santificada pois seu martírio, enobrecida por sua clarividência, espiritualizada por seus guias. "Gaston Luce, em seus artigos publicados através de La Revue Spirite, deu-nos possibilidade para que apreciássemos a sua alma de crente, de filósofo, de poeta, de sábio e de escritor."
OBRAS TRADUZIDAS
Gaston Luce - Espiritismo e Renovação: A Conferência foi realizada na Sociedade Vaudonesa de estudos psíquicos em Lausane, em 16 de Outubro de 1936 e, em 17, na Sociedade de Estudos psíquicos de Gênova. Sinopse: As religiões e as filosofias nos oferecem um exemplo de tal forma impressionante das alterações e desvios pelos quais o espírito humano lhes tem feito passar nas suas mudanças constantes que, em o sabendo, seríamos imperdoáveis se deixássemos a doutrina espírita à mercê das fantasias ou das preferências de tal ou qual grupo ou personalidade. Se não tememos as inovações, temos entretanto a missão de examiná-las com cuidado extremo logo que se apresentem, sobretudo em uma época de confusão como a nossa, e o critério, em tal exame, será, como sempre, a razão e o bom senso. Acesse o link:
Gaston Luce - O Espiritualismo e os Novos Tempos Sinopse: No diálogo do Fédon, Platão entrega à Símias as seguintes palavras, sobre a imortalidade: “Se é muito difícil saber toda a verdade nesta vida – observa o interlocutor de Sócrates – eu estou convencido de que não examinar muito exatamente aquilo que se diz e se abater antes de ter empreendido todos os seus esforços, é a ação de um homem mole e preguiçoso, pois é preciso, de duas coisas, uma: ou aprender dos outros aquilo que se é, ou descobrir por si mesmo”. Pascal retoma esse ponto de vista em seus Pensamentos quando escreve: “A imortalidade da alma é uma coisa que nos importa tanto que é preciso ter perdido todo o sentimento para estar na indiferença de saber o que se é”. A causa dessa falta de curiosidade é fácil de adivinhar: as pessoas querem viver suas vidas; fica-se indiferente à própria morte. Mas é uma indiferença dissimulada onde atravessa a inquietude: procura-se evitar uma questão incômoda, deixa-se para chamar o padre no último momento. É preciso, contudo, convir que o pensamento dos homens é sempre fixado sobre o depois da morte. Dante não é tenro com os que negam: “A mais bestial, a mais preguiçosa e a mais perniciosa de todas as imbecilidades humanas é aquele que afirma que não há nenhuma vida pós-morte”. O espiritualismo casado ao sentimento universal e baseado na experiência afirma a vida após a morte. Sem alterar em nada a razão filosófica, não mais que o sentimento religioso, ele leva a um e outro um apoio dos mais reais. Acesse o link:
O TRABALHO: - Reforma do setor Gaston Luce - Nova biografia de Gaston Luce que foi extraída do Reformador que nos presenteou com fotos e artigos. - Reforma de 02 obras de Gaston Luce raras.
DIVERSÃO DO FINAL DE SEMANA
MILTON MEDRAN (CEPA)
Palestra de Milton Medran (CCEPA). Tema: A propriedade segundo a doutrina espírita Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=m4TWnhxamiY
CCEPA - Centro Cultural Espírita de Porto Alegre (O Compromisso do Espiritismo com a Democracia) (Evento de Integração do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre - CCEPA, realizado em 19/10/2021, 20h, com apresentação de Dirce Carvalho Leite, coordenação de Salomão Benchaya e exposição de Milton Medran Moreira, a partir do editorial publicado no Jornal CCEPA Opinião 282.) Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=nQFzUG_lwrU
CÉSAR SÁTIRO SANTOS
SHERBROOKE - CANADÁ
Programa Visão Espírita: César Santos – Cristianismo e Espiritismo Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=pZQynLGDRYc
Programa Visão Espírita: César Santos – Os Símbolos do Cristo: o Bom Pastor! Palestra pública online para a CEJAPE-ES em 23 de março de 2022. Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=ILhQNFwvB3c
Programa Visão Espírita: César Santos – Lutar ou perder Palestra pública da FABEM Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=C5GeP6Hmsl8
ALLE DE PAULA
165 anos de O Livro dos Espíritos - Palestra presencial com Allê de Paula - Centro Espírita Francisco Cândido Xavier de São José do Rio Preto-SP Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=aP-OxeqyBQk
CÉSAR PERRI
Centenário de Chico Xavier em Pedro Leopoldo ---------- INÉDITO As comemorações do Centenário de Chico Xavier em Pedro Leopoldo, no dia 02/04/2010, foram apresentadas em comentários e ilustrações por Antonio Cesar Perri de Carvalho, em programa transmitido no dia 03 de abril. Esses episódios históricos sobre as repercussões sobre a vida e obra de Chico Xavier baseiam-se em fatos vivenciados pelo expositor, registrados pela imprensa espírita da época e incluídos em livros de sua autoria: “Chico Xavier. O homem, a obra e repercussões” (USE/EME, 2019), “Emmanuel. Trajetória espiritual e atuação com Chico Xavier” (O Clarim, 2020) e “Pelos caminhos da vida. Memórias e reflexões” (Cocriação, 2021). Ao ensejo dos 20 anos da partida do médium, os temas sobre eventos relacionados com Chico Xavier são desenvolvidos por Perri em transmissões da Estação Dama da Caridade Benedita Fernandes, aos sábados às 17 horas. No dia 02 de abril, a Estação transmitiu seis programas em homenagem a Chico Xavier, intitulados Pit Stop Chico Xavier na Estação. Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=NCZHDJNZBcU
1º Timóteo - recomendações sobre juventude - #12 Epístolas de Paulo à luz do Espiritismo com Cesar Perri Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=EukJm0HUVog
1º Timóteo - Valores para colaboradores #11 Epístolas de Paulo à luz do Espiritismo com Cesar Perri Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=gSwG9nvPCmE
CANAL LUZ ESPÍRITA
Acompanhe, todo domingo, às 10h (horário de Brasília), as videopalestras produzidas pela Equipe Luz Espírita, com exposições sobre os mais diversos temas de interesse ao estudo do Espiritismo, com a participação de expositores espíritas da nossa fraternidade e outros convidados.
Palestra #11 - "Saúde e espiritualidade em tempos de pandemia" com Nazareno Feitosa Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=Zzat7GZsN-E
Palestra #10 - "Espiritismo, fonte de progresso para a humanidade" com Francisco Rebouças Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=wCYq4LTFTtQ
CHARLES KEMPF
O programa "Espiritismo com Kardec e seus pioneiros" vai ao ar toda quarta-feira às 7h30, ao vivo (em direto) com apresentação de Charles Kempf, André Luis Chiarini Villar e Sérgio Villar.
Espiritismo com Kardec e seus pioneiros| Charles Kempf e André Luis Villar | 30.03.22 Tema do programa de hoje: O Além e a Sobrevivência do Ser Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=oi4AtlXD808&list=PL1BsJgah6AwkdUUWHICx9Ppb7reA2bA8o&index=3&t=18s
Espiritismo com Kardec e seus pioneiros| Charles Kempf e André Luis Villar | 06.04.22 Tema do programa de hoje: O Além e a Sobrevivência do Ser (2 parte) e Espíritos e Médiuns. Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=1m-Mb-IY6sA&list=PL1BsJgah6AwkdUUWHICx9Ppb7reA2bA8o&index=2
A LUTA SEGUE
IRMÃOS W.
(Recebido em email de WANDERLEI SANTOS [fabioastoni@msn.com]) |
Revista eletrônica semanal O Consolador Londrina, PR |
ACESSE:
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Boletim semanal do Grupo de Estudos Chico Xavier São Paulo |
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Bezerra de Menezes – 122 anos da partida espiritual; Cristo consolador; Estrutura de O evangelho segundo o espiritismo; Homenagens a Chico Xavier no reinício público do Centro União; Reconciliação com adversários; Não despreze sua juventude e seja um exemplo; Paulo e as recomendações para o jovem Timóteo; Em foco para B.H. – Há dois mil anos; Centenário de Chico Xavier em Pedro Leopoldo; Aniversariante Chico Xavier – paz e bem; Ingredientes do êxito
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Estudo do Evangelho: - Reconciliação com adversários: http://grupochicoxavier.com.br/reconciliacao-com-adversarios/
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Videos: - Em foco para B.H. – Há dois mil anos: http://grupochicoxavier.com.br/em-foco-para-b-h-ha-dois-mil-anos/
- Centenário de Chico Xavier em Pedro Leopoldo: http://grupochicoxavier.com.br/centenario-de-chico-xavier-em-pedro-leopoldo/
- Aniversariante Chico Xavier – paz e bem: http://grupochicoxavier.com.br/aniversariante-chico-xavier-bem-e-paz/
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o0o “... esqueçamos tudo o que possa representar motivo à perturbação e valorizemos a serenidade e o proveito” - Bezerra de Menezes. (Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Bezerra de Menezes. Bezerra, Chico e você. Cap. 1. São Bernardo do Campo: GEEM) o0o Com fraternal abraço, Equipe GEECX
(Recebido em email de Cesar Perri) |
Bezerra de Menezes – 122 anos da partida espiritual |
Antonio Cesar Perri de Carvalho (1) No dia 11 de abril de 1900 desencarnava o dr. Adolfo Bezerra de Menezes, no Rio de Janeiro. Foram alguns meses de situação terminal após sofrer um acidente vascular cerebral. A vida de Bezerra de Menezes foi extremamente profícua de realizações em favor do cidadão do século XIX. Era um vulto extremamente conhecido e respeitado na então capital do país, a cidade do Rio de Janeiro. A trajetória frutífera de Adolfo Bezerra de Menezes (1831-1900) foi detalhada na portentosa pesquisa sobre sua vida, o recente livro Bezerra de Menezes: o homem, seu tempo e sua missão, de autoria de Luciano Klein. Bezerra se envolveu de maneira dedicada em diferentes frentes de atuação, protagonizando lances que o diferenciavam no século XIX, pelo amor vivido em cada atitude, a bem de todos, como médico, político, empresário, pesquisador/cientista, escritor, tradutor e biógrafo. O novo livro com mais mil páginas detalha várias nuances da dedicada atuação de Bezerra junto à população em geral e surgem informações inéditas fundamentadas em pesquisas e reproduções da imprensa do Rio de Janeiro, do século XIX. A pesquisa de Luciano Klein contribui com subsídios para a compreensão da atuação de Bezerra. Além de ser o médico extremamente dedicado e detentor do diploma oficial de “Médico dos Pobres”, o vulto nobre exerceu ações político-partidárias, parlamentares e executivas nos períodos do Império e início da República. Aliás, esse conjunto de atividades ocupou Bezerra durante a maior parte de sua existência, pois a conversão ao Espiritismo e sua atuação como espírita se desenvolveram nos últimos 13 anos de sua vida. Inclusive Bezerra exerceu atividades político-partidárias até concomitantes aos seus encargos espíritas. A leitura de O livro dos espíritos e os contatos com médiuns na fase prévia à sua conversão ao Espiritismo foram marcantes, inclusive o tratamento espiritual do filho, Adolfo Júnior, alvo de obsessão e tratado por médiuns espíritas, fato motivador para a pesquisa de Bezerra que gerou a obra A loucura sob novo prisma. Esse livro de Bezerra, que muito apreciamos, foi inicialmente editado pelos seus filhos em 1920, e, posteriormente pela FEB em 1946. Na última década de existência, Bezerra manteve relações com lideranças espíritas inclusive na então novel Federação Espírita Brasileira, da qual foi presidente em duas oportunidades (1889-1890 e 1895-1900) e vice-presidente (1890-1891). Bezerra enfrentou muitas resistências nos encargos espíritas e no contexto do nascente movimento espírita da cidade do Rio de Janeiro. As ideias de Bezerra sobre união dos espíritas, registradas em vida em jornais leigos da cidade e na revista Reformador, na realidade foram institucionalizadas e implementadas pelo seu vice-presidente na FEB e sucessor, Leopoldo Cirne, notadamente a partir do Congresso que este convocou para comemorar o Centenário de nascimento de Kardec, em outubro de 1904, quando foi aprovado o documento Bases de Organização Espírita. Registramos nosso respeito e homenagens ao eminente vulto do Espiritismo em nosso país. Referência: Klein, Luciano. Bezerra de Menezes. O homem, seu tempo e sua missão. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora. 2021. 1192p.
1) Foi presidente da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo e da Federação Espírita Brasileira; foi membro da Comissão Executiva do Conselho Espírita Internacional.
De: http://grupochicoxavier.com.br/bezerra-de-menezes-122-anos-da-partida-espiritual/
(Recebido em email de Cesar Perri) |
Dr. Adolfo Bezerra de Menezes. Óleo sobre tela de Nair Camargo. Foto Ismael Gobbo Dr. Bezerra é conhecido também por “Médico dos pobres. |
Livro: Bezerra de Menezes. O homem, seu tempo e sua missa. Autor: Luciano Klein |
Dr. Adolfo Bezerra de Menezes |
(AMEB) Ensina-nos o Dr. Bezerra de Menezes: “A vida, sob qualquer aspecto considerado, é dádiva de Deus que ninguém pode perturbar. Todos os seres sencientes desenvolvem um programa na escala da evolução demandando a plenitude, a perfeição que lhes é meta final. Preservar a vida, em todas as suas expressões é dever inalienável,
que assume a consciência humana no próprio desenvolvimento da sua
evolução. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti Nascido na antiga Freguesia do Riacho do Sangue, hoje Solonópole, no Ceará, aos 29 dias do mês de agosto de 1831, desencarnou em 11 de abril de 1900 no estado do Rio de Janeiro. A Infância e a Família Seu pai, Antônio Bezerra de Menezes, capitão das antigas milícias e então tenente-coronel da Guarda Nacional, tinha fazendas de criação de gado; sua mãe chamava-se Fabiana de Jesus Maria Bezerra e era senhora do lar. Antônio era importante fazendeiro local que “nunca mediu sacrifícios, na hora de socorrer àqueles que lhe estendiam a mão”. Tanta generosidade acabou por levar sua fortuna material e em determinada altura as dívidas alcançaram níveis insuportáveis. Antônio foi então procurar cada um de seus credores decidido a entregar seus bens para saldar as dívidas. Os credores, contudo, reuniram-se e decidiram que o coronel Bezerra continuaria com seus bens. Assinaram um documento que afirmava com força legal que o velho Bezerra ficasse com eles e “que gozasse deles e pagasse como e quando quisesse, que eles, credores, se sujeitariam aos prejuízos que pudessem ter.” O velho Bezerra, contudo, não aceitou tal decisão. Depois de muita discussão, resolveu que daquela data em diante seria simplesmente um administrador dos bens para seus credores. Retirava apenas o extremamente necessário para o sustento da família e muitas vezes passou privações. A esta altura, o menino Adolfo, último filho do casal, já estava terminando o então chamado curso preparatório. Os dois filhos mais velhos tinham se formado em direito e o terceiro ainda cursava o segundo ano na Faculdade de Direito de Olinda, Pernambuco. O pequeno Adolfo Bezerra de Menezes tinha sete anos de idade quando foi levado pela mãe para ser matriculado na escola pública da Vila do Frade. Em dez meses o menino aprendeu a ler, escrever e fazer contas simples. Quatro anos depois, quando o pai estava sendo alvo de perseguição política, a família mudou-se para o Rio Grande do Norte. O pequeno Adolfo “foi matriculado na aula pública de latinidade, que funcionava na Serra dos Martins e era dirigida por padres jesuítas” em Maioridade, hoje cidade de Imperatriz. Após dois anos, o rapaz tornou-se tão bom na matéria que chegou a substituir o professor. Em 1846, o velho Bezerra voltou para a capital do Ceará, onde o pequeno Adolfo foi matriculado no Liceu, que era dirigido pelo seu irmão mais velho. Terminando seus estudos, mostrou a vontade de ser médico, e não advogado como os irmãos. Como não havia faculdade de medicina no Nordeste do país, o pai foi obrigado a mandá-lo para a então sede da Corte, a cidade do Rio de Janeiro; contou-lhe tudo que havia acontecido com os bens da família, explicando a pobreza por que passavam. Os parentes cotizaram-se e levantaram quatrocentos mil réis para pagar a viagem até o Rio. Foi assim que Adolfo Bezerra de Menezes pôde pegar o navio e chegar na então sede do Império. O Sacerdócio na Medicina Aos vinte e dois anos, ingressou como praticante interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia. Doutorou- se em 1856 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, defendendo a tese "Diagnóstico do Cancro". Nessa altura abandonou o último patronímico, passando a assinar apenas Adolfo Bezerra de Menezes. Como não tinha dinheiro para montar um consultório, entrou em acordo com um colega de faculdade que possuía mais recursos e passou a dividir uma sala no centro comercial da cidade. Durante os meses em que o consultório ficou aberto, quase não houve pacientes. Mas a casa onde morava o médico Bezerra ficava repleta de doentes. Começou a atender aos componentes da família e depois aos amigos. Sua fama correu pelo bairro e os clientes apareciam; mas ninguém pagava, pois eram todos gente pobre e o dinheiro nunca foi mencionado. Foi então que um amigo e médico militar, Dr. Manoel Feliciano Pereira de Carvalho, chefe do corpo de saúde do Exército, resolveu contratá-lo como médico militar. Dr. Feliciano era chefe da clínica cirúrgica do Hospital da Misericórdia, hospital este onde o Dr. Bezerra tinha sido praticante e interno em 1852, quando ainda cursava o segundo ano de faculdade. Ainda em 1856, o governo imperial fez a reforma do Corpo de Saúde do Exército e nomeou o Dr. Feliciano como cirurgião-mor. Ele, então, chamou Bezerra para ser seu assistente e foi assim que, com um emprego remunerado estável, começou o caminho do médico dos pobres. Bezerra continuava atendendo gratuitamente aqueles que não podiam pagar. Sua fama continuava a se espalhar e o consultório do centro da cidade começou a ficar movimentado, também com clientes que pagavam. O dinheiro que recebia no consultório era gasto com os seus pobres em remédios, roupas ou simplesmente auxílio em dinheiro. Bezerra de Menezes tinha a função de médico no mais elevado conceito, por isso, dizia ele: "Um médico não tem o direito de terminar uma refeição, nem de perguntar se é longe ou perto, quando um aflito qualquer lhe bate à porta. O que não acode por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar- se fatigado, ou por ser alta hora da noite, mau o caminho ou o tempo, ficar longe ou no morro, o que sobretudo pede um carro a quem não tem com que pagar a receita, ou diz a quem lhe chora à porta que procure outro – esse não é médico, é negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros dos gastos de formatura. Esse é um desgraçado, que manda para outro o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu Espírito, a única que jamais se perderá nos vaivens da vida." O Casamento e a Iniciação Política Com a vida mais organizada, resolveu casar tendo encontrado o amor na pessoa de D. Maria Cândida Lacerda; casaram-se em 6 de novembro de 1858. Nesta época, tinha posição social: além de médico, era jornalista, escrevendo para os principais jornais da cidade; no meio militar era muito respeitado. Não demorou muito até que lhe oferecessem um lugar na chapa de um partido para as eleições do Poder Legislativo. D. Maria foi uma das maiores incentivadoras da candidatura de Bezerra de Menezes. Os habitantes de São Cristóvão, bairro onde morava e clinicava, também queriam tê-lo como representante na Câmara Municipal; foi assim que em 1860 foi eleito por um grupo de São Cristóvão. Mas houve uma tentativa de impugnar seu diploma sob o pretexto de que um militar não poderia ser eleito. Bezerra teve então de escolher entre a carreira militar e a política. Seguindo os conselhos de sua esposa, renunciou à patente militar e abraçou a vida política de vez. Contudo, o destino reservava-lhe uma difícil provação para o ano de 1863. Depois de uma doença rápida e repentina, sua esposa desencarnava em menos de vinte dias no outono deste ano. Deixava o marido com dois filhos: um com três anos e outro com um ano de idade. O golpe da viuvez moveu os sentimentos religiosos que a dor sempre traz à tona. Em busca de consolação, Dr. Bezerra passou a ler a Bíblia com freqüência. Verificava a expansão vertical que a dor oferece às almas dos que sofrem, ligando-os a Deus. Re-Conhecendo Doutrina Espírita No mundo, o Espiritismo estava a se expandir. Em 1869 desencarnava Allan Kardec em Paris, deixando consolidada para a humanidade a Codificação Espírita. As idéias de Kardec eram revolucionárias e atraíam a atenção de sérios investigadores e cientistas mundo afora. Desencarnado o Codificador, restava a Obra a arregimentar novos espíritas. No Brasil, principalmente na Capital, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, as influências européias modificavam a vida local. A homeopatia popularizava-se aos poucos, principalmente nos meios espíritas. Teve como um dos seus primeiros experimentadores o baluarte da República José Bonifácio de Andrada e Silva; “Desde 1818, o Brasil principiara a ouvir falar da homeopatia. O Patriarca da Independência correspondia-se com Hahnemann”, o criador da Homeopatia. Como médico, as discussões sobre a terapêutica homeopática também interessaram ao Dr. Bezerra de Menezes e notícias de curas creditadas a essa terapêutica chegaram a seus ouvidos. O Dr. Carlos Travassos havia empreendido a primeira tradução das obras de Allan Kardec e levara a bom termo a versão portuguesa de "O Livro dos Espíritos". Logo que esse livro saiu do prelo levou um exemplar ao deputado Bezerra de Menezes, entregando- o com dedicatória. O episódio foi descrito do seguinte modo pelo futuro Médico dos Pobres: "Deu- mo na cidade e eu morava na Tijuca, a uma hora de viagem de bonde. Embarquei com o livro e, como não tinha distração para a longa viagem, disse comigo: ora, adeus! Não hei de ir para o inferno por ler isto… Depois, é ridículo confessar- me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. Pensando assim, abri o livro e prendi- me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia. Mas não encontrava nada que fosse novo para meu Espírito. Entretanto, tudo aquilo era novo para mim!… Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no "O Livro dos Espíritos". Preocupei- me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo como se diz vulgarmente, de nascença". Medicina e Espiritismo A Doutrina Espírita difundia-se, em muito ajudada pelas práticas de médicos homeopatas e espíritas, que passaram a prestar a Caridade também através de sua mediunidade . Um desses médicos era João Gonçalves do Nascimento ; muitos colegas de Bezerra de Menezes falavam das curas operadas através deste médium e tanto falaram que um dia Bezerra resolveu pedir-lhe uma receita enviando um pedaço de papel que dizia: “Adolfo, tantos anos, residente na Tijuca”). Logo recebeu uma resposta com o diagnóstico correto de seu problema de estômago. Ficou tão impressionado que resolveu pedir receitas também para pessoas que apresentavam problemas psíquicos — a loucura foi uma das áreas que Dr. Bezerra mais estudou. Acompanhou o desenvolvimento do tratamento em seus pacientes e depois de simplesmente assistir aos trabalhos desobsessivos, resolveu participar ativamente nesse tipo de tratamento. Na visão da Doutrina Espírita, os portadores de doenças psíquicas são pessoas que podem apresentar problemas mentais devido às causas biológicas detectáveis pela ciência humana e também devido à influência de espíritos de desencarnados, também doentes. Segundo Casamento e a Carreira Política Em 1864, Bezerra foi reeleito vereador e casou-se com D. Cândida Augusta de Lacerda Machado , irmã materna da sua primeira esposa. Com ela, sua esposa até o leito de morte, teve sete filhos. Deu continuidade à sua carreira política. Em 1867 foi aclamado e eleito deputado geral. Em 1878 foi reeleito deputado, tornou-se presidente da Câmara Municipal (correspondente ao atual cargo de Prefeito Municipal) e líder do seu partido, permanecendo no cargo até 1881. Manteve diversas lutas políticas, sendo conhecido como homem público que não comprometia seus princípios para colher favores ou posições. A exemplo do que ocorre com todos os políticos honestos, uma torrente de injúrias que cobriu o seu nome de impropérios. Entretanto, a prova da pureza da sua alma deu- se quando, abandonando a vida pública, foi viver para os pobres, onde houvesse um mal a combater, levando ao aflito o conforto de sua palavra de bondade, o recurso da ciência de médico e o auxílio da sua bolsa minguada e generosa. Desviado interinamente da atividade política e dedicando- se a empreendimentos empresariais, criou a Companhia de Estrada de Ferro Macaé a Campos, na então província do Rio de Janeiro. Depois, empenhou- se na construção da via férrea de S. Antônio de Pádua, etapa necessária ao seu desejo, não concretizado, de levá-la até o Rio Doce. Era um dos diretores da Companhia Arquitetônica que, em 1872, abriu o "Boulevard 28 de Setembro", no então bairro de Vila Isabel, cujo topônimo prestava homenagem à Princesa Isabel. Em 1875, era presidente da Companhia Carril de S. Cristóvão. Retornando à política, foi eleito vereador em 1876, exercendo o mandato até 1880. Foi ainda presidente da Câmara e Deputado Geral pela Província do Rio de Janeiro, no ano de 1880. A Organização do Movimento Espírita O amor e dedicação de Bezerra pela Doutrina Espírita deram bons frutos e ele veio a exercer papel fundamental no Movimento Espírita brasileiro. Nessa época o Espiritismo no Brasil buscava organizar-se: em 1876 surgia a primeira sociedade espírita no Rio de Janeiro; em 1883, Augusto Elias da Silva , interessado na difusão dos ensinos espíritas, fundava a revista O Reformador e punha-se a procurar colaboradores. O espiritismo sofria perseguições e era combatido veementemente. A imprensa era fonte diária de críticas ferozes; os sermões enchiam os púlpitos de insultos e insinuações contra a Doutrina. Elias da Silva foi então buscar em Bezerra de Menezes conselhos sobre como revidar toda a animosidade contra o Movimento Espírita. A resposta dada pelo Dr. Bezerra foi o de não seguir o caminho do ataque, de não combater o ódio com o ódio, mas antes combater o ódio com o amor . A tônica deste conselho norteou toda a vida e o trabalho de Bezerra, dentro e fora do Movimento Espírita brasileiro. Pela Unificação do Movimento Espírita Em 1883, reinava um ambiente francamente dispersivo no seio do Espiritismo brasileiro e os que dirigiam os núcleos espíritas do Rio de Janeiro sentiam a necessidade de uma união mais bem estruturada e que, por isso mesmo, se tornasse mais indestrutível. A cisão era profunda entre os chamados "místicos" e "científicos", ou seja, espíritas que aceitavam o Espiritismo em seu aspecto religioso, e os que o aceitavam simplesmente pelo lado científico e filosófico. No dia 27 de dezembro de 1883, Augusto Elias da Silva faz uma reunião com os 12 companheiros que o ajudavam no REFORMADOR. Nesse encontro, eles decidem fundar uma nova instituição, que não fosse nem mística, nem científica, deveria ser ideologicamente neutra. Assim, no dia 1° de janeiro de 1884 foi fundada a Federação Espírita Brasileira (FEB), que promoveria a doutrinação, a disciplina e o intercâmbio de experiências entre os diversos centros já existentes. Bezerra foi um dos primeiros a ser convidado para assumir a posição de presidente da organização, mas não aceitou por não se considerar capaz de tamanha responsabilidade. Seu primeiro presidente foi o Marechal Ewerton Quadros e o REFORMADOR torna-se o órgão oficial da FEB. Em 1887, o Médico dos Pobres passou a escrever uma série chamada “Espiritismo — Estudos Filosóficos”, que saía aos domingos no jornal “O País ”, com o pseudônimo de Max . Vale lembrar que na época esse era o jornal mais lido no Brasil. Continuaria a série de artigos até o Natal de 1894. Escreveria depois, com o mesmo pseudônimo, em outros dois jornais sempre em defesa dos postulados do Cristo Jesus, calcado na visão espírita. Em 1888, logo no início da série de artigos, Dr. Bezerra perdeu dois filhos. Reagiu e continuou trabalhando. Durante cinco anos, escreveu sobre a Doutrina, elucidou muitas pessoas e arrebanhou outras tantas para as fileiras espíritas. Em 1889, o Marechal Ewerton Quadros foi transferido para Goiás, ficando impossibilitado de permanecer à frente da FEB. Para seu lugar, foi eleito o famoso médico e deputado Adolfo Bezerra de Menezes, que, há cerca de três anos, havia chocado a sociedade carioca com a sua conversão ao Espiritismo. A intenção dos febianos era colocar um elemento de grande prestígio e força moral na presidência, a fim de fortalecer o processo de unificação. Em 1889, o Dr. Bezerra tornou-se presidente da Federação Espírita, onde tentou a todo custo promover a união de todos os espíritas, inspirado principalmente por mensagem ditada mediunicamente por Allan Kardec em janeiro do mesmo ano, através do médium Frederico Júnior , chamada “Instruções de Allan Kardec aos Espíritas do Brasil”. Bezerra lutou muito para apaziguar as diferenças dentro do meio espírita e tinha como objetivo promover uma liderança que abrigasse todos os espíritas do Brasil. Quanto mais aumentavam as dissensões, mais aumentava também seu esforço e trabalho. Na falta de pregadores espíritas cristãos, assumiu ele mesmo a função. Iniciou uma sessão semanal na Federação para o estudo de O Livro dos Espíritos no dia 23 de maio de 1889 e os resultados obtidos foram os melhores possíveis, com o grande número de pessoas que lá compareciam. Além disto, realizava conferências e reuniões em uma casa espírita chamada União. Em outra casa chamada “Centro”, que ele mesmo fundara para promover o estudo do Evangelho e de O Livro dos Espíritos, tentava conciliar as diferentes correntes de pensamento espírita. E ainda em um outro grupo, participava dos trabalhos de desobsessão. A mensagem “Instruções”, de Kardec, fornecia as diretrizes para o trabalho do Dr. Bezerra . A certa altura Kardec pergunta: “Onde está a escola de médiuns?” e esse ponto ficou gravado na mente de Bezerra. Na realidade, ele não encontrou uma escola de médiuns em parte alguma. A solução encontrada foi fundar ele mesmo a tal escola. Muitos se opuseram à idéia, mas ele terminou por instalar a “Escola de Médiuns” no “Centro ”. Foi quando se viu só, pois nem mesmo os próprios membros da diretoria desta instituição freqüentavam a escola. Chamou a todos, mas ninguém comparecia. Contudo, a Doutrina ganhava terreno em outras áreas. “A Federação inaugurava o seu período áureo, preparando-se para a projeção formidável que iria ter no futuro”. Instituiu-se o serviço filantrópico de “Assistência aos Necessitados”, que atraiu muita gente. Bezerra continuava esquecido no “Centro”, mas mesmo assim manteve firme seus propósitos. A situação chegou a um ponto em que a despesa e os gastos da instituição tornaram-se insustentáveis, e Bezerra já não podia usar de seus próprios recursos. Convocou por carta cada um dos membros da diretoria, para buscar a solução do problema. Ninguém atendeu ao chamado. Na semana seguinte, convocou-os novamente. Ninguém veio. Foi à casa de um por um para convocar uma última reunião que fosse. Nem mesmo assim eles queriam comparecer. Bezerra foi então sozinho procurar abrigo em outra casa espírita, onde foi bem recebido. Mas a boa acolhida não durou muito tempo, já que apareceriam novamente as dissensões entre as correntes de pensamento espírita. O Movimento Espírita carecia de união. A Proibição do Espiritismo O Brasil seguia em frente fazendo sua História. Em 1889, a República foi proclamada. Nosso país não mais seria governado por um imperador, mas por um presidente eleito pelo voto. Em outubro de 1890, entrou em vigor o então Novo Código Civil . A recém proclamada República vivia com receio de conspiração daqueles contrários ao novo regime e por isso o Código Civil impunha limites às associações das pessoas, dentre as quais as reuniões espíritas. Reuniões de qualquer natureza eram denunciadas à polícia sob suspeita de conspiração. O Reformador teve sua publicação suspensa; as casas espíritas chegaram a fechar. O receio fez com que as diversas organizações espíritas se unissem e tomassem uma atitude, encabeçadas pela Federação . No final de 1890, enviaram todas unidas uma “Carta Aberta” ao Ministro da Justiça e um grupo de representantes ao Governo, que entrou com recursos à Constituinte. Na Europa, o Espiritismo vivia um clima muito voltado à pesquisa dos fenômenos mediúnicos, tendência que chegou também ao Brasil. Todos os estudos ficaram voltados para o fenômeno , dando uma menor importância aos princípios morais enfocados pela doutrina codificada por Kardec. E o Evangelho ficou relegado a um segundo plano. Dr. Bezerra, “que não podia compreender Espiritismo sem fé religiosa”, manteve-se no seu trabalho devocional, totalmente isolado das tendências da moda. Continuava escrevendo os artigos doutrinários no “País”, ia ao “Centro Ismael ”, e trabalhou até mesmo em um romance chamado “Lázaro, o Leproso”, publicado em 1892. Em 1893, a situação ficou crítica. Dr. Bezerra estava só e desprovido de recursos materiais. Nunca havia se preocupado muito com suas finanças e assim chegou ao fim de suas reservas. Por sua vez, a situação política do país estava muito conturbada no final daquele ano pela Revolta da Armada, e as tropas estavam acampadas nas ruas. Já em setembro, houve o fechamento de todas as sociedades, espíritas ou não. No Natal do mesmo ano Bezerra encerrou a série de "Estudos Filosóficos" que vinha publicando no "O Paiz". Reconstruindo o Movimento Espírita Em 1894, apesar das divergências, as diferentes correntes restauraram a Federação, e em seguida, retomaram a publicação do Reformador. As novas diretrizes tencionavam alcançar o meio termo entre Fé e Ciência , Amor e Razão ; mas as lutas entre os irmãos espíritas continuavam. Com as desavenças, Dias da Cruz, o então presidente da Federação, deixou o cargo. Em 1895, o presidente seguinte, Júlio Leal , também o deixou. Restaram o cargo vago e a dúvida sobre quem convocar para ocupar a presidência. O único nome que surgiu como consenso foi o de Bezerra de Menezes, e, em julho de 1895, um grupo de membros da diretoria da Federação bateu à sua porta. Bezerra estava cansado, doente, abatido pela dissensão entre os irmãos espíritas; apesar de todos os argumentos apresentados, não aceitou o convite. “Com a perspectiva de poder conciliar a grande família espírita em torno do ideal cristão, o venerando ancião prometeu pensar”. No dia seguinte, foi como sempre à sessão das sextas-feiras do Grupo Ismael , onde dirigia os trabalhos. Abriu os trabalhos, mas parecia aflito, com a cabeça entre as mãos. Depois da prece de abertura, feita por Bittencourt Sampaio, permaneceu na mesma posição. Quando por fim se levantou, estava transtornado e ficou assim durante a primeira etapa dos trabalhos, que consistia do recebimento de mensagens psicografadas. No momento da explanação dos temas evangélicos, Bezerra falou visivelmente emocionado das desavenças no Movimento Espírita e sobre o convite que havia recebido. Confessou-se fraco para assumir a posição àquela altura dos acontecimentos. Terminou a explanação pedindo auxílio à Espiritualidade e prometeu seguir o que lhe fosse indicado. Pouco depois, o espírito Agostinho manifestou-se pelo médium Frederico Júnior, o mesmo médium que anos antes havia sido instrumento de Allan Kardec (Espírito) para ditar as “Instruções de Allan Kardec aos Espíritas do Brasil ”. Agostinho instruiu que Bezerra tomasse o cargo da presidência e se pusesse como elemento conciliador capaz de unir e erguer a família espírita, prometendo auxiliá-lo em mais esta tarefa. Naquela mesma noite Bezerra de Menezes anunciou aceitar o cargo, permanecendo presidente até 1900, quando voltou a pátria espiritual. Desencarne Em janeiro de 1900, Dr. Bezerra sofreu violento derrame cerebral, que o prostrou em uma cama. Durante três meses Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti agonizou sem poder falar ou se movimentar. Só os olhos ainda se moviam. A notícia correu a cidade e causou verdadeira peregrinação à casa do médico, no subúrbio modesto. Assim como acontecia no seu consultório, pobres e ricos misturaram-se em sua casa para visitar o doente. A cena era singular: cada pessoa entrava uma a uma no quarto onde estava Bezerra, sentava-se em uma cadeira, não falava nada,— já que ele não poderia responder — ficava alguns minutos e saía comovida pelo olhar que Bezerra lhe dirigia. A procissão seguiu-se dia e noite. No dia 11 de abril de 1900, na casa da Rua 24 de maio, Bezerra passou suavemente para a Vida Maior. A cidade agitou-se com o seu desencarne, esteve presente no sepultamento do Médico dos Pobres e prestou-lhe homenagens. Na Espiritualidade, Bezerra foi recebido pelas hostes do bem com louros de amor. Os anos de trabalho como verdadeiro servo do Cristo encarnado na terra transformaram-se em luzes para seu espírito, conferiram-lhe verdadeiro galardão espiritual. “Bezerra desprendeu-se do orbe, tendo consolidado a sua missão”. Um “Causo” do Dr. Bezerra Digno de registro foi um caso sucedido com o Dr. Bezerra de Menezes, quando ainda era estudante de Medicina. Ele estava em sérias dificuldades financeiras, precisando da quantia de cinqüenta mil réis (antiga moeda brasileira), para pagamento das taxas da Faculdade e para outros gastos indispensáveis em sua habitação, pois o senhorio, sem qualquer contemplação, ameaçava despejá-lo. Desesperado – uma das raras vezes em que Bezerra se desesperou na vida – e como não fosse incrédulo, ergueu os olhos ao Alto e apelou a Deus. Poucos dias após bateram- lhe à porta. Era um moço simpático e de atitudes polidas que pretendia tratar algumas aulas de Matemática. Bezerra recusou, a princípio, alegando ser essa matéria a que mais detestava, entretanto, o visitante insistiu e por fim, lembrando- se de sua situação desesperadora, resolveu aceitar. O moço pretextou então que poderia esbanjar a mesada recebida do pai, pediu licença para efetuar o pagamento de todas as aulas adiantadamente. Após alguma relutância, convencido, acedeu. O moço entregou- lhe então a quantia de cinqüenta mil réis. Combinado o dia e a hora para o início das aulas, o visitante despediu- se, deixando Bezerra muito feliz, pois conseguiu assim pagar o aluguel e as taxas da Faculdade. Procurou livros na biblioteca pública para se preparar na matéria, mas o rapaz nunca mais apareceu. No ano de 1894, em face das dissensões reinantes no seio do Espiritismo brasileiro, alguns confrades, tendo à frente o Dr. Bittencourt Sampaio, resolveram convidar Bezerra a fim de assumir a presidência da Federação Espírita Brasileira. Em vista da relutância dele em assumir aquele espinhoso encargo, travou- se a seguinte conversação: Bezerra – Querem que eu volte para a Federação. Como vocês sabem aquela velha sociedade está sem presidente e desorientada. Em vez de trabalhos metódicos sobre Espiritismo ou sobre o Evangelho, vive a discutir teses bizantinas e a alimentar o espírito de hegemonia. Bittencourt Sampaio – O trabalhador da vinha é sempre amparado. A Federação pode estar errada na sua propaganda doutrinária, mas possui a Assistência aos Necessitados, que basta por si só para atrair sobre ela as simpatias dos servos do Senhor. Bezerra – De acordo. Mas a Assistência aos Necessitados está adotando exclusivamente a Homeopatia no tratamento dos enfermos, terapêutica que eu adoto em meu tratamento pessoal, no de minha família e recomendo aos meus amigos, sem ser, entretanto, médico homeopata. Isto aliás me tem criado sérias dificuldades, tornando- me um médico inútil e deslocado que não crê na medicina oficial e aconselha a dos Espíritos, não tendo assim o direito de exercer a profissão. Bittencourt – E por que não te tornas médico homeopata? Bezerra – Não entendo patavinas de Homeopatia. Uso a dos Espíritos e não a dos médicos. Nessa altura, o médium Frederico Júnior, incorporando o Espírito de S. Agostinho, deu um aparte: S.Agostinho – Tanto melhor. Ajudar-te-emos com maior facilidade no tratamento dos nossos irmãos. Bezerra – Como, bondoso Espírito? Tu me sugeres viver do Espiritismo? S.Agostinho – Não, por certo! Viverás de tua profissão, dando ao teu cliente o fruto do teu saber humano, para isso estudando Homeopatia como te aconselhou nosso companheiro Bittencourt. Nós te ajudaremos de outro modo: Trazendo- te, quando precisares, novos discípulos de Matemática… Referências Bibliográficas: Xavier, Chico; “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do
Evangelho” Abreu, Canuto; “Bezerra de Menezes”, FEESP. Soares, Sylvio; “Vida e Obra de Bezerra de Menezes”, FEB. Gama, R. “Lindos Casos de Bezerra de Menezes”. São Paulo, Lake. Movimento Espírita Kardecista: http://www.movimentoespirita.hpg.ig.com.br/ Portal do Espírito http://www.espirito.org.br/portal/biografias/adolfo-bezerra.html o0o Da página eletrônica da Associação Médico Espírita do Brasil:http://www.amebrasil.org.br/html/perfil_bezerra.htm
(Texto copiado em http://grupochicoxavier.com.br/dr-adolfo-bezerra-de-menezes/) |
Dr. Bezerra de Menezes com os filhos. Imagem http://canteiroideias.blogspot.com.br/2013/01/os-filhos-de-bezerra-de-menezes.html |
No Rio de Janeiro antigo os bondes eram puxados por burros. Imagem: http://www.onibusparaibanos.com/2013/08/serie-historica-historia-do-transporte.html |
Dr. Joaquim Carlos Travassos. Tradutor das obras básicas do Espiritismo para o português, Joaquim Carlos Travassos presentou Dr. Bezerra de Menezes com um exemplar de O Livro dos Espíritos. Bezerra se tornaria um dos principais e mais conhecidos vultos do Espiritismo no Brasil. |
Sede histórica da FEB. Rio de Janeiro. Foto Ismael Gobbo |
Túmulo de Dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cemitério de São Francisco Xavier, também conhecido como Cemitério do Caju. Rio de Janeiro, Brasil. Foto Ismael Gobbo |
Amor Infinito Por ti mesmo |
(Recebido em email de Leopoldo Zanardi, Bauru, SP) |
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