Notícias do Movimento Espírita São Paulo, SP, terça-feira, 20 de dezembro de 2022. Compiladas por Ismael Gobbo |
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Notas |
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3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).
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Os últimos 5 emails enviados |
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O Evangelho Segundo o Espiritismo |
(Copiado do site Febnet) |
Parábola dos trabalhadores da vinha. Pintura em painel de Jacob Willemszoon de Wet Imagem/fonte:
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Parábola da Festa de Casamento. Óleo sobre tela de Andrey Mironov. Foto de Andrey Mironov. Imagem copiada de: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Parable_of_the_Wedding_Feast.jpg
Então Jesus, tomando a palavra, tornou
a falar-lhes em parábolas, dizendo:
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Cristo vela pelos apóstolos. Óleo sobre tela de Domenico Morelli. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Domenico_Morelli_-_Cristo_che_veglia_gli_apostoli.jpg
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A razão do chamado |
Os desentendimentos e conflitos são comuns nos relacionamentos humanos. Eles se fazem presentes nas famílias, nas empresas, nas escolas e onde quer que se reúnam pessoas. São alimentados e preservados por velhos vícios humanos. O egoísmo, por exemplo, dificulta a percepção das necessidades alheias, desde que pensamos unicamente em nós mesmos. O orgulho faz com que demos superlativa importância à nossa própria personalidade. Nessa disputa de egos, buscamos mais vencer do que convencer. Queremos chegar primeiro, sermos atendidos de forma prioritária. Na equipe profissional, desejamos posição de destaque, para ganhar mais e melhor. Para alcançar esse objetivo, muitas vezes sacrificamos a lealdade e a amizade. Que nos importam os amigos ou pessoas que nos devotam cuidados? No âmbito familiar, para não assumir encargos, chegamos a lançar mão de argumentos desonestos e de chantagens. Nesse conjunto infeliz, as batalhas se sucedem, mas a guerra nunca termina. Sorrisos e afagos disfarçam mágoas e revolta. Talvez alguém seja aparentemente o vitorioso, mas a perda coletiva é grande. Ocorre que a vida a tudo modifica, no transcorrer dos minutos, das horas, dos dias. O que hoje é importante, pode não significar mais nada, amanhã. Ao final de todas as lutas e discussões, resta, simplesmente, conviver com a própria consciência. Mais cedo ou mais tarde, somos chamados a refletir a respeito do que fizemos. Isso pode se dar pelo aparecimento de uma enfermidade, que nos leva a considerar sobre a transitoriedade da vida física. Ou em situação de desemprego, que mostra a nossa dependência de empresas, instituições, dos recursos que nos faltam para a manutenção do lar. Ou até de uma tragédia qualquer que nos envolva ou aos nossos conhecidos, familiares ou amigos. Ou apenas no quase finalizar da vida, quando todas as ilusões se diluem. Para quem nunca recuou, nunca contemporizou ou pacificou, esse momento pode ser bem difícil. Para não nos arrependermos mais tarde, convém, desde agora, refletir sobre a finalidade do existir. Recordamos da Primeira Epístola de Pedro, que reflete sobre a conduta cristã em face de situações desafiadoras. O Apóstolo Pedro defende que não retribuamos mal por mal ou injúria por injúria. Ao contrário, diz que devemos bendizer a tudo, porque é para essa vivência que o cristão foi chamado. Realmente, a fileira dos que reclamam e brigam é sempre numerosa. Ocorre que renascemos na Terra para vencer nossas dificuldades íntimas e nos aprimorarmos. Não chegamos no cenário terrestre com o objetivo de vencer debates, fugir de deveres ou termos largas vantagens. Os conflitos improdutivos do mundo representam o que deve ser abandonado, a bem da própria paz. Para que cessem as contendas e as divisões é que fomos chamados a reencarnar. A fim de termos sucesso, precisamos ser um fator de paz e harmonia, onde quer que nos encontremos. Para sermos fiéis a esse propósito, é importante estarmos dispostos a ceder, a tolerar e a suportar. No contexto da vida maior, somente se pacifica quem aprende a ceder em favor da paz dos outros. Pensemos nisso. Redação do Momento
Espírita, com base no cap. 118,
Escute o áudio deste texto http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=5527&stat=0
(Copiado do site Feparana) |
Cristo e a mulher adúltera. Óleo sobre tela de Nicolas Poussin. Imagem/fonte:
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E os escribas e
fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério;
Fonte: https://www.bibliaonline.com.br/acf/jo/8
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A partida do filho pródigo. Óleo sobre tela de Bartolomé Esteban Murillo. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Murillo_-_The_Prodigal_Son_Restored.jpg
LEIA SOBRE A PARTIDA E O RETORNO DO FILHO PRÓDIGO https://www.bibliaonline.com.br/acf/lc/15
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O retorno do filho pródigo. Pintura/autor: Abraham van Cuylenburch Imagem/fonte:
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LEIA SOBRE A PARTIDA E O RETORNO DO FILHO PRÓDIGO https://www.bibliaonline.com.br/acf/lc/15
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Maria |
Pelo Espírito Irmão X (Humberto de Campos). Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Boa Nova. Lição nº 30. Página 196.
Junto da cruz, o vulto agoniado de Maria produzia dolorosa e indelével impressão. Com o pensamento ansioso e torturado, olhos fixos no madeiro das perfídias humanas, a ternura materna regredia ao passado em amarguradas recordações. Ali estava, na hora extrema, o filho bem-amado. Maria deixava-se ir na corrente infinda das lembranças. Eram as circunstâncias maravilhosas em que o nascimento de Jesus lhe fora anunciado, a amizade de Isabel, as profecias do velho Simeão, reconhecendo que a assistência de Deus se tornara incontestável nos menores detalhes de sua vida. Naquele instante supremo, revia a manjedoura, na sua beleza agreste, sentindo que a Natureza parecia desejar redizer aos seus ouvidos o cântico de glória daquela noite inolvidável. Através do véu espesso das lágrimas, repassou, uma por uma, as cenas da infância do filho estremecido, observando o alarma interior das mais doces reminiscências. Nas menores coisas, reconhecia a intervenção da Providência celestial; entretanto, naquela hora, seu pensamento vagava também pelo vasto mar das mais aflitivas interrogações. Que fizera Jesus por merecer tão amargas penas?... Não o vira crescer de sentimentos imaculados, sob o calor de seu coração? Desde os mais tenros anos, quando o conduzia à fonte tradicional de Nazaré, observava o carinho fraterno que dispensava a todas as criaturas. Frequentemente, ia buscá-lo nas ruas empedradas, onde a sua palavra carinhosa consolava os transeuntes desamparados e tristes. Viandantes misérrimos vinham a sua casa modesta louvar o filhinho idolatrado, que sabia distribuir as bênçãos do Céu. Com que enlevo recebia os hóspedes inesperados que suas mãos minúsculas conduziam à carpintaria de José!... Lembrava-se bem de que, um dia, a divina criança guiara a casa dois malfeitores publicamente reconhecidos como ladrões do vale de Mizhep. E era de ver-se a amorosa solicitude com que seu vulto pequenino cuidava dos desconhecidos, como se fossem seus irmãos. Muitas vezes, comentara a excelência daquela virtude santificada, receando pelo futuro de seu adorável filhinho. Depois do caricioso ambiente doméstico, era a missão celestial, dilatando-se em colheita de frutos maravilhosos. Eram paralíticos que retomavam os movimentos da vida, cegos que se reintegravam nos sagrados dons da vista, criaturas famintas de luz e de amor que se saciavam na sua lição de infinita bondade. Que profundos desígnios haviam conduzido seu filho adorado à cruz do suplício?... Uma voz amiga lhe falava ao espírito, dizendo das determinações insondáveis e justas de Deus, que precisam ser aceitas para a redenção divina das criaturas. Seu coração rebentava em tempestades de lágrimas irreprimíveis; contudo, no santuário da consciência, repetia a sua afirmação de sincera humildade: - “Faça-se na escrava a vontade do Senhor!...” De alma angustiada, notou que Jesus atingira o último limite dos padecimentos inenarráveis. Alguns dos populares mais exaltados multiplicavam as pancadas, enquanto as lanças riscavam o ar, em ameaças audaciosas e sinistras. Ironias mordazes eram proferidas a esmo, dilacerando-lhe a alma sensível e afetuosa. Em meio de algumas mulheres compadecidas, que lhe acompanhavam o angustioso transe, Maria reparou que alguém lhe pousara as mãos, de leve, sobre os ombros. Deparou-se-lhe a figura de João que, vencendo a pusilanimidade criminosa em que haviam mergulhado os demais companheiros, lhe estendia os braços amorosos e reconhecidos. Silenciosamente, o filho de Zebedeu abraçou-se àquele triturado coração maternal. Maria deixou-se enlaçar pelo discípulo querido e ambos, ao pé do madeiro, em gesto súplice, buscaram ansiosamente a luz daqueles olhos misericordiosos, no cúmulo dos tormentos. Foi aí que a fronte do divino supliciado se moveu vagarosamente, revelando perceber a ansiedade daquelas duas almas em extremo desalento. “Meu filho!... Meu amado filho!...“ - exclamou a mártir, em aflição diante da serenidade daquele olhar de melancolia intraduzível. O Cristo pareceu meditar no auge de suas dores, mas, como se quisesse demonstrar, no instante derradeiro, a grandeza de sua coragem e a sua perfeita comunhão com Deus, replicou com significativo movimento dos olhos vigilantes: - “Mãe, eis aí teu filho!...“ E dirigindo-se, de modo especial, com um leve aceno, ao apóstolo, disse: - “Filho, eis aí tua mãe!...” Maria envolveu-se no véu de seu pranto doloroso, mas o grande evangelista compreendeu que o Mestre, na sua derradeira lição, ensinava que o amor universal era o sublime coroamento de sua obra. Entendeu que, no futuro, a claridade do Reino de Deus revelaria aos homens a necessidade da cessação de todo egoísmo e que, no santuário de cada coração, deveria existir a mais abundante cota de amor, não só para o círculo familiar, senão também para todos os necessitados do mundo, e que no templo de cada habitação permaneceria a fraternidade real, para que a assistência recíproca se praticasse na Terra, sem serem precisos os edifícios exteriores, consagrados a uma solidariedade claudicante. Por muito tempo, conservaram-se ainda ali, em preces silenciosas, até que o Mestre, exânime, fosse arrancado à cruz, antes que a tempestade mergulhasse a paisagem castigada de Jerusalém num dilúvio de sombras. Após a separação dos discípulos, que se dispersaram por lugares diferentes, para a difusão da Boa Nova, Maria retirou-se para a Batanéia, onde alguns parentes mais próximos a esperavam com especial carinho. Os anos começaram a rolar, silenciosos e tristes, para a angustiada saudade de seu coração. Tocada por grandes dissabores, observou que, em tempo rápido, as lembranças do filho amado se convertiam em elementos de ásperas discussões, entre os seus seguidores. Na Batanéia, pretendia-se manter uma certa aristocracia espiritual, por efeito dos laços consanguíneos que ali a prendiam, em virtude dos elos que a ligavam a José. Em Jerusalém, digladiavam-se os cristãos e os judeus, com veemência e acrimônia. Na Galiléia, os antigos cenáculos simples e amoráveis da Natureza estavam tristes e desertos. Para aquela mãe amorosa, cuja alma digna observava que o vinho generoso de Caná se transformara no vinagre do martírio, o tempo assinalava sempre uma saudade maior no mundo e uma esperança cada vez mais elevada no céu. Sua vida era uma devoção incessante ao rosário imenso da saudade, às lembranças mais queridas. Tudo que o passado feliz edificara em seu mundo interior revivia na tela de suas lembranças, com minúcias somente conhecidas do amor, e lhe alimentavam a seiva da vida. Relembrava o seu Jesus pequenino, como naquela noite de beleza prodigiosa, em que o recebera nos braços maternais, iluminado pelo mais doce mistério. Figurava-se-lhe escutar ainda o balido das ovelhas que vinham, apressadas acercar-se do berço que se formara de improviso. E aquele primeiro beijo, feito de carinho e de luz? As reminiscências envolviam a realidade longínqua de singulares belezas para o seu coração sensível e generoso. Em seguida, era o rio das recordações desaguando, sem cessar, na sua alma rica de sentimentalidade e ternura. Nazaré lhe voltava à imaginação, com as suas paisagens de felicidade e de luz. A casa singela, a fonte amiga, a sinceridade das afeições, o lago majestoso e, no meio de todos os detalhes, o filho adorado, trabalhando e amando, no erguimento da mais elevada concepção de Deus, entre os homens da Terra. De vez em quando, parecia vê-lo em seus sonhos repletos de esperança. Jesus lhe prometia o júbilo encantador de sua presença e participava da carícia de suas recordações. A esse tempo, o filho de Zebedeu, tendo presentes as observações que o Mestre lhe fizera da cruz, surgiu na Batanéia, oferecendo àquele espírito saudoso de mãe o refúgio amoroso de sua proteção. Maria aceitou o oferecimento, com satisfação imensa. E João lhe contou a sua nova vida. Instalara-se definitivamente em Éfeso, onde as idéias cristãs ganhavam terreno entre almas devotadas e sinceras. Nunca olvidara as recomendações do Senhor e, no íntimo, guardava aquele título de filiação como das mais altas expressões de amor universal para com aquela que recebera o Mestre nos braços veneráveis e carinhosos. Maria escutava-lhe as confidências, num misto de reconhecimento e de ventura. João continuava a expor-lhe os seus planos mais insignificantes. Levá-la-ia consigo, andariam ambos na mesma associação de interesses espirituais. Seria seu filho desvelado, enquanto receberia de sua alma generosa a ternura maternal, nos trabalhos do Evangelho. Demorara-se a vir, explicava o filho de Zebedeu, porque lhe faltava uma choupana, onde se pudessem abrigar; entretanto, um dos membros da família real de Adiabene, convertido ao amor do Cristo, lhe doara uma casinha pobre, ao sul de Éfeso, distando três léguas aproximadamente da cidade. A habitação simples e pobre demorava num promontório, de onde se avistava o mar. No alto da pequena colina, distante dos homens e no altar imponente da Natureza, se reuniriam ambos para cultivar a lembrança permanente de Jesus. Estabeleceriam um pouso e refúgio aos desamparados, ensinariam as verdades do Evangelho a todos os espíritos de boa-vontade e, como mãe e filho, iniciariam uma nova era de amor, na comunidade universal. Maria aceitou alegremente. Dentro de breve tempo, instalaram-se no seio amigo da Natureza, em frente do oceano. Éfeso ficava pouco distante; porém, todas as adjacências se povoavam de novos núcleos de habitações alegres e modestas. A casa de João, ao cabo de algumas semanas, se transformou num ponto de assembléias adoráveis, onde as recordações do Messias eram cultuadas por espíritos humildes e sinceros. Maria externava as suas lembranças. Falava dele com maternal enternecimento, enquanto o apóstolo comentava as verdades evangélicas, apreciando os ensinos recebidos. Vezes inúmeras, a reunião somente terminava noite alta, quando as estrelas tinham maior brilho. E não foi só. Decorridos alguns meses, grandes fileiras de necessitados acorriam ao sitio singelo e generoso. A notícia de que Maria descansava, agora, entre eles, espalhara um clarão de esperança por todos os sofredores. Ao passo que João pregava na cidade, as verdades de Deus, ela atendia, no pobre santuário doméstico, aos que a procuravam exibindo-lhe suas úlceras e necessidades. Sua choupana era, então, conhecida pelo nome de “Casa da Santíssima”. O fato tivera origem em certa ocasião, quando um miserável leproso, depois de aliviado em suas chagas, lhe osculou as mãos, reconhecidamente murmurando: “Senhora, sois a mãe de nosso Mestre e nossa Mãe Santíssima!...” A tradição criou raízes em todos os espíritos. Quem não lhe devia o favor de uma palavra maternal nos momentos mais duros? E João consolidava o conceito, acentuando que o mundo lhe seria eternamente grato, pois fora pela sua grandeza espiritual que o Emissário de Deus pudera penetrar a atmosfera escura e pestilenta do mundo para balsamizar os sofrimentos da criatura. Na sua humildade sincera, Maria se esquivava às homenagens afetuosas dos discípulos de Jesus, mas aquela confiança filial com que lhe reclamavam a presença era para sua alma um brando e delicioso tesouro do coração. O título de maternidade fazia vibrar em seu espírito os cânticos mais doces. Diariamente, acorriam os desamparados, suplicando a sua assistência espiritual. Eram velhos trôpegos e desenganados do mundo, que lhe vinham ouvir as palavras confortadoras e afetuosas, enfermos que invocavam a sua proteção, mães infortunadas que pediam a bênção de seu carinho. “Minha mãe - dizia um dos mais aflitos - como poderei vencer as minhas dificuldades? Sinto-me abandonado na estrada escura da vida... Maria lhe enviava o olhar amoroso da sua bondade, deixando nele transparecer toda a dedicação enternecida de seu espírito maternal. - “Isso também passa!... dizia ela, carinhosamente só o Reino de Deus é bastante forte para nunca passar de nossas almas, como eterna realização do amor celestial...” Seus conceitos abrandavam a dor dos mais desesperados, desanuviavam o pensamento obscuro dos mais acabrunhados. A igreja de Éfeso exigia de João a mais alta expressão de sacrifício pessoal, pelo que, com o decorrer do tempo, quase sempre Maria estava só, quando a legião humilde dos necessitados descia o promontório desataviado, rumo aos lares mais confortados e felizes. Os dias e as semanas, os meses e os anos passaram incessantes, trazendo-lhe as lembranças mais ternas. Quando sereno e azulado, o mar lhe fazia voltar à memória o Tiberíades distante. Surpreendia no ar aqueles perfumes vagos que enchiam a alma da tarde, quando seu filho, de quem nem um instante se esquecia, reunindo os discípulos amados, transmitia ao coração do povo as louçanias da Boa Nova. A velhice não lhe acarretara nem cansaços nem amarguras. A certeza da proteção divina lhe proporcionava ininterrupto consolo. Como quem transpõe o dia em labores honestos e proveitosos, seu coração experimentava grato repouso, iluminado pelo luar da esperança e pelas estrelas fulgurantes da crença imorredoura. Suas meditações eram suaves colóquios com as reminiscências do filho muito amado. Súbito recebeu notícias de que um período de dolorosas perseguições se havia aberto para todos os que fossem fiéis à doutrina do seu Jesus divino. Alguns cristãos banidos de Roma traziam a Éfeso as tristes informações. Em obediência aos éditos mais injustos, escravizavam-se os seguidores do Cristo, destruíam-se-lhes os lares, metiam-nos a ferros nas prisões. Falava-se de festas públicas, em que seus corpos eram dados como alimento a feras insaciáveis, em horrendos espetáculos. Então, num crepúsculo estrelado, Maria entregou-se às orações, como de costume, pedindo a Deus por todos aqueles que se encontrassem em angústias do coração, por amor de seu filho. Embora a soledade do ambiente, não se sentia só: uma como força singular lhe banhava a alma toda. Aragens suaves sopravam do oceano, espalhando os aromas da noite que se povoava de astros amigos e afetuosos e, em poucos minutos, a lua plena participava, igualmente, desse concerto de harmonia e de luz. Enlevada nas suas meditações, Maria viu aproximar-se o vulto de um pedinte. - Minha mãe - exclamou o recém- chegado, como tantos outros que recorriam ao seu carinho -, venho fazer-te companhia e receber a tua bênção. Maternalmente, ela o convidou a entrar, impressionada com aquela voz que lhe inspirava profunda simpatia. O peregrino lhe falou do céu, confortando-a delicadamente. Comentou as bem-aventuranças divinas que aguardam a todos os devotados e sinceros filhos de Deus, dando a entender que lhe compreendia as mais ternas saudades do coração. Maria sentiu-se empolgada por tocante surpresa. Que mendigo seria aquele que lhe acalmava as dores secretas da alma saudosa, com bálsamos tão dulçorosos? Nenhum lhe surgira até então para dar; era sempre para pedir alguma coisa. No entanto, aquele viandante desconhecido lhe derramava no íntimo as mais santas consolações. Onde ouvira noutros tempos aquela voz meiga e carinhosa?!... Que emoções eram aquelas que lhe faziam pulsar o coração de tanta carícia?... Seus olhos se umedeceram de ventura, sem que conseguisse explicar a razão de sua terna emotividade. Foi quando o hóspede anônimo lhe estendeu as mãos generosas e lhe falou com profundo acento de amor: - “Minha mãe, vem aos meus braços!...” Nesse instante, fitou as mãos nobres que se lhe ofereciam, num gesto da mais bela ternura. Tomada de comoção profunda, viu nelas duas chagas, como as que seu filho revelava na cruz e, instintivamente, dirigindo o olhar ansioso para os pés do peregrino amigo, divisou também aí as úlceras causadas pelos cravos do suplício. Não pôde mais. Compreendendo a visita amorosa que Deus lhe enviava ao coração, bradou com infinita alegria: “Meu filho! meu filho!... as úlceras que te fizeram!...“ E precipitando-se para ele, como mãe carinhosa e desvelada, quis certificar-se, tocando a ferida que lhe fora produzida pelo último lançaço, perto do coração. Suas mãos ternas e solícitas o abraçaram na sombra visitada pelo luar, procurando sofregamente a úlcera que tantas lágrimas lhe provocara ao carinho maternal. A chaga lateral também lá estava, sob a carícia de suas mãos. Não conseguiu dominar o seu intenso júbilo. Num ímpeto de amor, fez um movimento para se ajoelhar. Queria abraçar-se aos pés do seu Jesus e osculá-los com ternura. Ele, porém, levantando-a, cercado de um halo de luz celestial, se lhe ajoelhou aos pés e, beijando-lhe as mãos, disse em carinhoso transporte: - “Sim, minha mãe, sou eu!... Venho buscar-te, pois meu Pai quer que sejas no meu reino a Rainha dos Anjos... Maria cambaleou, tomada de inexprimível ventura. Queria dizer da sua felicidade, manifestar seu agradecimento a Deus; mas o corpo como que se lhe paralisara, enquanto aos seus ouvidos chegavam os ecos suaves da saudação do Anjo, qual se a entoassem mil vozes cariciosas, por entre as harmonias do céu. No outro dia, dois portadores humildes desciam a Éfeso, de onde regressaram com João, para assistir aos últimos instantes daquela que lhes era a devotada Mãe Santíssima. Maria já não falava. Numa inolvidável expressão de serenidade, por longas horas ainda esperou a ruptura dos derradeiros laços que a prendiam à vida material. A alvorada desdobrava o seu formoso leque de luz quando aquela alma eleita se elevou da Terra, onde tantas vezes chorara de júbilo, de saudade e de esperança. Não mais via seu filho bem-amado, que certamente a esperaria, com as boas-vindas, no seu reino de amor; mas, extensas multidões de entidades angélicas a cercavam cantando hinos de glorificação. Experimentando a sensação de se estar afastando do mundo, desejou rever a Galiléia com os seus sítios preferidos. Bastou a manifestação de sua vontade para que a conduzissem à região do lago de Genesaré, de maravilhosa beleza. Reviu todos os quadros do apostolado de seu filho e, só agora, observando do alto a paisagem, notava que o Tiberíades, em seus contornos suaves, apresentava a forma quase perfeita de um alaúde. Lembrou-se, então, de que naquele instrumento da Natureza Jesus cantara o mais belo poema de vida e amor, em homenagem a Deus e à humanidade. Aquelas águas mansas, filhas do Jordão marulhoso e calmo, haviam sido as cordas sonoras do cântico evangélico. Dulcíssimas alegrias lhe invadiam o coração e já a caravana espiritual se dispunha a partir, quando Maria se lembrou dos discípulos perseguidos pela crueldade do mundo e desejou abraçar os que ficariam no vale das sombras, à espera das claridades definitivas do Reino de Deus. Emitindo esse pensamento, imprimiu novo impulso às multidões espirituais que a seguiam de perto. Em poucos instantes, seu olhar divisava uma cidade soberba e maravilhosa, espalhada sobre colinas enfeitadas de carros e monumentos que lhe provocavam assombro. Os mármores mais ricos esplendiam nas magnificentes vias públicas, onde as liteiras patrícias passavam sem cessar, exibindo pedrarias e peles, sustentadas por misérrimos escravos. Mais alguns momentos e seu olhar descobria outra multidão guardada a ferros em escuros calabouços. Penetrou os sombrios cárceres do Esquilino, onde centenas de rostos amargurados retratavam padecimentos atrozes. Os condenados experimentaram no coração um consolo desconhecido... Maria se aproximou de um a um, participou de suas angústias e orou com as suas preces, cheias de sofrimento e confiança. Sentiu-se mãe daquela assembléia de torturados pela injustiça do mundo. Espalhou a claridade misericordiosa de seu espírito entre aquelas fisionomias pálidas e tristes. Eram anciães que confiavam no Cristo, mulheres que por ele haviam desprezado o conforto do lar, jovens que depunham no Evangelho do Reino toda a sua esperança. Maria aliviou-lhes o coração e, antes de partir, sinceramente desejou deixar-lhes nos espíritos abatidos uma lembrança perene. Que possuía para lhes dar?... Deveria suplicar a Deus para eles a liberdade?!... Mas, Jesus ensinara que com ele todo jugo é suave e todo fardo seria leve, parecendo-lhe melhor a escravidão com Deus do que a falsa liberdade nos desvãos do mundo. Recordou que seu filho deixara a força da oração como um poder incontrastável entre os discípulos amados. Então, rogou ao Céu que lhe desse a possibilidade de deixar entre os cristãos oprimidos a força da alegria. Foi quando, aproximando-se de uma jovem encarcerada, de rosto descarnado e macilento, lhe disse ao ouvido: - “Canta, minha filha!... Tenhamos bom ânimo!... Convertamos as nossas dores da Terra em alegrias para o Céu!..” A triste prisioneira nunca saberia compreender o porquê da emotividade que lhe fez vibrar subitamente o coração. De olhos extáticos, contemplando o firmamento luminoso, através das grades poderosas, ignorando a razão de sua alegria, cantou um hino de profundo e enternecido amor a Jesus, em que traduzia sua gratidão pelas dores que lhe eram enviadas, transformando todas as suas amarguras em consoladoras rimas de júbilo e esperança. Daí a instantes, seu canto melodioso era acompanhado pelas centenas de vozes dos que choravam no cárcere, aguardando o glorioso testemunho. Logo, a caravana majestosa conduziu ao Reino do Mestre a bendita entre as mulheres e, desde esse dia, nos tormentos mais duros, os discípulos de Jesus têm cantado na Terra, exprimindo o seu bom ânimo e a sua alegria, guardando a suave herança de nossa Mãe Santíssima. Por essa razão, irmãos meus, quando ouvirdes o cântico nos templos das diversas famílias religiosas do Cristianismo, não vos esqueçais de fazer no coração um brando silêncio, para que a Rosa Mística de Nazaré espalhe aí o seu perfume!...
(Texto recebido em email do pesquisador e divulgador Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG)
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Quadro com o retrato de Maria, mãe de Jesus. Capa do Anuário Espírita 1986. |
Presépio na Noite de Natal na Praça de São Pedro, Vaticano. Foto Ismael Gobbo |
Quadro intitulado: Madona com a Almofada Verde. Andrea di Bartolo dito Solario. Museu do Louvre, Paris, França. Foto Ismael Gobbo.
Madona com a Almofada Verde, uma imagem devocional da Virgem amamentando Jesus, é assim chamada desde o século XVII devido ao motivo da almofada verde colocada em um pedestal de mármore em primeiro plano. Este detalhe, perfeitamente integrado aqui dentro do grupo sagrado, é realmente notável; Com seu conforto macio e acolchoado, ele realmente acompanha este cenário de ternura e bem-estar familiar. Leia mais: https://www.louvre.fr/en/oeuvre-notices/madonna-green-cushion
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Apresentação de Jesus ao Templo. Têmpera em madeira de Giovanni Bellini. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bellini_maria1.jpg |
A sagrada Família com um pássaro. Óleo sobre tela de Bartolomé Esteban Murillo Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sagrada_Familia_del_pajarito_(Murillo).jpg |
Jesus em casa com a família. Óleo sobre tela de Sir John Everett Millais. Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Sir_John_Everett_Millais_002.jpg |
Jesus e sua mãe na fonte. Aquarela de James Tissot Imagem:
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Jesus escolhe os apóstolos Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:The_disciples_chosen_and_sent_out.jpg |
Sermão da Montanha. Óleo sobre tela Carl Heinrich Bloch Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Bloch-SermonOnTheMount.jpg |
Jesus curando o cego nas proximidades de Jericó. Óleo sobre painel de Eustache Le Sueur Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Eustache_Le_Sueur_003.jpg |
Flagelação de Cristo. Peter Paul Rubens Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Flagellation-of-christ-_Rubens.jpg |
Jesus sendo pregado na cruz (detalhe). Óleo sobre tela de Michael Willmann. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Willmann_Jesus_being_nailed_to_the_cross_(detail).jpg |
A crucificação de Jesus por Jacopo Tintoretto. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jacopo_Tintoretto_-_The_Crucifixion_of_Christ_-_WGA22477.jpg |
A incredulidade de Tomé. Óleo sobre tela de Caravaggio. Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Doubting_Thomas |
Efésus na Turquia. Foto Angel Salvador |
Turistas visitando o local difundido como da Casa da Virgem Maria. Efésus, Turquia. Foto Angel Salvador. |
Este obelisco situado no calçadão de Tiberíades mostra o formato do Lago de Tiberíades, ou Mar da Galiléia, ou Lago de Genesaré, ou Lago Kineret, etc, parecido ao de uma viola ou de uma pera. Trata-se de um reservatório natural de água doce formado pelo Rio Jordão que entra no lago a - 208,80 m e dele sai a - 213,00m em relação ao nível do Mar Mediterrâneo. O Rio Jordão nasce no Monte Hermon e deságua no Mar Morto. As dimensões máximas do lago são de 19kms de comprimento por 13 km de largura. A profundidade varia de 55 a 77m. Foto Ismael Gobbo |
Plantações e sistema de irrigação às margens do Mar da Galiléia em Cafarnaum, Israel. Foto Ismael Gobbo. |
Roma. O Coliseu e área do Fórum Romano e Palatino. Foto Ismael Gobbo |
Humberto de Campos, espírito que ditou, e, Francisco Cândido Xavier, o médium que psicografou o livro Boa Nova, da Editora FEB. |
Conferência no Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha. Portugal |
Exms Senhores,
As nossas mais cordiais saudações. O Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, vai levar a cabo uma conferência seguida de debate, subordinada ao tema "Jesus de Nazaré: o grande psicoterapeuta e farol da Humanidade", com Hélia Leal, no dia 23 de Dezembro de 2022, às 21H00. Depois da conferência, teremos a bioenergia (passe espírita) e o atendimento em privado. Todas as actividades são livres e gratuitas.
Cordialmente CCE
(Recebido em email de Centro de Cultura Espírita Caldas da Rainha [ccespirita@gmail.com]) |
Os chamados “imortais” na senda literária |
Pela passagem dos 30 anos da instalação da Academia Araçatubense de Letras, a sua revista “Plural”, na edição de novembro deste ano, trouxe matérias alusivas à história e o desenvolvimento desse núcleo de cultura da cidade. A Academia surgiu em função do idealismo de um grupo de intelectuais de Araçatuba (SP). Convidado como autor de livros profissionais e espíritas, participamos dos preparativos e da fundação da Academia. Em novembro de 1992 aconteceu a Assembleia de instalação da Academia e em março de 1993 houve a posse dos “imortais”. Na condição de acadêmico-fundador, tivemos o privilégio de designar o patrono de nossa “Cadeira” e escolhemos um vulto jovem da cidade – jornalista, poeta e espírita -, Almir Rodrigues Bento (1918-1945). Foi autor de vários livros, como Sol, contando com prefácio do literato Menotti Del Picchia, membro da Academia Brasileira de Letras. Atuamos por alguns anos na Academia, afastamo-nos e permanecemos na categoria de “acadêmico agregado”. O acadêmico Hélio Consolaro é o editor da revista “Plural”. O lema da Academia: “VIIS PULCHRITUDINIS” (Pelos caminhos da beleza) emerge nessa edição histórica do órgão da Academia, com matérias sobre o dinamismo da “Casa do Escritor” de Araçatuba, as marcantes ações culturais com nuances “arejadas e inclusivas”, como destaca o editor. Em 2021, estivemos pessoalmente em visita ao presidente da Academia Araçatubense de Letras para a oferta de nosso livro “Pelos caminhos da vida. Memórias e reflexões” (Ed.Cocriação). Aliás, essa obra contém registros sobre a origem da Academia no capítulo “Imortal de Araçatuba”. (Cesar Perri)
(Recebido em email de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com]) |
Informações do Movimento Espírita em Email de Irmãos W |
Olá
Caros amigos
Saudações Kardequianas
Primeiramente. Um feliz natal a todos e um grande 2023 a todos. E que podemos cada vez mais divulgar o espiritismo.
LEMBRETE: Amigos, para inserção no Portal do CCEPA (Beto/Naália) e em seus blogs e páginas de redes sociais, segue, em pdf, a edição de dezembro/22 do CCEPA OPINIÃO.
ATUALIZAÇÃO DO SITE
Estamos trazendo trechos traduzidos de uma obra do Barão Guldenstubbé (1820 - 1873). Que busca trazer a temática PNEUMATOGRAFIA. Pneumatografia - As Pesquisas - Do Barão Guldenstubbé (1857). (Contendo 30 figuras com temas traduzidos da escrita direta dos espíritos) O Barão de Guldenstubbé era membro honorário da Société Spiritualiste de Paris. fundada em 1860, na rue Bouloi, 21 em Paris por Zéphyre Joseph Piérart (1810 - 1878). Era competidor dos trabalhos da Codificação Espírita que estavam sendo elaborados por Allan Kardec e também um crítico feroz da obra O Livro dos Espíritos.
Barão de Guldenstubbé e a Escrita Direta
Pneumatografia - (Do grego - pneuma - ar, sopro, vento, espírito, e graphô, escrevo.) - Escrita direta dos Espíritos, sem o auxílio da mão de um médium. A Pneumatografia é a escrita produzida diretamente pelo Espírito, sem nenhum intermediário. Difere da psicografia porque esta é a transmissão do pensamento do Espírito pela mão do médium.
O Barão de Guldenstubbé foi o primeiro que obteve, na França, a escrita direta. Eis como ele relata o fato (“La Réalité des Esprits”, págs. 66 e 67): “Em um belo dia (1 de Agosto de 1856), veio-lhe o pensamento de experimentar se os Espíritos podiam escrever diretamente, sem o auxílio de um médium. Conhecendo a escrita direta misteriosa do Decálogo, segundo Moisés, a escrita igualmente direta e misteriosa na sala do festim do Rei Baltasar, segundo Daniel, e tendo ouvido falar dos mistérios modernos de Straford, na América, onde se acharam certos caracteres ilegíveis e estranhos traçados num pedaço de papel e que não pareciam provir dos médiuns; o autor quis certificar-se da realidade de um fenômeno cujo alcance seria imenso, se fosse verdadeiro. “Colocou, portanto, uma folha de papel em branco e um lápis aparado dentro de uma caixinha fechada a chave, guardando sempre essa chave consigo e a ninguém dando parte da sua experiência. Durante doze dias esperou inutilmente, sem observar o menor traço de lápis no papel; mas, a 13 de Agosto de 1856, o seu espanto foi grande quando notou certos caracteres misteriosos no papel; apenas sucedeu tal fato, e ele repetiu por dez vezes a experiência no mesmo dia, para sempre memorável, colocando, no fim de cada meia hora, uma nova folha de papel em branco na caixinha. A experiência foi coroada de êxito completo. “No dia imediato, 14 de Agosto, fez de novo umas vinte experiências, deixando a caixinha aberta e não a perdendo de vista; viu, então, que caracteres e palavras na língua da Estônia formavam-se ou eram gravadas no papel, sem que o lápis se movesse. Desde então, vendo a inutilidade do lápis, cessou de pô-lo sobre o papel; e, colocando simplesmente uma folha de papel dentro de uma gaveta, em sua casa, obteve também comunicações.” (No fim da obra do Barão encontram-se fac-símiles dessas escritas). O Barão de Guldenstubbé repetiu a experiência em presença do Conde d’Ourches, e este obteve uma comunicação de sua mãe, cuja assinatura e letra foram reconhecidas como autênticas, quando comparadas com as dos autógrafos que o Conde possuía. Esses primeiros ensaios foram seguidos de muitos outros, e o autor adquiriu a certeza de não ser ele quem escrevia em estado sonambúlico, como julgou a princípio. Muito modestamente o Barão de Guldenstubbé, afirma que: - “E precisamente na aplicação do método experimental aos fenômenos maravilhosos que reside a originalidade e o valor da descoberta, que não tem precedentes nos anais da humanidade, pois, até agora, não tem podido ser repetidos; era preciso contentar-se para provar a sua realidade com o testemunho dos que os presenciaram”. Spiritual Magazine - Julho de 1873
OS MATERIAIS
A) Agradecendo primeiramente a Fabiana Rangel pela tradução das imagens de escritas diretas da obra Baron Guldenstubbé - La réalité des esprits et le phénomène merveilleux de leur écriture directe (1873). O Prefácio por Jorge Hessen. E a formatação da obra por Alexandre R. Distefano. B) Montagem da biografia Barão de Guldenstubbé (1820 - 1873). Trazendo novas fontes (Spiritual Magazine - Julho de 1873). Fotografias originais. Juntamente com a sua irmã. Julie Wilhelmine von Guldenstubbé (1827 - 1888). AGRADECIMENTOS CSI DO ESPIRITISMO. C - Montagem da obra Pneumatografia - (Escrita Direta dos Espíritos) - As Pesquisas do Barão de Guldenstubbé (Contendo 30 gravuras com temas traduzidos da escrita direta dos espíritos) ---- Extraído da obra Baron Louis de Guldenstubbé - La réalité des esprits et le phénomène merveilleux de leur écriture directe (1873) (Fr) Juntamente da compilação de artigos PNEUMATOGRAFIA. Extraído da Revista Espírita e o Livro do Médiuns que foram estudados por Allan Kardec. D) Inserimos na página OBRAS ORIGINAIS DO BARÃO DE GULDENSTUBBÉ: - Baron Louis de Guldenstubbé - La réalité des esprits et le phénomène merveilleux de leur écriture directe (1857) (Fr) - Baron Louis de Guldenstubbé - La réalité des esprits et le phénomène merveilleux de leur écriture directe (1873) (Fr) - Baron Louis de Guldenstubbé - Pensées d'outre-tombe (1858) (Fr) - Baron Louis de Guldenstubbé - La Morale universelle (1889) (Fr)
PARA VER NAS PÁGINAS DO SITE
ACESSE O LINK DO SITE AEC: Baron L. de Guldenstubbé
Baron L. de Guldenstubbé
Irmã do Baron L. de Guldenstubbé
DIVERSÃO DO FINAL DE SEMANA
CEPABrasil
O Centro Cultural Espírita de Porto Alegre - CCEPA, realiza o próximo evento do ciclo "Diálogos Espíritas no CCEPA", trazendo como dialogadores Salomão Benchaya e Milton Medran Moreira, com mediação de Renato Machado, analisando o tema "Espiritismo e Laicismo". Acesse o link: https://www.facebook.com/Centro.cultural.espirita.portoalegre/videos/1190119611871546
JORGE HESSEN
A Prece e a sua eficácia | Jorge Hessen | 13/DEZ/2022 | Capelania Hospitalar Espírita Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=HE0OjFX4e3Q
#91 LE - 4ª PARTE DAS ESPERANÇAS E CONSOLAÇÕES - "DAS PENAS E GOZOS FUTUROS" / PARTE 2 Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=UcSkhLmz1bs
BRUNO TAVARES
Carlos Seth: Um Ícone da Pesquisa Espírita e Sua Obra Paradigmática - PFP # 25 Com Adair e Bruno Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=g4E6EK6whw4
A Criança e Os Fenômenos Espirituais - M&R #3 - Com Bruno Tavares e Cesar Perri de Carvalho Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=4kiCQ_hkJbo
O Mito de Adão e Eva - Com Bruno Tavares e Heloísa Pires Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=CHRyUZXyAYc
André Luiz e Emmanuel, O Repórter e O Evangelizador - Com Bruno Tavares & Sílvio Mariano Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=ncLkeyT7UcU
Bezerra de Menezes Biografando D. Pero II (2ª Parte) - BMOKB #23 Bruno Tavares e Luciano Klein Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=4Im3LnBAEE4
Bezerra de Menezes Biografando D. Pero II (1ª Parte) - BMOKB #22 Bruno Tavares e Luciano Klein Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=DnJYEoMXIWE&t=18s
CESAR PERRI
Na manhã do dia 04 de dezembro, na Instituição Nosso Lar (Araçatuba), em reunião matutina presencial e transmitida pela internet, houve continuidade dos comentários de obras de Kardec. Carlos Alberto de Souza expôs sobre “visitas espíritas entre pessoas vivas”, itens de “O Livro dos Espíritos”; Paulo Sérgio Perri de Carvalho abordou item sobre o capítulo “Não saiba a vossa mão esquerda o que dê a vossa mão direita” de “O Evangelho segundo o Espiritismo”. Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=JPmMUJD8AQY
Antonio Cesar Perri de Carvalho, que foi dirigente naquela cidade e região, foi o convidado para apresentação sobre o tema “União com divulgação e intercâmbio”. Sua exposição foi dividida em três blocos: a origem da USE Regional em 1952, na época designada Conselho Regional Espírita; a criação da CONEAN – Confraternização de Espíritas da Alta Noroeste em 1981; e considerações sobre “união com divulgação e intercâmbio” no contexto da atualidade. Nos dois primeiros blocos, o expositor apresentou fotos históricas. Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=EJBa7KVRFIQ&t=1745s
União em evento para trabalhadores e pelos 72 anos da Federação do Maranhão Os 72 anos da Federação Espírita do Maranhão foram comemorados concomitantemente com um Encontro virtual de Trabalhadores da Região de Balsas, na noite do dia 03 de dezembro. Como convidado Antonio Cesar Perri de Carvalho foi entrevistado sobre o tema “unificação”, trazendo-o até o contexto do mundo atual. Atuou como entrevistador Fábio Souza de Carvalho, presidente da Federação Espírita do Maranhão, que também encaminhou questões apresentadas por Osmir Freire, atual vice-presidente da FEMAR. Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=LRbotGuuBtI
CANAL LUZ ESPÍRITA
Acompanhe, todo domingo, às 10h (horário de Brasília), as videopalestras produzidas pela Equipe Luz Espírita, com exposições sobre os mais diversos temas de interesse ao estudo do Espiritismo, com a participação de expositores espíritas da nossa fraternidade e outros convidados.
"Chico Xavier: 50 anos de mediunidade" - documentário TV Tupi, 1977 Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=CwTQLqjDPqw&t=2s
Palestra#44 - "Lugares Assombrados" - com Rogério Miguez Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=O99wlHpRL2g
Palestra#43 - "As potencialidades da alma" - com João Luiz do Nascimento Ramos Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=mpF2s1ZAE6o
CHARLES KEMPF
O programa "Espiritismo com Kardec e seus pioneiros" vai ao ar toda quarta-feira às 7h30, ao vivo (em direto) com apresentação de Charles Kempf, André Luis Chiarini Villar e Sérgio Villar. Viagem Espírita de 1862
Espiritismo com Kardec e seus pioneiros | Charles Kempf e André Luis Villar | 21.12.22 Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=xp56CaZkDMs&list=PL1BsJgah6AwkdUUWHICx9Ppb7reA2bA8o&index=1
Espiritismo com Kardec e seus pioneiros | Charles Kempf e André Luis Villar | 14.12.22 Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=htP9oPSevoU&list=PL1BsJgah6AwkdUUWHICx9Ppb7reA2bA8o&index=2
Espiritismo com Kardec e seus pioneiros | Charles Kempf e André Luis Villar | 30.11.22 Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=EMV3h_Cz_PM&list=PL1BsJgah6AwkdUUWHICx9Ppb7reA2bA8o&index=1&t=1302s
A LUTA SEGUE
IRMÃOS W.
(Recebido em email de wanderlei santos [fabioastoni@msn.com]) |
Registro. Festinha de Natal no Projeto Chico Xavier Araçatuba, SP |
Sábado realizamos a festinha do Natal para as crianças do Projeto Chico Xavier. A evangelização atendeu quase 100 crianças divididas em 04 turmas. Foi servido um delicioso cachorro quente com refrigerante. Cada evangelizadora distribuíram um mimi para cada evangelizando. Também foram distribuídos um mini panetone para todos. Para os adultos a palestra foi realizada pelo “Dinho”- Osvaldo Magro Filho, e servido um Strogonoff feito pelas voluntárias. Foi um maravilhoso sábado. (Informações de Maria Luzia Rosa de Almeida)
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Folha Espírita Francisco Caixeta- Edição 107. Araxá, MG Acesse no link |
Olá! Segue a edição 107 da Folha Espírita Francisco Caixeta. VEJA NESTA EDIÇÃO:
Humildade Celeste Caridade Festa de Natal A paz interior Uma telha e muito mais...
Para ver as edições anteriores, acesse o site.
Deus nos abençoe! Grupo editorial
Clique aqui: http://www.espiritacaixeta.org.br/folha/Fol107.pdf
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Último lançamento da EVOC, hoje publicado: Conhecereis a verdade e ela vos libertará |
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Saudações kardequianas, boa tarde. Peço que divulgue em seu meio nosso último lançamento da EVOC, hoje publicado:
O download do e-book é livre e gratuito. Para acessar, clique neste link: http://www.oconsolador.com.br/editora/101a150/conhecereis.pdf
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Obrigado pela atenção dada a este pedido. Um forte abraço e ótima semana para todos da família.
Av. Saíra Prateada, 62 - Condomínio Golden Garden 86701-865 - Arapongas, PR
(Recebido em email de Astolfo Olegário Oliveira Filho [aoofilho@gmail.com]) |
Gepar – Campanha Natal Solidário 2022 Niterói, RJ |
Novidade no Blog do site geparsocialGepar - Campanha Natal Solidário 2022 Aos Amigos e Parceiros do Gepar O Natal está chegando, as famílias e crianças assistidas por nossa Instituição estão aguardando nossa...
(Recebido em email de Gepar [gepar@gepar.org.br]) |
GEPAR Informes de Dezembro de 2022 |
ACESSE AQUI: https://www.gepar.org.br/so/1cOJF3-ue?languageTag=pt&cid=9279d831-9ad6-4aa3-bb56-3361c1dffa22#/main
(Informação pelo email Gepar [gepar@gepar.org.br]) |
1º. Encontro de presidentes de Centros Espíritas do Oeste Paulista |
(Informação em email de Donizete Pinheiro, Marília, SP) |
Site da Federação Espírita Brasileira Brasília, DF |
Clique
aqui:
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Federação Espírita do Paraná Curitiba |
ACESSE AQUI:
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FEEC- Federação Espírita do Estado do Ceará Fortaleza. |
Acesse aqui: https://www.facebook.com/feec.oficial/
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FEPI- Federação Espírita Piauiense Teresina |
Acesse aqui:
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União Britânica de Sociedades Espíritas – BUSS Londres, Reino Unido |
Acesse aqui: https://www.facebook.com/UK.BUSS/
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Se te for possível colabore com o Abrigo Ismael- Departamento da centenária União Espírita “Paz e Caridade”. Araçatuba, SP |
ACESSE O SITE AQUI: O Abrigo Ismael comemorou 80 anos no dia 3 de outubro de 2021
O União Espírita Paz e Caridade, desde o ano 1921, vem atuando para abrandar o sofrimento de idosas carentes, suprindo-lhes todas as suas necessidades. Atualmente, conta com uma equipe de enfermagem, auxiliares, nutricionista, assistente social, médico, e fornece seis refeições diárias, medicamentos, lazer, atividades físicas e lúdicas, visando sempre a maior qualidade de vida possível nesta fase da vida. Em todos esses anos sempre contou com a colaboração da sociedade araçatubense, o qual agradecemos de todo o coração.
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Revista eletrônica semanal O Consolador Londrina, PR |
Acesse aqui:
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Boletim semanal do Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier São Paulo |
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Significados: nascimento de Jesus, magos e presépio; Estudo de Atos dos apóstolos; Problemas espirituais na infância; O desafio da afabilidade no Evangelho; Apóstolo Paulo detido e o apelo ao Imperador; Bem e mal sofrer; O Cristo inconfundível
Artigo – Significados: nascimento de Jesus, magos e presépio: http://grupochicoxavier.com.br/significados-nascimento-de-jesus-magos-e-presepio/
Notícias: -Estudo de Atos dos apóstolos:
http://grupochicoxavier.com.br/estudo-de-atos-dos-apostolos/ Vídeos: - Problemas espirituais na infância: http://grupochicoxavier.com.br/problemas-espirituais-na-infancia/
- O desafio da afabilidade no Evangelho: http://grupochicoxavier.com.br/o-desafio-da-afabilidade-no-evangelho/
- Apóstolo Paulo detido e o apelo ao Imperador: http://grupochicoxavier.com.br/apostolo-paulo-detido-e-o-apelo-ao-imperador/
- Bem e mal sofrer: http://grupochicoxavier.com.br/bem-e-mal-sofrer/
Mensagem –O Cristo inconfundível: http://grupochicoxavier.com.br/o-cristo-inconfundivel/
o0o “Natal! Boa Nova! Boa-Vontade! Estendamos a simpatia para com todos e comecemos a viver realmente com Jesus, sob os esplendores de um novo dia” – Emmanuel.
(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Fonte viva. Cap.180. FEB)
o0o Com fraternal abraço, Equipe GEECX
(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com] e de GEECX) |
Bilhete de Natal |
(Recebido em email de Leopoldo Zanardi, Bauru, SP) |
Em absoluto respeito à sua privacidade, caso não mais queira receber este Boletim Diário de notícias do movimento espírita, envie-nos um email solicitando a exclusão do seu endereço eletrônico de nossa lista. Nosso endereço: igobi@uol.com.br
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