Notícias do Movimento Espírita São Paulo, SP, terça-feira, 29 de março de 2022 Compiladas por Ismael Gobbo |
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Notas |
1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento. 2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes diversas via e-mail e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec. Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.
3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).
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Atenção |
Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui:
https://www.noticiasespiritas.com.br/2022/MARCO/29-03-2022.htm
No Blog onde é postado diariamente: http://ismaelgobbo.blogspot.com.br/
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Os últimos 5 emails enviados |
DATA ACESSE CLICANDO NO LINK
28-03-2022 https://www.noticiasespiritas.com.br/2022/MARCO/28-03-2022.htm 26-03-2022 https://www.noticiasespiritas.com.br/2022/MARCO/26-03-2022.htm 25-03-2022 https://www.noticiasespiritas.com.br/2022/MARCO/25-03-2022.htm 24-03-2022 https://www.noticiasespiritas.com.br/2022/MARCO/24-03-2022.htm 23-03-2022 https://www.noticiasespiritas.com.br/2022/MARCO/23-03-2022.htm
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Publicação em sequência O Livro dos Médiuns. Copiado do site Febnet. |
PROSSEGUE NA PRÓXIMA EDIÇÃO.
(O Livro dos Médiuns, copiado do site FEBNET) |
A canoa imperial e o navio imperial. Agosto de 1858.Autor Alfrred Bernier Museu Britanico. Imagem copiada de: |
Uma serva doméstica de 14 anos, Therese Selles, experimenta atividade de poltergeist / espontânea PK na casa de seu empregador, a família Todeschini em Cheragas, na Argélia, destaque na capa da revista francesa La Vie Mysterieuse em 1911 Imageem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Poltergeist-Therese_Selles.jpg |
Prancheta com lápis adaptado acionada pelos espíritos com utilização de médiuns. O método primitivo foi sucedido pela psicografia com o médium escrevendo diretamente com sua mão. Imagem/fonte: http://www.espiritualidades.com.br/Artigos/M_autores/MOLLO_Elio_tit_Surgimento_da_doutrina_espirita.htm
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Francisco Cândido Xavier psicografando no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo, MG Imagem/fonte: http://professorricardovieira.blogspot.com.br/2014/04/biografia-de-chico-xavier.html |
O sono da indiferença |
Um dos relatos mais comoventes, quando se abordam as horas anteriores à prisão de Jesus, é a Sua solidão. Durante a ceia daquela quinta-feira, Ele fizera recomendações para o futuro e revelações do que aconteceria, logo mais. Seria de se esperar que os Apóstolos se mantivessem com olhos e ouvidos atentos, na sequência das horas. Saindo do local onde tivera lugar a comemoração pascal, Jesus se dirigiu para o Getsêmani, um jardim aos pés do Monte das Oliveiras. Calcula-se que tenha sido uma caminhada de uns dez minutos. Acompanhado de Pedro, Tiago e João, adentrou-se para o monte povoado de árvores frondosas, que convidavam ao pensamento contemplativo. Tornou a frisar que aqueles eram os Seus últimos momentos na Terra. E lhes pediu: Orai e vigiai comigo, para que tenha a glorificação de Deus no supremo testemunho. Afastou-se, à pequena distância, mantendo-se em prece. Reconhecendo que, se assim Jesus os convidava, para aquela derradeira hora, é porque confiava neles, dispuseram-se à vigília. No entanto, logo adormeceram. Foram despertados, pelo Mestre, que lhes perguntou por que não haviam permanecido em oração. E lhes narrou que fora visitado por um mensageiro do Pai, que O viera confortar para o sacrifício próximo. Apesar de mais essa extraordinária revelação, poucos segundos passados, os três tornaram a adormecer. Acordaram, finalmente, com os ruídos estranhos, a invasão dos soldados do templo, a prisão do Nazareno. Considerando a tristeza da flagelação, a sentença arbitrária, e morte na cruz, o Apóstolo João entrou a refletir maduramente sobre os acontecimentos do Getsêmani. Por que dormira, ele, que amava tanto a Jesus? Por que não pudera estar com Ele, naquela prece derradeira? Por que não conseguira atender ao pedido do Amigo? O tempo passou sem que João conseguisse esquecer aquela falta de vigilância. Certa noite, numa atmosfera de sonho, em divino esplendor, Jesus o visitou e lhe falou das lições que deveriam ser extraídas daquele episódio. Disse da marcha solitária de quantos abraçam missões de amor. Sobretudo, falou a respeito do sono da indiferença, alertando para o Orar e vigiar. * * * Hoje, como naquele dia, muitos de nós cultivamos o sono da indiferença. Um terrível vírus se alastrou pela Terra, nos solicitando reformulação de atitudes, da maneira de viver. A pandemia nos exigiu mais respeito ao outro, à própria vida. Fomos convocados à vigilância, preservando-nos do contágio cruel. Vimos centenas de amores e amigos serem levados pela morte. Vimos empregos desaparecerem, negócios serem fechados, angústia e dor em todo o planeta. Vieram as vacinas, a bênção da recomposição da vida, como uma fugidia luz de esperança. Bastou uma breve pausa da corrida pandêmica, um arrefecimento da sua incidência, e retornamos aos mesmos velhos hábitos descuidados. Parece-nos que o Governador Planetário se achega e nos indaga: Filhos da alma, tanta dor não os consegue manter atentos, despertos? Será que prosseguiremos imersos no sono da indiferença? É hora de despertar. Orar e vigiar. Redação do Momento
Espírita, com base no cap.27,
ESCUTE O ÁUDIO DESTE http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=6660&stat=0
(Do site Feparana) |
Judas Iscariotes, à direita se retira da última ceia. Pintura de Carl H. Bloch do final do século XIX. Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Judas_Iscariot#/media/File:The-Last-Supper-large.jpg |
Cristo no Monte das Oliveiras. Óleo sobre tela de Caravaggio. Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Christ_on_the_Mount_of_Olives_(Caravaggio)
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O Beijo de Judas. Óleo sobre tela por Nicolai Wilhelm Marstrand. Imagem/fonte: |
Oliveiras antiquissimas no Jardim Getsémani no sopé do Monte das Oliveiras. Jerusalém, Israel. Fotos Ismael Gobbo |
Evangelho e Espiritismo |
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Opinião Espírita. Lição nº 60. Página 194.
A Gênese - Capítulo I - Item 41
Todos aqueles que negam a feição religiosa do Espiritismo, recusando-lhe a posição de Cristianismo Restaurado, decerto, ainda não abarcaram, em considerações mais amplas, a essência evangélica em que se lhe estruturam os princípios, nos mais íntimos fundamentos. Examinemos, pela rama, alguns dos pontos mais importantes de formação do Testamento Kardequiano: - "O Livros dos Espíritos", que se popularizou com mil e dezoito questões, sabiamente explanadas, não obstante os primores filosóficos de que se compõe, é um código de responsabilidade moral, iniciado com duas proposições, acerca de Deus e do Infinito, e rematado com outras duas, que se reportam ao reino de Cristo nos corações e ao reinado do bem, no caminho dos homens. - "O Livro dos Médiuns", volume de metodologia para o intercâmbio entre encarnados e desencarnados, apresenta, de entrada, valiosa argumentação, alusiva à existência do Mundo Espiritual, e reúne, no encerramento, diversas comunicações de individualidades desencarnadas, ao mesmo tempo que nos convida a exame sério e imparcial de todas as mensagens recolhidas do Além, por via mediúnica, salientando-se que a primeira página da seleção exposta começa com significativa advertência de Agostinho: "Confiai na bondade de Deus e sede bastante clarividentes para perceberdes os preparativos da vida nova que ele vos destina". - “O Evangelho, segundo o "Espiritismo" abre as próprias elucidações com judiciosos apontamentos, em torno de Móises e da Lei Antiga, compendiando, em seguida, os ensinos de Jesus, em todo o texto, para concluir, alinhando comovedores poemas de exaltação à prece. - "O Céu e o Inferno", tomo de cogitações francamente religiosas, segundo a definição do título, começa analisando o porvir humano, do ponto de vista espiritual, e termina com o ditado de José, o cego, espírito de evolução mediana que encarece a necessidade do sofrimento no serviço expiatório da consciência culpada e destaca a excelência da reencarnação, na Justiça Divina. - "A Gênese", o livro final da Codificação e que enfeixa arrojadas teses de ciência e filosofia, enfileira dezoito capítulos, com mais de cem artigos, dos quais da terça parte se referem exclusivamente a passagens e lições do Divino Mestre, acrescendo notar que a obra principia, aceitando o Espiritismo em sua missão de Consolador Prometido, com a função de explicar e desenvolver as instruções do Cristo, e despede-se com admiráveis reflexões sobre a geração nova e a regeneração da Humanidade. Cremos de boa fé que todos os companheiros, propositadamente distanciados da tarefa religiosa do Espiritismo, assim procedem, diligenciando imunizar-nos contra a superstição e o fanatismo, que a plataforma libertadora da própria Doutrina Espírita nos obriga a remover, mas, sinceramente, não entendemos a Nova Revelação sem o Cristianismo, a espinha dorsal em que se apóia. Isso acontece, porque, se após dezenove séculos de teologia arbitrária, não chegaríamos a compreender agora, no mundo, o Evangelho e Jesus Cristo, sem Allan Kardec, manda a lógica se proclame que o Espiritismo e Allan Kardec se baseiam em Jesus Cristo, de ponta a ponta.
(Texto recebido em email do divulgador Antonio Sávio, Belo Horizonte, MG) |
Capa da 1ª. edição de O Livro dos Espíritos de Allan Kardec, lançados aos 18 de abril de 1857. Copiada de https://kardec.blog.br/18-de-abril-de-1857/
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As obras básicas do Espiritismo codificado por Allan Kardec. Imagem/fonte: http://www.guia.heu.nom.br/obras_basicas.htm |
Programação do Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, Portugal |
Exms Senhores,
As nossas mais cordiais saudações.
a ) O Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, vai
levar a cabo uma conferência no dia 1 de Abril de 2022, subordinada ao tema
"Educação para a Morte", com a profª Catarina Fernandes,
pelas 21H00, seguida de debate.
b) O Centro de Cultura Espírita (CCE) está a organizar as XVI Jornadas de Cultura Espírita do Oeste, no CCC, C. Rainha, nos dias 30 Abril e 1 de Maio de 2022, subordinadas ao tema "Ciência e Espiritismo", encontrando-se os bilhetes (12,50 €) à venda online ou no CCE.
Cordialmente
CCE
Tel: 938 466 898; 966 377 204; www.cceespirita.wordpress.com - E-mail: ccespirita@gmail.com
(Recebido em email de Centro de Cultura Espírita Caldas da Rainha [ccespirita@gmail.com]) |
Programação do Centro Espírita Raymundo Mariano Dias Birigui, SP |
.🎤 Palestra Presencial - Centro Espírita Raymundo Mariano Dias Rua Bandeirantes nº 183, Centro, Birigui - SP 🗓️ SEXTA-FEIRA -
01/04/2022 - às 20hs 🗣️ PALESTRANTE: Ricardo
Azevedo À partir das 19h30min inicia o ❤️ATENDIMENTO FRATERNO❤️ À partir das 20hs inicia a 👧👦EVANGELIZAÇÃO Infantil e Pré-Mocidade. . 🙌🏻 Higiene das Mãos A palestra também será transmitida pelo Facebook do C. E Raymundo Mariano Dias: https://www.facebook.com/ceraymundomarianodias . Sejam Bem Vindos(as)!!! .
(Recebido em email de C E Raymundo Mariano Dias [ceraymundomarianodias@gmail.com]) |
Use Regional de Marilia Campanha: “O Jovem no Centro” |
Dia de paz, caro Ismael. Segue cartaz para divulgação. A USE Regional de Marília começou uma campanha de valorização do jovem no movimento espírita. A criança e o jovem são nossa responsabilidade. Solicitamos a gentileza da divulgação. Abraço fraterno. Donizete
(Recebido em email de Donizete Pinheiro) |
Chico Xavier – Emmanuel, reconhecimentos da Maçonaria e Governo de Minas |
Homenagens e reconhecimentos, da Maçonaria e do Governo de Minas Gerais; e a origem da tela de Emmanuel, foram temas abordados com ilustrações por Antonio Cesar Perri de Carvalho (São Paulo) em programa transmitido no dia 26 de março. Esses episódios históricos ocorridos no mês de março foram comentados pelo expositor, apresentando fotos diversas, registros divulgados pela imprensa espírita da época e incluídos em livros de sua autoria: “Chico Xavier. O homem, a obra e repercussões” (USE/EME, 2019), “Emmanuel. Trajetória espiritual e atuação com Chico Xavier” (O Clarim, 2020) e “Pelos caminhos da vida. Memórias e reflexões” (Cocriação, 2021). Ao ensejo dos 20 anos da partida do médium, os temas sobre eventos relacionados com Chico Xavier são desenvolvidos por Perri em transmissões da Estação Dama da Caridade Benedita Fernandes, aos sábados às 17 horas. Acesse pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=S7eZ3VnxStM
(Recebido em email de Cesar Perri) |
Programação comemorativa de 12 anos da fundação do Núcleo Espírita Chico Xavier. Niterói, RJ |
(Recebido em email de Núcleo Espírita Chico Xavier [necx.espiritismo@gmail.com]) |
GESE- Palestra online com Carlos Campetti |
(Informações de Amigos del Espiritismo) |
Casa Editora O Clarim. Matão, SP Como desenvolver uma palestra espírita? |
ACESSE NESTE LINK:
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Encontro Espírita 2022 Associação Espírita Terceira Revelação. Bogotá |
(Informação de Amigos del Espiritismo) |
Grupo de Estudos ADE- Japão Estudo de O Livro dos Espíritos |
(Informações de Adalberto- Japão) |
Mês Espírita Mundial Abril 2022 |
1° MÊS ESPÍRITA MUNDIAL SLOGAN "O que nos une é muito maior do que aquilo que nos separa!"- várias línguas, diversos costumes, mas com o mesmo ideal Durante todo o mês de abril o planeta viverá momentos de muita união e paz. 36 países e mais de 120 palestrantes e estudiosos do Espiritismo representando diferentes culturas estarão reunidos no 1º Mês Espírita Mundial. Um evento online inédito e gratuito, com mais de 20 horas de conteúdos legendados em: Espanhol, Francês, Inglês e Português. Temas atuais e de relevância para a Sociedade à luz do conhecimento espírita. O evento será transmitido pelo canal do youtube da TV Mundo Maior. Cadastro pelo site para receber todas as informações, curiosidades do evento e a programação completa: www.feal.com.br/mes-espirita-mundial Teaser-Vídeo em Português, com legendas em Francês, Inglês e Espanhol Inglês: https://youtu.be/p59e5ObiiDc Francês: https://youtu.be/DXwI8NuBQC0 Espanhol: https://youtu.be/05RfBoh5JRU Lançamento em Inglês: 2a. feira-21.03.22 https://youtu.be/wDT3GAN5Sck Lanzamiento en Espanol sábado 19.03.22 https://youtu.be/8psLfnIpaH4 (Informações recebidas de Elsa Rossi) |
Site da FEB – Federação Espírita Brasileira Brasília, DF |
Acesse aqui: https://www.febnet.org.br/portal/
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Site Feparana - Federação Espírita do Paraná Curitiba |
Acesse:
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Programação de live pela Use Intermunicipal de Marília, SP |
(Recebido em email de Donizete Pinheiro) |
BUSS Programações |
(Recebido em email de Elsa Rossi) |
USE/SP. Reabertas as inscrições 18º. Congresso Estadual de Espiritismo |
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(Recebido em email de USE SP - União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo [congressousesp@gmail.com]) |
Se te for possível colabore com o Abrigo Ismael- Departamento da centenária União Espírita “Paz e Caridade”. Araçatuba, SP |
ACESSE O SITE AQUI: O Abrigo Ismael comemorou 80 anos no dia 3 de outubro de 2021
O União Espírita Paz e Caridade, desde o ano 1921, vem atuando para abrandar o sofrimento de idosas carentes, suprindo-lhes todas as suas necessidades. Atualmente, conta com uma equipe de enfermagem, auxiliares, nutricionista, assistente social, médico, e fornece seis refeições diárias, medicamentos, lazer, atividades físicas e lúdicas, visando sempre a maior qualidade de vida possível nesta fase da vida. Em todos esses anos sempre contou com a colaboração da sociedade araçatubense, o qual agradecemos de todo o coração.
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Revista eletrônica semanal O Consolador Londrina, PR |
ACESSE;
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Boletim semanal do Grupo de Estudos Chico Xavier São Paulo |
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Drama dos refugiados e as portas de acolhimento e solidariedade; Relação Estado-Igreja até época de Kardec; Depoimento de Paulo sobre as marcas; Paulo relata sobre as marcas do Cristo; Palestra sobre aflições e reinício de grupos mediúnicos; Mês Espírita Mundial – lançamento; Lançamentos dos filmes “Chico Xavier” e “Nosso Lar”; Refugiados
Artigo – Drama dos refugiados e as portas de acolhimento e solidariedade:http://grupochicoxavier.com.br/drama-dos-refugiados-e-as-portas-de-acolhimento-e-solidariedade/
Notícias: - Relação Estado-Igreja até época de Kardec: http://grupochicoxavier.com.br/relacao-estado-igreja-ate-epoca-de-kardec/
Estudo do Evangelho: - Depoimento de Paulo sobre as marcas: http://grupochicoxavier.com.br/depoimento-de-paulo-sobre-as-marcas/
- Paulo relata sobre as marcas do Cristo: http://grupochicoxavier.com.br/paulo-relata-sobre-as-marcas-do-cristo/
Videos: - Palestra sobre aflições e reinício de grupos mediúnicos: http://grupochicoxavier.com.br/palestra-sobre-aflicoes-e-reinicio-de-grupos-mediunicos/
- Mês Espírita Mundial - lançamento: http://grupochicoxavier.com.br/mes-espirita-mundial-lancamento/
- Lançamentos dos filmes “Chico Xavier” e “Nosso Lar”: http://grupochicoxavier.com.br/lancamentos-dos-filmes-chico-xavier-e-nosso-lar/
Mensagem – Refugiados: http://grupochicoxavier.com.br/refugiados/
o0o “Que é o que impele o homem à guerra? R - Predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e transbordamento das paixões. No estado de barbaria, os povos um só direito conhecem — o do mais forte. Por isso é que, para tais povos, o de guerra é um estado normal. À medida que o homem progride, menos frequente se torna a guerra, porque ele lhe evita as causas, fazendo-a com humanidade, quando a sente necessária” – Allan Kardec. (Kardec, Allan. Trad.Ribeiro, Guillon. O livro dos espíritos. Q. 742. FEB) o0o Com fraternal abraço, Equipe GEECX
(Recebido em email de Cesar Perri Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com] ) |
Biografia de Emanuel von Swedenborg (29-01-1688 / 29-03-1772) |
Emanuel von Swedenborghttp://www.autoresespiritasclassicos.com/Autores%20Espiritas%20Classicos%20%20Diversos/Mediuns/Swedenborg/Emanuel%20von%20Swedenborg.htm Emanuel von Swedenborg, nascido em Estocolmo a 29 de janeiro de 1688, filho de um bispo da Igreja luterana sueca, viveu na austera atmosfera evangélica alguns anos de sua vida. Foi profundo estudioso da Bíblia. Estudou em Upsala e visitou a Alemanha, a França, a Holanda e a Inglaterra, a fim de ampliar seus extensos conhecimentos de matemática, mecânica, astronomia, geologia, mineralogia. Aos 22 anos publicou um volume de versos latinos e aos 28 foi nomeado assessor de minas do governo sueco. Versátil, tanto quanto Leonardo da Vinci, criou engenhos mecânicos para transportar barcos por terra, analisou a economia da moeda corrente, a produção e o custo do álcool , a aplicação do sistema decimal, a relação entre importações e exportações e a economia nacional. Próximo aos 30 anos, voltou-se para a paleontologia, a geologia, o estudo dos fósseis e chegou a desenvolver uma avançada teoria sobre a expansão nebular, para explicar a origem do sistema solar. Dedicou-se também aos estudos da Medicina e da Fisiologia. Era hábil em latim, grego, inglês, além de sua língua pátria e chegou a estudar hebraico, a fim de empreender uma reinterpretação do Velho e do Novo Testamento. A primeira parte de sua vida foi notadamente voltada para o intelecto. Contudo, embora ainda menino tivesse visões, foi em abril de 1744 que se iniciou uma nova etapa, a da investigação em busca de conhecimentos sobre a alma humana relacionada com Deus e o universo numa estrutura da idéia cristã. Conforme suas palavras, "...O mundo dos Espíritos, do céu e do inferno, abriu-se convincentemente para mim, e aí encontrei muitas pessoas de meu conhecimento e de todas as condições. Desde então diariamente o Senhor abria os olhos de meu Espírito para ver, perfeitamente desperto, o que se passava no outro mundo e para conversar, em plena consciência, com anjos e Espíritos." Considerado como um dos precursores das idéias espíritas, em suas obras "Céu e Inferno", "A nova Jerusalém" e "Arcana Caelestia" descreveu o processo da morte e o mundo do além, detalhando sua estrutura. Falou de casas onde viviam famílias, templos onde praticavam os cultos, auditórios onde se reuniam para fins sociais. Descreveu várias esferas, representando os graus de luminosidade e de felicidade dos espíritos. Afirmou não existirem anjos e demônios, mas simplesmente seres humanos, saídos da carne e em estado retardatário, ou altamente desenvolvidos. Descartou a possibilidade da existência de penas eternas. A afirmação de contatos com os espíritos e suas experiências psíquicas, inclusive de dupla vista, atraíram amigos e lhe conquistaram adversários. Suas visões à distância foram detalhadamente investigadas, como a ocorrida no dia 19 de julho de 1759, na cidade de Göteborg, a 480 km. da capital sueca. Naquela tarde, Swedenborg jantou com a família de William Castell, juntamente com mais umas 15 pessoas e descreveu, pálido e alarmado, o incêndio que irrompera às 3 horas daquela tarde e foi dominado às 8 horas da noite, a uma distância de três portas de sua própria casa. Este dia era um sábado e somente na terça-feira, uma mensagem real confirmou os fatos, inclusive o detalhe de ter sido dominado às 8 horas da noite. Esse homem notável, enérgico quando rapaz e amável na velhice, era bondoso e sereno. Prático, trabalhador, era de estatura alta, delgado, de olhos azuis, apresentando-se sempre impecável com sua peruca até os ombros, roupas escuras, calções curtos, fivelas nos sapatos e bengala. Desencarnando em 29 de março de 1772, em Londres, cidade onde viveu muitos anos e onde se deu a eclosão da sua mediunidade, apresentar-se-ia 72 anos mais tarde, numa tarde de março de 1844, a um jovem de nome Andrew Jackson Davis, como um de seus mentores, junto ao espírito Galeno, passando a assessorá-lo em sua jornada mediúnica. Na Codificação, seu nome figura em Prolegômenos, atestando a sua participação efetiva, como membro da equipe do Espírito de Verdade, contribuindo para a instalação da Terceira Revelação junto aos homens. Relação de suas obras: 1734 - Opera Philosophica et
Mineralia Fontes de consulta: História do Espiritismo - Arthur Conan Doyle
(Copiado do site http://www.autoresespiritasclassicos.com/Autores%20Espiritas%20Classicos%20%20Diversos/Mediuns/Swedenborg/Emanuel%20von%20Swedenborg.htm) |
A Máquina Voadora. Esboço de Swedenborg no seu caderno no ano de 1714. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Swdbg2.jpg |
Monumento a Swedenborg em sua cidade natal, Estocolomo, Suécia. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Emanuel_Swedenborg_Mariatorget_Stockholm_2005-06-29.jpg |
Arcana Caelestia Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Arcana_Caelestia_0001.jpg |
Cripta de Swedenborg na Catedral de Uppsala. Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Emanuel_Swedenborg#/media/File:Swedenborg%27s_grave.jpg |
Domingos Filgueiras (10-03-1846 / 29-03-1906) |
Nasceu Domingos de Barros Lima Filgueiras na cidade do Rio de Janeiro, a 10 de Março de 1846, dois anos antes que os Espíritos do Senhor dessem início, na cidade de Hydesvile (E.U. A. ), à maior revolução do século XIX. Aos 10 de Abril de 1869, foi ele aceito como guarda da Alfândega da ex-Capital Federal, chegando mais tarde, por promoções sucessivas, de acordo com a lei, a 29 Comandante dos Guardas, posto que ocupou até a sua desencarnação... Filgueiras naquele tempo já estava casado, visto que o fizera aos 19 anos de idade, com uma senhorinha meiga, carinhosa e dedicada, tal como seu espírito já formado idealizara. A Sra. Amélia Rosa Filgueira Lima deu à luz quatro filhos, que receberam educação esmerada, dentro dos princípios da moral espírita, e que souberam honrar o nome venerado do pai. Nomeá-les-emos segundo a ordem de nascimento: Carlos, que foi corretor de navios; Luísa, que se consorciou com um subdiretor do Telégrafo Nacional; Otávio, que exerceu o cargo de escriturário da Alfândega de Santos; e, por fim, o Dr. Nestor Filgueiras Lima, subdiretor aposentado do Tesouro Nacional, espiritista culto e distinto. A este senhor, que nos atendeu gentilmente em sua residência, é que devemos boa parte dos dados que aqui coordenamos, inclusive o retrato de seu pai. Corre o tempo... Certo dia, apontam em Filgueiras faculdades mediúnicas. A conselho de um espírita, ele procura João do Nascimento, e é sob a direção deste médium muito conhecido que aquelas são desenvolvidas. Posteriormente recebe a orientação de Bittencourt Sampaio, o eminente apóstolo do Espiritismo. A modéstia, modéstia que, no dizer de um seu biógrafo, tocava as raias da mais infantil timidez, a humildade e a alma bondosa do exemplar funcionário público cativaram de imediato o sublime cantor de «A Divina Epopéia », que o prezou para sempre como um dos seus melhores discípulos. Pouco depois, revela-se no médium a sua verdadeira missão, árdua, mas bela, qual a de beneficiar a saúde orgânica do próximo, indiretamente concorrendo para o despertamento espiritual de muitos. Seus serviços de médium curador, receitista, como intermediário do Espírito do Dr. Francisco de Menezes Dias da Cruz, que fora professor catedrático na Faculdade de Medicina e que desencarnou em 1878, iniciou- os em 1886, prestando-os ininterruptamente até o fim de sua existência. A princípio, apenas alguns consulentes paupérrimos o procuram, mas as curas conseguidas são tão extraordinárias, que o nome do médium ràpidamente se propala de boca em boca, e, em pouco tempo, o humilde medianeiro do Alto se vê quase que perseguido por multidões de todas as classes sociais, em todos os cantos em que aparecia, até mesmo no seu lar. «E com que carinho e solicitude - informou um companheiro dele - a todos atendia! Como se lhe iluminava o rosto de um largo sorriso de bondade e satisfação todas as vezes que um doente grave e desenganado pelos médicos lhe era confiado, e que de seu amoroso guia recebia animadores prognósticos! Ele compreendia que todo triunfo, em tal sentido conquistado, era um triunfo, não para ele, modesto e obscuro, de si mesmo nada podendo, mas para a Doutrina, que amava com enternecido carinho. «Quantas vezes - continua quem de perto o conheceu - o vimos chorar de ternura e de reconhecimento, pelo êxito de uma cura dificílima! O seu amor pela Doutrina, porém, não era esse apego cego e fanático que tem muito de orgulho e pouco de verdadeira dedicação. Se ele se regozijava com as curas, como vitórias palpáveis para o Espiritismo, de que era apóstolo fiel, não o fazia menos pelo amoroso interesse que lhe mereciam, um por um, todos os seus doentes, cujas dores aliviadas eram também alívio para a sua própria alma.» Diariamente, como era seu costume, levantava-se às cinco da manhã, e já a essa hora o pequeno jardim de sua residência, à rua Álvaro (hoje rua Joaquim Távora) nº. 6 (Engenho Novo), recebia os primeiros necessitados que vinham pedir receitas, antes de o médium sair para o trabalho na Alfândega. Sua fama chegou a tal ponto, que os doentes insistiam em procurá-la naquela repartição, a fim de obterem um lenitivo ou uma cura para as suas enfermidades. Mais tarde, com a aquiescência do guarda-mar Luís da Gama Berquó, que havia também sido curado homeopàticamente pelo médium Filgueiras, a este foi autorizado servir-se de uma saleta, que não tinha uso algum, para, nos momentos de descanso, atender ao receituário de maior urgência. A simpatia e a estima em que o tinham os seus chefes permitiram, logo depois, que essa tolerância se estendesse até mesmo durante as horas do expediente de Filgueiras, desde, que isso não estorvasse as suas obrigações. A coisa ia bem, quando o ajudante-inspetor José Joaquim Fernandes, que não cria em caridade de além - túmulo, se insurgiu contra tais liberdades, achando-as por demais abusivas. A fim de evitar desentendimentos que poderiam prejudicar seu chefe e amigo, Filgueiras resolveu suspender o exercício de sua mediunidade na Alfândega. Transcorre algum tempo... E eis que agora a peste bubônica grassa no Rio de Janeiro, duplicando, triplicando o trabalho dos médiuns. Um filho do citado ajudante inspetor, posteriormente o distinto advogado doutor Carlos Fernandes, cai vitimado pelo terrível mal. Médicos vários são chamados, mas tudo em vão... O doentinho caminha para a morte. Quando José Joaquim Fernandes estava no auge do desespero, vem a ele um escriturário da Alfândega, o senhor Cahet, e em conversa lhe narra as curas verdadeiramente «milagrosas» obtidas pelo médium Filgueiras. O incrédulo inspetor, de alma desesperançada, agarra-se então àquela última tábua de salvação que lhe apresentavam. Solicita do médium uma receita para o filho. E, logo à primeira medicação, o doente já desenganado entra em período de sensível melhora, os bubões desaparecem, e a convalescença se opera com estranha rapidez! O inspetor, chocado profundamente com esse maravilhoso fato, não mais obstou, em sinal de gratidão, a que o médium continuasse distribuindo a caridade dentro da Alfândega, como antes o vinha fazendo. E apesar de todas as facilidades e liberdades que lhe foram concedidas para aquele mister, Filgueiras jamais excedeu os limites do direito e do justo. A fama de suas curas crescia sempre, e o povo se encarregava de difundi-las. Pedidos de receitas, às centenas, vinham de todos os lados do Brasil e de alguns países estrangeiros, contando-se entre a sua clientela altas personalidades do mundo político e social, muitas das quais tentaram remunerar-lhe os serviços, mas sempre encontravam pela frente a rejeição honesta, sem alarde, mas inabalável, firmada sobre a advertência contida no cap. 11, vers., 7 de Mateus: «De graça recebestes, de graça dai.» Conta-se que por intermédio do Marechal Bittencourt, o «Marechal de Ouro», o próprio Prudente de Morais, na ocasião presidente da República do Brasil, foi consulente de Filgueiras. O fato se passou desta maneira: o Dr. Prudente de Morais achava-se muito doente, em tratamento com o Dr. Joaquim Murtinho. Num certo dia, o enfermo piora sensivelmente, assustando os familiares, e, quando correm em busca do seu médico, sabem, então, que este se encontrava, no momento, em Petrópolis. O Marechal Carlos Bittencourt, grande amigo do Presidente, enquanto enviava um mensageiro à procura do Dr. Murtinho, vai, aflito, no encalço do médium Filgueiras, já dele conhecido, e lhe pede uma receita urgente, em vista da gravidade do caso. Os remédios prescritos foram imediatamente ministrados ao doente. Só muitas horas depois chega o Dr. Murtinho, preocupadíssimo com as alarmantes notícias, e vai varando os quartos até chegar junto ao enfermo. Após examiná-lo, declarou sorrindo que tudo lhe parecia normal, ao mesmo tempo que numa folha de papel receitava dois produtos homeopáticos. O assombroso de tudo ocorreu aí: os medicamentos eram exatamente os mesmos que o Espírito do Dr. Dias da Cruz transmitira a Filgueiras! O Sr. A. de Speyer, ministro da Rússia em Paris, conheceu nessa capital francesa um embaixador brasileiro, com quem faz amizade. Num dos tête-a-tête, Speyer falou-lhe de terrível nefrite que havia muito o segundo os médicos, de delicada operação cirúrgica. Veio então à mente de Fígner, sem dúvida por inspiração do Alto, solicitar de Pedro Sayão uma receita mediúnica para o caso, daquelas que faziam verdadeiros milagres, conforme lhe contava esse amigo. Quem lha forneceu foi Filgueiras. O efeito foi assombroso. A doente, seja pela ação dos medicamentos prescritos, seja pela atuação direta do próprio Espírito de Dias da Cruz, ficou curada sem a menor intervenção dos médicos terrenos. Este fato impressionou vivamente o espírito sincero de Fígner e levou-o, juntamente com outros fatos que logo se seguiram ao primeiro, ao estudo do Espiritismo e à sua conseqüente conversão. O que se passou com D. Abigail Lima, ela mesma no-lo contou por telefone, conforme o resumo a seguir. D. Abigail achava-se casadinha de novo, com apenas 17 anos de idade, e era, como todos os seus familiares, católica praticante. Nesse meio tempo uma sua irmã cai bem doente, e embalde os médicos procuram curá-la. O pai, em estado angustioso, é aconselhado a se dirigir ao médium Filgueiras, de quem se contavam coisas maravilhosas. Assim o faz, e de volta traz uma receita para a filha. Sem que ninguém o soubesse, iniciou a medicação vinda do outro mundo. Certo dia, Abigail, estando de visita à irmã enferma, cai de súbito, diante de todos, em transe inconsciente, e, pedindo um lápis, escreve uma receita médica. Fato incompreensível para todos, menos para o pai, que fica, então, abismado com o que via, pois a receita assim obtida pela filha era cópia exata da que lhe fôra fornecida pelo médium Filgueiras. Este é cientificado do caso, e comparece ao local do belo acontecimento. Pedindo à menina Abigail se concentrasse para ver se recebia psicogràficamente mais alguma coisa, ela responde que não compreendia o que ele desejava dizer com aquilo. Recebendo a necessária explicação, portou-se Abigail conforme lhe foi ensinado, e, após algum tempo, declarava nada sentir, mas que vira ao lado do médium, um homem, cuja descrição confirmou ali a presença do Espírito do Dr. Dias da Cruz. Fora um meio de que este se servira para tocar mais fundo aquelas almas. Filgueiras aproveita a oportunidade para falar sobre Espiritismo e aconselha a menina a ler obras espíritas, prenunciando-lhe uma bela missão na Terra. Abigail, naquele mesmo instante, sente-se irresistivelmente atraída para a Nova Revelação, mas o esposo impede por todos os meios a sua iniciação espírita. Só mais tarde obtém o consentimento de seguir o que seu coração lhe indicava, e é por meio de «O Livro dos Espíritos», a ela fornecido por Pedro Richard, na Federação Espírita Brasileira, que finalmente ingressa nas fileiras espiríticas. Filgueiras começou a prestar seus serviços mediúnicos no «Grupo Espírita Fraternidade», fundado em 1880. Esse precioso núcleo de trabalhadores da causa espiritista possuía uma secção para o tratamento de doentes, dirigida pelo então prodigioso médium João Gonçalves do Nascimento. A convite de Bittencourt Sampaio, Filgueiras passou a fazer parte dos trabalhos mediúnicos da Sociedade, onde condignamente desempenhou as suas tarefas, distinguindo-se tanto por sua assiduidade quanto por sua modéstia inalterável. Além de se consagrar ao receituário mediúnico, que constituiu sua principal missão e onde se evidenciaram as excelentes qualidades de coração e de espírito que lhe sobejavam, Filgueiras também compartilhava os trabalhos experimentais, na qualidade de médium sonambúlico. A pouco e pouco sua colaboração se estendeu a outras Associações espiritistas, e, mais tarde, depois de organizada, em 1890, a Assistência aos necessitados na Federação Espírita Brasileira, com um serviço mediúnico à parte, ele e vários outros companheiros se transferiram da «Fraternidade», em decadência, para a Casa de Ismael. Ai, a princípio, não havia ainda a farmácia homeopática para distribuição gratuita de medicamentos aos mais necessitados, de sorte que muitas vezes era ele visto tirar do seu próprio bolso o dinheiro necessário para que alguns doentes, em estado de extrema miséria, pudessem mandar aviar as receitas. Inúmeros foram os médiuns que privaram com Filgueiras e que abnegadamente também exerciam na Federação Espírita Brasileira a mediunidade receitista. Entre outros, podemos relembrar os nomes de: Pedro Richard, Dr. Maia Lacerda, Manuel José de Lacerda, José Inácio Pimentel, José Guimarães, Inácio Dias Pereira Nunes, Francisco Marques da Silva, Francisco Pereira Lima, Frederico Júnior, O trabalho era por vezes quase esmagador, mas o amparo do Alto se fazia 'sentir de maneira constante e salutar sobre aqueles obreiros da Caridade, e, para maior alegria destes mesmos, sobre os próprios doentes que vinham em busca da cura para os seus diferentes males. Em 1905, as receitas fornecidas pela Federação atingiam o expressivo número de 146.589, ou seja, cerca de 470 por dia, excluídos os domingos, tendo sido aviadas gratuitamente, pela farmácia da Casa, um total de 101.645.1 Apesar de assoberbado com as constantes e sempre multiplicadas solicitações de almas aflitas, num trabalho extenuante que freqüentemente não lhe permitia sequer alimentar-se a horas certas, Filgueiras não se esquecia da esposa e dos filhos, aos quais votava extremado amor, jamais lhes faltando com sua atenção, seu carinho e sua palavra evangelizadora. Por isso mesmo, dentro do lar foi sempre respeitado e sobretudo querido, tendo deixado exemplos sem número de amor ao próximo. Pela estatística acima, bem se vê que os médicos em geral não podiam andar muito satisfeitos com esse estado de coisas. A grita era grande, e a Saúde Pública, como de outras vezes, se viu obrigada a interferir no sentido de coibir, apoiada em determinados parágrafos da Lei, o receituário mediúnico. Filgueiras, por ser um dos mais conhecidos e mais queridos pelo povo, era sempre o mais visado, informando- nos o «Reformador» de 1906 que o seu nome figurara em mais de um processo, por suposto exercício ilegal da Medicina, de todos, porém, saindo ilesa a sua reputação. Essas perseguições chocavam profundamente o bondoso coração do médium, cujo retraimento e singeleza de hábitos não se harmonizavam com a publicidade que em torno desses casos se fazia. 1 “ Reformador” de 1906, págs. 91 e 92. O último processo movido contra ele, «glorioso coroamento de seu tirocínio mediúnico», segundo palavras de Leopoldo Cirne, datou de 1905, e dele daremos um apanhado histórico: No dia 15 de Abril do referido ano, a sede da Federação Espírita Brasileira, então estabelecida à rua do Rosário, 97, era inopinadamente invadida por verdadeiro batalhão de altos funcionários da Diretoria Geral da Saúde Pública, e ali lavraram contra o médium Domingos de Barros Lima Filgueiras um auto de infração do art. 250 e seus parágrafos do Regulamento Sanitário de 8 de Março de 1904 (veja-se «Reformador» de 1905, página 142). Foi Filgueiras autuado como incurso no art. 156 do antigo Código Penal (exercício ilegal da Medicina), e a Federação foi intimada a pagar uma multa. A defesa do médium e da Casa ficou a cargo do então vice-presidente desta, o ilustrado Dr. Aristides Spínola. Aquela invasão semipolicial na verdade não tinha significado médico, por assim dizer; nada mais era que um revide da Saúde Pública à vitória que a Federação acabara de obter em outro processo semelhante, em que a Justiça despronunciara a Casa de Ismael e julgara improcedentes as denúncias contra os acusados Leopoldo Cirne, presidente da FEB, e o médium curador Joaquim José Ferraz, que em 1898 havia também sido absolvido, em importante julgado, pelo eminente magistrado Dr. Francisco José Viveiros de Castro. O processo instaurado contra Filgueiras teve o seu fim em Fevereiro de 1906. O Diário Oficial de 23 do mesmo mês publicava a longa e judiciosa sentença absolut6ria do acusado, proferida pelo meritíssimo Juiz dos Feitos da Saúde Pública, Dr. Elieser G. Tavares. Entre as afirmações contidas nos numerosos considerados apresentados pelo esclarecido Juiz destacamos essas duas, que asseguraram, ante a lei então vigente, a legitimidade das curas pelo Espiritismo: «ainda quando a opinião que atribui aos espíritos a faculdade de curar, e de cujo pensamento é o médium o transmissor, não fosse rigorosamente científica, ela constituiria, em todo o caso, matéria de crença ou de fé religiosa, porque o Espiritismo é também uma religião.» E, logo a seguir, esta outra:«é princípio constitucional que todos os indivíduos podem exercer pública e livremente o seu culto, tão somente condenáveis as práticas que ofendam a moral pública e as leis, não admitindo perseguição por motivos de crença ou de «função» religiosa. » Aludindo a este sucesso, «Reformador», em artigo necrológico, juntava esse comentário: «Coube assim a Filgueiras a rara fortuna de ser o escolhido pela Providência para receber essa alta distinção de ser perseguido por amor do Cristo, e receber por fim das mãos de um magistrado verdadeiramente digno deste nome a sentença liberatória, que fechou com chave de ouro essa eternizada questão da medicina espírita. «E nenhum outro médium tinha como Domingos Filgueiras direito a essa distinção; porque nenhum melhor que ele compreendeu e desempenhou com desinteresse,abnegação e humildade mais completas o papel de médium, isto é, de instrumento da caridade divina,de sacerdote do Cristo, que o foi exemplaríssimo. Aos 29 de Março de 1906, com o organismo esgotado pelo excesso de trabalho, Domingos de Barros Lima Filgueiras, não podendo resistir a uma gripe intestinal, serenamente cerrava os olhos ao mundo e penetrava os pórticos da Espiritualidade. O que foi a recepção dessa alma justa e cândida no outro lado da vida, é quase impossível descrever com palavras humanas. Cumpria-se nele a promessa de Jesus: «Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus .» Em sessão ordinária do Grupo «Ismael», na Federação Espírita Brasileira, pouco após o desenlace do grande servidor do Cristo, o famoso médium Frederico Junior, em transe sonambúlico, descreve estar presenciando um dos quadros mais belos já vistos em sua existência de médium, e desenrolado nas regiões espirituais. Anota, guiado pelo Espírito de Bittencourt Sampaio, a presença de uma multidão de iluminados servos do Senhor, e presidindo a grande assembléia, em plano mais alto, estava o glorioso Ismael. E' tudo uma festa de luz e harmonia! De repente, Frederico vê fender- se o espaço infinito e por uma estrada de flores baixam, à frente, os Espíritos de Dias da Cruz e Filgueiras, ladeados por Romualdo, Bezerra, Sayão, Geminiano, Lacerda, Silva, Santos, Isabel Sampaio e outros trabalhadores da Federação Espírita Brasileira. Frederico (em Espírito, desprendido) dirige-se a Filgueiras: «Soubeste compreender bem a missão que escolheste. Tu dizes: «não sou digno.» E' nisso mesmo que consiste a tua grandeza. Estende como eu os olhos de teu espírito, que não foram velados pela morte, e olha essa multidão que te aguarda, neste mesmo recinto onde tantas lágrimas enxugaste. Por isso, ontem dizia o nosso Bittencourt: «Felizes daqueles que partem cobertos de bênçãos e saudades!» Dias da Cruz, Espírito eleito do Senhor, a ti também uma palma desta vitória. Incansável como ele te mostraste sempre em favor dos enfermos, daqueles que o procuravam.» Celina, etérea mensageira da Virgem, compareceu igualmente àquela festa homenagem, e suas palavras ao recém-chegado da Terra, de grande beleza, são transmitidas por meio do médium Frederico:«Sim, aqui mesmo onde soubeste plantar as flores mais odorantes da caridade, aqui mesmo, onde a dor foi sempre apaziguada com o carinho do teu espírito devotado ao bem, aqui onde o infortúnio achou sempre guarida, nesta tenda onde todo faminto encontrou o pão, todo sequioso uma gota d’água, aqui mesmo vieram receber-te os mais altos Espíritos, abençoados pelo Senhor, e a mais humilde das servas de Maria. Sim, soubeste compreender tua missão na Terra, atravessando o teu cruciato de dores. Quando a contingência da matéria te levava quase à cegueira, como que a lâmpada sagrada do teu espírito feria as pupilas de teus olhos, e tua alma se irradiava, dando os seus derradeiros lampejos àqueles que precisavam do teu conforto, das inspirações que recebias, para abater o sofrimento. Não chores. E' em nome de Maria que eu venho também saudar-te. Ela não pode ser estranha à apoteose que te prepararam neste dia da tua passagem. Anjos do Céu, Espíritos benditos, cantai hosanas! À Terra fica o que à Terra pertence. O Espírito de luz se evola, retempera-se e vai por um pouco descansar das suas fadigas, para começar de novo. «Repousa em paz - diz a minha Mãe -, cobra novas forças e volta, mais forte ainda, a fazer da Doutrina de meu Filho uma verdade no mundo que deixaste.» Descansa por instantes, abençoado Espírito, no aroma dessas flores da Caridade, do Amor, que tu mesmo plantaste, embalsama todo o teu ser espiritual, e quando o Pai celestial de novo te chamar a nova jornada, que saibas como desta vez, rasgando os pés, escondendo lágrimas, chegar até ao fim, abençoado e cheio de saudades.» Filgueiras, enternecido ante tais manifestações de carinho, não pôde conter as lágrimas da comoção, e de sua boca saíram apenas essas palavras, simples como ele: - «Eu não tenho o que dizer... Não fiz nada... não fiz nada.» O fiel discípulo do Cristo recebia o prêmio de suas virtudes peregrinas, mas a sua grande e sincera humildade não lhe permitia compreender porque era cercado de tanta misericórdia do Senhor... Rememorando aos nossos leitores fatos da vida deste diligente obreiro, cujo apanágio foi a caridade, temos em vista apresentar para a nossa edificação mais um exemplo de perseverança no Bem e no amor ao próximo, ou seja, um modelo de cristão, e felizes seremos se o pudermos imitar! Fonte: Grandes espíritas do Brasil.
(Copiado de: https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/06/Domingos-Filgueiras.pdf) |
LEIA SOBRE DOMINGOS FILGUEIRAS NA REVISTA REFORMADOR DE 31 DE MARÇO DE 1906 ACESSE AQUI: https://docvirt.com/docreader.net/DocReader.aspx?bib=revreform&pagfis=3228
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Revista Reformador de 31 de março de 1906. Fonte: https://docvirt.com/docreader.net/DocReader.aspx?bib=revreform&pagfis=3220
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Rio de Janeiro, capital do Império do Brasil. Foto tirada do morro do Castelo, c.1865. Autor: Georges Leuzinger (1813-1892) Imagem copiada de
Foi na cidade do Rio de Janeiro que nasceu e muito trabalhou o grande vulto espírita Domingos de Barros Lima Filgueiras. |
Estação ferroviária de Engenho Novo- E.F.C.B.. Ano provável 1891. Imagem copiada de https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Esta%C3%A7%C3%A3o_do_Engenho_Novo_em_1891.jpg
Na rua Joaquim Távora, 6, em Engenho Novo, Rio de Janeiro, residiu o grande vulto espírita Domingos de Barros Lima Filgueiras. |
Amor Infinito Desânimo |
(Recebido em email de Leopoldo Zanardi, Bauru, SP) |
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