Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, quarta-feira, 23 de novembro de 2022.

Compiladas por Ismael Gobbo

 

 

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas via e-mail  e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.

 

3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).

 

 

 

Atenção

Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui:            

          

         https://www.noticiasespiritas.com.br/2022/NOVEMBRO/23-11-2022.htm

 

No Blog onde é  postado diariamente:

http://ismaelgobbo.blogspot.com.br/

 

Ou no Facebook:https://www.facebook.com/ismael.gobbo.1

 

   

 

Os últimos 5 emails enviados     

 

DATA                                       ACESSE CLICANDO NO LINK

 

22-11-2022  https://www.noticiasespiritas.com.br/2022/NOVEMBRO/22-11-2022.htm

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O Evangelho Segundo o Espiritismo

 

 

 

 

 

 

(Copiado do site Febnet)

https://www.noticiasespiritas.com.br/2021/OUTUBRO/26-10-2021_arquivos/image041.jpg

A parábola do rico insensato. Óleo sobre carvalho de Rembrandt.

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Rembrandt_-_The_Parable_of_the_Rich_Fool.jpg 

 

https://www.noticiasespiritas.com.br/2019/FEVEREIRO/21-02-2019_arquivos/image023.jpg

Cristo e o jovem rico. Óleo sobre tela por A. N. Mironov.

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Christ_and_the_rich_young_man._A.N._Mironov.jpg

 

Ficheiro:Portrait of Dominique Lacordaire.jpg

Henri Dominique Lacordaire (02-05-1802 / 21-11-1861)

Contemporâneo de Allan Kardec na carne, o Espírito Lacordaire ditou mensagens inseridas em 

O Evangelho Segundo o Espiritismo. *

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Henri_Dominique_Lacordaire

 

 

Henri Lacordaire, de seu nome completo Jean-Baptiste-Henri Dominique Lacordaire, foi um religioso dominicano, nascido a 2 de maio 1802 em Recey-sur-Ource (Côte-d'OrBorgonha), e falecido a 21 de novembro 1861 em Sorèze (Tarn). Foi padre, jornalista, educador, deputado e académico, sendo considerado como um precursor do catolicismo moderno e restaurador em França da Ordem dos Pregadores.

Leia mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/Henri_Dominique_Lacordaire

 

 

 

Excesso e você

 

Pelo Espírito André Luiz.

Livro: O Espírito da Verdade. Lição nº 02. Página 17.

 

Amigo, Espiritismo é caridade em movimento.

Não converta o próprio lar em museu.

Utensílio inútil em casa será utilidade na casa alheia.

O desapego começa das pequeninas coisas, e o objeto conservado, sem aplicação no recesso da moradia, explora os sentimentos do morador.

A verdadeira morte começa na estagnação.

Quem faz circular os empréstimos de Deus, renova o próprio caminho.

Transfigure os apetrechos, que lhe sejam inúteis, em forças vivas do bem.

Retire da despensa os gêneros alimentícios, que descansam esquecidos, para a distribuição fraterna aos companheiros de estômago atormentado.

Reviste o guarda-roupa, libertando os cabides das vestes que você não usa, conduzindo-as aos viajores desnudos da estrada.

Estenda os pares de sapatos, que lhe sobram, aos pés descalços que transitam em derredor.

Elimine do mobiliário as peças excedentes, aumentando a alegria das habitações menos felizes.

Revolva os guardados em gavetas ou porões, dando aplicação aos objetos parados de seu uso pessoal.

Transforme em patrimônio alheio os livros empoeirados que você não consulta, endereçando-os ao leitor sem recursos.

Examine a bolsa, dando um pouco mais que os simples compromissos da fraternidade, mostrando gratidão pelos acréscimos da Divina Misericórdia que você recebe.

Ofereça ao irmão comum, alguma relíquia ou lembrança afetiva de parentes e amigos, ora na pátria espiritual, enviando aos que partiram maior contentamento com tal gesto.

Renovemos a vida constantemente, cada ano, cada mês cada dia...

Previna-se hoje contra o remorso amanhã.

O excesso de nossa vida cria a necessidade do semelhante.

Ajude a casa de assistência coletiva.

Divulgue o livro nobre.

Medique os enfermos.

Aplaque a fome alheia.

Enxugue lágrimas.

Socorra feridas.

Quando buscamos a intimidade do Senhor, os valores mumificados em nossas mãos ressurgem nas mãos dos outros, em exaltação de amor e luz para todas as criaturas de Deus.

 

 

 (Texto recebido em email do pesquisador e divulgador Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG)

Uma imagem contendo interior, foto, mesa, parede

Descrição gerada automaticamente

Refeição na Casa da Sopa Emilia Santos fundada em 1º. De janeiro de 1966.

As pessoas sendo servidas  após o Evangelho e prece inicial.

Ao fundo de pé: Auzilia, Ismael, Sonia, Pedro, Neusa, moradores da casa  e Rolandinho, fundador e presidente da

Instituição Nosso Lar da qual a Casa da Sopa é  um dos departamentos.  Foto da Instituição Nosso Lar.

 

http://nossolararacatuba.com.br/wp-content/uploads/2020/08/Distribuicao-da-Sopa-aos-domingos.jpg

Distiruição de sopa na Instituição Nosso Lar. De roupa branca a esquerda Dona Bebé, mãe de Cesar Perri e

 à frente dona Emilia Santos uma das fundadoras da Instituição.  Foto da década de 60 da Instituição Nosso Lar. A sopa é distribuida após

a palestra pública.

https://www.noticiasespiritas.com.br/2021/JUNHO/28-06-2021_arquivos/image064.jpg

 

"Uma paisagem de aldeia com a distribuição de pão aos pobres" óleo sobre tela. Imagem/fonte: https://www.wikigallery.org/wiki/painting_280108/Pieter-de-Bloot/A-village-landscape-with-the-Distribution-of-Bread-to-the-Poor

 

O Bom Samaritano. Óleo sobre tela de Francis Hayman

Imagem/fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Francis_Hayman_-_The_Good_Samaritan_-_Google_Art_Project.jpg    

 

Sargento da Força Aérea dos EUA. Melissa Sparks, designada para a Força-Tarefa Conjunta-Bravo, administra um medicamento a uma criança hondurenha após um briefing de medicina preventiva durante um exercício de prontidão médica e treinamento em San Juan, Honduras, em 10 de março de 2012. Forçado/Liberado).

Autor: U.S. Department of Defense Current Photos. Copiado de

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:120310-F-XC314-001_(6979611329).jpg

 

 

Quando brincar é preciso

 

Ele crescera naquela comunidade. Sua mãe, professora e administradora de uma escola, exigira muito dele e dos dois irmãos.

Adulto, ele lembrava as horas intermináveis de estudo que lhe haviam sido impostas. Lamentava não ter podido gozar de sadios lazeres.

Mesmo as férias eram programadas para lugares em que, depois de uma caminhada, era preciso escrever sobre o que vira, até os mínimos detalhes.

Ou então, eram visitas a museus, a institutos de ciências, que demandavam posteriores descrições e estudos demorados.

Olhava agora para as crianças que adentravam a escola de sua mãe, detendo-se ali, entre dez e doze horas diárias.

Ele as via entrar pela manhã com suas mochilas às costas e sair, em torno das dez horas da noite.

Aquilo lhe parecia cruel. Por mais que o desejo dos pais, que investiam altas somas para que seus filhos frequentassem aquela escola, fosse o de que seus filhos se ilustrassem, Tomás achava cruel.

Aquelas crianças eram escravizadas, pensava. A disciplina era muito rígida.

Havia horário determinado para tudo. Comer, ir ao banheiro, tudo rigidamente controlado.

Criança que não conseguisse dar conta de todas as tarefas no dia, recebia anotação depreciativa em seu caderno.

Então, um dia, ele tomou o lugar do motorista do ônibus que iria conduzir as crianças para a escola e perguntou se elas gostariam de fazer algo diferente: brincar.

Todas aderiram, de imediato. Ele as levou para a floresta próxima e, durante as horas da manhã, brincaram até cansar.

Foram as brincadeiras de pique-esconde, de pega-pega, de estátua, e tudo que Tomás pôde lembrar que traduzisse infância.

As crianças correram, riram, gargalharam. Sentadas, serviram-se do lanche que levavam nas mochilas.

Próximo ao horário do almoço ele desceu a pequena elevação da floresta para a estrada onde deixara o ônibus.

Pais assustados, acreditando ser um rapto de seus filhos, haviam acionado a polícia.

Mas Tomás proclamou que somente desejava defender alguns direitos das crianças:

Primeiro: As crianças precisam brincar imediatamente.

Precisam brincar agora, enquanto crianças. Não mais tarde.

Segundo: As crianças precisam ser saudáveis imediatamente.

Por isso, horas de estudo devem ser dosadas, com pausas para alimentação, saboreando com vagar a fruta, o suco, o pão.

Finalmente, terceiro: Crianças precisam ser felizes imediatamente.

Tomás recebeu reprimendas duras pelo que fizera e pelo que apregoava, ante a alegria dos pequenos.

*   *   *

Cenas de um filme? Nossa realidade?

Bom pensarmos como temos preenchido as horas do dia dos nossos filhos.

Será que, em nome de os preparar para o êxito profissional, carreiras brilhantes, não estamos exigindo demais dos nossos pequenos?

São aulas diárias de idiomas, música, canto, dança...

Horas e horas em estudos e tarefas.

Uma criança que não brinca não é uma criança, escreveu Pablo Neruda.

Nem só de escola devem viver nossas crianças.

Lembremos do quanto é saudável correr, jogar bola, tomar sol, brincar na piscina.

Rir, sorrir, gargalhar, brincar.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, a partir
 de cenas da série televisiva coreana
 
Uma advogada extraordinária.
Em 22.11.2022.

 

Escute o áudio deste texto

http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=6807&stat=0    

 

(Copiado do site Feparana)

Retrato de três quartos de um pensativo Pablo Neruda, cujo nome verdadeiro é Ricardo Eliezer NeftalÌ Reyes Basoalto, durante uma leitura de seus poemas pelo ator italiano Giorgio Albertazzi. Itália, 1963

Imagem copiada de:

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/86/Pablo_Neruda_1963.jpg

 

 

Jogos infantis. Óleo no painel de Pieter Bruegel, o Velho. Imagem/fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pieter_Bruegel_the_Elder_-_Children%E2%80%99s_Games_-_Google_Art_Project.jpg

 

Estalar o chicote. Óleo sobre tela de Winslow Homer

Imagem/fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Winslow_Homer_-_Snap_the_Whip_(Butler_Institute_of_American_Art).jpg

Crianças brincando com uma bola; crianças brincando. Óleo sobre tela de Venny Soldan-Brofeldt   Imagem/fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Venny_Soldan-Brofeldt_-_Children_Playing_with_a_Ball;_Playing_Children.jpg

 

 

 

A Senda com temas do momento

 

Circula a revista digital A Senda, edição novembro-dezembro de 2022, órgão da Federação Espírita do Estado do Espírito Santo. Traz na capa a ilustração sobre o tema “Os ensinamentos da obra Paulo e Estevão”. No Editorial, Michele Carasso destaca: “Nesta edição de A Senda, a matéria de capa vem falando dos ensinamentos da obra Paulo e Estevão. Imperdível a leitura das palavras de Cesar Perri. Destacamos a matéria da coluna Unificação: Missão Urgente, escrita pelo nosso companheiro de jornada Gustavo Gandolfi. Vale a reflexão! Temos que compartilhar… Nada mais atual do que falar de como uma comunicação pode mudar o rumo dos acontecimentos, não é? Por isso convidamos Gisele Paula, para escrever uma matéria muito boa sobre o tema: Comunicação Encantadora e ganhos para as relações interpessoais”. E há matérias, como a de autoria do presidente da FEEES, Fabiano Santos: “Os desafios da liderança espírita”; assuntos da modernidade, como “A Bioética Espírita”; “O paradigma médico-espírita”. Várias notícias do movimento espírita do Estado do Espírito Santo.

Acesse pelo link:

https://www.feees.org.br/revista-senda/a-senda-novembro-dezembro-2022/

 

 

(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com] e de GEECX)

 

 

 Programação do Centro de Cultura Espírita de

Caldas da Rainha, Portugal

 

Exms Senhores,

 

As nossas mais cordiais saudações.

O Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, vai levar a cabo uma conferência seguida de debate, subordinada ao tema "O que te move?", com a convidada profª Helena Correia, no dia 25 de Novembro de 2022, às 21H00.

Depois da conferência, teremos a bioenergia (passe espírita) e o atendimento em privado. 

    As entradas são livres e gratuitas. 

 

Cordialmente

CCE 

 

 

(Recebido em email de  Centro de Cultura Espírita Caldas da Rainha [ccespirita@gmail.com])

 

 

Seminário Prevenção ao Suicídio na Instituição

 Fraternidade Terceito Milênio. Jabaquara, São Paulo.

 

 

(Recebido em email de Josy Almeida [josy.ss.almeida@gmail.com])

 

 

Bazar de Natal e Prato Pronto

Centro Espírita Francisco de Assis. Araçatuba, SP

 

(Informação do C.E. Francisco de Assis)

 

 

Palestras da Instituição Beneficente Nosso Lar do mês de novembro. São Paulo

 

 

 

 

 

 

(Informações recebidas em email de Clodoaldo Leite [cidadaniaparatodos@yahoo.com.br])

 

 

Novembro: Palestras programadas no

 Centro Espírita Esperança e Caridade. Araçatuba, SP

 

 

 

 

 

UM POUCO DA HISTÓRIA DO C.E. ESPERANÇA E CARIDADE

ARAÇATUBA, SP

 

Centro Espírita Esperança e Caridade foi fundado em 1986, completando neste ano de 2022, 36 anos de atividade na missão espírita junto à comunidade a qual pertence.

Além das palestras e distribuição de cestas básicas junto as famílias cadastradas, nossa Casa conta ainda com as seguintes atividades:

      Tratamento Magnético para Depressão - às segundas-feiras - à partir das 18H45;

      Grupo de Mães que oram por seus filhos – às terças-feiras – 09H00;

      Evangelização Infantil- às quartas- feiras 20H00 e domingos às 10H00;

      Reunião Pública com Palestras e Passes- às quartas-feiras à partir das 19H00 e domingos à partir das 09H00;

      Artesanato e Bonecas – às quartas-feiras às 14H00;

      Curso Básico Espiritismo – às segundas-feiras- às 20H00;

      Curso on line - Os animais e a Espiritualidade – às quintas-feiras -20H00;

      Atendimento a animais e seus tutores - segundos e quartos sábados de cada mês- às 14H00;

      Horta Comunitária Orgânica Esperança- segundas às sextas-feiras – às 17H30;

      Sábados- às 11H30 e domingos –às 8H00;

 

A Casa foi fundada por trabalhadores com a coordenação do casal Dona Laurentina e Sr. Darcy Rodrigues, este já desencarnado.

 

(Informação recebida de Katia Calciolari)

 

 

Site da Federação Espírita Brasileira

Brasília, DF

 

Clique aqui:
https://www.febnet.org.br/portal/

 

 

 

 

Desencarnação de João de Jesus Moutinho

 

 

 

Retornou à Pátria Espiritual nesta madrugada o trabalhador João de Jesus Moutinho. De Araguari (MG), nascido em 1926, João de Jesus foi um dos nove filhos do casal de espíritas João dos Santos Moutinho e Emília Marques Moutinho. 

Aos 20 anos, em 1946, iniciou sua trajetória como palestrante e também pesquisador, participando durante os 12 anos seguintes de estudos em grupo do Velho e do Novo Testamento e das obras de Allan Kardec. 

Fundou e dirigiu em 1955 o programa de rádio Seara de Luz e presidiu a Aliança Municipal Espírita de Araguari (MG). Três anos depois, ingressou no Centro Espírita Obreiros do Bem, do qual foi presidente até 1971, quando se transferiu para Brasília, acompanhando todas as reuniões do Conselho Federativo Nacional da FEB presencialmente e auxiliando de perto na construção do prédio Unificação, da sede em Brasília. 

Iniciou suas atividades como palestrante na Federação Espírita Brasileira a partir de 1973. Em 1978 foi eleito diretor da FEB, permanecendo no cargo até 1986, quando assumiu a direção da Federação Espírita do Distrito Federal (FEDF), permanecendo como presidente até 2004.

Pela FEB Editora publicou as obras Notícias do ReinoOs profetasRespiga de Luz e O evangelho sem mistérios nem véus

A Moutinho a nossa gratidão e à família as nossas melhores vibrações.

O velório será na Capela 1 do cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul em Brasília, no dia 22 de novembro, das 8h às 10h, e sepultamento às 10h30.

(Copiado de https://www.febnet.org.br/portal/2022/11/21/desencarnacao-de-joao-de-jesus-moutinho/)

 

 

Federação Espírita do Paraná

Curitiba

 

ACESSE AQUI:

http://www.feparana.com.br/

 

 

 

 

UEP- União Espírita Paraense

Belém

 

Acesse aqui:

https://uep.net.br/

 

 

 

FEAP- Federação Espírita do Amapá

Macapá

 

Acesse aqui:

http://feamapa.com.br/

 

 

 

 

 

Se te for possível colabore com o Abrigo Ismael- Departamento da centenária União Espírita “Paz e Caridade”. Araçatuba, SP

 

ACESSE O SITE AQUI:

http://abrigoismael.com.br/  

O Abrigo Ismael comemorou  80 anos no dia 3 de outubro de 2021

 

 

top1

 

União Espírita Paz e Caridade, desde o ano 1921, vem atuando para abrandar o sofrimento de idosas carentes, suprindo-lhes todas as suas necessidades. Atualmente, conta com uma equipe de enfermagem, auxiliares, nutricionista, assistente social, médico, e fornece seis refeições diárias, medicamentos, lazer, atividades físicas e lúdicas, visando sempre a maior qualidade de vida possível nesta fase da vida. Em todos esses anos sempre contou com a colaboração da sociedade araçatubense, o qual agradecemos de todo o coração.

 

 

Sem título

 

 

                             

 

Café com Arte

Sociedade Espírita Fraternidade. Remanso Fraterno. Niterói, RJ

Prezado(a) ISMAEL GOBBO,

No dia 4 de dezembro teremos mais uma edição do Café com Arte.

http://www.sef.org.br/sef/images/2022/CAMPANHAS/Cafe-Com-Arte-Programacao-2022.jpeg

Ingresso Adulto

Ingresso Infantil

Pague com PagSeguro - é rápido, grátis e seguro!

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Atenciosamente,

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 Logo Remanso Fraterno

Rua Passo da Pátria, 38 - São Domingos - Niterói/RJ
CEP: 24210-240
Telefone: +55 21 2717-8235
E-mail: sef@sef.org.br

Rua Jean Valentau de Mouliac, 1601
Várzea das Moças - Niterói/RJ
Tel.: +55 21 2609-9930
E-mail: remanso@remansofraterno.org.br

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(Recebido em email de SEF - Sociedade Espírita Fraternidade [secretaria@sef.org.br])

  

 

Os destaques de novembro da

Revista Internacional de Espiritismo

Caso não esteja visualizando, acesse o preview aqui.

https://assets.mktnaweb.com/accounts/2014/06/20/29946/pictures/865/original_converse_conosco_whatsapp%20copiar.jpg?1649271796

https://assets.mktnaweb.com/accounts/2014/06/20/29946/pictures/1030/original_2022_11_rie_story.jpg?1667245186

 

OUTRAS MATÉRIAS DESTA EDIÇÃO

https://assets.mktnaweb.com/accounts/2014/06/20/29946/pictures/1031/original_524927086%20-%20Copia.jpg?1667245349

 

Afinal, qual é o papel das religiões?

 

Se reverenciamos a Deus ou outro relevante personagem espiritual, não faz sentido
nem é coerente que nos comportemos de maneira a prejudicar a outrem.

https://assets.mktnaweb.com/accounts/2014/06/20/29946/pictures/1032/original_336001080.jpg?1667245382

 

A escala espírita e a transição planetária

 

O habitante de mundo regenerador (ou de regeneração) deve pertencer segunda ordem dos “Bons Espíritos”; o desejo do bem é o que neles predomina.

https://assets.mktnaweb.com/accounts/2014/06/20/29946/pictures/1033/original_Aparecido%20Belvedere%20-%20novembro%20de%202013.jpg?1667245415

 

Obrigado, Apparecido Belvedere!

 

Nossa mensagem de reconhecimento a este autêntico trabalhador espírita.

https://assets.mktnaweb.com/accounts/2014/06/20/29946/pictures/809/original_ASSINE-RIE-OCLARIM.jpg?1643744744

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(Recebido em email de Casa Editora O Clarim [propaganda@oclarim.com.br])

 

 

 

Temas oportunos em revista francesa

 

 

Antonio Cesar Perri de Carvalho

A “Revista Espírita”, fundada por Allan Kardec em janeiro de 1858, prossegue sendo publicada em edição trimestral.

Os direitos da histórica “Revista” foi recuperada por Roger Perez, líder francês desencarnado, que a publicou pela União Espírita Francesa e Francofônica. Na fase bem atuante do Conselho Espírita Internacional (CEI), este assumiu a publicação e, finalmente, no ano de 2010, o então secretário geral do CEI Nestor João Masotti e o dirigente Roger Perez transferiram os direitos para “Le MouvementSpiriteFrancophone”. Esses registros são sempre lembrados nos Editoriais dessa “Revista”. Tive a honra de acompanhar momentos decisórios sobre a etapa atual da “Revista”, entre os anos 2.000 e 2.010, em reuniões sobre a mesma em atividades do CEI em Miami, Paris, Tours e Valencia, com a atuação de Roger Perez, Nestor Masotti e Charles Kempf.

Em edição, obviamente no idioma francês, com excelente qualidade gráfica e sempre belas diagramação e ilustrações, traz conteúdos bem fundamentados.

Nesse 165o ano de edição, a “Revue Spirite” do 3otrimestre de 2022, inicia com Editorial assinado por Jean-Paul Evrard, diretor da publicação, radicado na Bélgica. Além das usuais sínteses das matérias, comenta sobre o 22o Simpósio da Francofonia, programado pra Wégimont (Bélgica) de 09 a 11 de setembro de 2022, sobre o tema “Os valores espíritas, um caminho para a Paz!”. Como sempre, homenageia Roger e Masotti pela cessão legal dos direitos da “Revista” para “Le MouvementSpiriteFrancophone”.

Há tempos o periódico comenta cartas familiares psicografadas por Chico Xavier, de livro que efetiva estudos de casos elaborados por Paulo Rossi Severino (A vida triunfa, ed. AME São Paulo). Na edição recente focaliza histórica mensagem assinada pelo jovem William Machado Figueiredo, psicografada por Chico Xavier em Pedro Leopoldo no dia 24/11/1941.

O autor Julien Philippe assina algumas matérias substanciosas e que, geralmente, não são usuais nas revistas espíritas.

Esse autor focaliza o tema “Metapsíquica”, empregando comentários e raciocínios de Allan Kardec expressos no livro “A Gênese”. Philippe conclui que o “a teoria que vê nos fundamentos da matéria um caráter mental irredutível ao psíquico é o panpsiquismo, que está atualmente passando por um grande renascimento porque a consciência não pode ser reduzida ao físico e biológico pelas atuais teorias da mente”.
Outra matéria marcante, assinada por Charles Kempf e Julien Philippe, é “Espiritismo e laicismo”, destaque na capa da “Revista”. Num longo e fundamentado texto, os autores analisamo conceito de religiãoem obras de Kardec, compatíveis com o laicismo; o contexto do Brasil onde o Espiritismo é reconhecido como religião; a trajetória do conceito de religião na França, desde a Revolução Francesa até as leis republicanas; cita recomendações da ONU emanadas do documento “Tratado para a paz global”, resultante da Cúpula Mundial do Milénio para a Paz (Nova York, agosto de 2.000). Os autoresentendem que há trechos de Kardec e de Léon Denis, “incompatíveis com o princípio da laicidade, não abrangendo os seguidores de religiões não cristãs”. Mostram-se preocupados com a receptividade da proposta espírita junto a outros povos, “fazem reaparecer a heteronomia”. No final, Charles e Philippe anotam que “é verdade que o Espiritismo é essencialmente moral: ‘Fora da caridade não há salvação’, e que a moralidade também é essencial em uma sociedade laica”. Destacam que “o Espiritismo apresenta as leis morais universais, baseadas nas Leis Naturais ou Divinas. Jesus (desmitificado) e os Evangelhos (na sua essência) são citadas como exemplo de moral (característica da cultura ocidental), mas sem exclusividade ou superioridade. O Espiritismo é compatível com uma sociedade laica cujos fundamentos compartilha”. Sem dúvida, artigo instigante para análises.
Há várias outras matérias interessantes, com temas da atualidade, como “Fatores espirituais da obesidade”, e algumas delas traduzidas de artigos assinados por brasileiros. Entre esses “Os valorosos mártires esquecidos de Lyon”, de Enrique Eliseo Baldovino que cita a obra “Ave, Cristo!”, de Emmanuel (FCX) e várias outras, originalmente publicado no jornal “Mundo Espírita”, do Paraná.
No último artigo, há comentários sobre mensagem “A semente” do livro “Pão Nosso” (Emmanuel, FCX).
A “Revista Espírita” vem mantendo a oportuna divulgação das obras de Allan Kardec e de Léon Denis, editadas na França e na Bélgica, e, sempre destaca obras de Chico Xavier, várias delas traduzidas para o francês.
Fonte:
Revue spirite. Ano 165. 3º trimestre de 2022. 
Informações: www.revue-spirite.org; www.lmsf.org
DE:

http://grupochicoxavier.com.br/temas-oportunos-em-revista-francesa/

 

 

 

Recebido em email de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com])

 

 

HOMENAGEM

 Amélie Gabrielle Boudet

(23-11-1795 / 21-01-1883)

 

Amélie_Boudet_01 (1)

                      Amélie Gabrielle Boudet

                     Imagem internet

 

AMÉLIE GABRIELLE BOUDET Madame Rivail (Sra. Allan Kardec) nasceu em Thiais, cidade do menor e mais populoso Departamento francês – o Sena, aos 2 do Frimário do ano IV, segundo o Calendário Republicano então vigente na França, e que corresponde a 23 de Novembro de 1795. Filha de Julien-Louis Boudet, proprietário e antigo tabelião, homem portanto bem colocado na vida, e de Julie-Louise Seigneat de Lacombe, recebeu, na pia batismal o nome de Amélie-Gabrielle Boudet. A menina Amélie, filha única, aliando desde cedo grande vivacidade e forte interesse pelos estudos, não foi um problema para os pais, que, a par de fina educação moral, lhe proporcionaram apurados dotes intelectuais. Após cursar o colégio primário, estabeleceu-se em Paris com a família, ingressando numa Escola Normal, de onde saiu diplomada em professora de 1a . classe. Revela-nos o Dr. Canuto de Abreu que a senhorinha Amélie também foi professora de Letras e Belas Artes, trazendo de encarnações passadas a tendência inata, por assim dizer, para a poesia e o desenho. Culta e inteligente, chegou a dar à luz três obras, assim nomeadas: “Contos Primaveris”, 1825; “Noções de Desenho”, 1826; “O Essencial em Belas Artes”, 1828. Vivendo em Paris, no mundo das letras e do ensino, quis o Destino que um dia a Srta. Amélie Boudet deparasse com o Professor Hippolyte Denizard Rivail. De estatura baixa, mas bem proporcionada, de olhos pardos e serenos, gentil e graciosa, vivaz nos gestos e na palavra, denunciando inteligência admirável, Amélie Boudet, aliando ainda a todos esses predicados um sorriso terno e bondoso, logo se fez notar pelo circunspecto Prof. Rivail, em quem reconheceu, de imediato, um homem verdadeiramente superior, culto, polido e reto. Em 6 de Fevereiro de 1832, firmava-se o contrato de casamento. Amélie Boudet, tinha nove anos mais que o Prof. Rivail, mas tal era a sua jovialidade física e espiritual, que a olhos vistos aparentava a mesma idade do marido. Jamais essa diferença constituiu entrave à felicidade de ambos. Pouco tempo depois de concluir seus estudos com Pestalozzi, no famoso castelo suíço de Zahringen (Yverdun), o Prof. Rivail fundara em Paris um Instituto Técnico, com orientação baseada nos métodos pestalozzianos. Madame Rivail associou-se ao esposo na afanosa tarefa educacional que ele vinha desempenhando no referido Instituto havia mais de um lustro. Grandemente louvável era essa iniciativa humana e patriótica do Prof. Rivail, pois, não obstante as leis sucessivas decretadas após a Revolução Francesa em prol do ensino, a instrução pública vivia descurada do Governo, tanto que só em 1833, pela lei Guizot, é que oficial e definitivamente ficaria estabelecido o ensino primário na França. Em 1835, o casal sofreu doloroso revés. Aquele estabelecimento de ensino foi obrigado a cerrar suas portas e a entrar em liquidação. Possuindo, porém, esposa altamente compreensiva, resignada e corajosa, fácil lhe foi sobrepor-se a esses infaustos acontecimentos. Amparando-se mutuamente, ambos se lançaram a maiores trabalhos. Durante o dia, enquanto Rivail se encarregava da contabilidade de casas comerciais, sua esposa colaborava de alguma forma na preparação dos cursos gratuitos que haviam organizado na própria residência, e que funcionaram de 1835 a 1840. À noite, novamente juntos, não se davam a descanso justo e merecido, mas improdutivo. O problema da instrução às crianças e aos jovens tornara-se para Prof. Rivail, como o fora para seu mestre Pestalozzi, sempre digno da maior atenção. Por isso, até mesmo as horas da noite ele as dividia para diferentes misteres relacionados com aquele problema, recebendo em todos a cooperação talentosa e espontânea de sua esposa. Além de escrever novas obras de ensino, que, aliás, tiveram grande aceitação, o Prof. Rivail realizava traduções de obras clássicas, preparava para os cursos de Lévi-Alvarès, freqüentados por toda a juventude parisiense do bairro de São Germano, e se dedicava ainda, em dias certos da semana, juntamente com sua esposa, a professorar as matérias estatuídas para os já referidos cursos gratuitos. “Aquele que encontrar uma mulher boa, encontrará o bem e achará gozo no Senhor” - disse Salomão. Amélie Boudet era dessas mulheres boas, nobres e puras, e que, despojadas das vaidades mundanas, descobrem no matrimônio missões nobilitantes a serem desempenhadas. Nos cursos públicos de Matemáticas e Astronomia que o Prof. Rivail bi-semanalmente lecionou, de 1843 a 1848, e aos quais assistiram não só alunos, que também professores, no “Liceu Polimático” que fundou e dirigiu até 1850, não faltou em tempo algum o auxilio eficiente e constante de sua dedicada consorte. Todas essas realizações e outras mais, a bem do povo, se originaram das palestras costumeiras entre os dois cônjuges, mas, como salientou a Condessa de Ségur, deve-se principalmente à mulher, as inspirações que os homens concretizam. No que toca à Madame Rivail, acreditamos que em muitas ocasiões, além de conselheira, foi ela a inspiradora de vários projetos que o marido pôs em execução. Aliás, é o que nos confirma o Sr. P. J. Leymarie ( que com ambos privara ) ao declarar que Kardec tinha em grande consideração as opiniões de sua esposa. Graças principalmente às obras pedagógicas do professor Rivail, adotadas pela própria Universidade de França, e que tiveram sucessivas edições, ele e senhora alcançaram uma posição financeira satisfatória. O nome Denizard Rivail tornou-se conhecido nos meios cultos e além do mais bastante respeitado. Estava aberto para ele o caminho da riqueza e da glória, no terreno da Pedagogia. Sobrar-lhe-ia, agora, mais tempo para dedicar-se à esposa, que na sua humildade e elevação de espírito jamais reclamara coisa alguma. A ambos, porém, estava reservada uma missão, grandiosa pela sua importância universal, mas plena de exaustivos trabalhos e dolorosos espinhos. O primeiro toque de chamada verificou-se em 1854, quando o Prof. Rivail foi atraído para os curiosos fenômenos das “mesas girantes”, então em voga no Mundo todo. Outros convites do Além se seguiram, e vemos, em meados de 1855, na casa da Família Baudin, o Prof. Rivail iniciar os seus primeiros estudos sérios sobre os citados fenômenos, entrevendo, ali, a chave do problema que durante milênios viveu na obscuridade. Acompanhando o esposo nessas investigações, era de se ver a alegria emotiva com que ela tomava conhecimento dos fatos que descerravam para a Humanidade novos horizontes de felicidade. Após observações e experiências inúmeras, o professor Rivail pôs mãos à maravilhosa obra da Codificação, e é ainda de sua cara consorte, então com 60 anos, que ele recebe todo o apoio moral nesse cometimento. Tornou-se ela verdadeira secretária do esposo, secundando-o nos novos e bem mais árduos trabalhos que agora lhe tomavam todo o tempo, estimulando-o, incentivando-o no cumprimento de sua missão. Sem dúvida, os espíritas, muito devemos a Amélie Boudet e estamos de acordo com o que acertadamente escreveu Samuel Smiles: os supremos atos da mulher geralmente permanecem ignorados, não saem à luz da admiração do mundo, porque são feitos na vida privada, longe dos olhos do público, pelo único amor do bem. O nome de Madame Rivail enfileira-se assim, com muita justiça, entre os de inúmeras mulheres que a História registrou como dedicadas e fiéis colaboradoras dos seus esposos, sem as quais talvez eles não levassem a termo as suas missões. Tais foram, por exemplo, as valorosas esposas de Lavoisier, de Buckland, de Flaxman, de Huber, de Sir William Hamilton, de Stuart Mill, de Faraday, de Tom Hood, de Sir Napier, de Pestalozzi, de Lutero, e de tantos outros homens de gênio. A todas essas Grandes Mulheres, além daquelas muito esquecidas pela História, a Humanidade é devedora eterna! Lançado O Livro dos Espíritos, da lavra de Allan Kardec, pseudônimo que tomou o Prof. Rivail, este, meses depois, a 1o . de Janeiro de 1858, com o apoio tão somente de sua esposa, deu a lume o primeiro número da “Revue Spirite”, periódico que alcançou mais de um século de existência grandemente benéfica ao Espiritismo. Havia cerca de seis meses que na residência do casal Rivail, então situada à Rua dos Mártires n. 8, se efetuavam sessões bastante concorridas, exigindo da parte de Madame Rivail uma série de cuidados e atenções, que por vezes a deixavam extenuada. O local chegou a se tornar apertado para o elevado número de pessoas que ali compareciam, de sorte que em Abril de 1858 Allan Kardec fundava, fora do seu lar, a “Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas”. Mais uma obra de grave responsabilidade! Tomar tais iniciativas naquela recuada época, em que o despotismo clerical ainda constituía uma força, não era tarefa para muitos. Havia necessidade de larga dose de devotamento, firmeza de vistas e verdadeiro espírito de sacrifício. Ao casal Rivail é que coube, apesar de todos os escolhos e perigos que se lhe deparariam em a nova estrada, empreender, com a assistência e proteção do Alto, a maior revolução de idéias de que se teve notícia nos meados do século XIX. Allan Kardec foi alvo do ódio, da injúria, da calúnia, da inveja, do ciúme e do despeito de inimigos gratuitos, que a todo custo queriam conservar a luz sob o alqueire. Intrigas, traições, insultos, ingratidões, tudo de mal cercou o ilustre reformador, mas em todos os momentos de provas e dificuldades sempre encontrou, no terno afeto de sua nobre esposa, amparo e consolação, confirmando-se essas palavras de Simalen: “A mulher é a estrela de bonança nos temporais da vida.” Com vasta correspondência epistolar, proveniente da França e de vários outros países, não fosse a ajuda de sua esposa nesse setor, sem dúvida não sobraria tempo para Allan Kardec se dedicar ao preparo dos livros da Codificação e de sua revista. Uma série de viagens ( em 1860, 1861, 1862, 1864, etc, ) realizou Kardec, percorrendo mais de vinte cidades francesas, além de várias outras da Suíça e da Bélgica, em todas semeando as idéias espíritas. Sua veneranda consorte, sempre que suas forças lhe permitiam, acompanhou-o em muitas dessas viagens, cujas despesas, cumpre informar, corriam por conta do próprio casal. Parafraseando o escritor Carlyle, poder-se-ia dizer que Madame Allan Kardec, pelo espaço de quase quarenta anos, foi a companheira amante e fiel do seu marido, e com seus atos e suas palavras sempre o ajudou em tudo quanto ele empreendeu de digno e de bom. Aos 31 de Março de 1869, com 65 anos de idade, desencarnava, subitamente, Allan Kardec, quando ultimava os preparativos para a mudança de residência. Foi uma perda irreparável para o mundo espiritista, lançando em consternação a todos quantos o amaram. Madame Allan Kardec, quer partilhara com admirável resignação as desilusões e os infortúnios do esposo, agora, com os cabelos nevados pelos seus 74 anos de existência e a alma sublimada pelos ensinos dos Espíritos do Senhor, suportaria qualquer realidade mais dura. Ante a partida do querido companheiro para a Espiritualidade, portou-se como verdadeira espírita, cheia de fé e estoicismo, conquanto, como é natural, abalada no profundo do ser. No cemitério de Montmartre, onde, com simplicidade, aos 2 de Abril se realizou o sepultamento dos despojos do mestre, comparecia uma multidão de mais de mil pessoas. Discursaram diversos oradores, discípulos dedicados de Kardec, e por último o Sr. E. Muller, que logo no princípio do seu elogio fúnebre ao querido extinto assim se expressou: “Falo em nome de sua viúva, da qual lhe foi companheira fiel e ditosa durante trinta e sete anos de felicidade sem nuvens nem desgostos, daquela que lhe compartiu as crenças e os trabalhos, as vicissitudes e as alegrias, e que se orgulhava da pureza dos costumes, da honestidade absoluta e do desinteresse sublime do esposo; hoje, sozinha, é ela quem nos dá a todos o exemplo de coragem, de tolerância, do perdão das injúrias e do dever escrupulosamente cumprido.” Madame Allan Kardec recebeu da França e do estrangeiro, numerosas e efusivas manifestações de simpatia e encorajamento, o que lhe trouxe novas forças para o prosseguimento da obra do seu amado esposo. Desejando os espiritistas franceses perpetuar num monumento o seu testemunho de profundo reconhecimento à memória do inesquecível mestre, consultaram nesse sentido a viúva, que, sensibilizada com aqueles desejos humanos mas sinceros, anuiu, encarregando desde logo uma comissão para tomar as necessárias providências. Obedecendo a um desenho do Sr. Sebille, foi então levantado no cemitério do Père-Lachaise um dólmen, constituído de três pedras de granito puro, em posição vertical, sobre as quais se colocou uma quarta pedra, tabular, ligeiramente inclinada, e pesando seis toneladas. No interior deste dólmen, sobre uma coluna também de pedra, fixou-se um busto, em bronze, de Kardec. Esta nova morada dos despojos mortais do Codificador foi inaugurada em 31 de Março de 1870 , e nessa ocasião o Sr. Levent, vicepresidente da “Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas”, discursou, a pedido de Madame Allan Kardec, em nome dela e dos amigos. Cerca de dois meses após o decesso do excelso missionário de Lyon, sua esposa, no desejo louvável de contribuir para a realização dos plano futuros que ele tivera em mente, e de cujas obras, revista e Livraria passou a ser a única proprietária legal, houve por bem, no interesse da Doutrina, conceder todos os anos certa verba para uma “Caixa Geral do Espiritismo”, cujos fundos seriam aplicados na aquisição de propriedades, a fim de que pudessem ser remediadas quaisquer eventualidades futuras. Outras sábias decisões foram por ela tomadas no sentido de salvaguardar a propaganda do Espiritismo, sendo, por isso, bastante apreciado pelos espíritas de todo o Mundo o seu nobre desinteresse e devotamento. Apesar de sua avançada idade, Madame Allan Kardec demonstrava um espírito de trabalho fora do comum, fazendo questão de tudo gerir pessoalmente, cuidando de assuntos diversos, que demandariam várias cabeças. Além de comparecer à reuniões, para as quais era convidada, todos os anos presidia à belíssima sessão em que se comemorava o Dia dos Mortos, e na qual, após vários oradores mostrarem o que em verdade significa a morte à luz do Espiritismo, expressivas comunicações de Espíritos Superiores eram recebidas por diversos médiuns. Se Madame Allan Kardec – conforme se lê em Revue Spirite de 1869 – se entregasse ao seu interesse pessoal, deixando que as coisas andassem por si mesmas e sem preocupação de sua parte, ela facilmente poderia assegurar tranqüilidade e repouso à sua velhice. Mas, colocando-se num ponto de vista superior, e guiada, além disso, pela certeza de que Allan Kardec com ela contava para prosseguir, no rumo já traçado, a obra moralizadora que lhe foi objeto de toda a solicitude durante os últimos anos de vida, Madame Allan Kardec não hesitou um só instante. Profundamente convencida da verdade dos ensinos espíritas, ela buscou garantir a vitalidade do Espiritismo no futuro, e, conforme ela mesma o disse, melhor não saberia aplicar o tempo que ainda lhe restava na Terra, antes de reunirse ao esposo. Esforçando-se por concretizar os planos expostos por Allan Kardec em “Revue Spirite” de 1868, ela conseguiu, depois de cuidadosos estudos feitos conjuntamente com alguns dos velhos discípulos de Kardec, fundar a “Sociedade Anônima do Espiritismo”. Destinada à vulgarização do Espiritismo por todos os meios permitidos pelas leis, a referida sociedade tinha, contudo, como fito principal, a continuação da “Revue Spirite”, a publicação das obras de Kardec e bem assim de todos os livros que tratassem do Espiritismo. Graças, pois, à visão, ao empenho, ao devotamento sem limites de Madame Allan Kardec, o Espiritismo cresceu a passos de gigante, não só na França, que também no Mundo todo. Estafantes eram os afazeres dessa admirável mulher, cuja idade já lhe exigia repouso físico e sossego de espírito. Bem cedo, entretanto, os Céus a socorreram. O Sr. P. G. Leymarie, um dos mais fervorosos discípulos de Kardec desde 1858, médium, homem honesto e trabalhador incansável, assumiu em 1871 a gerência da Revue Spirite e da Livraria, e logo depois, com a renúncia dos companheiros de administração da sociedade anônima, sozinho tomou sob os ombros os pesados encargos da direção. Daí por diante, foi ele o braço direito de Madame Allan Kardec, sempre acatando com respeito as instruções emanadas da venerável anciã, permitindo que ela terminasse seus dias em paz e confiante no progresso contínuo do Espiritismo. Parecendo muito comercial, aos olhos de alguns espíritas puritanos, o título dado à Sociedade, Madame Allan Kardec, que também nunca simpatizara com esse título, mas que o aceitara por causa de certas conveniências, resolveu, na assembléia geral de 18 de Outubro de 1873, dar-lhe novo nome: “Sociedade para a Continuação das Obras Espíritas de Allan Kardec”, satisfazendo com isso a gregos e troianos. Muito ainda fez essa extraordinária mulher a prol do Espiritismo e de todos quantos lhe pediam um conselho ou uma palavra de consolo, até que em 21 de Janeiro de 1883, às 5 horas da madrugada, docemente, com rara lucidez der espírito, com aquele mesmo gracioso e meigo sorriso que sempre lhe brincava nos lábios, desatou-se dos últimos laços que a prendiam à matéria. A querida velhinha tinha então 87 anos, e nessa idade, contam os que a conheceram, ainda lia sem precisar de óculos e escrevia ao mesmo tempo corretamente e com letra firme. Aplicando-lhe as expressões de célebre escritor, pode-se dizer, sem nenhum excesso, que “sua existência inteira foi um poema cheio de coragem, perseverança, caridade e sabedoria”. Compreensível, pois, era a consternação que atingiu a família espírita em todos os quadrantes do globo. De acordo com o seus próprios desejos, o enterro de Madame Allan Kardec foi simples e espiriticamente realizado, saindo o féretro de sua residência, na Avenida e Vila Ségur n. 39, para o Père-Lachaise, a 12 quilômetros de distância. Grande multidão, composta de pessoas humildes e de destaque, compareceu em 23 de Janeiro às exéquias junto ao dólmen de Kardec, onde os despojos da velhinha foram inumados e onde todos os anos, até à sua desencarnação, ela compareceu às solenidades de 31 de março. Na coluna que suporta o busto do Codificador foram depois gravados, à esquerda, esses dizeres em letras maiúsculas: AMÈLIE GABRIELLE BOUDET – VEUVE ALLAN KARDEC – 21 NOVEMBRE 1795 – 21 JANVIER 1883. No ato do sepultamento falaram os Srs. P.G. Leymarie, em nome de todos os espíritas e da “Sociedade para a Continuação das Obras Espíritas de Allan Kardec”, Charles Fauvety, ilustre escritor e presidente da “Sociedade Científica de Estudos Psicológicos”, e bem assim representantes de outras Instituições e amigos, como Gabriel Delanne, Cot, Carrier, J. Camille Chaigneau, poeta e escritor, Lecoq, Georges Cochet, Louis Vignon, que dedicou delicados versos à querida extinta, o Dr. Josset e a distinta escritora, a Sra. Sofia Rosen-Dufaure, todos fazendo sobressair os reais méritos daquela digna sucessora de Kardec. Por fim, com uma prece feita pelo Sr. Warroquier, os presentes se dispersaram em silêncio. A nota mais tocante daquelas homenagens póstumas foi dada pelo Sr. Lecoq. Leu ele, para alegria de todos, bela comunicação mediúnica de Antonio de Pádua, recebida em 22 de Janeiro, na qual esse iluminado Espírito descrevia a brilhante recepção com que elevados Amigos do Espaço, juntamente com Allan Kardec, acolheram aquele ser bem aventurado. No improviso do Sr. P.G. Leymarie, este relembrou, em traços rápidos, algo da vida operosa da veneranda extinta, da sua nobreza d'alma, afirmando, entre outras coisas, que a publicação tanto de O Livro dos Espíritos, quanto da Revue Spirite, se deveu em grande parte à firmeza de ânimo, à insistência, à perseverança de Madame Allan Kardec. Não deixando herdeiros diretos, pois que não teve filhos, por testamento fez ela sua legatária universal a “Sociedade para Continuação das Obras Espíritas de Allan Kardec”. Embora uma parenta sua, já bem idosa, e os filhos desta intentassem anular essas disposições testamentárias, alegando que ela não estava em perfeito juízo, nada, entretanto, conseguiram, pois as provas em contrário foram esmagadoras. Em 26 de Janeiro de 1883, o conceituado médium parisiense Sr. E. Cordurié recebia espontaneamente uma mensagem assinada pelo Espírito de Madame Allan Kardec, logo seguida de outra, da autoria de seu esposo. Singelas na forma, belas nos conceitos, tinham ainda um sopro de imortalidade e comprovavam que a vida continua... Fonte: WANTUIL, Zêus, Grandes Espíritas do Brasil, p.  51.

 

(Texto copiado de http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/06/Amelie-Gabrielle-Boudet.pdf)

 

 

 

Académie_des_arts_de_THIAIS_(3466429280)

Câmara Municipal, agora Academia de Artes. Prédio construído em 1882/1883 e inaugurado em 10-08-1884.

Em Thiais nasceu Amelie Gabrielle Boudet esposa de Allan Kardec. 

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Thiais#/media/File:Acad%C3%A9mie_des_arts_de_THIAIS_(3466429280).jpg

A

Ilustração artística retratando Allan Kardec e sua esposa Amelie Gabrielle Boudet.

Do acervo do CEI-Conselho Espírita Internacional. Apresentada em 2004 no Congresso Espírita Mundial

Imagem copiada de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9lie_Gabrielle_Boudet#mediaviewer/File:A._Kardec_et_A._Boudet.jpg

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Entada do Cemitério Père Lachaise. Paris, França. Foto: Ismael Gobbo

 

O cemitério Père-Lachaise é referência turística, ao lado de outros grandes cemitérios de Paris, como Montparnasse e Montmartre.  Todavia, nenhum deles tem a fama do Père Lachaise, onde estão sepultadas personalidades famosas, expoentes das ciências, filosofia, religião, política, pintura, escultura, cinema, teatro, literatura, etc.

Os que visitam Paris, a capital mundial do turismo,  têm no famoso cemitério um grande desafio: o de tentar localizar o maior número possível de notáveis que constam no mapa do cemitério, entre elas as de Alfred de Musset, Auguste Comte, Camille Pissarro, Edith Piaf, Claude Bernard, Maria Callas, Oscar Wilde, Théodore Géricault, Frédéric Chopin, Vivant Denon,  Gay Lussac, Samuel Hahnemann, Honoré de  Balzac, Jean-François Champollion, Jim Morrison, Louis Viscont, Vincenzo  Bellini, Luigi Cherubini, Gustave Doré, Molière, La Fontaine, Marcel Proust, Sarah Bernhardt, Simone Signoret, Georges Bizet,  Amedeo Modigliani, Allan Kardec e sua esposa Amélie Gabrielle Boudet  e dezenas e dezenas de outros vultos de destaque. (Ismael Gobbo)

 

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Desenho do Cemitério Père Lachaise por Christophe Civeton. 1829.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Civeton_-_P%C3%A8re-Lachaise_-_Maximilien_S%C3%A9bastien_Foy.jpg

 

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Túmulo em forma de dólmen druida de Allan Kardec e de sua esposa Amelie Gabrielle Boudet, no

Cemitério Père Lachaise, em Paris, França. Na imagem um turista orando com as mãos sobre o  busto de Kardec.

Foto Ismael Gobbo

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Placa afixada pela Prefeitura de Paris na parede de trás do dólmen de Allan Kardec e de

sua esposa e colaboradora  Amelie Gabrielle Boudet, no Cemitério Père Lachaise. Foto Ismael Gobbo

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Fachada do Palácio Garnier.  Ópera Nacional de Paris.. Foto Laura Emilia Michelin Gobbo.

 

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Vista de Paris, França, com o Campo de Marte em primeiro plano. Foto Ismael Gobbo

 

A Villa de Ségur onde Allan Kardec  pouco  antes de  desencarnar cogitava

mudar-se fica nas proximidades da seta. Paris, França. Foto Ismael Gobbo

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Foto da Villa de Ségur. Paris, França. Allan Kardec cogitava mudar-se

para a região quando desencarnou a 31 de março de 1869.  Foto Ismael Gobbo

 

 

HOMENAGEM

 

 

Lázara Máxima da Cunha
(17/06/1914 - 23/11/1984)

 

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Lázara Máxima da Cunha

Imagem copiada do livro Obra de Vultos, volume 2.

Biografia elaborada por
 Ruth Aparecida da Cunha

Dona Edwiges Luciana de Farias Cesário, confreira que viveu os momentos áureos do movimento espírita de Araçatuba, ao lado de muitos pioneiros, foi uma das que sugeriu a indicação do nome de Lázara Máxima da Cunha para figurar entre os trabalhadores homenageados na presente obra. São delas as palavras:

“Conheci a amiga Lázara por volta de 1950, quando, juntas, freqüentávamos a União Espírita “Paz e Caridade” e pude testemunhar, por longos anos, a grandeza d’ alma que possuía a nossa querida biografada. Iniciada no Espiritismo, anos antes, pelas mãos de Gedeão Fernandes de Miranda, que a socorreu nos momentos difíceis por que passava, esteve ao lado de Benedita Fernandes, na Associação das Senhoras Cristãs, e freqüentou, por algum tempo, as reuniões que eu realizava em minha própria casa. Nunca desenvolveu faculdade mediúnica e isso não a incomodava, pois sempre dizia “Já que não posso prestar a caridade servindo aos nossos irmaõzinhos desencarnados, sirvo ao meu próximo pelas outras formas que me forem possíveis”. E, assim, ela dedicava todo o seu tempo disponível, sobretudo no Abrigo Ismael, ajudando a dar banhos nas velhinhas, colaborando na higienização do local, participando das reuniões administrativas, enfim, servia sem cessar e sem olhar a quem. Era um coração nobre e generoso. Apenas para ilustrar sua estirpe de alma nobre, destaco a caridade que praticou para comigo mesma: No ano de 1955, eu possuía duas recém-nascidas gêmeas, ocasião em que Lázara amamentava seu bebê, o filho Hélio. Como eu tinha pouco leite, foi Lázara quem serviu de ama-de-leite para as minhas meninas, deslocando-se de sua casa, na Rua Coelho Neto, até o Abrigo Ismael, para amamentar minhas filhas, uma prova eloqüente de que a vocação de Lázara era a de praticar a caridade e o amor ao próximo de forma indistinta, divisas que a fizeram admirada e, por isso mesmo, merecedora da lembrança que lhe é feita nesta obra, como um grande exemplo a ser seguido por todos nós”.

 

As Origens

Lázara Máxima da Cunha nasceu em Campo Grande-MS, no dia 17 de junho de 1914.

Seus pais foram Sebastião Máximo de Arantes e Dona Theodora Isabel de Jesus e teve os seguintes irmãos: Antônio, Antonieta, Benedita e Maria.

Quando tinha seis anos de idade, a família veio para Araçatuba, indo residir na zona rural, nas proximidades de Santo Antônio do Aracanguá, em pequeno sítio adquirido por Sebastião Máximo.

Casou-se com Antônio Manoel da Cunha, já falecido, em 4 de outubro de 1932, e tiveram os filhos: Ruth; Jane; Dimas, já falecido; Celina; Célia; Rachel; Hélio; e os filhos adotivos, Antônio e Maria. Criou também três netas que ficaram órfãs: Shirley, Taís e Scheila.

Lázara foi criada em ambiente católico, pois os país eram assíduos freqüentadores da Igreja.

 

O Espiritismo

O ingresso de Lázara nas fileiras espíritas deu-se, como ocorre em grande parte dos casos, pela dor.

No ano de 1935, ela deu à luz uma criança prematura, com o parto se transcorrendo de forma traumática e lhe causando intensa e grave hemorragia. Paralelamente aos problemas físicos que enfrentou no período de gestação, foi acometida de distúrbios psicológicos, cuja explicação colhida no Espiritismo, diagnosticava a ocorrência de encarniçada perseguição espiritual, uma obsessão atroz que lhe minava qualquer capacidade de resistência e defesa.

Contava meu pai que, na ocasião em que o processo obsessivo de mamãe se agravara, num daqueles pavorosos acessos em que o agressor espiritual deixa a vítima totalmente à sua mercê, ameaçava agredir-me violentamente. Minha tia, apavorada, clamou por socorro, despertando meu pai que dormia numa rede. Com o alarido, apareceram quatro homens que, a muito custo, conseguiram retirar-me de seus braços.

Mamãe ficou internada por alguns dias, até que um daqueles homens que a socorreu e que era espírita, perguntou ao papai se ele não queria levá-la ao Abrigo Ismael, dizendo que o Sr. Gedeão Fernandes de Miranda, que era o dirigente daquela casa, tinha plenas condições de curá-la do processo obsessivo de que estava sendo vítima.

Dias depois, teve novo acesso, foi acorrentada e levada até o Sr. Gedeão, que pediu aos condutores assustados que a desprendessem das amarras, tendo os mesmos relutado diante da ferocidade em que Lázara se encontrava, totalmente desfigurada, com os cabelos desgrenhados, soltando gritos e ameaças para todos os ­lados.

Renovando a ordem e se responsabilizando pelos resultados, a paciente foi solta diante de Gedeão, que, proferindo preces e conversando com a entidade, fez com que o quadro fosse se alterando, embora o processo demandasse algum tempo. O fato é que minha mãe se acalmou, foi confortada juntamente com papai e, a partir de então, começou a freqüentar o Abrigo Ismael, onde permaneceu até o ano de 1983, quando precisou ir a São Paulo, a fim de se submeter a tratamento de saúde, lá permanecendo até a desencarnação, ocorrida no dia 23 de novembro de 1984.

O fato é que, depois de esclarecida e encaminhada aquela entidade, minha mãe permaneceu internada em hospital por algum tempo, para se restabelecer da saúde física abalada e da tristeza pela perda da criança que ela tanto queria, e partiu renovada para o seu trabalho nas fileiras espíritas.

 

Labores no Movimento Espírita

Restabelecida e devidamente equilibrada, mamãe se integrou às atividades doutrinárias e assistenciais no Abrigo Ismael, contando com o apoio do Sr. Gedeão e de Ivan de Albuquerque, que por lá aparecia freqüentemente para conversar com o sábio e bondoso dirigente, na casa do qual almoçava quase todos os domingos, com a finalidade de sorver suas preciosas lições acerca da doutrina espírita.

No ano de 1940, participou ativamente de campanhas visando arrecadar fundos para o Abrigo Ismael, juntamente com Maria de Souza, D. Rosinha, D. Rita, Júlio Monteguado Pinheiro; D. Maria, esposa de Gedeão, e o próprio Gedeão.

Foi amiga pessoal de Benedita Fernandes, à qual ajudou nos trabalhos desenvolvidos pela Associação das Senhoras Cristãs, no Sanatório e na Casa da Criança.

De 1943 a 1953, participou ativamente de peças teatrais ensaiadas no Abrigo Ismael, também para arrecadar contribuições pró-manutenção da casa, junto a companheiros como Júlio Monteagudo Pinheiro; Antônio Manoel da Cunha, seu marido; D. Rita Lopes; Tiago Lopes, que era quem escrevia, ensaiava e coordenava as peças; D. Olímpia, esposa de Tiago; D. Rosinha; Dulce Castilho, e também, Ismael Castilho, o exímio declamador, que, com seu talento, também participava das apresentações.

Aquelas peças teatrais, ocorridas em um período muito salutar do nosso movimento, foram um grande sucesso tanto em Araçatuba como nos bairros rurais por onde ela se apresentava, como na Jacutinga, Prata e Engenheiro Taveira. Além da finalidade de arrecadar fundos para uma entidade que passava por tantas dificuldades, foi uma atividade que conseguiu manter um clima de muita fraternidade e união entre os espíritas da cidade. Também eram realizadas apresentações de “sapateado”, acompanhadas de musica flamenga, onde participavam, além desta biógrafa, também Isolina e Ilda, respectivamente, sobrinha e filha de Júlio Monteagudo, e Iracema.

Lázara foi uma excelente evangelizadora para as velhinhas assistidas no Abrigo Ismael e assídua colaboradora na arrecadação e distribuição de gêneros alimentícios, nas campanhas desenvolvidas pela equipe do Professor Lauro Bitencourt, Brasil Nogueira, Julio Monteagudo Pinheiro e outros. Era ela também quem ajudava a dar banho e cortar unha e cabelos das pacientes internadas.

Caridosa por excelência, entre 1950 a 1959, auxiliou de forma decidida uma família de nove filhos e uma viúva, que perdera o marido, além de ceder às famílias carentes, por diversas vezes , algumas casas de sua propriedade.

 

 

(Copiado de:

 http://www.universoespirita.org.br/catalogo/literatura/textos/ISMAEL%20GOBI/obras_de_vultosII/lazara_maxima_cunha.htm)

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Lázara Máxima da Cunha e o esposo Antônia.

Imagem copiada do livro Obra de Vultos, volume 2.

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Foto antiga do Abrigo Ismael com cooperadores e assistidos. Lázara é a que traz a filha Ruth nos braços.

Imagem copiada do livro Obra de Vultos, volume 2.

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Sr Gedeão Fernandes Miranda na homenagem que lhe foi prestada em 1975 pela União Espírita

Paz e Caridade de Araçatuba. Imagem copiada do livro Obra de Vultos, volume 1, na sua biografia.

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Júlio Monteagudo Pinheiro. Imagem copiada do livro Obra de Vultos, volume 2 em sua biografia.

 

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Fachada da União Espírita Paz e Caridade e Abrigo Ismael na década de 1960.

Imagem do arquivo da União Espírita Paz e Caridade.

 

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Em primeiro plano o Sr. Francisco Martins Filho tendo ao fundo o Sr. Francisco Gratão

Foto do arquivo da União Espírita “Paz e Caridade”

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Lauro Bittencourt

Imagem do livro Obra de Vultos volume 1.

http://www.noticiasespiritas.com.br/2017/OUTUBRO/25-10-2017_arquivos/image009.jpg

Dona Benedita Fernandes, na estrema esquerda de pé, e o casal Maria Bogalho  e

Manoel Clemente Gonçalves ao seu lado foram muito amigos de Gedeão Fernandes de Miranda.

Foto do arquivo do Hospital Benedita Fernandes, Araçatuba, SP. 

 

 

Amor Infinito

Rogativas

 

(Recebido em email de Leopoldo Zanardi, Bauru, SP)

 

 

 

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