Notícias do Movimento Espírita São Paulo, SP, segunda-feira, 26 de setembro de 2022 Compiladas por Ismael Gobbo |
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Notas |
1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento. 2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes diversas via e-mail e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec. Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.
3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).
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Atenção |
Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui:
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Os últimos 5 emails enviados |
DATA ACESSE CLICANDO NO LINK
24-09-2022 https://www.noticiasespiritas.com.br/2022/SETEMBRO/24-09-2022.htm 23-09-2022 https://www.noticiasespiritas.com.br/2022/SETEMBRO/23-09-2022.htm 22-09-2022 https://www.noticiasespiritas.com.br/2022/SETEMBRO/22-09-2022.htm 21-09-2022 https://www.noticiasespiritas.com.br/2022/SETEMBRO/21-09-2022.htm 20-09-2022 https://www.noticiasespiritas.com.br/2022/SETEMBRO/20-09-2022.htm
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O Evangelho Segundo o Espiritismo |
(Copiado do site Febnet) |
Resignação. Óleo sobre tela de Hannah Hoch. Imagem/fonte:
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O Consolador. Pintura de Carl Bloch Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Carl_Heinrich_Bloch_-_Consolator.jpg |
O dinheiro do tributo. Aquarela de James Tissot. Imagem/fonte:
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Jesus ensinando o povo junto ao mar. Aquarela por James Tissot. Imagem/fonte:
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Quando o amor supera a dor |
Foi no decorrer da gestação que aquela mãe foi informada de que seu bebê era portador de um grave problema. Uma hérnia fragmática congênita não lhe permitiria senão uma vida muito breve. Os meses seguintes foram assinalados pela angústia dos corações materno e paterno. Normalmente, o período gestacional se reveste de preocupações: a gravidez chegará a termo? O bebê poderá ter problemas na hora do parto? Terá todos os dedinhos das mãos, dos pés e uma mente brilhante? Quando nasceu o bebê, de imediato foi recolhido para a Unidade de Terapia Intensiva. Os dias pareciam intermináveis para aqueles pais. A angústia, a insegurança, a ansiedade duraram exatamente vinte e um dias. Então, o pequenino ser partiu. Misturada à dor moral da perda, a mãe sentia também as dores no corpo físico. Afinal, o seu bebê se fora, mas o seu corpo não absorvera essa informação. Por isso, continuava na produção de leite em grande quantidade. Brittany teve, então, uma ideia. Pensou em ajudar bebês que precisavam de leite materno. Seu filho não pudera ter a vida prolongada, por grave problema físico. Mas muitos pequeninos poderiam ter suas vidas salvas, apenas com a ingestão do seu leite. Ela conseguiu encaminhar ao banco de leite nada menos do que o equivalente a cem mamadeiras. Isso lhe permitiu que a dor da sua perda pudesse se transformar em grande consolo, ao abraçar outras mães, que tiveram salva a vida dos seus pequeninos, por tão significativo gesto.
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O fato merece divulgação, porque nos apresenta um dolorido e maltratado coração materno, suplantando a própria dor, lembrando da dor alheia. Ela não poderia ter seu filho nos braços, depois de o ter gerado e aguardado por meses. Mas, poderia colaborar para que outros corações maternos não precisassem padecer a mesma aflição. Então, ela se doou, oferecendo o alimento que sua constituição física preparara para seu filho e ainda continuaria a oferecer, por algum tempo. Ela poderia ter se fechado em sua dor, numa caixa de egoísmo e, acalentado o sofrimento por meses a fio, amargando a existência. Contudo, ela escolheu oferecer o seu amor. E, podemos imaginar quantos corações lhe vibraram gratidão. Vibrações que, com certeza, a alcançaram, inundando sua alma de novas energias. * * * Triste nas lutas do nosso cotidiano, entre dissabores e amarguras, tentemos o amor. Sobrecarregados de dores, a sós na multidão, sem uma saída aparentemente feliz, tentemos o amor. A um passo do desespero, sentindo-nos perdidos, paremos e tentemos o amor. Em qualquer circunstância e ocorrência por mais sombrias se apresentem, tentemos o amor, espargindo-o como pólen de luz e o amor nos responderá em paz e beleza tudo quanto ensementarmos nos outros corações. O amor ao próximo é o efeito imediato e mais urgente do amor a Deus e a si próprio. Dessa forma, jamais nos cansemos de tentar o amor até que ele domine soberano em nossos corações. Redação do Momento Espírita, com
dados colhidos em
Escute o áudio deste texto: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=6768&stat=0
(Copiado de Feparana) |
Duas garrafas cheias de leite humano bombeado. Origem: Trabalho próprio. Autor: ParentingPatch Garrafas de leite materno bombeado. O leite precisará ser transferido para saquinhos e congelado para doação. Copiado de: https://en.wikipedia.org/wiki/Human_milk_bank |
Três sacos de leite materno congelado.Origem: trabalho próprio. Autor: Shmarrighan Sacos congelados de leite materno bombeado. Estes estão prontos para serem doados. Copiado de: https://en.wikipedia.org/wiki/Human_milk_bank |
Uma bomba tira-leite dos anos 30 em ação em um paciente do hospital. Copiado de: https://en.wikipedia.org/wiki/Human_milk_banking_in_North_America |
Na luz do Evangelho |
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Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Os Dois Maiores Amores. Lição nº 31. Página 117.
Empobreçamo-nos de vaidade e orgulho, de ambição e egoísmo e, certamente, a verdade nos impelirá aos planos mais altos da vida. Exigências e ilusões são adensamento de névoas, em torno da nossa visão espiritual. Jesus, no ensinamento evangélico, não exaltava a indigência de educação; salientava a triste condição das almas que amontoam, ao redor dos próprios passos, ouro e títulos convencionais, no exclusivo propósito de dominação, entre os homens, acabando emparedadas em pergaminhos e moedas, à maneira de cadáveres em mausoléus de alto preço. É justo usar os patrimônios de inteligência e reconforto que o mundo nos oferece à solução dos problemas evolutivos, mas é indispensável saber distribuir, com espontâneo amor, as facilidades que a Terra situa em nossas mãos, a fim de que a fé não brilhe debalde em nossa rota. O Senhor, em surgindo na manjedoura, estava pobre de bens materiais, mas sumamente rico de luz. Mais tarde, no madeiro infamante, encontrava-se pobre de garantias humanas, mas infinitamente rico de vida superior. Empobreçamo-nos de exclusivismo e enriqueçamo-nos de fraternidade!... Empobreçamo-nos de repouso indébito e enriqueçamo-nos de serviço edificante!... Atendendo a semelhante programa de sintonia com o Alto, atingiremos, em breve tempo, os tesouros da glória eterna.
(Texto recebido em email do pesquisador e divulgador Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG) |
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Menino Jesus entre os Doutores, século XVII, da autoria de Bento Coelho da Silveira Imagem/fonte: |
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Crucificação. Pintura de Ticiano Imagem/fonte: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Titian_1558_Ancona_Crucifixion.jpg |
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Jesus morto nos braços de sua mãe, Maria. Estatua Pietá de Michelangelo. Basílica de São Pedro, Vaticano. Foto Ismael Gobbo |
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As Marias do Calvário. Óleo sobre tela de Giacomo Grosso. Museu de Arte Italiano. Lima, Peru. Foto Ismael Gobbo
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Jesus subindo ao céu. Óleo sobre tela de John Singleton Copley Imagem/fonte: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Jesus_ascending_to_heaven.jpg |
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Aparição do Cristo aos peregrinos de Emaús. Óleo sobre tela de Laurent de La Hyre. Imagem/fonte:
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O vôo espiritual de Apparecido Belvedere |
No dia 24 de setembro, desencarnou em Matão (SP), o confrade Apparecido Belvedere. Chegou a completar 95 anos de idade no dia 19 de setembro. O sepultamento será na manhã do domingo, dia 25, no Cemitério Municipal de Matão. Há muitos anos atuava como diretor responsável pela Casa Editora O Clarim. Colaborava e atuava na direção há praticamente meio século com o Centro e a Editora, fundados por Cairbar Schutel. Também foi dirigente da USE de Matão. Antes, foi colaborador de centro espírita em São Paulo e da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo. Participou das definições da Campanha “Comece pelo Começo” que foi aprovada no final do ano de 1971 pelo Conselho Metropolitano Espírita da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo (atual USE Regional de São Paulo). Este tinha como presidente, Ignácio Giovinne, e vice-presidente Attílio Campanini. Da equipe da Divulgação do C.M.E. participaram: Merhy Seba, Agostinho Andreoletti, Apparecido Onofre Belvedere, José Meciano, José Domingos, José do Prado, Lionel Motta e Zulmiro dos Santos. No início de 1972 essa Campanha já foi implementada em nível estadual, estando no momento em fase de comemorações pelo Cinquentenário de implantação. Ao longo de décadas mantivemos muitos contatos e ações conjuntas com Belvedere, especificamente com publicações da Casa Editora O Clarim e em eventos em níveis nacional e internacional. No ano passado citamos vários desses momentos em nosso livro “Pelos caminhos da vida. Memórias e reflexões” (Cocriação, 2021) e inclusive, há poucos dias, em “lives” alusivas ao Cinquentenário da Campanha Comece pelo Começo, homenageamos Apparecido Belvedere, logicamente com o idealizador e publicitário Merhy Seba. Registramos nosso respeito, admiração e homenagem ao vulto que parte para o Mundo Espiritual, extensivos à sua esposa, familiares e toda equipe do Centro Espírita O Clarim e Casa Editora O Clarim. Apparecido Belvedere foi um lídimo seguidor do pioneiro Cairbar Schutel! Antonio Cesar Perri de Carvalho (articulista da Revista Internacional de Espiritismo, autor de livros publicados pela Casa Editora O Clarim, ex-presidente da USE-SP e da FEB, ex-membro da Comissão Executiva do Conselho Espírita Internacional)
CONRESPI- Bebedouro. Cesar Perri com Aparecido Belvedere no estande de O Clarim.
(Recebido em email de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com]) |
REPUBLICANDO EM HOMENAGEM A APPARECIDO BELVEDERE DESENCARNADO NESTE SÁBADO 24-09-2022 |
Focalizando o trabalhador Espírita Apparecido Belvedere Matão, SP – Entrevista em 24-07-2018 por Ismael Gobbo. |
Apparecido Belvedere
Nesta entrevista temos a oportunidade de conhecer facetas da vida do nosso companheiro de ideal espírita, Apparecido Belvedere, diretor da Casa Editora “O Clarim”, entidade fundada pelo inesquecível Cairbar de Souza Schutel. Apparecido nos fala também do Memorial Cairbar Schutel, local que abriga documentos, equipamentos antigos da gráfica de O Clarim e objetos que pertenceram a Cairbar.
Apparecido, você poderia apresentar-se aos leitores? Eu vim de São Paulo para Matão, onde resido desde 1975, portanto há 43 anos. Nesta cidade me casei em segundas núpcias com Laodicéia, que já tinha dois filhos, Leliane e Eudes. Eles são os meus dois filhos adotivos muito queridos. Minha primeira esposa já é falecida. Gosto muito da cidade e sou feliz por ter a oportunidade de aproximar-me da obra legada por Cairbar Schutel, desencarnado em 1938, espírito de escol que conheci pela leitura dos livros, da Revista Internacional de Espiritismo, do jornal O Clarim e pela própria visitação in loco, para conhecer o parque gráfico e o centro espírita.
Como conheceu o Espiritismo e desde quando é espírita? Ismael, eu fui batizado na Igreja Católica em Aparecida do Norte e cheguei a ser “coroinha”. Quando atingi meus 14-15 anos de idade, comecei a questionar o padre sobre certas coisas que achava esquisitas. Por exemplo, a chamada pena capital, segundo a qual, após a morte, a pessoa sofre eternamente no inferno que a igreja apregoa. Ele me respondia de forma evasiva, dizendo que as coisas eram assim mesmo; me mandava rezar o Pai Nosso e a Ave Maria e encerrava a conversa aconselhando que não me preocupasse e que não precisava perguntar sobre isso. Essa dubiedade fez com que me afastasse da igreja e me desinteressasse por assuntos religiosos, tornando-me naquele momento um ateu e,por que não dizer, à toa.
Apparecido, fale-nos um pouco mais sobre essa sua aproximação com a instituição fundada por Cairbar Schutel. A história é longa, mas bonita. O primeiro centro espírita que comecei a frequentar foi o Centro Espírita Cairbar Schutel, no bairro Itaim Bibi em São Paulo. Este, aliás, foi o primeiro a adotar o nome do Bandeirante do Espiritismo após sua desencarnação. Interessante o fato de que amigos de Cairbar queriam fundar o centro com seu nome, objetivando homenageá-lo ainda em vida, proposta que ele não aceitou, justificando que enquanto estivesse vivo poderia fazer alguma coisa errada que pudesse vir a respingar no centro. Então para mim foi uma grande alegria começar no Espiritismo naquela casa espírita, onde estudei todas as obras básicas e as outras complementares, dentre as quais as de Cairbar. Como viajasse para a região a trabalho, visitando usinas de açúcar, numa delas no início da década de 1960, mais precisamente no mês de agosto, quando se comemora o aniversário de “O Clarim”, comecei a tomar contato com a instituição, sintonizando-me perfeitamente com o trabalho que ela desenvolvia, declarando a amigos que um dia me mudaria para a cidade com a finalidade dedar “in loco” aminha colaboração. E a vida me permitiu que em março de 1975 aportasse definitivamente em Matão, prestando meu trabalho pessoal ao centro e à Casa Editora O Clarim, nesta última de forma mais efetiva e em tempo integral.
Poderia nos resumir os trabalhos desenvolvidos pela instituição? Bem, aqui no centro espírita desenvolvemos todos os trabalhos comumente realizados numa casa espírita. Além do estudo temos o atendimento fraterno, estudo e prática da mediunidade, transmissão de passes e assistência aos necessitados, tudo em conformidade como já acontecia nos tempos de Cairbar. Na editora, além do jornal O Clarim e da RIE, editamos livros impressos. Estamos nos aproximando de 200 títulos lançados desde a fundação da editora. E agora já contamos mais de 50 e-books,comercializados pela Amazon (a lista completa pode ser acessada pelo link: Ao longo do tempo fomos acumulando materiais históricos e ocorreu a ideia de fundar uma espécie de museu para homenagear Sr. Schutel que, por questões técnicas e de registro, recebeu a denominação de Memorial Cairbar Schutel. Cabe aqui salientar o progresso que as edições de O Clarim e da RIE alcançaram não só pelo crescimento do número de assinantes brasileiros como de residentes no exterior. Um fato digno de menção é que o jornal O Clarim, fundado em 1905, recebia muitas matérias do exterior, sobretudo matérias científicas, raras em nosso país, o que ensejou a fundação da revista 20 anos depois, com o nome de Revista Internacional do Espiritismo. Com o passar dos anos, houve uma sutil mudança no nome, passando a chamar-se Revista Internacional de Espiritismo. A fundação deste novo periódico foi possível pela contribuição de Luiz Carlos Oliveira Borges, fazendeiro de Dourado, cidade próxima a Matão, que era muito confiante em Cairbar. Sua foto está exposta no Memorial. Borges e Cairbar trocaram várias correspondências durante os primeiros números da RIE, mas infelizmente ele desencarnou em junho de 1925, não tendo muito tempo para prestigiar o alcance que a revista teria. Hoje em dia com a presença de Cássio Carrara, jornalista responsável pelos dois periódicos, a revista ganhou muito na qualidade de apresentação; atinge atualmente dezoito países com assinantes regulares e temos conseguido parcerias com outras editoras, muitos artigos do exterior publicamos aqui enquanto os daqui são publicados no exterior. Enfim, o trabalho de Cairbar Schutel se consolidou e se amplia cada vez mais.
O Espírito Cairbar Schutel se comunica mediunicamente? Aqui no nosso centro espírita os médiuns percebem a sua presença, todavia não temos recebido pelas vias mediúnicas mensagens diretas do Sr. Schutel, o que já ocorreu através da psicografia de Divaldo Pereira Franco mais de uma vez em eventos dos quais estávamos presentes. Um fato interessante ocorreu em São Paulo, quando eu já era espírita e participava do movimento de unificação promovido pela USE. Certa feita estávamos numa casa espírita, que tinha um médium muito bom e de muitos recursos. Esse médium não sabia que eu estava presente, mas ao final do encontro chamou por Apparecido, que efetivamente era eu. Ele então disse que havia uma mensagem e me entregou a psicografia assinada por Cairbar Schutel, na qual me pedia paciência e perseverança no trabalho que desenvolvia, considerando que os pequenos percalços fazem parte da luta e com fé em Deus são todos contornados. A mensagem muito linda e incentivadora infelizmente se encontra extraviada. O fato é que, por essas e outras razões, me mudei para Matão e aqui estou há 43 anos, buscando dar o melhor de mim ao lado dos queridos companheiros de ideal espírita que servem com muito amor e carinho na Seara Espírita, inspirados por Cairbar.
Acompanhando a RIE, O Clarim e também os livros editados, percebe-se um grande número de colaboradores, sobretudo articulistas. Isso realmente acontece. Temos uma gama muito grande de grandes articulistas que vêm nos ajudando a levar avante as tarefas iniciadas por Cairbar. Eles sabem da importância do trabalho e, por isso, esforçam-se nas pesquisas, trazendo ao público leitor matérias atualizadas de cunhos científico, filosófico e religioso, todos em consonância com a Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec.
Como é feita a seleção ou mesmo rejeição de alguma matéria? Reiteramos a necessidade de que estejam em perfeita sintonia com os princípios espíritas. Aliás, diga-se, são poucas as matérias descartadas justamente por não se amoldarem a esses princípios. Às vezes ocorrem algumas distorções doutrinárias conflitantes e nesse particular temos procurado ser bastante rigorosos. Recebemos muito mais matérias aproveitáveis que descartáveis. Para isso temos nossa participação pessoal ao lado de uma equipe que nos presta inestimável colaboração, apontando alguns desses problemas que mencionei. Além dos colaboradores encarnados, temos a espiritualidade sempre nos intuindo e alertando para não deixarmos passar deslizes doutrinários, o que tem sido objeto de nossa constante vigilância.
Apparecido, voltando ao tema Memorial Cairbar Schutel, fale-nos como surgiu a idéia de implantá-lo. Bem, a ideia de criação de uma espécie de museu não é coisa nova. Algumas décadas atrás surgiu essa inspiração e fomos nos preparando. Inicialmente buscamos acumular e organizar objetos e documentos pessoais de Cairbar Schutel, livros de registros da Farmácia Schutel, que administrava e era proprietário, da editora e do seu parque gráfico. Também recebemos ajuda de amigos como da família de Franco Fusco, filho do Sr João Fusco que era de São José do Rio Preto, muito amigo de Cairbar e fundador do centro que leva seu nome em São Paulo. Através de Flávio Fusco, também já desencarnado, recebemos muito material que foi doado e que se encontram expostos. Muitas coisas da farmácia de Cairbar que já possuíamos foram complementadas pelo dono posterior, Sr. Albertinho, já desencarnado, endereçando equipamentos que Cairbar utilizava na manipulação de medicamentos. O tempo foi passando até o momento em que eu e minha esposa Laodicéia, que também é diretora na instituição, acordamos para o seguinte ponto: para tocar um projeto desses não basta apenas vontade, é preciso alguém especializado para organizar. Pensávamos que fosse uma bibliotecária ou coisa parecida, até que nossa filha nos alertou: “Bibliotecária, não. Para o Memorial é preciso quem entenda do assunto e vocês já têm essa pessoa muito perto de vocês.” Com efeito acabamos despertados para a presença de Larissa, formada na Unicamp e na época casada com meu neto, que organizou tudo isso. A empresa de publicidade Tg3 preparou os materiais gráficos e também as fotos, tudo de forma adequada como pode aqui ser constatado.
O Memorial está aberto a receber alguma doação de material que tem a ver com Cairbar? Certamente. Como já disse recebemos muitos materiais em doação. Como o próprio relógio de parede que pertenceu ao Sr. Cairbar e que foi doado pelo Sr. Adail Pedro. Então se alguém dispor de alguma foto, documentos, objetos, que guardou com carinho ao longo do tempo e que queira doar serão muito bem-vindos.Mas evidentemente tem que ter esse vínculo com o homenageado. Os materiais serão somados a nossa reserva técnica que vez por outra são expostos, possibilitando um rodízio nas exposições.
Como é feita a visitação? Normalmente pedimos que os interessados entrem em contato conosco através da Lúcia Helena, que é a vice-presidente e faz a coordenação das visitas. O agendamento se faz necessário pelo motivo principal de termos muito trabalho e não ser viável destacarmos uma ou mais pessoas para ficarem exclusivamente e o tempo todo no Memorial. Com a visita marcada antecipadamente nos preparamos para receber convenientemente as pessoas, muitas vezes em grandes caravanas. Com essa providência, companheiros previamente preparados para o trabalho fazem o acompanhamento e oferecem todas as explicações históricas e administrativas da casa, numa “visita guiada”. Aqui verão e receberão informações precisas sobre cada um dos objetos ou documentos, por exemplo a mesinha onde Cairbar realizava as experiências de tiptologia; o seu quarto de dormir com cama e guarda-roupas; a primeira impressora; livros de registros diversos; fotos interessantes; os primeiros exemplares da RIE e de O Clarim; dentre muitos outros. Enfim, estamos aqui para atender da melhor forma possível aos que se interessarem nessa importante visitação.
Lendo a RIE e O Clarim dos primeiros anos nos deparamos commuitos relatos e ilustrações de fenômenos mediúnicos que hoje não são comuns. Aqui parece que também aconteciam... Sim, Ismael, relatos de acontecimentos no Brasil e muito mais do exterior. O jornal e sobretudo a revista tinham muitas matérias científicas. Mas aqui também eles aconteceram. Dona Antoninha, já desencarnada, participante das reuniões mediúnicas dirigidas por Cairbar Schutel, contava que em uma delas a hora avançou e todos ficaram com fome. Para surpresa geral, ao lado viram diversos salgadinhos cuja presença foi explicada pelo fenômeno de transporte, aliás um dos mais comuns à época. Se alimentaram e após o final da reunião foram à padaria para fazer o pagamento da conta, fato que não deixou de causar espanto ao proprietário.
Agradecemos ao querido amigo Apparecido por esta entrevista e a ele deixamos as palavras finais. Queremos aqui externar os agradecimentos ao amigo Ismael Gobbo que, através do boletim diário de Noticias do Movimento Espírita, tem buscado divulgar ao longo dos anos a Doutrina Espírita com seriedade e persistência, alcançando o Brasil e países do exterior. Que possa continuar sua tarefa inspirado por Jesus e pelos amigos espirituais dentre os quais se insere Cairbar Schutel.
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Apparecido Belvedere. Acervo de O Clarim. |
Apparecido Belvedere (E) em O Clarim. Acervo de O Clarim. |
Apparecido Belvedere, Carlos Olson, José da Cunha e Wallace Leal V. Rodrigues, em foto da década de 1970. Acervo de O Clarim. |
1ª. Edição do jornal “O Clarim”. 15-08-1905. Acervo de O Clarim. |
1ª. Edição da RIE- fevereiro/1925. Acervo de O Clarim. |
Sede da Casa Editora o Clarim tendo o Centro Espírita à esquerda. Foto Ismael Gobbo. |
Apparecido Belvedere na entrada do Memorial Cairbar Schutel. Matão, SP. Fotos Ismael Gobbo |
Fachada antiga muito bem preservada da Redação de O Clarim. Matão, SP. Foto Ismael Gobbo |
Cassio Carrara e Apparecido Belvedere nas dependências do Memorial Cairbar Schutel. Matão, SP. Foto Ismael Gobbo |
Apparecido Belvedere e o Memorial Cairbar Schutel. Matão, SP. Foto Ismael Gobbo |
Quarto onde dormia e desencarnou Cairbar Schutel. Foto Ismael Gobbo |
VEJA MATÉRIA COM FOTOS DA INAUGURAÇÃO DO MEMORIAL CAIRBAR SCHUTEL ACESSE AQUI: http://www.noticiasespiritas.com.br/2013/NOVEMBRO/15-11-2013.htm
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Registro. Palestra no Abrigo Ismael neste domingo 25-09-2022. Araçatuba, SP |
O orador Fábio Cruz desenvolveu o tema “Colônia Espiritual”. Fotos: Ismael Gobbo
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Programação do Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, Portugal |
Exms Senhores,
As nossas mais cordiais saudações. O Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, vai levar a cabo uma conferência seguida de debate, subordinada ao tema "Como lidar com a mediunidade?", com José Lucas, no dia 30 de Setembro de 2022, às 21H00.
Estão abertas as inscrições gratuitas em ccespirita@gmail.com para:
- Educação Espírita infanto-juvenil - Início 15 Out 2022 , Sábados, 15h / 16h15 - Estudo do Perispírito - Início 15 Out 2022, Sábados, 17h / 18h15 Cordialmente CCE
(Recebido em email de Centro de Cultura Espírita Caldas da Rainha [ccespirita@gmail.com]) |
Tradicional Brechó Beneficente do G.E. Jesus de Nazaré Marília, SP |
(Recebido em email de Donizete Pinheiro) |
Programação da Congregação Espírita Maria Benta São Paulo |
(Informação da C.E. Maria Benta) |
Documentário: Chico para Sempre. |
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Olá, bom dia. Como parte das ações do Ano do Chico, campanha desenvolvida pela Federação Espírita Brasileira ao longo deste ano, relembrando os 20 anos de sua desencarnação, trazemos para divulgação o documentário Chico para Sempre, que faz parte da programação de comemorações, e ainda com apoio na divulgação da FEB Cinema.
Seguimos à disposição para maiores esclarecimentos, informações, entrevistas.
Chico Para Sempre Documentário sobre vida e obra do médium mais famoso do Brasil chega aos cinemas 20 anos depois de sua morte
Vinte anos após a sua morte, o mineiro Chico Xavier tem sua vida contada no longa metragem documentário Chico Para Sempre, com direção de Wagner de Assis (Nosso Lar, Kardec, A Menina Índigo) e participação do jornalista Marcel Souto Maior, autor de uma das biografias mais bem sucedidas do médium.
O filme estreia nos cinemas no dia 13 de outubro e conta com mais de 50 entrevistas, algumas raras, relembrando não só fatos cronológicos da vida do médium mais importante do Brasil, mas principalmente traçando um painel das diversas vertentes que o acompanharam em sua vida: a mediunidade que impactou o Brasil desde os seus 17 anos, as crises com a fama, as reportagens polêmicas, o fato de ser uma celebridade de “dois mundos”, as histórias “sobrenaturais”, até o legado de sua obra literária que, hoje, já conta com 536 títulos publicados (quando morreu, em 2002, chico tinha oficialmente 412 livros).
Com participações de artistas como Ana Rosa, Wanderléia, Carlos Vereza, além de médicos e cientistas, críticos literários, historiadores, pesquisadores, outros médiuns e amigos pessoais que acompanharam por anos o médium, Chico Para Sempre apresenta momentos inéditos como o depoimento de Juselma Coelho, amiga particular que estava dentro do quarto de hospital quando uma luz sobrenatural foi captada por uma câmera que estava do lado de fora do prédio. Horas depois deste fenômeno, o testemunho da entrevistada relata como foi a “melhora súbita” de Chico. Há também entrevistas inéditas de alguns parentes diretos, que aceitaram participar do filme, como a sobrinha de Chico, Cidália Xavier.
A produção visitou as cidades de Pedro Leopoldo e Uberaba e encontrou materiais que estavam num sótão durante anos – numa chuva, o local cedeu e originais, recortes de jornais e até um projeto do arquiteto Oscar Niemeyer para Chico Xavier estavam guardados ali por décadas. Há entrevistas em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e alguns locais no exterior, como Miami e Nova York – quando o assunto é o legado internacional do médium. O filme não deixa de abordar temas polêmicos, como a questão das vidas passadas de Chico.
ASSISTA AO TRAILER 1
https://www.youtube.com/watch?v=X_d1bm6o5Y0&t=3s
FICHA TÉCNICA
Produção – Cinética Filmes Distribuição – Film Connection Distribuidora
APRESENTAM
CHICO PARA SEMPRE
DIREÇÃO E ROTEIRO WAGNER DE ASSIS
PRODUCÃO WAGNER DE ASSIS RICHARD ÁVILA
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL MARCEL SOUTO MAIOR
CONSULTORIA OCEANO VIEIRA DE MELO
PRODUÇÃO EXECUTIVA CLAUDIA CARNEVALE
DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA BRUNO PETIT
EDIÇÃO LIVIA PIMENTAL LETICIA DO VALLE
EFEITOS VISUAIS ZECA ESPERANÇA
TRILHA SONORA MARCELO MANGA
Cinética Filmes 21. 3152 0340
Contato Richard Avila (distribuição) 21. 98449 6872
Instagram https://instagram.com/cineticafilmesproducoes?igshid=YmMyMTA2M2Y= Facebook https://www.facebook.com/cineticafilmeseproducoes/ Twitter @CineticaFilmes YouTube https://www.youtube.com/c/cineticafilmes
Um abraço,
(Recebido em emails de Comunicação FEB [comunicacao@febnet.org.br] e de Nazareno Feitosa) |
40º. Encontro de dirigentes e trabalhadores espíritas da região de Marília. Marília, SP |
(Informação em email de Donizete Pinheiro) |
USE Intermunicipal de São Bernardo do Campo Jornada Espírita pela Valorização da Vida. Setembro Amarelo |
(Recebido em email de Comunicação Use Intermunicipal de São Bernardo do Campo [comunicacao.useisbc@usesp.org.br]) |
32o. Concurso de Poesia com Temática Espírita |
Concurso de Poesia com Temática Espírita em 2021. Foto recebida de José Damião.
(Informação recebida em email de Jose Damiao [damiao2373@gmail.com]) |
Site da Federação Espírita Brasileira Brasília, DF |
Clique
aqui:
|
Federação Espírita do Paraná Curitiba |
ACESSE AQUI:
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FEC- Federação Espírita Catarinense Florianópolis |
Acesse aqui:
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FERGS- Federação Espírita do Rio Grande do Sul Porto Alegre. |
CLIQUE AQUI:
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Se te for possível colabore com o Abrigo Ismael- Departamento da centenária União Espírita “Paz e Caridade”. Araçatuba, SP |
ACESSE O SITE AQUI: O Abrigo Ismael comemorou 80 anos no dia 3 de outubro de 2021
O União Espírita Paz e Caridade, desde o ano 1921, vem atuando para abrandar o sofrimento de idosas carentes, suprindo-lhes todas as suas necessidades. Atualmente, conta com uma equipe de enfermagem, auxiliares, nutricionista, assistente social, médico, e fornece seis refeições diárias, medicamentos, lazer, atividades físicas e lúdicas, visando sempre a maior qualidade de vida possível nesta fase da vida. Em todos esses anos sempre contou com a colaboração da sociedade araçatubense, o qual agradecemos de todo o coração.
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Revista eletrônica semanal O Consolador. Londrina, PR |
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Boletim semanal do Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier São Paulo |
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Por quê tratarmos da nossa permanência espírita nos 2% da população nacional?; Significado de Deus e Mamon; Setembro amarelo – Valorização da vida; Chico para sempre – Documentário sobre vida e obra do médium; As origens dos personagens Estevão e Abigail em Paulo e Estevão; Partida espiritual e pureza de coração; Centro goiano focaliza tema sobre o Consolador; Nos caminhos da fé
Artigo – Por quê tratarmos da nossa permanência espírita nos 2% da população nacional?:
Notícias: - Significado de Deus e Mamon: http://grupochicoxavier.com.br/significado-de-deus-e-mamon/
- Setembro amarelo – Valorização da vida: http://grupochicoxavier.com.br/setembro-amarelo-valorizacao-da-vida-2/
- Chico para sempre – Documentário sobre vida e obra do médium: http://grupochicoxavier.com.br/chico-para-sempre-documentario-sobre-vida-e-obra-do-medium/
Vídeos: - As origens dos personagens Estevão e Abigail em Paulo e Estevão: http://grupochicoxavier.com.br/as-origens-dos-personagens-estevao-e-abigail-em-paulo-e-estevao/
- Partida espiritual e pureza de coração: http://grupochicoxavier.com.br/partida-espiritual-e-pureza-de-coracao/
Estudo do Evangelho: - Centro goiano focaliza tema sobre o Consolador: http://grupochicoxavier.com.br/centro-goiano-focaliza-tema-sobre-o-consolador/
Mensagem – Nos caminhos da fé: http://grupochicoxavier.com.br/nos-caminhos-da-fe/
o0o “Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai que está nos Céus" – Jesus (Mateus, 10:32).
o0o Com fraternal abraço, Equipe GEECX
(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com] e de GEECX) |
José Herculano Pires (25-09-1914 / 09-03-1979) |
José Herculano Pires
José Herculano Pires nasceu na cidade de Avaré, no Estado de São Paulo, em 25 de setembro de 1914. Filho do farmacêutico José Pires Correia e da pianista Bonina Amaral Simonetti Pires, revelou sua vocação literária desde que começou a escrever. Fez seus primeiros estudos em Avaré, Itaí e Cerqueira César. Aos 9 anos de idade, fez o seu primeiro soneto, um decassílabo sobre o Largo São João, da sua cidade natal. Aos 16 anos, publicou seu primeiro livro, "Sonhos Azues" (contos), e, aos 18 anos, o segundo livro, "Coração" (poemas livres e sonetos). Já possuía seis cadernos de poemas na gaveta, e colaborava nos jornais e revistas da época, das províncias de São Paulo e do Rio. Teve vários contos publicados com ilustrações na Revista da Semana e no Malho. Pires foi um dos fundadores da União Artística do Interior (UAI), que promoveu dois concursos literários, um de poemas pela sede da instituição em Cerqueira César, e outro de contos pela Seção de Sorocaba. Mário Graciotti o incluiu entre os colaboradores permanentes da seção literária de A Razão, em São Paulo, que publicava um poema de sua autoria todos os domingos. Em 1928, transformou o jornal político de seu pai em semanário literário e órgão da UAI. Em dezembro de 1938, Herculano (com 24 anos) casou-se com Maria Virgínia Ferraz Pires, evangelizadora infantil do centro onde ele realizou sua primeira conferência espírita. Dessa união tiveram quatro filhos: Herculano, Helena, Heloísa e Helenilda. O casal se muda para o município de Cerqueira César e, em 1940, transferem-se para Marília, onde ele adquiriu o jornal Diário Paulista e o dirigiu durante seis anos. Com José Geraldo Vieira, Zoroastro Gouveia, Osório Alves de Castro, Nichemaja Sigal, Anthol Rosenfeld e outros promoveu, através do jornal, um movimento literário na cidade e publicou "Estradas e Ruas" (poemas), que Érico Veríssimo e Sérgio Millet comentaram favoravelmente. Em 1946, mudou-se para a capital São Paulo e lançou seu primeiro romance, "O Caminho do Meio", que mereceu críticas elogiosas de Afonso Schimidt, Geraldo Vieira e Wilson Martins.
PROFISSÃO E OBRAS Repórter, redator, secretário, cronista parlamentar e crítico literário dos Diários Associados, Herculano Pires exerceu essas funções na Rua 7 de Abril por cerca de trinta anos. Foi autor de 81 livros de Filosofia, Ensaios, Histórias, Psicologia, Pedagogia, Parapsicologia, Romances e Espiritismo. Lançou a série de ensaios Pensamento da Era Cósmica e a série de romances e novelas de Ficção Científica Paranormal. Alegava sofrer de 'grafomania', escrevendo dia e noite. Não tinha vocação acadêmica e não seguia escolas literárias. Seu único objetivo era comunicar o que achava necessário, da melhor maneira possível. Graduado em Filosofia pela USP em 1958, publicou uma tese existencial: "O Ser e a Serenidade". De 1959 a 1962, exerceu a cadeira de Filosofia da Educação na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Araraquara. Foi membro titular do Instituto Brasileiro de Filosofia, seção de São Paulo, onde lecionou Psicologia; presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo de 1957 a 1959, e professor de Sociologia no curso de Jornalismo ministrado pelo Sindicato. Herculano Pires foi, também, presidente e professor do Instituto Paulista de Parapsicologia de São Paulo. Organizou e dirigiu cursos de Parapsicologia para os Centros Acadêmicos: da Faculdade de Medicina da USP, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, da Escola Paulista de Medicina e em diversas cidades e colégios do interior. Em 23 de janeiro de 1948, fundou o Clube dos Jornalistas Espíritas de São Paulo, que funcionou por 22 anos, e foi membro da Academia Paulista de Jornalismo, onde ocupou a Cadeira "Cornélio Pires" em 1964. Herculano pertenceu, também, à União Brasileira de Escritores, onde exerceu o cargo de Diretor e Membro do Conselho no ano de 1964. Foi Chefe do Sub-Gabinete da Casa Civil da Presidência da República no governo Jânio Quadros no ano de 1961, onde permaneceu até a renuncia do mesmo.
ESPIRITISMO Espírita desde os 22 anos de idade, Herculano Pires não poupou esforços na divulgação falada e escrita da Doutrina Codificada por Allan Kardec, tarefa essa a que dedicou a maior parte da sua vida. Durante 20 anos, manteve uma coluna diária de Espiritismo nos Diários Associados com o pseudônimo de "Irmão Saulo". Durante quatro anos, manteve no mesmo jornal uma coluna em parceria com Chico Xavier sob o título "Chico Xavier pede Licença". Em parceria com o médium mineiro, escreveu diversos livros espíritas inteiramente dedicados ao estudo e divulgação da Doutrina. Em 1954, publicou Barrabás, que recebeu um prêmio do Departamento Municipal de Cultura de São Paulo, constituindo o primeiro volume da Trilogia Caminhos do Espírito. Em 1970, Ano Internacional da Educação, Herculano Pires percebeu um momento propício para tratar mais diretamente da Pedagogia Espírita. Escreveu ele: "Os cristãos primitivos tiveram de lutar contra a educação pagã para implantar no mundo a Educação Cristã. Agora é a hora dos espíritas, numa batalha muito mais suave, mas que deve ser tão pertinaz como aquela." Levou a proposta a Frederico Giannini, proprietário da Editora Edicel, que concordou em produzir e divulgar a Revista Educação Espírita, lançada em 28 de dezembro daquele ano. Diante dos percalços encontrados pelo caminho, mas movido por um propósito maior, Herculano produziu um total de seis edições da publicação. Entre 1971 e 1974, a convite do proprietário da Rádio Mulher de São Paulo, Roberto Montoro, Herculano apresentou e comandou o programa semanal No Limiar do Amanhã, cuja proposta era tratar do Espiritismo em todos os seus aspectos, sem restrição, e responder a qualquer pergunta dos ouvintes. Sob a direção do Grupo Espírita Cairbar Schutel, em dezembro de 1974, Pires lançou o Jornal Mensagem. Em 1975, publicou Lázaro e, com o romance Madalena, concluiu a Trilogia. Traduziu cuidadosamente as obras da Codificação Kardequiana enriquecendo-as com notas explicativas nos rodapés. Essas traduções foram doadas a diversas editoras espíritas no Brasil, Portugal, Argentina e Espanha. Colaborou com o Dr. Júlio Abreu Filho na tradução da Revista Espírita. José Herculano Pires desencarnou na capital paulista na noite de 9 de março de 1979, vitimado por um infarto. Foi levado ao hospital, mas os médicos não conseguiram reanimá-lo, falecendo no local. Ao seu desencarne, deixou vários originais traduzidos da Revista Espírita, os quais vêm sendo publicados pela Editora Paidéia.
Fontes: - Site Federação Espírita Brasileira (FEB); - Site da Fundação Herculano Pires; - RIZZINI, Jorge. J. Herculano Pires: O Apóstolo de Kardec. São Paulo: Paidéia, 2001.
(Copiado de https://www.uemmg.org.br/biografias/herculano-pires)
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José Herculano Pires participando do programa Pinga Fogo com Chico Xavier Acesse aqui: https://www.youtube.com/watch?v=O-uVMwsYQI8 |
A oradora Heloísa Pires, filha de José Herculano Pires em palestra no Fraternidade Espírita Gina em São Paulo. 28-03-2015. Foto Ismael Gobbo |
Evento comemorativo dos 100 anos de José Herculano realizado no sábado, 20/09/2014, no auditório da FEAL – Fundação Espírita André Luiz, em São Paulo. Fotos Ismael Gobbo LEIA AS INFORMAÇÕES DO EVENTO COM FOTOS AQUI: https://www.noticiasespiritas.com.br/2014/SETEMBRO/22-09-2014.htm |
HOMENAGEM
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FAMÍLIA IVAN SANTOS ALBUQUERQUE, MEU TIO SANTO |
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Texto de Dr. Ivan Alberto Albuquerque Doretto
Meu tio Ivan (Ivan Santos Albuquerque) era o irmão mais velho de minha mãe Laurita. Nasceu em Brotas, SP, em 16.01.1918, filho de Romeu Vieira de Albuquerque e Laura Santos Albuquerque. Crescendo num lar espírita, Ivan desde cedo mostrou-se um espírito afável, bondoso e solidário. Preocupado com os jovens, sempre que podia lhes levava sua mensagem esclarecedora. Só estudou até o quarto ano ginasial. Mostrando desde cedo pendores para as artes manuais, construía brinquedos para os irmãos e amigos e confeccionava flores à base de farinha de trigo ou papel. Quando o pai passou por grandes dificuldades materiais, Ivan tomou a iniciativa de renunciar aos estudos, a fim de que seu irmão Cyro pudesse prossegui-los. Começou, então, a trabalhar como enfermeiro no Hospital Esperança, em São Paulo, auferindo recursos para se manter e ainda ajudar o irmão. Solteiro e avesso a festividades mundanas, Ivan continuava à noite no hospital, visitando os doentes, conversando com eles e os animando. Foi amigo de Cairbar Schutel, expoente do Espiritismo na cidade de Matão, SP, assim como de Herculano Pires, outra figura renomada na literatura espírita. Embora “desligado” em relação às coisas materiais, Ivan granjeava amigos com facilidade, adaptando-se às necessidades e possibilidades de cada um. Adolescente, abraçou fervorosamente o Espiritismo. Insigne doutrinador, ainda muito jovem já era convidado para palestras, tendo viajado em pregação por muitas cidades do interior paulista. Em 1942 sua família se mudou para Sorocaba. Nesse ano ocorreu um Congresso Eucarístico na Capital do Estado. Um Ivan entusiasta resolveu fazer propaganda do Espiritismo no local, distribuindo boletins e panfletos. Eram tempos de intolerância religiosa e ele acabou preso. Seu desaparecimento infligiu grande sofrimento aos familiares, que somente após dois dias conseguiram localizá-lo. Apurou-se que estava internado no Juqueri, hospital psiquiátrico estadual sediado em Franco da Rocha. Lá, enfraquecido e de cabeça raspada, Ivan não se dava por achado, pregando o Espiritismo para os enfermos... Com o auxílio de amigos, a família finalmente conseguiu resgatá-lo. Esse episódio não o desalentou e ele prosseguiu na faina de divulgar o Evangelho e a mensagem kardecista da Boa Nova. Dedicou-se aos hansenianos e quinzenalmente visitava os pacientes do Sanatório Pirapitingui, almoçava com os internados e limpava-lhes as feridas. Não se abalava nem com as advertências do próprio diretor do estabelecimento, que temia acabasse ele infectado pelo bacilo da lepra. Jesus Gonçalves, um dos internados no sanatório, tinha-lhe grande admiração, assim como sua esposa, Dona Ninita. Ivan, apesar de pessoa sóbria e de espírito nobre, cultivava seu lado brincalhão e costumava “pregar peças” em seus pais e irmãos. Era caridoso ao extremo. Frequentava o Asilo dos Velhinhos e palestrava para eles. Para espalhar suas mensagens de esperança, não tinha dia nem hora. Costumava também visitar, com a mãe Laurinha, com quem tinha grande afinidade, a Cadeia Pública de Sorocaba, levando aos detentos sua mensagem consoladora. Ivan costumava levar doentes para a casa dos pais, lá os abrigando até que se recuperassem. Quando houve uma epidemia de leishmaniose no Estado de São Paulo, Ivan ofereceu-se para banhar os doentes, alimentá-los e lhes fazer curativos, sempre disposto, sempre alegre. Sua vida teve fatos curiosos. Certa feita, em Itaporanga, atravessou a nado um rio só para dar assistência a uma parturiente. Exímio nadador, havia se exercitado na infância nas águas do Rio Piracicaba, que banha a cidade do mesmo nome, local de residência de sua família por alguns anos. Na semana seguinte à proeza, foi acometido de gripe forte, com ameaça de pneumonia, numa época em que ainda não existia a penicilina. Conseguiu, no entanto, recuperar-se. Ivan, por sua compleição física e temperamento amável, era sempre muito assediado pelas jovens, mas se esquivava de qualquer compromisso, pois tinha a premonição de que partiria cedo nesta encarnação. Costumava dizer que não chegaria aos 30 anos, para a compreensível aflição dos pais e irmãos. Em sua peregrinação espírita, Ivan viajou em 1946 para Marília, onde proferiu palestra. Prosseguiu de trem rumo a Tupã, com o mesmo propósito. Nas proximidades de Pompeia, quis ver mais de perto um cafezal e dirigiu-se à porta do último vagão. O trem fez uma curva súbita e ele, desequilibrado, caiu desacordado sobre os trilhos. Outra composição veio em seguida e a roda passou-lhe por cima do peito. Estava cumprido, assim, seu vaticínio. Meu tio Cyro foi a pessoa que fez o reconhecimento do corpo e certo dia me relatou essa cena horrível. Ivan, cerca de um mês depois do desenlace, começou a se comunicar, primeiro para a mãe por meio de psicografia e depois em vários centros espíritas. Um deles, na Vila Santana, em Sorocaba, leva seu nome. Ele tem ainda alguns livros psicografados, entre os quais “Luz nas Trevas”. Eu não cheguei a conhecer esse tio com fama de santo na família, mas meu prenome foi-me dado em sua homenagem. Ivan Santos Albuquerque foi um verdadeiro apóstolo do Cristo, incansável na tarefa de semear o bem sem olhar a quem. Deve estar, do elevado plano espiritual a que certamente foi alçado, sempre atento às necessidades dos encarnados neste planeta de expiação.
(Texto recebido em email de Lilia Grosso [liliagrosso2@gmail.com])
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Ivan Santos de Albuquerque (Brotas, SP, 16-01-1918 / Pompéia, SP, 05-04-1946) Foto recebida de Dr. Ivan Alberto Albuquerque Doretto. |
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Paisagem nas proximidades de Brotas, SP. Foto: Ismael Gobbo. Ivan Santos de Albuquerque nasceu em fazenda na região de Brotas, SP. Leia a biografia nesta postagem.
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Foto rara de Brotas, entre 1930 e 1941, período em que por ali ainda passavam os trilhos em bitola métrica. Foto cedida por Nilson Rodrigues. Foto copiada de http://www.estacoesferroviarias.com.br/b/brotas.html
Ivan Santos de Albuquerque (16-01-1918/ 05-04-1946) nasceu em Brotas, SP.
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Colégio Piracicabano a primeira escola metodista do Brasil e precursor da Universidade Metodista de Piracicaba ]1928. Imagem copiada de https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%A9gio_Piracicabano LEIA NO LINK
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Sanatório Esperança S/A Inaugurado em 1938, este hospital é um das mais belas construções hospitalares da cidade de São Paulo. Localizado na rua dos Ingleses, na Bela Vista, atualmente atende com o nome de Hospital Menino Jesus. Foto: Acervo do jornal Correio Paulistano Imagem copiada de https://br.pinterest.com/pin/209910032616101724/
Como consta no texto acima reproduzido o jovem Ivan Santos de Albuquerque trabalhou no Sanatório Esperança na Rua dos Ingleses, em São Paulo.
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O Asilo Dr. Jaime de Oliveira, criado pela Associação das Senhoras Cristãs, entidade fundada por Dona Benedita Fernandes em 6 de março de 1932. Foto do acervo do Hospital Benedita Fernandes
Ivan Santos de Albuquerque nos poucos anos que residiu em Araçatuba (1938- 1942) realizou muitos trabalhos e teve estreita ligação com dona Benedita Fernandes da Associação das Senhoras Cristãs e com Gedeão Fernandes de Mirada da União Espírita Paz e Caridade.
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Dona Benedita Fernandes, na extrema direita, com assistidos na Casa da Criança, pertencente à entidade Associação das Senhoras Cristãs por ela fundada em 6 de março de 1932. Foto do acervo do Hospital Benedita Fernandes
Ivan Santos de Albuquerque nos poucos anos que residiu em Araçatuba (1938- 1942) realizou muitos trabalhos e teve estreita ligação com dona Benedita Fernandes da Associação das Senhoras Cristãs e com Gedeão Fernandes de Mirada da União Espírita Paz e Caridade.
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Evento no Abrigo Ismael no ano de 1943. Participação de presidentes, crianças da evangelização e da escola pública municipal que ali funcionava. Foto copiada do livro Obra de Vultos, volume 1.
Ivan Santos de Albuquerque nos poucos anos que residiu em Araçatuba (1938- 1942) realizou muitos trabalhos e teve estreita ligação com dona Benedita Fernandes da Associação das Senhoras Cristãs e com Gedeão Fernandes de Mirada da União Espírita Paz e Caridade e de seu departamento Abrigo Ismael. |
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Aguardando o trem em Sorocabas, SP. (Comendador Gualberto Tenor- sem data) Copiade de : http://www.estacoesferroviarias.com.br/s/sorocaba.htm
Ivan Santos de Albuquerque (16-01-1918/ 05-04-1946) cuja biografia se encontra nesta postagem nasceu em Brotas, SP. Viveu e desenvolveu muitos trabalhos na cidade de Sorocaba, SP. e noutras cidades do Estado de São Paulo.
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Flagrante da inauguração do C.E. Santo Agostinho. Jésus Gonçalves é o quarto da direita para a esquerda. Seu filho Jaime está logo à sua direita (16/12/1945) Do livro: A Extraordinária Vida de Jésus Gonçalves. Eduardo Carvalho Monteiro. USE/Madras
Ivan Santos de Albuquerque teve um trabalho intenso ao lado de Jésus Gonçalves que se encontrava internado com a doença hanseníase na Colônia de Pirapitingui (Itú, SP) onde fundou a Sociedade Espírita “Santo Agostinho”.
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Jésus Gonçalves sentado Dona Ninita, companheira de Jésus Gonçalves, Álvaro Ribeiro Branco, Zaíra Junqueira Pitt e Julinha Thekla Kohleisen. Foto do acervo do Grupo Socorrista Zaira Pitt, São Paulo, Brasil.
Ivan Santos de Albuquerque teve um trabalho intenso ao lado de Jésus Gonçalves que se encontrava internado com a doença hanseníase na Colônia de Pirapitingui (Itú, SP) onde fundou a Sociedade Espírita “Santo Agostinho”. Ivan fazia as visitas e lá também estavam os componentes da foto acima e espírita de vulto como José Herculano Pires. Ivan desencarnou no dia 05 de abril de 1943 e no dia 03 de dezembro de 1951 enviou uma mensagem para a amiga Julinha (vide no livro “Flores de Outono”) pela psicografia de Chico Xavier.
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Pátio da estação ferroviária de Marília, SP. (sem data). Acervo de Klaus Jurgen Marienholz. Foto copiada de http://www.estacoesferroviarias.com.br/m/marilia.htm
Na biografia de Ivan Santos de Albuquerque acima publicada, numa sexta-feira, dia 05 de abril de 1946, depois de ter proferido palestra em um Congresso na cidade de Marília, tomou trem com destino a cidade de Tupã aceitando convite de amigo que lhe pediu proferir a mesma palestra naquela cidade. Na estação de Marília se despediu do célebre José Herculano Pires, que morava em Marília. Durante a viagem admirou os cafezais e disse ao companheiro que o convidara que gostaria de ver mais de perto a paisagem. Se locomoveu à porta do último vagão para a contemplação do cafezal. Neste momento o trem sofreu um chacoalho e Ivan foi arremessado sobre a linha. Consta que quando o trem chegou em Pompéia uma outra composição partiu de imediato com destino a São Paulo e passou sobre o corpo de Ivan. Espíritas compareceram em Pompéia e homenagearam Ivan que se encontra sepultado no Cemitério Municipal de Pompéia.
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Cafezal. Foto Ismael Gobbo.
Na biografia de Ivan Santos de Albuquerque acima copiada, numa sexta-feira, dia 05 de abril de 1946, depois de ter proferido palestra em um Congresso na cidade de Marília, tomou trem com destino a cidade de Tupã aceitando convite de amigo que lhe pediu proferir a mesma palestra naquela cidade. Na estação de Marília se despediu do célebre José Herculano Pires, que morava naquela cidade. Durante a viagem admirou os cafezais e disse ao companheiro que o convidara que gostaria de ver mais de perto a paisagem. Se locomoveu à porta do último vagão para a contemplação do cafezal. Neste momento o trem sofreu um chacoalho e Ivan foi arremessado sobre a linha. Consta que quando o trem chegou em Pompéia uma outra composição partiu de imediato com destino a São Paulo e passou sobre o corpo de Ivan. Espíritas compareceram em Pompéia e homenagearam Ivan que se encontra sepultado no Cemitério Municipal de Pompéia.
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A inauguração da Estação de Pompéia em 1935 Imagem/fonte: http://www.estacoesferroviarias.com.br/p/pompeia.htm
Na biografia de Ivan Santos de Albuquerque acima copiada, numa sexta-feira, dia 05 de abril de 1946, depois de ter proferido palestra em um Congresso na cidade de Marília, tomou trem com destino a cidade de Tupã aceitando convite de amigo que lhe pediu proferir a mesma palestra naquela cidade. Na estação de Marília se despediu do célebre José Herculano Pires, que morava naquela cidade. Durante a viagem admirou os cafezais e disse ao companheiro que o convidara que gostaria de ver mais de perto a paisagem. Se locomoveu à porta do último vagão para a contemplação do cafezal. Neste momento o trem sofreu um chacoalho e Ivan foi arremessado sobre a linha. Consta que quando o trem chegou em Pompéia uma outra composição partiu de imediato com destino a São Paulo e passou sobre o corpo de Ivan. Espíritas compareceram em Pompéia e homenagearam Ivan que se encontra sepultado no Cemitério Municipal de Pompéia. Na Certidão de Óbito consta que faleceu no dia 5 de abril de 1946 às 17:00 (dezes- sete horas) no “leito da estrada de ferro Paulista, em Pompéia, SP” e como causa da morte “traumatismo- esmagamento por roda de locomotiva”. O Sepultamento foi no cemitério de Pompéia.
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Túmulo de Ivan Santos de Albuquerque no Cemitério Municipal de Pompéia, SP Imagem fornecida pela Prefeitura Municipal de Pompéia, SP. Recebida em email de maria.bronzoli@pompeia.sp.gov.br
Na Certidão de Óbito consta que faleceu no dia 5 de abril de 1946 às 17:00 (dezes- sete horas) no “leito da estrada de ferro Paulista, em Pompéia, SP” e como causa da morte “traumatismo- esmagamento por roda de locomotiva”. O Sepultamento foi no cemitério de Pompéia. |
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Placa no túmulo de Ivan Santos de Albuquerque no Cemitério Municipal de Pompéia, SP Imagem fornecida pela Prefeitura Municipal de Pompéia, SP. Recebida em email de maria.bronzoli@pompeia.sp.gov.br
Na Certidão de Óbito consta que faleceu no dia 5 de abril de 1946 às 17:00 (dezes- sete horas) no “leito da estrada de ferro Paulista, em Pompéia, SP” e como causa da morte “traumatismo- esmagamento por roda de locomotiva”. O Sepultamento foi no cemitério de Pompéia.
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Placa no túmulo de Ivan Santos de Albuquerque no Cemitério Municipal de Pompéia, SP Imagem fornecida pela Prefeitura Municipal de Pompéia, SP. Recebida em email de maria.bronzoli@pompeia.sp.gov.br
Na Certidão de Óbito consta que faleceu no dia 5 de abril de 1946 às 17:00 (dezes- sete horas) no “leito da estrada de ferro Paulista, em Pompéia, SP” e como causa da morte “traumatismo- esmagamento por roda de locomotiva”. O Sepultamento foi no cemitério de Pompéia.
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HOMENAGEM DE JOSÉ HERCULANO PIRES AO AMIGO QUERIDO IVAN SANTOS DE ALBUQUERQUE PUBLICADO NO JORNAL “O CLARIM” DE MATÃO, SP, EM 08-05-1948 (VEJA ABAIXO) “BILHETE AO IVAN”
(Recebido em email de O Clarim, Matão, SP Cássio - Casa Editora O Clarim [cassio@oclarim.com.br] ) |
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HOMENAGEM DE JOSÉ HERCULANO PIRES AO AMIGO QUERIDO IVAN SANTOS DE ALBUQUERQUE PUBLICADO NO JORNAL “O CLARIM” DE MATÃO, SP, EM 08-05-1948 “BILHETE AO IVAN”
Recebido em email de O Clarim, Matão, SP Cássio - Casa Editora O Clarim [cassio@oclarim.com.br] ) |
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TRANSCRIÇÃO DA HOMENAGEM DE JOSÉ HERCULANO PIRES AO AMIGO QUERIDO IVAN SANTOS DE ALBUQUERQUE PUBLICADO NO JORNAL “O CLARIM” DE MATÃO, SP, EM 08-05-1948 (VEJA ACIMA)
José Herculano Pires Imagem/fonte: https://www.feesp.com.br/jose-herculano-pires/
“BILHETE AO IVAN” Ivan amigo
Há dois anos que retornaste ao mundo espiritual, e é como se não tivesse partido. Lembro-me ainda das horas emotivas e felizes de nosso congresso, em Marília. Da tua participação entusiástica, dos teus incessantes discursos, que faziam a Mãe Dita, de Araçatuba, - já agora também ao teu lado, - rir-se contente, satisfeita de tanto ardor ao serviço da causa. Lembro-me também da tua partida para Tupã, e do momento em que, à mesa, na minha casa, terminado o almoço de que participaram tantos confrades, quiseste falar e só conseguiste chorar. Ficamos todos perturbados, certos de que alguma coisa de grave se passava contigo. No trajeto de casa à estação conversamos muito, eu e o Urbano, sobre a necessidade de que repousasses bastante em Tupã, participando das alegrias reconfortantes do trabalho espiritual que ali se desenvolvia. E lembro-me ainda do trem partindo, naquele fim de tarde na estação de Marília, e de duas mãos que nos acenavam juntas, da mesma porta do vagão. Uma, a mão amiga do Urbano, que nos dizia um “até logo” material. Outra, a tua mão saudosa, que nos dava o “até logo” espiritual. Dois anos lá se foram. Dois anos de lutas, de vicissitudes, de batalhas incessantes na terra e no espaço. E quantas vezes sentimos, nesse periodo, a tua presença invisível a nos alentar, nas horas mais difíceis. Divino milagre da vida, que não conhece as barreiras da morte! Quando, à beira do túmulo em que ficaram os teus despojos, tive de interpretar a emoção dos teus companheiros, que ali se encontravam de coração premido e de pensamento voltado para os teus pais, lembro-me que o Urbano viu um grande foco de luz no interior da tumba. Essa luz, como a do Cristo, saiu dali para sempre. Ergueu-se muito acima da lage fria do túmulo, brilhou gloriosamente na alvorada da ressurreição, e voltou para junto de todos nós de maneira diferente, muito mais efetiva e radiosa do que na densa clausura do corpo carnal. Hoje, amigo Ivan, estás muito mais perto de nós. Todos nós, os teus amigos e companheiros de cruzada evangélica, sentimos os teus passos, prosseguindo a caminhada, ombro a ombro conosco, nesta hora, mundial de conturbação dos espíritos. Em Bebedouro, onde te conheci, em Marília, Bauru, Garça, Pompéia, Tupã, Sorocaba, São Manuel, no recanto de dor de Pirapitinguí, onde Jesus Gonçalves te acompanha as providências fraternas, em Matão e em todas as cidades e lugares por onde passaste, na tua última encarnação, todos continuam ouvindo os teus passos, amigos, sentindo a tua presença carinhosa. Tua mãe, de que tanto nos falavas, em cujas convicções tanto confiavas, tomou o teu lugar no plano material. E como Saulo, depois da morte de Abigail, ela refloriu espiritualmente, fazendo brotar, do coração regado pelas lágrimas da saudade, os clarões impereciveis, na visão divina da estrada de Damasco. Perdoa, Ivan amigo, se não consegui escrever-te apenas um bilhete, como desejava. Recomenda-nos ao Mestre, da os nossos abraços de saudade a Jesus Gonçalves, à Mãe Dita, ao velho Pai Jacob, ao nosso querido Schutel. E continua a alentar-nos, para que não fraquejemos um só momento, ao longo da caminhada onde tanto temos de fazer, neste mundo de egoismos, de incompreeensões e de ignorância, em que o Mestre não quis que continuasses a sofrer. Abraça-te o irmão terreno: Herculano S. Paulo, 5 de abril de 1.948
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Recebido do Instituto Maria Claro. Sorocaba, SP LEIA SOBRE A HISTÓRIA DO INSTITUTO MARIA CLARO |
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Recebido do Instituto Maria Claro. Sorocaba, SP LEIA SOBRE A HISTÓRIA DO INSTITUTO MARIA CLARO |
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Atividades desenvolvidas com nossas crianças assistidas Instituto Maria Claro. Lar Ivan Santos de Albuquerque. Sorocaba, SP LEIA SOBRE A HISTÓRIA DO INSTITUTO MARIA CLARO |
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Instituto Maria Claro. Sorocaba, SP Atividade externa. Ao fundo pode se ver a Casa Espírita mantida no Instituto. Reunião presencial às quintas feiras às 19 horas. LEIA SOBRE A HISTÓRIA DO INSTITUTO MARIA CLARO |
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Instuto Maria Claro. Nesta foto aparece a casa de orações Ivan Santos de Albuquerque. Sorocaba,SP. LEIA SOBRE A HISTÓRIA DO INSTITUTO MARIA CLARO |
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Algumas obras ditadas pelo espírito Ivan de Albuquerque ao médium Raul Teixeira |
Leia no texto a mensagem de Jefferson falando do acidente que sofreu e da ajuda que recebeu de Ivan Albuquerque ao desencarnar. |
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Jefferson Luiz Ribeiro (26/03/1961 – 21/02/1975) |
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Jefferson Luiz Ribeiro
Biografia elaborada por
Jefferson Luiz Ribeiro, filho primogêntio de Carlos Alberto Ribeiro e de Clarice Antônio Ribeiro, nasceu em Araçatuba-SP, no dia 26 de março de 1961. A existência atual de Jefferson foi curta, porém extremamente exemplar e produtiva em tudo o que fez, em especial no movimento espírita jovem, no qual angariou reconhecidos méritos para figurar ao lado de outros vultos espíritas da região de Araçatuba que são homenageados nesta obra. Não era um menino comum, revelando, desde muito cedo, precocidade intelectual e moral elevada. Participativo, decidido e amoroso, tinha plena consciência daquilo que teria de fazer no breve lapso de tempo que a vida terrena estava a lhe reservar. Fez o curso primário no Grupo Escolar “Cristiano Olsen” e, no ano em que desencarnou, estava prestes a iniciar a 8ª série, no Instituto de Educação “Manoel Bento da Cruz”. Sempre foi ótimo aluno e se fez destacar em meio aos demais companheiros, criando um clima de expectativa para pais e mestres, que anteviam para aquele jovenzinho de cabelos dourados, olhos azuis, espigado, altivo e sem acanhamento, dias de muita prosperidade naquilo que viesse a buscar. Jefferson se preocupou igualmente com a sua instrução espiritual, buscando se aproximar daqueles núcleos que pudessem lhe atender esse imperioso desejo que tinha de receber e também se doar na tarefa da evangelização. Embora nascido em lar espírita, ainda em tenra idade, freqüentou as aulas da Escola Bíblica Dominical da Igreja Presbiteriana Independente de Araçatuba, dirigida pela evangelizadora Yvone. Quando a família se mudou para a Rua Wandenkolk, no Bairro Paraíso, começaram a freqüentar o Centro Espírita “Luz e Fraternidade”, dirigido por Rolandinho, onde Jefferson foi encaminhado para as aulas da Pré-Mocidade, que eram ministradas nas tardes de sábado. Ali, além dos ensinamentos que recebia sob a direção da evangelizadora Célia Maria Rey de Carvalho, Jefferson teve a oportunidade de colocar em prática todos os seus sentimentos de amor e caridade para com o próximo, pela ajuda que começou a prestar na Casa da Sopa Emília Santos, que até hoje funciona ao lado do Centro, nas pregações do Evangelho, nas preces e na distribuição de sopa, que se dão diariamente, tanto no almoço como no jantar. Nas reuniões festivas que se realizavam na Instituição “Nosso Lar” durante o ano todo, Jefferson chamava atenção pelas suas participações artísticas nos jograis, canto-coral e poesias, pelo seu jeitinho desinibido, sua voz vibrante, seu interesse em participar. A seu respeito, assim se expressa D. Auzília Chessa Gobbo, que era responsável pelo Departamento Artístico da Instituição “Nosso Lar” e também a zeladora da Casa da Sopa “Emília Santos”: “A lembrança que tenho do Jefferson era de um menino alegre, educado e prestativo. Aos domingos, na Instituição “Nosso Lar”, estava sempre ao lado das demais crianças e jovens para os ensaios artísticos que antecediam as várias apresentações que se davam ao longo do ano. Certa vez, lembro-me, em meio a uma festividade, Jefferson demonstrou toda sua desinibição e altivez, ao dizer-me: “Eu quero ir falar lá na frente”. Levantou-se, foi lá, deu o seu recado e foi muito aplaudido. Na Casa da Sopa, além de nos auxiliar nas pregações que antecediam as refeições, também o fazia nos encontros que ali freqüentemente se realizavam, não se furtando a prestar sua ajuda na preparação dos lanches, guloseimas e sucos, servindo os convidados, com alegria, otimismo e entusiasmo, ao lado de companheiros valorosos como Sérgio, Tuca, Gleiner e Paulo, quando dizia, em tom de brincadeira: “Se não fosse eu a animar isso aqui, não sei o que seria”. Jefferson era muito jovem, mas apesar de seu pouco tempo de vida entre nós, trouxe-nos exemplo de amor, alegria e confiança, qualidades que muitas pessoas com muito mais idade não conseguem demonstrar”. Jefferson tinha uma ligação muito extremosa com Ironi Rosa Protteti, uma das fundadoras do Centro Espírita “Bezerra de Menezes” e idealizadora do Solar “Bezerra de Menezes”, que era um departamento do Centro. Sua mãe, Clarice, colaborava na preparação de roupas para o Bazar que o Centro mantinha e Jefferson fazia a ponte entre a mãe e a instituição, levando e trazendo materiais. Conta-nos Clarice que em certas ocasiões, devido os seus inúmeros afazeres, tinha certa dificuldade em atender os pedidos que a amiga Rosa lhe endereçava. Quando isso acontecia, o menino Jefferson carinhosamente se aproximava da mãe e falava: “Mamãe, a senhora vai fazer, não vai? Faça, mamãe, é para ajudar a tia Rosa...”. Diante da súplica do filho querido, Clarice não tinha como deixar de atender a companheira querida que foi um marco no movimento espírita de Araçatuba. E foi no Solar “Bezerra de Menezes”, que Jefferson teve oportunidade de realizar um dos trabalhos mais relevantes da sua existência, pela sua decidida disposição em ministrar aulas de evangelização às dezenas de crianças que ali recebiam amorosamente o amparo material e espiritual sob a carinhosa e firme direção de Rosa Protteti. Para lá ele acorria todos os sábados, depois de assistir às suas aulas da pré-mocidade, na companhia do amigo inseparável Sérgio, numa longa viagem de bicicleta que cortava a cidade de ponta-a-ponta. Era 15 de fevereiro de 1975, um sábado de trabalho como tantos outros. Jefferson estava no Solar, em meio à criançada. Em dado momento, uma delas pede a Jefferson que lhe apanhe uma fruta em árvore que avançava sobre frágil cobertura de telhas de amianto. Jefferson conta, em carta psicografada, abaixo reproduzida, que, à medida que subia, pressentia o perigo, mas uma força superior o impelia a subir cada vez mais. Instantes depois, rompe-se o galho, Jefferson passa pelo telhado, que não lhe resiste o peso, e cai de cabeça ao solo. Ferido gravemente, é colocado no ônibus coletivo, onde sofre convulsão, e nele mesmo é conduzido para a Santa Casa, onde permanece em observação. Detectado um grande hematoma no cérebro, é levado para a sala de cirurgia na segunda-feira, submetendo-se a cirúrgia de cinco horas. No mesmo dia, ocorrem-lhe complicações; uma hemorragia estomacal o leva ao estado de coma, situação que perdura até o dia 21 de fevereiro , quando ocorreu a sua desencarnação. Trinta e seis dias depois de retornar à pátria espiritual, precisamente no dia 27 de março de 1975, o espírito Jefferson manifesta-se mais vivo do que nunca, através da psicografia do médico e médium Alexandre Sech, de Curitiba, que, na oportunidade, visitava Araçatuba, dando-nos pela sua mensagem, um atestado eloqüente do seu excelente preparo espiritual, uma alma que daqui partiu sem mácula, consciente, serena, tranqüila. “Meus queridos pais e irmãos, Nem sempre as coisas são como projetamos e queremos. Às vezes, temos que ceder em face do imperativo da Lei Maior. Somos frutos de um passado remoto e carregamos conosco a responsabilidade de nossos atos pretéritos. Alcancei o ninho doméstico, que me serviu de lar na Terra, até bem pouco tempo, depois de me ter preparado para o evento aqui na Espiritualidade. Quando me vi cercado por aqueles que seriam os parentes consangüíneos, sorridentes e felizes, meu coração disparava de felicidade. Sabia que minha passagem na Terra era rápida e representava um curso intensivo na Universidade da dor. Dor, para mim, que partiria para o Além, deixando na Terra os corações queridos; dor para os que ficaram e ainda hoje choram a minha ausência. Mas teria que ser assim para benefício espiritual de todos nós. Se tivesse ficado na carne, ontem teria completado 14 anos e estaria me preparando para participar da Concentração. Sei que muitos não gostariam que eu fosse, porque me consideravam novo demais e que se continuasse assim poderia ficar fanático. Eu, porém, desde cedo sentia que a minha volta seria para breve; por isso, desde cedo, procurei dedicar-me ao trabalho na Seara do Mestre Jesus. Para o Espírito, a idade física não conta. Tive a felicidade de contar com a orientação doutrinária desde pequeno, o que despertou em minha consciência espiritual as minhas experiências e aquisições anteriores. Tinha ansiedade de viver bem, aproveitando o ensejo da reencarnação, ensinando aos outros o que sabia, porque meu tempo estava contado. Naquela tarde de sábado, no Solar, alguém pediu que eu lhe tirasse uma fruta da árvore e eu fui. Na subida, pressenti o perigo, mas uma força determinava que eu subisse mais. Quando perdi o equilíbrio, por momentos, revi meu passado, que logo se obscureceu com a pancada do meu corpo no chão. A cabeça foi atingida e senti como um choque no cérebro. Tonto, me levantei e pensei que não tivesse sido nada. O que eu estranhava, porém, é que estava vendo mais pessoas do que as que me cercavam. Via amigos espirituais, que, desde então, começaram a atender-me, preparando-me para a volta... Após a convulsão no ônibus, comecei a entontecer e caí num redemoinho, acompanhando, de quando em vez, com o pensamento, as súplicas que eram feitas por vocês a Jesus. Queria responder-lhes, mas meu cérebro se achava inundado e funcionava como máquina que tem parte de si avariada. Acompanhei seus rogos e pedidos e comecei a assustar-me quando o Ivan de mim se aproximou, confortando-me com sua palavra. Depois, dormi e só fui acordar em quarto de hospital, onde sempre estive cuidado por mãos generosas. Uma vez, durante o sono, fui visitado por vocês, que me ficaram vendo através de uma janela de vidro, para terem certeza de que eu estava bem. Lembram-se? Eu queria levantar-me e fazer alguma coisa, mas só hoje é que o Ivan me trouxe até aqui para eu lhes mandar este recado que ele escreve por mim. Ontem, de onde estive, senti o peso da saudade e a lágrima fortuita quando lembraram do meu aniversário Quero dizer-lhes que não se lamentem, nem se entristeçam, porque tudo aconteceu conforme tinha que ser. Peço ao papai que não se deixe abater pelo desânimo e pela descrença de tudo... Agora, seu caminho de realizações se abre e estou sabendo que poderei, de futuro, ajudá-lo. Não mais como pai e filho será o nosso relacionamento, mas como de irmãos, conforme já fomos, segundo me explicam agora. À mamãe, peço que não deixe as atividades do bazar porque muita felicidade é feita de pequenas coisas. Quanto mais se faz, mais se recebe; quanto mais se dá, mais se tem. É da Lei Divina que se multipliquem os talentos. Ao querido irmão Wlamir, meu ósculo de gratidão e meu conselho de que estude e atenda o que lhe for ensinado. Para que eu aqui viesse, muitos tiveram que trabalhar e interceder a meu favor. Para lhes escrever esta cartinha, minha cabeça, estranhamente, ficou penetrada pela cabeça do Ivan, que dela tira as idéias e recordações e por mim escreve. Sou eu, mas não sozinho que consigo escrever. Em breve, conseguirei alta definitiva e, então, poderemos estar juntos novamente. Antes, passarei por uma fase de adaptação maior para render o que posso. Não chorem, nem se entristeçam, volto a pedir. A vida verdadeira é a do Espírito liberto da matéria, depois de ai cumprir sua tarefa. Que ninguém apresse a volta, porque senão voltará mais tarde de forma aparentemente apressada. Que Jesus nos ilumine e fortifique para podermos andar na trilha certa e sempre de ânimo elevado é o que roga o Jefferson. Araçatuba, 27-3-1975”. A mensagem reproduzida, plena de esclarecimentos e conforto, foi publicada com aprofundada análise e preciosos comentários de Antônio César Perri de Carvalho, no jornal “O Clarim”, de 15 de janeiro de 1976. Dona Cynira de Barros Macedo Carmini, mãe de Marco Antônio, o “Tuca”, nos fala de uma conversa entre seu filho e Jefferson na semana do acidente, em que este tem e externa premonição muito clara dos acontecimentos que estavam prestes a acontecer-lhe: “Em 1975, meu filho Marco Antonio (Tuca) e o Jefferson estudavam no Instituto de Educação “Manoel Bento da Cruz”, e, no início do ano letivo, eles aguardavam no pátio a chamada dos alunos para formação das classes. Como demorasse, Jefferson e Tuca foram sentar-se em um tronco de árvore cortada, que estava um pouco afastada do barulho que ali se fazia. Lá ficaram conversando sobre assuntos da pré-mocidade espírita que freqüentavam. Em dado momento, Jefferson, muito sério, diz a Tuca: “Nossas mães se preocupam tanto conosco; você já pensou se um de nós desencarnar logo, como elas sofreriam?”. Ao que Tuca lhe respondeu: “Ora, Jefferson, deixe de bobagem, somos muito jovens e saudáveis”. No sábado seguinte , após a pré-mocidade, Jefferson foi até o Solar “Bezerra de Menezes” para dar evangelização para as crianças ali internadas, quando ocorreu-lhe a queda e a desencarnação, dias após, como previra, deixando a todos e principalmente aos seus pais e familiares uma grande dor e muitas saudades. Que Deus o abençoe pela bondade e fé com que trabalhou nos poucos anos que ficou encarnado entre nós”. Interessante é o relato que nos faz Clarice, mãe de Jefferson, sobre o encontro que o Dr. Alexandre Sech tivera com Jefferson na jornada sobre mediunidade, realizada em Araçatuba no ano anterior: “Eu recebi uma carta do Dr. Alexandre Sech, na qual ele contava que, quando esteve aqui em Araçatuba, em 1974, Jefferson levou-lhe o livro “Segue-me” para receber autógrafo. O Dr. Sech diz, na sua missiva, que, no momento em que o Jefferson se aproximou dele, os amigos espirituais lhe chamaram a atenção, dizendo que aquele menino tinha um trabalho muito grande no campo da evangelização infantil. Quando ele soube da desencarnação do Jefferson, o fato voltou a lhe chamar atenção, porque ele acreditava que ele tivesse um grande trabalho pele frente, aqui na Terra. Como vemos, a obra continuaria, porém noutra esfera de trabalho”. Efetivamente, o labor de Jefferson continua intenso na espiritualidade, conforme já revelaram outras entidades desencarnadas, trabalhando ao lado de outros espíritos valorosos, entre os quais o também jovem Ivan de Albuquerque(*), seu anfitrião no regresso à pátria espiritual, uma prova de que “o conceito universal de idade espiritual prevalece sobre o de idade física”, conforme a doutrina espírita tem nos ensinado e Jefferson deixou patente em sua esclarecedora mensagem.
(Copiado do site http://www.universoespirita.org.br/catalogo/literatura/textos/ISMAEL%20GOBI/obras_de_vultosII/jefferson_luiz_ribeiro.htm)
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Jefferson, sentado, ao lado dos irmãos. |
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Clarice, na extrema esquerda, de pé, mãe de Jefferson, ao lado do pai desta, João Antonio, conhecido vulto do movimento espírita de Araçatuba, deserncarnado com 48 anos de idade. |
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Clarice Ribeiro, mãe de Jefferson, grande oradora espírita, mãe extremosa e esposa exemplar. Foto Ismael Gobbo |
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