Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, quarta-feira, 12 de abril de 2023.

Compiladas por Ismael Gobbo

 

 

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas via e-mail  e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.

 

3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).

 

 

 

Atenção

Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui:     

                 

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Os últimos 5 emails enviados     

 

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11-04-2023  https://www.noticiasespiritas.com.br/2023/ABRIL/11-04-2023.htm

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08-04-2023  https://www.noticiasespiritas.com.br/2023/ABRIL/08-04-2023.htm

07-04-2023  https://www.noticiasespiritas.com.br/2023/ABRIL/07-04-2023.htm

06-04-2023  https://www.noticiasespiritas.com.br/2023/ABRIL/06-04-2023.htm 

 

                     

 

A última ceia

Livro Boa Nova

FEB

Do livro Boa Nova;  

ditado pelo espírito Humberto de Campos e

psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.

Editora: FEB

 

Reunidos os discípulos em companhia de Jesus, no primeiro dia das festas da Páscoa, como de outras vezes, o Mestre partiu o pão com a costumeira ternura. Seu olhar, contudo, embora sem trair a serenidade de todos os momentos apresentava misterioso fulgor, como se sua alma, naquele instante, vibrasse ainda mais com os altos planos do invisível.

     Os companheiros comentavam com simplicidade e alegria os sentimentos do povo, enquanto o Mestre meditava, silencioso.

     Em dado instante, tendo-se feito longa pausa entre os amigos palradores, o Messias acentuou com firmeza impressionante:

     — Amados: é chegada a hora em que se cumprirá a profecia da Escritura. Humilhado e ferido, terei de ensinar em Jerusalém a necessidade do sacrifício próprio, para que não triunfe apenas uma espécie de vitória, tão passageira quanto as edificações do egoísmo ou do orgulho humanos. Os homens têm aplaudido, em todos os tempos, as tribunas douradas, as marchas retumbantes dos exércitos que se glorificaram com despojos sangrentos, os grandes ambiciosos que dominaram à força o espírito inquieto das multidões; entretanto, eu vim de meu Pai para ensinar como triunfam os que tombam no mundo, cumprindo um sagrado dever de amor, como mensageiros de um mundo melhor, onde reinam o bem e a verdade. Minha vitória é a dos que sabem ser derrotados entre os homens, para triunfarem com Deus, na divina construção de suas obras, imolando-se, com alegria, para glória de uma vida maior.

     Ante a resolução expressa naquelas palavras firmes, os companheiros se entreolharam, ansiosos.

     O Messias continuou:

     — Não vos perturbeis com as minhas afirmativas, porque, em verdade, um de vós outros me há de trair!... As mãos, que eu acariciei, voltam-se agora contra mim. Todavia, minh’alma está pronta para execução dos desígnios de meu Pai.

     A pequena assembléia fez-se lívida. Com exceção de Judas, que entabulara negociações particulares com os doutores do Templo, faltando apenas o ato do beijo, a fim de consumar-se a sua defecção, ninguém poderia contar com as palavras amargas do Messias. Penosa sensação de mal-estar se estabelecera entre todos. O filho de Iscariotes fazia o possível por dissimular as suas dolorosas impressões, quando os companheiros se dirigiam ao Cristo com perguntas angustiadas:

     — Quem será o traidor?     — disse Filipe, com estranho brilho nos olhos.

     — Serei eu?     —  indagou André ingenuamente.

     — Mas, afinal  — objetou Tiago, filho de Alfeu, em voz alta —, onde está Deus que não conjura semelhante perigo?

     Jesus, que se mantivera em silêncio ante as primeiras interrogações, ergueu o olhar para o filho de Cleofas e advertiu:

     — Tiago, faze calar a voz de tua pouca confiança na Sabedoria que nos rege os destinos. Uma das maiores virtudes do discípulo do Evangelho é a de estar pronto ao chamado da Providência Divina. Não importa onde e como seja o testemunho de nossa fé. O essencial é revelarmos a nossa união com Deus, em todas as circunstâncias. É indispensável não esquecer a nossa condição de servos de Deus, para bem lhe atendermos ao chamado, nas horas de tranqüilidade ou de sofrimento

     A esse tempo, havendo-se calado novamente o Messias, João interveio, perguntando:

      — Senhor, compreendo a vossa exortação e rogo ao Pai a necessária fortaleza de ânimo; mas, por que motivo será justamente um dos vossos discipulos o traidor de vossa causa? Já nos ensinastes que, para se eliminarem do mundo os escândalos, outros escândalos se tornam necessários; contudo, ainda não pude atinar com a razão de um possível traidor em nosso próprio colégio de edificação e de amizade.

     Jesus pousou no interlocutor os olhos serenos e acentuou:

     — Em verdade, cumpre-me afirmar que não me será possível dizer-vos tudo agora; entretanto, mais tarde enviarei o Consolador, que vos esclarecerá em meu nome, como agora vos falo em nome de meu Pai.

     E, detendo-se um pouco a refletir, continuou para o discípulo em particular:

     — Ouve, João: os desígnios de Deus, se são insondáveis, também são invariavelmente justos e sábios. O escândalo desabrochará em nosso próprio círculo bem-amado, mas servirá de lição a todos aqueles que vierem depois de nossos passos, no divino serviço do Evangelho. Eles compreenderão que para atingirem a porta estreita da renúncia redentora hão de encontrar, muitas vezes, o  abandono, a ingratidão e o desentendimento dos seres mais queridos. Isso revelará a necessidade de cada qual firmar-se no seu caminho para Deus, por mais espinhoso e sombrio que ele seja.

     O Apóstolo impressionara-se vivamente com as derradeiras palavras do Mestre e passou a meditar sobre seus ensinos.

 

***

 

     As sensações de estranheza perduravam em toda a assembléia. Jesus, então, levantou-se e, oferecendo a cada companheiro um pedaço de pão, exclamou:

     — Tomai e comei! Este é o meu corpo.

     Em seguida, servindo a todos de uma pequena bilha de vinho, acrescentou:

     — Bebei! Porque este é o meu sangue, dentro do Novo Testamento, a confirmar as verdades de Deus.

     Os discípulos lhe acolheram a suave recomendação, naturalmente surpreendidos, e Simão Pedro, sem dissimular a sua incompreensão do símbolo, interrogou:

     — Mestre, que vem a ser isso?

     — Amados disse Jesus, com emoção — está muito próximo o nosso último instante de trabalho em conjunto e quero reiterar-vos as minhas recomendações de amor, feitas desde o primeiro dia do apostolado. Este pão significa o do banquete do Evangelho; este vinho é o sinal do espírito renovador dos meus ensinamentos. Constituirão o símbolo de nossa comunhão perene, no sagrado idealismo do amor, com que operaremos no mundo até o último dia. Todos os que partilharem conosco, através do tempo, desse pão eterno e desse vinho sagrado da alma, terão o espírito fecundado pela luz gloriosa do Reino de Deus, que representa o objetivo santo dos nossos destinos.

     Ponderando a intensidade do esforço a ser empregado e aludindo às multidões espirituais que se conservam sob a sua amorosa direção, fora dos círculos da carne, nas esferas mais próximas da Terra, o Cristo acrescentou:

     — Imenso é o trabalho da redenção, mesmo porque tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; mas o Reino nos espera com sua eternidade luminosa!...

     Altamente tocados pelas suas exortações solenes, porém, maravilhados ainda mais com as promessas daquele reinado venturoso e sem-fim, que ainda não podiam compreender claramente, a maioria dos discípulos começou a discutir as aspirações e conquistas do futuro.

     Enquanto Jesus se entretinha com João, em observações afetuosas, os filhos de Alfeu examinavam com Tiago as possíveis realizações dos tempos vindouros, antecipando opiniões sobre qual dos companheiros poderia ser o maior de todos, quando chegasse o Reino com as suas inauditas grandiosidades. Filipe afirmava a Simão Pedro que, depois do triunfo, todos deviam entrar em Nazaré para revelar aos doutores e aos ricos da cidade a sua superioridade espiritual. Levi dirigia-se a Tomé e lhe fazia sentir que, verificada a vitória, se lhes constituía uma obrigação a marcha para o Templo ilustre, onde exibiriam seus poderes supremos. Tadeu esclarecia que o seu intento era dominar os mais fortes e impenitentes do mundo, para que aceitassem, de qualquer modo, a lição de Jesus.

     O Mestre interrompera a sua palestra íntima com João, e os observava. As discussões iam acirradas. As palavras “maior de todos” soavam insistentemente aos seus ouvidos. Parecia que os componentes do sagrado colégio estavam na véspera da divisão de uma conquista material e, como os triunfadores do mundo, cada qual desejava a maior parte da presa. Com exceção de Judas, que se fechava num silêncio sombrio, quase todos discutiam com veemência. Sentindo-lhes a incompreensão, o Mestre pareceu contemplá-los com entristecida piedade.

 

***

 

     Nesse instante, os apóstolos observaram que ele se erguia. Com espanto de todos, despiu a túnica singela e cingiu-se com uma toalha em torno dos rins, à moda dos escravos mais íntimos, a serviço dos seus senhores. E como se fossem dispensáveis as palavras, naquela hora decisiva de exemplificação, tomou de um vaso de água perfumada e, ajoelhado começou a lavar os pés dos discípulos. Ante o protesto geral em face daquele ato de suprema humildade, Jesus repetiu o seu imorredouro ensinamento:

     — Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou. Se eu, Senhor e Mestre, vos lavo os pés, deveis igualmente lavar os pés uns dos outros no caminho da vida, porque no Reino do Bem e da Verdade o maior será sempre aquele que se fez sinceramente o menor de todos.

 

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A Última Ceia com a cena de Jesus lavando os pés dos apóstolos. Grupo em terracota de tamanho natural. Igreja do Santo Sepulcro, Milão, Itália. Foto Ismael Gobbo

 

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A Última Ceia e Judas se retirando. Pintura de Carl Bloch.

Imagem/fonte:  https://en.wikipedia.org/wiki/Judas_Iscariot#/media/File:The-Last-Supper-large.jpg

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Local no Monte Sion que simboliza o Cenáculo, onde teria ocorrido a ultima Ceia. Jerusalém, Israel

Foto Ismael Gobbo

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Vista do Monte Sion. Foto Ismael Gobbo

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Oliveiras antiquissimas no Jardim Getsémani no sopé do Monte das Oliveiras.

Jerusalém, Israel. Foto Ismael Gobbo

 

 

 

Lázaro e o recomeço

 

O regresso de Lázaro à vida ativa representa grandioso símbolo para todos os trabalhadores da Terra.

Os criminosos arrependidos, aqueles que erramos e agora desejamos nos voltar para o bem, os que trincamos o cristal da consciência.

Todos entendemos a maravilhosa característica do verbo recomeçar.

A conhecida visita de Jesus ao sepulcro, retirando de lá o irmão de Marta e Maria, fala muito mais da possibilidade de recomeçar, do que das habilidades surpreendentes do Cristo.

Lembrando a passagem evangélica perceberemos a grandeza do Mestre em três expressões, em três imperativos que ressoaram naquela paisagem:

Tirai a pedra! - Disse Jesus, referindo-se à rocha que bloqueava a entrada do sepulcro.

A primeira lição para os que desejamos renascer na existência, para os que desejamos ter uma nova chance, é esta: tirar a pedra.

Retirar da frente aquilo que faz noite em nós, aquilo que nos aprisiona e nos impede de seguir o caminho.

É o momento em que deixamos o nosso passado de aprendizado para trás, momento de autoperdão, momento de autoaceitação.

Lázaro, sai para fora! - Eis a segunda ordem.

É um comando interno, que todos aqueles que desejamos reviver precisamos nos dar todos os dias.

A aparente redundância serve para reforçar que precisamos voltar ao mundo, depois dos necessários instantes de recolhimento dentro do nosso sepulcro interior.

Seguir adiante! Com energia, com ânimo, com alma!

Aqueles que permanecemos muito tempo no breu da sepultura íntima, acabamos sendo consumidos pela culpa destruidora e pelo desânimo avassalador.

Lázaro ficou cerca de quatro dias no sono da escuridão e depois foi despertado. Saiu para fora e seguiu em frente.

O último comando de Jesus mostra-se assim:

Desligai-o e deixai-o ir.

Essa foi uma ordem aos que estavam acompanhando todo o processo. Retirar as faixas do corpo e o lenço da face e deixá-lo ir.

Entendemos aqui a preciosa lição aos que presenciamos o despertar do próximo, aos que estamos ao lado dos que desejam recomeço.

Quase sempre, por sermos julgadores implacáveis, por sermos duramente impiedosos com o nosso semelhante, olvidamos o perdão necessário.

Rotulamos as pessoas pela conduta que tiveram no passado, nunca aceitando que podem se recuperar, que merecem nova oportunidade, que trilham pelos mesmos caminhos de evolução que nós trilhamos.

Ora, se temos a chance de renovação diária, por que eles também não a podem ter?

Esse é o momento do perdão.

Por isso a ordem: Desligai-o. Desliguemos o outro do nosso julgamento, da forma que o vemos, criada e mantida em nossa mente, por alguma coisa que aconteceu há muito tempo.

Deixar ir!

Abramos caminho para o outro despertar, para que possa usufruir da nova chance, sem as amarras do nosso pensamento perturbador que o persiga, com a arma da crítica impiedosa.

Lázaro é símbolo e convite ao recomeço para todos nós.

Recordemos dos imperativos do mestre: Tirai a pedra. Sai para fora. Desligai-o e deixai-o ir.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 112, do livro
 
Caminho, Verdade e Vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 11.4.2023.

 Escute o áudio deste texto:

http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=6863&stat=0

 

(Copiado do site Feparana)

Ressurreição de Lázaro. Óleo sobre tela de Henry Ossawa Tanner 

Imagem/fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Henry_Ossawa_Tanner,_Resurrection_of_Lazarus.jpg   

Cristo na casa de Maria, Marta e Lázaro. Óleo sobre tela de Jacopo Bassano. Imagem/fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jacopo_Bassano_-_Christ_in_the_House_of_Mary,_Martha,_and_Lazarus_-_Google_Art_Project.jpg

 

Cristo. Autor: Heinrich Hofmann 

Representação de Jesus Cristo, extraída da pintura "Cristo e o Jovem Rico" de Hoffmann.

Copiado de: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Christ,_by_Heinrich_Hofmann.jpg     

 

 

Mais amor

 

Pelo Espírito Casimiro Cunha.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Brilhe Vossa Luz. Lição nº 15. Página 53.

 

Rogas à vida o roteiro

Da Esfera Superior,

E a vida responde sempre:

Meditar com mais amor.

 

Procurando, desse modo,

Caminho renovador,

Em toda dificuldade,

Apóia com mais amor.

 

Se esperas pelo futuro

Como ninho aberto em flor,

Arando a terra do sonho,

Trabalha com mais amor.

 

Recebe, pois, o infortúnio,

Com desassombro e valor,

Se a provação recrudesce,

Suporta com mais amor.

 

Tolera com paciência

A nuvem do dissabor;

Buscando nova alegria,

Ampara com mais amor.

 

Caluniaram-te a vida?

Perdoa seja a quem for.

Quem vive para a verdade

Entende com mais amor.

 

Amigos desavisados

Trouxeram-te sombra e dor?

Diante de todos eles,

Auxilia com mais amor.

 

Feriram-te as esperanças

Brandindo verbo agressor?

Não critiques nem te queixes...

Espera com mais amor.

 

Ante o jogo de ilusões

Que o mal te venha a propor,

No cultivo da humildade,

Resiste com mais amor.

 

Se desejas alcançar,

A comunhão do Senhor,

Arrima-te à caridade

E serve com mais amor.

 

 

(Texto recebido em email do divulgador Antonio Sávio, Belo Horizonte, NMG)

 Dirk Willems salva seu perseguidor nesta gravura da edição de 1685 do Martyrs Mirror 

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Dirk_Willems

 

 

Dirk Willems (falecido em 16 de maio de 1569; também conhecido como Durk Willems ) foi um anabatista martirizado holandês que é mais famoso por escapar da prisão, mas depois voltar para resgatar seu perseguidor - que havia caído no gelo fino enquanto perseguia Willems - para então ser recapturado, torturado e morto por sua fé.

Leia mais:

https://en.wikipedia.org/wiki/Dirk_Willems

 

https://www.noticiasespiritas.com.br/2018/JUNHO/28-06-2018_arquivos/image045.jpg
Marco Aurélio demonstra sua clemência para com os bárbaros.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Marco_aurelio_e_barbaros_-_museus_capitolinos.jpg

O Imperador Marco Aurélio (161-180 dC) mostra sua clemência contra os vencidos após seu sucesso contra as tribos germânicas. Baixo-relevo do Arco de Marco Aurélio, Roma, agora no Museu Capitolino em Roma..

 

A parábola do servo impiedoso.  Óleo no painel de Jan Sanders van Hemessen 

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jan_van_Hemessen_-_The_Parable_of_the_Unmerciful_Servant.jpg

 

Cristo na casa de Simão o Fariseu. Óleo sobre tela de Giovanni Battista Tiepolo

Imagem/fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Christ_in_the_House_of_Simon_the_Pharisee_P7258.jpg 

 

 

Live com Donizete Pinheiro

As Obras de Emmanuel. Acessar no Youtube.

 

(Recebido em email de Donizete Pinheiro [donizete.pinheiro@gmail.com])

 

 

Temas da atualidade e históricos em Dirigente Espírita

 

Dirigente Espírita, agora em forma de revista digital, é o órgão da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo. Em sua edição de março-abril de 2023, traz ricas matérias.

A presidente da USE informa sobre a revitalização “Campanha Viver em Família” e traz um relato histórico. A assessoria de Ciência e Pesquisa Espírita contribui com o artigo “Concepções sobre Ciência e Ciência Espírita” (parte XI). O tema “Jean Piaget e a Educação Espírita” é do Departamento da Infância. Há entrevista com a Presidente da USE Intermunicipal de Bragança Paulista Luci Aparecida Miranda. Entre os artigos,  Marco Milani que trata da prudência metodológica no avanço do conhecimento espírita; Alexandre Fonseca sobre o papel dos elementos de sustentação dentro do tema que vem sendo desenvolvido nas duas edições anteriores dos mecanismos do auxílio a Espíritos sofredores através do diálogo fraterno; em homenagem aos 165 anos - da Revista Espírita, de Allan Kardec, Antonio Cesar Perri de Carvalho faz um resgate histórico da revista publicada por Allan Kardec até a sua desencarnação em 1869 e a sua continuidade até os dias atuais, inclusive o período em que foi interrompida; Jáder Sampaio, comenta “O Espiritismo, a medicina e a igreja Católica – dois momentos na história”.

Acesse pelo link:

https://usesp.org.br/wp-content/uploads/2023/04/reDE-194-marco-abril-2023.pdf

 

 

(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com] e do GEECX)

 

 

1º. Congressinho Espírita de Marília. Palestra pública no

C.E. Luz e Verdade. Marília, SP

 

(Recebido em email de Donizete Pinheiro)

 

 

1º. Congressinho Espírita de Marília. Palestra e Roda de Conversa. União Espírita João de Camargo. Marília, SP

 

(Recebido em email de Donizete Pinheiro)

 

 

1º. Congressinho Espírita de Marília. Roda de Conversa.

G.E. Jesus de Nazaré. Marília, SP

 

(Recebido em email de Donizete Pinheiro)

 

 

USE Regional de Marilia. Exposição e Roda de Conversa.

 Cosme Massi. Youtube

 

(Recebido em email de Donizete Pinheiro)

 

 

Palestras programadas no C.E. Raymundo Mariano Dias

Birigui, SP

 

 

(Com informação de João Marchesi Neto)

 

 

Duas pesquisas em andamento por Ivan Franzolin

São Paulo

Olá, Ismael,

 

Solicito a gentileza de publicar durante 3 semanas as duas pesquisas em andamento, conforme segue.

Desde já o meu agradecimento.

Abraço,

 

Ivan Franzolim

Cel.: (11) 98156-0030

 

 

*Pesquisa para jovens! De todas as religiões*

O objetivo é conhecer como os jovens encaram e vivenciam as opções de espiritualidade.

Os resultados serão publicados em maio nas redes sociais.

Agradecemos muito Responder e Compartilhar com os amigos.

https://forms.gle/ErMbhpGYjvvKBTAXA

 

 

 

 

 

Este é um convite para você que é espírita, participar da Pesquisa Nacional, edição 2023.

Ela objetiva entender melhor como pensam e se comportam os espíritas.

A pesquisa é anônima e leva apenas alguns minutos para ser concluída.

Suas respostas são muito importantes para traçar um perfil dos espíritas e entender como o Espiritismo influencia o modo de viver.

Para participar, basta clicar no link abaixo e responder as perguntas. Seus dados serão mantidos em sigilo e usados apenas para fins estatísticos.

Link: https://forms.gle/2C8BkLV8Td6DeHMm6

Compartilhe esse convite com seus amigos espíritas e vamos juntos construir um estudo relevante e representativo sobre a religião espírita.

Agradecemos desde já a sua participação e colaboração para a construção de um movimento espírita mais estruturado e atuante.

Como curiosidade, o texto desta postagem foi escrito pela inteligência artificial do ChatGPT!

 

(Recebido  em email de Ivan Franzolim [franzolim@gmail.com])

 

 

Informa Luz Espírita

Acesse  no Link

 

CLIQUE AQUI:

https://www.luzespirita.org.br/informe/informe.html

 

 

 

 

Jornal Agenda Cristã

Rancharia

 

Acesse aqui:

https://sites.google.com/usesp.org.br/useourinhos/galeria/agenda-crist%C3%A3-rancharia

 

 

 

 

 

(Informação de Francisco Atilio Arcoleze [atilio.arcoleze@gmail.com])

 

 

Palestras mês de abril da IBNL –

Instituição Beneficente Nosso Lar. São Paulo, SP

 

 

 

(Informações recebidas em email de Clodoaldo Leite [cidadaniaparatodos@yahoo.com.br])

 

 

Jornal Momento Espírita do CEAC de Bauru, SP

Acesse no link

 

CLIQUE AQUI:

https://ceac.org.br/wp-content/uploads/2023/04/Jornal-Momento-Esp-abr-23.pdf

 

 

 

(Com informações de Leopoldo Zanardi)

 

 

Jornal Mundo Espírita

São Paulo

Curta o Jornal Mundo Maior no facebook:

www.facebook.com/jornalmundomaior

Acesse o site do Jornal Mundo Maior e leia outras mensagens:

www.jornalmundomaior.com.br

 

 

 

Biografia e representação: Imagens de Chico Xavier. Reunião no Núcleo de Pesquisadores Espíritas Agnelo Morato. Franca, SP

Você vai ver nessa live a apresentação de uma pesquisa sobre as biografias da vida de Chico Xavier - descrições, narrações e evidências de padrões em autorias diversas: Memorabilia Chico Xavier. Uma perspectiva para a compreensão da figura do homem e sua mensagem. E, o valor das influências: a Bíblia na obra de Chico – da utopia à prática perfeita. Uma revisão preliminar.

Acompanhe a página de pesquisa do GPLE-UnB.

 

 

(Informação de Adolfo de Mendonça Júnior)

 

 

Curso de Iniciação ao Espiritismo.

C.E. Maria Benta. São Paulo

 

(Com informação de Jorge Rezala)

 

 

1º. Congressinho Espírita de Marília

Marília, SP

 

 

 

(Recebido em email de Donizete Pinheiro)

 

 

FEESP. Renato Prieto em

Chico Xavier em Pessoa

 

 

 

(Com informação de Jorge Rezala)

 

 

Reflexão, extraída do livro “Richard Simonetti - O Pensamento”.

 

Organizado por Álvaro Pinto de Arruda. 

Vídeo do lançamento: https://youtu.be/jOy9vbkLUEM

 

https://www.editoraceac.com.br/loja/produto/o-pensamento

 

 

 

(Recebido em email de Tânia Simonetti [taniasimonetti@gmail.com])

 

 

Site da Federação Espírita Brasileira

Brasília, DF

 

Clique aqui:
https://www.febnet.org.br/portal/

 

 

 

Feparana- Federação Espírita do Paraná

Curitiba

 

Clique aqui:
http://www.feparana.com.br/

 

 

 

 

FEP – Federação Espírita Pernambucana

Recife

 

Acesse aqui:

https://federacaoespiritape.org/

 

 

 

 

FEPB- Federação Espírita Paraibana

João Pessoa  

 

Acesse aqui:

https://fepb.org.br/       

 

 

 

Se te for possível colabore com o Abrigo Ismael- Departamento da centenária União Espírita “Paz e Caridade”. Araçatuba, SP

 

ACESSE O SITE AQUI:

http://abrigoismael.com.br/  

O Abrigo Ismael comemorou  80 anos no dia 3 de outubro de 2021

 

 

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União Espírita Paz e Caridade, desde o ano 1921, vem atuando para abrandar o sofrimento de idosas carentes, suprindo-lhes todas as suas necessidades. Atualmente, conta com uma equipe de enfermagem, auxiliares, nutricionista, assistente social, médico, e fornece seis refeições diárias, medicamentos, lazer, atividades físicas e lúdicas, visando sempre a maior qualidade de vida possível nesta fase da vida. Em todos esses anos sempre contou com a colaboração da sociedade araçatubense, o qual agradecemos de todo o coração.

 

 

Sem título

 

 

                                 

 

Boletim semanal do Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier

São Paulo

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Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier

Boletim semanal – Ano IX

2a semana de Abril de 2023

 

 

Das aparições de Jesus à mediunidade de Chico Xavier; Boa nova de Humberto de Campos em foco; 2o Mês Espírita Mundial; Romance Paulo e Estêvãose inicia em Corinto; Homenagens pelas datas – desencarnação de Kardec e aniversário de Chico Xavier; A paciência; Semeadores

 

Artigo:

- Das aparições de Jesus à mediunidade de Chico Xavier:

http://grupochicoxavier.com.br/das-aparicoes-de-jesus-a-mediunidade-de-chico-xavier-2/

 

Notícias:

-Boa nova de Humberto de Campos em foco:

http://grupochicoxavier.com.br/boa-nova-de-humberto-de-campos-em-foco/

 

-2o Mês Espírita Mundial:

http://grupochicoxavier.com.br/2-mes-espirita-mundial/

 

Vídeos:

- Romance Paulo e Estêvãose inicia em Corinto:

http://grupochicoxavier.com.br/romance-paulo-e-estevao-se-inicia-em-corinto/

 

- Homenagens pelas datas – desencarnação de Kardec e aniversário de Chico Xavier:

http://grupochicoxavier.com.br/homenagens-pelas-datas-desencarnacao-de-kardec-e-aniversario-de-chico-xavier/

 

Estudo do Evangelho:

- A paciência:

http://grupochicoxavier.com.br/a-paciencia/

 

Mensagem – Semeadores:

http://grupochicoxavier.com.br/semeadores/

 

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“Vós sois a luz do mundo – exortou-nos o Mestre – e a luz não argumenta, mas sim esclarece e socorre, ajuda e ilumina” - Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Fonte viva. Cap. 105. FEB)

 

o0o

Com fraternal abraço,

Equipe GEECX

 

 

 

 

 

(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com] e do GEECX)

 

 

Revista eletrônica semanal O Consolador

Londrina, PR

 

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Asas da felicidade

 

PARTE 1

Sidney Fernandes

 

O que viemos fazer neste mundo? Qual é a finalidade da existência humana?

Representantes de ordens filosóficas e religiosas responderão essas perguntas, cada um de per si, com elementos de suas crenças e convicções.Espíritas possivelmente dirão que estamos aqui para pagar dívidas do passado e para nos reconciliarmos com supostos adversários.

Para cá viemos para pagar dívidas e superar divergências? A encarnação pode ser comparada a uma lixa grossa que desbasta arestas e mazelas. André Luiz chama-a de carvão milagroso capaz de absorver as máculas tóxicas e sombrias que portam os corpos perispirituais de espíritos endividados. Além disso, a convivência com desafetos, dentro da família ou fora dela, pode resultar em reaproximação, depois de tempos de intriga e divergência.

No entanto, devemos ir além dessas explicações.A principal finalidade da existência humana é a evolução. Espíritos recebem novos corpos, condições familiares e profissionais, localizações adequadas, preparativos físicos e psíquicos, tudo de acordo com detalhado e minucioso planejamento desenvolvido por arquitetos de especializado instituto reencarnatório, com vistas ao aperfeiçoamento do ciclo evolutivo e o crescimento de potencialidades. Acima de tudo, reencarnamos para evoluir, a fim de retornar à vida verdadeira em melhores condições do que as que tínhamos quando aqui chegamos.

De que forma os protagonistas desses projetos contribuirão com os elevados mentores do progresso? Cuidando do cérebro ou do coração? Buscando o progresso intelectivo ou o do sentimento?

Enseja-nos a Doutrina Espírita o basilar ensinamento de que a decolagem da alma rumo à jornada evolutiva dependerá de duas asas: a intelectual e a moral.

O conhecimento intelectual caracteriza-se pela aquisição da cultura da vida, do universo e da missão dos homens, na assimilação de novos conceitos, na exata medida da ampliação de seus horizontes.

O conhecimento moral caracteriza-se pelo despertamento do sentimento, na exata medida em que o compartilhamento dos talentos, das potencialidades e dos dons de cada indivíduo deixa de representar interesse ou obrigação, para se realizar no bem-estar de seu semelhante, em processo de empatia concretizada pela generosidade.

Jamais o homem se identificará com os ideais divinos sem desenvolver as asas do cérebro e do coração, que o colocarão na rota rumo à perfeição. Essas asas precisam se desenvolver simultaneamente. A decolagem já começou? Almas insipientes, mais próximas da animalidade do que da angelitude, começam a despertar, ainda de forma incerta e bruxuleante,com discretos ensaios de fraternidade.

 

- continua na parte 2 -

 

(Recebido em email de Sidney Fernandes)

Jesus e Nicodemos. Henry Ossawa Tanner 

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Henry_Ossawa_Tanner_-_Jesus_and_nicodemus.jpg

 

 

No diálogo de Jesus com Nicodemos falou o Mestre: "Ninguém pode ver o reino de Deus, se não nascer de novo." (João, 3,1-8)  

 

Pedra que encima o dólmen de Allan Kardec no Cemitério Père Lachaise em Paris, França. Foto: Laura Emilia Michelin Gobbo

 

Dizeres: “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei”

 

 

 

 

 

 

 

 

Leon Denis

(01-01-1846 / 12-04-1927)

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Léon Denis

 

 
Léon Denis nasceu numa aldeia chamada Foug, situada nos arredores de Tours, em França, a 1 de Janeiro de 1846, numa família humilde. Cedo conheceu, por necessidade, os trabalhos manuais e os pesados encargos da família. Não era seu hábito desperdiçar um minuto sequer de seu tempo, com distrações frívolas, às quais a maior parte dos homens recorre para matar as horas. Desde os seus primeiros passos
neste mundo, sentiu que os amigos invisíveis o auxiliavam. Ao invés de participar em brincadeiras próprias da juventude, procurava instruir-se o mais possível. Lia obras sérias, conseguindo assim, com esforço próprio desenvolver a sua inteligência. Tornou-se um autodidata sério e competente. Aos 12 anos concluiu o curso primário, mas a situação modesta da sua família não lhe permitiu grandes estudos. Desde cedo teve problemas de saúde física: com os olhos principalmente. Aos 16 anos salientou-se como um dos melhores oradores e ardente propagandista. Aos 18 anos tornou-se representante comercial da empresa onde trabalhava, fato que o obrigava a viagens constantes, situação que se manteve até à sua reforma e manteve ainda depois por mais algum tempo. Adorava a música e sempre que podia assistia a uma ópera ou concerto. Gostava de dedilhar, ao piano, árias conhecidas e de tirar acordes para seu próprio devaneio.
Não fumava, era quase exclusivamente vegetariano e não fazia uso de bebidas fermentadas. Encontrava na água a sua bebida ideal. Era seu hábito olhar, com interesse, para os livros expostos nas livrarias. Um dia, ainda com 18 anos, o chamado acaso fez com que a sua atenção fosse despertada para uma obra de título inusitado. Esse livro era “O Livro dos Espíritos” de Allan Kardec. Dispondo do dinheiro necessário, comprou-o e, recolhendo-se imediatamente ao lar, recolhendo-se imediatamente ao lar, entregou-se com avidez à leitura. O próprio Denis disse: “Nele encontrei a solução clara, completa e lógica, acerca do problema universal. A minha convicção tornou-se firme. A teoria espírita dissipou a minha indiferença e as minhas dúvidas”. O seu espírito, nessa hora, sentiu-se sacudido em face dos compromissos assumidos no Espaço, para iniciar, em breve, o trabalho de propagação das verdades Kardecianas. “Como tantos outros” - disse ele - “procurava provas, fatos precisos, de modo a apoiar a minha fé, mas esses fatos demoraram muito a chegar. A princípio insignificantes, contraditórios, mesclados de fraudes e mistificações, que não me satisfizeram, aponto de, por vezes, pensar em não mais prosseguir as minhas investigações. Mas, sustentado, como estava, por uma teoria sólida e de princípios elevados, não desanimei. Parece que o invisível deseja experimentar-nos, medir o nosso grau de perseverança, exigir certa maturidade de espírito antes de entregar-nos aos seus segredos”. Encontrava-se nos seus trabalhos de experimentações, quando importante acontecimento se verificou na sua vida: Allan Kardec viera passar alguns dias na pacata cidade de Tours, com seus amigos. Todos os espíritas turenses foram convidados a recebê-lo e a saudá-lo. As viagens eram para ele uma fonte de alegria e de aprendizado. Em França e no estrangeiro aproveitava as oportunidades que poderiam enriquecer materialmente o patrão sem desprezar tudo o que poderia contribuir para o conhecimento próprio.
Interessavam-lhe as praças, os monumentos, o povo, os hábitos, os costumes e a meditação entre os velhos caminhos das montanhas. Delicia-se com os bosques, com os rios e os lagos. Estas longas horas de meditação solitária no seio da Natureza conduziram-no a uma mais completa compreensão de Deus. Em 1880, pelas cidades e vilas que percorria, por força dos seus afazeres profissionais, pronunciava conferências e fundava círculos e bibliotecas populares. É incalculável o número de conferências por ele proferidas em França, no propósito de propagar a “Liga de Ensino”, fundada por Jean Macé. Na Argélia, onde esteve várias vezes em serviço, também desenvolveu uma intensa atividade de divulgação doutrinária. O ano de 1882 marca, em realidade, o início do seu apostolado, durante o qual teve que enfrentar sucessivos obstáculos: o materialismo e o positivismo que olham para o Espiritismo com ironia e risadas e os crentes das demais correntes religiosas, que não hesitam em aliar-se aos ateus, para o ridicularizar e enfraquecer. Léon Denis porém, como bom paladino, enfrenta a tempestade. Os companheiros invisíveis colocam-se ao seu lado para o encorajar e exortá-lo à luta. “Coragem, amigo” - diz-lhe o espírito de Jeanne - “estaremos sempre contigo para te sustentar e inspirar. Jamais estarás só. Meios ser-te-ão dados, em tempo, para bem cumprires a tua obra”. A 2 de Novembro de 1882, dia de Finados, um evento de capital importância produziu-se na sua vida: a manifestação, pela primeira vez, daquele Espírito que, durante meio século, havia de ser o seu guia, o seu melhor amigo, o seu pai espiritual - Jerónimo de Praga - que lhe disse: “Vai meu filho. Pela estrada aberta diante de ti. Caminharei atrás de ti para te sustentar”. E como Léon Denis indagasse se o seu estado de saúde o permitiria estar à altura da tarefa, recebeu esta outra afirmativa:“Coragem, a recompensa será mais bela.” A partir de 1884, achou conveniente fazer palestras visando à maior difusão das idéias espíritas. Escreveu, em 1885, o trabalho “O Porquê da Vida”, no qual explica, com nitidez e simplicidade, o que é o espiritismo. Em 1892, recebeu um convite da duquesa de Pomar, para falar de espiritismo na sua residência, numa dessas manhãs célebres, em que se reunia quase toda a Paris. Ele ficou indeciso e temeroso. Depois de muito meditar as responsabilidades, aceitou o convite. “Le Journal” de Paris publicou, acerca da reunião na casa da duquesa, a seguinte notícia: “A reunião de ontem, para ouvir a conferência de Léon Denis sobre a
Doutrina Espírita, foi uma das mais elegantes. De uma eloquência muito literária, o orador soube encantar o numeroso auditório, falando-lhe do destino da alma, que pode, diz ele, reencarnar até à sua perfeita depuração. Ele possui a alma de um Bossuet e soube criar um entusiasmo espiritualista”. O êxito do seu livro “Depois da Morte” situara-o como escritor de primeira ordem. Os grandes jornais e revistas ecléticas solicitavam-no e as tiragens sucessivas desse livro esgotavam-se rapidamente. A principal obra literária de Denis foi a concernente ao Espiritismo, mas escreveu, outrossim, segundo o testemunho de Henri Sausse, várias outras, como: Tunísia, Progresso, Ilha de Sardenha, etc., certamente fruto das suas memórias de
viagem. A partir de 1910, a visão de Léon Denis foi, dia a dia, enfraquecendo. A operação a que se submetera, dois anos antes, não lhe proporcionara nenhuma melhora, mas suportava, com calma e resignação, a marcha implacável desse mal que o castigava desde a juventude. Aceitava tudo com estoicismo e resignação. Jamais o viram queixar-se. Todavia, bem podemos avaliar quão grande devia ser o seu sofrimento. Mantinha volumosa correspondência. jamais se aborrecia. Amava a juventude, possuía a
alegria da alma. Era inimigo da tristeza. O mal físico, para ele, devia ser bem menor do que a angústia que
experimentava pelo fato de não mais poder manejar a pena. Secretárias ocasionais substituíam-no nesse ofício. No entanto, a grande dificuldade para Denis, consistia em rever e corrigir as novas edições dos seus livros e dos seus escritos. Graças, porém, ao seu espírito de ordem e à sua incomparável memória, superava todos esses contratempos, sem molestar ou importunar os amigos. Depois da morte da sua genitora, uma empregada cuidava da sua pequena habitação. Ele só exigia uma coisa: o absoluto respeito às suas numerosas notas manuscritas, as quais ele arrumava com meticulosa precaução. E foi justamente por causa dessa sua velha mania que a duquesa de Pomar o denominara “o homem dos pequenos papéis”.
Em 1911, após despender não pequeno esforço, no preparo da nova edição d’ “O Problema do Ser, do destino e da Dor”, ficou gravemente doente com uma pneumonia; foi o tratamento atempado do seu médico que, num curto espaço de tempo, o colocou de novo em pé. Contudo uma grande e profunda dor lhe estava reservada: veio a Guerra de 1914-18 e o seu espírito condoía-se ao ver partir para a frente de batalha a maioria dos seus amigos. Léon padecia, então, de uma doença intestinal e estava parcialmente cego. Pela incorporação, os seus amigos do Espaço e, entre eles, um Espírito eminente, comunicavam-lhe, de tempos em tempos, as suas opiniões sobre essa terrível guerra,considerada nos seus dois aspectos: o visível e o oculto. Estas comunicações levaram-no a escrever um certo número de artigos, publicados na “Revue Spirite”, na “Revue Suisse des Sciences Psychiques” e no “Echo Fid”, onde transparece, dentro da lei de causa e efeito, o seu grande amor pela terra onde nasceu. Quando a Guerra se aproximava do fim, a “Revue Spirite” passou a publicar, em todos os seus números, artigos de Léon Denis. Após a 1ª Grande Guerra, aprendeu braille, o que lhe permitiu fixar no papel os elementos de capítulos ou artigos que lhe vinham ao espírito, pois, nesta época da sua vida, estava, por assim dizer, quase cego. Em 1915 iniciava ele uma nova série de artigos, repassados de poesia profunda e serena, sobre a voz das coisas, preconizando o retorno à Natureza. Nesta época, um forte vento soprava contra o Kardecismo. O fenomenismo metapsiquista espalhava aos quatro ventos a doutrina do filósofo puro. P. Heuzé fazia muito barulho através do “L’ Opinion”, com as suas entrevistas e comentários tendenciosos. Afirmava, prematuramente, que, à medida que a metapsíquica fosse avançando, o Espiritismo iria, a par e passo, perdendo terreno. A sua profecia, no entanto, ainda não se realizou. Após a vigorosa resposta de Jean Meyer na “Revue Spirite”, Léon Denis por sua vez, entrou na discussão, na qualidade de presidente de honra da União Espírita Francesa, numa carta endereçada ao “Matin”, na qual estabelecia, com admirável nitidez, a diferença entre Espiritismo e Metapsiquismo. A partir desse momento, Léon Denis teve que exercer grande atividade jornalística para responder às críticas e ataques de altos membros da Igreja Católica, saindo-se, como era de esperar, de maneira brilhante. Em março de 1927, com 81 anos de idade, terminara o manuscrito que intitulou de “O Génio Céltico e o Mundo Invisível”. Neste mesmo mês a “Revue Spirite” publicava o seu derradeiro artigo. Terça-feira, 12 de abril de 1927 pelas 13 horas, respirava Denis com grande dificuldade. A pneumonia atacava-o novamente. A vida parecia abandoná-lo, mas o seu estado de lucidez era perfeito. As suas últimas palavras, pronunciadas com extraordinária calma, apesar da muita dificuldade, foram dirigidas à sua empregada Georgette: “É preciso terminar,
resumir e... concluir”. Fazia alusão ao prefácio da nova edição biográfica de Kardec. Neste preciso momento, faltaram-lhe completamente as forças, para que pudesse articular outras palavras. Às 21horas o seu espírito alou-se. O seu semblante parecia ainda em êxtase. As cerimônias fúnebres realizaram-se a 16 de março. A seu pedido, o enterro foi modesto e sem o ofício de qualquer Igreja confessional. Está sepultado no cemitério de La Salle, em Tours.
Abaixo, alguns livros de Léon Denis:
· Cristianismo e Espiritismo (Ed. FEB)
· Depois da Morte (Ed. FEB)
· Espíritos e Médiuns (Ed. CELD)
· Joana D’Arc, Médium (Ed. FEB)· O Além e a Sobrevivência do Ser (Ed. FEB)
· O Espiritismo na Arte (Ed. FEB)
· O Porquê da Vida (Ed. FEB)
· O Problema do Ser, do Destino e da Dor (Ed. FEB)
· Socialismo e Espiritismo (Ed. “O Clarim”)
Texto de José Basílio, baseado no livro “Páginas de Léon Denis” de Sylvio Brito Soares.

 

 

 

(Texto copiado de https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/06/Leon-Denis-1-2.pdf)

Caderno de rascunhos com vistas de Tours, França e seus arredores. Grafite e aquarela sobre papel trançado. Obra de Eugène Delacroix

Imagem/fonte:  https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sketchbook_with_views_of_Tours,_France_and_its_environs_MET_DP812985.jpg

 

 

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Tours, França,  cidade onde nasceu Léon Denis,

grande vulto do Espiritismo. 

Uma fotografia colorida autocromática de 1917 de um vigia do Exército Francês em seu posto de observação durante a Primeira Guerra Mundial. Vigia do Exército Francês em seu posto de observação, Haut-Rhin, França, 1917.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Guetteur_au_poste_de_l%27%C3%A9cluse_26.jpg

 

 

Primeira Guerra Mundial

A Primeira Guerra Mundial (também conhecida como Grande Guerra ou Guerra das Guerras até o início da Segunda Guerra Mundial) foi um conflito bélico global centrado na Europa, que começou em 28 de julho de 1914 e durou até 11 de novembro de 1918.

Leia mais:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_Guerra_Mundial

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2013/OUTUBRO/10-10-2013_arquivos/image004.jpg

Sacrário militar de Redipuglia, em  memória de 100 mil soldados italianos mortos durante a 1ª. Guerra Mundial.

Fogliano Redipuglia, região da Gorizia, Itália. Foto Ismael Gobbo.

https://www.noticiasespiritas.com.br/2019/AGOSTO/07-08-2019_arquivos/image039.jpg

Ladd trabalhando em uma máscara com um soldado em seu estúdio.

Imagem/fonte:

https://en.wikipedia.org/wiki/Anna_Coleman_Ladd#/media/File:Anna_Coleman_Ladd_and_soldier.jpg

 

 

Anna Coleman Watts Ladd (15 de julho de 1878 - 3 de junho de 1939) foi uma escultora americana em Manchester, Massachusetts , que dedicou seu tempo durante a Primeira Guerra Mundial a soldados que estavam desfigurados.

Leia mais:

https://en.wikipedia.org/wiki/Anna_Coleman_Ladd

800px-Léon_denis_1870

Léon Denis (1870). Imagem/fonte:

https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A9on_Denis#/media/File:L%C3%A9on_denis_1870.jpg

 

 

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Uma grande e profunda dor para Léon Denis foi a 1ª. Guerra Mundial  de 1914-18 com

seu espírito condoído ao ver partir para a frente de batalha a maioria dos seus amigos.

Leia no texto acima

Léon Denis 1846-1927 001

Léon Denis

Imagem/fonte: http://aron-um-espirita.blogspot.com.br/2015/07/a-problematica-da-juventude-na-obra-de.html

leituras

Algumas das obras de Léon Denis

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Catedral Saint Gatien de Tours, França.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tours_Cathedral_Saint-Gatian.jpg 

Sepultura de Léon Denis no Cimetière de la Salle. Tours, França.

Imagem/fonte: https://imagesphoto.eu/le-cimetiere-la-salle/ 

 

 

Amor Infinito

Palavras de Chico Xavier

 

 

(Recebido em email de Leopoldo Zanardi)

 

 

 

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