Notícias do Movimento Espírita São Paulo, SP, sexta-feira, 14 de abril de 2023. Compiladas por Ismael Gobbo |
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Notas |
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3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).
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A negação de Pedro |
Livro Boa Nova FEB Do livro Boa Nova; ditado pelo espírito Humberto de Campos e psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier. Editora: FEB
O ato do Messias, lavando os pés de seus discípulos, encontrou certa incompreensão da parte de Simão Pedro. O velho pescador não concordava com semelhante ato de extrema submissão. E, chegada a sua vez, obtemperou, resoluto: — Nunca me lavareis os pés, Mestre; meus companheiros estão sendo ingratos e duros neste instante, deixando-vos praticar esse gesto, como se fôsseis um escravo vulgar. Em seguida a essas palavras, lançou à assembléia um olhar de reprovação e desprezo, enquanto Jesus lhe respondia: — Simão, não queiras ser melhor que os teus irmãos de apostolado, em nenhuma circunstância da vida. Em verdade, assevero-te que, sem o meu auxílio, não participarás com meu espírito das alegrias supremas da redenção. O antigo pescador de Cafarnaum aquietou-se um pouco, fazendo calar a voz de sua generosidade quase infantil. Terminada a lição e retomando o seu lugar à mesa, o Mestre parecia meditar gravemente. Logo após, todavia, dando a entender que sua visão espiritual devassava os acontecimentos do futuro, sentenciou: — Aproxima-se a hora do meu derradeiro testemunho! Sei, por antecipação, que todos vós estareis dispersados nesse instante supremo. É natural, porquanto ainda não estais preparados senão para aprender. Antes, porém, que eu parta, quero deixar-vos um novo mandamento, o de amar-vos uns aos outros como eu vos tenho amado; que sejais conhecidos como meus discípulos, não pela superioridade no mundo, pela demonstração de poderes espirituais, ou pelas vestes que envergueis na vida, mas pela revelação do amor com que vos amo, pela humildade que deverá ornar as vossas almas, pela boa disposição no sacrifício próprio. Vendo que Jesus repetia uma vez mais aquelas recomendações de despedida, Pedro, dando expansão ao seu temperamento irriquieto, adiantou-se, indagando: — Afinal, Senhor, para onde ides? O Mestre lhe lançou um olhar sereno, fazendo-lhe sentir o interesse que lhe causava a sua curiosidade e redargüiu: — Ainda não te encontras preparado para seguir-me. O testemunho é de sacrifício e de extrema abnegação a somente mais tarde entrarás na posse da fortaleza indíspensável. Símão, no entanto, desejando provar por palavras aos companheiros o valor da sua dedicação, acrescentou, com certa ênfase, ao propósito de se impor à confiança do Messias: — Não posso seguir-vos? Acaso, Mestre, podereis duvidar de minha coragem? Então, não sou um homem? Por vós darei a minha própria vida. O Cristo sorriu e ponderou: — Pedro, a tua inquietação se faz credora de novos ensinamentos. A experiência te ensinará melhores conclusões, porque, em verdade, te afirmo que esta noite o galo não cantará sem que me tenhas negado por três vezes. — Julgai-me então, um espírito mau e endurecido a esse ponto? — indagou o pescador, sentindo-se ofendido — Não, Pedro — adiantou o Mestre, com doçura —, não te suponho ingrato ou indiferente aos meus ensinos. Mas vais aprender, ainda hoje, que o homem do mundo é mais frágil do que perverso.
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Pedro não quis acreditar nas afirmações do Messias e tão logo se verificara a sua prisão, no pressuposto de demonstrar o seu desassombro e boa disposição para a defesa do Evangelho do Reino, atacou com a espada um dos servos do sumo-sacerdote de Jerusalém, compelindo o Mestre a mais severas observações. Consoante as afirmativas de Jesus, o colégio dos apóstolos se dispersara naquele momento de supremas resoluções. A humildade com que o Crísto se entregava desapontara a alguns deles, que não conseguiam compreender a transcendência daquele Reino de Deus, sublimado e distante. Pedro e João, observando que a detenção do Mestre pelos emissários do Templo era fato consumado, combinaram, entre si, acompanhar, de longe, o grupo que se afastava, conduzindo o Messias. Debalde, procuraram os demais companheiros que, receosos da perseguição, haviam debandado. Ambos, no entanto, desejavam prestar a Jesus o auxílio necessário. Quem sabe poderiam encontrar um recurso de salvá-lo? Era mister certificar-se de todas as ocorrências. Recorreriam às suas humildes relações em Jerusalém, a favor do Mestre querido. Compreendiam a extensão do perigo e as ameaças que lhes pesavam sobre a fronte. De instante a instante, eram surpreendidos por homens do povo que, em palestra de caminho, acusavam a Jesus de feiticeiro e herético. A noite caíra sobre a cidade. Os dois discípulos observaram que a expedição de servos e soldados chegava à residência de Caifás, onde o Cristo foi recolhido a uma cela úmida, cujas grades davam para um pátio extenso. O prisioneiro fora trancafiado, por entre zombarias e impropérios. Ao grupo reduzido, juntava-se agora a massa popular, então em pleno alvoroço festivo, nas comemorações da Páscoa. O pátio amplo foi invadido por uma aluvião de pessoas alegres. Pedro e João compreenderam que as autoridades do Templo imprimiam caráter popular ao movimento de perseguição ao Messias, vingando-se de sua vitória na entrada triunfal em Jerusalém, como uma nova esperança para o coração dos desalentados e oprimidos. Depois de ligeiro entendimento, o filho de Zebedeu voltou a Betânia, a fim de colocar a mãe de Jesus ao corrente dos fatos, enquanto Pedro se misturava à aglomeração, de maneira a observar em que poderia ser útil ao Messias. O ambiente estava já preparado pelo farisaísmo para os tristes acontecimentos do dia imediato. Em todas as rodas, falava-se do Cristo como de um traidor ou revolucionário vulgar. Alguns comentadores mais exaltados o denunciavam como ladrão. Ridicularizava-se o seu ensinamento, zombava-se de sua exemplificação e não faltavam os que diziam, em voz alta, que o Profeta nazareno havia chegado à cidade chefiando um bando de salteadores. O velho pescador de Cafarnaum sentiu a hostilidade com que teria de lutar para socorrer o Messias, e experimentou um frio angustioso no coração. Sua resolução parecia vencida. A alma ansiosa se deixava dominar por dúvidas e aflições. Começou a pensar nos seus familiares, em suas necessidades comuns, nas convenções de Jerusalém, que ele não poderia afrontar sem pesados castigos. Com o cérebro fervilhando de expectativas e cogitações de defesa própria, penetrou no extenso pátio, onde se adensava a multidão. Para logo, uma das servas da casa se aproximou dele e exclamou, surpreendida: — Não és tu um dos companheiros deste homem? — indagou, designando a cela onde Jesus se achava encarcerado. O pescador refletiu um momento e, reconhecendo que o instante era decisivo, respondeu, dissimulando a própria emoção: — Estás enganada. Não sou. O apóstolo ponderou aquela primeira negativa e pôs-se a considerar que semelhante procedimento, aos seus olhos, era o mais razoável, porquanto tinha de empregar todas as possibilidades ao seu alcance, a favor de Jesus. Fingindo despreocupação, o irmão de André se dirigiu a uma pequena aglomeração de populares, onde cada qual procurava esquivar-se ao frio intenso da noite, aquentando-se junto de um braseiro. Novamente um dos circunstantes, reconhecendo-o, o interpelou nestes termos: — Então, vieste socorrer o teu Mestre? — Que Mestre? — perguntou o pescador de Cafarnaum, entre receoso e assustado. — Nunca fui discípulo desse homem. Fornecida essa explicação, todo o grupo se sentiu á vontade para comentar a situação do prisioneiro. Longas horas passaram-se para Simão Pedro, que tinha o coração a duelar-se com a própria consciência, naqueles instantes penosos em que fora chamado ao testemunho. A noite ia adiantada, quando alguns servidores vieram servir bilhas de vinho. Um deles, encarando o discípulo com certo espanto, exclamou de súbito: — È este!... É bem aquele discípulo que nos atacou a espada, entre as árvores do horto!... Simão ergueu-se, pálido, e protestou: — Estás enganado, amigo! Vê que isso não seria possível!... Logo que pronunciou sua derradeira negativa, os galos da vizinhança cantaram em vozes estridentes, anunciando a madrugada. Pedro recordou as palavras do Mestre e sentiu-se perturbado por infinita angústia. Levantou-se cambaleante e, voltando-se instintivamente para a cela em que o Mestre se achava prisioneiro, viu o semblante sereno de Jesus a contemplá-lo através das grades singelas
*** Presa de indizível remorso, o apóstolo retirou-se, envergonhado de si mesmo. Dando alguns passos, alcançou os muros exteriores, onde se deteve a chorar amargamente. Ele, que fora sempre homem ríspido e resoluto, que condenara invariavelmente os transviados da Verdade e do bem, que nunca conseguira perdoar às mulheres mais infelizes, ali se encontrava, abatido como uma criança, em face de sua própria falta. Começava a entender a razão de certas experiências dolorosas de seus irmãos em Humanidade. Em seu espírito como que desabrochava uma fonte de novas considerações pelos infortunados da vida. Desejava, ansiosamente, ajoelhar-se ante o Messias e suplicar-lhe perdão para a sua queda dolorosa. Através do véu de lágrimas que lhe obscurecia os olhos, Simão Pedro experimentou uma visão consoladora e generosa. Figurou-se-lhe que o Mestre vinha vê-lo, em espírito, na solidão da noite, trazendo nos lábios aquele mesmo sorriso sereno de todos os dias. Ante a emoção confortadora e divina, Pedro ajoelhou-se e murmurou: — Senhor, perdoai-me! Mas, nesse instante, nada mais viu, na confusão de seus angustiados pensamentos. Luar alvíssimo enfeitava de luz as vielas desoladas. Foi aí que o antigo pescador refletiu mais austeramente, lembrando as advertências amigas de Jesus, quando lhe dizia: “Pedro, o homem do mundo é mais frágil do que perverso!...“.
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Jesus prestes a ser atingido em frente ao Sumo Sacerdotes Anás. Obra de José de Madrazo Agudo. Imagem/fonte:
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Jesus diante de Caifás. Óleo sobre tela de Matthias Stom Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mattias_Stom,_Christ_before_Caiaphas.jpg |
Ecce homo. “Eis o homem”. Pilatos apresenta Jesus à multidão. Quadro de Antonio Ciseri. Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Eccehomo1.jpg |
A negação de Pedro. José de Ribera. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:La_negaci%C3%B3n_de_San_Pedro.jpg |
O arrependimento de Pedro. Detalhe na fachada da Catedral Sagrada Família, Barcelona, Espanha. Foto Ismael Gobbo |
Mesquita de Omar no Monte do Templo em Jerusalém, Israel. No local da mesquita ficava o famoso templo judeu da época de Jesus. Foto Ismael Gobbo |
As quatro estações da vida |
Você já notou a perfeição que existe na natureza? Uma prova incontestável da harmonia que rege a Criação. Como num poema cósmico, Deus rima a vida humana com o ritmo dos mundos. Ao nascermos, é a primavera que eclode em seus perfumes e cores. Tudo é festa. A pele é viçosa. Cabelos e olhos brilham, o sorriso é fácil. Tudo traduz esperança e alegria. Delicada primavera, como as crianças que encantam os nossos olhos com sua graça. Nessa época, tudo parece sorrir. Nenhuma preocupação perturba a alma. A juventude corresponde ao auge do verão. Estação de calor e beleza, abençoada pelas chuvas ocasionais. O sol aquece as almas, renovam-se as promessas. Os jovens acreditam que podem todas as coisas, que farão revoluções no mundo, que corrigirão todos os erros. Trazem a alma aquecida pelo entusiasmo. São impetuosos, vibrantes. Seus impulsos fortes também podem ser passageiros... como as tempestades de verão. Mas a vida corre célere. E um dia - que surpresa - a força do verão já se foi. Uma olhada ao espelho nos mostra rugas, os cabelos que começam a embranquecer, mas também aponta a mente trabalhada pela maturidade, a conquista de uma visão mais completa sobre a existência. É a chegada do outono. Nessa estação, a palavra é plenitude. Outono remete a uma época de reflexão e de profunda beleza. Suas paisagens inspiradoras - de folhas douradas e céus de cores incríveis - traduzem bem esse momento de nossa vida. No outono da existência já não há a ingenuidade infantil ou o ímpeto incontido da juventude, mas há sabedoria acumulada, experiência e muita disposição para viver cada momento, aproveitando cada segundo. Enfim, um dia chega o inverno. A mais inquietante das estações. Muitos temem o inverno, como temem a velhice. É que esquecem a beleza misteriosa das paisagens cobertas de neve. Época de recolhimento? Em parte. O inverno é também a época do compartilhamento de experiências. Quem disse que a velhice é triste? Ela pode ser calorosa e feliz, como uma noite de inverno diante da lareira, na companhia dos seres amados. Velhice também pode ser chocolate quente, sorrisos gentis, leitura sossegada, generosidade com filhos e netos. Basta que não se deixe que o frio enregele a alma. Felizes seremos nós se aproveitarmos a beleza de cada estação. Da primavera levarmos pela vida inteira a espontaneidade e a alegria. Do verão, a leveza e a força de vontade. Do outono, a reflexão. Do inverno, a experiência que se compartilha com os seres amados. A mensagem das estações em nossa vida vai além. Quando pensar com tristeza na velhice, afaste de imediato essa ideia. Lembre-se que após o inverno surge novamente a primavera. E tudo recomeça. Nós também recomeçaremos. Nossa trajetória não se resume ao fim do inverno. Há outras vidas, com novas estações. E todas iniciam pela primavera da idade. Após a morte, ressurgiremos em outros planos da vida. E seremos plenos, seremos belos. Basta para isso amar. Amar muito. Amar as pessoas, as flores, os animais, os mundos que giram serenos. Amar, enfim, a Criação Divina. Amar tanto que a vida se transforme numa eterna primavera. Redação do Momento Espírita.
Escute o áudio deste texto: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=6864&stat=0
(Copiado do site Feparana) |
Primavera. Óleo sobre tela de Lawrence Alma-Tadema Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Alma_Tadema_Spring.jpg |
Cena de verão (banhistas). Óleo sobre tela de Frédéric Bazille Imagem/fonte: |
Imagem do outono inglês. Hitchin. Foto Matheus Gobbo. 01/11/2015.
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Inverno. Manhã em Padova. Itália. Foto Ismael Gobbo |
Quando se vai envelhecendo... |
Todos nós, de uma forma ou outra, nos preocupamos com o envelhecimento. Raros somos os que não buscamos, cada vez nos mais jovens anos, mecanismos para retardar os efeitos do tempo no corpo físico. A indústria de cosméticos e farmacêutica, as pesquisas médicas não cessam de desenvolver produtos e técnicas para preservação do corpo frente ao tempo. Profissionais da área da saúde são mais requisitados a fim de criarem metodologias, visando a manutenção do corpo físico. Regimes alimentares e suplementos os mais variados são prescritos. É justa a preocupação em preservarmos o corpo físico, em investirmos em uma vida saudável ou em uma aparência que nos faça sentir bem. Concordam os profissionais das variadas áreas da saúde que, quanto antes agirmos, de maneira preventiva, melhor será o envelhecimento. Porém, será que esses cuidados preventivos devem se voltar somente para o corpo? Será que a mente e as emoções não devem ter igual atenção? Muitos de nós guardamos mágoas anos a fio, sem investir em esforços para dissolver sentimentos ruins, que somente deterioram nosso equilíbrio emocional. Outros nos detemos em comportamentos e valores egoístas, insensíveis a conselhos de mudança e melhoria. Alguns cultivamos ideias fixas, não desistindo jamais de nossos pontos de vista, da nossa infalível opinião. Consideremos que envelhecer não é apenas o processo de desgaste do corpo físico. É também o processo de amadurecer e aprender virtudes e valores que somente os anos nos proporcionam. Se para bem envelhecer fisicamente são exigidos cuidados preventivos, emocionalmente de igual forma. É importante nos perguntarmos, nas experiências emocionais que tenhamos, quais as lições aprendidas. Nas relações afetivas que cultivamos, sejam de colegas, amigos ou parceiros, importante refletirmos o que aprendemos com o outro. De crucial importância verificarmos nosso comportamento. Analisarmos porque tomamos essa ou aquela atitude frente às situações que nos surpreendam. Ou diante a determinadas ações de outros. Tenhamos em mente que envelhecer é um processo amplo, profundo, abrangente. À medida que o corpo perde vigor e energia, temos a oportunidade de contemplar a vida sob outra perspectiva. Será nesse momento que podemos colher os frutos do amadurecimento, das reflexões, do aprendizado alcançado no correr dos anos. Porém, se nada fizemos para cuidar de nosso mundo íntimo, se nada altruísta ou generoso semeamos, nos haveremos de deparar, no ocaso da vida, com a casa íntima em pleno desalinho. Poderemos nos surpreender em solidão, porque vivemos assim, nos verdes anos. Poderemos nos surpreender com descaso de muitos porque assim os tratamos, ao longo dos anos. Enfim, cuidemos da mente e das emoções. Cultivemos a boa leitura, alimentemo-nos de coisas positivas, de afetos, de beleza. Dessa forma, nossos dias futuros serão de bem-estar, de um natural envelhecimento de fora, sem que nos abandonem o encanto pela vida, pela harmonia, pelo belo. Pensemos nisso. Redação do Momento Espírita
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Um velho e seu neto. Têmpera em madeira de álamo por Domenico Ghirlandaio. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Domenico_ghirlandaio,_ritratto_di_nonno_con_nipote.jpg
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Criação da Vovó. Óleo sobre tela de Oscar Pereira da Silva Exposto na Pinacoteca do Estado de São Paulo. São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo
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Bens e males |
Pelo Espírito Scheilla. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Passos da Vida. Lição nº 29. Página 94.
Quase sempre, na Terra, muitos bens são caminhos a muitos males e muitos males são caminhos a muitos bens. Por isso, muitas vezes, quem vive bem à frente dos preceitos humanos, pode estar mal ante as Leis Divinas. A dor, sendo um mal, é sempre um bem, se sabemos bem sofrê-la, enquanto que o prazer, sendo um bem, é sempre um mal se mal sabemos fruí-lo. Em razão disso, há muitas situações, nas quais o bem de hoje é o mal de amanhã, ao passo que o mal de agora é o bem que virá depois. Muita gente persegue o bem, fugindo ao bem verdadeiro e encontra o mal com que não contava e muita gente se desespera, a fim de desvencilhar-se do mal que não consegue entender e acaba encontrando o bem por surpresa divina. Há quem se ria no gozo dos bens do mundo para chorar nos males da Terra para colher os bens da Esfera Superior. Não procures unicamente estar bem, porquanto no bem apenas nosso talvez se ache oculto o mal que flagela os outros por nossa causa e o mal que flagela os outros por nossa causa é mal vivo em nós mesmos, a roubar-nos o bem que furtamos do próximo. Se desejas entesourar na estrada o bem dos mensageiros do bem, atende, antes de tudo, ao bem dos semelhantes, sem cogitar do bem que se te faça posse exclusiva. Recordemos o Cristo que, aparentemente escravo ao mal do mundo, era o Senhor do Bem, a dominar, soberano, acima das circunstâncias terrestres, e, tentando seguir-Lhe o passo, aceitemos com valor, no mal da própria cruz, o roteiro do bem para a Grande Vida.
(Texto recebido em email do divulgador Antonio Sávio, “Tonhão”. Belo Horizonte, MG) |
O Bom Pastor. Óleo sobre tela de Henry Ossawa Tanner . Imagem/fonte:
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O mau pastor. Óleo no painel de Jan Brueghel, o Jovem. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Brueghel-j_bad-shepherd.jpg |
O jovem Cristo como Bom Pastor. Óleo sobre tela de Bartolomé Esteban Murillo. Imagem/fonte:
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Foco no Consolador |
Na tarde do dia 11 de abril, Célia Maria Rey de Carvalho focalizou o tema “Consolador prometido”, com base no Capítulo VI de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, em reunião presencial e transmitida pela internet, no Grupo Espírita Casa do Caminho, em São Paulo. A reunião foi dirigida por Inês Bareia Peres e houve apresentação de canto por Sandro Salas. Estavam presentes parentes e antigos amigos da expositora. Acesse pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=LF9QUZPxB3U
(Recebido em email de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com]) |
Palestra no Abrigo Ismael Araçatuba, SP |
A palestra no Abrigo Ismael no próximo domingo 16/04, será proferida pelo orador Hélio de Matos Correa Jr, que falará sobre Allan Kardec o Codificador do Espitismo.
(Com informações de Talita Held Laluce) |
Palestras programadas para o C.E. Allan Kardec Penápolis, SP |
(Informação recebida de João Marchesi Neto) |
Palestra no C.E.Discípulos de Jesus Rubiácea, SP |
(Informação de Émerson Gratão) |
Humberto de Campos – crônicas, contos e aspectos históricos |
Na noite do dia 11 de abril, no curso virtual "A Literatura Psicográfica de Chico Xavier – Fases e Repercussões", houve a reunião de conclusão sobre as obras do espírito Humberto de Campos (FCX). Cristina Sobreira e Mirna Nakano comentaram, cada uma, um capítulo de crônica dessas obras e Cesar Perri fez uma síntese sobre a tônica das obras assinadas por esse espírito e informou sobre algumas análises sobre o livro “Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho”. Essa programação virtual é oferecida pelo Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo – Eduardo Carvalho Monteiro, de São Paulo, com a coordenação de Perri e a transmissão por Rovay, do CCDPE. Cerca de 90 internautas estão participando. Acontece às terças-feiras, pela plataforma Google Meet; é gratuito e integra a programação anual da Diretoria de Cultura e Estudos Espíritas, do CCDPE.
(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com] e do GEECX) |
Jornal Mundo Maior Acesse no link |
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Live com Donizete Pinheiro As Obras de Emmanuel. Acessar no Youtube. |
(Recebido em email de Donizete Pinheiro [donizete.pinheiro@gmail.com]) |
Temas da atualidade e históricos em Dirigente Espírita |
Dirigente Espírita, agora em forma de revista digital, é o órgão da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo. Em sua edição de março-abril de 2023, traz ricas matérias. A presidente da USE informa sobre a revitalização “Campanha Viver em Família” e traz um relato histórico. A assessoria de Ciência e Pesquisa Espírita contribui com o artigo “Concepções sobre Ciência e Ciência Espírita” (parte XI). O tema “Jean Piaget e a Educação Espírita” é do Departamento da Infância. Há entrevista com a Presidente da USE Intermunicipal de Bragança Paulista Luci Aparecida Miranda. Entre os artigos, Marco Milani que trata da prudência metodológica no avanço do conhecimento espírita; Alexandre Fonseca sobre o papel dos elementos de sustentação dentro do tema que vem sendo desenvolvido nas duas edições anteriores dos mecanismos do auxílio a Espíritos sofredores através do diálogo fraterno; em homenagem aos 165 anos - da Revista Espírita, de Allan Kardec, Antonio Cesar Perri de Carvalho faz um resgate histórico da revista publicada por Allan Kardec até a sua desencarnação em 1869 e a sua continuidade até os dias atuais, inclusive o período em que foi interrompida; Jáder Sampaio, comenta “O Espiritismo, a medicina e a igreja Católica – dois momentos na história”. Acesse pelo link: https://usesp.org.br/wp-content/uploads/2023/04/reDE-194-marco-abril-2023.pdf
(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com] e do GEECX) |
1º. Congressinho Espírita de Marília. Palestra pública no C.E. Luz e Verdade. Marília, SP |
(Recebido em email de Donizete Pinheiro) |
1º. Congressinho Espírita de Marília. Palestra e Roda de Conversa. União Espírita João de Camargo. Marília, SP |
(Recebido em email de Donizete Pinheiro) |
1º. Congressinho Espírita de Marília. Roda de Conversa. G.E. Jesus de Nazaré. Marília, SP |
(Recebido em email de Donizete Pinheiro) |
USE Regional de Marilia. Exposição e Roda de Conversa. Cosme Massi. Youtube |
(Recebido em email de Donizete Pinheiro) |
Palestras programadas no C.E. Raymundo Mariano Dias Birigui, SP |
(Com informação de João Marchesi Neto) |
Duas pesquisas em andamento por Ivan Franzolin São Paulo |
Olá, Ismael,
Solicito a gentileza de publicar durante 3 semanas as duas pesquisas em andamento, conforme segue. Desde já o meu agradecimento. Abraço,
Ivan Franzolim Cel.: (11) 98156-0030
*Pesquisa para jovens! De todas as religiões* O objetivo é conhecer como os jovens encaram e vivenciam as opções de espiritualidade. Os resultados serão publicados em maio nas redes sociais. Agradecemos muito Responder e Compartilhar com os amigos. https://forms.gle/ErMbhpGYjvvKBTAXA
Este é um convite para você que é espírita, participar da Pesquisa Nacional, edição 2023. Ela objetiva entender melhor como pensam e se comportam os espíritas. A pesquisa é anônima e leva apenas alguns minutos para ser concluída. Suas respostas são muito importantes para traçar um perfil dos espíritas e entender como o Espiritismo influencia o modo de viver. Para participar, basta clicar no link abaixo e responder as perguntas. Seus dados serão mantidos em sigilo e usados apenas para fins estatísticos. Link: https://forms.gle/2C8BkLV8Td6DeHMm6 Compartilhe esse convite com seus amigos espíritas e vamos juntos construir um estudo relevante e representativo sobre a religião espírita. Agradecemos desde já a sua participação e colaboração para a construção de um movimento espírita mais estruturado e atuante. Como curiosidade, o texto desta postagem foi escrito pela inteligência artificial do ChatGPT!
(Recebido em email de Ivan Franzolim [franzolim@gmail.com]) |
Palestras mês de abril da IBNL – Instituição Beneficente Nosso Lar. São Paulo, SP |
(Informações recebidas em email de Clodoaldo Leite [cidadaniaparatodos@yahoo.com.br]) |
Biografia e representação: Imagens de Chico Xavier. Reunião no Núcleo de Pesquisadores Espíritas Agnelo Morato. Franca, SP |
Você vai ver nessa live a apresentação de uma pesquisa sobre as biografias da vida de Chico Xavier - descrições, narrações e evidências de padrões em autorias diversas: Memorabilia Chico Xavier. Uma perspectiva para a compreensão da figura do homem e sua mensagem. E, o valor das influências: a Bíblia na obra de Chico – da utopia à prática perfeita. Uma revisão preliminar. Acompanhe a página de pesquisa do GPLE-UnB.
(Informação de Adolfo de Mendonça Júnior) |
FEESP. Renato Prieto em Chico Xavier em Pessoa |
(Com informação de Jorge Rezala) |
Reflexão, extraída do livro “Richard Simonetti - O Pensamento”. |
Organizado por Álvaro Pinto de Arruda. Vídeo do lançamento: https://youtu.be/jOy9vbkLUEM
https://www.editoraceac.com.br/loja/produto/o-pensamento
(Recebido em email de Tânia Simonetti [taniasimonetti@gmail.com]) |
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Site da Federação Espírita Brasileira Brasília, DF |
Clique
aqui:
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Feparana- Federação Espírita do Paraná Curitiba |
Clique
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FERN – Federação Espírita do Rio Grande do Norte Natal |
Acesse aqui:
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FEEC- Federação Espírita do Estado do Ceará Fortaleza |
Acesse aqui:
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Se te for possível colabore com o Abrigo Ismael- Departamento da centenária União Espírita “Paz e Caridade”. Araçatuba, SP |
ACESSE O SITE AQUI: O Abrigo Ismael comemorou 80 anos no dia 3 de outubro de 2021
O União Espírita Paz e Caridade, desde o ano 1921, vem atuando para abrandar o sofrimento de idosas carentes, suprindo-lhes todas as suas necessidades. Atualmente, conta com uma equipe de enfermagem, auxiliares, nutricionista, assistente social, médico, e fornece seis refeições diárias, medicamentos, lazer, atividades físicas e lúdicas, visando sempre a maior qualidade de vida possível nesta fase da vida. Em todos esses anos sempre contou com a colaboração da sociedade araçatubense, o qual agradecemos de todo o coração.
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Leopoldo Cirne (13-04-1870 / 31-07-1941) |
Leopoldo Cirne Imagem do site Febnet
Leopoldo Cirne Leopoldo Cirne foi, sem sombra de dúvida, um dos grandes vultos do Espiritismo no Brasil. Esta é a conclusão a que facilmente podemos chegar, após conhecermos a sua vida, e a valiosa obra literária, onde o insígne autor demonstra fielmente o seu empenho no estudo, na divulgação e na defesa dos princípios que norteiam a Codificação. Doutrina e Pratica do Espiritismo, Anticristo, Senhor do Mundo, O Homem Colaborador de Deus, Memória Histórica do Espiritismo (que me falta na coleção e ainda não encontrei para ler) marcaram época na produção litero-espírita onde desponta, também, Cairbar Schutel, outro grande do Espiritismo. A imensa bagagem cultural e espírita de que era portador faz-nos lembrar, nos dias de hoje, Carlos Imbassahy, Herculano Pires, Deolindo Amorim, Aureliano Alves Neto, Herminio C. Miranda, Carlos Bernardo, entre outros. Há tanta coisa para se dizer de Leopoldo Cirne como jornalista, polemista, escritor, orador e administrador que se torna impossivel, de uma só vez, dado o espaço de que dispomos. Leopoldo Cirne nasceu na Paraíba (Nordeste do Brasil) no dia 13 de abril de 1870. Logo demonstrou ser uma criança inteligente e com vontade de estudar. Aos onze anos de idade foi obrigado a interromper os estudos a que se vinha dedicando. Já residindo em Recife (no vizinho Estado de Pernambuco), tendo de ir trabalhar no comércio, não lhe sobrava tempo para outra atividade pois, naquela época, os empregados ainda não estavam amparados pela moderna legislação trabalhista. Em 1891, transferiu-se para o Rio de Janeiro onde foi morar (Estado situado ao Sudeste do Brasil). O Dr. Canuto de Abreu, por sua vez, narra que Leopoldo Cirne foi seduzido pela filosofia. Alfredo Pereira o levara a uma sessão de sexta-feira. Nada sabia Cirne de Espiritismo e era materialista. Discutia-se, naquela noite de 1894, a tese: Como conciliar o livre-arbítrio com o determinismo da prova. Terminada a sessão, em vez de transmitir sua impressão primeira sobre o meio, como em geral se faz, Cirne entrou a discutir com Alfredo Pereira a tese do dia como se fosse um veterano. Grande psicólogo, Alfredo percebeu a espontânea conversão do materialista e seu grande talento. Deu-lhe um exemplar de O Livro dos Espíritos e pediu-lhe que usasse da palavra na próxima sexta-feira, em que voltaria a debater o mesmo assunto: a filosofia. As forças latentes do seu formoso espírito despertaram para a missão, como raios do Sol de meio-dia, renascido da nuvem. Não conseguiu ler, no O Livro dos Espíritos , mais do que a Introdução, essa obra-prima de Kardec. Pôs de lado o livro, como se encerrasse um assunto sabido. Era espírita de nascença, como Bezerra de Menezes. E quando Dias da Cruz, na sessão seguinte, coloca em discussão a tese, foi com desconfiança e curiosidade geral que aquele novato de olhos azuis, queixo saliente sobre o colarinho alto, bonito e elegante, pediu a palavra, tirou do bolso uma tiras de papel e falou. O presidente sussurrou ao ouvido de Alfredo Pereira: - Quem é esse moço? - Um amigo de Pernambuco, que me veio recomendado pelo Teodureto Duarte. - Agarra-o para nós, precisamos dele. - Já está seguro. Vai ajudar-me no Reformador. E assim foi. Durante vinte anos o Reformador (a revista espírita brasileira mais antiga),teve nele uma pena de mestre. O melhor de sua vida. Toda mocidade foi sacrificada à propaganda oral e escrita da filosofia que o empolgara desde o primeiro instante. Ninguém o excedeu em sacrifício de tempo, de saúde, de renúncia aos prazeres mundanos em holocaustos a Doutrina. No dia 11 de abril de 1900 desencarna Bezerra de Menezes, então Presidente da Federação Espírita Brasileira, e L. Cirne, na qualidade de vice, assumiu a presidência da Casa de Ismael (Patrono espiritual do Brasil), cargo em que permaneceu até o ano de 1913. Em 1911, Leopoldo Cirne inaugurou a nova sede da FEB, iniciada por ele. Ainda na gestão de Leopoldo, a FEB reuniu vários Centros Espiritas do Rio de Janeiro e de outros Estados, (na então Capital do Brasil), resultando desse encontro o programa unificacionista Bases de Organização Espírita, no dia 01 de outubro de 1904, que num processo de aperfeiçoamento na prática floresceu no Pacto Áureo 05/10/1949 e finalmente resultou na madureza do atual Conselho Federativo Nacional. Foi ainda no dia 04 daquele mês e ano que a FEB promoveu a comemoração do 1º Centenário de Nascimento de Allan Kardec. O seu tipo fisico nos é retratado pelo brilhante confrade jornalista, escritor e tradutor, Francisco Klors Wernec (hoje na espiritualidade) em carta que nos enviou, em 28/5/1973: Eu ainda não era espírita e me achava longe de o ser quando me encontrava na rua com um senhor alto, claro, calvo e de grandes bigodes, o qual, mais tarde, vim a saber que se tratava de Leopoldo Cirne, de saudosa memória As suas traduções de No Invisível e Cristianismo e Espiritismo do grande Léon Denis, veem tendo as suas reedições asseguradas pelo Departamento Editorial da FEB. Wantuil de Freitas considera Leopoldo Cirne como um dos grandes pensadores do movimento Espírita do País, sendo mesmo cognominado - O Léon Denis Brasileiro. A sua desencarnação ocorreu no Rio de Janeiro-RJ, no dia 31 de julho de 1941. Já no mês seguinte, a revista Reformador, órgão oficial da Federação Espírita Brasileira, em edição que guardamos em nosso modesto arquivo, trazia em suas páginas aquele acontecimento, e das quais extraímos os seguintes dizeres: (...) Tendo ainda, a serviço da inteligência e do coração, cujos dotes se consorciavam admiravelmente, o dom, precioso para um expositor de doutrina, de uma palavra fácil, correntia, eloquente por vezes e sempre clara e tocante, ele se afirmou, presidindo a Federação, exímio pregador e instrutor notável, a cuja penetração mental nenhum embaraço insuperável oferecia qualquer ponto da matéria que versava, por mais obscuro e intrincado que fosse. (...) Por outro lado, em Leopoldo Cirne, teve o Espiritismo um escritor de muito merecimento. De pendor ingênuo para o jornalismo, manejando a pena com invulgar destreza, sabendo exprimir em estilo correto os pensamentos e desenvolver com clareza suas idéias e com apurada lógica na argumentação, o Reformador guarda, em suas coleções, enorme série de seus excelentes artigos, mesmo notáveis muitos, assim como estudos amplos e aprofundados das mais importantes questões doutrinárias e de assuntos filosóficos em geral. (...) Por isso e porque sabemos que nada ocorre a revelia da lei divina, que tudo tem a sua razão de ser providencial, e, portanto, justa, não lhe lamentamos a partida, como o faríamos se a encarecemos do ponto de vista estritamente humano, senão que com ele nos congratulamos, por se lhe haverem aberto as portas do cárcere da carne, para lhe ser dado, conforme certamente ocorreu, comparecer diante do Mestre Divino, a dizer-lhe Aqui está, Senhor, o teu servo cumpriu o que lhe ordenaste, dispõe dele como aprouver a tua sabedoria e a tua misericórdia. Fonte: Grupo de Estudos Avançados Espíritas (GEAE). Bibliografia: Grandes Espíritas do Brasil , Zeus Wantuil. Bezerra de Menezes , Canuto Abreu.
(Texto copiado de https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/06/Leopoldo-Cirne.pdf) |
A estação original de João Pessoa, por volta de 1920. Foto do livro As Ferrovias do Brasil, de Carlos Cornejo e Eduardo Gerodetti, 2005 Imagem copiada de http://www.estacoesferroviarias.com.br/paraiba/joao.htm
********************** Em João Pessoa, Paraíba, nasceu Leopoldo Cirne aos 13 de abril de 1870. |
Busto de Leopoldo Cirne. Exposição Centenário sede histórica da FEB/RIO. Foto Ismael Gobbo |
Exposição Centenário sede histórica da FEB/RIO. Foto Ismael Gobbo |
Sede histórica da Feb no Rio de Janeiro (prédio ocre á esquerda), na Avenida Passos |
Antonio Crivellini (15/11/1900 - 14/04/1956) |
Antonio Crivellini.
Biografia
elaborada por Nasceu em Sertãozinho-SP, em 15 de novembro de 1900, e desencarnou em Araçatuba-SP, em 14 de abril de 1956. Era o terceiro filho de João Crivellini e de Marianna Bellini Crivellini, italianos do nordeste da Itália. Com 24 anos, veio com os pais para Araçatuba, onde trabalhou, de início como carpinteiro, e depois mecânico. Casou-se em 7 de novembro de 1929, em Araçatuba, com Palmira Boarin, filha da tradicional família Boarin de Guararapes. Não tiveram descendentes. Nos domingos, à tardinha, era bonito observar o simpático casal ir ao cinema ou à Praça Rui Barbosa, ela com um gracioso vestido, ele sempre de terno branco. A família Crivellini trabalhou e se expandiu unida; primeiramente na Rua Bernardino de Campos, 344, onde trabalhou também o Sr. Antônio Pagan, como carpinteiro, e depois, na Rua Regente Feijó, 108. À noite, no quartinho ao lado da oficina velha, enquanto o irmão Humberto preparava seus perfumes e lavandas, Antônio Crivellini e o caçula Urbano estudavam flauta transversal. Improvisavam um suporte para fixar as partituras e se aplicavam no estudo. A música sempre foi o elemento predominante na família, prevalecendo nos descendentes. Antônio Crivellini foi um grande estudioso da Doutrina Espírita, assim como seu irmão Rodolpho. Além das obras do pai, ambos possuíam uma seleta biblioteca, com os seguintes livros psicografados por Francisco Cândido Xavier: “Parnaso do Além Túmulo”, de autores diversos; “A Caminho da Luz”, “O Consolador”, “Há 2.000 anos...”, “50 Anos Depois” e “Paulo e Estevão”, estes de Emmanuel. A série foi ampliada depois com as obras de André Luíz: “Nosso Lar”, “Os Mensageiros”, “Missionários da Luz”, “Obreiros da Vida Eterna” e “No Mundo Maior”. Lembro-me de que, quando o livro “Nosso Lar” apareceu nos meios espíritas, foi um rebuliço geral. Uns eufóricos com as narrativas do autor; outros, duvidando que no além pudesse existir ônibus aéreos, construções e casas para abrigar espíritos desencarnados. A verdade é que o livro foi um divisor de águas. Os que o aceitaram, continuaram estudando toda a série; os que não o entenderam, pararam no tempo. Hoje, ainda se encontram “espíritas” que fazem questão de alardearem essa condição, só por que leram “Nosso Lar”. A família Crivellini pertencia ao primeiro grupo. Certo dia, brincando no quintal de casa, vi, quando um homem alto e moreno, ao atravessar a Rua Tabajaras, caiu prostrado sob o sol causticante das três horas da tarde. Avisados, Antônio Crivellini, meu pai e outras pessoas recolheram o homem e o levaram para a oficina, colocando-o à sombra. Mais tarde, ele acordou sob os olhares curiosos da criançada. Levantou-se, esfregou os olhos espantado, olhou em volta e... “deu no pé”, sem dizer uma palavra. Meu tio Antônio já houvera feito o diagnósico: obsessão espiritual. A partir de 1948, Antônio Crivellini participou ativamente, em casa do pai, das reuniões que objetivaram a fundação do “Varas da Videira”. Por esse tempo, a casa de tábuas onde nasci já havia sido desmontada e o terreno foi, então, doado por meu avô para a construção do centro espírita. Um punhado de espíritas abnegados muito trabalhou para erguer as bases da construção e concluir a obra. Eram companheiros simples como ele, mas devotados à causa espírita, cujos nomes o bom senso e a justiça mandam lembrar. Foram eles: João Crivellini, Francisco Martins Filho, Irma Ragazzi Martins, Victor Bombonati, Pedro Noce, Ricieri Punhali, Matilde Dall’Oca Punhali, Anita Bergamaschi, Nícia Camargo, Francolino Ribeiro, Sálvio Costa, Paulo Noce, Vicente Matheus, Antônio Guarinon, etc. Já em casa nova, o “Varas” - como era carinhosamente chamado -, se ocupou ativamente de um caso de obsessão, entre outros, de que fora “vítima” o Sr. Hilário Albano Fonseca, proprietário da Pedreira Cabo Verde. Segundo diziam, os índios que habitaram o local da pedreira, perseguiam tenazmente o Sr. Hilário, embora houvessem desencarnado já havia muito tempo. O fato é que o Sr. Albano muito penou, e, em decorrência do fato, simpática entidade se aproximou do seleto grupo de seareiros, passando a orientá-los dali em diante, prodigalizando alívio e sabedoria a todos. Essa entidade era o índio Brogotá, espírito muito querido do grupo e de meu tio Antônio, cuja saudação ao se comunicar pela médium dona Irma Ragazzi Martins, era: “Irmãos, Boa Noite, Boa Noite, Boa Noite! Timba, Tupã.”
(Texto copiado de |
Antonio Crivellini. Imagem/fonte: Livro Obra de Vultos, volume II. |
Estação de Sertãozinho por volta de 1910. Album da Mogiana. Copiado de: http://www.estacoesferroviarias.com.br/s/sertaozinho.htm
Em Sertãozinho nasceu Antonio Crivellini em 15/11/1900. |
A construção do prédio da Aliança Espírita “Varas da Videira”, no início dos anos de 1950. |
Antonio Crivellini, de terno branco, ao fundo, em festividades no “Varas da Videira”. Imagem/fonte: Livro Obra de Vultos, volume II. |
Asas da felicidade |
PARTE 2 Sidney Fernandes Os primeiros sinais de cultura e humanidade O despertamento do espírito da condição de animalidade foi gradativo e demorado. A princípio, por questão de sobrevivência, os instintos comandaram as ações do homem primitivo. Ainda em fase embrionária, os conhecimentos, mesmo precários, foram adentrando o cérebro em formação. Mesmo nesse momento inicial, ocorreram as primeiras manifestações de humanidade. Uma das primeiras demonstrações de solidariedade de que se tem notícia nos estudos arqueológicos foi uma perna quebrada. Uma estudante perguntou à antropóloga Margaret Mead sobre o que ela considerava como o primeiro sinal de civilização de uma coletividade. Esperava-se que a cientista falasse em anzóis, utensílios de barro ou mesmo fragmentos de armas feitas com pedras amoladas. Apresentou um fêmur que sofrera quebradura e havia sido curado. — No reino animal — explicou Mead —, quebrar uma perna significa a morte. Nenhum animal sobrevive com uma perna quebrada durante o tempo suficiente para sua recuperação. Era assim também entre os homens. O indivíduo ficava impedido de correr, ir ao rio para beber, caçar ou ir em busca de suprimentos naturais.Um fêmur recuperado significa que alguém teve tempo e disposição para ficar com o ferido e cuidar dele. O primeiro sinal evidente de civilização surgiu com a constatação de que alguém teve amor e consideração pelo outro. *** Se, desde o princípio, na ignorância do estado primitivo, o homem tivesse seguido o caminho do bem, ainda assim não chegaria à perfeição, mesmo relativa, porque o caminho evolutivo pressupõe a aquisição de conhecimentos. Tomemos como exemplo uma criança: a bondade instintiva e natural não a eximirá das experiências de transição entre a infância e a maturidade, capazes de ampliar seus horizontes e definir a abrangência de seus sentimentos. Para que ocorra o crescimento moral, dentro dos parâmetros preconizados pelos planejamentos divinos, torna-se necessário que o espírito conheça os caminhos que os sentimentos deverão percorrer, para que eles sejam aplicados adequadamente. O sentimento, sem a razão e sem o conhecimento, poderá enveredar para a indisciplina, para o fanatismo ou ainda para a educação inadequada.
(Recebido em email de Sidney Fernandes) |
Amor Infinito Palavras de Chico Xavier |
(Recebido em email de Leopoldo Zanardi) |
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