Notícias do Movimento Espírita São Paulo, SP, terça-feira, 18 de abril de 2023. Compiladas por Ismael Gobbo |
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Notas |
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3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).
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Os quinhentos da Galiléia |
Livro Boa Nova FEB
Depois do Calvário, verificadas as primeiras manifestações de Jesus no cenáculo singelo de Jerusalém, apossara-se de todos os amigos sinceros do Messias uma saudade imensa de sua palavra e de seu convívio. A maioria deles se apegava aos discípulos, como querendo reter as últimas expressões de sua mensagem carinhosa e imortal. O ambiente era um repositório vasto de adoráveis recordações. Os que eram agraciados com as visões do Mestre se sentiam transbordantes das mais puras alegrias. Os companheiros inseparáveis e íntimos se entretinham em longos comentários sobre as suas reminiscências inapagáveis. Foi quando Simão Pedro e alguns outros salientaram a necessidade do regresso a Cafarnaum, para os labores indispensáveis da vida. Em breves dias, as velhas redes mergulhavam de novo no Tiberíades, por entre as cantigas rústicas dos pescadores. Cada onda mais larga e cada detalhe do serviço sugeriam recordações sempre vivas no tempo. As refeições ao ar livre lembravam o contentamento de Jesus ao partir o pão; o trabalho, quando mais intenso, como que avivava a sua recomendação de bom ânimo; a noite silenciosa reclamava sua bênção amiga. Embebidos na poesia da Natureza, os apóstolos organizavam os mais elevados projetos, com relação ao futuro do Evangelho. A residência modesta de Cefas, obedecendo às tradições dos primitivos ensinamentos, continuava a ser o parlamento amistoso, onde cada um expunha os seus princípios e as suas confidências mais recônditas. Mas, ao pé do monte onde o Cristo se fizera ouvir algumas vezes, exalçando as belezas do Reino de Deus e da sua justiça, reuniam-se invariavelmente todos os antigos seguidores mais fiéis, que se haviam habituado ao doce alimento de sua palavra inesquecível. Os discípulos não eram estranhos a essas rememorações carinhosas e, ao cair da tarde, acompanhavam a pequena corrente popular pela via das recordações afetuosas. Falava-se vagamente de que o Mestre voltaria ao monte para despedir-se. Alguns dos apóstolos aludiam às visões em que o Senhor prometia fazer de novo ouvida a sua palavra num dos lugares prediletos das suas pregações de outros tempos. Numa tarde de azul profundo, a reduzida comunidade de amigos do Messias, ao lado da pequena multidão, reuniu-se em preces, no sítio solitário. João havia comentado as promessas do Evangelho, enquanto na encosta se amontoava a assembléia dos fiéis seguidores do Mestre. Viam-se, ali, algumas centenas de rostos embevecidos e ansiosos. Eram romanos de mistura com judeus desconhecidos, mulheres humildes conduzindo os filhos pobres e descalços, velhos respeitáveis, cujos cabelos alvejavam da neve dos repetidos invernos da vida.
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Nesse dia, como que a antiga atmosfera se fazia sentir mais fortemente. Por instinto, todos tinham a impressão de que o Mestre voltaria a ensinar as bem-aventuranças celestiais. Os ventos recendiam suave perfume, trazendo as harmonias do lago próximo. Do céu muito azul, como em festa para receber a claridade das primeiras estrelas, parecia descer uma tranqüilidade imensa que envolvia todas as coisas. Foi nesse instante, de indizível grandiosidade, que a figura do Cristo assomou no cume iluminado pelos derradeiros raios-do-Sol. Era Ele. Seu sorriso desabrochava tão meigo como ao tempo glorioso de suas primeiras pregações, mas de todo o seu vulto se irradiava luz tão intensa que os mais fortes dobraram os joelhos. Alguns soluçavam de júbilo, presas das emoções mais belas de sua vida. As mãos do Mestre tomaram a atitude de quem abençoava, enquanto um divino silêncio parecia penetrar a alma das coisas. A palavra articulada não tomou parte naquele banquete de luz imaterial; todos, porém, lhe perceberam a amorosa despedida e, no mais íntimo da alma, lhe ouviram a exortação magnânima e profunda: — Amados — a cada um se afigurou escutar na câmara secreta do coração —, eis que retomo a vida em meu Pai para regressar à luz do meu Reino!... Enviei meus discípulos como ovelhas ao meio de lobos e vos recomendo que lhes sigais os passos no escabroso caminho. Depois deles, é a vós que confio a tarefa sublime da redenção pelas verdades do Evangelho. Eles serão os semeadores, vós sereis o fermento divino. Instituo-vos os primeiros trabalhadores, os herdeiros iniciais dos bens divinos. Para entrardes na posse do tesouro celestial, muita vez experimentareis o martírio da cruz e o fel da ingratidão... Em conflito permanente com o mundo, estareis na Terra, fora de suas leis implacáveis e egoístas, até que as bases do meu Reino de concórdia e justiça se estabeleçam no espírito das criaturas. Negai-vos a vós mesmos, como neguei a minha própria vontade na execução dos desígnios de Deus, e tomai a vossa cruz para seguir-me. “Séculos de luta vos esperam na estrada universal. É preciso imunizar o coração contra todos os enganos da vida transitória, para a soberana grandeza da vida imortal. Vossas sendas estarão repletas de fantasmas de aniquilamento e de visões de morte. O mundo inteiro se levantará contra vós, em obediência espontânea às forças tenebrosas do mal, que ainda lhe dominam as fronteiras. Sereis escarnecidos e aparentemente desamparados; a dor vos assolará as esperanças mais caras; andareis esquecidos na Terra, em supremo abandono do coração. Não participareis do venenoso banquete das posses materiais, sofrereis a perseguição e o terror, tereis o coração coberto de cicatrizes e de ultrajes. A chaga é o vosso sinal, a coroa de espinhos o vosso símbolo, a cruz o recurso ditoso da redenção. Vossa voz será a do deserto, provocando, muitas vezes, o escárnio e a negação da parte dos que dominam na carne perecível. “Mas, no desenrolar das batalhas incruentas do coração, quando todos os horizontes estiverem abafados pelas sombras da crueldade, dar-vos-ei da minha paz, que representa a água viva. Na existência ou na morte do corpo, estareis unidos ao meu Reino. O mundo vos cobrirá de golpes terríveis e destruidores, mas, de cada uma das vossas feridas, retirarei o trigo luminoso para os celeiros infinitos da graça, destinados ao sustento das mais ínfimas criaturas!... Até que o meu Reino se estabeleça na Terra, não conhecereis o amor no mundo; eu, no entanto, encherei a vossa solidão com a minha assistência incessante. Gozarei em vós, como gozareis em mim, o júbilo celeste da execução fiel dos desígnios de Deus. Quando tombardes, sob as arremetidas dos homens ainda pobres e infelizes, eu vos levantarei no silêncio do caminho, com as minhas mãos dedicadas ao vosso bem. Sereis a união onde houver separatividade, sacrifício onde existir o falso gozo, claridade onde campearem as trevas, porto amigo, edificado na rocha da fé viva, onde pairarem as sombras da desorientação. Sereis meu refúgio nas igrejas mais estranhas da Terra, minha esperança entre as loucuras humanas, minha verdade onde se perturbar a ciência incompleta do mundo!... “Amados, eis que também vos envio como ovelhas aos caminhos obscuros e ásperos. Entretanto, nada temais! Sede fiéis ao meu coração, como vos sou fiel, e o bom ânimo representará a vossa estrela! Ide ao mundo, onde teremos de vencer o mal! Aperfeiçoemos a nossa escola milenária, para que aí seja interpretada e posta em prática a lei de amor do nosso Pai, em obediência feliz à sua vontade augusta!” Sagrada emoção senhoreara-se das almas em êxtase de ventura. Foi então que observaram o Mestre, rodeado de luz, como a elevar-se ao céu, em demanda de sua gloriosa esfera do Infinito.
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Os primeiros astros da noite brilhavam no alto, como flores radiosas do Paraíso. No monte galileu, cinco centenas de corações palpitavam, arrebatados por intraduzível júbilo. Velhos trêmulos e encarquilhados desceram a encosta, unidos uns aos outros, como solidários, para sempre, no mesmo trabalho de grandeza imperecível. Anciãs de passo vacilante, coroadas pela neve das experiências da vida, abraçavam-se às filhas e netas, jovens e ditosas, tomadas de indefinível embriaguez d’alma. Romanos e judeus, ricos e pobres confraternizavam, felizes, adivinhando a necessidade de cooperação na tarefa santa. Os antigos discípulos, cercando a figura de Simão Pedro, choravam de contentamento e esperança. Naquela noite de imperecível recordação, foi confiado aos quinhentos da Galiléia o serviço glorioso da evangelização das coletividades terrestres, sob a inspiração de Jesus Cristo. Mal sabiam eles, na sua mísera condição humana, que a palavra do Mestre alcançaria os séculos do porvir. E foi assim que, representando o fermento renovador do mundo, eles reencarnaram em todos os tempos, nos mais diversos climas réligiosos e políticos do planeta, ensinando a Verdade e abrindo novos caminhos de luz, através dos bastidores eternos do Tempo. Foram eles os primeiros a transmitir a sagrada vibração de coragem e confiança aos que tombaram nos campos do martírio, semeando a fé no coração pervertido das criaturas. Nos circos da vaidade humana, nas fogueiras e nos suplícios, ensinaram a lição de Jesus, com resignado heroísmo. Nas artes e nas ciências, plantaram concepções novas de desprendimento do mundo e de belezas do Céu e, no seio das mais variadas religiões da Terra, continuam revelando o desejo do Cristo, que é de união e de amor, de fraternidade e concórdia. Na qualidade de discípulos sinceros e bem-amados, desceram aos abismos mais tenebrosos, redimindo o mal com os seus sacrifícios purificadores, convertendo, com as luzes do Evangelho, à corrente da redenção, os espíritos mais empedernidos. Abandonados e desprotegidos na Terra, eles passam, edificando no silêncio as magnificências do Reino de Deus, nos países dos corações e, multiplicando as notas de seu cântico de glória por entre os que se constituem instrumentos sinceros do bem com Jesus Cristo, formam a caravana sublime que nunca se dissolverá.
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Igreja das Bem-Aventuranças sobre o Monte das Bem-Aventuranças. Cafarnaum, Israel. Foto Ismael Gobbo |
O Sermão de Cristo no Lago de Genesaré. Óleo no painel de David Vinckboons
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Plantação de frutas na Planície de Genesaré. Ao fundo o Monte das Bem-Aventuranças. Israel. Foto Ismael Gobbo |
Banhistas em praia do Mar da Galiléia nas proximidades da Tabga. A tradição diz que foi nesta localidade que ocorreu a multiplicação dos pães e peixes por Jesus. Foto Ismael Gobbo |
Mar da Galiléia nas proximidades de Cafarnaum. Israel. Fotos Ismael Gobbo |
Placa indicativa apontando Cafarnaum. Israel. Foto Ismael Gobbo. |
Mar da Galiléia visto do alto em Tiberiades, Israel. Foto Ismael Gobbo |
Cristo aparece aos apóstolos após a ressurreição. Óleo sobre tela de Szymon Czechowicz Imagem/fonte:
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Uma história original |
Era uma vez uma menina chinesa. Nós a chamaremos Aurora, declinando de nomear seu nome original. O pai dela se casara duas vezes e tinha duas filhas, uma de cada esposa. A mãe de Aurora morreu. Logo depois, o pai. A madrasta a maltratava, demonstrando preferência pela própria filha. Aurora era uma ceramista de talento e passava o dia todo no torno, aperfeiçoando seu dom. As pessoas vinham de longe para comprar seus potes. Seu único amigo era um peixe dourado que ela adorava. A malvada madrasta ficou com ciúme, apanhou o peixe, preparou-o e o comeu. Escondeu as espinhas debaixo de um monte de esterco, no jardim da casa. Aurora as encontrou e as guardou em seu quarto. A história conta que as espinhas do peixe lançavam raios mágicos que atribuíam um brilho especial aos potes da jovem. Em certa oportunidade, o mais nobre dos guerreiros locais ofereceu uma grande festa, convidando toda a comunidade. A madrasta, de imediato, proibiu que Aurora participasse. Mas, quando ela e a filha saíram, dirigindo-se para a festividade, Aurora se vestiu com um belo manto de penas de martim-pescador. Nos pés, calçou sapatos dourados, leves e elegantes. Estava deslumbrante. Na festa, ela conversou brevemente com o nobre guerreiro, que ficou muito impressionado com sua beleza. Percebendo a presença da enteada, a madrasta a perseguiu, expulsando-a do local. Aurora correu para casa. Pelo caminho, perdeu um dos sapatos, que foi encontrado pelo promotor da bela recepção. Desejando conhecer a identidade daquela que o impressionara, ele ordenou que todas as moças de seu reino experimentassem o calçado. Por ser muito pequeno, a nenhuma jovem serviu. Então, o sapateiro, que fizera os sapatos dourados, se apresentou e contou a quem pertencia o calçado. Aurora havia trocado um de seus maravilhosos potes pela preciosa encomenda. E foi assim, graças ao seu talento e esforço, que lhe permitiu adquirir aquele calçado tão especial, que ela foi levada ao casamento com o nobre senhor guerreiro. Naturalmente, como em todos os contos de fadas, os dois viveram felizes para sempre. * * * Durante muitos anos se pensou que a história de Cinderela teria surgido na Itália, em 1634, desde que é a versão europeia mais antiga. No entanto, a versão chinesa data de oitocentos anos antes. O papel foi inventado na china no ano 105 d.C. e o livro mais antigo impresso, de que se tem notícias, data de 868 d.C. Copiado à mão, traz uma miscelânea de contos folclóricos, inclusive o da Cinderela chinesa. Será que o mercador e viajante Marco Polo terá levado o conto de Pequim para Veneza? Não se sabe. Mas o importante é assinalar que o esforço, o talento são talismãs contra o desespero, a injustiça. Esta é a grande lição a ser extraída. Ao final, sempre vence a justiça, a verdade. O Evangelho assinala que nada há de oculto que não venha a ser revelado. E nada em segredo que não seja trazido à luz. Isso acalenta as almas dos que nos sentimos injustiçados, perseguidos. Sempre seremos vencedores, apoiados no trabalho, no bem, na verdade. Redação do Momento Espírita, com base
no cap. 22 e
Escute o áudio deste texto: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=6873&stat=0
(Copiado do site Feparana) |
Cinderela, ilustração de Carl Offterdinger. Fonte: Mein erstes Märchenbuch, Verlag Wilh. Effenberger, Stuttgart, final do século XIX. Ver capa e página de rosto. Foto/autor: Offterdinger, foto de Harke Copiado de: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Offterdinger_Aschenbrodel_(1).jpg |
Cinderela. Ilustração de Illustration d'Otto Kubel. Fonte: Fonte https://www.childstories.org/en/cinderela-1843.html Copiado de: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cendrillon.jpg |
Campanário de São Marcos, Biblioteca Marciana, Colunas e Palácio Ducal. Veneza, Itália. Foto Ismael Gobbo
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O grande ceifador |
Pelo Espírito Irmão X (Humberto de Campos). Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Cartas e Crônicas. Lição nº 34. Página 151.
Comentando certas dificuldades da genuína propaganda espírita, o velho Jonathan, antigo seguidor do Evangelho em nosso campo de ação espiritual, tomou a palavra e falou, sorrindo: - No tempo do Mestre, semelhantes entraves não eram menores. A gloriosa, missão do Senhor ia em meio, quando surgiram várias legiões de supostos discípulos da Boa Nova, à margem das atividades evangélicas. Multidões desarvoradas, ao comando de chefes que se diziam continuadores de João Batista, enxameavam nas bordas do Jordão, a se dispersarem na Palestina e na Síria. Capitães da revolta popular contra o domínio romano, após ouvirem as lições do Senhor, usavam-lhe a doutrina, criando a discórdia sistematizada, em nome da solidariedade humana, nos diversos vilarejos que circulavam o Tiberíades. Todos erguiam flamejante verbo, asseverando falar em nome do Divino Renovador. Jesus, o Messias Nazareno, achava-se entre os homens, investido da autoridade indispensável à formação de um Novo Reino. Destruiria os potentados estrangeiros e aniquilaria ditadores do poder. Discursos preciosos faziam-se ouvir nos cenáculos do povo e nos quadros rústicos da natureza, exaltando a boa vontade e a comunhão das almas, o devotamento e a tolerância entre as criaturas. Milhares de ouvintes escutavam, enlevados, as pregações, extáticos e felizes, qual se já respirassem num mundo novo. Contudo, no turbilhão dos conceitos vibrantes e nobres, alinhavam-se aqueles que, arrecadando dinheiro para socorro às viúvas e aos órfãos, olvidavam-nos deliberadamente para enriquecerem a própria bolsa, e apareciam os oportunistas que, em se incumbindo da doutrinação referente à fraternidade, utilizavam-se da frase primorosa e bem feita, para a realização das mais baixas manobras políticas. Foi por isso que, em certo crepúsculo, quando a multidão se congregava em torno do Mestre, junto às águas, para recolher-lhe a palavra consoladora e o ensino salutar, Simão Pedro, homem afeiçoado à rude franqueza, valendo-se da grande pausa que o Eterno Benfeitor imprimira à própria narrativa, quando expunha a parábola do semeador, interpelou- O, diretamente, indagando: - Mestre, e que faremos dos que exploram a idéia do Reino de Deus? Em muitos lugares, encontramos aqueles que formam grupos de serviço, em nome da Boa Nova nascente, tumultuando corações em proveito próprio. Agitam a mente popular e formulam promessas que não podem cumprir... Em Betsaida, temos a falange de Berequias ben Zenon que a dirige com entusiasmo dominante, apropriando-se-vos da mensagem sublime para solicitar as dracmas de pobres pescadores, alegando destiná-las aos doentes e às viúvas, mas, embora preste auxílio a reduzido número de infortunados, guarda para si mesmo a maior parte das ofertas amealhadas e, ainda hoje, em Cafarnaum, ouvi a prédica brilhante de Aminadab ben Azor, que se prevalece de vossas lições divinas para induzir o povo à indisciplina e à perturbação, não obstante pronuncie afirmativas e preces que reconfortam o espírito dos que sofrem nos caminhos árduos da Terra... Como agir, Senhor? Será justo nos subordinemos à astúcia dos ambiciosos e à manha dos velhacos? como relegar o Evangelho à dominação de quantos se rendem à vaidade e à avidez da posse, ao egocentrismo e à loucura. Jesus meditou alguns instantes e replicou: - Simão, antes de tudo, é preciso considerar que o crime confesso encontra na Lei a corrigenda estabelecida. Quem rouba é furtado, quem ilude os outros, engana a si próprio, e quem fere será ferido... - Mas, Senhor - tornou o apóstolo -, no processo em exame, creio seja necessário ponderar que os males decorrentes da falsa propaganda são incomensuráveis... Não haverá recurso para sustá-los de imediato? O Excelso Amigo considerou, paciente: - Se há juízes no mundo que nasceram para o duro mister de retificar, aqui nos achamos para a obra do auxílio. Não podemos olvidar que os verdadeiros discípulos da Boa Nova, atentos à missão de amor que lhes cabe, não dispõem de tempo e disposição para partilhar as atividades dos irmãos menos responsáveis... Além disso, baseando-me em sua própria palavra, não estamos diante de companheiros totalmente esquecidos da caridade. Disseste que Berequias ben Zelou, pelo menos, ampara alguns infelizes que lhe cercam a estrada, e que Aminadab ben Azor, no seio das palavras insensatas que pronuncia, encaixa ensinamentos e orações de valia para os necessitados de luz... E se formos sopesar as esperanças e possibilidades, os anseios e as virtudes dos milhares de amigos provisórios que os acompanham, como justificar qualquer sentença condenatória de nossa parte? O apontamento judicioso ficou no ar, e, como ninguém respondesse, Jesus espraiou o olhar no horizonte longínquo, como quem apelava para o futuro, e ditou a parábola do joio e do trigo, que consta do capítulo treze das anotações de Mateus: - “O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente em seu campo; mas, ao dormir, eis que veio o inimigo e semeou joio no meio do trigo, retirando-se após. Quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio. E os servos desse pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: - Senhor, não semeaste no campo a boa semente? porque a intromissão do joio? E ele lhes disse: - Um adversário é quem fez isso. E os servos acentuaram: - Queres, pois, que o arranquemos? Respondeu-lhes, porém, o senhor: - Isso não, para que não aconteça extirpemos o joio, sacrificando o trigo. Deixemo-los crescer juntos até à ceifa. Nessa ocasião, direi aos trabalhadores: - Colhei primeiramente o joio para que seja queimado e ajuntai o trigo no meu celeiro.” Calou-se o Cristo, pensativo... Todavia, Simão, insatisfeito, volveu a perguntar: - Mas... Senhor, Senhor!... em nosso caso, quem colherá a verdade, separando-a da mentira? O Mestre sorriu de novo e respondeu: - Pedro, o tempo é o grande ceifador... Esperemos por ele, cumprindo o dever que nos compete... A vida e a justiça pertencem ao Pai e o Pai decidirá quanto aos assuntos da vida e da justiça... E porque ninguém lhe opusesse embargo à lição, calou-se o Mestre para demandar, em seguida, outros ensinos... Silenciou o velho Jonathan e, a nosso turno, com material suficiente para estudo, separamo-nos todos para concluir e meditar.
(Texto recebido em email do divulgador Antonio Sávio, “Tonhão”. Belo Horizonte, MG) |
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“O inimigo que semeia”. Uma referência à Parábola do Joio e do Trigo. Entre 1886 e 1894. Por James Tissot, atualmente no Brooklyn Museum, em Nova Iorque. Imagem/fonte:
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Lolium temulentum (Joio ou Cizânia) Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Illustration_Lolium_temulentum0.jpg
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Plantação de trigo na região de Cambe, PR, Brasil. Foto Ismaerl Gobbo
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Trigo. Óleo sobre tela de John Linnell. 1860. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:John_Linnell_-_Wheat_-_Google_Art_Project.jpg
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Sugestão de Pauta Dia Nacional do Espiritismo |
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(Recebido em email de Federação Espírita Brasileira [comunicacao@febnet.org.br]) |
6º. Encontro Espírita de Inverno Poços de Caldas, MG |
(Informação de Sonira Giosa do C.E.União Fraternal Raul Cury (Poços de Caldas-MG) recebida em email de Domingos B. Rodrigues [domrodr99@gmail.com]) |
Atualidade das obras de Kardec |
Na manhã do dia 16 de abril, Cesar Perri proferiu palestra presencial na Casa do Caminho Meimei, na Vila Ema, na capital paulista. Desenvolveu o tema “Atualidade das obras de Allan Kardec”, evocando a data histórica do lançamento de “O Livro dos Espíritos” – 18/04/1857, em Paris. Em seguida atendeu a questões apresentadas pelos presentes. O expositor foi recepcionado pelo casal dirigente Maria Lúcia e Sander Salles Leite. Maria Lúcia dirigiu a reunião. Sander foi secretário da USE-SP durante gestões de Perri na década de 1990.
(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com] e do GEECX) |
Homenagem pelo “dia do livro espírita” |
Na reunião pública e transmitida pela internet da Instituição Nosso Lar, de Araçatuba (SP), na manhã do dia 16 de abril de 2023 Paulo Sérgio Perri de Carvalho proferiu palestra sobre o “dia do livro espírita”, já oficializado no Brasil, evocando a data de lançamento de “O Livro dos Espíritos”. Kardec lançou essa obra inaugural em Paris no dia 18 de abril de 1857. Acesso pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=vH_XeSIh_Sc
(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com] e do GEECX) |
Conferência no Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, Portugal |
Exms Senhores OCS,
As nossas mais cordiais saudações. O Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, vai levar a cabo uma conferência espírita, com a profª Catarina Fernandes, subordinada ao tema "Deus, Espírito, Matéria", na próxima 6ª feira, 21 de Abril de 2023, às 21h, com entrada livre e gratuita. Posteriormente, decorrerá a bioenergia (passe espírita) e o atendimento em privado. Todas as actividades são livres e gratuitas.
Cordialmente
CCE
(Recebido em email de Centro de Cultura Espírita Caldas da Rainha [ccespirita@gmail.com]) |
Palestra no Centro Espírita Discípulos de Jesus Araçatuba, SP |
Palestra por Ismael Gobbo, na terça-feira, 18-04-2023, às 20 horas. Será abordado o tema Allan Kardec na data comemorativa de O Livro dos Espíritos. Endereço: Av. Prestes Maia, 1235 - Planalto, Araçatuba – SP
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Jornal Mundo Maior Acesse no link |
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Jornal Correio Espírita Acesse no link |
Link https://campanha.correioespirita.org.br/a/o.php?e=kGva&a=vKfMq&v=LyRdwC
(Recebido em email de Correio Espírita [webdesigner@correioespirita.org.br]) |
Live com Donizete Pinheiro As Obras de Emmanuel. Acessar no Youtube. |
(Recebido em email de Donizete Pinheiro [donizete.pinheiro@gmail.com]) |
1º. Congressinho Espírita de Marília. Palestra pública no C.E. Luz e Verdade. Marília, SP |
(Recebido em email de Donizete Pinheiro) |
1º. Congressinho Espírita de Marília. Palestra e Roda de Conversa. União Espírita João de Camargo. Marília, SP |
(Recebido em email de Donizete Pinheiro) |
1º. Congressinho Espírita de Marília. Roda de Conversa. G.E. Jesus de Nazaré. Marília, SP |
(Recebido em email de Donizete Pinheiro) |
USE Regional de Marilia. Exposição e Roda de Conversa. Cosme Massi. Youtube |
(Recebido em email de Donizete Pinheiro) |
Palestras programadas no C.E. Raymundo Mariano Dias Birigui, SP |
(Com informação de João Marchesi Neto) |
Duas pesquisas em andamento por Ivan Franzolin São Paulo |
Olá, Ismael,
Solicito a gentileza de publicar durante 3 semanas as duas pesquisas em andamento, conforme segue. Desde já o meu agradecimento. Abraço,
Ivan Franzolim Cel.: (11) 98156-0030
*Pesquisa para jovens! De todas as religiões* O objetivo é conhecer como os jovens encaram e vivenciam as opções de espiritualidade. Os resultados serão publicados em maio nas redes sociais. Agradecemos muito Responder e Compartilhar com os amigos. https://forms.gle/ErMbhpGYjvvKBTAXA
Este é um convite para você que é espírita, participar da Pesquisa Nacional, edição 2023. Ela objetiva entender melhor como pensam e se comportam os espíritas. A pesquisa é anônima e leva apenas alguns minutos para ser concluída. Suas respostas são muito importantes para traçar um perfil dos espíritas e entender como o Espiritismo influencia o modo de viver. Para participar, basta clicar no link abaixo e responder as perguntas. Seus dados serão mantidos em sigilo e usados apenas para fins estatísticos. Link: https://forms.gle/2C8BkLV8Td6DeHMm6 Compartilhe esse convite com seus amigos espíritas e vamos juntos construir um estudo relevante e representativo sobre a religião espírita. Agradecemos desde já a sua participação e colaboração para a construção de um movimento espírita mais estruturado e atuante. Como curiosidade, o texto desta postagem foi escrito pela inteligência artificial do ChatGPT!
(Recebido em email de Ivan Franzolim [franzolim@gmail.com]) |
Palestras mês de abril da IBNL – Instituição Beneficente Nosso Lar. São Paulo, SP |
(Informações recebidas em email de Clodoaldo Leite [cidadaniaparatodos@yahoo.com.br]) |
FEESP. Renato Prieto em Chico Xavier em Pessoa |
(Com informação de Jorge Rezala) |
Reflexão, extraída do livro “Richard Simonetti - O Pensamento”. |
Organizado por Álvaro Pinto de Arruda. Vídeo do lançamento: https://youtu.be/jOy9vbkLUEM
https://www.editoraceac.com.br/loja/produto/o-pensamento
(Recebido em email de Tânia Simonetti [taniasimonetti@gmail.com]) |
Site da Federação Espírita Brasileira Brasília, DF |
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Feparana- Federação Espírita do Paraná Curitiba |
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FEMAR- Federação Espírita do Maranhão São Luís |
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FEPI- Federação Espírita Piauiense Teresina |
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Se te for possível colabore com o Abrigo Ismael- Departamento da centenária União Espírita “Paz e Caridade”. Araçatuba, SP |
ACESSE O SITE AQUI: O Abrigo Ismael comemorou 80 anos no dia 3 de outubro de 2021
O União Espírita Paz e Caridade, desde o ano 1921, vem atuando para abrandar o sofrimento de idosas carentes, suprindo-lhes todas as suas necessidades. Atualmente, conta com uma equipe de enfermagem, auxiliares, nutricionista, assistente social, médico, e fornece seis refeições diárias, medicamentos, lazer, atividades físicas e lúdicas, visando sempre a maior qualidade de vida possível nesta fase da vida. Em todos esses anos sempre contou com a colaboração da sociedade araçatubense, o qual agradecemos de todo o coração.
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Boletim semanal do Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier São Paulo |
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Momentos históricos de obras espíritas; O Cristo consolador; 2o Mês Espírita Mundial; Indefinições sobre o futuro e os encaminhamentos; Foco no consolador; Temas da atualidade e históricos em Dirigente espírita; Em família
Artigo: - Momentos históricos de obras espíritas: http://grupochicoxavier.com.br/momentos-historicos-de-obras-espiritas/
- O Cristo consolador: http://grupochicoxavier.com.br/o-cristo-consolador-2/
-2o Mês Espírita Mundial: http://grupochicoxavier.com.br/2-mes-espirita-mundial/
Vídeos: - Indefinições sobre o futuro e os encaminhamentos: http://grupochicoxavier.com.br/indefinicoes-sobre-o-futuro-e-os-encaminhamentos/
Estudo do Evangelho: http://grupochicoxavier.com.br/foco-no-consolador/
Bibliografia: - Temas da atualidade e históricos em Dirigente espírita: http://grupochicoxavier.com.br/temas-da-atualidade-e-historicos-em-dirigente-espirita/
Mensagem – Em família: http://grupochicoxavier.com.br/em-familia-3/
o0o “Afastemo-nos, pois, das nossas inibições e aprendamos com o Cristo a “sair para semear” - Emmanuel (Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Fonte viva. Cap. 64. FEB)
o0o Com fraternal abraço, Equipe GEECX
(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com] e do GEECX) |
Revista eletrônica semanal O Conbsolador Londrina, PR. |
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Momentos históricos de obras espíritas |
Antonio Cesar Perri de Carvalho Abaixo o texto publicado na Folha da Região de Araçatuba, SP
(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com] e do GEECX)
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Allan Kardec Lião (França): 03-10-1804 / Paris (França): 31-03-1869. Gravura cedida por Charles Kempf, Belfort, França.
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Capa da 1ª. edição de O Livro dos Espíritos de Allan Kardec, lançados aos 18 de abril de 1857. Copiada de https://kardec.blog.br/18-de-abril-de-1857/
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Revista Espírita em sua primeira edição no ano de 1858. Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Revue_Spirite_1%C2%AA_ed_1858.jpg
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Há um século |
Busto de Allan Kardec no túmulo onde está sepultado com a esposa Amélie Boudet Cemitério Père Lachaise, Paris, França, Foto Ismael Gobbo
Pelo Espírito Hilário Silva. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: O Espírito da Verdade. Estudos e dissertações em torno de O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec. Lição nº 52. Páginas 125 a 128. Capitulo XXV. Item 2.
Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, naquela triste manhã de abril de 1860, estava exausto, acabrunhado. Fazia frio. Muito embora a consolidação da Sociedade Espírita de Paris e a promissora venda de livros, escasseava o dinheiro para a obra gigantesca que os Espíritos Superiores lhe haviam colocado nas mãos. A pressão aumentava... Missivas sarcásticas avolumavam-se à mesa. Quando mais desalentado se mostrava, chega a paciente esposa, Madame Rivail - a doce Gaby -, a entregar-lhe certa encomenda, cuidadosamente apresentada. O professor abriu o embrulho, encontrando uma carta singela. E leu: “Sr. Allan kardec: Respeitoso abraço. Com a minha gratidão, remeto-lhe o livro anexo, bem como a sua história, rogando-lhe, antes de tudo, prosseguir em suas tarefas de esclarecimento da Humanidade, pois tenho fortes razões para isso. Sou encadernador desde a meninice, trabalhando em grande casa desta capital. Há cerca de dois anos casei-me com aquela que se revelou minha companheira ideal. Nossa vida corria normalmente e tudo era alegria e esperança, quando, no início deste ano, de modo inesperado, minha Antoinette partiu desta vida, levada por sorrateira moléstia. Meu desespero foi indescritível e julguei-me condenado ao desamparo extremo. Sem confiança em Deus, sentindo as necessidades do homem do mundo e vivendo com as dúvidas aflitivas de nosso século, resolvera seguir o caminho de tantos outros, ante a fatalidade... A prova da separação vencera-me, e eu não passava, agora, de trapo humano. Faltava ao trabalho e meu chefe, reto e ríspido, ameaçava-me com a dispensa. Minhas forças fugiam. Namorava diversas vezes o Rio Sena e acabei planejando o suicídio. “Seria fácil, não sei nadar” – pensava. Sucediam-se noites de insônia e dias de angústia. Em madrugada fria, quando as preocupações e o desânimo me dominaram mais fortemente, busquei a Ponte Marie. Olhei em torno, contemplando a corrente... E, ao fixar a mão direita para atirar-me, toquei um objeto algo molhado que se deslocou da amurada, caindo-me aos pés. Surpreendido, distingui um livro que o orvalho umedecera. Tomei o volume nas mãos e, procurando a luz mortiça de poste vizinho, pude ler, logo no frontispício, entre irritado e curioso. “Esta obra salvou-me a vida. Leia-a com atenção e tenha bom proveito. - A. Laurent.” Estupefato, li a obra - “ O Livro dos Espíritos” - ao qual acrescentei breve mensagem, volume esse que passo às suas mãos abnegadas, autorizando o distinto amigo a fazer dele o que lhe aprouver. Ainda constavam da mensagem agradecimentos finais, a assinatura, a data e o endereço do remetente. O Codificador desempacotou, então, um exemplar de “O Livro dos Espíritos” ricamente encadernado, em cuja capa viu as iniciais do seu pseudônimo e na página do frontispício, levemente manchada, leu com emoção não somente a observação a que o missivista se referira, mas também outra, em letra firme: - “Salvou-me também. Deus abençoe as almas que cooperaram em sua publicação. - Joseph Perrier.” Após a leitura da carta providencial, o Professor Rivail experimentou nova luz a banhá-lo por dentro... Conchegando o livro ao peito, raciocinava, não mais em termos de desânimo ou sofrimento, mas sim na pauta de radiosa esperança. Era preciso continuar, desculpar as injúrias, abraçar o sacrifício e desconhecer as pedradas... Diante de seu espírito turbilhonava o mundo necessitado de renovação e consolo. Allan Kardec levantou-se da velha poltrona, abriu a janela à sua frente, contemplando a via pública, onde passavam operários e mulheres do povo, crianças e velhinhos... O notável obreiro da Grande Revelação respirou a longos haustos, e, antes de retomar a caneta para o serviço costumeiro, levou o lenço aos olhos e limpou uma lágrima...
(Texto recebido em email do divulgador Antonio Sávio de Belo Horizonte, MG) |
Ponte Marie sobre o rio Sena.Paris, França. Foto: Lucas Gobbo |
Ponte Marie sobre o rio Sena, Paris, França. Foto: Ismael Gobbo. |
Capa da 1ª. edição de O Livro dos Espíritos de Allan Kardec, lançados aos 18 de abril de 1857. Copiada de https://kardec.blog.br/18-de-abril-de-1857/ |
Entrada do Cemitério Montmartre em 1860. Imagem/fonte: http://www.pariscemeteries.com/news-1/2017/12/3/postcard-from-paris
Allan Kardec desencarnou no dia 31-03-1869 e foi sepultado no dia 2 de abril de 1869 no Cemitério Montmartre. Discursaram: o vice-presidente da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, Sr. Levent, o célebre astrônomo Camille Flamarion, que fez um relato da veneranda existência do codificador, Alexandre Delanne e E. Muller.
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Busto de Allan Kardec no túmulo onde está sepultado. Cemitério Père Lachaise. Paris, França. Foto: Ismael Gobbo.
Em 29 de março de 1870, os despojos de Kardec foram exumados e transferidos do Cemitério Montmartre para o Cemitério Père-Lachaise. A inauguração do belo dólmen do Père Lachaise se deu às duas horas da tarde do dia 31. Na comovente solenidade, falaram os eminentes vultos do espiritismo da França: Levent, Desliens, Leymarie e Guilbert.
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Sobre o túmulo de Allan Kardec assim se expressa Jacques Barozzi autor do “Guide des Cimetières Parisiens” - “Guia dos Cemitérios Parisienses”
“Fundador da Doutrina Espírita e autor do Livro dos Espíritos. Sua sepultura é a mais visitada e a mais florida do Père Lachaise”.
"Fondateur de la doctrine du spiritisme et auteur du Livre des esprits. Sa tombe est la plus visitée et la plus fleurie du Père-Lachaise".
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Monteiro Lobato (18-04-1882 / 04-07-1948 |
José Bento Renato Monteiro Lobato[nota 1] (Taubaté, Província de São Paulo, 18 de abril de 1882 – cidade de São Paulo, São Paulo,4 de julho de 1948)[nota 2] foi um escritor, ativista, diretor e produtor brasileiro.
Leia sobre a vida e obra de Monteiro Lobato neste link: https://pt.wikipedia.org/wiki/Monteiro_Lobato
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Autor brasileiro Monteiro Lobato. Por volta de 1920. Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Monteiro_Lobato |
Túmulo de Monteiro Lobato. Cemitério da Consolação. São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo |
Amor Infinito Palavras de Chico Xavier |
(Recebido em email de Leopoldo Zanardi) |
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