Notícias do Movimento Espírita São Paulo, SP, segunda-feira, 24 de abril de 2023. Compiladas por Ismael Gobbo |
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Notas |
1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento. 2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes diversas via e-mail e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec. Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.
3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).
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Biografia de Allan Kardec1 Autor: Henri Sausse |
Continuação da postagem no Boletim anterior
O futuro fundador do Espiritismo recebeu desde o berço um nome querido e respeitado e todo um passado de virtudes, de honra, de probidade; grande número dos seus antepassados se tinham distinguido na advocacia e na magistratura, por seu talento, saber e escrupulosa probidade. Parecia que o jovem Rivail devia sonhar, também ele, com os louros e as glórias da sua família. Assim, porém, não foi, porque, desde o começo da sua juventude, ele se sentiu atraído para as Ciências e para a Filosofia. Rivail Denizard fez em Lyon os seus primeiros estudos e completou em seguida a sua bagagem escolar, em Yverdun (Suíça), com o célebre professor Pestalozzi, de quem cedo se tornou um dos mais eminentes discípulos, colaborador inteligente e dedicado. Aplicou-se, de todo o coração, à propaganda do
2 N.E.: Veja-se Reformador de abril de 1947, p. 85.
sistema de educação que exerceu tão grande influência sobre a reforma dos estudos na França e na Alemanha. Muitíssimas vezes, quando Pestalozzi era chamado pelos governos, um pouco de todos os lados, para fundar institutos semelhantes ao de Yverdun, confiava a Denizard Rivail o encargo de o substituir na direção da sua escola. O discípulo tornado mestre tinha, além de tudo, com os mais legítimos direitos, a capacidade requerida para dar boa conta da tarefa que lhe era confiada. Era bacharel em Letras e em Ciências e doutor em Medicina, tendo feito todos os estudos médicos e defendido brilhantemente sua tese.3 Linguista insigne, conhecia a fundo e falava corretamente o alemão, o inglês, o italiano e o espanhol; conhecia também o holandês, e podia facilmente exprimir-se nesta língua. Denizard Rivail era um alto e belo rapaz, de maneiras distintas, humor jovial na intimidade, bom e obsequioso. Tendo-o a conscrição incluído para o serviço militar, ele obteve isenção e, dois anos depois, veio fundar em Paris, à rua de Sèvres, no 35, um estabelecimento semelhante ao de Yverdun. Para essa empresa se associara a um dos seus tios, irmão de sua mãe, o qual era seu sócio capitalista. No mundo das letras e do ensino, que frequentava em Paris, Denizard Rivail encontrou a Srta. Amélie Boudet, professora com diploma de 1a classe. Pequena, mas bem-proporcionada, gentil e graciosa, rica por seus pais e filha única, inteligente e viva, ela soube por seu sorriso e predicados fazer-se notar pelo Sr. Rivail, em quem adivinhou, sob a franca e comunicativa alegria do homem amável, o pensador sábio e profundo, que aliava grande dignidade à mais esmerada urbanidade. O registro civil nos informa que: “Amélie-Gabrielle Boudet, filha de Julien-Louis Boudet, proprietário e antigo tabelião, e de Julie-Louise Seigneat de Lacombe, nasceu em Thiais (Sena), aos 2 do Frimário do ano IV (23 de novembro de 1795).” A Srta. Amélie Boudet tinha, pois, mais nove anos que o Sr. Rivail, mas na aparência dir-se-ia ter menos dez que ele, quando, em 6 de fevereiro de 1832, se firmou em Paris o contrato de casamento de Hippolyte-Léon-Denizard Rivail, diretor do Instituto Técnico à rua de Sèvres (Método de Pestalozzi), filho de Jean-Baptiste Antoine e senhora, Jeanne Duhamel, residentes em Château-du-Loir, com Amélie-Gabrielle Boudet, filha de
3 N.E.: Ver Reformador de março de 1958, p. 67.
Julien-Louis e senhora Julie-Louise Seigneat de Lacombe, residentes em Paris, rua de Sèvres, no 35. O sócio do Sr. Rivail tinha a paixão do jogo; arruinou o sobrinho, perdendo grossas somas em Spa e em Aix-la-Chapelle. O Sr. Rivail requereu a liquidação do Instituto, de cuja partilha couberam 45.000 francos a cada um deles. Essa soma foi colocada pelo Sr. e Sra. Rivail em casa de um dos seus amigos íntimos, negociante, que fez maus negócios e cuja falência nada deixou aos credores. Longe de desanimar com esse duplo revés, o Sr. e Sra. Rivail lançaram-se corajosamente ao trabalho. Ele encontrou e pôde encarregar-se da contabilidade de três casas, que lhe produziam cerca de 7.000 francos por ano; e, terminado o seu dia, esse trabalhador infatigável escrevia à noite, ao serão, gramáticas, aritméticas, livros para estudos pedagógicos superiores; traduzia obras inglesas e alemãs e preparava todos os cursos de Levy-Alvarès, frequentados por discípulos de ambos os sexos do faubourg Saint-Germain. Organizou também em sua casa, à rua de Sèvres, cursos gratuitos de Química, Física, Astronomia e Anatomia comparada, de 1835 a 1840, e que eram muito frequentados. Membro de várias sociedades sábias, notadamente da Academia Real d’Arras, foi premiado, por concurso, em 1831, pela apresentação da sua notável memória: Qual o sistema de estudo mais em harmonia com as necessidades da época? Dentre as suas numerosas obras convém citar, por ordem cronológica: Plano apresentado para o melhoramento da instrução pública, em 1828; em 1829,4 segundo o método de Pestalozzi, ele publicou, para uso das mães de família e dos professores, o Curso prático e teórico de Aritmética; em 1831 fez aparecer a Gramática francesa clássica; em 1846, o Manual dos exames para obtenção dos diplomas de capacidade, soluções racionais das questões e problemas de Aritmética e Geometria; em 1848 foi publicado o Catecismo gramatical da língua francesa; finalmente, em 1849, encontramos o Sr. Rivail professor no Liceu Polimático, regendo as cadeiras de Fisiologia, Astronomia, Química e Física. Em uma obra muito apreciada resume seus cursos, e depois publica: Ditados normais dos exames na Municipalidade e na Sorbonne; Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas.
4 N.E.: Houve engano dos biógrafos. Não foi em 1829, mas em 1824. Ver Reformador de 1952, p. 77 e 79
Tendo sido essas diversas obras adotadas pela Universidade de França, e vendendo-se abundantemente, pôde o Sr. Rivail conseguir, graças a elas e ao seu assíduo trabalho, uma modesta abastança. Como se pode julgar por esta muito rápida exposição, o Sr. Rivail estava admiravelmente preparado para a rude tarefa que ia ter que desempenhar e fazer triunfar. Seu nome era conhecido e respeitado, seus trabalhos justamente apreciados, muito antes que ele imortalizasse o nome de Allan Kardec. Prosseguindo em sua carreira pedagógica, o Sr. Rivail poderia viver feliz, honrado e tranquilo, estando a sua fortuna reconstruída pelo trabalho perseverante e pelo brilhante êxito que lhe havia coroado os esforços, mas a sua missão o chamava a uma tarefa mais onerosa, a uma obra maior, e, como teremos muitas vezes ocasião de o evidenciar, ele sempre se mostrou à altura da missão gloriosa que lhe estava reservada. Seus pendores, suas aspirações, tê-lo-iam impelido para o misticismo, mas a educação, o juízo reto, a observação metódica, conservaram-no igualmente ao abrigo dos entusiasmos desarrazoados e das negações não justificadas. Foi em 1854 que o Sr. Rivail ouviu pela primeira vez falar nas mesas girantes, a princípio do Sr. Fortier, magnetizador, com o qual mantinha relações, em razão dos seus estudos sobre o Magnetismo. O Sr. Fortier lhe disse um dia: “Eis aqui uma coisa que é bem mais extraordinária: não somente se faz girar uma mesa, magnetizando-a, mas também se pode fazê-la falar. Interroga-se, e ela responde.” — Isso, replicou o Sr. Rivail — é uma outra questão; eu acreditarei quando vir e quando me tiverem provado que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir, e que se pode tornar sonâmbula. Até lá, permita--me que não veja nisso senão uma fábula para provocar o sono. Tal era a princípio o estado de espírito do Sr. Rivail, tal o encontraremos muitas vezes, não negando coisa alguma por parti pris, mas pedindo provas e querendo ver e observar para crer; tais nos devemos mostrar sempre no estudo tão atraente das manifestações do Além.
-CONTINUA NO PRÓXIMO BOLETIM DIARIO DE NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA)
(Copiado de O Que é o Espiritismo, no site FEBNET: https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2014/05/o-que-e-o-espiritismo.pdf). |
Certidão de Nascimento de Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec)
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Cidade Lião, França, vista desde a Colina de Fourvière. Fotos Ismael Gobbo
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Allan Kardec em idade de 15 anos. Imagem desenvolvida em computador por Marisa Cajado (Guarujá, SP) a partir de imagens conhecidas de Kardec em idade mais avançada.
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Retrato d ' Amélie Gabrielle Boudet , Sra. Allan Kardec. Por volta de 1860. Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9lie_Gabrielle_Boudet
Amélie-Gabrielle Boudet (Thiais, Departamento do Sena, 23 de novembro de 1795 - Paris, 21 de janeiro de 1883) foi uma professora e artista plástica francesa, esposa de Allan Kardec, codificador da Doutrina Espírita. Biografia Leia mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9lie_Gabrielle_Boudet
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Fotografia da igreja de Thiais, cidade francesa onde nasceu Amélie Gabrielle Boudet (1795- 1883) , aquela que seria a esposa do Codificador do Espiritismo Allan Kardec (1804- 1869). Foto de Eugène Atget (1857- 1927) Imagem copiada de https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b10518515n.item#
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Obras de arte relembrando Kardec e Amélie. Acervo do CEI Recebido de Elsa Rossi
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Mesas girantes em ilustração da revista l’Illustration de 1853. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tables_tournantes_1853.jpg
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Vista de Paris, França, com Les Invalides no centro. Foto Ismael Gobbo.
Les Invalides ( pronunciação francesa: [lezɛvalid] ), formalmente o national des Invalides Hôtel (A residência nacional do Invalids), ou também como Hôtel des Invalides , é um complexo de edifícios no 7º arrondissement de Paris , França, contendo museus e monumentos , todos relacionados com a história militar da França , bem como um hospital e uma casa de repouso para veteranos de guerra , a finalidade original do edifício. Leia mais: https://en.wikipedia.org/wiki/Les_Invalides
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Enquanto é tempo |
Foi em torno dos doze anos. Pedro nem lembrava o que acontecera mas deixara de falar com seu pai. Moravam na mesma casa mas nunca mais trocaram uma palavra. Nenhum cumprimento. Ou Licença, Por favor. Ou, à mesa, Por gentileza, passe-me o pão. À medida que os anos se sucediam, crescia a raiva de Pedro por aquele homem. Não gostava de vê-lo, de ter que privar dos mesmos cômodos. Era uma guerra surda, todos os dias. Dardos de raiva, chispas de ódio eram lançados de um contra o outro. Quando se casou, Pedro considerou que, agora, poderia respirar livremente em sua própria casa. Não precisaria olhar para aquela figura. Aos trinta e dois anos, certa noite, Pedro sonhou que seu pai havia morrido. O que poderia lhe constituir um alívio, ao contrário, lhe trouxe muita tormenta. Lamentou a perda do pai. Estranho. Mas esse era o sentimento: de perda, de não ter aproveitado o que aquele homem poderia lhe ter oferecido, de como poderiam ter vivido bons anos juntos. Despertando, deu-se conta que fora somente um sonho. Pensou que teria tempo de ir ao encontro do pai e se entenderem. Mais do que depressa, foi o que ele fez. O sonho lhe soara como um aviso, um alerta. Lembrou que, alguma vez, lera um trecho do Evangelho em que Jesus recomendava algo como se entender depressa com o adversário, enquanto a caminho com ele. Pedro foi à casa do pai. Após vinte anos de mutismo, cumprimentaram-se. Houve emoção, abraços, desculpas de um lado e de outro. Depois desse dia, por todos os anos seguintes, não deixaram de conversar, todos os dias, fosse um breve telefonema, uma mensagem de voz no celular, um vídeo na rede social. Rolaram os anos. Pedro descobriu no pai um grande amigo. Alguém com quem podia contar em dias de tempestade, de dúvidas. Alguém que conheceu os netos, viveu com eles momentos de alegria, descontração. Então, um dia, o sonho se concretizou. O pai morreu. E Pedro sentiu falta das conversas, das mensagens, dos conselhos. Até dos lanches rápidos em certos finais de tarde. Uma noite, recebeu, em sonho, a visita do velho pai. Ele parecia rejuvenescido. Veio ao seu encontro, de braços abertos. Abraçaram-se tão longamente que, quando acordou pela manhã, Pedro trazia a exata impressão dos calorosos braços de seu pai ao redor do seu pescoço. Como aquilo lhe fizera bem, o reconfortara. Intimamente, agradeceu a Deus por ter atendido ao alerta e ter usufruído da presença de seu pai, na Terra. * * * Somos assim, por vezes. Brigamos por coisa alguma e resolvemos cortar relações com o familiar, o amigo, o parente distante. Quase sempre, quando recebemos a notícia de sua morte, nos arrependemos de não termos acionado a desculpa, o perdão. De não termos sanado certos enganos, certos mal entendidos. Importante. Hoje, enquanto é tempo, desfaçamos qualquer mal-estar entre nós e quem quer que seja. A vida é demasiado curta, ao mesmo tempo muito preciosa, para que a percamos em coisas tolas. Deixemos nossa alma mais leve, não carregando rancor, não alimentando mágoas. Vivamos bem. Desculpemos, perdoemos. Convivamos. Redação do Momento Espírita
Escute o áudio deste texto: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=6870&stat=0
(Copiado do site Feparana) |
O retorno do filho pródigo. Óleo sobre tela de Edouard de Jans. Imagem/fonte: |
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A chaga do egoísmo |
A fila no estabelecimento bancário estava enorme. Poucos funcionários, muitos clientes. Dia de pagamento de compromissos vários motivava que o banco assim se apresentasse apinhado. Na sequência dos minutos, a fila aumentava e a impaciência tomava conta de alguns, enquanto outros buscavam a conversa descompromissada para aliviar a tensão da longa espera. Uma senhora distinta se aproxima do caixa. Afinal, chegara sua vez. O jovem bancário, solícito, se dispõe atendê-la. Ela coloca sua bolsa, com absoluta calma, sobre o balcão do caixa. Sem pressa, abre o zíper e com todo vagar busca dentro dela os carnês que deve pagar. Vira, revira e, finalmente retira um bloqueto de cobrança e um carnê, apresentando-os ao funcionário. Enquanto ele soma, ela procura vagarosamente sempre, o cartão a fim de efetuar o pagamento. Entrega-o ao rapaz, que aguarda, ansioso, verificando que a fila não para de se alongar. Ela ajeita os óculos para digitar a senha e quando já tem nas mãos tudo quitado e autenticado, retorna o cartão ao caixa, pedindo que proceda a uma retirada. Ele se prontifica, executa a operação e no momento que lhe passa o dinheiro, ela resolve alterar o valor, solicitando um tanto mais. As pessoas tudo observam, expressando impaciência, consultando o relógio. Finalmente, ela pega as notas e, com delicadeza, vai colocando na bolsa o carnê, o bloqueto, as notas, o cartão magnético, sem arredar um milímetro de frente ao caixa, impedindo a aproximação de outro cliente. A senhora prossegue no seu egoísmo, sem se importar com os outros, pensando somente em si mesma, como se fosse o único ser vivente no planeta. Mas esta forma de egoísmo não é a única. Outras existem e, quando se apresenta na inteligência, toma o aspecto de vaidade intelectual. Na ignorância, é a agressividade. Na pobreza, é a inveja que destrói, na tristeza é o isolamento. O egoísmo, onde se manifeste, usa as mais diversas máscaras. Como o joio que abafa o trigo, comparece igualmente nos corações que a luz já felicita, em forma de cólera e irritação, desânimo e secura. Se desejamos dar combate a esta praga, saibamos estender, cada dia, as nossas disposições de mais amplo serviço ao próximo, aprendendo a ceder de nós mesmos para o bem de todos. * * * Você sabia que o egoísmo é herança evidente de nossa antiga animalidade? E que é por este motivo que o vemos repontar em toda extensão do mundo? E que a plenitude do amor somente pode ser alcançada com humildade e sacrifício? Redação do Momento Espírita, com base
no cap. 25 do
Escute o áudio deste texto: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1441&stat=0
(Copiado do site Feparana) |
Mulher insana. Pintura a óleo de Théodore Géricault. 1822. Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Insane_Woman_(La_Monomane_de_l%27envie)
Insane Woman é um óleo sobre tela de 1822 de Théodore Géricault, em uma série de trabalhos que Géricault fez sobre os doentes mentais . Está alojado no Musée des Beaux-Arts de Lyon , na França. Leia mais: https://en.wikipedia.org/wiki/Insane_Woman_(La_Monomane_de_l%27envie)
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Máximas |
Pelo Espírito Casimiro Cunha. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Gotas de Luz. Lição nº 12. Página 33.
Não fujas ao teu dever Se queres ser respeitado. Para quem é preguiçoso Todo dia é feriado.
Quando o Céu procura um homem Que deseja conhecer Manda que o mundo lhe empreste Dinheiro, fama ou poder.
Há muita gente que sobe, Descendo ao remorso e à dor... E há muita gente que desce, Subindo à glória do amor.
Não olvides, se descansas, No jardim do galanteio. Que todo sapato lindo Acaba em chinela feio.
O rico que serve a todos, Mostrando amor e humildade, Desde a carne enganadora Penetra na santidade.
Agradeçamos ao mundo O cálice de angustia e fel. O mármore se aprimora A beliscões de cinzel.
Não critiques, nem destaques, As faltas de teu irmão. O tempo trará teu dia De luta e de tentação.
Põe o serviço em teus braços, Põe a bondade em teus olhos... E terás por toda parte Um roseiral sem abrolhos.
Toda moeda que ajuda Bons e maus, crentes e incréus, É caridade sublime Que sobe da Terra aos Céus...
Se pretendes o caminho Da vida que aperfeiçoa, Trabalha, incessantemente, Aprende, serve e perdoa.
(Texto recebido em email do divulgador Antonio Sávio, “Tonhão”. Belo Horizonte, MG) |
Casimiro Cunha e o médium Francisco Cândido Xavier psicografando. Imagens Internet.
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O Bom Samaritano. Óleo sobre tela de Artista: Théodule-Augustin Ribot. Controle de autorida de wikidata:Q66107738: Q66107738Joconde: 00980001224. Copiado de: |
Rosedal. Buenos Aires, Argentina. Foto Laura Emilia Michelin Gobbo
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Registro. Atividades no Projeto Chico Xavier neste sábado Araçatuba, SP |
Embora os trabalhadores da casa iniciam as atividades desde a manhã, a partir das 16 horas se iniciam as aulas de evangelização infantil e da mocidade, preparação dos alimentos a serem distribuídos, palestra pública e jantar a todos os participantes. A palestra neste sábado foi proferida pelo orador Ticiano Viol. Fotos: Osvaldo Magro Filho “Dinho”.
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Palestra pelo orador Ticiano Viol no Projeto Chico Xavier. Araçatuba, SP. Foto de Osvaldo Magro Filho “Dinho”. |
Trabalhadores e dirigente Ricardo Antonio dos Anjos na extrema direita do Projeto Chico Xavier. Araçatuba, SP. Foto de Osvaldo Magro Filho “Dinho”. |
Prédio humilde mas belo do Projeto Chico Xavier. Araçatuba, SP. Foto de Osvaldo Magro Filho “Dinho”. |
Evangelização no Projeto Chico Xavier. Araçatuba, SP. Foto de Osvaldo Magro Filho “Dinho”. |
Evangelização no Projeto Chico Xavier. Araçatuba, SP. Foto de Osvaldo Magro Filho “Dinho”. |
Admirável equipe de Evangelizadoras do Projeto Chico Xavier em Araçatuba, SP. Foto de Osvaldo Magro Filho “Dinho”. |
Refeição sendo preparada para ser servida no Projeto Chico Xavier. Araçatuba, SP. Foto de Osvaldo Magro Filho “Dinho”. |
Refeição a ser servida no Projeto Chico Xavier. Araçatuba, SP. Foto de Osvaldo Magro Filho “Dinho”. |
Refeição sendo servida no Projeto Chico Xavier. Araçatuba, SP. Foto de Osvaldo Magro Filho “Dinho”. |
Equipe que prepara alimentos para serem distribuídos no Projeto Chico Xavier. Araçatuba, SP. Foto de Osvaldo Magro Filho “Dinho”. |
Registro. Desencarnação de um admirável vulto do Movimento Espírita de Araçatuba:Ladislau de Oliveira Noce |
Vulto espírita de escol em Araçatuba, SP: Ladislau de Oliveira Noce
Na tarde deste sábado 22-04-2023 na cidade de Araçatuba, desencarnou nosso companheiro de ideal espírita Ladislau de Oliveira Noce que foi sepultado neste domingo. Nosso querido amigo “Lau” de mais de cinquenta anos teve uma grande participação tanto na sede da Instituição Nosso Lar como de seus departamentos. Pessoa séria mas alegre nos deixa muitas saudades. A partir de agora prossegue com seu trabalho valioso na Pátria Espíritual. Deus te abençõe querido amigo “Lau”. O nosso querido amigo Cezar, filho de Ladislau, assim se manifestou carinhosamente neste momento da partida do querido amigo “”Lau” que é acolhido na espiritualidade: “Meu guerreiro hoje retorna à Pátria Espiritual. Grande batalhador, ser humano de enorme caráter, honestidade, inteligência e juízo crítico. Vá em paz meu pai...Vá de encontro a sua estrela...Dalva e Lau... Lau e Dalva... Certamente o brilho celestial será mais intenso hoje. Junto à tristeza que nos toca, fica o orgulho e o sentimento do privilégio em ser seu fruto. Deus nos permita ter ao menos uma fração de sua grandiosidade pai. Respeito, admiração e amor... Eternos.
O filho Cezar com o pai Ladislau de Oliveira Noce “Lau”
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Salvou a vida e apresentou novo roteiro |
Na tarde do dia 20 de abril, Cesar Perri discorreu sobre o tema “O Espiritismo e os momentos atuais – Homenagem a O Livro dos Espíritos”, focalizando depoimentos/repercussões sobre essa obra básica, em reunião presencial e transmitida pela internet, no Grupo Espírita Casa do Caminho, em São Paulo. A reunião contou com atuação de Célia Maria Rey de Carvalho, Aladir Camargo e Zaira Varkulja. Em seguida ocorreram as reuniões dos grupos mediúnicos. Acesse pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=VVmWqHtBpUU
(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com] e do GEECX) |
Palestra no Centro Espírita Maria Benta São Paulo |
(Informação de Jorge Rezala) |
Jornal Mundo Maior Acesse no link |
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Informe Luz Espírita Acesse no link |
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Sugestão de Pauta Dia Nacional do Espiritismo |
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(Recebido em email de Federação Espírita Brasileira [comunicacao@febnet.org.br]) |
6º. Encontro Espírita de Inverno Poços de Caldas, MG |
(Informação de Sonira Giosa do C.E.União Fraternal Raul Cury (Poços de Caldas-MG) recebida em email de Domingos B. Rodrigues [domrodr99@gmail.com]) |
Live com Donizete Pinheiro As Obras de Emmanuel. Acessar no Youtube. |
(Recebido em email de Donizete Pinheiro [donizete.pinheiro@gmail.com]) |
1º. Congressinho Espírita de Marília. Palestra pública no C.E. Luz e Verdade. Marília, SP |
(Recebido em email de Donizete Pinheiro) |
1º. Congressinho Espírita de Marília. Palestra e Roda de Conversa. União Espírita João de Camargo. Marília, SP |
(Recebido em email de Donizete Pinheiro) |
1º. Congressinho Espírita de Marília. Roda de Conversa. G.E. Jesus de Nazaré. Marília, SP |
(Recebido em email de Donizete Pinheiro) |
Palestras programadas no C.E. Raymundo Mariano Dias Birigui, SP |
(Com informação de João Marchesi Neto) |
Duas pesquisas em andamento por Ivan Franzolin São Paulo |
Olá, Ismael,
Solicito a gentileza de publicar durante 3 semanas as duas pesquisas em andamento, conforme segue. Desde já o meu agradecimento. Abraço,
Ivan Franzolim Cel.: (11) 98156-0030
*Pesquisa para jovens! De todas as religiões* O objetivo é conhecer como os jovens encaram e vivenciam as opções de espiritualidade. Os resultados serão publicados em maio nas redes sociais. Agradecemos muito Responder e Compartilhar com os amigos. https://forms.gle/ErMbhpGYjvvKBTAXA
Este é um convite para você que é espírita, participar da Pesquisa Nacional, edição 2023. Ela objetiva entender melhor como pensam e se comportam os espíritas. A pesquisa é anônima e leva apenas alguns minutos para ser concluída. Suas respostas são muito importantes para traçar um perfil dos espíritas e entender como o Espiritismo influencia o modo de viver. Para participar, basta clicar no link abaixo e responder as perguntas. Seus dados serão mantidos em sigilo e usados apenas para fins estatísticos. Link: https://forms.gle/2C8BkLV8Td6DeHMm6 Compartilhe esse convite com seus amigos espíritas e vamos juntos construir um estudo relevante e representativo sobre a religião espírita. Agradecemos desde já a sua participação e colaboração para a construção de um movimento espírita mais estruturado e atuante. Como curiosidade, o texto desta postagem foi escrito pela inteligência artificial do ChatGPT!
(Recebido em email de Ivan Franzolim [franzolim@gmail.com]) |
Palestras mês de abril da IBNL – Instituição Beneficente Nosso Lar. São Paulo, SP |
(Informações recebidas em email de Clodoaldo Leite [cidadaniaparatodos@yahoo.com.br]) |
FEESP. Renato Prieto em Chico Xavier em Pessoa |
(Com informação de Jorge Rezala) |
Reflexão, extraída do livro “Richard Simonetti - O Pensamento”. |
Organizado por Álvaro Pinto de Arruda. Vídeo do lançamento: https://youtu.be/jOy9vbkLUEM
https://www.editoraceac.com.br/loja/produto/o-pensamento
(Recebido em email de Tânia Simonetti [taniasimonetti@gmail.com]) |
Site da Federação Espírita Brasileira Brasília, DF |
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Feparana- Federação Espírita do Paraná Curitiba |
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UEP- União Espírita Paraense Belém |
Acesse aqui: |
FEAP- Federação Espírita do Amapá Macapá |
Acesse aqui: https://web.facebook.com/federacaoespiritadoamapa/?locale=pt_BR&_rdc=1&_rdr
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Se te for possível colabore com o Abrigo Ismael- Departamento da centenária União Espírita “Paz e Caridade”. Araçatuba, SP |
ACESSE O SITE AQUI: O Abrigo Ismael comemorou 80 anos no dia 3 de outubro de 2021
O União Espírita Paz e Caridade, desde o ano 1921, vem atuando para abrandar o sofrimento de idosas carentes, suprindo-lhes todas as suas necessidades. Atualmente, conta com uma equipe de enfermagem, auxiliares, nutricionista, assistente social, médico, e fornece seis refeições diárias, medicamentos, lazer, atividades físicas e lúdicas, visando sempre a maior qualidade de vida possível nesta fase da vida. Em todos esses anos sempre contou com a colaboração da sociedade araçatubense, o qual agradecemos de todo o coração.
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Revista eletrônica semanal O Consolador Londrina, PR |
ACESSE AQUI:
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Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier São Paulo |
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Há 50 anos surgia “Emergência para a criança”; Livros de Emmanuel – homenagens a obras de Kardec; Atualidade das obras de Kardec; Salvou vidas e apresentou novo roteiro; Comemoração do dia 18 de abril no programa “Café com Evangelho”; Homenagem pelo dia do livro espírita; A viagem de Jeziel em direção à Casa do Caminho; Exemplar atual da histórica Revista espírita; Emergência para a criança
Artigo: -Há 50 anos surgia “Emergência para a criança”: http://grupochicoxavier.com.br/ha-50-anos-surgia-emergencia-para-a-crianca/
-Livros de Emmanuel – homenagens a obras de Kardec: http://grupochicoxavier.com.br/livros-de-emmanuel-homenagens-a-obras-de-kardec/
-Atualidade das obras de Kardec: http://grupochicoxavier.com.br/atualidade-das-obras-de-kardec-2/
Vídeos: - Salvou vidas e apresentou novo roteiro: http://grupochicoxavier.com.br/salvou-a-vida-e-apresentou-novo-roteiro/
- Comemoração do dia 18 de abril no programa “Café com Evangelho”: http://grupochicoxavier.com.br/comemoracao-do-dia-18-de-abril-no-programa-cafe-com-evangelho/
- Homenagem pelo dia do livro espírita: http://grupochicoxavier.com.br/homenagem-pelo-dia-do-livro-espirita/
- A viagem de Jeziel em direção à Casa do Caminho: http://grupochicoxavier.com.br/a-viagem-de-jeziel-em-direcao-a-casa-do-caminho/
Bibliografia: - Exemplar atual da histórica Revista espírita: http://grupochicoxavier.com.br/exemplar-atual-da-historica-revista-espirita/
Mensagem – Emergência para a criança: http://grupochicoxavier.com.br/emergencia-para-a-crianca/
o0o “O lar é o porto de onde a alma se retira para o mar alto do mundo, e quem não transporta no coração o lastro da experiência dificilmente escapará ao naufrágio parcial ou total”- Emmanuel (Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Família. Lição nº 01. São Paulo: CEU)
o0o Com fraternal abraço, Equipe GEECX
(Informação recebida em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com] e do GEECX) |
Depende de nós |
Sidney Fernandes
Quando bate a dificuldade, não raramente recorremos às forças transcendentes, comparecemos com mais frequência aos templos religiosos e caprichamos nas orações. Cabe-nos, no entanto, desenvolver a concepção de que portamos chama divina, que precisa ser alimentada e desenvolvida. Essa atitude fará toda a diferença, porque, quanto melhor desenvolvido estiver esse brilho interior, com mais segurança e competência enfrentaremos os obstáculos da vida. Se usarmos sempre óculos escuros, tudo parecerá envolto por sombras. Diz Fernando Pessoa que onde vemos obstáculo, motivo para nos irritarmos, morte e teimosia, outras pessoas verão chance para crescer, prova de paciência, começo de nova etapa e compreensão de que cada qual caminha em seu próprio passo e de que é inútil querer apressar o passo do outro, a não ser que ele concorde com isso. Cada qual vê o que quer, pode ou consegue enxergar. Porque sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura, ensina o mestre português. Eis a chave mágica da alegria e do equilíbrio: encontrar dentro de nós a superação e a conectarmos com os planos superiores. Para que isso aconteça, contudo, temos que adotar urgente atitude: observar melhor o nosso interior. Meus gestos, meu comportamento, meus impulsos, minhas leituras, meus pensamentos, relacionamentos, palavras e emoções são preciosos sinais para indicar como estamos administrando as nossas potencialidades. Depende de cada um de nós: conjugar ou não os verbos aprender, servir e cooperar; ter ou não cuidado para analisar, reprovar ou reclamar; seguir ou não normas de auxílio e silêncio; pronunciar ou não frases de bondade e estímulo; adotar posturas de ajuda, esquecimento do mal e trabalho, ou preferir maldizer, condenar e destruir. Finalmente, depende de nós a maneira como vemos a vida, valorizando ou não a hora que passa e a oportunidade de elevação, cultivando ou não os valores do amor, da humildade e do bom ânimo.
(Recebido em email de Sidney Fernandes 1948@uol.com.br, Bauru, SP)) |
Cristo ensina a humildade. Óleo sobre tela de Robert Scott Lauder Imagem/fonte:
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Florence Cook (1856- 22/04/1904) |
Florence Cook Copiado de Feparana
Os primeiros pormenores da vida de Florence são fornecidos por ela própria, em carta dirigida a Mr. Harrison em maio de 1872. Diz a carta: "Tenho 16 anos de idade. Desde a minha infância vejo os espíritos e ouço-os falar. Tinha o costume de sentar-me a sós e conversar com eles. Eles me cercavam e eu os tomava por pessoas vivas. Como ninguém os via nem ouvia, meus pais procuraram inculcar em mim a idéia de que tudo era produto de minha imaginação. Todavia não conseguiram modificar o meu modo de pensar a respeito do assunto e foi assim que passei a ser considerada como uma menina excêntrica. Na primavera de 1870 fui convidada a visitar uma amiga de colégio. Ela me perguntou se eu já ouvira falar de Espiritismo, acrescentado que seus pais e ela se reuniam em torno de uma mesa. Nessa situação obtinham certos movimentos; disse que, se eu consentisse, ainda naquela tarde ensaiariam uma experiência comigo".
Miss Cook pediu permissão a sua mãe e, em seguida, realizaram a primeira sessão, obtendo-se a comunicação de um espírito que se dizia ter sido a sua tia. Mais tarde, quando a jovem ficou em pé junto a mesa, esta se ergueu a uma altura de 4 pés. Miss Cook dá continuidade ao seu relato: "Na segunda sessão os espíritos nos deram provas de identidade, mas não chegamos a ficar de todo convencidas. Por fim, recebemos por tiptologia, uma comunicação orientando-nos para que deixássemos o aposento em penumbra. Eles me ergueriam e dariam comigo volta à sala. Não consegui conter o riso. Aquilo não era possível. Entretanto, decidiu-se apagar a luz. Apesar disso, a claridade que entrava pela janela não deixou a sala inteiramente às escuras. De imediato senti que alguém me tirava da cadeira, e, no instante seguinte, fui erguida até o teto, fato que todas as pessoas presentes na sala puderam ver. Sob meu espanto, transportaram-me sobre as cabeças dos assistentes, até que fui posta sobre uma mesa existente no extremo da sala. Minha mãe indagou se podíamos obter esse fenômeno. A mesa respondeu que sim, visto que eu era médium.
Reunimo-nos em nossa casa. Os espíritos quebraram a nossa mesa e duas cadeiras, fazendo ainda outros estragos. Em vista disso, resolvemos que, de modo algum tornaríamos a realizar sessões. Então os espíritos começaram a nos atormentar, atirando sobre mim livros e outros objetos; as cadeiras passeavam sozinhas pela sala, a mesa se erguia violentamente, enquanto fazíamos as refeições, e fortes ruídos eram ouvidos durante a noite, fazendo-nos estremecer de medo. Por fim nos vimos obrigadas a nos reunirmos em torno da mesa e a tentar um diálogo com eles.
Os espíritos disseram que fôssemos a Navarino Street, 74" onde existia uma sociedade espírita. O endereço estava certo. Lá encontramos Mr. Thomas Blyton que nos convidou a assistir a uma sessão onde entrei em transe e, por incorporação, uma entidade disse aos meus pais que, se contássemos com o auxílio de Mr. Herne e Mr. Williams, obteríamos comunicações de valor. Reunimo-nos várias vezes e, finalmente, obtivemos os fenômenos prometidos. O espírito que dirigiu a sessão disse chamar-se Katie King".
No dia 21 de abril de 1872, em sessão organizada para estudos de sua mediunidade, conforme ata publicada no "The Spiritualist", ouviu-se um bater de vidros da janela sem que ninguém descobrisse a causa. Então ouviu-se a voz de um espírito que disse: "Mr. Cook, é preciso que façais desobstruir o canal da calha, se desejais evitar que os alicerces da casa sofram". Surpresos, os presentes procederam a exame imediato, havendo a confirmação do que fora dito. No dia seguinte, em outra sessão, o espírito Katie King se materializou parcialmente pela primeira vez. Katie mostrou-se na abertura da cortina e falou durante alguns minutos, ocasião em que os presentes puderam acompanhar o movimento de seus lábios.
Florence Cook foi a primeira médium entre os médiuns ingleses a obter materializações integrais em plena luz. Com o avanço das experiências, Florence, que antes, nas materializações parciais permanecia consciente, passou a cair em transe à medida que Katie King ia adquirindo domínio da situação e conseguindo-se mostrar mais perfeitamente. Seu rosto a princípio dava a impressão de ser oco por trás. Mais tarde preencheu-se, os crepes ectoplásmicos se tornaram menos abundantes e, um ano depois, ela já conseguia caminhar do lado de fora da cabine. Quando lhe pediram para se deixar fotografar à luz de flashes, observou-se que a sua semelhança com Florence era muito grande. Era um problema, e, para provar que era um ser distinto de Miss. Cook, ela alterou a cor de sua face para tons de chocolate e azeviche. Em uma experiência feita logo em seguida, a médium foi amarrada apertadamente pelos assistentes no interior do gabinete. Depois foi observada toda uma gradação de diferenças entre ela e a médium. Estava reservado a Sir William Crookes fornecer as provas definitivas de que Katie King tinha uma existência à parte da de Miss Cook.
É preciso consignar que foi a própria Florence quem procurou o professor Crookes a fim de solicitar-lhe que investigasse a sua mediunidade. Eis como ela narra o episódio: "Fui à casa de Mr. Crookes sem dizer nada aos meus pais nem aos meus amigos. Ofereci-me como um sacrifício voluntário perante a sua incredulidade. Pouco antes se dera o desagradável incidente com Mr. Volckman. Os que não conheciam o fenômeno dirigiam palavras cruéis contra mim. Mr. Crookes fizera um comentário que me atormentava e foi por isso que me decidi a ir procurá-lo. Ele me recebeu e eu lhe disse: - Já que acreditais que sou uma impostora, se quiserdes virei submeter-me a experiências em vossa própria casa. Vossa esposa poder vestir-me como quiserdes e deixarei convosco o que tiver trazido. Podereis vigiar-me como vos aprouver; submeter-me-ei às experiências que desejardes, de modo que vos contenteis em todos os sentidos. Só imponho uma condição: se verificardes que sou agente de uma mistificação, denunciai-me publicamente; mas se vos certificardes de que os fenômenos são reais e de que eu mais não sou que o instrumento de forças invisíveis, isso direis ao público de modo que todo o mundo tome conhecimento da verdade. William Crookes aceitou o repto, disso resultando um dos mais tumultuosos e dramáticos episódios da História do Espiritismo.
Após da despedida do espírito Katie King, a mediunidade de Miss Florence foi utilizada por outra entidade que dizia chamar-se Marie, a qual, por mostrar-se cantando e dançando, foi denominada Marie, a dançarina. Em 1899, atendendo a um convite da Sphiny Society, de Berlim, Miss Cook já então Mrs. Corner pelo casamento, assentiu em realizar algumas sessões, nas quais Marie se materializou e produziu fenômenos sensacionais. Por essa altura Florence já se havia casado, em 1874, com um cavalheiro chamado Elgie Corner e vivia em Usk, no País de Gales, onde teve vários filhos.
Em 1904, William Crookes recebeu uma carta, datada de 24 de abril, na qual era-lhe comunicado o falecimento de Mrs. Corner. Ele respondeu expressando viva simpatia e declarando ainda que a vida post-mortem muito devia, quanto à sua certeza, à mediunidade da antiga Miss Florence Cook. Com esse episódio se encerra uma vida que conheceu tanto sensacionalismo quanto o das grandes atrizes da atualidade. A Doutrina Espírita deve eterna gratidão à menina de 15 anos, que, sacrificando sua juventude nos laboratórios dos sábios, prestou os mais relevantes serviços à comprovação científica da imortal obra de Allan Kardec.
(Texto copiado de http://www.feparana.com.br/topico/?topico=496) |
Florence Cook |
Sir William Crookes com a médium Florence Cook ao chão, e o espírito materializado de Katie King - imagem retocada para publicação, no século XIX. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sir_William_Crookes_and_Katie_King.jpg |
Florence Cook Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Florence_Cook.jpg |
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