Notícias do Movimento Espírita São Paulo, SP, quarta-feira, 08 de fevereiro de 2023. Compiladas por Ismael Gobbo |
|
Notas |
1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento. 2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes diversas via e-mail e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec. Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.
3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).
|
Atenção |
Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui:
https://www.noticiasespiritas.com.br/2023/FEVEREIRO/08-02-2023.htm
No Blog onde é postado diariamente: http://ismaelgobbo.blogspot.com.br/
Ou no Facebook:https://www.facebook.com/ismael.gobbo.1
|
Os últimos 5 emails enviados |
DATA ACESSE CLICANDO NO LINK
07-02-2023 https://www.noticiasespiritas.com.br/2023/FEVEREIRO/07-02-2023.htm 06-02-2023 https://www.noticiasespiritas.com.br/2023/FEVEREIRO/06-02-2023.htm 04-02-2023 https://www.noticiasespiritas.com.br/2023/FEVEREIRO/04-02-2023.htm 03-02-2023 https://www.noticiasespiritas.com.br/2023/FEVEREIRO/03-02-2023.htm 02-02-2023 https://www.noticiasespiritas.com.br/2023/FEVEREIRO/02-02-2023.htm
|
O Evangelho Segundo o Espiritismo |
(Copiado do site Febnet)
|
Orando com as mãos (Betende Hände) de Albrecht Dürer. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Duerer-Prayer.jpg |
Pintura de Francisco Goya mostrando São Francisco de Borja executando um exorcismo. Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Exorcismo
Exorcismo Os termos exorcismo, esconjuração ou esconjuro (em grego: exorkismos, "ato de fazer jurar", em latim: exorcismu) designam o ritual executado por uma pessoa devidamente autorizada para expulsar espíritos malignos (ou demónios) de outra pessoa que está num estado de possessão demoníaca. Leia mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/Exorcismo
|
Jesus curando uma mulher enferma no sábado. Aquarela de James Tissot Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:HealWomanSabbath.jpg
De acordo com o Evangelho, Jesus estava ensinando em uma das sinagogas no sábado e havia uma mulher aleijada por um espírito por dezoito anos. Ela estava curvada e não conseguia se endireitar. Quando Jesus a viu, ele a chamou para frente e disse a ela: "Mulher, você está livre de sua enfermidade." Então ele colocou as mãos sobre ela e imediatamente ela se endireitou e louvou a Deus. Leia mais: https://en.wikipedia.org/wiki/Jesus_healing_an_infirm_woman
|
O homem possuído na sinagoga. Aquarela de James Tissot. Imagem/fonte:
|
Jesus
exorcizando a filha da canaanita. Copiado de: https://pt.wikipedia.org/wiki/Marcos_7
Marcos em seguida contrasta o conflito anterior de Jesus sobre a obediência da Lei com a cura de dois gentios. No relato, Jesus viaja por duas cidades no território onde hoje está o Líbano. Primeiro, Marcos conta a história de uma mulher de origem siro-fenícia que encontra Jesus na casa de um amigo em Tiro e implora que ele expulse um demônio de sua filha. Ele a pede para esperar dizendo «Deixa primeiro que se fartem os filhos, porque não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos» (Marcos 7:27). Neste caso, as "crianças" são os filhos de Israel e os "cachorrinhos", os gentios, uma metáfora encontrada em outras obras judaicas[4]. Ela respondeu que até mesmo os cães embaixo da mesa comem as migalhas das crianças, o que impressiona Jesus. Ele pede a ela que volte para casa para reencontrar sua filha já curada[c]. Esta passagem mostra que, segundo Marcos, a missão principal de Jesus era salvar em primeiro lugar os judeus e só então os gentios, mas reafirma que estes, tendo fé, poderão também ser salvos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Marcos_7
|
Os dons |
Narra certa lenda de autor desconhecido que um homem entrou em uma loja e se aproximou do balcão. Quem estava atendendo era uma criatura maravilhosa. Tão bela que parecia uma fada, dessas saídas de contos infantis. O homem olhou para os lados e perguntou: O que é que você tem para vender? Com um sorriso lindo, a jovem respondeu: Todos os dons. O homem arregalou os olhos, manifestando interesse, e quis saber qual era o preço. Seria muito caro? Não, foi a resposta. Aqui, nesta loja, tudo é de graça. Ele olhou, maravilhado. Havia jarros cheios de amor, vidros repletos de fé, pacotes de esperança e caixinhas de sabedoria. Resolveu fazer o seu pedido: Por favor, quero muito amor, um vidro de fé, bastante felicidade para mim e toda a minha família. Com presteza, a moça preparou tudo e lhe entregou um embrulho muito pequeno, que cabia na sua mão. O homem se mostrou surpreso e perguntou outra vez: Será possível? Está tudo aqui mesmo? É tão pequeno o embrulho! Sorrindo sempre, a jovem explicou: Meu querido amigo, nesta loja, onde temos todos os dons, não vendemos frutos. Concedemos apenas as sementes. * * * As sementes das virtudes se encontram em nós. Somos a loja dos dons. O que necessitamos é investir na semeadura. Se desejamos que frutifique o amor, é preciso que nos disponhamos a amar. E o exercício começa quando executamos bem as tarefas que nos constituem dever. Cada tarefa, cada ação executada com devoção, como algo muito precioso. Prossegue no trato familiar, com pais, irmãos, cônjuges e se amplia no rol das amizades. Depois, atravessa a cerca dos afetos e passa a agir nas relações de trabalho e entre aqueles que simplesmente encontramos na rua, no ônibus, no mercado, no banco. A fé não é adquirida de rompante. Necessita ser pensada, estudada, reflexionada. O exercício inicia com a contemplação da natureza. Observação da florada da primavera, as flores que desabrocham em pleno inverno, aquelas que resistem aos dias extremamente quentes. Há tanto a aprender com os ciclos de vida, as estações. Os dias frios, os dias quentes, o sol, a lua, as estrelas, as árvores que balançam ao vento e as flores multicoloridas nos jardins. Alonga-se com a visão dos mundos, das coisas infinitamente pequenas e daquelas infinitamente grandes. A harmonia de tudo nos remete a uma confiança irrestrita, uma certeza inabalável que se chama fé. A felicidade frutifica quando, plenos de amor e de fé, vivemos cada dia com intensidade, sem igual, saboreando cada minuto como se fosse o único, o último, o derradeiro. * * * Mudar é um ato de coragem. É a aceitação plena e consciente do desafio evolutivo. É trabalho árduo, para hoje. É trabalho duro, para agora. E os frutos seguramente virão no amanhã, talvez não muito distante. Mas, quando temos certeza de estar no rumo certo, a caminhada é tranquila. Quando temos fé e firmeza de propósito não é difícil suportar as dificuldades do dia a dia. Pensemos nisso. Invistamos no germinar das virtudes ainda hoje.
Redação
do Momento Espírita, com base no cap. Dons, de
Escute o áudio deste texto http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3301&stat=0
(Copiado do site Feparana) |
Jó e seus amigos. Óleo sobre tela de Ilya Repin Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Job_(biblical_figure)
|
O paciente Jó. Óleo sobre tela de Gerard Seghers. Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Gerard_Seghers_-_The_Patient_Job_-_WGA21132.jpg
|
Tropeços e desgostos |
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Mãos Unidas. Lição nº 18. Página 65.
Beneficência raramente observada: poupar aos outros a participação nos tropeços ou desgostos que nos afetem a vida. Pensa na inquietação que experimentas quando familiares e amigos te comunicam um problema pessoal, que não consegues resolver, e, tanto quanto possas, procura dissipar, por ti mesmo, as nuvens de aflição que, porventura, te ensombrem o campo íntimo. Para isso, entrega-te às tarefas novas, cuja execução se te faça compatível com as próprias forças e nas quais te reconheças útil aos demais. Se não podes efetuar, de imediato, semelhante esforço, desloca-te, pouco a pouco, do mundo mental menos ajustado ao encontro de atividades diferentes das obrigações rotineiras, suscetíveis de propiciar-te refazimento ou renovação. A leitura de um livro edificante... Uma visita construtiva... O passo na direção daqueles que atravessam dificuldades maiores, no objetivo de auxiliá-los... O aprendizado de técnicas que enriqueçam a personalidade... Tudo o que deves esquecer, tanto aquilo que te compete lembrar, é de suma importância, não somente em socorro da restauração própria, como também no apoio à essa beneficência genuína, em que o teu silêncio é valioso fator de imunização da paz, naqueles que te rodeiam, principalmente naqueles a quem mais amas. Se a criatura a quem confias no capítulo da perturbação ou da enfermidade não dispõe de recursos suficientes para melhorar-te a situação, a queixa em que extravasas é tão somente um processo de amargurar os entes amados ou um meio de expulsá-los de teu convívio. Guarda o teu sofrimento e mostra-o unicamente àqueles amigos que te possam medicar com segurança, para não destruíres o apoio e a colaboração daqueles sobre os quais te sustentas. Basta que o desejes e a vida te revelará múltiplos caminhos de reajuste e libertação. Sai de ti mesmo, carregando a tua dor, ao encontro de dores maiores que nos cercam, em todas as direções, a fim de minorá-las e regressarás, cada dia, a ti mesmo, trazendo uma partícula nova a mais de compreensão, - da bendita compreensão de que todos somos irmãos, sob a paternidade de Deus, - com dever claro e simples de auxiliar-nos uns aos outros, a fórmula mais alta de assegurar-nos o equilíbrio constante ou o reequilíbrio integral.
(Texto recebido em email do pesquisador e divulgador Antonio Sávio, “Tonhão”, de Belo Horizonte, MG) |
Melancolia. Óleo sobre tela de Edvard Munch. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Edvard_Munch_-_Melancholy_(1894).jpg |
O otimista e o pessimista. Óleo em madeira por Vladimir Makovscy Imagem/fonte: |
Leitura da Bíblia. Óleo sobre tela de Eduard Karl Gustav Lebrecht Pistorius. Fonte/fotógrafo: http://www.rijksmuseum.nl/collectie/SK-C-307 Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bijbellezen_Rijksmuseum_SK-C-307.jpeg |
A Dama da Caridade. Óleo sobre tela Jean-Baptiste Greuze. Museu de Belas Artes de Lyon. Imagem/fonte: https://fr.wikipedia.org/wiki/La_Dame_de_charit%C3%A9
|
Início e inscrições para curso sobre Evangelho |
O curso virtual sobre “O Evangelho segundo o Espiritismo”, será iniciado dia 8 de fevereiro (4a. feira) e está com inscrições abertas. Será desenvolvido por Antonio Cesar Perri de Carvalho, contando também com a colaboração de Célia Maria Rey de Carvalho e Flávio Rey de Carvalho. Pelo terceiro ano consecutivo é oferecido pelo Grupo Espírita Casa do Caminho, de São Paulo, Sempre às 4as feiras, às 20 horas, e com duração até o final do ano. Podem se inscrever pessoas vinculadas a outras instituições e cidades e não há pré-requisitos. Inscrições abertas pela página eletrônica do Grupo Espírita Casa do Caminho: https://www.casadocaminho.com.br/o-evangelho-segundo-o-espiritismo
(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com] e do GEECX) |
Palestra programada para o Centro Espírita Discípulos de Jesus Rubiácea, SP |
(Informação recebida de Émerson Gratão) |
Programação do Centro Espírita Allan Kardec. Penápolis, SP |
(Informação recebida de João Marchesi Neto) |
Conferência programada pelo Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, Portugal |
Exms Senhores,
As nossas mais cordiais saudações. O Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, vai levar a cabo uma conferência espírita, pelo gestor Francisco reis, subordinada ao tema "A reencarnação baseada em factos", na próxima 6ª feira, 10 de Fevereiro de 2023, às 21h, com entrada livre e gratuita. Posteriormente, decorrerá a bioenergia (passe espírita) e o atendimento em privado. Todas as actividades são livres e gratuitas.
Cordialmente CCE
(Recebido em email de Centro de Cultura Espírita Caldas da Rainha [ccespirita@gmail.com]) |
Programação do Centro Espírita Raymundo Mariano Dias Birigui, SP |
🎤 Palestra Presencial - Centro Espírita Raymundo Mariano Dias Rua Bandeirantes nº 183, Centro, Birigui - SP 🗓️ SEXTA-FEIRA - 10/02/2023
- às 20hs 🗣️ PALESTRANTE: Marines Morales Batichote 🎼 HARMONIZAÇÃO: Jéssica Valateto À partir das 19h30min inicia o ATENDIMENTO FRATERNO❤️ À partir das 20:00hs inicia a 👧👦EVANGELIZAÇÃO Infantil e Pré-Mocidade. ⚠️ CUIDADOS 🙌🏻 Higiene das Mãos 🎥 A palestra também será transmitida pelas redes socias do C. E Raymundo Mariano Dias: . https://www.facebook.com/ceraymundomarianodias https://www.facebook.com/people/Raymundo-Mariano-Dias/100008311216008 . Sejam Bem Vindos(as)!!!
(Recebido em email de C E Raymundo Mariano Dias [ceraymundomarianodias@gmail.com]) |
Programação do C.E. Discípulos de Jesus Penápolis, SP |
(Com informações de João Marchesi) |
Feparana - Jornal Digital disponível Acesse no link |
Fevereiro, segundo mês de ano. O Jornal Digital está disponível http://www.feparana.com.br/jornal/ Além da oportuna evocação do Editorial, http://www.feparana.com.br/jornal/#page/2, sugerimos: Respingos históricos – O médium Mozart – nosso desconhecido? – http://www.feparana.com.br/jornal/#page/6 Será que algo de útil pode ser extraído de certos filmes? - http://www.feparana.com.br/jornal/#page/16 E o que será que a tempestade acalmada, feito extraordinário do Mestre, tem a ver com nossa reencarnação? - http://www.feparana.com.br/jornal/#page/18 Esperamos que aprecie as notícias, as curiosidades, os artigos e nos escreva, a respeito. Estamos no momento@momento.com.br.
Votos de paz.
(Informação recebida em email de virtual@feparana.com.br) |
Lançamento EVOC. “Os animais: percepções, manifestações e evolução” |
|||||
Saudações kardequianas, boa tarde. Peço que divulgue em seu meio nosso último lançamento da EVOC, hoje publicado:
*****************
Obrigado pela atenção dada a este pedido. Um forte abraço e ótima semana para todos da família.
Av. Saíra Prateada, 62 - Condomínio Golden Garden 86701-865 - Arapongas, PR
(Recebido em email de Astolfo Olegário Oliveira Filho [aoofilho@gmail.com]) |
Programação de palestras públicas da Instituição Beneficente Nosso Lar. São Paulo, SP |
(Informações recebidas em email de Clodoaldo Leite [cidadaniaparatodos@yahoo.com.br]) |
Gepar- Informações de Fevereiro de 2023 Niterói, RJ |
CLIQUE AQUI: https://www.gepar.org.br/so/70OODN8dW?languageTag=pt&cid=063abb0a-5eb4-472f-bed5-1f483bdd94ea
|
Programação da Fraternidade Terceiro Milênio São Paulo |
(Recebido em email de Josy Almeida [josy.ss.almeida@gmail.com]) |
Reflexão, extraída do livro “Richard Simonetti - O Pensamento”. |
Organizado por Álvaro Pinto de Arruda. Vídeo do lançamento: https://youtu.be/jOy9vbkLUEM
https://www.editoraceac.com.br/loja/produto/o-pensamento
(Recebido em email de Tânia Simonetti [taniasimonetti@gmail.com]) |
1º. Encontro de presidentes de Centros Espíritas do Oeste Paulista |
(Informação em email de Donizete Pinheiro, Marília, SP) |
Site da Federação Espírita Brasileira Brasília, DF |
Clique
aqui:
|
Feparana- Federação Espírita do Paraná Curitiba |
Clique
aqui:
|
FEMAR-Federação Espírita do Maranhão São Luís |
Acesse aqui:
|
UEP- União Espírita Paraense Belém |
Acesse aqui:
|
Se te for possível colabore com o Abrigo Ismael- Departamento da centenária União Espírita “Paz e Caridade”. Araçatuba, SP |
ACESSE O SITE AQUI: O Abrigo Ismael comemorou 80 anos no dia 3 de outubro de 2021
O União Espírita Paz e Caridade, desde o ano 1921, vem atuando para abrandar o sofrimento de idosas carentes, suprindo-lhes todas as suas necessidades. Atualmente, conta com uma equipe de enfermagem, auxiliares, nutricionista, assistente social, médico, e fornece seis refeições diárias, medicamentos, lazer, atividades físicas e lúdicas, visando sempre a maior qualidade de vida possível nesta fase da vida. Em todos esses anos sempre contou com a colaboração da sociedade araçatubense, o qual agradecemos de todo o coração.
|
Jornal do CEAC – Bauru, SP – Fevereiro/2023 Acesse no link: |
CLIQUE AQUI: https://ceac.org.br/wp-content/uploads/2023/02/Jornal-Momento-Esp-fevereiro-2023.pdf
(Informação recebida de Leopoldo Zanardi [leopoldozanardi@gmail.com]) |
Auta de Souza (12-09-1876 / 07-02-1901) |
"Auta de Souza nasceu em Macaíba, pequena cidade do Rio Grande do Norte, em 12 de setembro de 1876; educou-se no colégio "São Vicente de Paula", em Pernambuco, sob a direção de religiosas francesas; e faleceu em 7 de fevereiro de 1901, na cidade de Natal. Uma biografia simples como os seus versos e o seu coração...
Ela não conheceu os obstáculos que encheram de tormento a existência de Marcelline Desborde-Valmore. Desde muito cedo, porém, sentiu todo o horror da morte. Aos quatorze anos, quando lhe apareceram os primeiros sintomas do mal que a vitimou, não havia senão sombras em seu espírito; era já órfã de pai e mãe, tendo assistido ao espetáculo inesquecível do aniquilamento de um irmão devorado pelas chamas, numa noite de assombro.
Assim, desde a infância, o destino lhe apareceu como um enigma sem a possibilidade de outra decifração que o luto.
Salvaram-na do desespero a fé religiosa e o resignado exemplo da ignorada heroína para quem escreveu o soneto A minha Avó, publicado neste volume.
Horto é, pois, a história de uma grande dor. Formou-o a autora recordando, sentindo, penando.
Em casa, o luto sucessivo; no colégio, as litanias da Igreja; mais tarde, no campo, onde passou o melhor tempo da atormentada existência, a paisagem triste do sertão nos longos meses de seca, a compaixão pelos humildes, cuja miséria tanto a comovia, a saudade dos diversos lugares em que esteve em busca de melhoras aos padecimentos físicos...
Tudo isso concorreu muitíssimo para agravar a maravilhosa sensibilidade, de seu temperamento de mulher; e essa sensibilidade, à medida que a doença aumentava, se ia tornando mais profunda, fazendo de um ser fragílimo o intérprete de inúmeros corações desolados.
A primeira edição do Horto, publicada em 1900, esgotou-se em dois meses. O livro foi recebido com elogios pela melhor crítica do país; leram-no os intelectuais com avidez; mas a verdadeira consagração veio do povo, que se apoderou dele com devoto carinho, passando a repetir muitos de seus versos ao pé dos berços, nos lares pobres e, até, nas igrejas, sob a forma de "benditos" anônimos.
Auta, sem pensar e sem querer, reproduzira a lápis, na chaise longue onde a prostrara a doença, as emoções mais íntimas de nossa gente: encontrará no próprio sofrimento a expressão exata do sofrimento alheio.
E antes de finar-se ouviu da boca de centenas de infelizes muitos dos versos que traçara com os olhos lacrimosos, não raro para esquecer o desgosto de se sentir vencida em plena mocidade.
Não teve cultura literária vasta.
Recordando cenas da meninice, vejo-a neste momento, aos oito anos, curvada sobre as paginas da História de Carlos Magno, outrora muito popular nas fazendas do Norte, livro cheio de façanhas inverossímeis, sem medida, sem arte, escrito no pior dos estilos, - mas delicioso para quem o conheceu na infância.
Lia-o Auta no campo, os olhos ingenuamente maravilhados, para o mais ingênuo dos auditórios, composto de mulheres do povo e de velhos escravos, todos filhos d'esse formoso sertão que exerceu em seu espírito tão salutar influência.
Depois, chegou a vez das Primaveras, de Casimiro de Abreu.
Um pouco mais tarde, no colégio, não leu outra cousa que os compêndios de estudo e as obras de prêmio, de feição religiosa e sentimental.
Nesse tempo, o seu livro predileto foi um romance profundamente triste, Tebsima, episódio lendário da primeira Cruzada.
Ao sair do internato, onde aprendera bem as línguas francesa e inglesa e adquirira boas noções de música e de desenho, começou a ler alguns autores brasileiros, especialmente Gonçalves Dias e Luiz Murat.
Estes dois grandes sonhadores, porém, não tiveram ação decisiva sobre seu espírito. Não sei mesmo como ela, que detestava a feitura clássica de certos estilos, podia ler com satisfação crescente o poeta dos Tymbiras. Nunca me explicou também o motivo por que os versos tumultuosos de Luiz Murat constituíam verdadeiro encanto para a sua alma tão meiga, tão cheia de religiosa ternura.
Nos últimos anos, as horas que podia dispensar ao convívio dos autores, consagrava-as aos místicos, a Th. de Kempis, a Lamartine, a S. Theresa de Jesus. A estes, associava Marco Aurélio, cujos Pensamentos muito concorreram para aumentar a tolerância e a simpatia com que encarava os seres e as cousas.
Tal é a história da sua formação intelectual.
Pode-se, entretanto, dizer sem exagero que o sofrimento foi o seu melhor guia.
A influência das Irmãs de "São Vicente de Paula" é visível em todo o livro.
O próprio estilo, simples e claro desde as primeiras poesias, parece-me um produto do esforço das mestras que lhe corrigiram os temas escolares, com o bom senso e a medida dos franceses.
Mas, sem a dor que lhe requintou a fé, Auta certamente não teria encontrado a forma com que deu cor e relevo às visões de seu misticismo. Assim, o Horto, em vez de uma coleção didática de salmos católicos, encerra, com a tristeza de um pobre ser cruelmente ferido pelo destino, perturbado em face do mistério da vida, a queixa universal do sofrimento humano.
Nos últimos versos, nota-se a estranha serenidade espiritual a que chegou nos derradeiros dias, inspirando aos que a visitavam a mais religiosa veneração.
Via-se-lhe, então, a alma através os olhos brilhantes sem torturas, sem lágrimas.
Naquele corpo desfeito, tão leve que uma criança pudera conduzir, havia agora um coração resignado de mártir, sentindo profundamente o nada da vida, mas sem horror à morte. Realizaram-se o seu desejo:
"Não
vês? Minh'alma é como a pena branca A tormenta se desfizera ao pé do túmulo; e do naufrágio em que se abismou esta singular existência, resta o Horto, livro de uma santa."
HENRIQUE
CASTRICIANO
Auta
de Souza
Nasceu em Macaíba, então Arraial, depois cidade do Rio Grande do Norte a 12 de setembro de 1876, era magrinha, calada, de pele clara, um moreno doce à vista como veludo ao tato. Era filha de ELOI CASTRICIANO DE SOUZA, desencarnado aos 38 anos de idade e de Dona HENRIQUETA RODRIGUES DE SOUZA, desencarnada aos 27 anos, ambos tuberculosos. Antes dela ter completado 3 anos ficou órfã de mãe e aos 4 anos de pai. A sua existência, na terra foi assinalada por sofrimentos acerbos. Muito cedo conheceu a orfandade e ainda menina, aos dez anos, assistiu a morte de seu querido irmão IRINEU LEÃO RODRIGUES DE SOUZA, vitimado pelo fogo produzido pela explosão de um lampião de querosene, na noite de 16 de fevereiro de 1887.
Auta de Souza e seus quatro irmãos foram criados em Recife no velho sobrado do Arraial, na grande chácara, pela avó materna Dona SILVINA MARIA DA CONCEIÇÃO DE PAULA RODRIGUES, vulgarmente chamada Dindinha e seu esposo FRANCISCO DE PAULA RODRIGUES, que desencarnou quando Auta tinha 6 anos.
Antes dos 12 anos, foi matriculada no Colégio São Vicente de Paulo, no bairro da Estância, onde recebeu carinhosa acolhida por parte das religiosas francesas que o dirigiam e lhe ofereceram primorosa educação: Literatura, Inglês, Música, Desenho e aprendeu a dominar também o Francês, o que lhe permitiu ler no original: Lamartine, Victor Hugo, Chateubriand, Fénelon.
De 1888 a 1890, a jovem Auta estuda, recita, verseja, ajuda as irmãs do Colégio, aprimora a beleza de sua fé, na leitura constante do Evangelho.
Aos 14 anos, ainda no Educandário Estância, em 1890, manifestaram-se os primeiros sintomas da enfermidade que lhe roubou, em plena juventude, o viço e foi a causa de sua morte, ocorrida na madrugada de 7 de fevereiro de 1901 - Quinta-feira à uma hora e quinze minutos, na cidade de Natal, exatamente com 24 anos, 4 meses e 26 dias de idade. Os médicos nada puderam fazer e Dindinha retornou com todos para a terra Norte-Rio Grandense. Ei-los todos em Macaíba. Foi sepultada no cemitério do Alecrim e em 1906, seus restos mortais foram transladados para o jazigo da família, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Macaíba, sua terra natal.
O forte sentimento religioso e mesmo a doença não impediram de ter uma vida absolutamente normal em sociedade.
Era católica, mas não submissa ao clero. Ela não se macerou, não sarjou de cilícios a pele, não jejuou e jamais se enclastou. Era comunicativa, alegre, social. A religiosidade dela era profunda, sincera, medular, mas não ascética, mortificante, mística. Seu amor por Jesus Cristo, ao Anjo da Guarda, não a distanciaram de todos os sonhos das donzelas: Amor, lar, missão maternal. Com 16 anos, ao revelar o seu invulgar talento poético, enamorou-se do jovem Promotor Público de Macaíba, João Leopoldo da Silva Loureiro, com a duração apenas de um ano e poucos meses. Dotada de aguda sensibilidade e imaginação ardente dedicava ao namorado amor profundo, mas a tuberculose progredia e seus irmãos convenceram-na a renunciar. A separação foi cruel, mas apenas para Auta. O Promotor não demonstrou a menor reação.... É verdade que gostava de ouvi-la nas festas caseiras a declamar com sua belíssima voz envolvente, aveludada e com ela dançar quadrilhas, polcas e valsas, mas não era o homem indicado para amar uma alma tão delicada e sonhadora como Auta de Souza. Faltava-lhe o refinamento espiritual para perceber o sentimento que extravasava através dos olhos meigos da grande Poetisa.
Essa sucessão de golpes dolorosos, marcou profundamente sua alma de mulher, caracterizada por uma pureza cristalina, uma fé ardente e um profundo sentimento de compaixão pelos humildes, cuja miséria tanto a comovia. Era vista lendo para as crianças pobres, para humildes mulheres do povo ou velhos escravos, as páginas simples e ingênuas da "História de Carlos Mágno", brochura que corria os sertões, escrita ao gosto popular da época.
A orfandade da Poetisa ainda criança, o desencarne trágico de seu irmão, a moléstia contagiosa e a frustração no amor, esses quatro fatores amalgamados à forte religiosidade de Auta, levaram-na a compor uma obra poética singular na História da Literatura Brasileira "Horto", seu único livro, é um cântico de dor, mas, também, de fé cristã. A primeira edição do Horto saiu do prelo em 20 de Junho de 1900.
O sofrimento veio burilar a sua inata sensibilidade, que transbordou em versos comovidos e ternos, ora ardentes, ora tristes, lavrados à sombra da enfermidade, no cenário desolador do sertão de sua terra.
Em 14 de novembro de 1936, houve a instalação da Academia Norte-Rio Grandense de Letras, com a poltrona XX, dedicada a Auta de Souza.
Livre do corpo, totalmente desgastado pela enfermidade, Auta de Souza, irradiando luz própria, lúcida e gloriosa alçou vôo em direção à Espiritualidade Maior. Mas a compaixão que sempre sentira pêlos sofredores fez com que a poetisa em companhia de outros Espíritos caridosos, visitasse, constantemente a crosta da terra. Foi através de Chico Xavier, que ela, pela primeira vez revelou sua identidade, transmitindo suas poesias enfeixadas em 1932, na primeira edição do "PARNASO DE ALÉM TÚMULO", lançado pela Federação Espírita Brasileira.
Em sua existência física, Auta de Souza foi a AVE CATIVA que cantou seu anseio de liberdade; o coração resignado que buscou no Cristo o consolo das bem-aventuranças prometidas aos aflitos da terra. Além do túmulo, é o pássaro liberto e feliz que, tornado ao ninho dos antigos infortúnios, vem trazer aos homens a mensagem de bondade e esperança, o apelo à FÉ e a CARIDADE, indicando o rumo certo para a conquista da verdadeira vida.
(Texto copiado de http://www.feparana.com.br/topico/?topico=727) |
Auta de Souza, poetisa brasileira do Simbolismo. 1900. Autor desconhecido. Imagem copiada de https://pt.wikipedia.org/wiki/Auta_de_Souza
LEIA SOBRE AUTA DE SOUZA NO WIKIPEDIA |
Pais de Auta de Souza. Elói Castriciano de Souza e Henriqueta Leopoldina Rodrigues, pais de Auta de Souza, foto c. 1874. Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Auta_de_Souza
LEIA SOBRE AUTA DE SOUZA NO WIKIPEDIA |
Em absoluto respeito à sua privacidade, caso não mais queira receber este Boletim Diário de notícias do movimento espírita, envie-nos um email solicitando a exclusão do seu endereço eletrônico de nossa lista. Nosso endereço: igobi@uol.com.br
|