Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, sexta-feira, 20 de janeiro de 2023.

Compiladas por Ismael Gobbo

 

 

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas via e-mail  e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.

 

3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).

 

 

 

Atenção

Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui:     

       

          https://www.noticiasespiritas.com.br/2023/JANEIRO/20-01-2023.htm

 

No Blog onde é  postado diariamente:

http://ismaelgobbo.blogspot.com.br/

 

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Os últimos 5 emails enviados     

 

DATA                                       ACESSE CLICANDO NO LINK

 

19-01-2023  https://www.noticiasespiritas.com.br/2023/JANEIRO/19-01-2023.htm

18-01-2023  https://www.noticiasespiritas.com.br/2023/JANEIRO/18-01-2023.htm   

17-01-2023  https://www.noticiasespiritas.com.br/2023/JANEIRO/17-01-2023.htm

16-01-2023  https://www.noticiasespiritas.com.br/2023/JANEIRO/16-01-2023.htm  

14-01-2023  https://www.noticiasespiritas.com.br/2023/JANEIRO/14-01-2023.htm

 

                     

 

 

O Evangelho Segundo o Espiritismo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(Copiado do site Febnet)

 

Sodoma e Gomorra em chamas por Jacob de Wet II, 1680.

Copiado de https://pt.wikipedia.org/wiki/Sodoma_e_Gomorra

LEIA MAIS NO LINK

Cristo e os Apóstolos no Mar da Galiléia. Pintura de Pieter Bruegel, o Velho..

Imagem/fonte: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Christus_und_die_Apostel_am_See_Genezareth_(Bruegel_1553).jpg

http://www.noticiasespiritas.com.br/2020/FEVEREIRO/03-02-2020_arquivos/image012.jpg

Dircursos de Jesus com seus discípulos. Pintura de  James Tissot.

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Imitation_of_Christ

Cristo no deserto. Pintura de Ivan Kramskoy. Imagem/fonte:

https://www.wikiart.org/pt/ivan-kramskoy/cristo-no-deserto-1872

https://www.noticiasespiritas.com.br/2018/MARCO/22-03-2018_arquivos/image009.jpg

Allan Kardec. Óleo sobre tela por Nair Camargo. Foto Ismael Gobbo.

 

 

Ato de amor

 

Dizer ou não dizer ao filho que ele é adotado continua sendo, para muitos pais, um grande desafio. Uns falam muito cedo, outros deixam para falar muito mais tarde e a inabilidade para dizer das circunstâncias que levaram à adoção, por vezes, cria algumas dificuldades de relacionamento.

Adoção, contudo, é um especial ato de amor. Por isso, aquela mãe não se cansava de repetir, quase toda noite, a história.

Quando chegava a hora de dormir, ela se deitava ao lado da menina, acariciava os seus cabelos, a aconchegava e lhe dizia como ela era uma criança especial. E muito amada.

Durante muito tempo, contava, seu pai e eu quisemos ter um bebê. Oramos para que eu ficasse grávida. Os anos se passaram e nada aconteceu.

Começamos a compreender que Deus tinha algo diferente para nós. E decidimos adotar um bebê. Um bebê cuja mãe não tivesse condições de cuidar dele.

Então, um dia, o telefone tocou e uma voz do outro lado da linha me disse que o nosso bebê havia acabado de nascer. Era uma menina.

Telefonei ao seu pai no escritório. Ele veio correndo para casa e fomos até o hospital.

Por detrás do vidro do berçário, ficamos olhando a fileira de bercinhos com os bebês recém-nascidos, tentando adivinhar qual era você.

Não víamos a hora de a levar para casa e apresentá-la à nossa família e aos amigos. Quando chegamos frente ao portão, havia uma multidão de amigos com presentes nas mãos, ansiosos por conhecer nosso bebê.

E, filha, você tem sido uma bênção para nós. A melhor coisa que seu pai e eu fizemos na vida foi adotar você.

A mãe se empolgava em contar. A filha adorava ouvir. E toda vez sentia que ser adotada era uma coisa muito especial. Ela havia sido escolhida.

Quando a menina cresceu, casou-se e engravidou, a mãe a foi visitar. Ela estava no sétimo mês de gravidez e se sentia muito desconfortável.

O bebê não parava de chutar. Enquanto a jovem gemia e levava a mão ao ventre, sua mãe lhe disse:

Deve ser uma coisa maravilhosa sentir o chute de um bebê na barriga.

De repente, a filha se deu conta que sua mãe nunca sentira um bebê no útero. Por isso, tomou as mãos da mãe, colocou-as na sua barriga e falou:

Mãe, sinta sua neta.

Uma extraordinária expressão de alegria se estampou no rosto daquela mãe, que nunca pudera ter uma gestação, que nunca pudera sentir o filho no seu ventre.

E a filha compreendeu que, naquele momento, oferecia para sua mãe, aquela mulher que a adotara com tanto amor, um presente que ela nunca pôde sentir pessoalmente.

Ela havia recebido tantos presentes ao longo da sua vida. Sempre fora imensamente amada e acarinhada. E agora podia repartir um momento muito especial com aquela mulher especial, sua mãe.

*   *   *

A maternidade do coração é muito mais vigorosa do que a do corpo.

Quem adota, o faz por amor. Pais de adoção são almas que sustentam outra alma, vidas completas que amparam outra vida em desenvolvimento.

Seu querer é suave como a claridade da lua e forte como somente o amor abnegado pode se tornar.

São anjos anônimos e abençoados na multidão, demonstrando que o amor é Deus e dEle tudo procede e que pessoa alguma é propriedade de outra, porque todos somos filhos do Seu amor, nutridos pelo amor.

Redação do Momento Espírita, com base no cap.
Eu fui escolhida, do livro Histórias para o coração da mulher,
de Alice Gray, ed. United Press; no cap. 
Filho adotivo e no cap.
Mãe adotiva, do livro S.O.S. Família, por diversos Espíritos,
 psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 19.1.2023.

 

Escute o áudio deste texto

http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=804&stat=0 

 

(Copiado do site Feparana)

Irmã Irene e filhos no orfanato da Fundação de Nova York

Imagem copiada de https://en.wikipedia.org/wiki/Adoption

Foto da Biblioteca do Congresso dos EUA

 

Irmã Irene do New York Foundling Hospital com crianças. A irmã Irene está entre os pioneiros da adoção moderna, estabelecendo um sistema para embarcar crianças em vez de institucionalizá-las.

Leia mais:

https://en.wikipedia.org/wiki/Adoption

 

No portão do monastério. Óleo no painel de Ferdinand Georg Waldmuller.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ferdinand_Georg_Waldm%C3%BCller_003.jpg

 

Cuidar de crianças no orfanato em Haarlem: três atos de misericórdia. Óleo sobre tela de Jan de Bray

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jan_de_Bray_001.jpg  

 

 

Cuidados

 

Pelo Espírito Emmanuel.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Harmonização. Lição nº 12. Página 65.

 

"Não vos inquieteis, pois pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo". Jesus (Mateus. 6:34)

 

Os peregrinos de todos os tempos nunca perderam ensejo de inquinar afirmativas evangélicas, desviando-as rumo a falsas interpretações.

A recomendação de Jesus referente à inquietude é das que mais se prestou aos argumentos dos discutidores ociosos.

Depois que o Cristo aludiu aos lírios do campo, não foram poucos os que se reconheceram a si mesmos na qualidade de flores, quando não passam de plantas espinhosas.

Em verdade, o lírio não fia, não tece, consoante o ensinamento de Senhor, mas cumpre a Vontade de Deus. Não pede admiração alheia, floresce no jardim da atmosfera, enfeita a alegria ou consola a tristeza, é útil à doença e à saúde, não se revolta quando lhe fenece o próprio brilho ou quando mãos egoístas o separam do berço onde nasceu.

Será que o ocioso toma igualmente o padrão do lírio em relação à sua existência na humanidade?

Recomendou Jesus que o homem não guardasse ansiedade nociva relativamente à comida, ao modo de trabalhar, ao vestuário, às questões acessórias. Ensinou que o dia, representando a resultante de leis gerais do Universo, atenderia a si mesmo. Isso é incontestável.

Para o discípulo fiel, vestir e comer são coisas simples. Trabalhar constitui alegria de servir em qualquer parte e o dia significa oportunidade santa de cooperar no Bem.

Mas afirmar daí que o homem deva caminhar sem cuidado de si próprio, seria menosprezar esforços de Cristo, convertendo-lhe as palavras em programa de vagabundo.

O homem não pode nutrir a pretensão de retificar o mundo ou os seus semelhantes de um dia para outro, atormentando-se nas aflições descabidas, mas deve ter cuidado de si, melhorando-se, educando-se, iluminando-se.

De fato, a ave canta feliz, mas faz a sua casa.

A flor adorna-se tranquila, mas atende os Desígnios de Deus.

O homem deve viver confiante, mas atento em se organizar para a Obra Divina da Perfeição.

 

 

(Texto recebido em email do pesquisador e divulgador espírita Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG)

Título: Sermão da montanha de Cristo: A parábola do lírio.      Resumo/mídia: 1 impressão: litografia.

Esta imagem está disponível na divisão de impressões e fotografias da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos

sob o ID digital cph.3a36925. Copiada de:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Christ%27s_sermon_on_the_mount-_The_parable_of_the_lily_LCCN90715956.jpg

 

 

Paulo de Tarso, a vertente espiritual da montanha

 Pré-lançamento


A Casa Editora O Clarim, de Matão (SP), iniciou a pré-venda, lançamento do novo livro Paulo de Tarso, a vertente espiritual da montanha, de autoria de Antonio Cesar Perri de Carvalho.

O livro já se encontra em pré-venda, com desconto de 30%, pelo link: 

https://www.oclarim.com.br/paulo-de-tarso-a-vertente-espiritual-da-montanha/p

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“Os estudos sobre Paulo de Tarso, de pesquisadores bíblicos e de acadêmicos de várias áreas, inclusive Carl Gustav Jung, são analisados com base na visão espírita. Especialistas no Novo Testamento reconhecem e valorizam as Epístolas de Paulo como os primeiros registros completos sobre os albores do cristianismo, sendo fonte de inestimável valor histórico. O objetivo é estimular estudos sobre o marcante vulto do cristianismo e seus textos, que representam uma seta indicativa para a caminhada ao longo de um flanco dessa escalada numa ótica espiritual e espírita e, sem dúvida, para superação da “montanha” de cada um de nós”.

            “O autor publicou pela Casa Editora O Clarim: Epístolas de Paulo à luz do Espiritismo, Cristianismo nos séculos iniciais. Aspectos históricos e visão espírita, e, Emmanuel. Trajetória espiritual e atuação com Chico Xavier. Também é autor de livro sobre Chico Xavier, publicado por outra editora”.

 

 

(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com] e do GEECX)

 

 

Casa Editora O Clarim

Matão, SP

Caso não esteja visualizando, acesse o preview aqui.

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Imagem sem descrição.

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O ser e o existir na visão espírita

 

Marcus De Mario

 

Na procura pela definição da própria vida, um embate fervoroso tem sido travado pelos pensamentos materialista e espiritualista, pela ciência e pela religião.
Quem somos? De onde viemos? O que estamos fazendo aqui? Para onde vamos? Somos ou não uma alma? Existe vida depois da morte? Por que sofremos? Seremos plenamente felizes? Deus existe? Como explicar o Universo? Outros planetas são habitados?
Precisamos de respostas que nos convençam plenamente através do pensamento lógico, racional, sem ferir o bom senso. Estas respostas estão no Espiritismo.

 


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A Prisioneira: mistérios
e nuances do amor

 

Maria Ap. Grespan Arita, João Manoel (Espírito)

 

Em uma época longínqua, na Normandia, as tradições de um povo alicerçavam os valores familiares. Conceitos e, sobretudo, preconceitos guiavam as decisões de uma sociedade predominantemente patriarcal, relegando os sentimentos a segundo plano.
Nesse difícil contexto de desafios familiares, a misteriosa presença de uma donzela, protegida, constantemente vigiada e que não pode mostrar-se em público, chama a atenção de um jovem, que busca entender esse novo sentimento que desponta em sua alma.
Assim como nossos mais sinceros desejos, que mistérios e surpresas se escondem atrás daquele véu branco?

 


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Obsessão em 100 respostas

 

Rogério Miguez

 

Influenciações entre os Espíritos, encarnados ou desencarnados, benéficas ou maléficas, sempre existiram, acompanhando o caminhar da Humanidade. Estamos sujeitos inclusive a autoinfluenciações, dificultando a nossa própria evolução. As maléficas são o maior problema, visto que a obsessão espiritual — não aquela entendida pela Medicina clássica — é uma enfermidade moral quase generalizada, grassando sem quartel nos quatro cantos do mundo; uma verdadeira epidemia.  Diante de tal quadro, esta obra conversa intimamente com o leitor por meio de 100 perguntas e respostas, abordando diversos e importantes aspectos relacionados a este delicado tema.

 


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Juventude Interrompida - Relatos e alertas dos jovens do além

 

Diversos autores, Rossandro Klinjey (prefácio)

 

Com prefácio de Rossandro Klinjey, "Juventude Interrompida" nos brinda com vinte e uma cartas de jovens que desencarnaram precocemente e relatam suas histórias de vida e chegada no plano espiritual através da mediunidade. Cada carta é correlacionada a um tema como: aborto, dependência de álcool, doenças cármicas, fatalidades, drogas, suicídio e violência familiar, que é contextualizado a cada capítulo sob a luz da Doutrina Espírita. Um livro recheado de alertas e esperança para jovens e adultos! Não há tempo perdido e que viver aqui na Terra é uma dádiva, mesmo que só se descubra isso "tempos depois".

 


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Velhice: fase de
regeneração do espírito

 

Abel Glaser e Adriana Glaser, Cairbar Schutel (Espírito)

 

Um convite à reflexão sobre este decisivo período — o último estágio material do encarnado — que reserva inesperados aprendizados e deve nos preparar para um retorno harmônico à espiritualidade.
Entre mensagens teóricas, relatos e histórias de alguns moradores de Alvorada Nova, aborda temas como evolução, fases da vida, trabalho, materialismo, sexo, rugas, solidão, lógica do envelhecimento, doenças, asilo, luto e regeneração. É um estímulo à busca da almejada felicidade no convívio com idosos e em nossa própria velhice, quando rugas contam ou contarão histórias e passos lentos refletem ou refletirão firmeza e vivência interior.
A velhice é um presente inconteste.

 


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Gênese da Alma

 

Cairbar Schutel

 

O orgulho humano cavou um abismo intransponível entre o reino hominal e o reino animal. A falta de estudo, de observação, e a ignorância presunçosa permitiram o destaque do homem, classificando-o como ser à parte da Criação. A alma não poderia deixar de ter o seu começo, o seu nascimento no reino animal, nos seres da criação, onde passou por todas as transformações indispensáveis ao seu progresso. Sendo a imortalidade da alma uma lei natural, este livro mostra também que os animais sobrevivem à morte do corpo físico, conservando suas individualidades. Mostra que não há o que não está submetido à Lei da Evolução, decretada pelos desígnios de Deus.

 


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Palestra no C.E. Maria Benta

São Paulo

 

(Informação de Jorge Rezala)

 

 

Jornal Agenda Cristã. Rancharia, SP

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Programação do Centro de Cultura Espírita de

Caldas da Rainha, Portugal

Exms Senhores,

 

As nossas mais cordiais saudações.

O Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, está a comemorar em Janeiro de 2023, 20 anos de actividade ininterrupta e filantrópica, em prol da comunidade.

   Nesse sentido, durante o mês de Janeiro temos 4 convidados de outros locais de Portugal, que efectuarão

   conferências espíritas nas Caldas da Rainha, no CCE, com entradas livres e gratuitas. 

 

No dia 20 de Janeiro de 2023, 6ª feira, pelas 21h00, teremos uma conferência subordinada ao tema "Estilos de vida e saúde mental", com a psiquiatra Gláucia Lima, de Lisboa, fazendo uma ligação da saúde com o epsiritismo.

  

Depois da conferência, teremos a bioenergia (passe espírita) e o atendimento em privado. 

    Todas as actividades são livres e gratuitas. 

 

 

Cordialmente

 

    CCE 

 

https://ci3.googleusercontent.com/mail-sig/AIorK4zLZUiOvLh5Sw_4l0PlQnMwESO_H9hRzRXv8DCSPbypGl4tPTGJGe9s_0nb5uyCIgLwXDsIOc4

 

Tel: 938 466 898; 966 377 204; 

www.cceespirita.wordpress.com   -   E-mail: ccespirita@gmail.com
www.youtube.com/c/CentrodeCulturaEspíritaCaldasdaRainha
www.facebook.com/Centro-de-Cultura-Espírita-de-Caldas-da-Rainha-195515483836343/

 

(Recebido em email de Centro de Cultura Espírita Caldas da Rainha [ccespirita@gmail.com])

 

 

1º. Encontro de presidentes de

Centros Espíritas do Oeste Paulista

 

 

(Informação em email de Donizete Pinheiro, Marília, SP)

 

 

Site da Federação Espírita Brasileira

Brasília, DF

 

Clique aqui:
https://www.febnet.org.br/portal/

 

 

 

 

Federação Espírita do Paraná

Curitiba

 

ACESSE AQUI:

http://www.feparana.com.br/

 

 

 

 

 Fergs- Federação Espírita do Rio Grande do Sul

Porto Alegre

 

Acesse aqui:

https://www.fergs.org.br/     

 

 

 

FEC- Federação Espírita Catarinense

Florianópolis

 

Acesse aqui:

https://fec.org.br/

 

 

 

 

 

 

Conselho Espírita Canadense

 

Acesse aqui:

https://web.archive.org/web/20121206082022/http://www.canadianspiritistcouncil.com/pt/

 

 

 

 

Se te for possível colabore com o Abrigo Ismael- Departamento da centenária União Espírita “Paz e Caridade”. Araçatuba, SP

 

ACESSE O SITE AQUI:

http://abrigoismael.com.br/  

O Abrigo Ismael comemorou  80 anos no dia 3 de outubro de 2021

 

 

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União Espírita Paz e Caridade, desde o ano 1921, vem atuando para abrandar o sofrimento de idosas carentes, suprindo-lhes todas as suas necessidades. Atualmente, conta com uma equipe de enfermagem, auxiliares, nutricionista, assistente social, médico, e fornece seis refeições diárias, medicamentos, lazer, atividades físicas e lúdicas, visando sempre a maior qualidade de vida possível nesta fase da vida. Em todos esses anos sempre contou com a colaboração da sociedade araçatubense, o qual agradecemos de todo o coração.

 

 

Sem título

 

 

                                 

 

A Violência

 

            Genericamente, por violência, tomamos a atitude agressiva, desconcertante, que produz choque e gera re­ceios.

            Sob este aspecto, a violência se espraia por todos os quadrantes da Terra, ameaçando a integridade física, mo­ral e social da Humanidade, convocando os estudiosos do comportamento a encontrar a gênese dessa atual nefasta epidemia...

            Sempre houve violência no Mundo; porém, não gene­ralizada como hoje.

            Antes era exercida pela prepotência dos dominadores de povos e pelas castas que se permitiam privilégios absur­dos, espoliando e afligindo os fracos que se lhes submetiam, inermes.

            Se considerarmos, porém, mais atentamente, os fato­res criminógenos que levam a criatura a delinquir, vitima­da pela violência, identificaremos os estados da insatisfa­ção íntima, dos distúrbios da emotividade, aliciados aos graves fatores socioeconômicos de alarmante gravidade.

            Esta violência, no entanto, que é alucinação, desequilíbrio psíquico, chama a atenção, estarrece...

            Outra forma de violência há,danosa e mais grave, portanto, merecendo maior investimento, a fim de ser bloqueada ou anulada nas suas nascentes virulentas, propiciadoras daquela que estruge nas avenidas elegantes e nos logradouros miseráveis do mundo, aviltando e des­truindo.

            Porque lesa os centros do sentimento humano, passa despercebida ou dissimulada, ocultando-se nos sorrisos da desfaçatez e da impiedade aplaudidas pelos interesses subalternos, nos recintos das ilusões douradas, onde muitos se locupletam.

            A presença, na sociedade, de velhinhos em desvalimento, sem albergue nem amparo; a negação do direito de mínimo socorro à saúde a centenas de milhões de enfer­mos; o desinteresse pela falta de pão e água, o incontestá­vel e crescente número de seres em condições sub-humanas; o abandono a que se encontram relegadas incalculá­veis legiões de menores carentes; a tremenda escassez de oportunidade para a educação de menores em formação da personalidade são um libelo vigoroso de acusação, constituindo a mais torpe forma de violência contra o homem, em desrespeito à inalienável condição de criatura, que as Leis e os cidadãos dominantes desprezam e abando­nam, impondo, na escravidão da ignorância que se esta­belece, apenas superlativas, injustas e ingratas...

            Coexistirem o luxo e a miséria, a abundância e a escassez, o excesso e a ausência, gerando a indiferença dos primeiros pelos segundos, negando-se aqueles a entende­rem os últimos, isto é fator preponderante e característico do estado de primitivismo em que transita o progresso, na Terra, longe dos valores éticos, únicos capazes de tornar a vida digna de ser vivida e o homem menos lobo do homem, irmão, portanto, do seu próximo.

            Ultrajados pelo desdém dos poderosos, que lhes negam a oportunidade de fruir o mínimo das condições humanas, aliás, reconhecidas, essas condições, pelos governos detodos os países ditos civilizados, arrogam-se, na infelici­dade em que se rebolcam o dever de tomar pela força o que lhes é negado pelo egoísmo.

            O problema básico da violência é o desamor humano, matriz da avareza e da insensibilidade de que se revestem os falsamente ditosos.

            Quando se compreenda a necessidade de leis mais justas, objetivando atender e amparar os fracos e oprimi­dos, antes que mais esmagá-los e esquecê-los; quando a bondade se voltar para o auxílio fraternal; quando o amor sensibilizar as mentes e os corações, que se volverão para a retaguarda, distendendo oportunidades de serviço e apoio, modificar-se-á a paisagem moral terrena, porque, incidin­do nos fatores causais da miséria, realiza a terapia preven­tiva contra o mal, desaparecendo a violência oculta, e a que explode na desdita e na dor cederá terreno à con­fraternização e ao trabalho dignificante que impulsionarão a marcha ascensional da Terra e dos homens, para o estágio de mundo melhor e mais feliz.

            O antídoto para qualquer tipo de violência é sempre o amor, tal como o estímulo aos estados agressivos decorre do egoísmo.

            Herança nefasta dos instintos que predominam na natureza animal do homem, a violência se diluiráà medi­da em que se sobreponha a sua natureza espiritual, que é a presença do Pai Criador ínsita em todos os seres.

            Benedita Fernandes

 

Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, no Centro Espírita "Caminho da Redenção", em Salvador, no dia 18/12/1980:

- Divulgada pela União Municipal Espírita de Araçatuba (folheto, 1981). Publicada no jornal Flama Espírita, de Uberaba, de 24/10/1981;

- No livro: Franco, Divaldo Pereira. Terapêutica de emergência. 1.ed. Cap. 12. Salvador: LEAL. 1983;

- Nos livros: Carvalho, Antonio Cesar Perri. Dama da caridade. 2.ed. São Paulo: RADHU. 1987. P.89-91;Carvalho, Antonio Cesar Perri. Benedita Fernandes. A dama da caridade. 1.ed. Araçatuba: Cocriação. 2017. P.115-117;

- Fernandes, Benedita (Trad. J.E.) La violence. Revue spirite. 165 Anée. 4.Trim.P. 35-36. 2022.

 

 

 

 

(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com]  e do GEECX)

 

 

 

Anália Franco Bastos

(01-02-1856 / 20-01-1919) *

 

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/ABRIL/26-04-2019_arquivos/image013.jpg

Anália Franco Bastos. Imagem copiada de

http://www.famososquepartiram.com/2011/05/analia-franco.html

 

 

Não é fácil descrever, no curto espaço deste livro, o que foi a bela e extraordinária obra dessa notabilíssima mulher brasileira, cujo nome, aureolado de glórias e de bênçãos, permanece indelével nos anais da História Pátria, com assinalados serviços à sagrada causa da educação e da instrução das classes menos favorecidas. Anália Emília Franco nasceu em Rezende, RJ, a 1º. De Fevereiro de 1856, falecendo na capital de São Paulo aos 20 de Janeiro de 1919. Quando tinha cinco anos, seus pais, Antonio Maria Franco e Tereza Franco, mudaramse para São Paulo. Com doze anos, já auxiliava sua mãe no magistério, com ela colaborando em diversos colégios, nas cidades de Guaratinguetá e Jacareí e no arraial Minas, Município de Dois Córregos. Mais tarde, ingressou na Escola Nacional Secundária, de São Paulo, diplomandose professora. Dedicouse, desde então, de corpo e alma, ao magistério público, logo se destacando pelo seu alto tino pedagógico e pelo extremado carinho para com os alunos. Não havia prazer maior, para ela, que ensinar. Alguns anos depois, fundava na cidade de São Carlos um colégio (internato e externato) de ensino primário e secundário, denominandoo “Santa Cecília”. Esteve também em Taubaté, onde se iniciou no jornalismo, colaborando ainda no jornal literário “A Família” e no “Eco das Damas”, ambos do Rio de Janeiro, ao lado Josefina Álvares de Azevedo, Zalina Rolim, Inês Sabino Mirtes, Amélia Carolina da Silva e outras escritoras daquele tempo. Pouco mais se sabe de sua vida durante esse primeiro período, até 1901. Nesse ano, na data de 17 de Novembro, Anália Franco inaugurava, com estatutos então aprovados em Assembléia Geral, a “Associação Feminina Beneficente e Instrutiva do Estado de São Paulo”. Na realidade, esta Associação fora organizada antes da mencionada data. Tanto é verdade, que num despacho assinado a 29 de Outubro de 1901, favoravelmente a uma representação subscrita em 17 de Setembro por 200 sócias daquela entidade, o Secretário dos Negócios do Interior e da Justiça de São Paulo congratulavase pela nobre iniciativa de Anália Franco, pondo à disposição da novel agremiação o edifício da escola do 8º. Distrito, para nele funcionarem as primeiras escolas maternais. Destinada, de início, a amparar, instruir e educar as crianças pobres e indigentes da capital paulista, sem qualquer distinção de crença ou raça, essa Associação Feminina teve em sua presidência, de 1901 a 1919, a grande benfeitora Anália Franco, que, reagindo contra o indiferentismo do meio, tomou a si, com a fé e a energia de um apóstolo, a sagrada tarefa de erradicar o analfabetismo e combater a miséria e a ignorância que flagelam as ínfimas camadas sociais. Essa Associação acentuava ela, “não visa tão somente a amparar e educar os desvalidos; tem um fim mais elevado, que é reunir em torno de uma idéia santa todas as senhoras de inteligência e boa vontade, para trabalharem de comum acordo no bem social”. Ao que tudo indica, a essa época Anália Franco já era espírita, mas extremamente liberal e tolerante, tanto assim que à sua obra jamais imprimiu caráter nitidamente espírita, mesmo porque, conforme ela própria explicava, recebendo a Associação crianças de todas as crenças religiosas, bastava o ensino das verdades fundamentais das religiões em geral, como a existência de Deus, a imortalidade da alma, e o ensino da mais pura moral, para despertar no coração delas a atividade espiritual no sentido do amor a Deus e ao próximo. Com uma tenacidade sem par, e rodeada de um grupo de cooperadoras e auxiliares que muito a ajudaram, Anália Franco deu início ao vasto programa que tinha em mente. Conforme ela mesma havia dito, “conceber o bem não basta; é preciso fazêlo frutificar!”. O período de organização foi exaustivo para a grande missionária, que era obrigada, muitas vezes, a exercer todos os cargos, por força de circunstâncias inerentes a uma associação recémcriada e que ainda não inspirava confiança em todos. Em fins de 1903, o senador paulista Dr. Paulo Egídio de Oliveira Carvalho, notável jurisconsulto e homem de letras, pronunciava no Senado brilhante discurso em que punha os seus colegas a par do alcance social do empreendimento “audaz” que a “Associação Feminina” e sua fundadora levavam adiante no Estado, numa promoção – acrescentava ele – das mais benéficas ao País. Num certo trecho do seu discurso, o Senador Doutor Paulo Egídio, referindose, de modo especial, a Anália Franco, afirmou, cheio de admiração por esse vulto: “... realmente, não conheço no Brasil uma senhora da sua estatura em dedicação e espírito”. E mais adiante: “Esta mulher está fazendo o que os mais intrépidos homens não fizeram ainda”. Em sessão de 4 de Agosto de 1904, o mesmo senador enaltecia novamente a figura apostólica de Anália Franco, a sua vontade heróica, a sua energia, a sua rara abnegação à causa da instrução pública no Estado de São Paulo, terminando por solicitar ao Senado maior consignação de verba à “Associação Feminina Beneficente e Instrutiva”. Seis anos depois de fundada essa Instituição já mantinha e orientava 22 escolas maternais e 2 noturnas, só na capital paulista, enquanto cinco escolas maternais funcionavam no interior do Estado bandeirante. Todas ministravam a instrução e a educação a cerca de 2.000 crianças pobres. Afora isso, estava em pleno funcionamento um Liceu Feminino Noturno na cidade de São Paulo, com uma freqüência de mais de 100 alunas, e outro em Santos. Os cursos do referido Liceu Feminino, que igualmente formavam professoras para as escolas maternais, foram inaugurados em 25 de Janeiro de 1902, nos salões do Largo do Arouche ns. 58 e 60 tendo presidido à sessão solene da instalação o Secretário de Negócios do Interior e da Justiça de São Paulo, o Doutor Bento Bueno, que fez lisonjeiras referências à “Associação Feminina”, prometendo dispensarlhe o apoio que estivesse ao seu alcance. Foi esse generoso homem público que deu nome à primeira escola maternal criada por Anália Franco. As professoras de todas essas casas de ensino, geralmente normalistas, trabalhavam gratuitamente na benemérita cruzada dirigida por Anália Franco, a “alma mater” da Instituição, a quem nunca faltou o incentivo de respeitáveis órgãos da imprensa brasileira. A grande benfeitora encontrou sempre a defesa esclarecida, justa e espontânea, por parte da imprensa digna, quer da capital e cidades do interior do Estado de São Paulo, quer de outros Estados do Brasil. Na capital paulista, podemos citar “O Estado de São Paulo”, o “Correio Paulistano”, “O Comércio”, o “Diário Popular”, a “Platéia”, etc.; em Santos, a “Tribuna de Santos”; em Ribeirão Preto, o “Diário da Manhã” e a “Cooperação”; em Jaú, “O Correio de Jaú”; em Dois Córregos, “A Republica” e “O Bandeirante”; e assim por diante. Alguns jornais católicos, sabendo que Anália Franco era espírita, não poupavam a ela e à sua obra criticas mordazes. O órgão católico “São Paulo”, da cidade de mesmo nome, atacava de rijo a “Associação Feminina”, dizendo que aí a caridade era um embuste e que os católicos não podiam concorrer para a fundação e manutenção das Escolas Maternais, “em extremo perigosas para os sentimentos religiosos das crianças”. Em defesa da Instituição e sua fundadora, contra as inverdades propaladas pelo clero, levantaramse vários órgãos da imprensa leiga, como “O Correio de Jaú” e o “Atibaiense”. Este último publicou, em seu número de 15 de Março de 1908, sob o título “Ao cair do Crepúsculo”, excelente artigo, do qual transcrevemos o trecho abaixo: ... “E quantas Joanas D´Arc existiram, quantas existem e quantas ainda existirão! Aqui, bem perto, temos uma verdadeira benemérita que, cercada de almas altruísticas, trabalha com o fito de afastar as desgraçadas crianças das cruéis garras do vício e da perniciosa atmosfera das tascas, fundando escolas maternais, asilos e creches, oficinas, etc.”. “Ela faz o descrente voltarse para o Criador; transforma a humilde casa do pobre; enche de verdadeiro prazer as suas encantadoras crianças, dandolhes instrução, fé, muita resignação e explicandolhes o porquê da vida”. “Hoje ainda existem alguns restos das satânicas fogueiras e dos fariseus de outrora: são perseguições, calúnias, ódios, vinganças e uma infinidade de torpezas que movem aqueles que não lêem pela cartilha da Igreja...”. “E se ainda existissem as fogueiras, onde tantas torturas eram infligidas em nome do Deus de bondade e amor, talvez que essa nova missionária já tivesse sido devorada pelas chamas do fogo da heresia...”. É de certa forma compreensível a atitude hostil do clero católico, levando se em conta que a Igreja, àquela época, nada ou quase nada fazia de semelhante no território brasileiro. Além do mais, era grande e geral a simpatia do povo para com a obra de Anália Franco, e muitos intelectuais exaltavamlhe o pioneirismo no que diz respeito aos eficientes métodos educacionais introduzidos em suas instituições. O conceituadíssimo Doutor Alberto Melo Seabra declarava, já em 12 de Outubro de 1902, pela revista “Educação”, de São Paulo: “O que a “Associação Feminina” já está fazendo em favor da instrução popular é digno do mais fervoroso aplauso. Movimentos assim dirigidos, impulsionados por móveis tão humanitários, só podem trazer simpatias à causa da mulher no Brasil”. Todo esse trabalho desenvolvido por Anália Franco mantevese, no começo, não à custa dos cofres públicos, mas da benevolência popular e de um grupo de sócios e benfeitores que supriam as necessidades da Instituição. As próprias diretoras deram provas de boa vontade para o engrandecimento da obra e Anália Franco empregava parte de seus vencimentos de professora pública nas despesas inadiáveis. Em 1º. De Março de 1903, saía a lume o primeiro número da “Revista da Associação Feminina”, órgão literário e educativo fundado e dirigido por Anália Franco. Atreves desse periódico, e de um outro – “Álbum das Meninas”  , que ela publicava desde 1898, às expensas dos seus modestos honorários, faziase a divulgação e a propaganda dos objetivos humanitários que se tinham em vista, atraindo, com isso, novas colaboradoras para a obra. Concretizando um sonho de muitos anos, Anália Franco criava, afinal, em meados de 1903, um AsiloCreche, o primeiro de outros futuros, espalhados por diversas cidades. Nessa nova organização, eram amparadas as viúvas, as mães abandonadas e seus filhos, os órfãos em geral, etc. Com o correr do tempo, Anália ali montaria oficinas de tipografia, de costura, de flores artificiais, de chapéus, bem como daria aulas de musica, de escrituração mercantil, etc. “O nosso fim – esclarecia ela – é procurar diminuir cada vez mais em nosso meio a necessidade da esmola, pelo desenvolvimento da educação e do trabalho, de que provêm o bemestar e a moralidade das classes pobres”. Merecendolhe carinho todo especial a educação do povo, em diversas ocasiões conclamou as senhoras brasileiras a se unirem a esse movimento de redenção da ignorância e da miséria. “Eduquemos e amparemos – frisava sempre Anália Franco – as pobres crianças que necessitam do nosso auxílio: arrancandoas das trilhas dos vícios, tornandoas cidadãos úteis e dignos para o engrandecimento de nossa Pátria”. Seu apelo, ouvido por muitas distintas damas da sociedade brasileira, permitiulhe multiplicar o número de escolas, asilos e creches. No Estado de São Paulo trabalharam, com entusiasmo, os espíritos operosos e inteligentes de Eunice Caldas, Clélia Rocha, Rosina Nogueira Soares e um sem número de outras dedicadas cooperadoras; no Rio Grande do Sul, destacouse a esforçada propagandista Andradina de Oliveira, poetisa de grandes méritos; em Santa Catarina, Maria Marta Hoffman, senhora altamente humanitária, doou uma chácara de sua propriedade à primeira escola maternal ali instalada; em Minas Gerais, sobressaiu a educadora Vicencinha Scoles; e, pelos Estados afora, surgiam zelosas senhoras em apoio ao movimento dirigido pela valorosa missionária. A inteligente escritora Adelina Amélia Lopes Vieira, membro do Congresso de Instrução do Rio de Janeiro, quando foi a São Paulo visitar e estudar o AsiloCreche e as Escolas Maternais, dentre as impressões exaradas no livro de visitantes, deixou a seguinte: “Viajando pela Europa, onde fui estudar o melhor método para estabelecer creches e escolas maternais no Rio, não encontrei nenhum instituto que melhor se adaptasse ao nosso meio e índole, do que os congêneres mantidos com verdadeiro êxito pela benemérita Associação Feminina Beneficente e Instrutiva de São Paulo”. Pelo espaço de quinze anos, Anália dirigiu a revista “A Voz Maternal”, por ela mesma fundada em 1903. Era impressa por um grupo de asiladas e chegou a ter a tiragem mensal de 6.000 exemplares, bem grande para a época. Nas páginas desse periódico ela não se cansava de falar à alma feminina, despertandolhe o interesse pelas questões sociais, máxime para o impostergável problema da alfabetização e educação da criança. Outra publicação, muito útil, também mensal, intitulavase “Manual Educativo”, denominação mudada, depois, para “Novo Manual Educativo”. Era redigida por Anália Franco e impressa em fascículos brochados, com uma tiragem de cinco a seis mil exemplares mensais, distribuídos graciosamente aos alunos. Apesar das verbas com que os Poderes Executivo e Legislativo do Estado de São Paulo auxiliavam a “Associação Feminina”, verbas conseguidas à custa de exaustivos esforços, inúmeras vezes ela atravessou períodos aflitivos, pela insuficiência de recursos para suprir as necessidades de tantas instituições. Afora esses percalços, a Associação enfrentou durante toda a sua existência, as criticas daqueles que nada fazem, dos demolidores e caluniadores, enchendo a alma de Anália Franco de funda tristeza, não de desânimo. Contrariando tais derrotistas empedernidos, levantaramse dezenas de pessoas ilustres e idôneas, entre professores, juizes, médicos, inspetores escolares, jornalistas, vereadores, deputados e senadores, as quais espontaneamente externavam em suas visitas às instituições de Anália Franco, as mais altas expressões de elogio e incentivo. Conta o Doutor Oscar R. Tollens, redatorchefe de “A Capital”, que esse jornal independente recebera grave denúncia contra a “Associação Feminina” e que ele mesmo se dispôs a verificarlhe, in loco, a procedência. Eis o que ele escreveu a propósito de sua visita: “A calúnia, posso afirmálo, não vingou desta vez. Ela foi esmagada pela verdade patente que tudo ali atesta elevadamente”. “Não sei que mais elogiar, se a prática do bem, da virtude, dos nobres e humanitários exemplos dos diretores dessa casa de caridade, se a limpeza, a higiene, o cuidado e o zelo que nela se observam, dispensandose todos os carinhos àqueles que sob o seu teto benfazejo se abrigam”. “Hoje, sintome bem por ter podido repelir uma calúnia contra esse estabelecimento, a qual, por algum tempo, me deixou dúbio, naturalmente por ignorância do que se passava”. “Agora, restame apenas felicitar D. Anália Franco e o Senhor Francisco Bastos, desejandolhes todas as recompensas de que são altamente merecedores”. “Felizmente triunfou a verdade e é, precisamente nela, que está a maior vitória dos beneméritos diretores desse útil estabelecimento”. A fé e a dedicação de Anália Franco não esmoreceram jamais. O trabalho era a essência mesma de sua vida. Estava sempre a idealizar novos planos em beneficio da criatura humana. Outros empreendimentos vieram juntarse aos que, havia anos, produziam apreciáveis frutos. Surge um Albergue Diurno, aos cuidados do qual ficavam os filhos das mulheres que trabalhavam fora de casa e que não tinham onde deixálos. Cresceu a Biblioteca Escolar da “Associação”, com novos e valiosos donativos em livros didáticos, ofertados até pelo governo estadual. Abriuse uma Escola Noturna para analfabetos adultos. No AsiloCreche foram instalados novos e diferentes cursos para as asiladas, inclusive de enfermagem, preocupandose Anália Franca com o ensino profissional entre as internadas, a fim de que um dia, quando houvessem de deixar aquele estabelecimento, para enfrentar o mundo, não lhes faltasse um ganhapão honesto. Em 1906, devido a grandes dificuldades financeiras, Anália Franco abria o “Bazar da Caridade”, para a venda ao público dos trabalhados manufaturados no Asilo. “Muitos dias hei passado verdadeiras agonias – confessava ela  , por ver aumentar o número de desprotegidos, sem conseguir aumentar os subsídios”. Um pouco mais tarde, após passar essa fase de desequilíbrio, Anália Franco adquiriu, a baixo preço, em prestações, uma fazenda situada no bairro da Mooca, na cidade de São Paulo, e ali instalou a Colônia Regeneradora “D.Romualdo”. Esta colônia abrigou, a princípio, mulheres arrependidas, nelas se incutindo as virtudes que esclarecem e o amor ao trabalho, preparandoas, através de diferentes ofícios ministrados por professoras especializadas, para vencerem dignamente na vida. Dessa casa benfazeja, saíram centenas de criaturas regeneradas, e ali se organizou excelente Grupo Dramático Musical e uma Orquestra. Em 1914, Anália Franco criava a Liga Educativa Maria de Nazaré, destinada a auxiliar, nas localidades do interior do Estado de São Paulo, as escolas maternais, creches, asilos e colônias fundadas pela Associação Feminina Beneficente e Instrutiva. Era bem animadora a situação geral, com perto de trinta Escolas Maternais funcionando só na capital de São Paulo, e com Asilos, Creches e Escolas espalhadas em mais de vinte cidades dos Estados de São Paulo e Minas Gerais, totalizando, segundo alguns biógrafos (entre os quais o próprio esposo de Anália, Senhor Francisco Bastos), a casa de setenta instituições supervisionadas por Anália Franco, quando irrompeu a Primeira Guerra Mundial. O Brasil imediatamente sentiulhe os reflexos em sua vida econômica. Medidas severas de poupança foram ordenadas pelo Governo, com acentuada redução das subvenções às entidades assistenciais. Os preços das mercadorias subiram assustadoramente, devorando as economias populares. Na mesma proporção, diminuíram os auxílios particulares que as instituições de Anália Franco recebiam. Nessa ocasião, com a grave responsabilidade da manutenção de centenas de crianças, e com o espírito angustiado ante a idéia de que a fome viesse bater às portas das casas de recolhimento dos seus protegidos, Anália Franco não se deixou abater e, apesar dos seus 58 anos de idade, lançou mão de todos os meios para que o pão não faltasse à sua grande família espiritual. Conforme escreveu o Professor Ulisses Paranhos, ilustre médico de Santos (SP), “as energias de Anália Franco cresceram, a sua força de vontade multiplicaramse, parecendo que um quid divino movia aquele pequenino corpo, já minado pela doença física”. Organizou festas, insistiu junto a velhas amizades, bateu a todas as portas e, por algum tempo, conseguiu remediar a situação. Mas esses recursos chegaram ao fim, e a bolsa do povo estava esgotada. Não fosse Anália Franco um espírito forte, iria entregar as chaves de suas escolas e asilos ao Governo, para que este providenciasse a alimentação das crianças. Ela, porém, não procedeu assim. Em tal emergência, fez o seguinte: acompanhada do corpo docente do AsiloCreche, do seu esposo Francisco Antônio Bastos, homem dedicadíssimo à obra da “Associação Feminina”, da Banda Feminina “Regente Feijó” e do Grupo Dramático Musical da Colônia Regeneradora “Dom Romualdo”, Anália Franco foi, numa ronda de caridade, percorrer várias cidades de São Paulo e vilarejos remotos, objetivando angariar donativos para suprir as prementes necessidades da Associação. Encontrando, em todas as localidades, carinhosa acolhida por parte das autoridades e do povo em geral, Anália Franco pode amealhar alguns recursos para minorar a situação. Certamente é dessa ocasião um fato de profunda beleza espiritual, narrado pelo correspondente de “O Estado de São Paulo”, em Ribeirão Preto. Evocando a vida e a obra do Padre Euclides Gomes Carneiro, a quem se devem notáveis obras assistenciais em diversas cidades bandeirantes, bem como a fundação, em Ribeirão Preto, da Associação Catequista Voluntários, que se transformaria, mais tarde, na Sociedade Legião Brasileira, o referido correspondente relembrava mais adiante, a passagem abaixo, transcrita de “O Estado de São Paulo”, de 25 de Abril de 1967: “Assistimos, há mais de quarenta anos, a um episodio que ficou para sempre gravado em nossa memória”. “O fato verificouse em uma das dependências da Sociedade Legião Brasileira. Dona Anália Franco, emérita educadora, que se entregava, de corpo e alma, à prática do bem, havia chegado, fazia poucos dias, a Ribeirão Preto, acompanhada da banda musical “Operárias do Bem”, formada de moças e meninas pertencentes a um orfanato da cidade mineira de Uberaba. Viera a convite do líder espírita Alexandre Gomes de Abreu. Uma vez em Ribeirão Preto, Dona Anália Franco procurou conhecer pessoalmente o Padre Euclides, cuja fama de caridoso já havia, de há muito, transposto os lindes desta cidade. Para tanto, dirigiuse à Sociedade Legião Brasileira, onde o encontraria. Em se tratando de uma espírita convicta, os dirigentes da Legião receavam que algo de desagradável pudesse verificarse quando o Padre Euclides, como era do seu hábito, chegasse à Sociedade”. “Demonstraram, por esse receio, que ainda não conheciam bem o virtuoso sacerdote. Dona Anália, ao vêlo chegar, foi ao seu encontro, cumprimentandoo sem exagero, ao mesmo tempo em que lhe dizia:  Padre Euclides, eu vim a Ribeirão Preto para aprender, com o Senhor, a praticar a caridade. – Dona Anália, respondeulhe o sacerdote, a senhora está enganada; não veio aprender, mas sim ensinála. Eu tenho esta batina, que me abre nuitas portas e até mesmo muitas bolsas. A senhora professa uma doutrina, tão nobre quanto qualquer outra, mas ainda pouco compreendida e que lhe dificulta os passos. Mas eu e a senhora seguimos o mesmo caminho, procurando minorar o sofrimento alheio. Esta é a verdadeira lei de Deus”. “Depois desse encontro, o malestar dissipouse por completo e a cordialidade reinou entre os presentes, demonstrando que a caridade, quando verdadeira, como a praticavam o padre Euclides e Dona Anália Franco, une os corações e os transporta ao Criador”. “No dia seguinte, era o padre Euclides quem visitava D. Anália Franco e as “Operarias do Bem”. Como não podia deixar de ser, foi ele recebido com vivas demonstrações de simpatia. Sua visita tinha uma finalidade: levarlhes o primeiro donativo que receberiam em Ribeiro Preto”. O mundo convulsionado pela guerra iria passar por outra desgraça próxima. Mortífera pandemia de gripe surgiu na Europa e em pouco tempo atingia o Brasil com o nome de “gripe espanhola”. Houve então, em 1918, terrível mortandade em São Paulo. Caíram doentes todas as asiladas. Esvasiaramse as escolas. Sem possibilidades financeiras para melhor atender às suas doentinhas, ela se confia a Deus e põese a tratálas com passes, água efluviada e algum “chazinho” caseiro. Com a ajuda do Alto, conseguiu salvar todas elas, à exceção de quatro ou cinco meninas, que haviam sido entregues aos seus cuidados já bastante debilitadas. Em comovedora carta dirigida à Professora Clélia Rocha, então diretora do Asilo de Dourados (SP) e excelente auxiliar de Anália Franco, esta assim se expressava em 21 de Junho de 1918: “Estou lutando com enorme falta de recursos para o sustento do meu pessoal e dos asilos mal administrados. Imagine que se não fora o raiozinho de fé que tenho, era para enlouquecer. Só aqui tenho 140 bocas para sustentar, sem receber as verbas e sem contar senão com as escassas esmolas. A minha situação nunca foi tão precária como atualmente. O clero, não podendo com o povo, insuflou o Governo contra mim, de modo que nem os meus ordenados, que tanto auxiliavam o sustento das crianças aqui, nem isso eu recebi. Os espetáculos, com a baixa do café, estão dando a terça parte do que davam. Enfim, a crença espírita é que me sustenta ainda neste mar de sofrimentos e lutas. Todos os dias peço a Deus que me dê forças para não perder a coragem”. Quando, e, fins de 1918, o surto epidêmico declinava, em São Paulo, as abrigadas na Colônia Regeneradora “Dom Romualdo”, passa a ter a gripe, já então atenuada em sua virulência, mas exigindo ainda tratamento cuidadoso. Anália Franco, em carta ao Doutor Antonio Ribeiro, de Uberaba, escrita em 14 de Dezembro de 1918, dizia, entre outras coisas tristes: “... eis que a malsinada gripe transformou o meu asilo num verdadeiro hospital. Estamos com 80 gripadas. Só eu e Bastos é que estamos de pé para tratálas. Imagine a nossa aflição e os nossos trabalhos”. Malgrado todos esses dolorosos contratempos, a valiosa missionária nutria ainda o grande desejo de criar um asilo e colégio na cidade de Uberaba (MG), e já havia destacado a Professora Clélia Rocha para dirigir o mesmo. A última carta que redigiu sobre o assunto, dizendo ao Doutor Antonio Ribeiro de sua ansiedade por solver o compromisso dela em Uberaba, foi datada de 26 de Dezembro de 1918. Animavaa, também, a resolução de ir ao Rio de Janeiro, a fim de aí fundar um estabelecimento de educação, em moldes puramente espíritas. As noites passadas em claro, junto aos “filhos” de sua grande família, os angustiantes problemas que pesavam sobre a sua alma, tudo isso concorreu para enfraquecerlhe as forças orgânicas, levandoa a desencarnar na capital de São Paulo, aos 20 de Janeiro de 1919. Paciente, carinhosa, humilde, dedicadíssima ao bem do próximo, assim era Anália Franco. “Não teve filhos, mas foi uma grande Mãe” – afirmou a Doutora Adalzira Bittencourt em sua obra “A Mulher Paulista na História” (1954). À sua energia e dinamismo aliava um espírito grandemente compreensivo e meigo. As criancinhas asiladas chamavamlhe – mãe. Repetia sempre que os seus triunfos eram devidos à infinita misericórdia do Pai. Muito simples no trajar, sem nenhuma vaidade, declarou certa vez que o valor da mulher não se afere pela beleza aparente e atrativos exteriores, mas sim, pelos grandes ideais que lhe enchem o cérebro e pelos nobres sentimentos que lhe impulsionam o coração”. Anália Franco, além de emérita educadora, cuja obra foi, no dizer do senador Doutor José Luis de Almeida Nogueira, “altamente humanitária e civilizadora”, revelouse também como jornalista, poetisa, romancista, musicista, teatróloga, contista e conferencista. Fundou e redigiu vários periódicos educativos, cujos nomes já foram aqui referidos, tendo colaborado em publicações como “A Semana”, de Valentim Magalhães, “A Família” e o “Eco das Damas”, todas três do Rio de Janeiro, “A Educação”, de São Paulo, o “Almanaque das Senhoras”, de Lisboa, e em jornais de inúmeras cidades do interior do Estado de São Paulo. Escreveu os romances: “A Égide Materna”, “A Filha Adotiva” e “A Filha do Artista”. Sobre este último publicaram artigos enaltecedores Leopoldo de Freitas, de “O Diário Popular”, de São Paulo, e B. Florêncio de “O Baluarte de Campinas”. Autora de poesias, comédias, diálogos, operetas, canções, cançonetas, dramatizações escolares e contos cômicos, tudo produziu com o objetivo de distrair e educar os asilados. Segundo as palavras da Dra. Adalzira Bittencort, notável escritora, poetisa e educadora paulista, Anália Franco “esbanjou talento e coração para alegrar, amar e educar as crianças pobres do nosso Brasil”. Das peças para teatro que escreveu, levadas à cena nos teatrinhos das suas instituições de São Paulo e de cidades do interior do Estado, podemos citar: “A Escolinha”, em 1 ato; “A Feiticeira”, drama em três atos; “A Caipirinha”, comédia em 1 ato; etc. É vasta a sua produção de obras didáticas, das quais mencionaremos as seguintes: “Manual das Mães”, para o 2º. Ano elementar 1ª. Série, fascículos 1º. E 2º; “Lições aos Pequeninos”; “Manual Para as Creches e Escolas Maternais”; “Noções de Geografia Elementar”; “Brevíssimo Resumo de Aritmética”, “Primeiras Lições Para as Escolas Maternais”, dois fascículos; “Quartas Lições Para as Escolas Maternais”, 3 fascículos; etc. São também de sua autoria o magnífico opúsculo intitulado “As Preleções de Jesus”, escrito em 1901, e que vale por um tratado moralfilosófico; “O Regulamento das Escolas Maternais”; “O Ensino Popular em São Paulo”, entrevista ao jornal “Jaú Moderno”; “Programa para a fundação de Escolas Maternais e Regime Interno do Asilo Creche”; e o folheto espírita: “Habilitação à Assistência das Sessões de Espiritismo”, com perguntas e respostas, elaborado em 1912, por ela e seu marido, e reeditado em 1924 e 1932. Tamanha fecundidade de trabalho numa mulher é verdadeiramente extraordinário. Anália Franco deu atestado eloqüente, naqueles tempos em que a mulher brasileira ainda não se achava emancipada de preconceitos seculares, de que a criatura feminina pode ser não apenas mãe, esposa, filha ou irmã, mas igualmente num sentido mais geral, a ativa cooperadora de todos os grandes ideais humanos. “Depois do pensamento e da palavra de Deus – salientou Anália Franco  , nada é mais belo e mais nobre do que a missão do verdadeiro educador da infância”. “A abnegação, o desinteresse e o sacrifício deve ser a única divisa da pessoa a quem Deus e a sociedade concederam tantas prerrogativas. O seu ministério, todo moral, e a dignidade das suas funções medemse pela profundidade das suas responsabilidades”. “O mais sagrado de todos os interesses sociais – continua a mestra paulista – é a educação popular e é por isso que os espíritos verdadeiramente humanitários consideram esta missão como um dos poderosos meios de fazer o bem”. Tais palavras se ajustam perfeitamente a quem as escreveu. A bela e grandiosa missão social de Anália Franco em terras brasileiras, inspirada nos mais puros sentimentos da Caridade em ação, não encontra paralelo em nossa história assistencial de iniciativa particular. Expressam bem a nobreza desse espírito missionário essa linhas de F, Curio de Carvalho: “Como o astro que, riscando o céu, deixa, após si, o sulco luminoso de sua passagem, também Anália Franco, em sua peregrinação no mundo, deixou entre nós, em cada curva do caminho, os traços indeléveis de sua jornada. Legou a todos nós um exemplo vivo de virtudes”. Muito ainda se poderia escrever sobre a admirável personalidade da Professora Anália Franco, mui justamente venerada no Estado de São Paulo e amada em todo o Brasil espírita, mas cremos suficiente a biografia que traçamos dessa educadora de inegáveis méritos, cuja vida nobilíssima se tornou, no dizer do Doutor Ulisses Paranhos, um padrão para a mulher brasileira, e cuja missão na Terra foi sempre um verdadeiro e constante evangelho de beneficência e bondade, fazendo jus ao cognome que lhe deram: “Anjo da Caridade”. FONTE: WANTUIL, Zêus. Grandes Espíritas do Brasil. FEB, 1ª edição. RJ

 

(Biografia copiada de https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2018/02/Analia-Franco.pdf)

Anália Franco.

Fonte: https://www.uemmg.org.br/biografias/analia-franco-bastos

Copiado de: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Analia_franco1.jpg     

A professora Anália Franco (sentada ao centro da primeira fileira) com as alunas e professoras do Liceu Feminino da Associação Feminina Beneficente e Instrutiva, São Paulo. 03/08/1907.

Fonte: Biblioteca Nacional do Brasil - Hemeroteca Digital Brasileira. Autor: O Malho, ano VI, edição 255, página 28.

Copiado de: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Analia_Franco_(1907).jpg

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/ABRIL/26-04-2019_arquivos/image014.jpg

http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/JANEIRO/20-01-2015_arquivos/image008.jpg

*Túmulo de Anália Franco Bastos, no Cemitério da Consolação, São Paulo. Brasil. Fotos Ismael Gobbo

 

 

* Biografias tem algumas datas diferentes. Devido a isso fotografei

essa informação colocada no túmulo de Anália Franco Bastos

 Ismael Gobbo.

 

 

 

José Sanchez Gusman
(20/01/1889 – 22/12/1970)

 

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José Sanchez Gusman

Imagem do livro Obra de Vultos, volume 1.

 

Biografia elaborada por: Iraci Fabri Sanches Bigelli

Em Málaga, na Espanha, no dia 20 de janeiro de 1889, nascia José Sanchez Gusman, filho de Christobal Sanchez e de Josefa Gusman. Foi batizado em 23 de janeiro do mesmo ano, na Vila de Coín, Diocese e Província de Málaga, às quatro horas da tarde.

De acordo com documentos e depoimentos de dois de seus filhos, José Sanches Filho e Aristides Sanches Donha Gusmão, passamos a narrar fatos e acontecimentos que marcaram a vida material e espiritual deste pioneiro do Espiritismo na Noroeste Paulista.

José Sanches Gusman passou seus primeiros anos de vida na Espanha e imigrou, juntamente com seus pais, para o Brasil, desembarcando no Porto de Santos, Estado de São Paulo, em 1904.

De Santos, foram para o município de Espírito Santo de Pinhal, a fim de trabalhar na lavoura. Partiu desse município rumo à Argentina, passando por Córdoba, onde trabalhou como servente em obras da Prefeitura, abrindo esgotos de rua. Era solteiro e não dando certo sua permanência na Argentina, voltou ao antigo município, onde contraiu matrimônio com Dona Carmen Donha, no ano de 1909. Nasceram, desse matrimônio, ainda em Espírito Santo de Pinhal, quatro filhos: Cristovan Sanches Donha, Francisco Sanches Donha, Rafael Sanches Donha e José Sanches Donha.

Este último veio a falecer em tenra idade, por falta de recursos, já no município de Birigüí, para o qual se mudou em 1916. Fixou sua moradia no bairro do Goulart, com objetivo de abrir as matas que ali existiam.

Difícil sua vida e de sua família, já aqui foi presenteado com mais seis filhos: José Sanches Filho, que recebeu o nome do falecido, Josefa Sanches Donha, Francisca Sanches Donha, Aristides Sanches Donha Gusmão, Daniel Sanches e Leoni Sanches.

Com trinta e dois anos, em 1921, contraiu uma bronquite muito forte e procurou um curador, o Sr. Gedeão Fernandes de Miranda, que residia no Bairro dos Portugueses, neste município; recebia a alcunha de curador, mas na verdade era um grande espírita que ajudava a todos com muita fé e amor.

Foi aí que se deu o Espiritismo na vida de José Sanchez Gusman. ­Começou a desenvolver sua mediunidade, o que o levou à compreensão dos fenômenos que lhe aconteciam, pois era um grande vidente.

Não sabia ler e escrever, mas alfabetizou-se sozinho e sua cartilha foi “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec.

Tomado de amor e fé por essa doutrina, em 1928, convidou o Sr. Gedeão Fernandes de Miranda a morar em seu sítio, a fim de que pudesse atender aos doentes do bairro e a ensinar os princípios do Espiritismo.

Nessa época, construiu, em suas terras, um pequeno aposento de barro onde os dois faziam suas sessões de trabalho espiritual e davam assistência a todos que necessitavam; valiosas mediunidades foram desenvolvidas nessa singela casa de amor e caridade. Com o passar do tempo, aquele cômodo de barro transformou-se em um aposento maior de tijolos, mobiliado com mesa e bancos de madeira e recebeu o nome de “Centro Espírita Humilde dos Pobres”, o primeiro do município de Birigüí.

Recebia ali pessoas de várias localidades, necessitados que eram atendidos com muito amor e respeito.

Naquela época, era difícil, em termos materiais, obter-se o concurso da medicina e as pessoas procuravam ali, naquele Pronto Socorro Espiritual, a cura para seus males e a fé era tão grande que, através de passes magnéticos e água fluidificada, obtinham o alívio que procuravam, com a ajuda de Jesus e dos abnegados irmãos da espiritualidade.

José Sanchez Gusman possuía tanta bondade e fé, que tinha, em seu lar, apesar de humilde, um quarto onde hospedava irmãos necessitados e carentes, atendendo-os tanto na parte espiritual quanto material, enquanto houvesse necessidade.

Era uma pessoa simples e austera, que procurava em todos os momentos de sua vida fazer o bem, estendendo as mãos aos irmãos da matéria e do mundo espiritual.

Pertencia à Sociedade Espanhola da época e, junto com amigos, reuniram-se aos vinte e oito dias do mês de janeiro de mil novecentos e trinta e seis da Era Cristã, na Rua Tupi, 319, desta cidade de Birigüí, do Estado de São Paulo, com o objetivo especial de fundar um Centro Espírita, para estudar o Espiritismo sob as bases sistematizadas por Allan Kardec, sob dois aspectos: a teoria e a prática. Após vários entendimentos, nomeou-se uma comissão provisória que tomasse a si o encargo de deliberações, para que, em assembléia, pudesse discorrer sobre os interesses do Centro ora fundado e que daria posse à primeira diretoria definitiva.

Somente em 25 de abril de 1937, na Sociedade Espanhola, procedeu-se à eleição da primeira diretoria e à nomeação de uma Comissão para elaborar os Estatutos e dar nome à Associação que já estava fundada e recebeu o nome de Centro Espírita “Dr. Raymundo Mariano Dias”. A sua primeira diretoria ficou assim constituída: Presidente: Antônio Garcia Cortez; Vice-Presidente: João Gonçalves; Secretário: Architreclino Brito; Tesoureiro: João Mena Garcia e, como membros, José Estrada e José Sanches Gusman. Ali trabalhou até 1965.

José Sanchez Gusman, segundo depoimento de seus filhos, trabalhou com afinco para a construção do Centro Espírita “Raymundo Mariano Dias”, dispensando bens materiais e, depois, trabalhando segundo os objetivos propostos na primeira reunião: estudar e praticar o Espiritismo.

Sua vida foi sempre pautada pela fé, pela humildade e por obras meritórias, sempre pensando primeiro no próximo, o que lhe valeu o convite para filiar-se à Loja Maçônica “Paz e Progresso”, de Birigüí. Foi iniciado nessa loja em 30 de junho de 1945. Também foi filiado à Loja Maçônica “Estrela Noroeste do Brasil”, de Penápolis, SP, tendo participado de sua reorganização. Contribuiu para a construção daquela Loja, sendo-lhe concedido o diploma de benfeitor em 30 de março de 1947.

Deixou de freqüentar a loja em 21 de setembro de 1966, pois já estava avançada a doença que o fez procurar o Sr. Gedeão, em 1921. Seu corpo material sofreu terrivelmente com crises de asma e, depois, com um câncer que o levou para a espiritualidade em 22 de dezembro de 1970.

Apesar de sua morte material, ficou em cada um de seus familiares, filhos, noras, netos e bisnetos, a herança grandiosa da Doutrina Espírita. A semente que ele lançou transformou-se em árvore frondosa que abriga a todos com seu amor e seus ensinamentos que já dava como exemplo em vida material, quando, com seus amigos do “Centro Espírita Humilde dos Pobres”, punha-se a caminho, em suas montarias, para Araçatuba, todas as terças-feiras, para, junto com Dona Benedita Fernandes, realizarem trabalhos de desobsessão.

Aos sábados, carregava seu carrinho com produtos alimentícios e para lá voltava, a fim de prover as necessidades materiais dos internos.

Outro feito deste benfeitor espiritual, segundo seus filhos, foi a compra do primeiro terreno que se destinaria à construção do “Abrigo Ismael” de Araçatuba. Contam que foi pedir 3$000 (três mil réis) para Luiz Buri, um amigo, a fim de fazer a referida aquisição. Este terreno era próximo ao correio e não foi possível ali construir o referido Abrigo. José Sanchez Gusman passou para o Sr. Gedeão Fernandes de Miranda a autorização para vendê-lo e adquirir outro onde pudessem realizar os objetivos a que se propunham, deixando-o como presidente da Instituição.

Outro fato que comprova sua bondade eram as reuniões realizadas nos dias de Natal com toda a família e amigos, onde todos eram servidos com um suculento almoço e presentes. Essas reuniões terminavam no “Centro Espírita Humilde dos Pobres” e com visitas ao Albergue de Dona Benedita Fernandes, Abrigo Ismael de Araçatuba e na cadeia de Birigüí, sempre com oferendas de brindes e amor.

Com a fundação da Associação Espírita Beneficente “José Sanchez Gusman”, em 1.º de maio de 1980, idealizada por Aristides Sanches Donha Gusmão (filho), José Fabri Sanches (neto), que doou os terrenos necessários à construção e com os esforços de Wilson Roberto Sanches (neto) e vários irmãos, construiu-se o prédio onde hoje se trabalha dentro da característica essencial do Espiritismo, a moral pregada e exemplificada pelo Cristo.

Ao lado, mais uma flor desabrochou: o “Abrigo Vó Tereza”, que se destina a abrigar senhoras idosas carentes.

Mais uma vez, o Sr. Gedeão juntou-se a nós, fortalecendo-nos com sua sabedoria espiritual e exemplo de grande cristão, ali residiu até sua morte material, com a assistência de todos que freqüentam aquela casa espiritual.

José Sanches Gusman, benfeitor espiritual, merece nossas homenagens e agradecimentos pelo caminho que indicou como desbravador, glorificando a Deus a bendita herança que deixou. Esta é a maior riqueza a que um cristão pode aspirar: fé, amor, esperança e caridade.

 

 

 

 (Copiado de:

 http://www.universoespirita.org.br/catalogo/literatura/textos/ISMAEL%20GOBI/obras_de_vultos/jose_sanchez_gusman.htm)

 

784px-Edward_Gennys_Fanshawe,_Malaga,_Augt_14th_1857_(Spain)

Málaga, Espanha. Obra de Edward Gennys Fanshawe. 14-08-1857.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Edward_Gennys_Fanshawe,_Malaga,_Augt_14th_1857_(Spain).jpg

 

 

 

O sr. José Sanchez Gusman nasceu em Málaga, Espanha. 

pinhal9101

Foto da estação ferroviária de Espírito Santo do Pinhal, SP.  no início do século XX.  Autor desconhecido.

Álbun da Mogiana. Imagem copiada de http://www.estacoesferroviarias.com.br/p/pinhal.htm

 

 

O Sr. José Sanchez Gusman residiu na cidade de Espírito Santo do Pinhal

onde se casou no ano de 1909.

http://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/20-04-2021_arquivos/image019.jpg

Monumento em homenagem aos trabalhadores da construção. Córdoba, Argentina. Foto Ismael Gobbo

 

 

O Sr. José Sanchez Gusman trabalhou como servente em obras da

Prefeitura de Córdoba, Argentina, no início do século XX.

birigui9501

ACIMA: Estação de Birigui, sem data (http://www.reportercidadao.com).

Imagem copiada de http://www.estacoesferroviarias.com.br/b/birigui.htm

 

 

O Sr. José Sanchez Gusman  chegou  na  cidade de Birigui, SP  no ano

de 1916 vindo de Espírito Santo do Pinhal estabelecendo-se no Bairro

do Goulart,  zona rural do município de Birigui.

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José Sanchez Gusman com a família, em 1930.

Foto copiada do livro Obra de Vultos, volume 1.

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Centro Espírita “Humilde dos Pobres”, no Bairro Goulart, município de Birigui, SP.

Foto copiada do livro Obra de Vultos, volume 1.

http://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/20-04-2021_arquivos/image024.jpg

Gedeão Fernandes de Miranda, pioneito do movimento espírita de Araçatuba e fundador

da União Espírita Paz e Caridade aos 21 de abril de 1921. A foto é da homenagem que lhe foi prestada pela  UEPC no ano de 1975.  Imagem  copiada do livro Obra de Vultos, volume 1.

A Biografia de Gedeão Fernandes de Miranda pode ser acessada aqui:

http://www.universoespirita.org.br/catalogo/literatura/textos/ISMAEL%20GOBI/obras_de_vultos/gedeao_fernandes.htm

 

 

 

Gedeão Fernandes de Miranda foi um grande amigo de José Sanchez Gusman que

fez doação para compra do terreno onde foi construída a sede da União Espírita

Paz e Caridade, em Araçatuba, fundada em 21 de abril de 1921. Gedeão por volta

1925 foi morar no Bairro do Goulart a convite do Sr Gusman  onde se dedicaram a

fundação do Centro Espírita “Humilde dos Pobres”

http://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/16-04-2021_arquivos/image046.jpg

Evento no Abrigo Ismael no ano de 1943. Participação de presidentes, crianças da evangelização e da escola

pública municipal que ali funcionava. Foto copiada do livro Obra de Vultos, volume 1. O Abrigo Ismael, fundado

em 03-10-1941, é um departamento da União Espírita Paz e Caridade, fundado em 21-04-1921.

 

O Sr. José Sanchez Gusman, fundador do C.E. Humilde dos Pobres,

no Bairro Goulart, zona rural do município de Birigui, SP,  muito amigo

de Gedeão Fernandes de Miranda, fundador da U.E. Paz e Caridade em

1921, fez doação que permitiu a Gedeão a  compra do terreno acima

para construção da sede da UEPC. Guzman muito ajudou a UEPC e a

Associação das Senhoras Cristãs dirigida por dona Benedita Fernandes.

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Estrada que faz a ligação do Bairro Goulart, no município de Birigui, com a cidade de Araçatuba. Foto: Ismael Gobbo.

 

Por essa estrada duas vezes por semana José Sanchez Guzman e

Gedeão Fernandes de Miranda que por algum tempo residiu no

Bairro Goulart em propriedade do Sr Guzman,  chegavam em

Araçatuba para participar e fazer doações para a Associação das

Senhoras Cristãs, dirigida por Dona Benedita Fernandes e na União

Espírita Paz e Caridade que foi fundada por  Gedeão em 1921 e

que ele presidia.

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/JULHO/15-07-2019_arquivos/image017.jpg

Dona Benedita Fernandes  (1883- 1947)

Imagem do acervo do Hospital Benedita Fernandes

A Biografia de Dona Benedita Fernandes pode ser acessada aqui:

http://www.universoespirita.org.br/catalogo/literatura/textos/ISMAEL%20GOBI/obras_de_vultos/benedita_fernandes.htm

 

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Obras na Rua Newton Prado que abrigavam diversas setores e atividades da Associação das Senhoras Cristãs

fundada por dona Benedita Fernandes no dia 6 de março de  1932.  Foto do acervo do Hospital Benedita Fernandes.

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Túmulo de  José Sanchez Gusman no Cemitério da Consolação em  Birigui, SP. Foto Ismael Gobbo

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O belo e aconchegante Abrigo Vó Tereza que acolhe senhoras idosas carentes em Birigui, SP.

 Ao lado funciona o Centro Espírita. Foto Ismael Gobbo. 

 

 

Com a fundação da Associação Espírita Beneficente “José Sanchez Gusman,

em 1º. de maio de 1980, idealizada por Aristides Sanches Donha Gusmão e

familiares  surgiram o Centro Espírita e  o Abrigo Vó Tereza.

 

 

 

 

Anatomia da dor

 

Sidney Fernandes

 

Sidney Fernandes

 

Parte 2

SÓCRATES

Sócrates e as doenças

Sócrates, filósofo grego, revolucionou o pensamento ocidental. Entendia que, se os médicos eram malsucedidos, era porque tratavam apenas do corpo, sem tratar do espírito.

O sábio referia-se às dores e às doenças que se fixam em nosso perispírito, por atitudes negativas desta vida ou de vidas anteriores.

Reportava-se também às decorrentes da somatização, quando ocorrem sintomas físicos provocados por abalos emocionais ou psíquicos.Nosso corpo se expressa pela somatização. Emoções, como o medo, preocupações, desemprego ou tristezas originadas de separações e mortes quase sempre são acompanhadas por dores de cabeça, alteração dos batimentos cardíacos, distensões muscularese outros sintomas e enfermidades.

Provavelmente, o filósofo também referia-se aos transtornos da hipocondria, conhecida popularmente como mania de doença, provocada pela busca intensa de enfermidadesimaginárias, que se alternam, em razão de obsessiva preocupação com a saúde.

Diga-se de passagem que hipocondríacos geralmente são vítimas da obsessão simples, por atraírem espíritos com os mesmos supostos sintomas, afinados magneticamente com o encarnado que se julga doente.

A metáfora de Sócrates

Ao falar da composição do ser humano, Sócrates nos ofereceu a curiosa metáfora da carroça, da parelha e do cocheiro, contida no livro Fedro, possivelmente composto por volta de 370 a.C.

Disse o sábio que o indivíduo é constituído por uma carroça, puxada por uma parelha, que é conduzida por um cocheiro. Quando a carroça se avaria e não pode mais continuar a viagem, o condutor toma da parelha e continua apenas com ela.

Ele se reportava à carroça como sendo o nosso corpo material, enquanto os cavalos são osintermediários entre o pensamento e a vontade do cocheiro.

Com mais de 2200 anos de antecedência,a alegoria socrática antecipou o pensamento de Allan Kardec, ao afirmar que o ser encarnado é composto do espírito, do perispírito e de um corpo físico.

Com efeito, o Espiritismo nos traz a matriz do conhecimento do indivíduo, afirmando que o espírito está revestido de uma substância vaporosa para os nossos olhos, porém semimaterial aos olhos dos seres da espiritualidade.

A metáfora da parelha de Sócrates está em perfeita consonância com os ensinamentos do Espiritismo a respeito da constituição do ser e da sua continuidade na vida imortal.

CONTINUA NA PARTE 3

 

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Retrato de Sócrates. Mármore da primeira metade do século I d.C. Museu Nacional Romano. Roma, Itália

Em exposição no Coliseu, foto por Ismael Gobbo aos 23-12-2012.

 

 

 

 

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