Boletim diário de Notícias do Movimento Espírita São Paulo, SP, quinta-feira, 03 de outubro de 2024. Compiladas por Ismael Gobbo |
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Notas |
1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento. 2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes diversas via e-mail e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec. Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.
3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).
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Atenção |
Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui:
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Publicação em sequência Revista Espírita – Ano 4 - 1861 |
(Copiado do site Febnet)
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Planeta Júpiter. Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Jupiter_and_its_shrunken_Great_Red_Spot.jpg
Esta imagem de disco completo de Júpiter foi tirada em 21 de abril de 2014 com a Wide Field Camera 3 do Hubble (WFC3). Copiado em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Jupiter_and_its_shrunken_Great_Red_Spot.jpg |
InSight. Imagem da superfície de Marte obtida no dia 26 de novembro de 2018.
A Instrument Deployment Camera (IDC), localizada no braço robótico do módulo InSight da NASA, tirou esta foto da superfície de Marte em 26 de novembro de 2018, no mesmo dia em que a espaçonave aterrissou no Planeta Vermelho. A capa de poeira transparente da câmera ainda está acesa nessa imagem, para evitar que as partículas expostas durante o pouso se fixem na lente da câmera. Esta imagem foi transmitida da InSight para a Terra através da sonda Odyssey da NASA, atualmente em órbita de Marte. O Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, uma divisão da Caltech em Pasadena, Califórnia, gerencia o Projeto InSight para o Diretório de Missões Científicas da NASA, em Washington. Lockheed Martin Space, Denver, Colorado construiu a espaçonave. O InSight faz parte do Discovery Group da NASA, que é gerenciado pelo Marshall Space Flight Center da NASA em Huntsville, Alabama. Para mais informações sobre a missão, acesse https://mars.nasa.gov/insight Copiado em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:PIA22575_IDC_Camera_First_Image.jpg
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Estátua de Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778) ao lado da Faculdade de Direito de Paris- Sorbonne Em Paris Allan Kardec codificou o Espiritismo. Foto Ismael Gobbo |
Jornal de Paris do dia 06-07-1778 com nota de falecimento de Jean-Jacques Rousseau ocorrida aos 02-07-1778.. https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k1049677p/f3.item
Jean-Jacques Rousseau, também conhecido como J.J. Rousseau ou simplesmente Rousseau (Genebra, 28 de Junho de 1712 — Ermenonville, 2 de Julho de 1778), foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço. É considerado um dos principais filósofos do iluminismo e um precursor do romantismo. |
Imortalidade e vida |
A crença na imortalidade da alma é valor que carregamos desde há muito na História da Humanidade. No Bhagavad Gita, o milenar livro das tradições hindus, o diálogo entre o guerreiro Arjuna e a divindade Krishna leciona a imortalidade. As pitonisas, na Grécia antiga, emprestavam seu corpo para que as vozes dos imortais pudessem se fazer ouvir. Xamãs, das ricas tradições dos povos indígenas das Américas, eram interlocutores frequentes entre os dois mundos. As tradições religiosas do continente africano também trazem em seu bojo a comunicação e o entendimento da vida nos dois planos. Porém, o ponto alto da compreensão sobre a imortalidade e a continuação da vida para além do corpo físico se deu com Jesus. Mestre incomparável, explicou-nos que o verdadeiro reino, o Seu reino, não é deste mundo. Propôs bem-aventuranças para a vida imortal e não para as coisas perecíveis e fugidias da Terra. Falou das aflições do mundo, ensinando-nos que são necessárias, pois são elas que nos convidam ao aprendizado. Frisou, no entanto, serem passageiras. Toda a Sua mensagem foi de imortalidade, transcendendo o corpo para falar à alma. Quando O buscavam para que curasse enfermidades, ensinava que nada vale remendar tecido velho com pano bom, porque este irá se romper, logo mais. Alertou-nos para nos preocuparmos menos com as coisas do mundo e mais com as que falem à alma. E para testificar, de forma inigualável, Ele mesmo venceu a morte, retornando após a sua crucificação, manifestando-se aos apóstolos, aos amigos, aos Seus seguidores. Durante quarenta dias, visitou a uns, conversou com outros. E estabeleceu: Estarei para sempre convosco. * * * Quando nos fixarmos em sua mensagem com mais afinco, compreenderemos, de maneira lúcida, que somos seres imortais. Teremos então, a certeza de que a vida continua após deixarmos o corpo físico. As ideias materialistas, embora possam apresentar argumentos aceitáveis para uns ou outros, não mais convencerão nossa razão ou nossa emoção. Entretanto, não basta compreender a imortalidade da alma. Não é suficiente ter claro que a vida continua após a morte do corpo físico. É necessário avançar um pouco mais. É fundamental refletirmos sobre o impacto de termos ciência da nossa imortalidade. Em seguida, por coerência, avaliar os valores e comportamentos com os quais conduzimos nossa vida. Afinal, de nada nos valerá acreditar na imortalidade da alma se essa crença não puder nos modificar o comportamento para melhor. Professar religiões e credos dignos, mantendo um comportamento afastado dos Seus ensinos, não faz sentido. Dessa maneira, reflitamos o quanto a mensagem da imortalidade, lúcida e profunda, vem modificando nossa maneira de pensar, de agir, de olhar a vida. O quanto de Cristianismo há em nossa intimidade será a tônica para essa avaliação. Também o quanto de Cristianismo existe, em nossas atitudes na relação com o outro, dirá o quanto cremos na nossa imortalidade. Avaliemos se nossas preocupações e o nosso agir refletem o profundo e maravilhoso entendimento de que somos imortais. Redação do Momento Espírita
CLIQUE AQUI: https://www.momento.com.br/pt/index.php
(Copiado de https://www.momento.com.br/pt/index.php) |
Krishna e Arjuna em Bali (Indonésia) Estátua de Krishna e Arjuna perto da praia Data 2014 Fonte tirei uma foto Autor Raphael Gori. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Krishna_and_Arjuna_in_Bali.JPG |
Pítia, sacerdotisa de Delfos. Óleo sobre tela de John Collier. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:John_Collier_-_Priestess_of_Delphi.jpg
A pítia (em grego: Πυθία, transl. Pythía) ou pitonisa (serpente) era a sacerdotisa do templo de Apolo, em Delfos, Antiga Grécia, situado nas encostas do monte Parnaso. A pítia era amplamente renomada por suas profecias, inspiradas por Apolo, que lhe davam uma importância pouco comum para uma mulher no mundo dominado pelos homens da Grécia Antiga. O oráculo délfico foi fundado no século VIII a.C.,[1] e sua última resposta registrada ocorreu em 393 d.C., quando o imperador romano Teodósio ordenou que os templos pagãos encerrassem suas operações. Até então o oráculo de Delfos era tido um dos mais prestigiosos e fiáveis oráculos do mundo grego. Leia mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%ADtia
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Licurgo consultando a Pítia. Óleo sobre tela de Eugène Delacroix. Imagem/fonte:
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Xamã. Buriácia. Rússia. Data tirada em 1904. Fonte http://hdl.loc.gov/loc.ndlpcoop/mtfxph.npc00090 Autor Biblioteca Nacional da Rússia. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Shaman_Buryatia.jpg |
Jesus Cristo no Monte das Oliveiras. Óleo sobre tela de Rodolfo Amoedo. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
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Cristo na cruz. Óleo sobre tela por Eugène Delacroix. Imagem/fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d2/Eug%C3%A8ne_Delacroix_-_Christ_on_the_Cross_-_Walters_3762_%282%29.jpg
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A visão de Jesus a partir da cruz em aquarela por James Tissot. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Asseenfromthecross-vi.jpg
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Quadro “noli me tangere” de Correggio. Imagem/fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Noli_me_tangere#/media/File:Correggio_-_Noli_Me_Tangere_-_WGA05353.jpg
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Jantar em Emaús. Diego Velázquez Imagem Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Diego_Vel%C3%A1zquez_009.jpg
Depois de desencarnado Jesus aparece junto aos apóstolos na estrada de Emaús.
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Parabéns, Allan Kardec. Feliz Aniversário! Lião, França, 03-10-1804/ Paris, França 31-03-1869 |
Ao nobre espírito Hippolyte Léon Denizard Rivail “Allan Kardec”, Codificador do Espiritismo, o nosso “muito obrigado” pelo seu trabalho incansável em prol do aperfeiçoamento da humanidade. Fiel discipulo de Jesus, alma impoluta, você foi um grande vencedor. Receba nosso ósculo respeitoso.
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Retrato de Allan Kardec apareceu na revista L'Illustration em 1869. Este artigo de imprensa comentava a morte do espírito filósofo. Data 10 de abril de 1869 Origem "World Illustration", nº 19, 3 de maio de 1869. URL: http://elib.shpl.ru/ru/nodes/13918-19-3-maya-s-289-304#page/16/mode/ inspecionar /zoom/9 Autor Charles-Jules Robert (1843–1898) wikidata:Q15407021 Depois Wikidata de A. Gilbert: Q104731908 Imagem/fonte: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Allan_Kardec_L%27Illustration_10_avril_1869.jpg |
Saudações a Kardec |
(Ismael Gobo)
Ressurge a aurora, é novo sol
que se agiganta,
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Allan Kardec. Óleo sobre tela de Nair Camargo. Foto de Ismael Gobbo. |
Placa em avenida de Lião, França, homenageando Allan Kardec. Foto Ismael Gobbo |
O Mestre e o Apóstolo |
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Opinião Espírita. Lição nº 02. Página 23.
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. 1. Item 7.
Luminosa, a coerência entre o Cristo e o Apóstolo que lhe restaurou a palavra. Jesus, o Mestre. Kardec, o professor. Jesus refere-se a Deus, junto da fé sem obras. Kardec fala de Deus, rente às obras sem fé. Jesus é combatido, desde a primeira hora do Evangelho, pelos que se acomodam na sombra. Kardec é impugnado desde o primeiro dia do Espiritismo, pelos que fogem da luz. Jesus caminha sem convenções. Kardec age sem preconceitos. Jesus exige coragem de atitudes Kardec reclama independência mental. Jesus convida ao amor. Kardec impele à caridade. Jesus consola a multidão. Kardec esclarece o povo. Jesus acorda o sentimento. Kardec desperta a razão. Jesus constrói Kardec consolida. Jesus revela. Kardec descortina. Jesus propõe. Kardec expõe. Jesus lança as bases do Cristianismo, entre fenômenos mediúnicos. Kardec recebe os princípios da Doutrina Espírita, através da mediunidade. Jesus afirma que é preciso nascer de novo. Kardec explica a reencarnação. Jesus reporta-se a outras moradas. Kardec menciona outros mundos. Jesus espera que a verdade emancipe os homens; ensina que a justiça atribui a cada um pelas próprias obras e anuncia que o Criador será adorado, na Terra, em espírito. Kardec esculpe na consciência as leis do Universo. Em suma, diante do acesso aos mais altos valores da vida, Jesus e Kardec estão perfeitamente conjugados pela Sabedoria Divina. Jesus, a porta. Kardec, a chave.
Antônio Sávio de Resende – Tonhão Email’s: asavio921@uol.com.br; asavio@uaivip.com.br; asavio01@uol.com.br; asavio07@uol.com.br; asavio08@uol.com.br; asavio13@uol.com.br; asavio14@uol.com.br; asavio20@uol.com.br;
“Certa feita convidou-nos o Divino Mestre: - "Vinde a mim, todos vós que sofreis e vos aliviarei..." E através do tempo, todos nós, os que nos consideramos imperfeitos e infelizes, fomos a Ele, a fim de ouvir-lhe as instruções. Os oprimidos e aflitos, os doentes, os cansados, os sedentos de justiça, os desarvorados, os desvalidos, os desamparados, os perseguidos, os caluniados, os tristes, os desesperados, os fracos, os irritadiços, os incompreendidos e toda uma legião de sofredores, buscamo-lo, avidamente, aguardando-lhe os ensinamentos e promessas. E o Divino Mestre respondeu-nos com as instruções da Boa Nova, cuja validade é definitiva para todos os tempos. Amparou-nos o Senhor, reconfortou-nos, esclareceu-nos, traçando-nos os caminhos para chegarmos até Ele e conhecermos a nós mesmos, expressando-se claramente, com vistas a todos os povos. Reergueu-nos o ânimo e guiou-nos para a Verdade e para o Bem, iluminando-nos o coração e a inteligência”. Emmanuel - Chico Xavier - Prefácio do Livro Perante Jesus. Uberaba, 19 de janeiro de 1990.
(Texto recebido em email do pesquisador e divulgador Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG) |
Jesus em tela bordada por Alexandra Herrmann (imagem cedida por Oceano Vieira de melo)
(Colaboração recebido em email de Leopoldo Zanardi |
Rua de Lião, França. Em Lião nasceu Hippolyte Léon Denizard Rivail, o Allan Kardec, Codificador do Espiritismo, aos 3 de outubro de 1804. Foto Ismael Gobbo. |
Estação ferroviaria Gare de Lyon Part-Dieu em Lião, França, cidade natal de Allan Kardec. Foto Ismael Gobbo |
Monumento a Allan Kardec em rua de Lião, França. Foto Ismael Gobbo |
Nesse cruzamento da rua Sala com a Quai Docteur Gailleton, Lião, França, ficava a casa onde nasceu Allan Kardec. Estava edificada mais ou menos onde esta´o carro parado. O monumento a Kardec fica na seta amarela. A casa não mais existe. Foto Ismael Gobbo. |
Placa afixada pela Prefeitura de Paris na parte posterior do túmulo de Allan Kardec e de sua esposa Amélie Gabriele Boudet. Cemitério Pére Lachaise, Paris, França. Foto Ismael Gobbo |
Boulevard de Ménilmontant com o Cemitério Père Lachaise à esquerda. . Paris, França. Foto Ismael Gobbo. |
Turista orando com a mão sobre o busto em bronze de Allan Kardec. Cemitério Père Lachaise. Paris, França. Foto Ismael Gobbo |
Obras de arte relembrando Kardec e Amélie. Acervo do CEI Recebido de Elsa Rossi |
Foto da Villa de Ségur. Paris, França. Allan Kardec cogitava mudar-se para a região quando desencarnou a 31 de março de 1869. Foto Ismael Gobbo |
Placa indicativa da Villa de Ségur. Paris, França. Foto Ismael Gobbo |
Paris, França, a cidade berço do Espiritismo, onde foi lançado “O Livro dos Espíritos” em 18/4/1857. Foto Ismael Gobbo. A trajetória do Rio Sena desde a região de Bercy, no alto, até a Ponte das Almas, abaixo, á esquerda |
Biografia de Allan Kardec |
Nascido em Lyon, a 3 de outubro de 1804, de uma família antiga que se distinguiu na magistratura e na advocacia, Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail) não seguiu essas carreiras. Desde a primeira juventude, sentiu-se inclinado ao estudo das ciências e da filosofia.
Educado na Escola de Pestalozzi, em Yverdun (Suíça), tornou-se um dos mais eminentes discípulos desse célebre professor e um dos zelosos propagandistas do seu sistema de educação, que tão grande influência exerceu sobre a reforma do ensino na França e na Alemanha.
Dotado de notável inteligência e atraído para o ensino, pelo seu caráter e pelas suas aptidões especiais, já aos catorze anos ensinava o que sabia àqueles dos seus condiscípulos que haviam aprendido menos do que ele. Foi nessa escola que lhe desabrocharam as idéias que mais tarde o colocariam na classe dos homens progressistas e dos livre-pensadores.
Nascido sob a religião católica, mas educado num país protestante, os atos de intolerância que por isso teve de suportar, no tocante a essa circunstância, cedo o levaram a conceber a idéia de uma reforma religiosa, na qual trabalhou em silêncio durante longos anos com o intuito de alcançar a unificação das crenças. Faltava-lhe, porém, o elemento indispensável à solução desse grande problema.
O Espiritismo veio, a seu tempo, imprimir-lhe especial direção aos trabalhos.
Concluídos seus estudos, voltou para a França. Conhecendo a fundo a língua alemã, traduzia para a Alemanha diferentes obras de educação e de moral e, o que é muito característico, as obras de Fénelon, que o tinham seduzido de modo particular.
Era membro de várias sociedades sábias, entre outras, da Academia Real de Arras, que, em o concurso de 1831, lhe premiou uma notável memória sobre a seguinte questão: Qual o sistema de estudos mais de harmonia com as necessidades da época?
De 1835 a 1840, fundou, em sua casa, à rua de Sèvres, cursos gratuitos de Química, Física, Anatomia comparada, Astronomia, etc., empresa digna de encômios em todos os tempos, mas, sobretudo, numa época em que só um número muito reduzido de inteligências ousava enveredar por esse caminho.
Preocupado sempre com o tornar atraentes e interessantes os sistemas de educação, inventou, ao mesmo tempo, um método engenhoso de ensinar a contar e um quadro mnemônico da História de França, tendo por objetivo fixar na memória as datas dos acontecimentos de maior relevo e as descobertas que iluminaram cada reinado.
Entre as suas numerosas obras de educação, citaremos as seguintes: Plano proposto para melhoramento da Instrução pública (1828); Curso prático e teórico de Aritmética, segundo o método Pestalozzi, para uso dos professores e das mães de família (1824); Gramática francesa clássica (1831); Manual dos exames para os títulos de capacidade; Soluções racionais das questões e problemas de Aritmética e de Geometria (1846); Catecismo gramatical da língua francesa (1848); Programa dos cursos usuais de Química, Física, Astronomia, Fisiologia, que ele professava no Liceu Polimático; Ditados normais dos exames da Municipalidade e da Sorbona, seguidos de Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas (1849), obra muito apreciada na época do seu aparecimento e da qual ainda recentemente eram tiradas novas edições.
Antes que o Espiritismo lhe popularizasse o pseudônimo de Allan Kardec, já ele se ilustrara, como se vê, por meio de trabalhos de natureza muito diferente, porém tendo todos, como objetivo, esclarecer as massas e prendê-las melhor às respectivas famílias e países.
Pelo ano de 1855, posta em foco a questão das manifestações dos Espíritos, Allan Kardec se entregou a observações perseverantes sobre esse fenômeno, cogitando principalmente de lhe deduzir as conseqüências filosóficas. Entreviu, desde logo, o princípio de novas leis naturais: as que regem as relações entre o mundo visível e o mundo invisível. Reconheceu, na ação deste último, uma das forças da Natureza, cujo conhecimento haveria de lançar luz sobre uma imensidade de problemas tidos por insolúveis, e lhe compreendeu o alcance, do ponto de vista religioso.
Suas obras principais sobre esta matéria são: O Livro dos Espíritos, referente à parte filosófica, e cuja primeira edição apareceu a 18 de abril de 1857; O Livro dos Médiuns, relativo à parte experimental e científica (janeiro de 1861); O Evangelho segundo o Espiritismo, concernente à parte moral (abril de 1864); O Céu e o Inferno, ou A justiça de Deus segundo o Espiritismo (agosto de 1865); A Gênese, os Milagres e as Predições (janeiro de 1868); A Revista Espírita, jornal de estudos psicológicos, periódico mensal começado a 1º de janeiro de 1858. Fundou em Paris, a 1º de abril de 1858, a primeira Sociedade espírita regularmente constituída, sob a denominação de Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, cujo fim exclusivo era o estudo de quanto possa contribuir para o progresso da nova ciência. Allan Kardec se defendeu, com inteiro fundamento, de coisa alguma haver escrito debaixo da influência de idéias preconcebidas ou sistemáticas. Homem de caráter frio e calmo, observou os fatos e de suas observações deduziu as leis que os regem. Foi o primeiro a apresentar a teoria relativa a tais fatos e a formar com eles um corpo de doutrina, metódico e regular.
Demonstrando que os fatos erroneamente qualificados de sobrenaturais se acham submetidos a leis, ele os incluiu na ordem dos fenômenos da Natureza, destruindo assim o último refúgio do maravilhoso e um dos elementos da superstição.
Durante os primeiros anos em que se tratou de fenômenos espíritas, estes constituíram antes objeto de curiosidade, do que de meditações sérias. O Livro dos Espíritos fez que o assunto fosse considerado sob aspecto muito diverso. Abandonaram-se as mesas girantes, que tinham sido apenas um prelúdio, e começou-se a atentar na doutrina, que abrange todas as questões de interesse para a Humanidade.
Data do aparecimento de O Livro dos Espíritos a fundação de Espiritismo que, até então, só contara com elementos esparsos, sem coordenação, e cujo alcance nem toda gente pudera apreender. A partir daquele momento, a doutrina prendeu a atenção de homens sérios e tomou rápido desenvolvimento. Em poucos anos, aquelas idéias conquistaram numerosos aderentes em todas as camadas sociais e em todos os países. Esse êxito sem precedentes decorreu sem dúvida da simpatia que tais idéias despertaram, mas também é devido, em grande parte, à clareza com que foram expostas e que é um dos característicos dos escritos de Allan Kardec.
Evitando as fórmulas abstratas da Metafísica, ele soube fazer que todos o lessem sem fadiga, condição essencial à vulgarização de uma idéia. Sobre todos os pontos controversos, sua argumentação, de cerrada lógica, poucas ensanchas oferece à refutação e predispõe à convicção. As provas materiais que o Espiritismo apresenta da existência da alma e da vida futura tendem a destruir as idéias materialistas e panteístas. Um dos princípios mais fecundos dessa doutrina e que deriva do precedente é o da pluralidade das existências, já entrevisto por uma multidão de filósofos antigos e modernos e, nestes últimos tempos, por João Reynaud, Carlos Fourier, Eugênio Sue e outros. Conservara-se, todavia, em estado de hipótese e de sistema, enquanto o Espiritismo lhe demonstrara a realidade e prova que nesse princípio reside um dos atributos essenciais da Humanidade. Dele promana a explicação de todas as aparentes anomalias da vida humana, de todas as desigualdades intelectuais, morais e sociais, facultando ao homem saber donde vem, para onde vai, para que fim se acha na Terra e por que aí sofre.
As idéias inatas se explicam pelos conhecimentos adquiridos nas vidas anteriores; a marcha dos povos e da Humanidade, pela ação dos homens dos tempos idos e que revivem, depois de terem progredido; as simpatias e antipatias, pela natureza das relações anteriores. Essas relações, que religam a grande família humana de todas as épocas, dão por base, aos grandes princípios de fraternidade, de igualdade, de liberdade e de solidariedade universal, as próprias leis da Natureza e não mais uma simples teoria.
Em vez do postulado: Fora da Igreja não há salvação, que alimenta a separação e a animosidade entre as diferentes seitas religiosas e que há feito correr tanto sangue, o Espiritismo tem como divisa: Fora da Caridade não há salvação, isto é, a igualdade entre os homens perante Deus, a tolerância, a liberdade de consciência e a benevolência mútua.
Em vez da fé cega, que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inabalável, senão a que pode encarar face a face a razão, em todas as épocas da Humanidade. A fé, uma base se faz necessária e essa base é a inteligência perfeita daquilo em que se tem de crer. Para crer, não basta ver, é preciso, sobretudo, compreender. A fé cega já não é para este século. É precisamente ao dogma da fé cega que se deve o ser hoje tão grande o número de incrédulos, porque ela quer impor-se e exige a abolição de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio.
Trabalhador infatigável, sempre o primeiro a tomar da obra e o último a deixá-la, Allan Kardec sucumbiu, a 31 de março de 1869, quando se preparava para uma mudança de local, imposta pela extensão considerável de suas múltiplas ocupações. Diversas obras que ele estava quase a terminar, ou que aguardavam oportunidade para vir a lume, demonstrarão um dia, ainda mais, a extensão e o poder das suas concepções.
Morreu conforme viveu: trabalhando. Sofria, desde longos anos, de uma enfermidade do coração, que só podia ser combatida por meio do repouso intelectual e pequena atividade material. Consagrado, porém, todo inteiro à sua obra, recusava-se a tudo o que pudesse absorver um só que fosse de seus instantes, à custa das suas ocupações prediletas. Deu-se com ele o que se dá com todas as almas de forte têmpera: a lâmina gastou a bainha.
O corpo se lhe entorpecia e se recusava aos serviços que o Espírito lhe reclamava, enquanto este último, cada vez mais vivo, mais enérgico, mais fecundo, ia sempre alargando o círculo de sua atividade.
Nessa luta desigual não podia a matéria resistir eternamente. Acabou sendo vencida: rompeu-se o aneurisma e Allan Kardec caiu fulminado. Um homem houve de menos na Terra; mas, um grande nome tomava lugar entre os que ilustraram este século; um grande Espírito fora retemperar-se no Infinito, onde todos os que ele consolara e esclarecera lhe aguardavam impacientemente a volta!
A morte, dizia, faz pouco tempo, redobra os seus golpes nas fileiras ilustres!... A quem virá ela agora libertar?
Ele foi, como tantos outros, recobrar-se no Espaço, procurar elementos novos para restaurar o seu organismo gasto por um vida de incessantes labores. Partiu com os que serão os fanais da nova geração, para voltar em breve com eles a continuar e acabar a obra deixada em dedicadas mãos.
O homem já aqui não está; a alma, porém, permanecerá entre nós. Será um protetor seguro, uma luz a mais, um trabalhador incansável que as falanges do Espaço conquistaram. Como na Terra, sem ferir a quem quer que seja, ele fará que cada um lhe ouça os conselhos oportunos; abrandará o zelo prematuro dos ardorosos, amparará os sinceros e os desinteressados e estimulará os mornos. Vê agora e sabe tudo o que ainda há pouco previa! Já não está sujeito às incertezas, nem aos desfalecimentos e nos fará partilhar da sua convicção, fazendo-nos tocar com o dedo a meta, apontando-nos o caminho, naquela linguagem clara, precisa, que o tornou aureolado nos anais literários.
Já não existe o homem, repetimo-lo. Entretanto, Allan Kardec é imortal e a sua memória, seus trabalhos, seu Espírito estarão sempre com os que empunharem forte e vigorosamente o estandarte que ele soube sempre fazer respeitado.
Uma individualidade pujante constituiu a obra. Era o guia e o fanal de todos. Na Terra, a obra subsistirá o obreiro. Os crentes não se congregarão em torno de Allan Kardec; congregar-se-ão em torno do Espiritismo, tal como ele o estruturou e, com os seus conselhos, sua influência, avançaremos, a passos firmes, para as fases ditosas prometidas à Humanidade regenerada.
Extraída de Obras Póstumas
(Copiado do site http://www.feparana.com.br/biografia.php?cod_biog=11)
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O rio Saône e a colina de Fourviére no século XVIII. Lião, França. Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Lyon_la_Saone_et_fourviere.JPG
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Ponte sobre o Rio Ródano (Rhône em francês) na cidade de Lyon, França. Foto Ismael Gobbo |
Kardec e Napoleão |
Busto de Allan Kardec Cemitério Père Lachaise, Paris, França. Foto Ismael Gobbo Irmão X Logo após o 18 Brumário (9 de novembro de 1799) quando Napoleão se fizera o Primeiro-Cônsul da República Francesa, reuniu-se, na noite de 31 de dezembro de 1799, no coração da latinidade, nas Esferas Superiores, grande assembleia de Espíritos sábios e benevolentes, para marcarem a entrada significativa do novo século. Antigas personalidades de Roma imperial, pontífices e guerreiros das Gálias, figuras notáveis da Espanha, ali se congregavam à espera do expressivo acontecimento. Legiões dos Césares, com os seus estandartes, falanges de batalhadores do mundo gaulês e grupos de pioneiros da evolução hispânica, associados a múltiplos representantes das Américas, guardavam linhas simbólicas de posição de destaque. Mas não somente os latinos se faziam representados no grande conclave. Gregos ilustres, lembrando as confabulações da Acrópole gloriosa, israelitas famosos, recordando o Templo de Jerusalém, deputações eslavas e germânicas, grandes vultos da Inglaterra, sábios chineses, filósofos hindus, teólogos budistas, sacrificadores das divindades olímpicas, renomados sacerdotes da Igreja Romana e continuadores de Maomé ali se mostravam, como em vasta convocação de forças da ciência e da cultura da Humanidade. No concerto das brilhantes delegações que aí formavam, com toda a sua fulguração representativa, surgiam Espíritos de velhos batalhadores do progresso que voltariam à liça carnal ou que a seguiriam, de perto, para o combate à ignorância e à miséria, na laboriosa preparação da nova era da fraternidade e da luz. No deslumbrante espetáculo da Espiritualidade Superior, com a refulgência de suas almas, achavam-se Sócrates, Platão, Aristóteles, Apolônio de Tiana, Orígenes, Hipócrates, Agostinho, Fénelon, Giordano Bruno, Tomás de Aquino, S. Luís de França, Vicente de Paulo, Joana D’Arc, Teresa d’Avila, Catarina de Siena, Bossuet, Spinoza, Erasmo, Milton, Cristóvão Colombo, Gutenberg, Galileu, Pascal, Swedenborg e Dante Alighieri, para mencionar apenas alguns heróis e paladinos da renovação terrestre; e, em plano menos brilhante, encontravam-se, no recinto maravilhoso, trabalhadores de ordem inferior, incluindo muitos dos ilustres guilhotinados da Revolução, quais Luiz XVI, Maria Antonieta, Robespierre, Danton, Madame Roland, André Chenier, Bailly, Camille Desmoulins e grandes vultos como Voltaire e Rousseau. Depois da palavra rápida de alguns orientadores eminentes, invisíveis clarins soaram na direção do plano carnal e, em breves instantes, do seio da noite, que velava o corpo ciclópico do mundo europeu, emergiu, sob a custódia de esclarecidos mensageiros, reduzido cortejo de sombras, que pareciam estranhas e vacilantes, confrontadas com as feéricas irradiações do palácio festivo. Era um grupo de almas, ainda encarnadas, que, constrangidas pela Organização Celeste, remontavam à vida espiritual, para a reafirmação de compromissos. À frente, vinha Napoleão, que centralizou o interesse de todos os circunstantes. Era bem o grande corso, com os seus trajes habituais e com o seu chapéu característico. Recebido por diversas figuras da Roma antiga, que se apressavam em oferecer-lhe apoio e auxílio, o vencedor de Rivoli ocupou radiosa poltrona que, de antemão, lhe fora preparada. Entre aqueles que o seguiam, na singular excursão, encontravam-se respeitáveis autoridades reencarnadas no Planeta, como Beethoven, Ampère, Fulton, Faraday, Goethe, João Dalton, Pestalozzi, Pio VII, além de muitos outros campeões da prosperidade e da independência do mundo. Acanhados no veículo espiritual que os prendia à carne terrestre, quase todos os recém-vindos banhavam-se em lágrimas de alegria e emoção. O Primeiro-Cônsul da França, porém, trazia os olhos enxutos, não obstante a extrema palidez que lhe cobria a face. Recebendo o louvor de várias legiões, limitava-se a responder com acenos discretos, quando os clarins ressoaram, de modo diverso, como se se pusessem a voar para os cimos, no rumo do imenso infinito... Imediatamente uma estrada de luz, à maneira de ponte levadiça, projetou-se do Céu, ligando-se ao castelo prodigioso, dando passagem a inúmeras estrelas resplendentes. Em alcançando o solo delicado, contudo, esses astros se transformavam em seres humanos, nimbados de claridade celestial. Dentre todos, no entanto, um deles avultava em superioridade e beleza. Tiara rutilante brilhava-lhe na cabeça, como que a aureolar-lhe de bênçãos o olhar magnânimo, cheio de atração e doçura. Na destra, guardava um cetro dourado, a recamar-se de sublimes cintilações... Musicistas invisíveis, através dos zéfiros que passavam apressados, prorromperam num cântico de hosanas, sem palavras articuladas. A multidão mostrou profunda reverência, ajoelhando-se muitos dos sábios e guerreiros, artistas e pensadores, enquanto todos os pendões dos vexilários arriavam, silenciosos, em sinal de respeito. Foi então que o grande corso se pôs em lágrimas e, levantando-se, avançou com dificuldade, na direção do mensageiro que trazia o báculo de ouro, postando-se, genuflexo, diante dele. O celeste emissário, sorrindo com naturalidade, ergueu-o, de pronto, e procurava abraçá-lo, quando o Céu pareceu abrir-se diante de todos, e uma voz enérgica e doce, forte como a ventania e veludosa como a ignorada melodia da fonte, exclamou para Napoleão, que parecia eletrizado de pavor e júbilo, ao mesmo tempo: – Irmão e amigo, ouve a Verdade, que te fala em meu espírito! Eis-te à frente do apóstolo da fé, que, sob a égide do Cristo, descerrará para a Terra atormentada um novo ciclo de conhecimento... César ontem, e hoje orientador, rende o culto de tua veneração, ante o pontífice da luz! Renova, perante o Evangelho, o compromisso de auxiliar-lhe a obra renascente!... Aqui se congregam conosco lidadores de todas as épocas. Patriotas de Roma e das Gálias, generais e soldados que te acompanharam nos conflitos da Farsália, de Tapso e de Munda, remanescentes das batalhas de Gergóvia e de Alésia aqui te surpreendem com simpatia e expectação... Antigamente, no trono absoluto, pretendias-te descendente dos deuses para dominar a Terra e aniquilar os inimigos... Agora, porém, o Supremo Senhor concedeu-te por berço uma ilha perdida no mar, para que te não esqueças da pequenez humana e determinou voltasses ao coração do povo que outrora humilhaste e escarneceste, a fim de que lhe garantas a missão gigantesca, junto da Humanidade, no século que vamos iniciar. Colocado pela Sabedoria Celeste na condição de timoneiro da ordem, no mar de sangue da Revolução, não olvides o mandato para o qual foste escolhido. Não acredites que as vitórias das quais foste investido para o Consulado devam ser atribuídas exclusivamente ao teu gênio militar e político. A Vontade do Senhor expressa-se nas circunstâncias da vida. Unge-te de coragem para governar sem ambição e reger sem ódio. Recorre à oração e à humildade para que te não arrojes aos precipícios da tirania e da violência!... Indicado para consolidar a paz e a segurança, necessárias ao êxito do abnegado apóstolo que descortinará a era nova, serás visitado pelas monstruosas tentações do poder. Não te fascines pela vaidade que buscará coroar-te a fronte... Lembra-te de que o sofrimento do povo francês, perseguido pelos flagelos da guerra civil, é o preço da liberdade humana que deves defender, até o sacrifício. Não te macules com a escravidão dos povos fracos e oprimidos e nem enlameies os teus compromissos com o exclusivismo e com a vingança!... Recorda que, obedecendo a injunções do pretérito, renasceste para garantir o ministério espiritual do discípulo de Jesus que regressa à experiência terrestre, e vale-te da oportunidade para santificar os excelsos princípios da bondade e do perdão, do serviço e da fraternidade do Cordeiro de Deus, que nos ouve em seu glorificado sólio de sabedoria e de amor! Se honrares as tuas promessas, terminarás a missão com o reconhecimento da posteridade e escalarás horizontes mais altos da vida, mas, se as tuas responsabilidades forem menosprezadas, sombrias aflições amontoar-se-ão sobre as tuas horas, que passarão a ser gemidos escuros em extenso deserto... Dentro do novo século, começaremos a preparação do terceiro milênio do Cristianismo na Terra. Novas concepções de liberdade surgirão para os homens, a Ciência erguer-se-á a indefiníveis culminâncias, as nações cultas abandonarão para sempre o cativeiro e o tráfico de criaturas livres, e a religião desatará os grilhões do pensamento que, até hoje, encarceram as melhores aspirações da alma no inferno sem perdão!... Confiamos, pois, ao teu espírito valoroso a governança política dos novos eventos e que o Senhor te abençoe!... Cânticos de alegria e esperança anunciaram nos céus a chegada do século XIX e, enquanto o Espírito da Verdade, seguido por várias coortes resplandecentes, voltava para o Alto, a inolvidável assembleia se dissolvia... O apóstolo que seria Allan Kardec, sustentando Napoleão nos braços, conchegou-o de encontro ao peito e acompanhou-o, bondosamente, até religá-lo ao corpo de carne, no próprio leito. Em 3 de outubro de 1804, o mensageiro da renovação renascia num abençoado lar de Lião, mas o Primeiro-Cônsul da República Francesa, assim que se viu desembaraçado da influência benéfica e protetora do Espírito de Allan Kardec e de seus cooperadores, que retomavam, pouco a pouco, a integração com a carne, confiantes e otimistas, engalanou-se com a púrpura do mando, e, embriagado de poder, proclamou-se Imperador, em 18 de maio de 1804, ordenando a Pio VII viesse coroá-lo em Paris. Napoleão,
contudo, convertendo celestes concessões em aventuras sanguinolentas, foi
apressadamente situado, por determinação do Alto, na solidão curativa de
Santa Helena, onde esperou a morte, enquanto Allan Kardec, apagando a própria
grandeza, na humildade de um mestre-escola, muita vez atormentado e
desiludido, como simples homem do povo, deu integral cumprimento à divina
missão que trazia à Terra, inaugurando a era espírita-cristã, que,
gradativamente, será considerada em todo os quadrantes do orbe como a sublime
renascença da luz para o mundo inteiro. Do livro Cartas e Crônicas, de Irmão X, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier. (Texto copiado do site http://www.oconsolador.com.br/ano5/230/correiomediunico.html) |
Napoleão na Ponte de Arcole. Óleo sobre Tela de Antoine- Jean Gros. Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:1801_Antoine-Jean_Gros_-_Bonaparte_on_the_Bridge_at_Arcole.jpg |
Sarcófago de Napoleão Bonaparte em Les Invalides, Paris, França. Foto Ismael Gobbo |
Estátua e lápide tumular da rainha Maria Antonieta na Catedral de St. Denis, subúrbio de Paris, França. Fotos Ismael Gobbo
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Turista orando no sempre florido túmulo de Allan Kardec. Cemitério Pére Lachaise, Paris, França. Foto Ismael Gobbo |
Palestras no mês de outubro/ 2024 no Centro Espírita “Discípulos de Jesus”. Rubiácea, SP |
(Informação recebida de Émerson Gratão) |
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Aniversário de oitenta e três anos do Abrigo Ismael, fundado em 03-10-1941, departamento da centenária União Espírita Paz e Caridade, fundada em 21-04-1921 |
O Sr. Gedeão Fernandes de Mirande foi o fundador da União Espírita Paz e Caridade no dia 21 de abril de 1921 e do seu departamento Abrigo Ismael, no dia 03 de outubro de 1941. Neste foto o Sr. Gedeão (DG) em visita onde foi homenageado está ao lado do Sr. Francisco Martins Filho, então presidente das casas no ano de 1975. Foto do acervo da União Espírita Paz e Caridade.
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Ivan Santos de Albuquerque (Brotas, SP, 16-01-1918 / Pompéia, SP, 05-04-1946) Foto recebida de Dr. Ivan Alberto Albuquerque Doretto.
Ivan Santos de Albuquerque nos poucos anos que residiu em Araçatuba (1938- 1942) realizou muitos trabalhos e teve estreita ligação com dona Benedita Fernandes da Associação das Senhoras Cristãs e com Gedeão Fernandes de Mirada da União Espírita Paz e Caridade. Ivan fez palestra na inauguração do Abrigo Ismael departamento da União Espírita Paz e Caridade em 03-10-1941 . |
Abrigo Ismael. Foto: Ismael Gobbo Rua Marcilio Dias 129, Araçatuba, SP |
Nota: Planejamento reencarnatório em abertura de evento |
Na tarde do dia 30 de setembro, Célia Maria Rey de Carvalho fez a palestra de abertura da Semana do Livro, promovida pelo Grupo Espírita Casa do Caminho, São Paulo. Desenvolveu o tema “planejamento reencarnatório” dentro do tema central do evento "A família na visão espírita". Antes da palestra houve apresentação ao piano por Evelyn. Além da feira do livro em sua sede, realiza palestras públicas diurnas e noturnas até o 06 de outubro. Os expositores integram sua equipe de colaboradores. Sede do Grupo: Rua Estado de Israel, 59 - Vila Clementino, Capital. https://www.youtube.com/watch?v=nWWcJqkipIs&t=424s
(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com] e do GEECX) |
Nota: Em tempos de Consolador – 03 de outubro |
O tema “Em tempos de Consolador” foi desenvolvido por Cesar Perri em transmissão na noite do dia 28 de setembro, no programa virtual “Evangelho do trabalhador”, promovido pelo Grupo Espírita Casa do Caminho (São Paulo). O expositor lembrou da data de nascimento de Kardec e focalizou o papel do Consolador prometido por Jesus, análise sobre o papel do Espiritismo no contexto do mundo atual e comentou também a página “A grande doutrina dos fortes”, do livro “À luz do Consolador” de Yvonne Pereira. Previamente houve apresentação ao piano por Margarida Helena Garabedian. A reunião foi coordenada por Carla Pavalhã e Regina Cláudia. Acesse pelo link: https://www.youtube.com/live/nQ3c4VuN7Ec?si=vGTvARODeBp0PCYm
(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com] e do GEECX) |
Programação do Centro Espírita “Discípulos de Jesus” Rubiácea, SP |
(Informação recebida de Émerson Gratão) |
Jornal Mundo Maior |
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Programação de palestra da Instituição Beneficente Nosso Lar- IBNL São Paulo, capital. Outubro/2024. |
Caro Ismael Gobbo, Segue em anexo a programação de palestras do mês de outubro de 2024 da Instituição Beneficente Nosso Lar - IBNL. Muita paz e uma excelente mês de outubro. Abraço fraterno, Clodoaldo de Lima Leite Presidente Voluntário
“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas más inclinações.” O Evangelho Segundo o Espiritismo – capítulo XVII – item 4
(Recebido em email de Clodoaldo Leite [cidadaniaparatodos@yahoo.com.br]) |
Sem barreiras da matéria (leia agora!) |
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Olá! Bom dia! Tudo bem com você? Espero que sim!
Primeiramente, é preciso lembrar que os espíritos desencarnados não estão sujeitos às mesmas limitações físicas que nós encarnados, que temos o nosso corpo material. Allan Kardec aborda esse tema em suas obras, principalmente em O livro dos espíritos, O livro dos médiuns e A gênese. Saiba os detalhes sobre o assunto, envolvendo a natureza dos espíritos, a estrutura do universo sob a perspectiva espírita e as funções do perispírito: www.bit.ly/SemBarreirasDaMateria Vamos nos aprofundar nos estudos? Um abraço,
Editora Correio Fraterno
(Recebido em email de Editora Correio Fraterno [editora@correiofraterno.com.br]) |
Casa Editora O Clarim Matão, SP |
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There is no Spiritism without Jesus! Não há Espiritismo sem Jesus! |
Read Here! Leia aqui! https://www.magcloud.com/browse/issue/2761983?__r=260573
(Recebido em email de The Spiritist Magazine [spiritistmagazine-gmail.com@shared1.ccsend.com]) |
Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha Portugal |
Exms Senhores OCS,
As nossas mais cordiais saudações.
O Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, vai levar a cabo, no dia 4 de Outubro de 2024, 6ª feira, às 21h00, uma conferência espírita subordinada ao tema "O egoísmo", com José Felipe. Posteriormente, teremos a Fluidoterapia (passe espírita) e o atendimento em privado. Todas as nossas actividades são livres e gratuitas. Todas as palestras são colocadas no Youtube do CCE em http://bit.ly/29VcVMV
Encontram-se abertas as inscrições (livres e gratuitas) para o Curso de Espiritismo e cursos complementares (ver cartaz), bem como para a educação espírita infanto-juvenil, com início em 28 de Setembro de 2024.
Cordialmente,
CCE
www.cceespirita.wordpress.com
- E-mail: ccespirita@gmail.com
(Recebido em email de Centro de Cultura Espírita Caldas da Rainha [ccespirita@gmail.com]) |
GEPAR- Faça uma criança feliz! |
Participe da nossa campanha solidária doando brinquedos novos ou em bom estado. Sua generosidade trará sorrisos e momentos inesquecíveis para muitas crianças.
📅 Data de Doação: Até 05/10/2024 📍 Local de Entrega: Av. Francelino Barcellos 333, Piratininga, Niterói
📧 Whatssapp 21 99191-0824
💳 Doe pelo Pix: [Chave: campanhas@gepar.org.br]
Precisamos também de doações para nossa festinha: Bolo, docinhos, refrigerante, cachorro-quente, picolé, ... Vamos juntos espalhar alegria e fazer deste Dia das Crianças um momento especial para todos!
(Recebido em email de GEPAR [gepar@gepar.org.br]) |
Nota: Semana do Livro e temas sobre Família |
O Grupo Espírita Casa do Caminho, São Paulo, promoverá a Semana do Livro, disponibilizando uma feira do livro em sua sede, e, ao mesmo tempo realizará palestras públicas diurnas e noturnas de 30 de setembro a 06 de outubro com o tema central "A família na visão espírita". Os expositores integram sua equipe de colaboradores. Sede do Grupo: Rua Estado de Israel, 59 - Vila Clementino, Capital.
(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [acperri@gmail.com] e do GEECX) |
Livro: O Médium e o Centro Espírita |
Bom dia, Ismael.
(Informação em email de Donizete Pinheiro [donizete.pinheiro@gmail.com]) |
Campanha |Dia das Crianças Solidário 🎉 Traga Alegria para uma Criança! |
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(Recebido em email de Gepar [direcao@geparpromocaointegral.org.br]) |
Jornal Momento Espírita do CEAC- Centro Espírita Amor e Caridade. Bauru, SP. Acesse no link abaixo |
CLIQUE AQUI: https://ceac.org.br/wp-content/uploads/2024/09/Jornal-Momento-Esp-Setembro-24.pdf
(Recebido em email de Leopoldo Zanardi [leopoldozanardi@gmail.com]) |
Informe Luz Espírita Acesse no link abaixo |
CLIQUE AQUI: https://www.luzespirita.org.br/informe/informe.html
(Com informação de Domingos B. Rodrigues [domrodr99@gmail.com]) |
Edição 117 da Folha Espírita Francisco Caixeta Acessse no link |
CLIQUE AQUI: http://www.espiritacaixeta.org.br/folha/Fol117.pdf
(Recebido em email de Folha Espírita Francisco Caixeta [folha@espiritacaixeta.org.br]) |
Site da Federação Espírita Brasileira Brasília, DF |
Clique
aqui:
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FEP- Federação Espírita do Paraná Curitiba |
Clique
aqui:
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FEPI- Federação Espírita Piauiense Teresina |
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FEMAR- Federação Espírita do Maranhão São Luís |
CLIQUE AQUI: https://www.facebook.com/federacaoespiritamaranhao/?locale=pt_BR
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Abrigo Ismael Araçatuba, SP |
Quer ajudar o Abrigo e não sabe como? Doando sua nota fiscal paulista, você estará ajudando nossas vovós. Faça a doação on line de seu cupom fiscal para o Abrigo Ismael! É fácil, rápido, você ajuda a entidade e ainda tem 2,5 vezes mais chances de ser sorteado!
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